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Nome: ____________________________________________

DESAFIO DA SEMANA

Paciente, sexo feminino, previamente hígida, 37 anos, secretária, natural e procedente de Uberlândia.

Refere que há aproximadamente um mês iniciou com mal-estar, astenia, hiporexia, associado à febre não
termometrada, náuseas com vômitos esporádicos, e rash pouco pruriginoso, maculo-papular. Procurou atendimento
médico, inicialmente, sendo realizar apenas sintomáticos, e recebendo alta posteriormente.

Evoluiu, após alguns dias, com piora da astenia, desaparecimento do rash, e início de dor abdominal, do tipo
incaracterística, de moderada intensidade, com maior intensidade em abdome superior; associado a vômitos
frequentes, com restos alimentares.

Procurou atendimento novamente, recebendo diagnóstico de hepatite (SIC), e sendo submetida a internação.
Recebeu medicações as quais não sabe o nome. Duração da internação de 10 dias.

Informa que, segundo informações do médico assistente durante a internação, receberia alta hospitalar, com
necessidade de acompanhamento ambulatorial com hepatologista.

Hoje (após 2 dias de alta), apresenta-se na consulta ambulatorial com a história descrita acima. Mantém quadro de
astenia, hiporexia, náuseas e vômitos frequentes, associado a dor abdominal, de moderada intensidade, com
melhora parcial ao uso de analgésicos comuns. Nega novos episódios febris. Não apresenta lesões cutâneas. Nega
sintomas urinários ou alterações intestinais.

Nega alergias. Nega uso de medicações (exceto analgesia atualmente, associado a anti-emético e soro de hidratação
oral). Nega comorbidades. Nega transfusões sanguíneas. Última relação sexual há 2 meses, sem uso de preservativo.
Nega cirurgias prévias. G0P0A0. Nega viagens recentes.

== Ao exame físico (da consulta ambulatorial) ==

Consciente e orientada no tempo e no espaço. PIFR. Mucosas descoradas 2+/4+, hidratadas. Acianótica, anictérica a
afebril. Sem edemas, panturrilhas livres. Pulsos simétricos, rítmicos e de boa amplitude. Cavidade oral sem
alterações. Presença de linfadenomegalia, em todas as cadeias cervicais, móveis, indolores, fibroelásticos, com
diâmetro de aprox. 0,5 cm. Linfadenomegalia axilar com mesmas características. Sem outros linfonodos palpáveis.
Sem lesões cutâneas.

Pa: 108 x 60 mmhg, Fc: 91 bpm, Fr: 22 irpm, satO2: 95% em AA

ACV: BRNF em 2t sem sopros

AR: MVF sem RA. Expansibilidade simétrica, sem sinais de desconforto respiratório.
ABD: RHA presentes. Abdome flácido, doloroso à palpação profunda de todo o abdome, mas com maior intensidade
em HCD. Fígado com bordas rombas a 2 cm do RCD, doloroso à palpação. Hepatimetria de 14 cm. Traube livre. Não
palpo outras VCM ou massas.

== Exames realizados na internação ==

Início da internação:

Hb 8,9; Ht 27,1; VCM 87,9; HCM 28,2; plaq: 210 mil

Leuco 9,7 mil (2% de basto, 60% de segm, 25% de linfócitos, 10% de monócitos e 3% de linfócitos atípicos). Tap de
70%, RNI 1,32.

Ur: 25,9, Cr: 0,8; Na: 139; K: 3,87;

TGO 197; TGP 281; GGT 601; FA 540; bilirrubinas totais 1,02; direta: 0,5; indireta: 0,52

HbsAg não reagente, anti-HBc não reagente, anti-HBs reagente.

Anti-HCV não reagente, anti-HIV não reagente. VDRL não reagente.

NS1 não reagente, IgM dengue não reagente, IgG dengue reagente.

Final da internação:

Hb 9,1; Ht 29,0; VCM 89,2; HCM 28,7; plaq: 197 mil

Leuco 8,7 mil (68% de segm, 2% de eosinófilos; 19% de linfócitos, 11% de monócitos). Tap de 72%, RNI 1,28.

Ur: 27,0, Cr: 0,97; Na: 140; K: 3,69;

TGO 187; TGP 253; GGT 547; FA 466; bilirrubinas totais 0,97; direta: 0,3; indireta: 0,67

== Questões ==

a) Quais as hipóteses diagnósticas dessa paciente?


b) Quais exames deveriam ser solicitados para elucidação do caso, e suas respectivas condutas?
== Questões de distúrbios ácido-base ==

1. J.A.A., de 64 anos, com história de DM, ICC e HAS. Na admissão, o paciente está grave, não respondendo a
estímulos verbais e dolorosos. Feitos exames de laboratório que revelaram hipoglicemia importante e alto
nível de escórias. Foi diagnosticada, então, insuficiência renal aguda. Paciente com RNC, apático e prostrado.
Gasometria no dia da internação: pH 7,26; Bic: 17,2; pCO2: 36; pO2: 56; BE: -5,7. O distúrbio ácido-básico
apresentado é:
a) Acidose metabólica;
b) Acidose mista descompensada;
c) Acidose respiratória compensada;
d) Acidose mista parcialmente compensada.

2. Dada a gasometria arterial, qual(is) o(s) distúrbio(s) ácido-basico(s) apresentado(s):

pH: 7,30; pCO2: 50; Bic: 19; BE: -3,5

a) Alcalose respiratória aguda;


b) Acidose respiratória aguda;
c) Acidose metabólica;
d) Acidose mista;
e) Alcalose metabólica

3. Considerada a seguinte questão: homem de 25 anos admitido em hospital público com história de lesão por
arma branca no tórax, submetido à toracotomia à direita, com colocação de dreno torácico em selo d’água
em HTD, decorrente de hemopneumotórax traumático. Permaneceu em suporte ventilatório por 4 dias.
Após extubação, observou-se respiração superficial e bradpnéia. A gasometria arterial revelou pH: 7,20;
pCO2: 60; Bic: 28.

Com base nos dados expostos, podemos considerar que o paciente se encontra em:

a) Acidose metabólica;
b) Acidose respiratória;
c) Alcalose respiratória;
d) Alcalose metabólica
4. Observe a gasometria a seguir: pH 7,52; pCO2: 22; pO2: 88; Bic: 24; BE: +2; SatO2: 90%.

Qual a interpretação da gasometria arterial apresentada acima?

a) Acidose respiratória;
b) Alcalose respiratória;
c) Acidose metabólica;
d) Alcalose metabólica;
e) Acidose mista.

5. Um paciente com insuficiência respiratória por pneumonia alveolar, necessitou de ventilação mecânica
invasiva, apresentando a seguinte gasometria.

pH: 7,23; pCO2: 66; pO2: 40; Bic: 14; satO2: 88%

Qual a interpretação da gasometria arterial apresentada acima?

a) Acidose respiratória;
b) Alcalose respiratória;
c) Acidose metabólica;
d) Alcalose metabólica;
e) Acidose mista.

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