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INTRODUÇÃO AO TURISMO – Resumo l

I NTRODUÇÃO AO T URISMO :

Breve História do Turismo:


PRÉ-HISTÓRIA:
 Deslocações por questões de sobrevivência (comida e abrigo) – povos nómadas.
 Evolução dos instrumentos (arcos, flechas, arados) – povos mais sedentários.
O que origina:
 Estabelecimento do território.
 Construção de jangadas, canoas – conquista território

CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA:
 Viagens ao longo do Nilo por motivos religiosos (visita templos – politeístas)
 Viagens por motivos comerciais
 Pirâmides de Gize (actual)

CIVILIZAÇÃO GREGA:
 Povo muito voltado para as viagens – santuários, comércio, competição (Jogos Olímpicos).
 Deslocações com a finalidade de assistir aos Jogos Olímpicos.
 Aparecem as primeiras “casas de câmbio”.
 Junto aos templos existiam facilidades para pernoitar – Espírito de Hospitalidade.

CIVILIZAÇÃO ROMANA:
 Expansão territorial
 Apogeu das termas e balneários (higiene e convívio)
 Criaram a maior rede de estradas, pontes e aquedutos (ligaram Europa à Ásia)
 Zonas de veraneio no sul de Itália para os Aristocratas
 Jogos de Circo e Corridas de Cavalos – locais para pernoitar
 Desenvolvimento do espírito de hospitalidade
 Palavras latinas: Hospes (estalagem); Hospitium (Hotel), etc.

Nota: Tanto os gregos e os romanos viajavam para visitar as 7 maravilhas do Mundo Antigo.

IDADE MÉDIA:
 Domínio da Igreja católica
 Cruzadas – viagens com motivação religiosa
 Peregrinações – Terra Santa, Roma, Santiago de Compostela, Jerusalém.
 Construção das maiores catedrais hoje conhecidas
 À volta de catedrais e igrejas organizavam-se grandes feiras e jogos
 Declínio das termas – ir a banhos era 1 acto profano

RENASCIMENTO:
 Época das grandes expansões marítimas.
 Portugueses – costa de África, Mar Vermelho, Índia, Tailândia, …
 Espanhóis – Caraíbas, Antilhas, América Central e do Sul.
 Leitura das Viagens – Peregrinação (Fernão Mendes Pinto, publicado em 1614) ) – apesar de
fantasiado descreve povos e culturas
 Esta época desperta a curiosidade e o interesse por grandes viagens.

GRAND TOUR (SÉCULO XVII/XVIII):


 É o marco embrionário do Turismo Moderno.
 Reforma protestante (século XVI) – mudança de mentalidade – maior interesse em conhecer
o mundo que nos rodeia.

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 Tornou-se popular entre jovens da aristocracia inglesa a realização de 1 viagem de longa


duração (+-3 anos) às capitais e cidades mais importantes da Europa, para completar os
estudos aumentando os conhecimentos, ter novas experiências. Por: Paris, Veneza, Turim,
Haia, Madrid, Roma, etc.
 Com o Grand Tour nasce o conceito de Turismo – que dá origem aos chamados “Touristes”.
 A palavra “Touristes” é introduzida em França pelo escritor Stendhal, nas Mémoires d’un
Touriste
 1786 – Surge o primeiro Restaurante (origem francesa).
 Grand Tour Clássico (séc. XVII) – influência renascentista – França, Alemanha, Holanda, …
 Grand Tour Romântico (séc. XVIII) – dominado pelo romantismo – só França e Itália
 Deslocação: tracção animal
 Desenvolvimento de estradas, casas para pernoitar, alguns guias
 Extinção gradual do Grand Tour a partir das Guerras Napoleónicas, Revolução Industrial,
comboio…

DO GRAND TOUR À INSTITUCIONALIZAÇÃO E DEMOCRATIZAÇÃO DO TURISMO:


Século XVIII:
 Ressurgir das Estâncias Termais (locais de grande ostentação e luxo com salas de
espectáculos e casinos): Bath (Inglaterra); Baden-Baden (Alemanha);.etc.
 Revolução Industrial (trouxe nova forma de estar):
 Manufactura – Maquinofactura.
 Revolução do carvão, do ferro, do algodão e da máquina a vapor (que promove a
revolução dos Transportes – navegação e transportes ferroviários).
Maior facilidade na mobilização das pessoas e mercadorias.
Encurtam-se as distâncias.
Havia cada vez menos espaços isolados.

