Você está na página 1de 40

“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente.

Excelência, então, não é um modo de


agir, mas um hábito.”

Aristóteles

DIREITO ADMINISTRATIVO

Direito Administrativo é o ramo do direito público que trata de princípios e regras


que disciplinam a função administrativa e que abrange entes, órgãos, agentes e atividades
desempenhadas pela Administração Pública na consecução do interesse público.

(CESPE/DPE/ESPERÍTO SANTO/DEFENSOR PÚBLICO/2012) Como o direito administrativo


disciplina, além da atividade do Poder Executivo, as atividades administrativas do Poder
Judiciário e do Poder Legislativo, os princípios, previstos na CF, aplicam-se aos três poderes
da República.

(CESPE/TCU/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/2011) Segundo a doutrina


administrativista, o direito administrativo é o ramo do direito privado que tem por objeto os
órgãos, os agentes e as pessoas jurídicas administrativas que integram a administração
pública, a atividade jurídica não contenciosa que esta exerce e os bens de que se utiliza para a
consecução de seus fins, de natureza pública.

(CESPE/STJ/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2015) Conceitualmente, é correto considerar que o


direito administrativo abarca um conjunto de normas jurídicas de direito público que disciplina
as atividades administrativas necessárias à realização dos direitos fundamentais da
coletividade.

Função administrativa é a atividade do Estado de dar cumprimento aos comandos


normativos para realização dos fins públicos, sob regime jurídico administrativo (em regra), e
por atos passíveis de controle.

A função administrativa é exercida tipicamente pelo Poder Executivo, mas pode


ser desempenhada também pelos demais Poderes, em caráter atípico. Por conseguinte,
também o Judiciário e o Legislativo, não obstante suas funções jurisdicional e legislativa
(e fiscalizatória) típicas, praticam atos administrativos, realizam suas nomeações de
servidores, fazem suas licitações e celebram contratos administrativos, ou seja, tomam
medidas concretas de gestão de seus quadros e atividades.

Função administrativa relaciona-se com a aplicação do Direito, sendo consagrada a


frase de Seabra Fagundes no sentido de que “administrar é aplicar a lei de ofício”. A expressão
administração pública possui, segundo Di Pietro 2, no entanto, dois sentidos:

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1 – CONCEITO

A administração pública, grosso modo pode ser compreendida como o aparelhamento do


Estado pré-ordenado à realização de seus serviços, cujo o intuito é a realização de seus inúmeros
serviços objetivando satisfazer as necessidades coletivas.

O conceito de Administração Pública pode ser visualizado em sentido amplo e em sentido


estrito.

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


1
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

Administração Publica em sentido amplo: compreende o conjunto de Poderes do Estado


(Órgãos Governamentais) aos quais incube a condução política do Estado, e o conjunto de
órgãos e entidades administrativas (Administração em sentido estrito), aos quais incube a
mera execução das atividades estatais.

Administração Pública em sentido estrito: compreende tão somente o conjunto de órgão e


entidades aos quais cabe o exercício da atividade administrativa propriamente dita

Administração Pública em sentido Formal, Subjetivo ou Orgânico: compõe-se do conjunto


de órgãos, agentes e pessoas jurídicas (entidades) tendentes à realização das atividades
administrativas. Em sentido formal, subjetivo ou orgânico, Administração Pública é toda máquina
destinada à atividade administrativa do Estado. Embora a função administrativa seja
predominantemente do Executivo, sabemos que os Poderes Legislativo e Judiciário também
exercem a função administrativa. Logo, os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e seus
agentes, quando no exercício de atividades administrativas, compõem o conceito de Administração
Pública em sentido subjetivo, formal ou orgânico. É mister ressaltar, que tem doutrinadores que
sustentam que em sentido formal, orgânico ou subjetivo, na referência à Administração
Pública (grafada com iniciais maiúsculas), leva-se em conta as pessoas, órgãos e agentes,
isto é, o sentido que se pretende dar é o de unidades administrativas e pessoas.

Administração Pública em sentido Material, Objetivo ou Funcional: corresponde ao


exercício da atividade administrativa, assim entendida como o desempenho da atividade típica do
Poder Executivo e as atividades atípicas dos demais Poderes de caráter administrativo. Nesse
sentido material, toda atividade da administração pública relacionada com o desempenho de ações
concretas, tendo em vista o bem-estar da coletividade. Tais ações são exercidas por meio de:
Fomento, Policia Administrativa, Serviço Público e Intervenção Administrativa. Vale salientar, que
em sentido material, objetivo ou funcional, a referência à administração pública (grafada com
iniciais minúsculas) leva em consideração a atividade de caráter administrativo.

(CEBRASPE/TRF 1ª REGIÃO/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ÁEREA ADMINISTRATIVA/2017) A


administração pública, em seu sentido subjetivo, compreende o conjunto de agentes, órgãos e
pessoas jurídicas incumbidos de executar as atividades administrativas, distinguido-se de seu
sentido subjetivo, que se relaciona ao exercício da própria atividade administrativa.

(Cespe – MPOG 2015) Administração pública, em sentido amplo, abrange o exercício da função
política e da função administrativa, estando ambas as atividades subordinadas à lei.

Cespe – TJDFT 2013) Administração pública em sentido orgânico designa os entes que exercem as
funções administrativas, compreendendo as pessoas jurídicas, os órgãos e os agentes incumbidos
dessas funções.

(Cespe – Ministério Integração Nacional 2013) Na sua acepção formal, entende-se governo como
o conjunto de poderes e órgãos constitucionais.

(ESAF – RFB – Auditor 2005) Em seu sentido subjetivo, o estudo da Administração Pública
abrange:

a) a atividade administrativa.
b) o poder de polícia administrativa.
c) as entidades e órgãos que exercem as funções administrativas.
d) o serviço público.
e) a intervenção do Estado nas atividades privadas.

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


2
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

(Art. 18 da CF e Decreto-Lei nº200/67)


TÍTULO III

DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

CAPÍTULO I

DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

Art. 18. A organização político-administrativa da República


Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta
Constituição.

(CEBRASPE/POLÍCIA CIVIL/PE/AGENTE DE POLÍCIA/2016) A


organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os estados, os territórios federais, o Distrito
Federal e os municípios, todos autônomos, nos termos da CF.

(CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TER-MA/2009) A União, os estados-


membros, os municípios e o Distrito Federal são entidades soberanas,
pois possuem autonomia política, administrativa e financeira.

(CESPE/TRT-17ª/2009) A República Federativa do Brasil é formada pela


união indissolúvel dos estados, dos municípios, do Distrito Federal e dos
territórios.

(Cespe – MIN 2013) Consoante o modelo de Estado federativo adotado


pelo Brasil, os estados-membros são dotados de autonomia e soberania,
razão por que elaboram suas próprias constituições.

§ 1º Brasília é a Capital Federal.

§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação,


transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão
reguladas em lei complementar.

(CEBRASPE/POLÍCIA CIVIL/PE/DELEGADO DE POLÍCIA/2016) Os


territórios não são entes federativos; assim, na hipótese de vir a ser
criado um território federal, ele não disporá de representação na Câmara
dos Deputados nem no Senado Federal.

§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou


desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


3
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população


diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso
Nacional, por lei complementar.

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de


Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por
Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação
dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na
forma da lei.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de
1996) Vide art. 96 - ADCT

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967.

Dispõe sobre a organização da Administração


Federal, estabelece diretrizes para a Reforma
Administrativa e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usando das atribuições que lhe


confere o art. 9°, § 2º, do Ato Institucional nº 4, de 7 de dezembro de 1966,
decreta:

TÍTULO I

DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL

Art. 1º O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República


auxiliado pelos Ministros de Estado.

Art. 2º O Presidente da República e os Ministros de Estado exercem as


atribuições de sua competência constitucional, legal e regulamentar com o
auxílio dos órgãos que compõem a Administração Federal.

Art. 3º Respeitada a competência constitucional do Poder Legislativo


estabelecida no artigo 46, inciso II e IV, da Constituição, o Poder Executivo
regulará a estruturação, as atribuições e funcionamento dos órgãos da
Administração Federal. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)

Art. 4° A Administração Federal compreende:

I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na


estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


4
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias


de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:

a) Autarquias;

b) Empresas Públicas;

c) Sociedades de Economia Mista.

d) Fundações públicas. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)

Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta


vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência estiver
enquadrada sua principal atividade. (Renumerado pela Lei nº 7.596, de
1987)

(CESPE/TSE/ANALISTA JUDICIÁRIO/2008) A administração pública brasileira


está dividida em direta e indireta, não existindo a forma mista.

Art. 5º Para os fins desta Lei, considera-se:

I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade


jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da
Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão
administrativa e financeira descentralizada.

II - Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de


direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por
lei para a exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a
exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa podendo
revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. (Redação dada pelo
Decreto-Lei nº 900, de 1969)

III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de


personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de
atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com
direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da
Administração Indireta. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)

IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de


direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa,
para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou
entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio
gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por
recursos da União e de outras fontes. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)

§ 1º No caso do inciso III, quando a atividade for submetida a regime de


monopólio estatal, a maioria acionária caberá apenas à União, em caráter
permanente.

§ 2º O Poder Executivo enquadrará as entidades da Administração


Indireta existentes nas categorias constantes deste artigo.

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


5
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

§ 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem


personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de sua
constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes
aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às
fundações. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 11.107, DE 6 DE ABRIL DE 2005.

Dispõe sobre normas gerais de contratação de


consórcios públicos e dá outras providências

Art. 6o O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:

I – de direito público, no caso de constituir associação pública,


mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções;

II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da


legislação civil.

