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Apatita/Dolomita

Figura 1 - – Potencial zeta dos minerais dolomita e apatita como função do pH


O estudo de cargas elétricas na interface apatita/solução e dolomita/solução determinada pelo método da
Roberts-Mular, Figura 5.1, resultou numa carga nula em sua interface sólido/líquido (ponto de carga zero
“PCZ”) em dois pontos, para apatita aproximadamente, em pH=7,0 e pH=12,0, enquanto, para dolomita o
PCZ foi nos pontos, aproximadamente pH=9,0 e pH=12,0. Na interface apatita/solução, em meio alcalino
observou-se uma intensa carga interfacial negativa, acima de pH=7, provocada pelo aumento de ionização dos
grupos OH-. Enquanto, para o mineral dolomita, verificou-se a reversão de cargas em pH= acima de 8.
Figura 2 – Potencial zeta da apatita como função do pH e concentração de amido em solução.
Na presença de moléculas de amido em solução em várias concentrações na interface apatita/solução, Figura
5.2, a carga interfacial se intensificou. Provavelmente, pelo aumento dos grupos OH- existente em sua
estrutura. Tal fenômeno, ocorre principalmente com hidroxilas ocupantes das posições C-2 e C-6 das unidades
D-alfa-clucose . Esta situação gera um desenvolvimento de cargas negativas na estrutura molecular do amido,
evidenciada pela mobilidade eletroforética exibido por suas moléculas, migração em direção ao catodo em
soluções alcalinas.
Figura 3 – Influência da concentração do oleato de sódio na flotação da apatita e Figura 4 - Influência
da concentração do oleato de sódio na flotação da dolomita
A influência do reagente oleato de sódio na flotabilidade dos minerais apatita e dolomita foi avaliado através
de ensaios de microflotação em tubo de Hallimond, em várias concentrações e pHs (Figuras 3 e 4), verificou-
se na Figura 3, para o mineral apatita, que nas concentrações acima de 4mg/l e pH entre 9 e 12 obteve-se as
melhores recuperações. Entretanto, em pH=10 e nas concentrações de 4 e 6mg/l, a apatita exibiu maiores
flotabilidades com magnitudes bastantes próximas. Abaixo destes pHs e concentrações citadas, a
flutuabilidade diminuía, a explicação para tal fato, pode ser atribuída à diminuição da hidrofobicidade das
partículas causada por ligações hidrofóbicas entre cadeias hidrocarbônicas de espécies oleato não adsorvidas
com espécies adsorvidas, de tal forma que grupos polares do coletor fiquem voltados para meio aquoso. Em
pH=10, a flutuabilidade da apatita foi mantida provavelmente devido às interações entre várias espécies
presentes, tanto iônicas como moleculares. Analisando os resultados apresentados na Figura 3, tanto a
concentração de 4 como a de 6 mg/l em pH=10 poderia ser escolhidas como condição de boa flutuabilidade.
Comportamento similar na flotabilidade da apatita com oleato de sódio foi observado no estudo da dolomita
conduzindo ao mesmo nível de reatividade como podemos observar na Figura 4, onde ambos minerais
apresentaram recuperações muito próximas em pH=10 e nas concentrações de 4 e 6mg/l. Abaixo destes pHs
e concentrações citadas, a flotabilidade diminuía como aconteceu no caso com apatita.
Figura 5 - Influência do pH na flotabilidade dos minerais apatita e dolomita com oleato de sódio na
concentração de 4mg/l.
Justificando a similaridade dos minerais apatita e dolomita, observou-se na Figura 5, um comportamento
praticamente semelhante através do estudo desses minerais em vários pHs e na concentração de 4mg/l,
verificando nos dois minerais altas flotabalidades em toda faixa de pH estudada (7-12), e um pequeno aumento
na flotabilidade verificada em pH acima de 10. Esse fato pode ser provavelmente atribuído a composição
química superficial semelhante desses minerais, através da existência de cátions e ânions comuns, como
também, através de alta atividade superficial do coletor oleato de sódio utilizado na interface mineral/solução.
