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1 + Medcurso
ONCO (P1)
AULA 1: CARCINOGÊNESE
Principal fator desencadeante/promotor da carcinogênese: processo inflamatório, pois leva à liberação de fatores de
crescimento, citocinas e radicais livres que são tóxicos, favorecendo mutações gênicas.
Exemplos:
a) Reação inflamatória local e persistente contra o HPV: hiperplasia atípica carcinoma in situ carcinoma invasivo
de colo de útero
Prevenção do carcinoma de colo de útero: vacinação das crianças e adolescentes.
b) Tireoidites
c) Tabagismo
OBS 1: A metilação da região promotora do gene impede a transcrição total desse, assim ele não é expresso. Esse
processo de metilação pode ser herdado geneticamente.
g) Infecção Viral
Exemplo: Sarcoma de ROUS
OBS: O HPV é capaz de sintetizar proteínas virais (E6 e E7) que levam ao bloqueio da p53, com consequente
bloqueio da apoptose, causando uma proliferação tumoral.
A metástase é a principal causa de morte dos pacientes com neoplasias. Os principais locais de metástase: cérebro
+ pulmão (causa mortis: insuficiência respiratória) + pleura (complicação: derrame pleural) + medula óssea (cursa
com substituição dessa pelas células neoplásicas)
OBS 1: A metástase (invasão vascular) só ocorre nas células tumorais que apresentam núcleo > 1 mm (células
capazes de realizar angiogênese).
OBS 2: As células tumorais também são capazes de bloquear a resposta imune celular, ao induzir a apoptose dos
linfócitos (por meio dos receptores FAS expressos pela célula tumoral)
AULA 2: QUIMIOTERÁPICOS
Classes de Quimioterápicos:
Ciclo inespecíficos (atuam nas células que estão ou não em ciclo proliferativo)
Ciclo específicos
Fase específicos
Esquemas Terapêuticos:
Monoquimioterapia (tratamento paliativo associado à radioterapia)
Poliquimioterapia (tratamento adjuvante utilizado como complementar ao tratamento cirúrgico)
Efeitos da Quimioterapia:
Precoces (0 a 3 dias): Náuseas + vômitos + mal estar + adinamia
Imediatos (7 a 21 dias)
Tardios (meses)
Ultra tardios (meses ou anos)
Critério 2: Hemograma
Achados: leucócitos > 4000 + neutrófilos > 2000 + plaquetas > 150 000 + hemoglobina > 10
Exemplos de Quimioterápicos
a) ALQUILANTES
+
Mecanismo de ação: substituição de um radical H por um radical Alquil
Efeitos: destruição de todas as células (independente da fase do ciclo)
b) Antimetabólitos
f) Anticorpos monoclonais
Mecanismo de ação: destruição de células alvo (vantagem)
Exemplos: Rituximabe (anti CD20) e Trastuzumabe
>> Mecanismo de ação do Trastuzumabe: ligação de alta afinidade ao receptor do Fator de Crescimento Epidermal
Humano 2 (HER2). Tal ligação só é possível graças à presença de trechos humanos constituintes do anticorpo
(classe IgG)
Indicação dos anticorpos monoclonais: Leucemia Mieloide Crônica
Definição: proliferação maligna das cels epiteliais que margeiam os ductos ou lóbulos.
Epidemiologia: quanto mais jovem a paciente, mais agressivo é o tumor. 2° tipo de tumor mais frequente no Brasil.
Fatores de risco:
Histórico familiar positivo para câncer de mama (parentes de 1º grau)
Sexo Feminino
Antecedente pessoal de CA de mama ou outros tipo de CA
Radiação ionizante
Presença de mutações nos genes BRCA1 (pré menopausa) e BRCA2(pós menopausa) (outros genes
envolvidos: gene TP e gene CKECK)
Presença de Hiperplasia Atípica
Mulheres > 45/50 anos (embora a ocorrência do câncer de mama em jovens esteja em ascendência)
Mulheres que nunca engravidaram (a gravidez é um fator de proteção ao câncer de mama)
Gravidez tardia
Menarca precoce (<12 anos) e menopausa tardia (‘janela estrogênica’ quanto maior à exposição ao
estrogênio/estradiol, maior é o risco de desenvolver uma neoplasia maligna)
Uso de anticoncepcionais Orais e de Reposição hormonal
Prevenção do câncer de mama: aleitamento materno, maior paridade, alimentação adequada, atividade física, baixo
consumo de álcool e não ter feito reposição hormonal.
