UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - UNINOVE

Tecnologia em Radiologia

BRAZ VIEIRA, P.R ; CLÉRISTON ANJOS; MONICA GOUVEIA

RASTREAMENTO DE NEOPLASIA POR PROTOCOLO DE TC DE TÓRAX -

BAIXA DOSE

SÃO PAULO - SP

2017

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 BRAZ VIEIRA, P.R ; CLÉRISTON ANJOS; MONICA GOUVEIA

RASTREAMENTO DE NEOPLASIAS PULMONARES POR PROTOCOLO DE TC DE

TÓRAX - BAIXA DOSE

Projeto de pesquisa apresentado ao curso de

Tecnologia em Radiologia da Universidade

Nove de Julho como parte dos requisitos para

conclusão de curso

SÃO PAULO - SP

2017

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 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................... 5

2 OBJETIVOS........................................................................................................ 6

3 METODOLOGIA............................................................................................... 7

4 RESULTADOS.................................................................................................... 7

5 CONCLUSÃO/ SUGESTÃO............................................................................. 8

6 REFERÊNCIAS.................................................................................................. 8

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RASTREAMENTO DE NEOPLASIAS PULMONARES POR PROTOCOLO DE TC DE

TÓRAX - BAIXA DOSE

BRAZ VIEIRA, P.R1 ; CLÉRISTON ANJOS2; MONICA GOUVEIA3

RESUMO

A introdução da tomografia computadorizada torácica de baixa dose (TCBD) na prática clínica

abriu uma nova perspectiva para a detecção precoce da neoplasia no pulmão. O
desenvolvimento tecnológico contínuo de aparelhos multi-slice melhorou a sensibilidade e a
confiabilidade da tomografia computadorizada (TC), proporcionando uma nova oportunidade
para a detecção de lesões pulmonares. O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão
bibliográfica de estudo de caso que demonstre a efetividade do diagnóstico e a segurança do
ponto de vista da radioproteção do rastreamento de câncer de pulmão com tomografia
computadorizada do tórax.

Palavras-chave: neoplasias pulmonares; tomografia computadorizada de baixa dose;

rastreamento de câncer de pulmão

ABSTRACT

The introduction of Low Dose Computed Tomography (LDCT) into clinical practice has
opened a new perspective for a previous detection of lung neoplasia. O continuous
technological development of multi-slice devices has improved the sensitivity and reliability of
computed tomography (CT), providing a new opportunity for the detection of lung lesions. The
objective of this work is to carry out a bibliographic review of a case study to demonstrate the
diagnostic effectiveness and a safety from the point of view of the radioprotection of lung cancer
control with computed tomography of the thorax.

Key Words: lung cancer; Low Dose Computed Tomography; screening for lung cancer

________________________________________
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Graduando em Radiologia. Matrícula:2317200720 Graduando em Radiologia.

Matrícula:2317200717 3Graduanda em Radiologia. Matrícula:2317200719

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1. INTRODUÇÃO

A Tomografia Computadorizada (TC) é um importante método de diagnóstico por

imagem com crescente utilização no mundo. A evolução da tomografia vem ocorrendo

exponencialmente com a utilização de novas tecnologias de construção e software de

reconstrução que permitem a ampliação dos estudos por tomografia. Estes avanços

tecnológicos têm tido um forte impacto na qualidade das imagens obtidas, no tempo de

varredura e na versatilidade e exatidão de diagnóstico[9]. Os avanços na tomografia

computadorizada multislices(TC), tornaram possível a imagem volumétrica de alta

resolução em uma apneia em níveis aceitáveis de exposição à radiação. Novos

protocolos foram introduzidos, como por exemplo o exame de tomografia de tórax com

baixa dose(TCBD) para rastreamento de câncer de pulmão. O termo rastreamento, em

medicina, significa submeter a exames precoces que podem detectar a doença em

estágio inicial. Historicamente, o rastreamento de câncer de pulmão é realizado através

da análise de radiografia simples do tórax, porém estudos recentes, demonstram que a

TC helicoidal de baixa dose do pulmão detecta mais nódulos e câncer de pulmão de

estágio inicial do que a radiografia de tórax. Em 2002, o Instituto Nacional de

Câncer (NCI) dos EUA financiou um estudo randomizado, para determinar se o

rastreio com TC de baixa dose, em comparação com a radiografia de tórax, reduziria a

mortalidade por câncer de pulmão. Os dados do National Lung Screening Trial (NLST)

mostraram que houve uma redução significativa nas taxas de morte por câncer de

pulmão com rastreio de CT de baixa dose em comparação com o rastreamento por

radiografia simples do tórax.[1]

Com base nos dados desse estudo, verificamos que o rastreamento de neoplasias do

tórax pelo método de tomografia tem um grande potencial para reduzir a mortalidade,

pois a detecção do câncer em estágio inicial pode ser tratado precocemente com grande

possibilidade de redução da mortalidade.