 Fábricas – condições precárias:


 Péssima iluminação.
 Sem arejamento.
 Sem condições de higiene.
 Trabalho infantil.
 Jornada até 18h por dia.
 Trabalho rotineiro e monótono.
 Não dispunham de estruturas de apoio – cantinas, vestiários, instalações sanitárias, …
 Não existiam direitos de trabalho.
 Salários muito baixos.
 Habitações miseráveis.
 Vítimas de doenças graves e fatais.
 Como consequência não podiam viajar.

 Instalado o tempo laboral “desumano”


 Luta por melhores condições de trabalho.
 Exigência de “tempo livre”: reclama-se tempo livre para se descansar do trabalho.
 A luta pela conquista de tempo livre – origem da redução das horas de trabalho.
 Só mais tarde aparece necessidade de tempo livre para desenvolvimento cultural e
social

Século XIX:
 Progresso da ciência.
 Revolução Industrial.
 Multiplicação das trocas.
 Desenvolvimento dos transportes (comboio).

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 Transmissão de ideias – generalização da publicação de jornais.


 Estes factores originam um novo impulso às Viagens!
 As viagens começam a encontrar a sua verdadeira identidade – um meio de pessoas que se
interessam pelas particularidades de cada povo, pela tradições, pelo exotismo e por outros
modos de vida e novas culturas.
 Hotel Ritz e Pullman surgem nesta altura sendo as primeiras cadeias hoteleiras.
 1830 – Na Suiça aparecem os primeiros hotéis que substituem os albergues e
hospedarias
 1898 – 1º Ritz em Paris
 Surgimento dos primeiros grandes complexos hoteleiros
 1840 – Criação da Agência Abreu – com finalidade de ajudar portugueses a emigrar
para o Brasil – 1ª DO MUNDO???
 Thomas Cook (marco embrionário do turismo organizado)
 Muito importante como marco histórico
 1841 – Organiza a 1ª viagem de comboio a baixo custo como operador turístico
 1864 – Organizou viagem colectiva acompanhada e organizada à Suiça
 1865 – Abriu escritório em Londres e lançou a nota circular – antecessora dos travel
cheks
 Emissão do 1º vaucher pela empresa Cook
 1872 – Organizou 1ª viagem à volta do mundo
 Actualmente a agência Thomas Cook ainda é uma das maiores organizações turísticas
do mundo

Século XX:
 Alargamento da rede de caminhos-de-ferro.
 Descoberta do telégrafo, rádio e telefone (+ tarde TV).
 Aumento da extensão das redes de estradas.
 Grande desenvolvimento industrial.
 Reivindicações dos direitos sociais e laborais – maior democratização das sociedades –
novos conceitos de vida.
 Caracteriza-se pelas conquistas sociais:
 Jornada laboral de 40h – 10 a 8h diárias.
 Melhoria do Salário.
 Folga de 1 dia passou a 2.
 Proibição do trabalho de menores.
 Direito a férias.
 Férias pagas.
 Um dia de descanso semanal/direito ao fim-de-semana de descanso.
 Assistência na doença e na velhice.
 Direito à greve.
 Com + tempo livre surge o conceito de lazer
 O turismo transforma-se num fenómeno da sociedade.
 Começa a alcançar dimensão económica.
 Reconhecimento da importância do turismo pelos governos – promover e organizar – criação
de instituições governamentais.

1910 – França:
 Destinos turísticos Mundiais – estâncias termais, estações climáticas de montanha
(suíça).
 Surgem as primeiras estâncias balneares – Biarritz, Deauville, Riviera Francesa.
 O conceito de turismo balnear origina-se no Norte de França (água morna, areia grossa
– conceito diferente do actual).
 Aviação e automóvel fazem a sua entrada no mundo das viagens.

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1920 – A sociedade das Nações reconheceu que o Turismo representa um interesse comum e
que se deviam fazer esforços para permitir a realização de viagens a um n.º cada vez maiores
de pessoas.

II Guerra Mundial (1939 – 1945) – Período de Estagnação.

Pós II Guerra Mundial – recuperação económica e social dos países europeus – impulsionou e
consolidou o desenvolvimento do turismo.
BOOM TURÍSTICO

Anos 50:
 Lado da Procura:
 Aumento do tempo livre.
 Férias pagas.
 Maior rendimento disponível.
 Prosperidade.
 Mudança social – igualdade / democracia.
 Aumento do acesso aos meios de transporte.
 Lado da Oferta:
 Avanços tecnológicos nos transportes – viagens mais rápidas a destinos distantes.
 Organizadores de viagens – produção em série de produtos de massa (transportes por
avião fretado e cadeias de hotéis no litoral).
 O turismo passou a ser a procura do sol e mar. Época dos 3 “s”: Sun, sea and sand.
 Mediterrâneo.
 Turismo de Massas.
 Motivação das viagens – conhecer outros locais, evasão

