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DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS

DIREITOS REAIS DE GARANTIA Art. 1419 e seguintes do C.C.2002


Histórico –
CONCEITO - Confere ao titular o poder de obter o pagamento de uma dívida com o valor ou
renda de um bem aplicado exclusivamente à sua satisfação.
Nos direitos reais de gozo o titular pode fruir e gozar das utilidades da coisa, já no direito de
garantia não (caráter subsidiário, acessório).
Requisitos
Subjetivos – Capacidade Genérica (art. 1420), Detenção de Propriedade (nos seus limites
em sendo divisível).
Objetivos – bens alienáveis; podem recair sobre coisas móveis e imóveis;
Formais – Os contratos devem possuir(art.1424):
-Valor do crédito, prazo p/ pagamento, taxa de juros (se houver), o bem dado em garantia e
suas especificações
-publicidade (registro e tradição).
Efeitos
Separação do devedor do patrimônio;
Preferência em beneficio do credor; pignoratício ou hipotecário;
Direito a excussão (executar judicialmente para pagar a dívida) da coisa hipotecada ou
empenhada;
Direito de Seqüela (segue o objeto onde quer que se encontre);
Indivisibilidade do direito real de garantia;
Remição total do penhor ou da hipoteca;

Vencimento
Deteriorando-se ou depreciando-se o bem dado em segurança(art. 1425 I);
Se o devedor cair em insolvência ou falir(1425 II);
Se as prestações não forem pagas pontualmente (1425 )III.
Se perecer o bem e não for substituído (1425 IV);
Desapropriação do bem dado em garantia (1425 V);

Observações
Vencimento antecipado art. 1425 CC – não incidência de juros;
Terceiro não é obrigado a substituir e reforçar garantia ( perda, deterioração e
desvalorização/sem culpa);
Nula cláusula que autoriza ao credor a ficar com o objeto (poderá o devedor dar a coisa em
pagamento da divida após o vencimento);
Sucessores somente poderão remir penhor ou hipoteca na totalidade, com direito a
subrogação(art. 1429);
Na execução (hipoteca ou penhor – insuficiência de pagamento, responde o devedor
pessoalmente).

PENHOR – Art. 1431 à 1472 CC2002

CONCEITO – Direito real que consiste na transferência efetiva de uma coisa móvel ou
mobilizável suscetível de alienação, realizada pelo devedor ou por terceiro ao credor, fim
de garantir o pagamento do débito.
OBJETO – em regra, coisa móvel corpórea ou incorpórea, podendo incidir sobre bem imóvel
por acessão física ou intelectual ( penhor rural, industrial e direitos).
NATUREZA JURÍDICA – Direito real de garantia
CONSTITUIÇÃO – por convenção através de instrumento particular ou púbico registrado no
cartório de Títulos e Documentos; por lei: quando a própria norma jurídica protege
determinados credores, garantindo o penhor até o alcance do suprimento do crédito( ex:
hospedeiros ou fornecedores de pousada e alimentos sobre bagagens e demais bens de
seus fregueses.
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Efeitos Jurídicos
Oponibilidade Erga Omnes;
Transmissibilidade a herdeiros;
Direito de Seqüela;
Imissão na Posse;
Cessibilidade da Promessa;
Purgação da Mora
Adjudicação Compulsória;
Direito de Excussão;
Indivisibilidade do direito real de garantia;
Remição total do penhor ou hipoteca.

Espécies
Penhor Legal ( art. 1467 e seguintes);
Penhor Rural (agrícola e pecuário);
Penhor Industrial;
Penhor Mercantil;
Penhor de Direitos;
Penhor de Títulos de Crédito;
Penhor de Veículos;

Direitos – Credor Pignoratício


Posse da coisa empenhada
Proteção possessória em relação a coisa;
Retenção de objeto empenhado;
Venda judicial do bem(direito a excussão);
Preferência no recebimento com a venda do bem;
Apropriação dos frutos da coisa para o fim de conservação da mesma;
Ser pago;
Exigir reforço da garantia.

Deveres
Não usar da coisa(depositário);
Conservação da coisa;
Ressarcir ao dono a perda ou deterioração pelo que for culpado;
Restituir o bem, nas mesmas condições, em caso de pagamento da dívida;
Defender a posse;
Limitação da percepção dos frutos ao pagamento das despesas (coisa);

Extinção
Extinção da obrigação;
Perecimento do objeto empenhado;
Renúncia do Credor (CC. 1436 III);
Adjudicação ou venda Judicial;
Confusão;
Perdão da dívida
Obs.somente terá efeito após averbado o cancelamento do registro (art. 1437).

