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Interbio v.3 n.2 2009 - ISSN 1981-3775

LOCALIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE TERCEIROS MOLARES: ANÁLISE


RADIOGRÁFICA

LOCALIZATION AND CLASSIFICATION OF THIRD MOLARS: RADIOGRAPHIC


ANALISYS.

TRENTO, Cleverson Luciano1; ZINI, Michel Moreira2; MORESCHI, Eduardo3; ZAMPONI,


Manfredo4; GOTTARDO, D. Vilmar.5; CARIANI, João Paulo6

Resumo

No presente trabalho avaliou-se a localização dos terceiros molares inferiores não irrompidos em 780
radiografias panorâmicas cedidas por profissionais da área (radiologia) e por colegas que gentilmente cederam
suas pastas/arquivos para estudo e análise. Objetivou-se, mensurar a prevalência da posição dos terceiros
molares encontrados de acordo com Winter e Pell & Gregory, observando-se o sexo e a idade dos pacientes,
podendo-se concluir que a posição mais freqüente é vertical (59,6%) seguida pela mesioangulares (27%)
segundo a classificação de Winter, e de acordo com a classificação de Pell & Gregory 38,7% estão em Classe II,
36,4% Classe I e 24,9% Classe III.

Palavras-chave: terceiros molares, classificação de Pell & Gregory, classificação de Winter.

Abstract

In the present study an evaluation of the localization of non-erupted lower third molars was performed using 780
panoramic radiographies. The project's goal was to measure the prevalence of the third molars positions',
according to Winter and Pell & Gregory. Patients' gender and age were taken into consideration.The conclusion
was that the most frequent position in which non-erupted lower third molars are found is the vertical one
(59,6%), followed by the mesioangular (27%). According to Winter's and Pell & Gregory's classifications,
38,7% of the third molars belong to Class II, 36,4% belong to Class I and 24,9% belong to Class III.

Key-words: third molars, Pell & Gregory's classification, Winter's classification.

1
Especialista, mestre e doutor em CTBMF professor de graduação e pós graduação do Centro Universitário de
Maringá (CESUMAR)
2
Mestrando em CTBMF pela Universidade Sagrado Coração - Bauru.
3
Especialista e Mestre Professor de Cirurgia e Diagnóstico Oral do Centro Universitário de Maringá
(CESUMAR). Doutorando em CTBMF pela Universidade Sagrado Coração – Bauru.
4
Especialista em ortodontia professor de pós graduação do Centro Universitário de Maringá (CESUMAR)
5
Especialista em radiologia e implantodontia professor de graduação e Pós graduação do Centro Universitário de
Maringá (CESUMAR). Mestrando em CTBMF pela Universidade do Sagrado Coração.
6
Cirurgião Dentista. email: cleverson@cesumar.br e michelzini@gmail.com

TRENTO, C.L. et al.


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Introdução variáveis com relação a forma anatômica de


suas raízes, quando comparadas com os
Dente incluso ou não irrompido é o outros molares.
órgão dentário que, mesmo completamente
desenvolvido não irrompeu na cavidade Revisão de Literatura
bucal, encontrando-se, portanto, totalmente
coberto por tecido ósseo e/ou por mucosa Na grande maioria dos casos, os
(Moraes et al., 1998; Garib, 1999 e Garcia et terceiros molares inferiores são os dentes
al., 2000). mais freqüentemente retidos. Como tem sido
A retenção dentária pode ser associado a estes índices de retenção dos
observada tanto na dentição decídua quanto terceiros molares o risco de manifestação de
na permanente, com maior predominância lesões patológicas como cistos, mobilidade
nesta última, pois durante a formação e dentária e reabsorção radicular de dentes
irrompimento dos dentes, a criança está vizinhos, juntamente com o avanço de
sujeita a vários fatores locais e sistêmicos técnicas que permitem a previsão precoce da
que podem determinar o não irrompimento retenção destes dentes, a sua extração
de um ou mais dentes (Santana, Ferreira Jr. tornou-se um procedimento comum e
e Pinzan, 2000). rotineiro para o cirurgião-dentista (Marzola
No processo de irrupção, os fatores et al., 1990; Zardo et al., 1997; Richardson,
determinantes podem ser de caráter local ou 1998).
geral. Entre as causas locais incluem-se: A partir da análise destes fatores, se
falta de espaço, por uma relação houver indicação para a remoção do terceiro
dentoesquelética alterada, má posição dos molar, deve se considerar que não se trata de
dentes adjacentes, perda precoce do dente um procedimento cirúrgico simples, pois
decíduo; traumas na infância durante o requer do cirurgião bom adestramento e
desenvolvimento do germe dentário; conhecimento das estruturas anatômicas
permanência prolongada, além do término relacionadas ao elemento dentário. Para o
fisiológico, do dente decíduo; a presença de planejamento da cirurgia é necessária a
obstáculos eruptivos como os odontomas ou identificação do posicionamento dentário,
cistos; rotação primária do germe; previsão de ostectomias e avaliação da
fechamento prematuro do ápice radicular. necessidade ou não de odontosecções,
As causas gerais envolvem as patologias de visando intervenção menos traumática e
caráter sistêmico que podem influir prevenção de acidentes e complicações pós-
negativamente sobre a formação e operatórias como hemorragias, traumas,
desenvolvimento do germe dentário, entre as comprometimento de estruturas nervosas,
quais encontram-se: doenças febris, fraturas radiculares, danos aos dentes
distúrbios endócrinos, hipovitaminose, vizinhos, fraturas ósseas, dor, edema e
sífilis congênita e anquilose da ATM infecção. Para tanto, as classificações das
(Mottola e Malferrari, 1999; Giublin, retenções baseadas no estudo radiográfico
Webber e Tanaka, 2001). têm facilitado o estabelecimento de técnicas
O terceiro molar inferior é um dente e recursos para as extrações (Marzola et al.,
incomum, caracterizado por considerável 1990).
variabilidade no tempo de formação, A esse respeito, Deboni e Gregori
variações na morfologia da coroa e da raiz e, (1990) afirmaram que nas exodontias dos
não infreqüentemente, por impactação terceiros molares inferiores inclusos, o
(Garn, Lewis e Bonné, 1962). exame radiográfico é de suma importância,
Nicodemo et al. (1990), observaram sendo indispensável, para selecionar a
que os terceiros molares são os órgãos técnica operatória mais adequada. Os
dentários que apresentam maior incidência principais elementos de informação
de retenções. Estes dentes são muito fornecidos pela radiografia são: a) existência