§ 1o O consórcio público com personalidade jurídica de direito


público integra a administração indireta de todos os entes da Federação
consorciados.

§ 2o No caso de se revestir de personalidade jurídica de direito privado, o


consórcio público observará as normas de direito público no que concerne à
realização de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e
admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho
- CLT.

A) Entidades Políticas e Administrativas:

a.1) Entidades Políticas: são as que recebem suas atribuições direito da CF; têm plena
autonomia para exercer suas funções e prerrogativas; são pessoas de direito público interno,
possuidoras de poderes políticos e administrativos; têm sempre competência para legislar. São
elas: União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal.

a.2) Entidades Administrativas: são as que possuem autonomia administrativa, mas não têm
poderes políticos; não podem legislar e têm sua competência delimitada pela lei que as criou
ou autorizou sua criação. São as Autarquias, as Fundações Públicas, as Empresas
Públicas e as Sociedades de Economia Mista.

OBS: Agências Reguladoras: poder regulador nas áreas de sua competência, mediante
autorização do Senado Federal é constitucional mediante entendimento do STF (ANATEL).

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


6
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

B) Centralização, descentralização e desconcentração administrativa;

b.1) A centralização administrativa: tem lugar quando o Estado executa suas tarefas por
meio dos seus próprios órgãos e agentes, despersonalizados, integrantes da mesma
pessoa política (U,E,DF e M). A função será exercida pela Administração Centralizada Direta
(Federal, Estadual, Distrital e Municipal). Não há que se falar de participação de outras
pessoas jurídicas na prestação do serviço centralizado.
b.2) Descentralização Administrativa: ocorre quando as pessoas jurídicas de direito
público interno (U,E,DF e M) desempenham parte de suas funções por intermédio de
outras pessoas jurídicas. A descentralização pressupõe duas pessoas jurídicas
distintas: o Estado e a entidade que executará o serviço, atribuição dada por delegação
legislativa. Com a descentralização administrativa ocorre a especialização em termos de
gestão pública moderna.

Existem duas formas pelas quais o Estado pode realizar a descentralização administrativa:
outorga e delegação.

Descentralização por meio de outorga (sempre por meio de lei): O Estado cria uma
entidade (autarquia, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia
mista) e transfere a ela, mediante previsão em lei, determinado serviço público . Por sua
natureza legal, comumente é instituída e conferida por prazo indeterminado. É a
descentralização que torna as entidades da administração indireta em prestadoras de serviços
públicos

(CESPE/TJDFT/JUDICIÁRIO/TÉCNICO ADMINISTRATIVA/2013) Quando o Estado cria uma


entidade e a ela transfere, por lei, determinado serviço público, ocorre descentralização por
meio de outorga.

(CESPE/MPU/JUDICIÁRIO/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) Considere que um estado


crie, por meio de lei, uma nova entidade que receba a titularidade e o poder de execução de
ações de saneamento público. Nessa situação, configura-se a descentralização administrativa
efetivada por meio da outorga.

Descentralização por meio de delegação: O Estado transfere, mediante realização de


contrato ou ato administrativo unilateral, exclusivamente a execução do serviço público em
seu próprio nome e por sua conta e risco. Este tipo de descentralização não dispensa, contudo,
a tutela estatal, que efetivará sob a forma de fiscalização. Por sua natureza de ato precário ou
contratual, é normalmente por prazo determinado. Os contratos de concessão ou atos de
permissão são bons exemplos de delegação administrativa.

b.3) Descentralização territorial ou geográfica: entidade local geograficamente delimitada,


dotada de personalidade jurídica de direito público com capacidade administrativa genérica
(territórios federais).

b.4) Desconcentração Administrativa: é a técnica administrativa, empregada pelas


entidades da Administração Direta e Indireta.
Ela ocorre quando a entidade da Administração, competente para execução do serviço público,
distribui competências no âmbito de sua própria estrutura, com o intuito de tornar mais eficiente
e desburocratizada a prestação dos serviços.

A desconcentração pressupõe, obrigatoriamente, a existência de uma só pessoa


jurídica, e consiste em uma simples distribuição interna de prerrogativas e

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


7
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

responsabilidades entre órgãos, repartições, superintendências e agentes. Pode ocorrer


dentro da administração direta e indireta (Superintendências, Regionais...)

b.5) Concentração Administrativa (extinguir órgãos) Técnica administrativa que promove a


extinção de órgãos públicos.

Pessoa jurídica integrante da administração pública extingue órgãos antes existentes em


sua estrutura, reunindo em um número menor de unidade as respectivas competências.
Imagine-se, como exemplo, que a secretaria da fazenda de um município tivesse em sua
estrutura superintendências, delegacias, agências e postos de atendimento, cada um desses
órgãos incumbidos de desempenhar específicas competências da referida secretaria. Caso a
administração pública municipal decidisse, em face de restrições orçamentárias, extinguir os
postos de atendimento, atribuindo às agências as competências que aqueles exerciam, teria
ocorrido concentração administrativa. (Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, 2010).

Obs.: Tanto a concentração quanto a desconcentração podem ser utilizadas na


administração direta e indireta.

(CESPE/TJDFT//TÉCNICO JUDICIÁRIO/ 2013) A criação, por uma universidade federal, de


um departamento específico para cursos de pós-graduação é exemplo de descentralização.

CESPE/PCBH/DELEGADO DE POLÍCIA/2013) A criação de nova secretaria por governador


de estado caracteriza exemplo de descentralização.

ADMINISTRAÇÃO DIRETA, INDIRETA E ENTIDADES


PARAESTATAIS.

- Administração Direta: conjunto de órgãos que integram as pessoas políticas do Estado


(U ,E, M e DF), aos quais foi atribuída a competência de exercer as atividades administrativas.
Assim são formados, por exemplo, os Ministérios e as suas Secretarias.

- Administração Indireta: conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à


administração direta, tem a competência para o exercício das atividades administrativas de
forma descentralizada. São elas: Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e
Sociedades de Economia Mista.

(CESPE/CNJ/JUDICIÁRIO/TÉCNICO ADMINISTRATIVA/2013) As entidades


políticas são pessoas jurídicas de direito público interno, como a União, os estados,
o Distrito Federal e os municípios. Já as entidades administrativas integram a
administração pública mas não têm autonomia política, como as autarquias e as
fundações públicas.

(CESPE/TRT 10ª REGIÃO//TÉCNICO JUDICIÁRIO/ 2013) Empresas públicas são


pessoas jurídicas de direito privado integrantes da administração indireta do
Estado, criadas mediante prévia autorização legal, que exploram atividade
econômica ou, em certas situações, prestam serviços públicos.

(CEBRASPE/TRF 1ª REGIÃO/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ÁEREA


ADMINISTRATIVA/2017) Administração direta remete a ideia de administração

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


8
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

centralizada, ao passo que administração indireta se relaciona à noção de


administração descentralizada.

(CEBRASPE/TRF 1ª REGIÃO/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ÁEREA


ADMINISTRATIVA/2017) O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, um órgão
classificado como autarquia em regime especial, integra a administração indireta da
União.

- Entidades Paraestatais, Entes de Cooperação, Sistema “S” ou Terceiro Setor: pessoas


jurídicas de direito privado que colaboram com o Estado no desempenho de atividades não
lucrativas (às quais o Poder Público dispensa especial proteção), sem, contudo, integrarem a
estrutura da Administração Pública. São eles: SESC, SENAI, SEBRAE, SERVIÇOS SOCIAIS
AUTÔNOMOS, ORGANIZAÇÕES SOCIAIS DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE
PUBLICO.

(CESPE/MPU/JUDICIÁRIO/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) O Serviço Nacional


do Comércio (SENAC), como serviço social autônomo sem fins lucrativo, é exemplo de
empresa pública que desempenha atividade de caráter econômico ou de prestação de
serviços públicos.

(CESPE/TJDFT/JUDICIÁRIO/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2013) Entidades


paraestatais, pessoas jurídicas de direito privado que integram a administração indireta,
não podem exercer atividade de natureza lucrativa.

(CESPE/PCBH/DELEGADO DE POLÍCIA/2013) Entidades paraestatais são pessoas


jurídicas privadas que colaboram com o Estado no desempenho de atividades não
lucrativas, mas não integram a estrutura da administração pública.

- Associações Públicas e Consórcios Públicos: Lei nº 11.107/05 São na verdade


autarquias (associações públicas).

(CESPE/TJDFT//ANALISTA JUDICIÁRIO/ÀREA ADMINISTRATIVA 2013) Os


consórcios públicos são ajustes firmados por pessoas federativas, com personalidade
de direito público ou de direito privado, mediante autorização legislativa, com vistas à
realização de atividades e metas de interesse comum dos consorciados.

ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

a) Autarquias: O termo autarquia significa “poder próprio” e foi usado pela


primeira vez por Santi Romano em 1897, na identificação da situação de entes
territoriais e institucionais do Estado unitário italiano. O autor admitia que
autarquia era a administração indireta do Estado exercida por pessoa jurídica,
defendendo os próprios interesses e também os do Estado. Segundo Maria
Sylvia Zanella di Pietro, o termo teria sido utilizado pela primeira vez em fins do
século XIX, na Itália, por Santi Romano, quando este escreveu sobre o tema
"decentramento administrativo" para a Enciclopédia Italiana. "Com o vocábulo
autarquia ele fazia referência às comunas, províncias e outros entes públicos
existentes nos Estados unitários".
1) Origem da terminologia: Autos – Arkhé (grego) que significa autonomia,
independência e entidade autônoma

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


9
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

2) Autarquia é gênero:

a) comuns: INCRA, CVM, INSS, IBAMA

b) Especiais: agências reguladoras (ANATEL, ANVISA, ANCINE, ANP,


ANTAQ, ANA), agências executivas: INMETRO,) conselhos e ordens (CREA,
CRECI, CRC, CRM, CRP, ORDEM DOS MÚSICOS). Por força da ADI 1717,
STF, declarou inconstitucional o art. 58 da Lei nº 9649/98, pois exercem
poder de polícia que não podem ser delegados (autarquias sui generis).

DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DO


ART. 58 E SEUS PARÁGRAFOS DA LEI FEDERAL Nº 9.649, DE 27.05.1998, QUE TRATAM DOS
SERVIÇOS DE FISCALIZAÇÃO DE PROFISSÕES REGULAMENTADAS.

1. Estando prejudicada a Ação, quanto ao § 3º do art. 58 da Lei nº 9.649 , de 27.05.1998, como já decidiu
o Plenário, quando apreciou o pedido de medida cautelar, a Ação Direta é julgada procedente, quanto ao
mais, declarando-se a inconstitucionalidade do "caput" e dos § 1º, 2º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º do mesmo art. 58.
2. Isso porque a interpretação conjugada dos artigos 5º, XIII, 22, XVI, 21, XXIV, 70, parágrafo único , 149
e 175 da Constituição Federal , leva à conclusão, no sentido da indelegabilidade, a uma entidade
privada, de atividade típica de Estado, que abrange até poder de polícia, de tributar e de punir , no
que concerne ao exercício de atividades profissionais regulamentadas, como ocorre com os
dispositivos impugnados. 3. Decisão unânime

c) Fundacionais ou Fundações Autárquicas (FUB, FUSP, FUNAI, FUNAI,


IBGE).

d) Interfederativas ou associativas (CONSÓRCIOS PÚBLICOS)

e) Territoriais (TERRITÓRIOS FEDERAIS)

3) Conceito: art. 5º, I, Decreto-Lei nº 200/67 – São entes administrativos


autônomos, criados por lei específica, com personalidade jurídica de direito
público interno, patrimônio próprio e atribuições específicas. São classificadas
em assistenciais, industriais, econômicas, coorporativas, previdenciárias e
profissionais.

4) Atividades Típicas da Administração Publica (conceitos jurídicos


indeterminados) cabe a doutrina e a jurisprudência interpretar a intenção do
legislativo e da a verdadeira finalidade de norma.

a) Prestação de serviços públicos: DNIT, UFMA, UFRR.

(CESPE/MMA//TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2009) Autarquias podem ser criadas para


exercerem atividades de ensino, em que se incluem as universidades.

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


10
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

b) Poder de Polícia: fiscalizar, regulamentar as concessionárias


(pessoas privadas) ANATEL, ANVISA, ANCINE, ANA, ANP, ANTAQ) –
Estado Mínimo, Neo Liberal.
c) Intervenção no domínio econômico, não como agente econômico,
mas como autoridade monetária (saída e entrada de moeda estrangeira,
taxa de juros, selic, câmbio, compra de dólares...Art. 21, VIII da CF.
BACEN
d) Intervenção na ordem social – INSS.
e) Atividade de fomento, do verbo fomentar, normas programáticas,
políticas de incentivo no sentido de minimizar as desigualdades sócio-
econômico das regiões. SUDENE E SUDAM.

5) Autarquia no Poder Judiciário – caso IPRAJ – Instituto Pedro Ribeiro de


Administração Judiciária (CNJ março de 2009 extingui).

6) Órgão transformado em Autarquia: DER EM DNIT, mas não pode


qualquer órgão como por exemplo o DPF por força do art. 144, § 1º da CF.
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão
permanente, organizado e mantido pela União e estruturado
em carreira.

7) Criação: Criação por Lei É exigência que vem desde o Decreto-Lei nº


6.016/43, repetindo-se no Decreto-Lei nº 200/67 e constando agora do artigo
37, XIX, da Constituição. somente por Lei Específica (at. 37, XIX, da CF).
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de
sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de


subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a
participação de qualquer delas em empresa privada;

(CESPE/FUB/ADMINISTRADOR/2013) Para a criação de autarquia, a


Constituição Federal de 1988 estabelece apenas a necessidade de edição de
lei ordinária específica.

(CESPE/TJPI/JUIZ/2011) As autarquias são instituídas por lei, iniciando-se a


sua existência legal com a inscrição, no registro próprio, de seu ato constitutivo.

(CESPE/FUB/AUXILIAR EM ADMINISTRAÇÃO/2013) As autarquias não


visam lucro e são criadas diretamente por lei específica, nãos sendo
necessário o registro de seus atos constitutivos em órgão de registro de
pessoas jurídicas.

(CESPE/2015/TER-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO) Segundo o entendimento do


Supremo Tribunal Federal (STF), Lei Municipal pode autorizar, de forma
genérica, a Companhia de Habitação Popular de Bauru a criar subsidiária,

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


11
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

sendo desnecessária a promulgação de uma lei específica para cada


subsidiária que essa sociedade de economia mista pretender criar.

8) Extinção: pelo mesmo instrumento de sua criação (princípio do paralelismo


da formas). Nasce com a vigência da Lei criadora independente de registro, e
possui os poderes, privilégios e prerrogativas inerentes às pessoas do Direito
Público.

CESPE/TCU//TÉCNICO JUDICIÁRIO/2012) Autarquias federais podem ser extintas mediante


decreto do Presidente da República.

9) Patrimônio: próprio, inalienável, impenhorável e imprescritível (são


considerados bens públicos).
CEBRASPE/TRF 1ª REGIÃO/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2017) Os bens públicos estão
sujeitos à usucapião.
10) Administração: entidades auto-administrativas. Podem se gerenciar
totalmente, mas não criam as regras jurídicas de auto-organização (estas já
estão dispostas em sua lei criadora).

11) Regime de Pessoal: poderia ser formado tanto pelo Regime Estatutário
(Lei nº 8112/90) como o Regime regido pela CLT (Lei nº 9962/00). Contudo,
por força de decisão em sede de liminar concedida pelo STF, em 02/08/07 (ADI
nº 2135-4) do art. 39 da CF que não era mais obrigatório o RJU (EC 19/98).

SEÇÃO II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão,


no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para
os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações
públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4)

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão


conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por
servidores designados pelos respectivos Poderes. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4)

O STF, em liminar parcialmente concedida 02/08/2007, na ADIN


nº 2135-4, suspende a eficácia do caput deste artigo. Com a
decisão volta a vigorar a redação anterior: Art. 39. A União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da
administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide
ADIN nº 2.135-4)

LEI No 9.962, DE 22 DE FEVEREIRO DE 2000.

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


12
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

Disciplina o regime de emprego público do


pessoal da Administração federal direta,
autárquica e fundacional, e dá outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o O pessoal admitido para emprego público na Administração federal direta,


autárquica e fundacional terá sua relação de trabalho regida pela Consolidação das Leis do
Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e legislação trabalhista
correlata, naquilo que a lei não dispuser em contrário.

§ 1o Leis específicas disporão sobre a criação dos empregos de que trata esta Lei no âmbito
da Administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo, bem como sobre a
transformação dos atuais cargos em empregos.

§ 2o É vedado:

I – submeter ao regime de que trata esta Lei:

a) (VETADO)

b) cargos públicos de provimento em comissão;

II – alcançar, nas leis a que se refere o § 1 o, servidores regidos pela Lei no 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, às datas das respectivas publicações.

§ 3o Estende-se o disposto no § 2 o à criação de empregos ou à transformação de cargos em


empregos não abrangidas pelo § 1o.

§ 4o (VETADO)

Art. 2o A contratação de pessoal para emprego público deverá ser precedida de concurso
público de provas ou de provas e títulos, conforme a natureza e a complexidade do emprego.

Art. 3o O contrato de trabalho por prazo indeterminado somente será rescindido por ato
unilateral da Administração pública nas seguintes hipóteses:

I – prática de falta grave, dentre as enumeradas no art. 482 da Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT;

II – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

III – necessidade de redução de quadro de pessoal, por excesso de despesa, nos termos da
lei complementar a que se refere o art. 169 da Constituição Federal;

IV – insuficiência de desempenho, apurada em procedimento no qual se assegurem pelo


menos um recurso hierárquico dotado de efeito suspensivo, que será apreciado em trinta dias, e o
prévio conhecimento dos padrões mínimos exigidos para continuidade da relação de emprego,
obrigatoriamente estabelecidos de acordo com as peculiaridades das atividades exercidas.

Parágrafo único. Excluem-se da obrigatoriedade dos procedimentos previstos no caput as


contratações de pessoal decorrentes da autonomia de gestão de que trata o § 8º do art. 37 da
Constituição Federal.

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


13
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

Art. 4o Aplica-se às leis a que se refere o § 1 o do art. 1o desta Lei o disposto no art. 246 da
Constituição Federal.

Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de fevereiro de 2000; 179o da Independência e 112o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Martus Tavares

12) Atos e Contratos: são considerados atos administrativos revestindo-se


dos mesmos requisitos e atributos dos praticados pela administração direta.
São suscetíveis de controle judicial pelas vias especiais (MS, AP, ACP, etc.).
Os contratos são, também, de natureza administrativa e devem ser precedidos
de licitação nos termos do art. 37, XXI, da CF. Seus atos, quando causarem
danos a terceiros, geram a responsabilidade objetiva da Autarquia de indenizá-
los, assegurando o direito de regresso em caso de dolo ou culpa do agente.

13) Imunidade Tributária: gozam da chamada imunidade tributária


recíproca de impostos (apenas impostos) sobre o patrimônio,as rendas e os
serviços autárquicos, desde que estejam vinculados às sua atividades
essenciais. Arts. 150, VI, a e § 2º da CF. Caso do terreno alugado da Anatel
para transformação em estacionamento privado (STJ).
(CESPE/TRT/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) ANVISA é imune ao pagamento de
impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana referente a imóveis utilizados para o
exercício de suas competências legalmente definidas.