Rastreamento: Mamografia
Diagnóstico:
Anamnese: tumor de crescimento insidioso, no QSE ou n região central, unilateral, firme, endurecido (até
pétreo), não doloroso (em pequenas dimensões) e pode ter descarga papilar associada. Pode existir sinais
flogísticos associados.
Exame Físico: tumor endurecido, forma variável, contornos irregulares, limites imprecisos, fixo (aderido a
planos profundos) pouco movel
Autoexame: nódulos >1cm. Mulheres >25 anos, logo após a menstruação. Se já na menopausa: 1x por mês,
sempre no mesmo dia.
PAAF: a citologia não é capaz de descartar a doença. Sendo negativa, necessário fazer biópsia
USG: nódulos sólidos ou cisticos. Achados de Malignidade como margens irregulares, hipoecogenicidade,
mais alto do que largo, sombra acústica, contornos microlobulares
Mamografia: Sugestivos de Malignidade são nódulos espiculares, de limites mal definidos, com distorção do
parênquima adjacentes, microcalcificações pleomorficas agrupadas. Axilas também são avaliadas.
RM: tumores invasivos maiores que 2mm. Bom para estudo da mama contralateral, metástases e avaliação
da QT
Cintilografia: metástases a distância.
Hiperplasia típica -> Hiperplasia atípica -> Carcinoma in situ -> carcinoma invasor -> propagação regional ->
disseminação à distância
Acompanhamento para ocorrência ou recidiva de metástases: marcadores tumorais. Quando elevados podem
indicar predisposição metastática (principalmente nos carcinomas germinativos)
Exames Diagnósticos: Mamografia + Biópsia + Pesquisa do Linfonodo Sentinela (primeiro linfonodo a receber as
células neoplásicas presença de metástase)
Medidas Preventivas: Mastectomia subcutânea (indicada para as pacientes com mutação conhecida nos genes
BRCA1 e/ou BRCA2)
Exames pré operatórios: cintilografia óssea, Rx de tórax, USG de abd e pelve, LDH e fosfatase alcalina.
TRATAMENTO
Cirúrgico Local (Técnicas Cirúrgicas): segmentectomia ou tumorectomia (cirurgia conservadora busca-se preservar a
maior quantidade de tecido mamário possível) + quadrantectomia + mastectomia radical (associada à dissecção
axilar completa) + mastectomia simples (apenas mama)
>> A mastectomia é indicada para os casos de doença avançada (grande quantidade de tecido mamário acometido).
OBS 1: A realização da cirurgia conservadora implica, obrigatoriamente, na realização de uma radioterapia pós
cirúrgica. Já em relação à mastectomia (radical ou simples), a terapia adjuvante (radio/quimioterapia) pode ou não
ser realizada.
OBS 2: A biópsia do linfonodo sentinela é relevante para determinar o tipo de técnica cirúrgica a ser empregada. Em
caso de positividade do linfonodo sentinela, deve-se realizar a dissecção axilar (esvaziamento axilar). Caso esse não
esteja comprometido, não há necessidade de tal dissecção, podendo-se realizar a cirurgia conservadora.
Hormonioterapia: inibem ou diminuem a atividade dos hormônios endógenos. Indicada para tumores com receptores
hormonais positivos (estrogênio e progesterona). Não pode ser adm junto da QT. Exs: Tamoxifeno e inibidores da
aromatase.
