CÓPIA CONTROLADA

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Protocolo Clínico
Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia

1. INTRODUÇÃO
Decisões de como rastrear, quem rastrear e quando rastrear o câncer do colo do útero e suas
lesões precursoras em populações assintomáticas são complexas e requerem uma análise
balanceada e cuidadosa das suas vantagens e desvantagens, como também dos custos decorrentes
dessas ações. O padrão predominante do rastreamento no Brasil é oportunístico, ou seja, as
mulheres têm realizado o exame de Papanicolau quando procuram os serviços de saúde por outras
razões. Consequentemente, 20% a 25% dos exames têm sido realizados fora do grupo etário
recomendado e aproximadamente metade deles com intervalo de um ano ou menos, quando o
recomendado são três anos. Assim, há um contingente de mulheres supercontroladas e outro
1
contingente sem qualquer exame de rastreamento .

2. CLASSIFICAÇÃO DO CID
N87.0

N87.1

N87.2

3. INDICAÇÕES
O exame citopatológico é o método de rastreamento do câncer do colo do útero e de suas
lesões precursoras.

4. CONTRA-INDICAÇÕES
O tratamento de lesões precursoras do câncer de colo em adolescentes e mulheres jovens
2
está associado ao aumento de morbidade obstétrica e neonatal, como parto prematuro (evidência
alta). Portanto, reduzir as intervenções no colo do útero em mulheres jovens se justifica, tendo em
vista que a grande maioria delas não tem prole definida. Um estudo inglês mostrou que iniciar o
rastreamento aos 20 e não aos 25 anos de idade resulta em substancial sobre tratamento e um
modesto benefício, pois para prevenir um caso de carcinoma invasor do colo do útero seria
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necessário realizar de 12 mil e quinhentos a 40 mil exames adicionais em mulheres entre 20 e 24

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anos e tratar entre 300 e 900 mulheres com NIC (evidência moderada). Dados de Ontário, Canadá,
mostraram que não houve associação entre o rastreamento do câncer do colo do útero e redução
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da mortalidade em mulheres com menos de 30 anos (evidência moderada).

5. CONDUTA / MONITORAMENTO DO TRATAMENTO

Quadro 1 – Resumo de recomendações para conduta inicial frente aos resultados alterados de
exames citopatológicos nas unidades de Atenção Primária.

Fonte: Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero. Atualização 2016

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6. COMPLICAÇÕES
O tratamento de lesões precursoras do câncer de colo está associado ao aumento de
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morbidade obstétrica e neonatal, como parto prematuro (evidência alta). Portanto, reduzir as
intervenções no colo do útero em mulheres jovens se justifica, tendo em vista que a grande maioria
delas não tem prole definida.

7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Monitoramento
das ações de controle dos cânceres do colo do útero e de mama. Informativo Detecção Precoce,
Rio de Janeiro, ano 4, n. 1, jan./abr. 2013. Disponível em:
<http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/ informativo_detecca_ precoce_1_2013_4.pdf>. Acesso
em: 01 jul. 2014.
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KYRGIOU, M. et al. Obstetric outcomes after conservative treatment for intraepithelial or early
invasive cervical lesions: systematic review and meta-analysis. Lancet, v. 367, n. 9509, p. 489-
498, 2006.

LANDY, R. et al. Bene ts and harms of cervical screening from age 20 years compared with
screening from age 25 years. British Journal of Cancer, v. 110, n. 7, p. 1841-1846, 2014.

VICUS, D. et al. The association between cervical cancer screening and mortality from cervical
cancer: a population based case-control study. Gynecology Oncology, v. 133, n. 2, p. 167-171,
2014.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Diretrizes brasileiras para o rastreamento

do câncer do colo do útero. Rio de Janeiro: INCA, 2016. 114 p.

8. ELABORAÇÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Rejane Martins Ribeiro Médica Ginecologista e
Itaborahy Obstetra

9. REVISÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Fernanda Maria Pereira e Médica Ginecologista e
Nascimento Grawe Obstetra

10. APROVAÇÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Shirley Barbosa Ortiz Lima Chefe da Divisão de Gestão do
Cuidado
Débora Andréa Castiglioni Gerente de Atenção à Saúde
Alves

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