(CESPE/TRT/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) O cargo de presidente da ANVISA é


privativo de brasileiro nato

Na apreciação dos seguintes itens, considere que o Departamento de Polícia Federal (DPF) é
um órgão do Ministério da Justiça. Julgue os itens subseqüentes, relativos ao Departamento de
Polícia Federal (DPF).

(CESPE/TSE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2010) O DPF integra a administração federal direta.

(CESPE/TSE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2010) Por ser um órgão público federal, o DPF é isento


de pagamento de tributos estaduais e municipais.

(CESPE/TCDF/ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO/2014) A imunidade tributária recíproca entre


as pessoas políticas abrange apenas os impostos.

SEÇÃO II

DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


14
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

VI - instituir impostos sobre:(Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e


mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

14) Autonomia Funcional: não há subordinação ou obediência hierárquica


para com a entidade estatal que a criou, mas sim mera vinculação. Há apenas
um controle finalístico, supervisão ministerial ou tutela administrativa, pelo ente
da Administração Direta que lhe deu vida, limitando aos fins que a Lei
instituidora da Autarquia estabelece.
(CESPE/MPU/ANILISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2010) As entidades compreendidas
na administração indireta subordinam-se ao ministério em cuja área de competência estiver
enquadrada sua principal atividade, mantendo com este uma relação hierárquica de índole
político-administrativa, mas não funcional

15) Foro processual: Justiça Federal (art. 109 da CF)

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem


interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as
de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

16) Precatórios: art. 100 da CF

17) Prazos processuais: art. 188 do CPC, quádruplo o prazo para contestar
em dobro para recorrer.

Autarquias Esepeciais: denominação utilizada por algumas leis ao criar


entidades; de modo geral são autarquias que recebem de sua lei materna
privilégios específicos, que maximinizam sua autonomia em comparação a das
outras autarquias comuns.

a) Agências Reguladoras: criadas por lei específica para fiscalizar e editar


normas de regulação sobre temas específicos; Poder normativo,
ANATEL, ANA, ANP, ANCINE...

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 9.472, DE 16 DE JULHO DE 1997.

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


15
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

Dispõe sobre a organização dos serviços de


telecomunicações, a criação e funcionamento de um
.
órgão regulador e outros aspectos institucionais, nos
termos da Emenda Constitucional nº 8, de 1995

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o


Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 8° Fica criada a Agência Nacional de Telecomunicações,


entidade integrante da Administração Pública Federal indireta,
submetida a regime autárquico especial e vinculada ao Ministério
das Comunicações, com a função de órgão regulador das
telecomunicações, com sede no Distrito Federal, podendo
estabelecer unidades regionais.

§ 1º A Agência terá como órgão máximo o Conselho Diretor,


devendo contar, também, com um Conselho Consultivo, uma
Procuradoria, uma Corregedoria, uma Biblioteca e uma Ouvidoria, além
das unidades especializadas incumbidas de diferentes funções.

§ 2º A natureza de autarquia especial conferida à Agência é


caracterizada por independência administrativa, ausência de
subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus
dirigentes e autonomia financeira.

Art. 9° A Agência atuará como autoridade administrativa


independente, assegurando-se-lhe, nos termos desta Lei, as
prerrogativas necessárias ao exercício adequado de sua competência.

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 9.478, DE6 DEAGOSTO DE 1997.

Dispõe sobre a política energética nacional, as


atividades relativas ao monopólio do petróleo,
institui o Conselho Nacional de Política
Energética e a Agência Nacional do Petróleo e
dá outras providências.

Art. 7o Fica instituída a Agência Nacional do


Petróleo, Gás Natural e Biocombustíves -
ANP, entidade integrante da Administração
Federal Indireta, submetida ao regime

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


16
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

autárquico especial, como órgão regulador da


indústria do petróleo, gás natural, seus
derivados e biocombustíveis, vinculada ao
Ministério de Minas e Energia. (Redação dada
pela Lei nº 11.097, de 2005)

b) Agências Executivas: Autarquias comuns os Fundações Públicas de


Direito público que são transformadas para firmarem contratos de
gestão, ou seja, otimização dos recursos públicos em busca do bem
como e o do interesse público. Art. 37, § 8 da CF. Na verdade, não é
contrato, mas sim convênio haja vista que o ato só visa atingir o bem
comum. INMENTRO.

(CESPE/MPU/JUDICIÁRIO/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) Considere que Pedro,


imediatamente após o término de seu mandato como dirigente de agência reguladora,
tenha sido convidado a assumir cargo gerencial em empresa do setor regulado pela
agência onde cumprira o mandato. Nessa situação, Pedro não poderá assumir
imediatamente o novo cargo, devendo cumprir quarentena.

CESPE/MPU/JUDICIÁRIO/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) A agência reguladora


não se sujeita a qualquer forma de tutela dos ministérios, ao contrário do que ocorre
com a agência executiva.

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº 2.487, DE 2 DE FEVEREIRO DE 1998.

Dispõe sobre a qualificação de autarquias e


fundações como Agências Executivas,
estabelece critérios e procedimentos para a
elaboração, acompanhamento e avaliação dos
providências.
contratos de gestão e dos planos estratégicos
de reestruturação e de desenvolvimento
institucional das entidades qualificadas e dá
outras

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições


que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição, e de

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


17
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

acordo com o disposto nos arts. 51 e 52 da Medida Provisória


nº 1.549-38, de 31 de dezembro de 1997,

DECRETA:

Art. 1º As autarquias e as fundações integrantes da


Administração Pública Federal poderão, observadas as
diretrizes do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do
Estado, ser qualificadas como Agências Executivas.

§ 1º A qualificação de autarquia ou fundação como


Agência Executiva poderá ser conferida mediante iniciativa
do Ministério supervisor, com anuência do Ministério da
Administração Federal e Reforma do Estado, que verificará o
cumprimento, pela entidade candidata à qualificação, dos
seguintes requisitos:

a) ter celebrado contrato de gestão com o respectivo


Ministério supervisor;

b) ter plano estratégico de reestruturação e de


desenvolvimento institucional, voltado para a melhoria da
qualidade da gestão e para a redução de custos, já concluído
ou em andamento.

§ 2º O ato de qualificação como Agência Executiva


dar-se-á mediante decreto.

§ 3º Fica assegurada a manutenção da qualificação


como Agência Executiva, desde que o contrato de gestão
seja sucessivamente renovado e que o plano estratégico
de reestruturação e de desenvolvimento institucional tenha
prosseguimento ininterrupto, até a sua conclusão.

§ 4º O A desqualificação de autarquia ou fundação


como Agência Executiva dar-se-á mediante decreto, por
iniciativa do Ministério supervisor, com anuência do
Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado,
sempre que houver descumprimento do disposto no
parágrafo anterior.

c) Conselhos e Ordens: Autarquias sui generis, pois exercem poder de


polícia. CRC, CRM, CRP, CNN, ORDEM DOS MÚSICOS. Exceção:
OAB por força da ADI 3026/04 STF, Rel. Min. Eros Grau, não está
vinculada a nenhum Ministério.

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. § 1º DO ARTIGO 79 DA LEI N. 8.906, 2ª PARTE. "SERVIDORES"


DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. PRECEITO QUE POSSIBILITA A OPÇÃO PELO REGIME
CELESTISTA. COMPENSAÇÃO PELA ESCOLHA DO REGIME JURÍDICO NO MOMENTO DA APOSENTADORIA.
INDENIZAÇÃO. IMPOSIÇÃO DOS DITAMES INERENTES À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA.
CONCURSO PÚBLICO (ART. 37, II DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL). INEXIGÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO
PARA A ADMISSÃO DOS CONTRATADOS PELA OAB. AUTARQUIAS ESPECIAIS E AGÊNCIAS. CARÁTER

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


18
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

JURÍDICO DA OAB. ENTIDADE PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO INDEPENDENTE. CATEGORIA ÍMPAR


NO ELENCO DAS PERSONALIDADES JURÍDICAS EXISTENTES NO DIREITO BRASILEIRO. AUTONOMIA E
INDEPENDÊNCIA DA ENTIDADE. PRINCÍPIO DA MORALIDADE. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 37, CAPUT, DA
CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. NÃO OCORRÊNCIA.

1. A Lei n. 8.906, artigo 79, § 1º, possibilitou aos "servidores" da OAB, cujo regime outrora era estatutário, a opção
pelo regime celetista. Compensação pela escolha: indenização a ser paga à época da aposentadoria.

2. Não procede a alegação de que a OAB sujeita-se aos ditames impostos à Administração Pública Direta e
Indireta.

3. A OAB não é uma entidade da Administração Indireta da União. A Ordem é um serviço público
independente, categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro.

4. A OAB não está incluída na categoria na qual se inserem essas que se tem referido como "autarquias
especiais" para pretender-se afirmar equivocada independência das hoje chamadas "agências".

5. Por não consubstanciar uma entidade da Administração Indireta, a OAB não está sujeita a controle da
Administração, nem a qualquer das suas partes está vinculada. Essa não-vinculação é formal e
materialmente necessária.

6. A OAB ocupa-se de atividades atinentes aos advogados, que exercem função constitucionalmente privilegiada, na
medida em que são indispensáveis à administração da Justiça [artigo 133 da CB/88]. É entidade cuja finalidade é
afeita a atribuições, interesses e seleção de advogados. Não há ordem de relação ou dependência entre a OAB e
qualquer órgão público.