Figura 6 – Influência da concentração de amido de milho na flotabilidade da apatita, utilizando o oleato
de sódio nas concentrações de 4 e 6mg/l..
A apatita e dolomita são dois minerais que exibiram mesma magnitude de interação com o coletor oleato de
sódio. Tal comportamento foi observado nos estudos anteriores, onde ambos os minerais apresentaram
flotabilidades muito próximas na microflotação em tubo de Hallimond. Em virtude deste comportamento, faz-
se necessário o uso de agentes modificadores para que se obtenha uma melhor seletividade na separação desses
dois minerais. O amido de milho tem sido largamente utilizado em circuitos industriais de flotação. A ação
sinérgica da dupla amido/oleato pôde ser avaliada através de ensaios de microflotação em tubo de Halimond
com oleato de sódio na concentração de 4 e 6mg/l e em várias concentrações de amido como podemos observar
na Figuras5.8, é importante observar nesse estudo que, para baixas concentrações de amido o mineral apatita
era capaz de exibir alta flotabilidade com magnitudes bastantes próximas, observadas para concentrações (4 a
8mg/l de amido e 6mg/l de oleato). A proporção que a concentração de amido crescia, o mineral apatita
diminuía sua flotabilidade em uma taxa de decréscimo mais acentuado. Com os dado apresentados nessa
figura, nota-se que, com o acréscimo de concentração de oleato de 4 para 6mg/l em concentrações de amido
mais baixa.
Quartzo/calcita
Figura 1- Efeito do silicato de sódio, em diferentes concentrações, na flotação do quartzo com amina
(150 g/t) em diversos valores de pH.
Em baixas concentrações (250 g/t e 500 g/t), o silicato de sódio não atuou como depressor, uma vez que a
flotabilidade do quartzo se manteve em valores elevados. No entanto, a partir da concentração de 1000 g/t, o
silicato de sódio agiu como depressor, apresentando melhor desempenho entre o pH 5 e 8, onde a espécie de
sílica predominantes foram monômeros SiO(OH)3 e SIOH4, reduzindo a flotabilidade do quartzo, em até
60%. A ação depressora do silicato de sódio foi mais forte conforme o aumento da concentração (1500 h/t e
3000 g/t), proporcionando reduções de até 96%. Em pH 11, aonde predominam as espécies di e polissilicato,
não é observado o efeito depressor.
Na região de pH que se estende de 5 a 10, a proporção de íons de silicato é maior do que não. Sendo as espécies
silicatadas responsáveis pela depressão.
Figura 2- Influência da concentração da amina na flotação do quartzo, pré-condicionado com silicato
de sódio (3000 g/t) em Ph 8
O aumento da concentração da amina (coletor) não modificou significativamente a flotabilidade do quartzo
em pH 8, pré-condicionado com silicado de sódio (3000 g/t), indicando, assim, uma forte ação do silicato de
sódio como depressor nesta condição em que a formação de monômeros de silicato é predominante.
Figura 3- Influência do silicato de sódio na flotação do quartzo com amina em pH 7
Nas concentrações mais baixas (250 g/t e 500 g/t) nenhum dos silicatos de sódio deprimiu o quartzo. O efeito
depressor do silicato de sódio surgiu a partir da concentração de 1000g/t, todos mostrando o mesmo
desempenho como depressor na flotabilidade do quartzo. Portanto, o silicato de sódio não apresentou
influência na flotabilidade do quartzo com amina (150 g/t) e pH 7.
Figura 4- Influência do silicato de sódio na flotação do qtz com amina (150 g/t) em pH 11
O aumento da relação SiO/Na2O e da concentração do silicato de sódio não influenciou a flotabilidade do
quartzo com amina (150 g/t) em Ph 11. Não foi observado o efeito depressor em nenhum dos módulos
investigados.
Figura 5 – Efeito da concentração do silicato de sódio e do pH, na flotação da calcita com oleato de sódio
(150 g/t)
O silicato de sódio atuou como depressor da calcita em todas as concentrações, sendo mais eficiente à medida
que se elevou a concentração. O efeito depressor diminuiu, formetemente a partir do pH 10, e desapareceu em
pH 11. Entre pH 5 e 8, o silicato de sódio apresenta um forte depressor em todas as concentrações testadas. O
observou-se uma redução, na flotabilidade da calcita, de até 97%.