Anos 70:
 1973 – “Crise ou choque do petróleo” – Crise no Turismo Internacional – Turismo Interno
adquire mais expressão e importância.
 Acesso + generalizado ao carro
 Turismo interno começa a ganhar importância
 Pela 1ª vez surge a consciência ambiental – impactos negativos da actividade turística.
Destino dos Produtos:
Deve renovar-se os produtos

Anos 80:
 1980 – Declaração de Manila (Conferência Mundial de Turismo) – coloca em destaque as
tendências da estratégia de desenvolvimento turístico, indica que deve haver uma política
turística nacional.
 Desenvolvimento planificado.
 Importância dada aos valores.
 Desenvolvimento.
 Férias Activas.
 Produtos diferenciados.
 Informação e educação por intermédio do turismo.
 Protecção do ambiente.
 Integração da população local.
 Utilização das línguas numa óptica universal.

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Anos 90:
 + transportes
 + oferta logo viagens mais baratas
 Cada vez mais pessoas a viajar (mta procura)
 Internet
 Evolução dos meios de transporte – aviões com + capacidade
 Barcos também – cruzeiro é 1 produto não 1 meio de transporte
 Empresas lowcost
 Formação de grandes grupos empresariais
 Diversificação da oferta – acesso a viagens mesmo com pouco dinheiro

Estatísticas:
A Europa é a mais visitada, seguida da Ásia/Pacífico.
Variação Anual de 2006 para 2007
Quem evoluiu mais foi o médio oriente
Quem cresceu menos foi a Europa

Portugal em 2006
19º nas chegadas de turistas
23º nas receitas
Mais visitados: Madeira, Açores, Lisboa e Algarve
Temos 1 grande diversidade paisagística logo grande potencialidade

Previsões para 2020


Europa cresce mas muito lentamente
China fica em primeiro lugar nas chegadas (alguns dizem 2014)

História do Turismo em Portugal:


FIM DO SÉC. XIX – INÍCIO DO SÉC. XX:
 MAU
 Situação avessa à modernidade
 Grande dívida externa (má imagem em termos económicos e políticos)
 Monarquia – dominante durante muitos anos
 Atraso nos meios de transporte
 Muita emigração
 Não importávamos produtos
 O desenvolvimento só chegava além Pirinéus
 Hotelaria portuguesa considerada no estrangeiro como péssima e indesejável
 BOM
 Localização – para viagens para América
 Tradições, História, Monumentos
 Sol, cultura e clima
 Povo hospitaleiro
 Elevado grau de competitividade em termos de preços
 Turismo visto como mal para todos os remédios

1903 – Criação do Real Automóvel Clube de Portugal – promove o turismo motorizado


(Actualmente ACP – Auomóvel Clube Portugal):
 Provas desportivas.
 Melhores Estradas.
 Sinalização.
 Edição de mapas e estradas.
1906 – Sociedade Propaganda de Portugal (SPP):

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 Sem fins lucrativos.


 Sociedade sem ideologia política e religiosa com o fim de divulgar o turismo português
 Associação promotora do bem do País
 1ª associação não oficial
 Fundador: Mendonça e Costa.
 Organizar e divulgar o inventário de todos os monumentos, riquezas artísticas,
curiosidades e lugares pitorescos.
 Publicar guias e roteiros
 Organizar excursões
 Promover Portugal no estrangeiro

1907 – 1º Cartaz turístico promovido pela SPP: “Portugal – The shortest way between America
and Europe”.

1909 – 1º Curso de Formação profissional para empregados de mesa (organizado pela Casa
Pia).

I REPÚBLICA: 1910 – 1926.


1910 – Proclamação da I República.
 A SPP vai perdendo actuação em prol da institucionalização do sector, restando-lhe
alguma actuação a nível internacional.
 1 Dia de descanso semanal.
 Filiação da SPP na Federação Franco-Hispano-Portuguesa.
 IV Congresso Internacional de Turismo.
 Necessidade de criação, em Portugal, dum organismo oficial de Turismo (PINA: 17).

1911 – Repartição de Turismo de Portugal – Ministério do Fomento, Conselho de Turismo.


 1ª Organização oficial do Turismo Português.
 Presidente: José de Ataíde.
 Dois organismos: SPP e Repartição de Turismo:
 Promover o turismo nacional e internacional.
 SPP – nível internacional.
 Repartição – nível nacional.

1913 – Publicação do 1º Folheto oficial da Propaganda “Sunny Portugal”.


SPP: organiza visita educacional para um grupo de jornalistas britânicos – famtrip.