Epidemiologia: mais comum no seco masculino, pico de incidência entre 50-70 anos. O tipo mais comum é o
Adenocarcinoma Gástrico
Fatores de Risco:
Mutações nos genes supressores (APC e P53)
Elevada ingesta de carne vermelha (cursa com grande liberação de nitritos e nitratos)
Consumo de alimentos conservados no sal, defumados ou mal conservados
Baixo consumo de frutas e vegetais
Anemia perniciosa (redução das células parietais hipocloridria metaplasia intestinal displasia
câncer): Gastrite Atrófica Autoimune
Gastrite atrófica pelo H. pylori
Cirurgia gástrica prévia (as cicatrizes cirúrgicas não estão aptas a receber o pH gástrico)
Úlcera Péptica Gástrica
Tabagismo
Grupo Sanguíneo A (tipo difuso)
Locais de Disseminação Linfática: Linfonodo Supraclavicular Esquerdo (Linfonodo de Virchow), Linfonodo Axilar
Esquerdo (Linfonodo de Irish) e Linfonodo Umbilical (Linfonodo da Irmã Maria José)
Locais de Disseminação Hematogênica: Fígado, Pulmão e Ossos
Via de Implante Peritoneal: Tumor de Krukenberg (tumor de ovário secundário ao câncer gástrico) e Prateleira de
Blumer (metástase peritoneal palpável pelo toque retal)
Quadro Clínico do Câncer Gástrico: perda ponderal, dor epigástrica, náusea, anorexia, saciedade precoce,
presença de massa abdominal, linfadenopatia, hematêmese, disfagia (ocorre quando o tumor invade a cardia),
vômitos (obstrução pilórica ou distúrbio motor relacionado a invasão da parede). anemia ferropriva (consequência da
HDA)
Quadro Clínico das Metástases: tosse (pulmonar), icterícia e dor QSD (hepática), ascite (peritoneal)
b) Câncer Gástrico tipo Difuso: tumor indiferenciado sem formações glandulares com formação de cels em anel de
sinete. Com pior prognóstico, pela maior chance de metástase, maior prevalência em mulheres jovens (40/48 anos),
relacionado ao grupo sanguíneo do tipo A e ao histórico familiar positivo para neoplasias, como a HNPCC e
Síndrome de Lynch (fator genético)
Localização: Fundo + Junção Cardioesofágica (associação com a DRGE)
Manifestações: úlceras infiltradas ou infiltração difusa no orgão na endoscopia. Disseminação contiguidade
(trnasmural) e linfogênica (metástases nodais)
Diagnóstico do Câncer Gástrico: Endoscopia Digestiva Alta, SEED, Biópsia e Citologia do Lavado Gástrico
Indicações da EDA: pacientes >45 anos e com sintomas dispépticos, pacientes com sintomas dispépticos em
associação a sinais de alarme (perda ponderal, anemia, disfagia, vômitos recorrentes, histórico familiar positivo para
câncer gástrico).
Local mais comum: Antro na pequena curvatura
SEED: Melhor para identificação do Tumor Borrmann IV (aspecto “garrafa de couro”). Sinais que sugerem
malignidade são: lesão em massa, úlcera com pregas irregulares, ou fundo irregular, irregularidade da mucosa com
perda de distensibilidade, pregas alargadas e massa polipoide.
Sídromes Paraneoplásicas: Síndrome de Trouseau (tromboflebite ou trombose recorrente), Sinal de Leser-trelat
(ceratose seborrêica difusa), Acantose Nigricans, Síndrome Nefrótica (nefropatia membranosa)
ESTADIAMENTO
Classificação TNM
Pré operatório: exame clínico, Rx de tórax, exame de sangue (hemograma, hepatograma, bioquímica, albumina),
USG transvavinal, EDA, TC abd,Videolaparoscopia (certificar que não existem metástases; coleta citologia e
histopatológico).
Na maioria das vezes é o adenocarcinoma derivado do epitélio glandular colônico (criptas). 75% são esporádicos, se
originando de um pólipo adenomatoso esporádico.
Fatores de risco genéticos: mutação nos genes APC e P53, ativação do oncogene K-ras, polipose adenomatosa
familiar (PAF) + HNPCC (Câncer Colorretal Hereditário Não Polipose: Síndrome de Lynch)
Doenças Genéticas:
1) PAF (FAP):
Herança Autossômica Dominante
Epidemiologia: maior prevalência acima dos 40 anos
Etiologia: presença do gene APC mutante, com consequente favorecimento celular desordenado com formação de
múltiplos pólipos adenomatosos no cólon.