Figura 6- Efeito do silicato de sódio em diversos valores de pH e concentração na flotação da calcita
com amina (150g/t)
Em concentração de 250 g/t e 1000 g/t, o silicato de sódio tem pouco efeito como depressor da calcita. No
entanto, nas concentrações de 1500 e 3000 g/t o silicato de sódio atuou fortemente como depressor, diminuindo
a flotabilidade da calcita entre o pH 5 e 10. Porém, em pH 11 não foi observado o efeito depressor. Portanto,
o efeito depressor do silicato de sódio ocorre nas maiores concentrações e na faixa de pH entre 5 e 10, atingindo
reduções, de até 96% na flotabilidade da calcita.
Hematita/Quartzo
Figura 1- Flotabilidade da hematita: relação dosagem de oleado de sódio x pH
Observa-se menor flotabilidade da hematita em pH<4 e em pH>9, especialmente quando são usadas menores
dosagens de oleato de sódio (5 e 10mh/l). Nas dosagens de oleato de sódio maiores que 10mg/l a queda da
flotabilidade em ph>9 foi menos acentuada. Esse comportamento(menor flutuabilidade) pode ser justificado
avaliando a concentração micelar critica do ácido oleico. Além disso, a queda brusca na flotabilidade da
hematita em ph mais alcalinos é atribuído ao aumento da competição entre o íons oleato e hidroxil pelos sítios
superficiais. Para valores de ph compreendido entre 4 e 9, a hematita apresentou flotabilidade acima de 80%
em todas as dosagens, alcançando 100% na dosagem de 50mg/l. Nessa faixa onde o ph (4 e 9) é intermediário,
as moléculas de ácido oleico podem combinar-se e forar um complexo iono molecular, responsável por sua
ação coletora espumante. A máxima flotabilidade da hematita quando interage com ácido oleico é observada
no PCZ(ponto de carga zero). Encontrou o ph especifico 7 com ótima flutuabilidade da hematita usando oleico
como coletor. A partir desses fatos, observa-se a melhor dosagem de 50 mg/l de oleato de sódio para hematita
e o ph específico igual a 7.
Figura 2- efeito da dosagem de silicato de sódio sobre a flotabilidade da hematita na presença de 50 mg/l
de oleato de sódio
A partir do gráfico comparativo entre os três tipos de soluções: hematita em água destilada, hematita
condicionada com ONa e hematita condicionada com Ona e silicato de sódio, podemos observar na presença
dos reagentes em pH de aproximadamente 3,5 as soluções atingirem seu PCZ, e iniciou-se a reversão dos seus
potenciais, ao contrário do que é visto na solução da hematita apenas em água destilada. Isso pode ter ocorrido
pela ação da atração eletrostática (adsorção física de íons diferentes) dos íons carboxilatos (provenientes dos
reagentes) com a superfície do mineral. O aumento no pontencial realizado nas soluções condicionadas com
reagentes a partir do ph 7 é justificado pela ocorrência de adsorção química, ou seja, íons determinantes de
pontencial e/ou íons específicos interagem com a superficie do mineral a ser flotado. Tal fato é comprovado
se comparado o potencial zeta da solução condicionado com água destilada com aquelas que possuem
reagentes.
