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Resumo
No presente trabalho avaliou-se a localização dos terceiros molares inferiores não irrompidos em 780
radiografias panorâmicas cedidas por profissionais da área (radiologia) e por colegas que gentilmente cederam
suas pastas/arquivos para estudo e análise. Objetivou-se, mensurar a prevalência da posição dos terceiros
molares encontrados de acordo com Winter e Pell & Gregory, observando-se o sexo e a idade dos pacientes,
podendo-se concluir que a posição mais freqüente é vertical (59,6%) seguida pela mesioangulares (27%)
segundo a classificação de Winter, e de acordo com a classificação de Pell & Gregory 38,7% estão em Classe II,
36,4% Classe I e 24,9% Classe III.
Abstract
In the present study an evaluation of the localization of non-erupted lower third molars was performed using 780
panoramic radiographies. The project's goal was to measure the prevalence of the third molars positions',
according to Winter and Pell & Gregory. Patients' gender and age were taken into consideration.The conclusion
was that the most frequent position in which non-erupted lower third molars are found is the vertical one
(59,6%), followed by the mesioangular (27%). According to Winter's and Pell & Gregory's classifications,
38,7% of the third molars belong to Class II, 36,4% belong to Class I and 24,9% belong to Class III.
1
Especialista, mestre e doutor em CTBMF professor de graduação e pós graduação do Centro Universitário de
Maringá (CESUMAR)
2
Mestrando em CTBMF pela Universidade Sagrado Coração - Bauru.
3
Especialista e Mestre Professor de Cirurgia e Diagnóstico Oral do Centro Universitário de Maringá
(CESUMAR). Doutorando em CTBMF pela Universidade Sagrado Coração – Bauru.
4
Especialista em ortodontia professor de pós graduação do Centro Universitário de Maringá (CESUMAR)
5
Especialista em radiologia e implantodontia professor de graduação e Pós graduação do Centro Universitário de
Maringá (CESUMAR). Mestrando em CTBMF pela Universidade do Sagrado Coração.
6
Cirurgião Dentista. email: cleverson@cesumar.br e michelzini@gmail.com
Figuras 1 e 2 – Relação dos terceiros molares inferiores em relação ao ramo ascendente da mandíbula e ao plano
oclusal. Fonte: http://www.webartigos.com/articles/7079/1/exodontia-de-terceiros-molares-inclusos-quando-
remover-o-dente-do-siso/pagina1.html
Material e Métodos
Para a realização deste estudo foram analisadas 780 radiografias de pacientes cedidas
por profissionais da área de radiologia e demais colegas. Cada radiografia panorâmica foi
colocada sobre o negatoscópio e a posição do terceiro molar foi avaliada em relação ao longo
eixo do segundo molar, segundo a classificação proposta por Winter, em relação com o ramo
ascendente da mandíbula e com o plano oclusal, segundo as classificações propostas por Pell
& Gregory, registrando em uma planilha juntamente com a idade e o sexo de cada paciente.
Os dados obtidos foram tabulados de forma a conhecer o percentual relativo a cada uma
das posições, assim como, o percentual de participação de cada gênero e faixa etária.
Resultados
Mulheres
37,2%
Homens
62,8%
Gráfico 1 - Demonstra que das 780 radiografias de pacientes cedidas por profissionais, 62,8% pertenciam ao
gênero masculino e 37,2% ao gênero feminino.
acima de 36
de 31 a 35 0,7%
2,5%
de 26 a 30
18,8% de 15 a 20
28,8%
de 21 a 25
Mesializado
Vertical
27,0%
59,6%
Gráfico 3 – Mostra que a maioria dos terceiros molares inferiores não irrompidos (59,6%) estavam na posição
vertical. Seguindo a ordem de freqüência, foram encontrados 27,0% dos dentes classificados como
mesioangulares. A posição invertida foi a menos freqüente, encontrando-se em apenas 1,5% dos casos.
(Classificação de Winter)
Classe III
24,9% Classe I
36,4%
Classe II
38,7%
Gráfico 4 - que demonstra a relação com o ramo ascendente da mandíbula, de acordo com a classificação de Pell
& Gregory, 38,7% dos terceiros molares inferiores não irrompidos pertencem a classe II, indicando que os
mesmos estão parcialmente dentro do ramo ascendente. Seguindo a ordem de prevalência encontram-se 36,4%
dos dentes classificados como Classe I, nos quais a coroa, em seu diâmetro mesiodistal estava completamente a
frente da borda anterior do ramo ascendente da mandíbula. E, a minoria, 24,9% foram classificados como
pertencentes à Classe III, indicando que os dentes estavam localizados completamente dentro do ramo
ascendente.