HIPOTECA ARTS. 1473 à 1505 CC

CONCEITO – Direito real de garantia que grava a coisa imóvel ou coisa que a lei entende por
hipotecável, pertencente ao devedor ou terceiro, sem transmissão de posse ao credor,
conferindo a este o direito de promover a sua venda judicial para satisfação do crédito.
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NATUREZA JURÍDICA – Direito real de garantia
CONSTITUIÇÃO – por acordo de vontades com testemunhas e escritura, se tratar de imóvel;
através de disposição legal e através de sentença. Obs. Registro respectivo.

OBJETO (art. 1473 CC)


1 –Imóveis e acessórios conjuntamente;
2 – Domínio Direto;
3 – Domínio Útil;
4 – Estradas de Ferro;
5 – Recursos naturais previstos no art. 1230( jazidas, minas e demais recursos minerais,
potenciais de energia hidráulica, monumentos arqueólogos e outros bens descritos em lei
especial;
6 – Os navios;
7 – Aeronaves;
8 – O direito de uso especial para fim de moradia; ( lei 11481/2007)
9 – O direito real de uso; ( lei 11481/2007)
10 – A propriedade superficiária. ( lei 11481/2007)

HIPOTECA LEGAL (arts .1489-1491)

1 – Pessoas de Direito Público interno sobre os imóveis pertencentes aos encarregados de


cobrança;
2 – Filhos sobre imóveis do pai ou mãe (contrair novas núpcias sem efetuar inventário);
3 – Ao ofendido ou seus herdeiros sobre os imóveis do delinquente (satisfação do dano);
4 – Co- herdeiro para garantia do quinhão;
5 –Ao credor sobre o imóvel arrematado (garantia do pagamento do restante da
arrematação);

SUB-HIPOTECA

Direitos e Deveres do Devedor


Conservar e não praticar atos que desvalorizem o bem;
Manter a substância da coisa (modificando a destinação);
É defeso constituir outro direito real sobre o imóvel hipotecado( poderá ser feita nova
hipoteca, denominada sub-hipoteca, desde que o valor do imóvel exceda o valor da
obrigação garantida); obs. Tal gravame somente se dará caso não haja cláusula proibitiva
Direito de Defesa da posse;

Direitos e Deveres do Devedor


Direito a liberação do bem mediante o cumprimento da obrigação;
Antecipação do pagamento da dívida;

Direitos e Deveres do Credor


Exigir a conservação do bem;
Promoção da excussão da coisa;
Direito de preferência;
Pedir reforço de garantia através de outros bens;

Efeitos sobre terceiros


Erga Omnes;
Em caso de compra adquire também o ônus incidente sobre a coisa;
Terceiro credor não poderá promover a venda judicial do imóvel sem notificar o credor
hipotecário (CC 1501), sob pena de invalidação;
A cessão de crédito hipotecário a terceiro poderá ser feita sem consentimento do devedor;
Sub- rogação do direito por terceiro que adquire a hipoteca;
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Extinção da Hipoteca

Cumprimento da obrigação principal;


Perecimento da coisa;
Resolução da Sociedade;
Pela renúncia do credor;
Remição
Sentença Transitada em Julgado;
Prescrição Aquisitiva;
Arrematação ou adjudicação da coisa;
Consolidação;
Perempção Legal ou usucapião de liberdade – 30 anos (a obrigação subsiste, mas a garantia
não);

ANTICRESE ARTS.1419 à 1430 e 1506 à 1510 CC

CONCEITO – Direito real sobre imóvel alheio , em virtude do qual o credor obtém a posse da
coisa, a fim de perceber-lhe os frutos e imputá-los no pagamento da divida , juros capital;
(amortização).
OBJETO –bem imóvel alheio alienável
NATUREZA JURÍDICA – Direito real de garantia
CONSTITUIÇÃO – escritura pública e registro no cartório imobiliário, sendo necessária a
tradição;