>> Os pólipos são massas que surgem na luz intestinal causando elevação da mucosa, podem ser únicos
(esporádicos) ou fazer parte de síndromes de polipose (como a PAF)
>> Principais complicações dos Pólipos: sangramento e malignização (pólipo viloso)
Características dos pólipos Vilosos: tamanho >2 cm e presença de displasia de alto grau
Tratamento dos pólipos Vilosos: ressecção e biópsia
Existem 2 subgrupos: Lynch I que é a predisposição somente de CA colorretal e Lynch II que a predisposição é CA
colorretal, CA de endométrio, e ovário. As manchas café com leite na pele são comuns.
Na variante Muir-Torres aparecem multiplos cistos sebáceos ou tumores sebaceos malignos.
Todo paciente que preencha esses critérios deve realizar uma colonoscopia de 2/2 anos entre os 20/35 anos e após
os 35 deve ser anualmente. Nas mulheres, também é indicada exame pélvico a partir dos 18 anos a cada 3 anos, e a
partir dos 25, exame pélvico, US transvaginal, e biopsia de endométrio anuais.
Prevenção e Rastreio: Entre os 50 a 75 anos, ou 10 anos antes do primeiro caso diagnósticado na familia se for o
caso.
Colonoscopia a cada 10 anos
Colonoscopia virtual a cada 5 anos
Retossigmoidoscopia a cada 5 anos
Se for o paciente for impossibilitado de realizar esses exames:
Sangue Oculto nas fezes 3 amostras, 1x por ano
Teste de DNA nas fezes a cada 5 anos
Quadro Clínico:
Nas fases precoces é totalmente assintomático
a) Carcinoma polipoide (localização: lado direito maior calibre): presença de sangue oculto nas fezes (anemia
ferropriva e seus sinais) e sintomas hemorrágicos, perda ponderal, Febre de origem obscura. Geralmente são lesões
maiores e mais invasivas ao diagnóstico
b) Carcinoma constrictivo (cólon esquerdo menor calibre e fezes semisólidas): constipação progressiva ou
alternada com hiperfecação ou diarreia, presença de “fezes em fita”. Alterações no hábito intestinal.
c) Carcinoma retal: hematoquezia persistente ou intermitente (sinal mais precoce), constipação, produção de muco,
tenesmo, uropatia e hematúria (sinais de invasão dos órgãos adjacentes)
Diagnóstico dos carcinomas colorretais: toque retal(CA de reto distal), hemograma (anemia ferropriva) + dosagem
das enzimas hepáticas (metástase hepática) + retossigmoidoscopia + clister opaco (mais avançado) + colonoscopia
(padrão ouro)
Estadiamento Tumoral
Cólon: Necessário uma TC de Abd. Estadiamento T e N só pode ser feito depois da cirurgia.
Reto: Toque retal, US endoscópica transretal ou RM (T e N) e Retossigmoidoscopia rígida.
Acompanhamento: dosagem do CEA (CEA >10 = Predisposição Metastática). Realizar um pré e pós cirurgia.
Colonoscopia, Retossigmoidoscopia flexível e TC de abd e pelve (paciente com alto risco de recorrência).
Disseminação:
Transcelomica: mais comum e precoce. É a esfoliação das cels do ovário que se implantam na cavidade
peritoneal.
Continuidade ou Extensão Direta: trompas, útero, ovário contralateral e peritoneo pélvico
Linfática: comum, porém mais tardia. Linfonodos paraóticos e ao redor da veia cava ou linfonodos pélvicos e
cadeias ilíacas externas e internas
Hematogênica/extra peritoneal: pouco comum nos tumores ovarianos. Fígado (via veia porto cava) e pulmão
Exame Físico: massa ovariana identificada ao toque vaginal ou a palpação abdominal. O toque retal permite avaliar o
grau de aderencia. Outros achados: ascite, derrame pleural, massa umbilical (sinal da Irmã Maria José)
USG pelvica:1º exame pedido para avaliação da massa anexial.