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do dente; b) o seu grau de inclusão; c) o seu determinar a necessidade de osteotomia e/ou


relacionamento com o segundo molar e com odontosecção.
as regiões circunvizinhas; d) a quantidade de A posição será considerada vertical
osso de cobertura; e) o tamanho do folículo quando o longo eixo do dente não irrompido
pericoronário; f) a relação vestíbulo-lingual segue o mesmo sentido do longo eixo do
e a quantidade de osso que o rodeia; g) a segundo molar. Considera-se o dente em
posição e a localização do dente; h) a posição horizontal quando o seu longo eixo
posição, forma e a relação das raízes com o apresenta-se perpendicular em relação ao
conduto dentário inferior (Oliveira et al., longo eixo do segundo molar.
1996). A posição mesioangular é aquela em
O objetivo desse estudo foi avaliar a que a coroa está inclinada na direção do
localização dos terceiros molares inferiores segundo molar. Já a distoangular, o longo
não irrompidos e proceder a sua eixo do terceiro molar está à distal ou
classificação de acordo com a classificação posteriormente angulado em relação ao
proposta por Pell & Gregory e a proposta segundo molar. Quando os segundos e
por Winter. terceiros molares estiverem por vestibular
Três sistemas de classificação dos ou por lingual, recebe a denominação de
terceiros molares inferiores não irrompidos, posição transalveolar. Existe ainda a
quando analisados em conjunto, auxiliam na invertida que nada mais é quando a coroa
seleção da técnica cirúrgica mais adequada. estiver voltada para a base da mandíbula e a
Tais sistemas classificam esses dentes raiz voltada para a oclusal.
quanto à angulação, em relação ao ramo
ascendente da mandíbula e ao plano oclusal Em relação ao ramo ascendente da
(Santana, Ferreira Jr. e Pinzan, 2000). mandíbula(proposta por Pell e Gregory
Oliveira et al. (1996) explicam que a em 1933):
classificação de Winter refere-se à
orientação do longo-eixo do terceiro molar Classe I: a coroa, em seu diâmetro
incluso em relação ao segundo molar mesio distal, está completamente à frente da
vizinho, determinando sete formas de borda anterior do ramo ascendente.
posicionamento do terceiro molar. Já a Classe II: quando o dente estiver
classificação de Pell & Gregory refere-se ao parcialmente dentro do ramo.
espaço entre o ramo da mandíbula e a face Classe III: quando o dente estiver
do segundo molar vizinho, e à profundidade localizado completamente dentro do ramo
relativa do terceiro molar incluso em relação ascendente da mandíbula.
ao segundo molar vizinho, podendo ser
classificada em Classe I, II e III em relação Em relação ao plano oclusal (proposta
ao ramo ou Classe A, B e C quando por Pell e Gregory em 1933):
comparada ao plano oclusal.
A: ocorre quando a superfície oclusal
Classificação dos Terceiros Molares do terceiro molar está no mesmo plano
Inferiores Não – Irrompidos oclusal do segundo molar.
B: é aquela na qual a superfície
Angulação oclusal do dente não irrompido está entre o
plano oclusal e a linha cervical do segundo
Proposta por Winter (1926) e molar.
comparada ao longo eixo de um terceiro C: a superfície oclusal do dente não –
molar não irrompido em releção ao longo irrompido está abaixo da linha cervical do
eixo do segundo molar, válida tanto para os segundo molar.
dentes inferiores quanto para os superiores.
Por meio de sua utilização é possivel