DIREITOS E DEVERES DO CREDOR ANTICRÉTICO


Reter o imóvel do devedor até o prazo de 15 anos, se outro menor não for convencionado
entre as partes(art. 1423);
Posse do imóvel;
Exigir seus direitos contra o adquirente do imóvel;
Administração do imóvel;
Preferência (art. 1509);
Adjudicação do bem;
Defesa da posse;
Liquidação do débito através das percepções
Guardar e conservar o bem, respondendo pelas deteriorações;
Prestar contas anualmente;
Restituir o bem com fim do contrato ou divida;

DIREITOS E DEVERES DO DEVEDOR ANTICRÉTICO

Exigir do credor a conservação do bem, assim como ressarcimento por deteriorações (art
1508);
Exigir a prestação de contas;
Transferir a posse e ceder o direito de perceber frutos até o pagamento, respeitando o
contrato até o termo final;
Manter-se como proprietário da coisa, podendo aliená-la ou gravá-la (art. 1506 parágr. 2º);

EXTINÇÃO
Pagamento da dívida;
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Término do prazo legal;
Perecimento do bem anticrético;
Desapropriação;
Renúncia
Pela excussão de outros credores (retenção art. 1509 paragr. 1º - se o credor anticrético não
opor seu direito de retenção não tem preferência);
Desapropriação;
Falência ou insolvência do devedor;
Pelo resgate.

ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA

EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Roma – recebimento da propriedade e posse.
Brasil:
Lei. 4.728/65 –
DL No. 911/69,
Lei 6404/76 (Extensão ação e debêntures – lei das S. A)
Lei 9514/1997 (bens imóveis) .
Lei Código Civil/2002 Livro III – Propriedade Fiduciária (bens móveis infungíveis)
Lei 10931/2004

CONCEITO – Direito real onde o domínio e a posse indireta da coisa alienada são transferidos ao
credor fiduciário, permanecendo o devedor fiduciante com a posse direta, sob condição resolutiva,
pois o pagamento do débito determina a extinção da propriedade do credor fiduciário. A propriedade é
transferida apenas como garantia do pagamento. (art. 1361);
OBJETO – bens móveis ou imóveis;
NATUREZA JURÍDICA – Direito real de garantia
CONSTITUIÇÃO – Através de acordo de vontades:
Bens móveis: devidamente registrado no cartório de títulos e documentos do domicílio do devedor (art.
1361 par. 1º CC). Se incidir sobre veículos, ainda deve ser registrado no Detran.
Bens imóveis: devidamente registrado no cartório de registro de imóveis.

Requisitos mínimos do contrato (art. 1362), com o acréscimo das alterações previstas na lei
10.931/2004.

Características do negócio jurídico:

Bilateral;
Oneroso;
Acessório
Formal
Indivisível.

GENERALIDES
OPONIBILIDADE ERGA OMNES
Direito de Sequela;
Inadimplemento (busca e apreensão, venda do bem com pagamento do crédito);;
Adjudicação;
Depósito do bem – o devedor pode usar o bem;
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Sub -rogação por terceiro

Bens móveis ( Decreto 911/69 c/ alterações da lei 10931/2004 );


Bens imóveis:
Lei 9514/1997 financiamentos habitacionais/
operações de crédito das mais diversas/obrigação em geral/ habitacionais ou empresariais);

PROCEDIMENTO - FLUXOGRAMA

HIPÓTESE I
PETIÇÃO INICIAL

DEFERIMENTO DA MEDIDA LIMINAR

EXPEDIÇÃO DO MANDADO

CUMPRIMENTO DA LIMINAR

A) NÃO CONTESTA → JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE (330, II)
B) CONTESTA → SANEAMENTO → AUDIÊNCIA

SENTENÇA

HIPÓTESE II
2) INICIAL

INDEFERIMENTO DA LIMINAR

CITAÇÃO DO RÉU

A) NÃO CONTESTA → JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE (330, II)
B) CONTESTA → SANEAMENTO → AUDIÊNCIA

SENTENÇA

DEPOSITÁRIO INFIEL - PRISÃO


Impossibilidade
HC 87585
Procedimento : Art. 901 e seguintes do CPC.