7. A Ordem dos Advogados do Brasil, cujas características são autonomia e independência, não pode ser tida como
congênere dos demais órgãos de fiscalização profissional. A OAB não está voltada exclusivamente a finalidades
corporativas. Possui finalidade institucional.

8. Embora decorra de determinação legal, o regime estatutário imposto aos empregados da OAB não é compatível
com a entidade, que é autônoma e independente.

9. Improcede o pedido do requerente no sentido de que se dê interpretação conforme o artigo 37, inciso II, da
Constituição do Brasil ao caput do artigo 79 da Lei n. 8.906, que determina a aplicação do regime trabalhista aos
servidores da OAB. 10. Incabível a exigência de concurso público para admissão dos contratados sob o regime
trabalhista pela OAB. 11. Princípio da moralidade. Ética da legalidade e moralidade. Confinamento do princípio da
moralidade ao âmbito da ética da legalidade, que não pode ser ultrapassada, sob pena de dissolução do próprio
sistema. Desvio de poder ou de finalidade. 12. Julgo improcedente o pedido.

OBS: Maria Sylvia e José Carvalho dos Santos Filho considera a


ABIN como Agência Executiva.

(CESPE/OAB/2007.1) Segundo o STF, a OAB é uma autarquia e está sujeita à


supervisão ministerial.

(CESPE/OAB/2007.1) Segundo o STF, a OAB exerce função pública, mas não é uma
pessoa jurídica pertencente à administração pública.

(CESPE/OAB/2007.1) Segundo o STF, a OAB é uma entidade privada e por isso não
exerce poder de polícia.

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


19
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

b) Fundações Públicas: entidades criadas por ato do executivo, mediante


autorização legislativa prévia, a partir da reserva de afetação de patrimônio
público para o fim determinado. São semelhantes às fundações privadas, no
que tange à finalidade social e ao seu caráter não-lucrativo. São integrantes da
Administração Publica Indireta e realizam atividades de caráter social, como
assistência social, médica e hospitalar, pesquisa, educação e ensino,
atividades culturais e outros.
(CESPE/TCU//TÉCNICO JUDICIÁRIO/ 2012) Não se admite a criação de fundações
públicas para a exploração de atividade econômica

DAS FUNDAÇÕES

(CÓDIGO CIVIL)

Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.

Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:


(Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015)

I – assistência social; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;


(Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

III – educação; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

IV – saúde; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

V – segurança alimentar e nutricional; (Incluído pela Lei nº 13.151, de


2015)

VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do


desenvolvimento sustentável; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas,


modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e
conhecimentos técnicos e científicos; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos


humanos; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

IX – atividades religiosas; e (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

X – (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados
serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que
se proponha a fim igual ou semelhante.

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


20
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é
obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se
não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial.

Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo


ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da
fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade competente,
com recurso ao juiz.

Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo


instituidor, ou, não havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbência caberá ao
Ministério Público.

Natureza Jurídica: Direito publico e privado.

Regime Jurídico: Direito público (Autarquias), FIOCRUZ, ENAP e privado

Empresas Públicas:

a) São pessoas jurídicas de direito privado

b) Instituídas com capital exclusivamente publico

c) Amoldada em qualquer forma jurídica (S/A. LTDA, COMANDITA POR


AÇÕES E ATÉ FORMA NÃO PREVISTA EM LEI)

(FUNIVERSA/SESIPE-DF/AGENTE DE ATIVIDADES
PENITENCÁRIAS/2015) As empresas públicas, diferentemente das
sociedades de econômica mista, devem ser adotar obrigatoriamente a
forma de empresarial Sociedade Anônima.

d) Criadas para prestar serviços públicos ou atuar e explorar atividades


de natureza econômica.

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de


atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos
da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de


economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de
produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo
sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


21
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto


aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os


princípios da administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)

IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a


participação de acionistas minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)

V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos


administradores.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão


gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.

§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.

§ 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados,
à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.

§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa


jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis
com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra
a economia popular

Art. 37 da Constituição Federal:

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias


das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de
qualquer delas em empresa privada;

e) A doutrina entende que são empresas estais organizadas e controladas


pelo Poder Público. Já ou doutrinadores modernos denominam de
Entidades Governamentais. CEF, BNDES, SERPRO, CODEPLAN,
NOVACAP, METRÔ, CORREIOS, CAESB...
- Foro processual: Justiça Federal, art. 109 da CF.
(CESPE/POLÍCIA FEDERAL/AGENTE/2012) O foro competente para o julgamento de ação de
indenização por danos materiais contra empresa pública federal é a justiça federal.

Sociedades de Economia Mista:

- são pessoas jurídicas de direito privado

- Iinstituídas com participação do Poder Público e de particulares em seu


capital e em sua administração

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


22
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

- sempre sob a forma de sociedade anônima (Lei nº 6004/76, natureza


comercial).

(CESPE/TCU//TÉCNICO JUDICIÁRIO/ 2012) Uma sociedade de economia mista


somente poderá ser constituída sob a forma de sociedade anônima.

- Criadas para desenvolver atividades de natureza econômica ou de


execução de serviços públicos.

- Foro processual: Justiça comum. (Súmulas do STF)


517 do STF: As sociedades de economia mista só têm foro na
Justiça Federal, quando a União intervém como assistente ou opoente.

556 do STF: É competente a Justiça comum para julgar as causas


em que é parte sociedade de economia mista.

e) EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA –


PONTOS EM COMUM.

- Criação: são criadas por ato do Poder Executivo (projeto de lei do Presidente
da República), quando devidamente autorizadas por lei específica.
Posteriormente é editado um Decreto (contrato social ou estatuto da estatuto) e
depois faz-se o registro no cartório de pessoas jurídicas e/ou na junta
comercial. Suas subsidiárias também precisam também de autorização
legislativa para ter origem (art. 37, XX da CF). Contudo, segundo o STF a lei
que autoriza a matriz já autoriza a criação de suas subsidiárias.

- Objeto: seu objeto principal é o de permitir ao Estado, exploração de


atividades de caráter econômico. Mas, excepcionalmente, existem aquelas que
prestam serviços de utilidade pública.

- Regime Jurídico: quando há exploração de atividade econômica, são


reguladas predominantemente pelas regras de direito privado, em nome do
princípio da justa e livre concorrência com as outras empresas no mercado (art.
173 da CF). Quando presta um serviço de utilidade pública, em que um efetivo
controle finalístico, incidem normas de direito público (art. 175 da CF).

1) Regime de Pessoal: sempre regido pela CLT. O ingresso é mediante


concurso público.
2) Falência: não estão sujeitas á falência Lei nº 11.101/05.
(CESPE/TRT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2014) Tanto as empresas públicas quanto as
sociedades de economia mista prestadoras de serviço estão submetidas ao processo
falimentar, sendo que as ações relativas às mesmas são de competência da justiça
federal.

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


23
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI No 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005.

Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a


.
falência do empresário e da sociedade empresária

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional


decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação


extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante
referidos simplesmente como devedor.

Art. 2o Esta Lei não se aplica a:

I – empresa pública e sociedade de economia mista;

II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito,


consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de
plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de
capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.

3) Imunidade tributária: prestadoras de serviços públicos tem imunidade


tributária no caso do correios (STF).
4) Dirigentes: cargos em comissão (agentes públicos).

(CESPE/DPF/AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL/2014) O cargo de dirigente de


empresa pública federal e de sociedade de economia mista é regido pela Consolidação
das Leis Trabalhistas do Trabalho (CLT).

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 12.304, DE2 DE AGOSTO DE 2010.

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


24
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

Autoriza o Poder Executivo a criar a empresa


pública denominada Empresa Brasileira de
Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. -
Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) e dá outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o É o Poder Executivo autorizado a criar empresa pública, sob a forma de


sociedade anônima, denominada Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás
Natural S.A. - Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), vinculada ao Ministério de Minas e Energia,
com prazo de duração indeterminado.

Art. 3o A PPSA sujeitar-se-á ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive
quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários.

Art. 8o Ato do Poder Executivo aprovará o estatuto da PPSA.

Art. 13. O regime de pessoal da PPSA será o da Consolidação das Leis do


Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, condicionada
a contratação à prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos,
observadas as normas específicas editadas pela Diretoria Executiva.

Art. 17. A PPSA sujeitar-se-á à supervisão do Ministério de Minas e Energia e à


fiscalização da Controladoria-Geral da União e do Tribunal de Contas da União.

Art. 18. Ao fim de cada exercício social, a PPSA deverá disponibilizar, na rede mundial
de computadores, as demonstrações financeiras referidas no art. 176 da Lei no 6.404, de 15 de
dezembro de 1976.