5
 Contudo, a dose de radiação nos estudo por tomografia computadorizada é muito

superior a um exame de raios x de tórax. Esse aumento substancial da exposição de

pacientes a doses de radiação precisa ser justificado, conforme preconiza as normas de

radioproteção nacionais e internacionais.

Para viabilizar esse protocolo é necessário otimizar a dose de radiação para níveis

aceitáveis que justifiquem o uso da tomografia para o screening de câncer de pulmão.

De acordo com a portaria do MS/SVS nº453/98 o princípio da justificação estabelece

que nenhuma prática com radiação ionizante deve ser autorizada a menos que produza

suficiente benefício para o indivíduo exposto ou para a sociedade, de modo a

compensar o detrimento que a prática com radiação possa causar ao indivíduo e/ou a

sociedade. Este mesmo princípio diz ainda que fica proibida toda exposição que não

possa ser justificada, incluindo "Exames radiológicos para rastreamento em massa de

grupos populacionais, exceto quando o Ministério da Saúde julgar que as vantagens

esperadas para os indivíduos examinados e para a população são suficientes para

compensar o custo econômico e social, incluindo o detrimento radiológico. Deve-se

levar em conta, também, o potencial de detecção de doenças e a probabilidade de

tratamento efetivo dos casos detectados". [7]

O ítem 2.9 da portaria 453, diz que as exposições médicas dos pacientes devem ser

otimizadas a um valor mínimo necessário para obtenção do objetivo radiológico

compatível com os padrões aceitáveis de qualidade de imagem. Para tanto, devemos

levar em consideração a seleção adequada do equipamento, a seleção dos parâmetros

técnicos corretos, a garantia da qualidade do equipamento e da imagem e os níveis de

referência de radiodiagnóstico para pacientes. [7]

2. OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão bibliográfica de estudo de caso que

demonstre a efetividade do rastreamento de câncer de pulmão com tomografia

computadorizada do tórax com protocolo de baixa dose.

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3. METODOLOGIA:

Utilizamos como procedimento técnico uma pesquisa bibliográfica com abordagem

qualitativa em base de dados eletrônicos, tais como: PubMed® ; Scielo® ; RSNA®;

Medline®; Google Scholar®

Escolhemos o estudo de caso realizado pelo National Lung Screening Trial (NLST),

financiado pelo National Cancer Institute (NCI) dos EUA. O NLST fez um estudo

randomizado de rastreio envolvendo cinquenta mil indivíduos entre 55 a 74 anos que

fumam mais de um maço de cigarro por dia durante 30 anos. O estudo comparou o

rastreamento realizado por TC de baixa dose com o rastreamento realizado por raios-x

simples do tórax.

Todos os exames de triagem foram realizados de acordo com um protocolo padrão. As

tomografias de tórax baixa dose foram adquiridas em tomógrafos multidetectores com

no mínimo 4 canais. Os parâmetros técnicos foram otimizados para reduzir a exposição

a uma dose efetiva média de 1,5mSv.

4. RESULTADOS:

Os resultados apresentados pelo National Lung Screening Trial (NLST), demonstram

claramente que o rastreamento realizado por TC de baixa dose pode reduzir a

mortalidade, pois a tomografia pode detectar mais nódulos e câncer em seu estágio

inicial. Do total de pacientes que participaram da pesquisa de 2002 até a apresentação

do resultado em 2011, houve 356 mortes por câncer de pulmão dos pacientes do grupo

de pacientes que foram rastreados pelo exame de TC baixa dose e 443 mortes por

câncer de pulmão no grupo que recebeu o rastreamento por RX de tórax. Portanto

houve uma redução nas mortes no percentual de 20% para os pacientes que foram

7
 rastreados periodicamente com Tomografia Computadorizada do Tórax com protocolo

de baixa dose.