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Figuras 1 e 2 – Relação dos terceiros molares inferiores em relação ao ramo ascendente da mandíbula e ao plano
oclusal. Fonte: http://www.webartigos.com/articles/7079/1/exodontia-de-terceiros-molares-inclusos-quando-
remover-o-dente-do-siso/pagina1.html

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Material e Métodos

Para a realização deste estudo foram analisadas 780 radiografias de pacientes cedidas
por profissionais da área de radiologia e demais colegas. Cada radiografia panorâmica foi
colocada sobre o negatoscópio e a posição do terceiro molar foi avaliada em relação ao longo
eixo do segundo molar, segundo a classificação proposta por Winter, em relação com o ramo
ascendente da mandíbula e com o plano oclusal, segundo as classificações propostas por Pell
& Gregory, registrando em uma planilha juntamente com a idade e o sexo de cada paciente.
Os dados obtidos foram tabulados de forma a conhecer o percentual relativo a cada uma
das posições, assim como, o percentual de participação de cada gênero e faixa etária.

Resultados

Os resultados obtidos são apresentados em gráficos, a seguir.

Mulheres
37,2%

Homens
62,8%

Gráfico 1 - Demonstra que das 780 radiografias de pacientes cedidas por profissionais, 62,8% pertenciam ao
gênero masculino e 37,2% ao gênero feminino.

acima de 36
de 31 a 35 0,7%
2,5%
de 26 a 30
18,8% de 15 a 20
28,8%

de 21 a 25

Gráfico 2 - Demonstra os percentuais de radiografias de pacientes cedidas por profissionais e classificadas em


relação à faixa etária. Verificou-se que a maioria dos pacientes (49,2%) estava com idade entre 21 e 25 anos. Em
segundo lugar em freqüência estavam os pacientes com idade entre 15 e 20 anos (28,8%). Pacientes com idade
acima de 36 anos foram os que apareceram em menor percentual (0,7%).

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Invertido
Distalizado
1,5%
3,8%
Horizontal
8,1%

Mesializado
Vertical
27,0%
59,6%

Gráfico 3 – Mostra que a maioria dos terceiros molares inferiores não irrompidos (59,6%) estavam na posição
vertical. Seguindo a ordem de freqüência, foram encontrados 27,0% dos dentes classificados como
mesioangulares. A posição invertida foi a menos freqüente, encontrando-se em apenas 1,5% dos casos.
(Classificação de Winter)

Classe III
24,9% Classe I
36,4%

Classe II
38,7%
Gráfico 4 - que demonstra a relação com o ramo ascendente da mandíbula, de acordo com a classificação de Pell
& Gregory, 38,7% dos terceiros molares inferiores não irrompidos pertencem a classe II, indicando que os
mesmos estão parcialmente dentro do ramo ascendente. Seguindo a ordem de prevalência encontram-se 36,4%
dos dentes classificados como Classe I, nos quais a coroa, em seu diâmetro mesiodistal estava completamente a
frente da borda anterior do ramo ascendente da mandíbula. E, a minoria, 24,9% foram classificados como
pertencentes à Classe III, indicando que os dentes estavam localizados completamente dentro do ramo
ascendente.
Posição C
Posição A
30,7%
40,1%

Posição B
29,2%
Gráfico 5 - Pode-se observar que na relação com o plano oclusal (Pell & Gregory), 40,1% dos terceiros molares
não irrompidos encontravam-se na posição A, na qual a superfície oclusal do terceiro molar está quase no
mesmo plano oclusal do segundo molar. Na ordem de freqüência, seguiram aqueles que se encontravam na
posição C (30,7%), ou seja, a superfície oclusal do dente não irrompido está abaixo da linha cervical do segundo
molar; enquanto que 29,2% estavam na posição B, ou seja, a superfície oclusal do dente não irrompido estava
entre o plano oclusal e a linha cervical do segundo molar.

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3º molar
inferior
esquerdo
51,3%

3º molar
inferior direito
48,7%

Gráfico 6 - Das 780 radiografias panorâmicas analisadas, 51,3% eram de terceiros molares inferiores esquerdos
e 48,7% de terceiros molares inferiores direitos.