ALTERAÇÕES TRAZIDAS PELA LEI 10931/2004

Lei 10931/2004 Alterações→ decreto 911/69


I – Aspectos Contratuais Art. 66 e 66- A
Revogação arts. 66 e 66 A

Contrato estabelecido no âmbito do


mercado financeiro e de capitais
deverá mencionar além dos requisitos
genéricos declinados no artigo 1362
do CC: a taxa de juros, a clausula
penal, o índice de atualização
monetária, se houver, e as demais
comissões e encargos
– Impossibilidade de Purgação da Possibilidade após pagamento de
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Mora (apenas quitação até 5 dias 40% do contrato, até 5 dias após o
após o cumprimento da liminar). cumprimento da liminar
Alt. § 2º art. 3º d.911.
Transferência do certificado de Apenas após o transito em julgado da
registro de propriedade – sentença.
5(cinco) dias após o cumprimento da
liminar.
Objeto da Contestação: poderá Limitação
contestar mesmo que tenha pago o
valor, para discussão de pagamento
de valor excessivo.

Processo autônomo – Esclarece que


a Busca e Apreensão é processo
autônomo, não se confundindo com
processo cautelar. Alt.§8 art. 3º(d.911)
Contestação – 15(quinze) dias a 3(três) dias a partir da citação do
partir do cumprimento da liminar. Alt. devedor.
§ 3º art. 3º d.911.
Apelação – Efeito devolutivo.. Alt. § Ambos efeitos
5º art. 3º d.911.

Multa – Improcedência da ação – Sem dispositivo


caso o bem já haja sido alienado –
multa de 50% do valor originalmente
financiado, devidamente atualizado.
Não exclui perdas e danos. Alt. § 6º
art. 3º d.911.

Restrição na utilização do
procedimento de Busca e
apreensão:
Posição dominante é que somente
instituições financeiras teriam o direito
de utilização do procedimento para
recuperar o objeto da Garantia
Fiduciária. Instituição do artigo 8-A no
DL 911/69 (mercado financeiro de
capitais), podendo ser utilizado
quando utilizado para fim de garantia
de débito fiscal ou previdenciário.

Lei 10931/2004 Alterações → Código Civil de 2002

Regras quanto aplicação:


Embora desnecessário do ponto de
vista técnico, o legislador ainda
trouxe o artigo 1368-A no CC, aonde
diz que as demais espécies de
propriedade fiduciária ou de
titularidade fiduciária submetem-se à
disciplina especifica das respectivas
leis especiais, somente se aplicando

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as disposições do CC naquilo que não
for compatível com a referida lei
especial.

DIFERENÇAS ENTRE A ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA E OUTROS INSTITUTOS:

ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA:

Direito Real de Garantia;


Transferência ao credor do domínio resolúvel do bem;
Quitada a prestação o devedor consolida a propriedade em seu favor;
É necessário registro para efeito perante terceiros.
Admite quitação;
Não se admite concessão de crédito em moeda estrangeira;
Decreto 911 c/ alterações

LEASING/ARRENDAMENTO MERCANTIL – Contrato misto (financiamento,


locação, promessa de compra e venda);
Opção de compra e venda somente ao final, com o pagamento do valor
residual da dívida;
Caso não queira adquirir devolve ao arrendante, e o que se pagou fica por
conta de aluguel;
Para seu estabelecimento necessário se faz instituição financeira com fim
próprio ( ex: itaúleasing, Unibanco Leasing)
Não há figura do depósito do bem;
Não admite quitação, sob pena de desconfiguração;
Admite concessão de crédito em moeda estrangeira;
Lei 6099
PENHOR

O bem, embora gravado, fica em nome do devedor.


Incide apenas sobre bem móvel.
É regulado pelo Código Civil de 2002.
É admitida a purgação da mora (pagto total da dívida).
Possui procedimentos distintos quando do exercício dos direitos de seqüela e
excussão.

DIREITO AUTORAL
 ART. 5º da Constituição Federal:
 IX - “É livre a expressão da atividade intelectual, artística, cientifica, e de comunicação,
independentemente de censura ou licença”.
 XXVII – “Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação, ou reprodução de suas obras,
transmissível a herdeiros pelo tempo que a lei fixar.”
 LEI 9610 de 19/02/1998
CONCEITO
 Direitos Autorais ou Intelectuais são aqueles disciplinadores da relação entre pessoa e sua criação intelectual,
de cunho pecuniário ou simplesmente moral
 Direitos decorrentes da personalidade do individuo
 Art. 11 – Autor é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica.
ABRANGÊNCIA
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 Desde os direitos patrimoniais e morais do escritor aos resultantes de transmissões televisivas via satélite,
envolvendo interpretes, executantes, publicitários, adentrando inclusive no campo da informática.
REQUISITOS DA CRIAÇÃO INTELECTUAL
 CRIATIVIDADE,
 ORIGINALIDADE
 EXTERIORIZAÇÃO;
(Não há obra intelectual sem criação).