Art. 19. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 2 de agosto de 2010; 189o da Independência e 122o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Direito Administrativo
Professor: Márcio Martins

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


25
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

1. (Cespe – CNJ 2013) As 6. (Cespe – SUFRAMA 2014)


entidades políticas são pessoas Desconcentração administrativa é a
jurídicas de direito público interno, distribuição de competências entre
como a União, os estados, o Distrito órgãos de uma mesma pessoa
Federal e os municípios. Já as jurídica.
entidades administrativas integram
a administração pública, mas não 7. (Cespe – MPU 2013) A
têm autonomia política, como as transferência pelo poder público, por
autarquias e as fundações públicas. meio de contrato ou ato
administrativo unilateral, apenas da
2. (Cespe – MIN 2013) As execução de determinado serviço
entidades que integram a público a pessoa jurídica de direito
administração direta e indireta do privado corresponde à
governo detêm autonomia política, descentralização por serviços,
administrativa e financeira. também denominada
descentralização técnica.
3. (ESAF – CVM 2010) Assinale a
opção que contemple a distinção 8. (Cespe – AFRE/ES 2013) Em
essencial entre as entidades determinada secretaria de governo,
políticas e as entidades as ações voltadas ao
administrativas. desenvolvimento de planos para
capacitação dos servidores eram
a) Personalidade jurídica. realizadas de forma esporádica,
b) Pertencimento à Administração inexistindo setor específico para tal
Pública. finalidade. A fim de dar maior
c) Autonomia administrativa. concretude a uma política de
d) Competência legislativa. prestação de serviço público de
e) Vinculação ao atendimento do qualidade naquela secretaria, criou-
interesse público. se um departamento de capacitação
dos servidores. Nessa situação
4. (Cespe – TJDFT 2013) A criação, hipotética, a criação do referido
por uma universidade federal, de departamento é considerada.
um departamento específico para
cursos de pós-graduação é exemplo a) desconcentração administrativa.
de descentralização. b) centralização administrativa.
c) descentralização administrativa.
5. (Cespe – TJDFT 2013) Quando o d) medida gerencial interna.
Estado cria uma entidade e a ela e) concentração administrativa.
transfere, por lei, determinado 01078181160
serviço público, ocorre a 9. (ESAF – AFRFB 2014)
descentralização por meio de Considere que o Poder Público
outorga. conserve a titularidade de
determinado serviço público a que

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


26
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

tenha transferido a execução à d) resultarem da descentralização.


pessoa jurídica de direito privado. e) não possuírem patrimônio
Nessa situação, a descentralização próprio.
é denominada:
15. (Cespe – TRT10 2013) As
a) por colaboração. autarquias federais detêm
b) funcional. autonomia administrativa relativa,
c) técnica. estando subordinadas aos
d) geográfica. respectivos ministérios de sua área
e) por serviços. de atuação.

10. (Cespe – TJDFT 2013) Os 16. (Cespe – MPU 2013) Verifica-se


órgãos públicos classificam-se, a existência de hierarquia
quanto à estrutura, em órgãos administrativa entre as entidades da
singulares, formados por um único administração indireta e os entes
agente, e coletivos, integrados por federativos que as instituíram ou
mais de um agente ou órgão. autorizaram a sua criação.

11. (Cespe – MPTCDF 2013) A 17. (ESAF – MIN 2012) Nos termos
atuação do órgão público é de nossa Constituição Federal e de
imputada à pessoa jurídica a que acordo com a jurisprudência do
esse órgão pertence. Supremo Tribunal Federal, depende
de autorização em lei específica:
12. (Cespe – Polícia Federal 2013) a) a instituição das empresas
Os ministérios e as secretarias de públicas, das sociedades de
Estado são considerados, quanto à economia mista e de fundações,
estrutura, órgãos públicos apenas.
compostos. b) a instituição das empresas
públicas e das sociedades de
13. (Cespe – Bacen 2013) A economia mista, apenas.
Secretaria de Estado da Saúde do c) a instituição das autarquias, das
Distrito Federal compõe a estrutura empresas públicas, das sociedades
da administração indireta. de economia mista e de fundações,
apenas.
14. (ESAF – CVM 2010) São d) a participação de entidades da
características dos órgãos públicos, Administração indireta em empresa
exceto: privada, bem assim a instituição das
autarquias, empresas públicas,
a) integrarem a estrutura de uma sociedades de economia mista,
entidade política, ou administrativa. fundações e subsidiárias das
b) serem desprovidos de estatais.
personalidade jurídica. e) a participação de entidades da
c) poderem firmar contrato de Administração indireta em empresa
gestão, nos termos do art. 37, § 8º privada, bem assim a instituição das
da Constituição Federal. empresas públicas, sociedades de

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


27
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

economia mista, fundações e e) podem ser federais, estaduais,


subsidiárias das estatais. distritais e municipais.

18. (ESAF – SUSEP 2010) A 21. (Cespe – TJDFT 2013) Nos


SUSEP é uma autarquia, atua na litígios comuns, as causas que
regulação da atividade de seguros digam respeito às autarquias
(entre outras), e está sob federais, sejam estas autoras, rés,
supervisão do Ministério da assistentes ou oponentes, são
Fazenda. Logo, é incorreto dizer processadas e julgadas na justiça
que ela: federal.

a) é integrante da chamada 22. (ESAF – ATRFB 2006) A


Administração Indireta. entidade da Administração Indireta,
b) tem personalidade jurídica que se conceitua como sendo uma
própria, de direito público. pessoa jurídica de direito público,
c) está hierarquicamente criada por força de lei, com
subordinada a tal Ministério. capacidade exclusivamente
d) executa atividade típica da administrativa, tendo por substrato
Administração Pública. um patrimônio personalizado, gerido
e) tem patrimônio próprio. pelos seus próprios órgãos e
destinado a uma finalidade
19. (Cespe – AGU 2013) As específica, de interesse público, é a
autarquias, que adquirem
personalidade jurídica com a a) autarquia.
publicação da lei que as institui, são b) fundação pública.
dispensadas do registro de seus c) empresa pública.
atos constitutivos em cartório e d) sociedade de economia mista.
possuem as prerrogativas especiais e) agência reguladora.
da fazenda pública, como os prazos
em dobro para recorrer e a 23. (Cespe – AGU 2007) A
desnecessidade de anexar, nas propósito da veladura das
ações judiciais, procuração do seu fundações pelo Ministério Público,
representante legal. julgue os itens seguintes. De acordo
com o STF, cabe ao Ministério
20. (ESAF – ATRFB 2012) Quanto Público do Distrito Federal e
às autarquias no modelo da Territórios velar pelas fundações
organização administrativa públicas e de direito privado em
brasileira, é incorreto afirmar que funcionamento no DF, sem prejuízo
a) possuem personalidade jurídica. da atribuição, ao Ministério Público
b) são subordinadas Federal, da veladura das fundações
hierarquicamente ao seu órgão federais de direito público que
supervisor. funcionem, ou não, no DF ou nos
c) são criadas por lei. eventuais territórios.
d) compõem a administração 24. (Cespe – MIN 2013) São
pública indireta. características comuns a empresas

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


28
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

públicas e sociedades de economia exploradoras de atividade


mista, entre outras, personalidade econômica ou prestadoras de
jurídica de direito privado, serviços públicos, são entidades
derrogação parcial do regime de que compõem a administração
direito privado por normas de direito indireta e por isso não se admite
público e desempenho de atividade que seus atos e contratos sejam
de natureza econômica. submetidos a regras do direito
privado.
25. (Cespe – AFT 2013) A
sociedade de economia mista, 30. (Cespe – MIN 2013) São
entidade integrante da características comuns a empresas
administração pública indireta, pode públicas e sociedades de economia
executar atividades econômicas mista, entre outras, personalidade
próprias da iniciativa privada. jurídica de direito privado,
derrogação parcial do regime de
26. (Cespe – CNJ 2013) Considere direito privado por normas de direito
que determinada sociedade de público e desempenho de atividade
economia mista exerça atividade de natureza econômica.
econômica de natureza empresarial.
Nessa situação hipotética, a referida 31. (Cespe – TRT10 2013) As
sociedade não é considerada sociedades de economia mista não
integrante da administração indireta estão sujeitas ao controle externo
do respectivo ente federativo, pois, realizado pelos respectivos tribunais
para ser considerada como tal, ela de contas.
deve prestar serviço público.
32. (ESAF – CVM 2010) São regras
27. (Cespe – TJDFT 2013) Pessoas de direito público que obrigam às
jurídicas de direito privado empresas estatais federais a
integrantes da administração despeito de sua natureza jurídica de
indireta, as empresas públicas são direito privado, exceto:
criadas por autorização legal para
que o governo exerça atividades de a) contratação de empregados por
caráter econômico ou preste meio de concurso público.
serviços públicos. b) submissão aos princípios gerais
da Administração Pública.
28. (Cespe – Polícia Federal 2013) c) proibição de demissão dos seus
A sociedade de economia mista é empregados em razão da
pessoa jurídica de direito privado estabilidade que lhes protege.
que pode tanto executar atividade d) autorização legal para sua
econômica própria da iniciativa instituição.
privada quanto prestar serviço e) sujeição à fiscalização do
público. Tribunal de Contas da União.

29. (Cespe – CNJ 2013) As 33. (Cespe – MPE/TO Promotor) A


empresas públicas, sejam elas empresa pública e a sociedade de

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


29
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

economia mista exploradoras de capital formado exclusivamente por


atividade econômica não são recursos das pessoas de direito
excluídas da lei de falência e público interno ou de pessoas de
recuperação de empresas, por suas administrações indiretas,
sujeitarem-se ao regime próprio das criada por lei para a exploração de
empresas privadas, inclusive quanto atividade econômica que o governo
aos direitos e obrigações civis, seja levado a exercer por força de
comerciais, trabalhistas e tributários. contingência ou de conveniência
administrativa, é denominada
34. (Cespe – TJDFT 2013) As
sociedades de economia mista a) fundação pública.
podem revestir-se de qualquer das b) empresa pública.
formas em direito admitidas, a c) sociedade de economia mista.
critério do poder público, que d) autarquia.
procede à sua criação. e) agência reguladora.

