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Não há como se falar em democracia sem que se argumente, ainda que brevemente,

sobre os efeitos da globalização no mundo contemporâneo. Tem-se, porém, que a partir dessa
premissa, a própria noção de democracia representativa ainda é prematura na nação brasileira.
Como um novo sistema voltado para a concepção de cidadania e a democracia participativa
trata da defesa do sujeito enquanto agente ativo no processo democrático.

O primeiro embate na aplicação de um sistema pluralista no Estado brasileiro está


relacionado com a cultura cravada da sociedade em questão, cultura que em conjunto com um
nível intelectual baixo em parte majoritária, remete ao não entendimento do conceito desse
novo sistema de forma que como visto no próprio impeachment da então Presidente Dilma
Rousseff em 2015, a preocupação de grande parte da população era em entregar o governo a
outem que fosse capaz de balancear as crises que vigoravam e dar um basta na corrupção que
foi o grande motivo dos protestos que aconteciam na época.

Um outro problema quanto a esse novo sistema é a falta de coletividade, ou seja, o


individualismo presente nas ações cotidianas dos cidadãos, esses que deveriam participar das
decisões públicas. Esse individualismo nos remete a uma prerrogativa de que seria impossível,
de uma maneira organizada, entrar em um acordo sobre novas políticas públicas. Cada vez mais
surgem novos grupos sociais que defendem assuntos relacionados ao sexualismo, meio
ambiente, religião, enfim os mais diversos assuntos e em função disso o que podemos ver em
debates políticos é que os governantes sempre apelam para o lado emocional desses grupos
para se elegerem e por fim, quando eleitos não se sentem na função de cumprir tais afirmativas
antes feitas nesses debates, que cada vez mais, tem o nível de discussão social e política
prejudicado.

Enquanto que, mesmo que não se tenha atingido as expectativas depositadas na política
participativa, tem sido cada vez mais aplicada como podemos ver nos embates e discussões cada
vez mais presentes no cotidiano, principalmente em redes sociais. Porém, se de um lado esse
novo sistema cresce, de outro lado continuamos a conviver com a existência da corrupção,
mesmo que ultimamente temos vistos certos governantes sofrerem pela aplicação da lei para
eles próprios como tem que ser feito. O grande problema é que tais casos de corrupção ainda
presentes impactam na própria convicção do proletariado de ter voz em decisões públicas que
remetem a vontade deles próprios. Essa burocracia que induz de que existe uma linha de cima
para baixo quanto ao poder de decisão, que induz que ainda assim temos governantes e
governados impacta bastante e remete a um problema de que ainda só uma menor parte da
população participa veemente dessa política participativa e dessa forma ainda não temos a
verdadeira motivação de sua aplicação que seria a política do povo.

Impunidade de governantes na minha opinião é o principal fator pois retrata uma forma
negativa de cidadania em que alguns não tem a mesmo tratamento quanto aos seus atos e isso
tira a vontade do povo de exercer de forma ativa esse sistema democrático representativo.
Um outro ponto que podemos salientar é a questão da influência de que governantes passados
utilizam para eleger os próximos representantes de forma que se aproveitam de certa forma, da
admiração conquistada para a eleição de pessoas que queiram que sejam eleitas.
O sistema pluripartidário tem como característica um grande numero de partidos políticos e isso
faz com que se tenha uma grande variedade de escolha, dando ao eleitor uma liberdade de
voto. Apesar desse sistema de lista aberta tenha grande número de críticas, pode ser
considerado um ponto positivo quanto justamente a variedade de escolha do eleitorado.
No entanto, como acontece em toda eleição, e é um motivo de críticas severas é a ocorrência
da não eleição de um candidato que recebeu um grande número de votos e não foi eleito pois
seu partido não atingiu o quociente partidário.
Nessa mesma linha surge um outro problema pois alguns partidos lançam a candidatura de
pessoas famosas para que consigam eleger, justamente com base no quociente partidário os
verdadeiros representantes que eles querem que sejam eleitos devido ao grande número de
votos recebidos pelo partido devido a candidatura dessa pessoa conhecida.

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