Condutividade Certo PDF

Você também pode gostar

Você está na página 1de 5

LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA II

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA


UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE CONDUTIVO E TRANSFERÊNCIA DE


CALOR (K)

ALESSANDRA ROBERTI
ANDRÉ ROHLING
JULIA TOMAZONI DE OLIVEIRA

1 INTRODUÇÃO

Condução é a transferência de energia das partículas mais energéticas


de uma substância para partículas vizinhas adjacentes menos energéticas, como
resultado da interação entre elas.

A taxa de condução de calor por um meio depende da geometria, da


espessura, do tipo de material e da diferença de temperatura a que o meio está
submetido. Ela é proporcional à diferença de temperatura através da camada e
à área de transferência de calor, mas inversamente proporcional à espessura da
camada. Ou seja,

(Á𝑟𝑒𝑎)(𝐷𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎)
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 ∝
𝐸𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎
Ou
𝑑𝑇
𝑄 = −𝑘𝐴 Lei de Fourier da condução térmica
𝑑𝑥

Onde: Q= taxa de transferência de calor (W);


k= condutividade térmica (W/m*K);
A= área de transferência de calor (m²);
dT/dx= gradiente de temperatura.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Para realizar o experimento, os seguintes materiais foram utilizados:


● Bomba a vácuo;
● Fita isolante;
● Pastilhas de latão, aço 1020 e polietileno;
● Equipamentos para medição de condutividade térmica.

Para dar início ligou-se o banho termostático, a fonte quente do


sistema. Após a temperatura do mesmo se estabilizar em 60ºC o sistema foi
montado de modo que as pastilhas mais finas foram colocadas entre as mais
grossas. Os termopares foram colocados entre elas em contato nas
extremidades, para medição da temperatura.

A fonte fria foi aberta, o sistema foi fechado e o vácuo foi promovido
através de um equipamento apropriado. Com o sistema pronto, as leituras das
temperaturas foram realizadas, após estarem estabilizadas.

O experimento foi realizado da mesma forma para dois sistemas


diferentes, apresentados na tabela 1:

Tabela 1- Sistemas utilizados no experimento


Sistema Superior Inferior
1 Latão Aço
2 Latão Polietileno

Fonte: Os autores (2019).


Figura 1- Sistema de placas: (a) com latão e aço carbono; (b) com
polietileno.

Fonte: Os autores 2019.

(a) (b)

3 RESULTADO E DISCUSSÃO

Após o sistema montado e em regime estacionário, podemos afirmar que


o fluxo de calor sempre tem o sentido da parte quente para a parte fria, sabendo
que o fluxo que atravessa o padrão e o mesmo que atravessa a amostra.

𝑞"𝐴 = 𝑞"𝑃

Pela Lei de Fourier sabemos que o fluxo de calor é representado por:

𝑑𝑇
𝑞"𝐴 = −𝑘𝐴
𝑑𝑥

𝑑𝑇
𝑞"𝑃 = −𝑘𝑃
𝑑𝑥

Igualando as expressões do fluxo de calor da amostra com o padrão temos:

𝑑𝑇 𝑑𝑇
−𝑘𝑃 = −𝑘𝐴
𝑑𝑥 𝑑𝑥

Integrando os dois lados da expressão, teremos:

∆𝑇𝑃 ∆𝑇𝐴
𝑘𝑃 = 𝑘𝐴
𝑒𝑃 𝑒𝐴
Isolando o coeficiente de condutividade térmica, chegamos na expressão para
determiná-lo:

∆𝑇𝑃 𝑒𝐴
𝑘𝐴 = 𝑘𝑃
∆𝑇𝐴 𝑒𝑃

Onde:

∆𝑇𝑃 = 𝑇2 − 𝑇3

∆𝑇𝐴 = 𝑇1 − 𝑇2

O padrão usado foi uma peça de latão, com coeficiente convectivo k=110
W/m*K e espessura de 0,0098 metros com estes dados e os dados da tabela 2,
se torna possível calcular os valores da tabela 3 e os comparar com a literatura.

Tabela 2 – Dados obtidos no experimento


Material T1(C⁰) T2(C⁰) T3(C⁰) ∆𝑇𝑝 (C⁰) ∆𝑇𝑎 (C⁰) e(m)
Aço 47 38 35 9 3 0,0085
Polietileno 53 50 32 3 18 0,0105
Fonte: Os autores (2019).

Tabela 3 - resultados e comparação com a literatura


Material Ka Kexp Erro(%)
Aço 60,5 286,22 373,09
Polietileno 0,53 19,64 3606,19
Fonte: ÇENGEL (2012); Os autores (2019).

4 FONTES DE ERRO

Podemos observar que os valores obtidos foram bem diferentes dos


valores da literatura, este problema se deve a alguns fatores. As peças não são
perfeitamente planas, o que nos proporciona uma resistência de contato,
também temos que levar em consideração que o vácuo formado e baixo, isto
acarreta em uma transferência de calor por convecção.
5 CONCLUSÃO

Apesar dos erros, observamos que como esperado o polietileno é um


pior condutor em comparação ao aço. Concluímos também que é muito difícil
atingir a idealidade do modelo proposto para este experimento.

REFERÊNCIAS

ÇENGEL, Yunus A; GHAJAR, Afshin J; KANOGLU, Mehmet (adapt.).


Transferência de calor e massa: uma abordagem prática. 4. ed. Porto Alegre:
AMGH, 2012. xxii, 902 p, il. + 1 CD ROM.

Você também pode gostar