Fatores de proteção:
Amamentação
Uso de contraceptivos orais
Laqueadura Tubária
Marcadores Tumorais:
1) CA 125: usado em carcinomas epiteliais. Não pode ser metodo isolado de rastreio ou de diagnótico.
Dosagens altas (>200) + USG suspeita. Bom para acompanhamento pós tratamento.
2) CEA: inespecífico. Aumentado especialmente em tumores mucinosos.
3) BETA HCG: Coriocarcinoma
4) Alfa Fetoproteína: tumores do seio endodermico e mistos de cels germintativas
5) CA 19-9 ou Antígeno de Lewis: Específico para tumores mucinosos.
6) Estradiol
7) Testosterona
RASTREIO: População considerada de risco (Síndrome de Lynch II) a partir dos 30/35 anos ou 10/5 anos antes da
idade do 1º cado de CA ovariano da família. Inclui: exame pelvico anual, dosagem de CA 125 (6m ou anual), USG
transvaginal (6m ou anual)
OBS: Os exames de imagem também permitem identificar a presença de metástases, com consequente
estadiamento tumoral.
Tratamento:
Cirúrgico: vários tipos de cirurgia. Cirurgia Fundamental (histerectomia total com salpingoforectomia bilateral,
omentectomia infracólica e citorredução tumoral), Cirurgia Conservadora (mantem a função reprodutiva da mulher –
estádio Ia grau 1), Cirurgia Citorredutora (quando não está restrita aos ovários) e Ofoorectomia Profilática (pacientes
de alto risco)
Quimioterapia: pós cirurgia. Estágios Ia e Ib caso sejam grau 3 e em todos os estágios a partir de Ic
Radioterapia
Quimioterápicos utilizados:
TAXOL
CISPLATINA
CARBOPLATINA
Terapia Alternativa: imunobiológicos
Acompanhamento Prognóstico:
>> Acompanhamento dos tumores germinativos: dosagem dos seguintes marcadores: BETA HCG + ALFA FETO
PROTEÍNA + LDH
Quanto maior a elevação desses marcadores, maior é o risco de desenvolvimento das neoplasias ovarianas ou da
ocorrência de recidivas. Ex: alfa fetoproteina aumentada em >1,5 do valor normal
>> Outros marcadores: CEA + CA 125 > 30 (mais específico do que o CEA para o câncer de ovário)
>> Outras situações benignas em que o CA 125 pode estar elevado: cirrose hepática + pancreatite + peritonite +
endometriose + leiomiomatose extra uterina + cisto ovariano benigno + doença inflamatória pélvica/salpingite +
poliserosite
O marcador tumoral não determina diagnóstico, apenas prognóstico.
Exemplo de tumor secundário de ovário: Tumor de Krukenberg. O tumor primário está frequentemente no estômago
embora possa ser do cólon, mama ou vias biliares. Frequentemente é bilateral, as células são em anel de sinete e
produzem mucina intra celular e possuem infiltração sarcomatosa difusa do estroma ovariano.
Outras etiologias: tuberculose + combustão de diesel + poluição por carvão e material particulado (na china é muito
comum se utilizar o carvão para cozinhar os alimentos) + DPOC + pneumopatias fibrosantes + exposição ao radônio
ou abesto.
Diagnóstico Precoce dos Carcinomas Pulmonares/Método de ‘Screening’: TC com baixa dose de radiação nos
indivíduos que pertencem a grupos de risco.
Grupo de risco: Faixa etária de 55-74 anos e indivíduos fumantes por mais de 30 anos (ao menos 1 maço/dia) ou que
tenham parado de fumar nos últimos 15 anos ou pacientes com histórico familiar positivo para carcinoma pulmonar
>> O diagnóstico precoce permite o aumento da sobrevida dos pacientes
Quadro Clínico: Tosse ocasional (sinal mais comum e precoce), porém pode ser assintomático. Pode apresentar
também: dispneia, hemoptise, chiado localizado.
>> Sinais de invasão torácica: Dor torácica, rouquidão, Sindrome da Veia Cava Superior e Síndrome de Pancoast
>> Sinais de Metástase à distância: dor osséa, cefaleia, nauseas, vômitos, e déficits neurológicos focais.