5. CONCLUSÃO / SUGESTÃO

Podemos concluir que o tecnólogo precisa estar atualizado com relação ao surgimento

de novas tecnologias e protocolos de exames. Neste estudo de caso evidenciamos que as clínicas

e hospitais precisam estar preparados com profissionais capacitados, equipamentos adequados e

protocolos definidos para atender uma demanda de rastreamento de câncer de pulmão com

protocolo de TC baixa dose. Devemos considerar também que a dose de radiação no

rastreamento por TC de Tórax precisa ser otimizada levando em consideração a qualidade de

diagnóstico do exame. Neste aspecto o tecnólogo é fundamental para construção dos protocolos

juntamente com os Físicos e Médicos radiologistas. Antes da implementação do protocolo de

TC de baixa dose é necessário fazer um estudo da qualidade da imagem avaliando os

parâmetros de ruído, de imagem, resolução espacial e resolução de contraste. Sugerimos que a

clínica crie um alerta de dose no tomógrafo para chamar atenção do tecnólogo para não

ultrapassar a dose de radiação estabelecida para o protocolo. Observamos também que é

necessário um treinamento específico com os médicos radiologistas para definir um diagnóstico

preciso ainda que tenha uma redução na qualidade da imagem.

6. REFERÊNCIAS

1. National Lung Screening Trial Research Trial, Aberle, D.R., Adams, A.M. et al, Reduced

lung-cancer mortality with low-dose computed tomographic screening. N Engl J

Med. 2011;365:395–409.

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2. Nicola Sverzellati , M. Silva , G. Calareso , C. Galeone , A. Marchianò , S. Sestini , G.

Sozzi , U. Pastorino . (2016) Tomografia computadorizada de baixa dose para triagem do câncer

de pulmão: comparação do desempenho entre tela anual e bienal. Radiologia européia 26 : 11,

3821-3829

3. Marina Treskova, Ines Aumann, Heiko Golpon, Jens Vogel-Claussen, Tobias Welte,

Alexander Kuhlmann. . (2017) Desafio entre benefícios, danos e eficiência econômica do

rastreamento de câncer de pulmão CT de baixa dose: uma análise de microsimulação de

estratégias de gerenciamento de nódulos em um ambiente populacional. BMC Medicine 15

4. Henschke, Claudia I et al. CT screening for lung cancer ; Seminars in Ultrasound, CT and

MRI , Volume 24 , Issue 1 , 23 - 32

5. Gietema HA, Wang Y, Xu D, et al. Nódulos pulmonares detectados no rastreamento do

câncer de pulmão: variabilidade interobservador de medidas de volume

semiautomático. Radiologia 2006 ; 241: 251 -257.

6. IRION, Klaus L.. Diagnóstico precoce do câncer de pulmão. Radiologia Brasileira, [s.l.], v.

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39842002000300001.

7.BRASIL. Constituição (1998). Portaria Ms/svs Nº453. Disponível em:

<http://www.conter.gov.br/uploads/legislativo/portaria_453.pdf>. Acesso em: 19 nov. 2017.

8. FINTELMANN, Florian J. et al. Lung Cancer Screening. Radiologic Clinics Of North

America, [s.l.], v.55, n.6, p.1163-1181, nov.2017. Elsevier BV.

http://dx.doi.org/10.1016/j.rcl.2017.06.003.

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9. David J. e Hall, Eric J. Massachusetts Brenner; Computed Tomography — An Increasing

Source of Radiation Exposure: The new england journal of medicine, 2007

10. MADSCAPE: Rastreamento de câncer de pulmão por tomografia computadorizada de baixa

dose - finalmente um método eficaz?. Sao Paulo: Medscape, 9 nov. 2017. Disponível em:

<https://portugues.medscape.com/verartigo/6501129>. Acesso em: 9 nov. 2017

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at: http://www.uspreventiveservicestaskforce.org/usostf/uspslung.htm

11. ONDR. 10º Relatório Panorama das Doenças Respiratórias em Portugal - Caminhos para o

Futuro. 2014/2015: 157-166

12. ADES, Dr. Felipe. DE PULMÃO EM ESTÁGIO INICIAL.: APROVADO NOVO

MÉTODO PARA DETECTAR O CÂNCER. 2015. Disponível em:

<https://drfelipeades.wordpress.com/tag/rastreamento/>. Acesso em: 8 nov. 2017.

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