35. (Cespe – TRT10 2013) As 38. (Cespe – MPU 2013) A


empresas públicas devem ser empresa pública federal caracteriza-
constituídas obrigatoriamente sob a se, entre outros aspectos, pelo fato
forma de sociedade anônima. de ser constituída de capital
exclusivo da União, não se
36. (Cespe – AE/ES 2013) A admitindo, portanto, a participação
pessoa jurídica de direito privado de outras pessoas jurídicas na
criada por autorização legislativa constituição de seu capital.
específica, com capital formado
unicamente por recursos de 39. (Cespe – MIN 2013) Empresas
pessoas de direito público interno públicas são pessoas jurídicas de
ou de pessoas de suas direito privado que integram a
administrações indiretas, para administração indireta, constituídas
realizar atividades econômicas ou por capital público e privado.
serviços públicos de interesse da
administração instituidora, nos 40. (Cespe – AGU 2013) Caso um
moldes da iniciativa particular, é particular ajuíze ação sob o rito
denominada ordinário perante a justiça estadual
contra o Banco do Brasil S.A., na
a) fundação pública. qual, embora ausente interesse da
b) sociedade de economia mista. União, seja arguida a incompetência
c) subsidiária. do juízo para processar e julgar a
d) agência executiva. demanda, por se tratar de
e) empresa pública. sociedade de economia mista
federal, a alegação de
37. (Cespe – AFRE/ES 2013) A incompetência deverá ser rejeitada,
pessoa jurídica dotada de mantendo-se a competência da
personalidade jurídica de direito justiça estadual.
privado, com patrimônio próprio e

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


30
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

41. (Cespe – TJDFT 2013) 44. (Cespe – DPU 2015) Considera-


Pertence à justiça federal a se desconcentração a transferência,
competência para julgar as causas pela administração, da atividade
de interesse das empresas públicas, administrativa para outra pessoa,
dado o fato de elas prestarem física ou jurídica, integrante do
serviço público, ainda que aparelho estatal.
detenham personalidade jurídica de
direito privado. 45. (ESAF – APO 2015) São
características das autarquias,
42. (IBEG – Contador 2015) O fato exceto:
da Administração Pública, na
medida em que desenvolve a) criação por lei de iniciativa do
atividades de alta complexidade, Chefe do Poder Executivo.
deslocar, distribuir ou transferir a b) personalidade de direito público,
prestação do serviço para a submetendo-se a regime jurídico
Administração Indireta, é administrativo quanto à criação,
denominado de: extinção e poderes.
c) capacidade de
(a) Desconcentração. autoadministração, o que implica
(b) Delegação. autonomia referente às suas
(c) Privatização. atividades de administração
(d) Transferência administrativa. ordinária (atividade meio), bem
(e) Descentralização. como às suas atividades normativas
e regulamentares.
43. (Cespe – Auditor TCE/PR d) especialização dos fins ou
2016) Na organização atividades, sendo-lhes vedado
administrativa do poder público, as exercer atividades diversas
autarquias públicas são daquelas para as quais foram
instituídas.
A) entidades da administração e) sujeição a controle ou tutela, o
indireta com personalidade jurídica, que não exclui o controle interno.
patrimônio e receita próprios.
B) sociedades de economia mista 46. (Cespe – Bacen 2013) No que
criadas por lei para a exploração de se refere à organização
atividade econômica. administrativa brasileira, assinale a
C) organizações da sociedade civil opção correta.
constituídas com fins filantrópicos e
sociais. a) As agências reguladoras são
D) órgãos da administração direta e autarquias com regime especial,
estão vinculadas a algum ministério. cujos dirigentes ocupam cargos em
E) organizações sociais sem fins comissão exoneráveis pelo chefe do
lucrativos com atividades dirigidas Poder Executivo.
ao ensino e à pesquisa científica. b) De acordo com a jurisprudência,
compete à justiça federal processar
e julgar as ações ajuizadas contra

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


31
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

sociedade de economia mista, atividade econômica não se


quando a referida instituição estiver sujeitam à falência nem são imunes
sob a intervenção do BACEN. aos impostos sobre o patrimônio, a
c) Na denominada descentralização renda e os serviços vinculados às
por serviços, por meio da qual o suas finalidades essenciais ou delas
poder público cria uma pessoa decorrentes.
jurídica de direito público ou
privado, atribuindo-lhe a execução 51. (Cespe – SUFRAMA 2014)
de determinado serviço público, é Empresa pública e sociedade de
vedada a transferência da própria economia mista são entidades da
titularidade do serviço. administração indireta com
d) O Estado pode intervir no personalidade jurídica de direito
domínio econômico mediante a privado.
criação de empresas públicas, 01078181160
sociedades de economia mista e 52. (Cespe – MDIC 2014)
fundações públicas. Adotando-se o critério de
e) As autarquias administrativas, composição do capital, podem-se
entidades destinadas ao exercício dividir as entidades que compõem a
de diversas atividades administração indireta em dois
administrativas, inclusive, de grupos: um grupo, formado pelas
fiscalização, submetem-se ao autarquias e fundações públicas,
regime jurídico de direito público, a cujo capital é exclusivamente
exemplo do BACEN. público; e outro grupo, constituído
pelas sociedades de economia
47. (Cespe – MIN 2013) Toda mista e empresas públicas, cujo
pessoa jurídica da administração capital é formado pela conjugação
pública indireta, embora não se de capital público e privado.
subordine, vincula-se a determinado
órgão da estrutura da administração 53. (Cespe – MDIC 2014) Parte do
direta, estando, assim, sujeita à capital instituidor de uma sociedade
chamada supervisão ministerial. de economia mista é privada,
apesar de determinadas relações
48. (Cespe – IBAMA 2013) São institucionais, como organização e
pessoas jurídicas de direito público contratação de pessoal, serem
as autarquias, as fundações regidas pelo direito público.
públicas e as empresas públicas.
54. (Cespe – MDIC 2014) Embora
49. (Cespe – IBAMA 2013) O nos municípios haja apenas
IBAMA é uma autarquia, portanto, é administração direta, nos estados,
um órgão da administração direta e em razão da autonomia dada pela
descentralizada. Constituição Federal de 1988 (CF),
pode haver administração indireta.
50. (Cespe – GDF 2013) As
sociedades de economia mista e as
empresas públicas exploradoras de

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


32
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

55. (Cespe – MPTCE/PB 2014) Em a) O Estado, ao desenvolver suas


relação à administração pública, atividades administrativas, atua por
assinale a opção correta. si mesmo ou cria órgão
despersonalizado para
a) Os bens do INSS têm como desempenhar essas atividades, mas
características gerais a não pode criar outras pessoas
inalienabilidade, a jurídicas para desempenhar tais
imprescritibilidade e a atividades.
impenhorabilidade, por integrarem o b) O Estado não pode transferir a
patrimônio da administração pública particulares o exercício das
direta. atividades que lhe são próprias.
b) As fundações de apoio às c) O Estado pode transferir
universidades públicas federais atividades que lhe são próprias a
integram a administração indireta. particulares, mas não pode criar
c) Os Correios, integrantes da outras pessoas jurídicas para
administração pública indireta, não desempenhar essas atividades.
estão subordinados à entidade d) O Estado desenvolve suas
política relacionada, mas sofrem atividades administrativas por si
controle finalístico em face da mesmo, mas pode transferi-las a
vinculação administrativa. particulares e também criar outras
d) No que se refere aos sentidos do pessoas jurídicas para
termo administração pública, o desempenhá-las; contudo tais
conceito de órgão público integra o entidades devem ter personalidade
aspecto funcional da administração jurídica de direito público.
pública no exercício da função e) O Estado desenvolve suas
administrativa do Estado. atividades administrativas por si
e) O MP junto aos tribunais de mesmo, podendo transferi-las a
contas é órgão da administração particulares e também criar outras
pública direta, decorrente do pessoas jurídicas, com
fenômeno da descentralização, em personalidade jurídica de direito
que pese não ter personalidade público ou privado, para
jurídica. desempenhá-las.

56. (Cespe – IBAMA 2013) A 58. (Cespe – TRE/MS 2013) A


criação do IBAMA, autarquia a que respeito da organização
a União transferiu por lei a administrativa e da administração
competência de atuar na proteção direta e indireta, assinale a opção
do meio ambiente, é exemplo de correta.
descentralização por serviço. a) Uma das diferenças entre a
desconcentração e a
57. (Cespe – TRE/MS 2013) Com descentralização administrativa é
referência à organização que nesta existe um vínculo
administrativa, assinale a opção hierárquico e naquela há o mero
correta. controle entre a administração

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


33
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

central e o órgão desconcentrado, 61. (Cespe – TRT10 2013) O fato


sem vínculo hierárquico. de uma autarquia federal criar, em
b) Na desconcentração, o Estado alguns estados da Federação,
executa suas atividades representações regionais para
indiretamente, mediante delegação aproximar o poder público do
a outras entidades dotadas de cidadão caracteriza o fenômeno da
personalidade jurídica. descentralização administrativa.
c) A centralização é a situação em
que o Estado executa suas tarefas 62. (Cespe – Polícia Civil/BA
diretamente, por intermédio dos 2013) A criação de nova secretaria
inúmeros órgãos e agentes por governador de estado
administrativos que compõem sua caracteriza exemplo de
estrutura funcional. descentralização.
d) A descentralização administrativa
ocorre quando uma pessoa política 63. (Cespe – TJ/RR 2013) A
ou uma entidade da administração respeito da administração pública e
indireta distribui competências no de sua organização, assinale a
âmbito da própria estrutura, a fim de opção correta.
tornar mais ágil e eficiente a sua
organização administrativa e a a) A criação de território federal é
prestação de serviços. um exemplo de descentralização
e) A descentralização é a situação territorial.
em que o Estado executa suas b) No caso de descentralização
tarefas indiretamente, por meio da administrativa, o controle é feito por
delegação de atividades a outros meio do poder hierárquico.
órgãos despersonalizados dentro da c) A desconcentração administrativa
estrutura interna da pessoa jurídica é feita por meio de contrato entre
descentralizadora. uma pessoa jurídica pública e uma
pessoa jurídica privada.
59. (Cespe – TJDFT 2013) Os d) Constitui descentralização por
termos concentração e serviço a delegação pelo poder
centralização estão relacionados à público do serviço de transporte
ideia geral de distribuição de coletivo urbano a empresa do ramo
atribuições do centro para a previamente existente.
periferia, ao passo que e) Há desconcentração quando um
desconcentração e descentralização ente federativo transfere a outro
associam-se à transferência de ente público parte da função
tarefas da periferia para o centro. administrativa a ele imputada.