>> Sinais Graves: escarro com sangue + dispneia por colabamento dos brônquios + derrame pleural + síndromes
paraneoplásicas (complicação comum do carcinoma de pequenas células sinal de síndrome paraneoplásica =
presença de baqueteamento digital/fistulização arterio venosa) + lesões cerebrais metastáticas + lesão óssea
metastática
Derrame pleural pode ou não representar comprometimento pleural. O maligno é moderado a grande volume, e se
reacumula pós toracocentese. É um exsudato com predomínio Linfocítico.
** Principais locais de metástase dos carcinomas pulmonares (em geral): osso e cérebro
Síndrome de Pancoast: dor no ombro/escápula ipsilateral e dor na distribuição do nervo ulnar (atrofia muscular e
paresia distal). Destruição radiológica da 1ª e 2ª costelas é comum. Envolvimento das raízes C8 a T1. Mais comum é
carcinoma epidermoide. Diagnóstico: TC de tórax no plano coronal.
Síndrome de Claude-Bernard-Horner: miose ptose, enoftalmia e anidrose facial ipsilateral, pelo comprometimento da
cadeia simática cervical e do ganglio estrelado. Geralmente coexiste com a de Pancoast.
Síndrome da Veia Cava Superior: edema, congestão da face, e extremidades superiores, circulação colateral
proeminente e visível, e turgência jugular. É um carcinoma no lobo superior direito, e o mais comum é o de pequenas
células.
COMPLICAÇÕES
Locais: derrame pleural, cavitação, atelectasia e pneumonia pós obstrutiva.
Metástase: Fígado, Ossos, Cerébro e Adrenais (FOCA)
Sídromes Paraneoplásicas: Hipercalcemia (epidermoide), SIADH (pequenas células), Síndrome de Cushing
(pequenas células), Osteoatropatia Pulmonar Hipertrófica com baqueteamento digital (adenocarcinoma)
RASTREIO: pessoas assintomáticas que apresentam idade entre 55/80 anos E carga tabágica > 30 maçoes ano E
tabagismo atual ou interrupção nos ultimos 15 anos E boa saúde geral.
Deve ser feito com TC helicoidal com baixa deose de radiação anualmente.
Diagnóstico:
Exame físico (achados: redução da expansibilidade + sinais de derrame pleural)
Rx de tórax
TC de tórax
PET SCAN (estadiamento)
Cintilografia óssea (objetivo: avaliação da presença de metástases suspeitas ao Rx)
Citologia do Escarro (bom para tumores centrais) ou do líquido pleural
USG Endoscópica (objetivos: determinar, precisamente, o estadiamento tumoral + avaliação do
comprometimento esofágico. Principal complicação da USG endoscópica: fistulização)
Broncoscopia (objetivo: biópsia, permite determinar a classificação histopatológica do carcinoma)
Biópsia transtorácica por agulha guiada por TC
Biopsia a ceu aberto e guiada por videotoracoscopia
Prova de função respiratória (exame fundamental no pré operatório da cirurgia torácica objetivo do
exame: avaliação da função pulmonar total)
ESTADIAMENTO: anatômico (o tumor pode ser ressecado?) e fisiológico (o paciente aguenta?). Se possível sempre
fazer uma analise histopatológica das lesões.
TRATAMENTO:
Cirurgia Torácica: indicada para o carcinoma epidermoide + adenocarcinoma + carcinoma de grandes células
Contraindicada: IAM nos ultimos 6 meses, VEF1 < 1L, PCO 2 < 45 mmHg, Hipertensão pulmonar grave
OBS 1: A quimioterapia e a radioterapia podem ser utilizadas no acompanhamento pós cirúrgico do carcinoma de
pequenas células (presença de inúmeras metástases). Caso após a cirurgia, a biópsia esteja negativada, a
radio/quimioterapia podem ser realizadas. Agora, caso a biópsia ainda permaneça positiva, nada mais pode ser feito.
OBS 2: Nos carcinomas avançados, a quimioterapia ou radioterapia podem ser utilizadas como métodos pré
operatórios. Lembrando que o carcinoma de grandes células não responde à quimio/radioterapia.