Identificação da Obra – art. 12


 Nome civil (completo ou abreviado ou pelas iniciais);
 Pseudônimo;
 Qualquer outro sinal convencional
OBJETO/PROTEÇÃO – Art. 7º lei 9610/98
 Textos de obras literárias, artísticas e científicas;
 Conferências, alocuções, sermões, e outras obras da mesma natureza;
 As obras dramáticas ou dramáticas musicais;
 As obras coreográficas ou pantomínicas, cuja execução cênica se fixe por escrito ou por qualquer outra
forma;
 As composições musicais, tenham ou não letra;
 As obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive cinematográficas;
 As obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ou da fotografia;
 As obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte cinética;
 As ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza;
 Os projetos, esboços, obras plásticas concernentes à geografia, engenharia, topografia, arquitetura,
paisagismo, cenografia e ciência;
 As adaptações, traduções e outras transformações de obras originais, apresentadas como criação intelectual
nova;
 Os programas de computador;
 As coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de dados e outras obras, que, por
sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, constituam uma criação intelectual;

O que é o ECAD ?
Jurisprudência
 “Atividade típica vinculada ao som e ao ritmo das músicas produzidas. Proveito econômico existente.
Sujeita-se ao pagamento de direitos autorais para a produção de obras musicais, o estabelecimento
comercial, cuja a atividade comercial está vinculada ao seu som e ritmo, daí decorrendo o seu proveito
econômico.” (JTJSP141/154)
Direitos Patrimoniais (dependem de autorização do autor)
 CESSÃO –O autor pode ceder os direitos sobre sua obra se não possui aparato financeiro ou técnico para
divulgá-la, mediante contrato presumivelmente oneroso;
 Rol: art. 29;(obras intelectuais protegidas as criações do espírito).
 Direito de percepção/ cessão/ mínimo 5% sobre o aumento do preço eventualmente verificável na venda de
obra de arte ou manuscritos,(art. 38);
Direitos Morais do autor
 Reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra.
 Ter o seu nome;
 Conservar obra inédita
 Assegurar a integridade da obra;
 Modificar a obra ante ou depois da utilização;
 Retirar de Circulação;
 Ter acesso a exemplar único e raro nas mãos de outrem, como forma de preservar a memória (fazer foto ou
vídeo).
TUTELA DOS DIREITOS AUTORAIS
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 ESFERAS:
 Administrativa: Órgãos de fiscalização (Conselho Nacional de Direitos Autorais – CNDA);
 Cível: Ações respectivas com pedido cautelar ou antecipação da tutela;
 Criminal:Crimes contra a propriedade intelectual ; Programas de computador.