Figura 3 - Potencial zeta do Quartzo ( Condicionado com água destiliada, condicionado em Ona e
condicionada em silicato de sódio)
Para o quartzo condicionado com Ona foi observado valores maiores negativos do que outras soluções, excete
somente para o pH 3.5. Para a solução condionada com Ona e silicato de sódio apresenta valores menos
negativos do que a solução de quarto em agua destilidada. Outro fator que pode ser destacado nesse grafico,
é que a partir do pH 9, ou ve um decrescimo dos valores e pH condicionados com coletor, o que pode ser
justificado, novamente, pela descrescimo nos valores de pH condicionados com coletor, o que pode ser
justificado, novamente, pela ocorrencia da absorção quimica dos ions determinantes de potencial e/ou ions
especificos. Comparando-o resultado da solução condicionada com quartzo com mais OnA e silicato de sódio
e hematita com Ona e silicato de sódio é visto que a primeira, houve um pequeno aumento no potencial em
pH 9 que pdoe ser justificado pela diferenca mineralogica e nas concentracoes de Ona
Figura 4 - Efeito da concentração de ONa e pH na floatabilidade do Quartzo
Para o intervalo de pH entre 2 e 4, nas menores concentrações de ONa é observado pequenos indices de
flotabilidade, inferiores a 20%, diferentemente para concentrações maiores de (20mg/L e 70mg/L) acima de
20%. Com o aumento da alcalinidadade da solução é visto uma flotabilidade otima para concentrações
maiores, principalmente para a dosage mde 70mg/L em ph9. Em todas as cocnentrações, acima do pH9 é
notado uma queda brusca de flotabilidade do quartzo que pode ser atribuido a competição enre ions de Ona e
da superficie do mineral, ou ser atingido pela concentração micelar critica do ONa.
Figura 5 - Efeito da dosagem DCE silicato de socio sobrea flotacao de quaztrzo a presença de 70mg/L de oleoto
de sódio em pH 9
Observando que os reagentes são os mesmos utilziados nos ensasios da hematita, excete pelo indice de pH é observado,
uma queda brusca na flotabilidade do quartzo para dosagens menores que 5g/L de 58% para 22%.
Na dosagens de silicato de sódio aciam de 5g/L há uma interferencia bem menor na flotabilidade do quartzo se
comparando ao da hematita, especialmente para a dosagem de 20g/L (para hematita se houver flotabilidade de 0.7% e
o quartzo com flotabilidade de 16%), de acordo com o comportamente do gráfico é esperado uma queda da flotabilidade
proporcional ao aumento da concetração de silicato de sódio.
Figura 6 - Efeito de Concentração de On2 e pH na flotabilidade do hematita.
Se tratando de coletor anionico, é esperado seu melhor comportamento em ambientes mais ácidos, devido a
uma possibilidade de interação com as cargas positivas disponiveis no sistema. Para menores concentrações
de Ona em Ph entre 2 e 4 é observado uma menor taxa de floatabilidade que inviabiliza a utilização dessas
concentracoes em tais ambientes. Para concentrações acima de 10mg/L é visto uma otima taxa de
flotabilidade, especialmente para 26mg/L, porem nao se utiliza tal concetracao pois o fato de pH está proximo
ao da protonação do ONa. No intervalo do ph entre 4 e 9, é visto uma melhor flotabilidade para todas as
concentrações, especialmnete para 50mg/L em ph 7, o que pH onde a hematita atinge seu PC2. para pH maior
que 9, atingiu 3,5 das soluções atiginram seu PCZ, e iniciou-se a reversão dos seus potenciais, ao contrario do
que é visto na solução da hematita apenas em agua destilidada. Isso pode ter ocorrido pela ação da atração
elotroestatica dos íons caborxilatos com a superficie do mineral. O aumento no potencial das soluções condicionadas
com reagentes, a partir do pH 7.0 é justificado pela ocorrencia da absorção quimica, ou seja, ions determinantes de
potencial e/ou ions especificos interagem com a superficie do mineral a ser flotado. Tal fato é compravado se comparado
o potencial zeta da solução condicionado com água destilada com aquelas que possuem reagentes
Figura 7 - Efeito de dosagem de silicato de sodio sobre a flotação da hematita na presença de 50mg/l de oleato de
sódio, em ph 7.
Observando os resultados obtidos no gráfico acima, é visto que para o ph Otimo da flotabilidade da hematita, a
interferencia do siliciato de sódio é severa em dosagens menores que 5g/l. Já para dosagens acima de 5g/L em que se dá
uma queda menos brusca do incide de floatabilidade, chegando a quase zero em 20g/L. Isso ocorre devido ao fato do ph
otimo para flotação da hematita ser muito proxima ao da protonação do silicato de sódio. Em casos de flotação direta
da hematita, a utilização desse depressor não é recomendada.

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