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Dezembro– 2019
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DO NORTE DE MINAS GERAIS –
IFNMG
Dezembro – 2019
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 3
2. REVISÃO DE LITERATURA 4
3. FLUXOGRAMAS INERENTES AO PROCESSO 10
4. BALANÇOS DE MASSA 14
5. ANÁLISE ECONÔMICA 17
6. CONCLUSÃO 21
7. REFERÊNCIAS 23
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1. INTRODUÇÃO
Atualmente a indústria têxtil possui uma grande variedade de tecidos para milhares
de aplicações e diversas fontes de matérias primas produzidas, obtidas a partir de seda de
larvas de mariposas até refinados processos petroquímicos (NETO, 2014).
De acordo com o Neto (2014), nota-se que a água é fundamental para o processo
têxtil, sendo um dos segmentos industriais que mais consomem água em seu processo, em
virtude da necessidade de diversos enxágues das matérias primas. Em geral, para cada
tonelada de algodão processado são consumidos de 170 a 750 m³ de água, já no caso do
nylon os volumes são menores, variando de 100 a 150 m³. As cargas orgânicas são
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moderadas e apresentam concentração de DBO de 200 a 1500 mg/L e 300 a 500 mg/L, para
o algodão e nylon, respectivamente.
2. REVISÃO DE LITERATURA
Essa revisão tem como foco descrever os processos a serem utilizados neste projeto
de processo de tratamento de efluente.
2.1. Peneiramento
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Figura 1. Frações sólidas obtidas em um peneiramento. Fonte: (Gomide, 1980)
O processo descrito pelo Portal de Tratamento de Água (2019) fala que após passar
pelo tanque de aeração, o efluente é enviado continuamente a um decantador secundário,
cuja função é separar o efluente tratado do lodo. O lodo depositado no fundo do decantador
secundário é recirculado ao tanque de aeração a fim de aumentar a concentração de
microrganismos para estabilizar a matéria orgânica. O sobrenadante do decantador
(efluente tratado) é então descartado para o corpo receptor.
Neste tipo de sistema não há a presença do decantador primário, pois, como não há
a necessidade de se estabilizar o lodo biológico excedente, não há a necessidade de
estabilização adicional do lodo, por processos anaeróbios ou aeróbios. A estabilização da
matéria orgânica é feita no próprio reator (devido à idade de lodo). Não havendo a
necessidade de um biodigestor. (Metcalf e Eddy, 1980)
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Principais características:
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2.5. Filtração
Figura 4. Filtro com meio poroso polimérico – ETE Montes Claros. Fonte: Próprio
Autor
Figura 5. Meio poroso polimérico – ETE Montes Claros. Fonte: Próprio Autor
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residuais na engenharia química e o transporte de contaminantes em meios porosos na
engenharia ambiental. (Cremasco, 2012).
2.6. Adsorção
2.7. Ozonização
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em longo prazo, o ozônio se posiciona também como uma alternativa mais barata. (BISPO;
FLAIBAM, 2016)
Já na Figura 2 temos o fluxograma completo com descrição de cada uma das etapas
a serem projetadas. O peneiramento é responsável por reter os sólidos mais grosseiros
(como fibras de tecido, coágulos de tinta, etc). A etapa de equalização será responsável por
homogeneizar o efluente e fazer a correção do pH com cal ou com algum ácido, que
dependerá do valor medido do pH. Logo após, o efluente irá para o processo de lodo
ativado: tanque de aeração e clarificação, em seguida irá para o decantador, onde haverá a
coagulação utilizando sulfato de alumínio (165 mg/L), e posterior sedimentação por
determinado tempo. Após, passará pelo processo de lodo ativado: tanque de aeração,
decantador secundário (clarificação) e reciclo. O sobrenadante do decantador secundário irá
para o filtro em seguida o efluente tratado segue para o processo terciário para remoção de
corantes e substâncias mais resistentes a processos comuns. A adsorção promove quase a
total eliminação dos corantes.
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Figura 7. Fluxograma do processo de tratamento de efluente de indústria têxtil
Fonte: Próprio Autor
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3.1. Fluxograma P&ID
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O controle e a instrumentação de processos são essenciais para a indústria. Em
todos os processos industriais é preciso controlar e manter variáveis, como: pressão, vazão,
temperatura, nível, velocidade, umidade, dentre outras. Os instrumentos de medição e
controle permitem manter e controlar essas variáveis em condições mais adequadas e/ou
precisas do que se fossem operadas manualmente por um operador, permitindo portanto
manter constantes as variáveis do processo, tornando assim o processo mais seguro e
também uma melhoria na qualidade e um aumento no rendimento do produto
(GONÇALVES, 2003).
Na etapa de decantação a fase sólida insolúvel é separada da fase líquida pela ação
da gravidade. As estruturas internas do equipamento proporcionam maior “efeito de
parede”, diminuindo a inércia das partículas sólidas de acompanharem o fluxo do líquido.