60. (Cespe – MPU 2013) A 64. (Cespe – MIN 2013) A


concessão de serviço público a desconcentração administrativa
particulares é classificada como consiste no desmembramento de
descentralização administrativa por órgãos públicos, para criação de
delegação ou por colaboração. diversas pessoas jurídicas, às quais
se distribuem competências,

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


34
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

mantidas ligadas por um vínculo de 69. (Cespe – MIN 2013) A


subordinação ao órgão originário. administração direta do Estado
abrange todos os órgãos dos
65. (Cespe – MDIC 2014) Se, em poderes políticos das pessoas
razão do grande número de federativas cuja competência seja a
contratações realizadas pela União, de exercer a atividade
for criado um Ministério de administrativa.
Aquisições, ter-se-á, nessa
situação, exemplo do fenômeno 70. (Cespe – TRE/MS 2013) A
denominado desconcentração respeito da administração direta e
administrativa. indireta, centralizada e
descentralizada, assinale a opção
66. (Cespe – TJ/SE 2014) Nas correta.
empresas públicas e sociedades de a) A chamada centralização
economia mista, que possuem desconcentrada é a atribuição
personalidade jurídica de direito administrativa cometida a uma única
privado, os atos de demissão de pessoa jurídica dividida
funcionários devem ser motivados. internamente em diversos órgãos.
b) A estrutura básica da
67. (Cespe – TJ/SE 2014) As administração direta na esfera
empresas públicas se diferenciam estadual é composta pelo chefe do
das sociedades de economia mista, Poder Executivo, que tem como
entre outros fatores, pela forma auxiliares os ministros de Estado.
jurídica e de constituição de seu c) Sociedade de economia mista,
capital social. empresa pública e fundação pública
de direito público são categorias
68. (ESAF – CVM 2010) Assinale a abrangidas pelo termo empresa
opção que contemple regras estatal ou empresa governamental.
aplicáveis tanto às pessoas jurídicas d) A criação de uma diretoria no
de direito público, quanto às âmbito interno de um tribunal
pessoas jurídicas de direito privado regional eleitoral (TRE) configura
pertencentes à Administração exemplo de descentralização
Pública, independentemente de seu administrativa.
objeto social. e) A administração direta é
a) Regime jurídico único para os composta de pessoas jurídicas,
seus servidores. também denominadas entidades, e
b) Inalienabilidade e a administração indireta, de órgãos
impenhorabilidade de seus bens. internos do Estado.
c) Prerrogativas processuais e de
foro. 71. (Cespe – TRT10 2013) As
d) Concurso público e licitação. ações judiciais promovidas contra
e) Responsabilização pela teoria sociedade de economia mista
objetiva. sujeitam-se ao prazo prescricional
de cinco anos.

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


35
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

72. (Cespe – TRT10 2013) licitatórios ao controle por meio de


Consoante a doutrina, as entidades mandado de segurança.
autárquicas são pessoas jurídicas
de direito público, de natureza 76. Desde que presentes a
administrativa, criadas por lei, para relevância e urgência da matéria, a
realizar, de forma descentralizada, criação da autarquia pode ser
atividades, obras ou serviços. autorizada por medida provisória,
devendo, nesse caso, ser
73. (Cespe – TRT10 2013) providenciado o registro do ato
Empresas públicas são pessoas constitutivo na junta comercial
jurídicas de direito privado competente.
integrantes da administração 01078181160
indireta do Estado, criadas mediante 77 (CEBRASPE/POLÍCIA
prévia autorização legal, que CIVIL/PE/DELEGADO DE
exploram atividade econômica ou, POLÍCIA/2016) Considerando os
em certas situações, prestam princípios e fundamentos teóricos
serviço público. do direito administrativo, assinale a
opção correta.
74. (Cespe – AGU 2013) As
fundações públicas podem exercer A As empresas públicas e as
atividades típicas da administração, sociedades de economia mista, se
inclusive aquelas relacionadas ao constituídas como pessoa jurídica
exercício do poder de polícia. de direito privado, não integram a
administração indireta.
(Cespe – PGE/BA 2014)
Considerando a necessidade de B Desconcentração é a distribuição
melhorar a organização da de competências de uma pessoa
administração pública estadual, o física ou jurídica para outra, ao
governador da Bahia resolveu criar passo que descentralização é a
autarquia para atuar no serviço distribuição de competências dentro
público de educação e empresa de uma mesma pessoa jurídica, em
pública para explorar atividade razão da sua organização
econômica. hierárquica.

Com base nessa situação C Em decorrência do princípio da


hipotética, julgue os itens que se legalidade é lícito que o poder
seguem. público faça tudo o que não estiver
expressamente proibido pela lei.
75. Observados os princípios da
administração pública, a empresa D A administração pública, em
pública pode ter regime específico sentido estrito e subjetivo,
de contratos e licitações, sujeitando- compreende as pessoas jurídicas,
se os atos abusivos praticados no os órgãos e os agentes públicos
âmbito de tais procedimentos que exerçam função administrativa.

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


36
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

E No Brasil, por não existir o modelo


da dualidade de jurisdição do 82 (CEBRASPE/POLÍCIA
sistema francês, o ingresso de ação CIVIL/PE/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/
judicial no Poder Judiciário para 2016) Acerca de conceitos inerentes
questionar ato do poder público é ao direito administrativo e à
condicionado ao prévio exaurimento administração pública, assinale a
da instância administrativa. opção correta.

78 (CEBRASPE/POLÍCIA A O objeto do direito administrativo


CIVIL/PE/DELEGADO DE são as relações de natureza
POLÍCIA/2016) Os territórios não eminentemente privada.
são entes federativos; assim, na
hipótese de vir a ser criado um B A divisão de poderes no Estado,
território federal, ele não disporá de segundo a clássica teoria de
representação na Câmara dos Montesquieu, é adotada pelo
Deputados nem no Senado Federal. ordenamento jurídico brasileiro, com
79 (CEBRASPE/POLÍCIA divisão absoluta de funções.
CIVIL/PE/AGENTE DE C Segundo o delineamento
POLÍCIA/2016) A organização constitucional, os poderes do
político-administrativa da República Estado são independentes e
Federativa do Brasil compreende a harmônicos entre si e suas funções
União, os estados, os territórios são reciprocamente indelegáveis.
federais, o Distrito Federal e os
municípios, todos autônomos, nos D A jurisprudência e os costumes
termos da CF. não são fontes do direito
administrativo.
80 (CEBRASPE/POLÍCIA
CIVIL/PE/AGENTE DE E Pelo critério legalista, o direito
POLÍCIA/2016) Os estados podem administrativo compreende os
incorporar-se entre si mediante direitos respectivos e as obrigações
aprovação da população mútuas da administração e dos
diretamente interessada, por meio administrados.
de plebiscito, e do Congresso
Nacional, por meio de lei 83 (CEBRASPE/POLÍCIA
complementar. CIVIL/PE/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/
2016) Com referência à
81 (CEBRASPE/POLÍCIA administração pública direta e
CIVIL/PE/AGENTE DE indireta, assinale a opção correta.
POLÍCIA/2016) As sociedades de
economia mista são entidades de A Os serviços sociais autônomos,
direito privado constituídas por possuírem personalidade
exclusivamente para prestar jurídica de direito público, são
serviços públicos, de modo que não mantidos por dotações
podem explorar qualquer atividade orçamentárias ou por contribuições
econômica. parafiscais.

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


37
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

B A fundação pública não tem


capacidade de autoadministração.

C Como pessoa jurídica de direito


público, a autarquia realiza
atividades típicas da administração
pública.

D A sociedade de economia mista


tem personalidade jurídica de direito
público e destina-se à exploração
de atividade econômica.

E A empresa pública tem


personalidade jurídica de direito
privado e controle acionário
majoritário da União ou outra
entidade da administração indireta

84 (CEBRASPE/POLÍCIA
CIVIL/PE/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/
2016) Assinale a opção correta a
respeito de direito administrativo.

A A administração exerce atividade


política e discricionária.
B A administração pública é o
objeto precípuo do direito
administrativo.
C O âmbito espacial de validade da
lei administrativa não está
submetido ao princípio da
territorialidade.
D As instruções normativas podem
ser expedidas apenas por ministros
de Estado para a execução de leis,
decretos e regulamentos.
E O regimento administrativo obriga
os particulares em geral.

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


38
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

28) C
29) E
30) C
31) E
32) C
33) E
34) E
35) E
36) E
37) B
38) E
39) E
40) C
41) E
42) E
43) A
44) E
45) C
1) C 46) E
2) E 47) C
3) D 48) E
4) E 49) E
5) C 50) C
6) C 51) C
7) E 52) E
8) A 53) C
9) A 54) E
10) E 55) C
11) C 56) C
12) C 57) E
13) E 58) C
14) D 59) E
15) E 60) C
16) E 61) E
17) A 62) E
18) C 63) A
19) C 64) E
20) B 65) C
21) C 66) C
22) B 67) C
23) C 68) D
24) C 69) C
25) C 70) A
26) E 71) E
27) C 72) C

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


39
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.”

Aristóteles

73) C
74) C
75) C
76) E
77) D
78) E
79) E
80) C
81) E
82) C
83) C
84) D
01078181160

Prof. Márcio Martins – josemam@terra.com.br


40

Você também pode gostar