Discussão b) Classe B: a superfície oclusal do terceiro


molar está entre o plano oclusal e a linha
A classificação de Pell & Gregory é cervical do segundo molar;
utilizada para predizer a dificuldade de c) Classe C: a superfície oclusal do terceiro
extração de terceiros molares inferiores molar está abaixo da linha cervical do
impactados. A classificação tem por base as segundo molar.
relações espaciais mostradas em radiografias Ainda de acordo com Garcia et al.
(García García et al., 2000). (2000), Winter, em 1926, propôs uma outra
Pell & Gregory (1933) propuseram classificação tendo por base a comparação
duas classificações: a) em relação à borda do longo eixo do terceiro molar inferior em
anterior do ramo; b) em relação ao plano relação ao longo eixo do segundo molar
oclusal (Garcia et al., 2000). adjacente. Assim, nessa classificação a
Em relação à borda anterior do ramo, posição dos terceiros molares pode ser:
tem-se a seguinte classificação: a) Mesioangular: o terceiro molar inferior
a) Classe I: o diâmetro mesio-distal da está inclinado no sentido mesial em
coroa do terceiro molar está totalmente à relação ao segundo molar;
frente da borda anterior do ramo b) Horizontal: o terceiro molar inferior
ascendente da mandíbula; apresenta-se com uma inclinação mesial
b) Classe II: o espaço entre a borda anterior severa, estando horizontalizado em
do ramo e a face distal do segundo molar relação ao segundo molar;
inferior é menor que o diâmetro c) Vertical: o longo eixo do terceiro molar
mesiodistal do terceiro molar; está paralelo ao longo eixo do segundo
c) Classe III: não existe espaço entre a molar;
borda anterior do ramo e a face distal do d) Distoangular: o longo eixo do terceiro
segundo molar inferior. Portanto, o molar está distal ou posteriormente
terceiro molar está totalmente dentro do angulado em relação ao segundo molar;
ramo ascendente mandibular. e) Linguoversão: o longo eixo do terceiro
Em relação ao plano oclusal, a posição molar está angulado em direção lingual;
dos terceiros molares inferiores podem ser f) Vestíbuloversão: o longo eixo do
classificados em: terceiro molar está angulado em direção
a) Classe A: a superfície oclusal do terceiro vestibular.
molar está no nível ou acima do plano A posição invertida existe quando a
oclusal do segundo molar; coroa está voltada para a base da mandíbula

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e a raiz voltada para a oclusal (Santana, para que o profissional possa vir a ter êxito
Ferreira Jr. e Pinzan, 2000). em seu procedimento.
Das 780 radiografias analisadas,
37,2% pertenciam ao gênero feminino e Conclusão
62,8% ao gênero masculino, sendo este
resultado diverso daquele encontrado por Frente aos resultados analisados, podemos
Garcia et al. (2000), em cujo estudo o maior concluir que:
percentual coube ao gênero feminino.  62,8% das radiografias analisadas eram
Com relação à idade dos pacientes, do sexo masculino;
houve uma prevalência para a faixa etária de  37,2% das radiografias analisadas eram
21 a 25 (48%), seguida da faixa entre 15 a do sexo feminino;
20 anos (29%), resultado este similar ao de  De acordo com a classificação de
Garcia et al. (2000), que encontrou maior Winter, a posição vertical (59,6%) foi
percentual na faixa etária de 15 a 25 anos. a mais freqüente, seguida pela posição
Na classificação de Winter, a maioria mesial (27%), horizontal (8,1%), distal
dos terceiros molares estava na posição ( 3,8% ), sendo a invertida a menos
vertical (59,6%) e 27,0% na posição freqüente com 1,5%;
mesioangular, enquanto que Garcia et al.  De acordo com a classificação de Pell
(2000), encontraram 41,4% dos dentes na & Gregory, foi encontrado 38,7% em
posição vertical e 40,6% na posição Classe II, 36,4% em Classe I e 24,9%
mesioangular. em Classe III, em relação à borda do
Na classificação de Pell & Gregory, ramo ascendente da mandíbula; em
com relação a borda do ramo, eram de relação ao plano oclusal foi encontrado
classe II 38,7% ,de classe I 36,4% e de 40,1% na posição A, 30,7% na posição
classe III 24,9%; em relação ao plano C e 29,2% na posição B.
oclusal, 40,1% estavam na posição A,
30,7% na posição C e 29,2% na posição B. Referências bibliográficas
Tais resultados são semelhantes aos
encontrados por (Santana, Ferreira Jr. e ALVAREZ, O.Q.; PALMA, A. O terceiro molar
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Para obter sucesso e para que a GANSS, C. et al. Prognosis of third molar eruption.
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se torna indispensável na Odontologia e de
GARIB, D.G. et al. Caninos superiores retidos:
grande ajuda e eficácia na área cirúrgica
preceitos clínicos e radiográficos. Revista Dental

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