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4. BALANÇOS DE MASSA
De acordo com Donaire (1999) apud Zagonel (2009), o balanço de massa é uma
conjectura do balanço ambiental que considera as entradas e saídas do processamento
produtivo, bem como as referências ambientais estabelecidas de modo a buscar o
cumprimento de tais normas.
O balanço de massa é o passo inicial para as demais análises justamente pelo fato de
dimensionar materiais e resíduos do processo.
As faixas de remoção para cada equipamento foram definidas com base no Roteiro
Complementar de Licenciamento e Fiscalização para a Tipologia Têxtil fornecido pela
Companhia Pernambucana do Meio Ambiente (CPRH) e, a partir disso, realizou-se o
balanço de massa de entrada e saída em cada operação. Os dados estão expostos na Tabela
2.
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Tabela 1: Estimativas para parâmetros do efluente bruto
Parâmetro Valor
Entrada Saída
Operação
DBO DQO Cor DBO DQO Cor
(mg/L) (mg/L) (mgPt/L) (mg/L) (mg/L) (mgPt/L)
Peneiramen
1800,00 3000,00 2200,00 1755,00 3000,00 2200,00
to
Tanque de
1755,00 3000,00 2200,00 1579,50 3000,00 2200,00
equalização
Aeração
prolongada
1579,50 3000,00 2200,00 315,90 1200,00 2200,00
+
clarificador
Filtração
em meio 78,98 540,00 2200,00 51,33 351,00 2200,00
misto
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A partir dos dados da Tabela 2 é possível definir a eficiência de cada operação
fazendo uso da seguinte correlação:
𝑋𝑓 × 100
𝜀 = 100 −
𝑋𝑖
Onde
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Tabela 4: Percentual de remoção de poluentes
Peneiramento 25 0 0
Tanque de equalização 10 0 0
Decantador 75 55 0
Adsorção 35 45 85
Ozonização 0 35 80
Fonte: Próprio autor
5. ANÁLISE ECONÔMICA
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ii. Custos indiretos: são aqueles que não podem ser diretamente associados aos
produtos, processos, ou instalações no geral, reservados como despesas gerais, tais como os
custos de monitoração, custos de projeto e de descomissionamento;
iii. Custos duvidosos: custos que podem, ou não, tornarem-se reais no futuro.
Esses podem ser descritos qualitativamente ou quantificados em termos da expectativa de
sua magnitude, freqüência e duração. Como exemplo, é possível incluir dentro desses
custos fatores como indenizações ou multas resultantes de atividades que possam
comprometer o meio ambiente e a saúde da população;
iv. Custos intangíveis: são aqueles que requerem interpretação subjetiva para a
sua quantificação. Esses incluem uma ampla gama de considerações alterações na
rentabilidade. Os exemplos mais comuns referem-se aos custos originados em função da
mudança da imagem corporativa da empresa, relação com os consumidores, moral dos
empregados e relação com os órgãos de controle ambiental.
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Figura 9. Relação de equipamentos do processo de tratamento de efluente e custos. Fonte:
ANDREIA et. al 2018.
Uma concessão de 20 anos foi tomado como exemplo como um tempo considerável
para um projeto obter lucro. O projeto é tipicamente inviável da perspectiva de setores
privados, uma vez que tende a envolver a participação da comunidade.
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Quadro 1: Custos Gerais - Montante das Variáveis (IDR)
Custos:
Receitas:
Taxa de juros 7%
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Quadro 2: Custos Gerais.
Item Valor
Custo unitário inicial R $ 5.000.000,00
Salário mensal de uma engenharia profissional R $ 4.500,00
Salário mensal de um técnico profissional R $ 2.500,00
Manutenção 5% da inicial
Agentes químicos para membrana limpeza 2% da inicial
6. CONCLUSÃO
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A alta complexidade de um efluente como o de uma indústria têxtil, devido a
presença de diversos corantes e depende do tipo de tecido a ser produzido, impacta no custo
de implementação de uma ETE com alta eficiência de remoção, porém neste trabalho
buscou-se as alternativas mais viáveis e considerou-se soluções de projeto como descartar a
necessidade de bombas considerando que o fluxo será movido por diferença de pressão e
gravidade.
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7. REFERÊNCIAS
AgE Tecnologias. Tanques de Equalização. 2019. <https://agetec.com.br/meio-
ambiente/tanques-de-equalizacao/> Acesso em Dezembro, 2019.
BISPO V., FLAIBAM S. Sanasa estuda uso de ozônio para tratamento de água.
Disponível em: http://www.agsolve.com.br/noticia.php?cod=6560 Acessado em: Dezembro
de 2019.
23
GOMIDE, Reynaldo. Operações Unitárias–separações mecânicas. São Paulo:[s. N.],
1980.
MASEL, Richard I. Principles of adsorption and reaction on solid surfaces. John Wiley
& Sons, 1996.
24
ZANITH, Caroline Christine. Análise química de efluentes líquidos industriais. 2016.
Disponível em < https://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/coqui/TCC/Monografia-
TCC-Caroline_C_Zanith-20162.pdf> Acesso: Outubro de 2019.
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