"É curioso como, há algum tempo atrás, consideravam que
a CBG realizava um trabalho de excelência. Agora mudou. Fazemos tudo errado. É interessante como essas pessoas só estão reclamando agora. Puro oportunismo", respondeu Eliane Martins.Sônia ainda revela que a direção da CBG chegou a propor que Maíra competisse machucada. "Apesar da ressonância realizada no final de agosto ter apontado que ela precisava passar por uma cirurgia, a Eliane e a comissão técnica propuseram que ela não operasse porque queriam que ela competisse em novembro. O que iam fazer com ela eu não sei", disse.O caso é muito parecido com o de Roberta Monari, outra ginasta que deixou a seleção. Segundo uma fonte ligada à ginasta que não quis se identificar, Roberta passou boa parte de 2006 reclamando de dores no pé direito e também não foi levada a sério."Quando ela falava que estava doendo e chorava nos treinos, diziam que era desculpa para não treinar, que estava com frescura. Até que ela sofreu uma queda simples durante o aquecimento do Campeonato Brasileiro em Goiânia e não conseguiu competir. Só então foram fazer exames nela e constataram que ela estava com todos os ligamentos locais rompidos. Eles ainda mentiram para ela, disseram que era um rompimento parcial, para que ela aceitasse competir até o final do ano com uma espécie de botinha", disse. Atualmente Roberta Monari integra o elenco do Cirque du Soleil, no Canadá.O médico Mário Namba, responsável pelo departamento médico da entidade, não foi encontrado antes da publicação da reportagem.