Posição C
Posição A
30,7%
40,1%
Posição B
29,2%
Gráfico 5 - Pode-se observar que na relação com o plano oclusal (Pell & Gregory), 40,1% dos terceiros molares
não irrompidos encontravam-se na posição A, na qual a superfície oclusal do terceiro molar está quase no
mesmo plano oclusal do segundo molar. Na ordem de freqüência, seguiram aqueles que se encontravam na
posição C (30,7%), ou seja, a superfície oclusal do dente não irrompido está abaixo da linha cervical do segundo
molar; enquanto que 29,2% estavam na posição B, ou seja, a superfície oclusal do dente não irrompido estava
entre o plano oclusal e a linha cervical do segundo molar.
3º molar
inferior direito
48,7%
Gráfico 6 - Das 780 radiografias panorâmicas analisadas, 51,3% eram de terceiros molares inferiores esquerdos
e 48,7% de terceiros molares inferiores direitos.
e a raiz voltada para a oclusal (Santana, para que o profissional possa vir a ter êxito
Ferreira Jr. e Pinzan, 2000). em seu procedimento.
Das 780 radiografias analisadas,
37,2% pertenciam ao gênero feminino e Conclusão
62,8% ao gênero masculino, sendo este
resultado diverso daquele encontrado por Frente aos resultados analisados, podemos
Garcia et al. (2000), em cujo estudo o maior concluir que:
percentual coube ao gênero feminino. 62,8% das radiografias analisadas eram
Com relação à idade dos pacientes, do sexo masculino;
houve uma prevalência para a faixa etária de 37,2% das radiografias analisadas eram
21 a 25 (48%), seguida da faixa entre 15 a do sexo feminino;
20 anos (29%), resultado este similar ao de De acordo com a classificação de
Garcia et al. (2000), que encontrou maior Winter, a posição vertical (59,6%) foi
percentual na faixa etária de 15 a 25 anos. a mais freqüente, seguida pela posição
Na classificação de Winter, a maioria mesial (27%), horizontal (8,1%), distal
dos terceiros molares estava na posição ( 3,8% ), sendo a invertida a menos
vertical (59,6%) e 27,0% na posição freqüente com 1,5%;
mesioangular, enquanto que Garcia et al. De acordo com a classificação de Pell
(2000), encontraram 41,4% dos dentes na & Gregory, foi encontrado 38,7% em
posição vertical e 40,6% na posição Classe II, 36,4% em Classe I e 24,9%
mesioangular. em Classe III, em relação à borda do
Na classificação de Pell & Gregory, ramo ascendente da mandíbula; em
com relação a borda do ramo, eram de relação ao plano oclusal foi encontrado
classe II 38,7% ,de classe I 36,4% e de 40,1% na posição A, 30,7% na posição
classe III 24,9%; em relação ao plano C e 29,2% na posição B.
oclusal, 40,1% estavam na posição A,
30,7% na posição C e 29,2% na posição B. Referências bibliográficas
Tais resultados são semelhantes aos
encontrados por (Santana, Ferreira Jr. e ALVAREZ, O.Q.; PALMA, A. O terceiro molar
inferior, um método de como prever sua erupção.
Pinzan, 2000).
Journal de Clínica en Odontologia, n. 1, p. 21-26,
A necessidade da utilização da 1999.
radiografia panorâmica é de suma
importância para que o profissional possa BISHARA, S.E.; ANDREASEN, G. Third molars: a
planejar a cirurgia de modo mais coerente, review. American Journal of Orthodontics and
Dentofacial Orthopedics, v. 1, n. 6, p. 131-137,
discutindo e analisando o grau de
1983.
comprometimento, sendo de alto, médio ou
baixo risco em relação à dificuldade. É DEBONI, M.C.Z.; GREGORI, C. Aferição das
através do exame radiográfico que se pode posições prevalentes dos terceiros molares inferiores
observar estruturas e áreas a serem inclusos. Ver. De Odontologia da Universidade de
São Paulo, v. 4, n. 2, p. 87-91, abr./jun. 1990.
respeitadas e preservadas em uma possível
cirurgia, tais como: canal mandibular, base GARCIA, R.R. Avaliação radiográfica da posição de
mandibular, relação com o segundo molar, terceiros molares inferiores segundo as classificações
relação com o ramo ascendente, relação com de Pell & Gregory e Winter. Revista da Faculdade
o plano oclusal, além de verificar a anatomia de Odontologia da Universidade de Passo Fundo,
v. 5, n. 2, p. 31-36, 2000.
das raízes e, por fim, planejar a cirurgia.
Para obter sucesso e para que a GANSS, C. et al. Prognosis of third molar eruption.
cirurgia ocorra dentro dos padrões aceitáveis Oral Surg Oral Med Oral Pathol, v. 76, p. 688-93,
e convencionais, a radiografia panorâmica 1993.
se torna indispensável na Odontologia e de
GARIB, D.G. et al. Caninos superiores retidos:
grande ajuda e eficácia na área cirúrgica
preceitos clínicos e radiográficos. Revista Dental
Press de Ortodondia e Ortopedia Facial, v. 4, n. 4, Grossa - PR, Revista Odontologo moderno v. 24, n.1,
p. 14-20, jul./ago., 1999. p. 6-8, 1997.