PROPRIEDADE INDUSTRIAL

PATENTE
 É o único documento admissível como prova do direito de uso de exploração exclusiva da invenção ou do
modelo de utilidade;
 Requisitos: a) novidade, b) originalidade, c) desimpedimento ( natureza puramente artística, ofensa a moral e
bons costumes) .
 P.I. - Patente de invenção – 20 anos
 M.U. – Modelo de Utilidade – 15 anos
 D.I. – Desenho Industrial – 10 + 15 anos (renovação).
 Marca – 10 anos prorrogáveis por períodos iguais
 Patente de Invenção: quando uma invenção é considerada nova, não compreendida pelo estado da técnica.
Estado da técnica é tudo que foi tornado acessível ao público.
 Modelo de Utilidade: disposição ou forma nova, obtida ou introduzida em objetos conhecidos, desde que se
prestem a um trabalho ou uso prático.
 Desenho Industrial: toda a forma plástica que possa servir de tipo de fabricação de um produto industrial e
ainda se caracterize por nova configuração ornamental ou toda a disposição ou conjunto novo de linhas ou
cores que, com fim industrial ou comercial, possa ser aplicado à ornamentação de um produto, por qualquer
meio manual, mecânico ou químico singelo ou combinado.
 Contrato de transferência de tecnologia ou Licenciamento: cessão onerosa ( Royalties);
 Franchising (franquia empresarial);
PROCEDIMENTO DE REGISTRO P. I e M. U
 Requisitos essenciais: novidade, atividade inventiva e aplicação industrial;
 PROIBIÇÃO:
 Contrário a moral e aos bons costumes, a segurança, à ordem e saúde públicas;
 Substâncias, matérias misturas (...)
 Todo ou parte dos seres vivos, exceto microorganismos transgênicos, preenchidos os requisitos.
 NÃO SÃO CONSIDERADAS:
 Descobertas, teorias cientificas, métodos matemáticos; concepções puramente abstratas;
 Métodos comerciais, contábeis e outros.
 Obras literárias, arquitetônicas, artísticas, cientificas e qualquer criação estética.
 Programas de computador em si;
 Apresentação de informações
 Regras de jogo;
 Técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos...
 O todo em parte de seres vivos naturais e biológicos.
 Extensão da proteção será conforme discriminada na reivindicação/relatório descritivo.
UTILIZAÇÃO POR TERCEIROS
 Usuário anterior: assegurado o direito de continuação da exploração, sem ônus. Cessão somente com o
negócio e empresa.
 Cessão/efeitos (art. 58-60 lei 9279/2006).
 Licença voluntária ( arts. 61-63)
 Oferta de Licença – INPI (sob licença voluntária- impossibilidade). (arts. 64-67)
 Licença compulsória- exercício abusivo, abuso do poder econômico por decisão administrativa ou judicial, e
demais casos previstos em lei(art.68-74)
EXTINÇÃO
 Expiração do prazo de vigência;
 Renúncia de seu titular, ressalvado direito de terceiros;
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 Caducidade;
 Falta de pagamento da retribuição anual;
 Não manter procurador residente no país, em caso de moradia no exterior;
 Extinta a patente o seu objeto cai no domínio público.

DESENHOS INDUSTRIAIS
 Considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de
linhas e cores que possa ser aplicado a um produto proporcionando resultado visual novo e original na sua
configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial.
Registro
 Requerimento em língua portuguesa com, requerimento, relatório descritivo e reivindicações, caso necessite,
desenhos, fotografias, valor da retribuição (...)
 Não cumprimento exigências ( 5 dias para suprimento).
 Referência a um único objeto. (pluralidade desde que se destinem ao mesmo propósito).
 Exame Formal (sigilo 180 dias);
 Concessão da Vigência ( 10 anos – prorrogação por 3 períodos sucessivos de 5(cinco) anos cada.
 Processo administrativo e Judicial para Nulidade

MARCA
 É todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifica e distingue os produtos e serviços de
procedência diversa, bem como certifica a conformidade dos mesmos com determinadas normas ou
especificações. A marca é considerada o maior patrimônio que uma empresa possui.
 Natureza: marca brasileira, estrangeira, coletiva, de certificação.
 Sinais Não Registráveis como Marca art. 124 lei 9279/96
 Exemplos:
 Brasão, armas, medalha bandeira, emblema;
 Letra, algarismo, data, expressões, figuras, desenho ou sinais contrários a moral e aos bons costumes, cores,
nome civil ou assinatura, dentre outros.
 Marca Notoriamente Conhecida
 Possui proteção independentemente de registro. Art. 126.
 Vigência 10 anos contados da data da concessão do registro, prorrogável por períodos iguais sucessivos. Art.
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EXTINÇÃO DO REGISTRO
 Pela expiração do prazo de vigência;
 Pela renúncia;
 Pela caducidade; ( não iniciação da utilização em 5 anos, interrupção por mais de 5 anos).
 Quando não mantidos procuradores no país;

INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS
 Indicação de procedência ou a denominação de origem;
 Procedência: País, cidade, região ou localidade de seu território, que se tenha tornado conhecido como
centro de extração, produção ou fabricação de produto ou prestação de serviço.
 Denominação de Origem: denominação de país, cidade, região ou localidade de seu território, que designe
produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva e essencialmente ao meio
geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.

CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE INDUSTRIAL


 Fabricar produto que seja objeto de P.I. ou M.U;
 3 m à 1 ano, ou multa.
 Vender, exportar, importar tais produtos: 1m à 3m, ou multa
 Fornecer componentes 1 à 3m, ou multa
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Crimes contra os Desenhos industriais e marcas são equiparáveis ( art. 183/195).

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