1914 – Projecto de Fausto Figueiredo do qual nasce a 1ª estância turística portuguesa (Projecto
de tornar o Estoril na Riviera Portuguesa. Associar o mar, as termas e a praia ao desporto).
 Ajudou na construção da marginal e na electrificação da linha de comboio
 1ª Guerra Mundial (1922 – retoma-se o projecto).
 1º Salão automóvel do Porto – ACP organiza.

1916 – 1ª Revista do Turismo (até 1922).


 Início da Construção do Casino Estoril.

1917 – I Congresso Hoteleiro (Lisboa) promovido pela Repartição de Turismo.


 Bureau de Renseignements – Paris (gerido pela SPP suportado pelo Estado e pelos
caminhos-de-ferro, que fazem a ligação).
 Milagre de Fátima – Turismo religioso.

1920 – Conselho do Turismo – é substituído pelo conselho de Administração de Estradas e


Turismo (RP perde autonomia)

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 SPP obtém o estatuto de entidade pública.


1921 – Criação das Comissões de Iniciativa de Turismo (1ª iniciativa para dividir turismo pelo
país)

1924 – Publica-se “Guia de Portugal” – Paul Provença. Inventário de todo o património


Português.

DITADURA MILITAR: 1926 – 1933.

1926 – A 28 de Maio, triunfa um golpe militar que institui um regime de Ditadura Militar.
 Inauguração da electrificação da Linha de Cascais.

1927 – Repartição de Turismo passa para o Ministério do Interior - Isso leva a que RT passe a
actuar quase exclusivamente a nível interno
 Criação da Junta autónoma de Estradas (JAE) - melhoria das estradas e promoção do
turismo motorizado
 Fausto Figueiredo consegue a concessão do Jogo para o Estoril
 1ª companhia aérea portuguesa – SAP (fazia Lisboa –Madrid-Sevilha) – vida efémera,
pouca clientela

1928 – Criação da Repartição de Jogos e Turismo, integrada no Ministério do Interior.

1929 – inaugurado Golf do Estoril

1930 – Inaugurado o Hotel Palácio.


 Surgiu a comissão de Propaganda de Portugal no Estrangeiro, que irá accionar a criação
das casas de Portugal.

1931 – Inauguração da Casa de Portugal em Paris.


 Inauguração do Casino Estoril.
 Encerra o Bureau de Renseignements.

1932 – Casa de Portugal em Londres.

1933 – Casa de Portugal em Antuérpia.


 Estado Novo: fim do direito de greve.

ESTADO NOVO: 1933 – 1974.


 António Ferro – boémio, viajado, jovem
 Em 1932 entrevista Salazar para o DN
 No Estado Novo Salazar convida-o para gerir o Secretariado de Propaganda Nacional
 Objectivos:
 levar mais além a cultura portuguesa
 usar a cultura como um instrumento ao serviço do estado (controlo dos
tempos livres)
 Exaltação patriótica dos valores nacionais: auto-contemplação de ser
português
 Quanto mais nacionalistas fossemos menos seríamos corrompidos pelos
valores estrangeiros
 Funções
 Fomentar a publicação de obras que dessem a conhecer a actividade do
estado
 promoção da arte popular
 Organizar a propaganda nacional
 Exaltação dos valores nacionais

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 Organizar mostras da cultura, das festas públicas


 Novas palavras + comuns: fim-de-semana, excursão
 Hotelaria: pouco desenvolvida, más condições de higiene, fala de qualidade de serviço
 Desclassificação de hotéis sem qualidade

1933 – SPN cria excursão itinerante de Hotel Modelo - carruagem didática para
melhorar Hotelaria
 Técnicas de Propaganda (Marketing)
 Cinema
 Música – concurso (tinha de ter várias vezes a palavra Portugal)
 Cartazes publicitários

1935 – Criação da Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho (FNAT) – Actual: INATEL.
 Ocupar o tempo livre dos trabalhadores (principalmente os do Estado)
 Criação de colónias para férias.
 Turismo Social – para desfavorecidos tirarem férias
 Criar cursos e actividades desportivas.

1936 – I Congresso Nacional de Turismo – SPP


 Início da Guerra Civil Espanhola.
 Crítica ao desinteresse do governo pelo Turismo e opõe-se à passagem dos órgãos locais
do Turismo para as Câmaras.

 1936 -1939: Anos Negros - SPP ainda não tem a pasta do Turismo

1937 – Feira Internacional de Paris “Sala Arte Popular” ganha o prémio.

1938 – “Concurso da aldeia mais Portuguesa de Portugal”, promovido pelo SPN.


 Recuperação da Arte Popular, gastronomia, canto, traje
 prémio – galo de Barcelos em Prata
 forma de disfarçar pobreza extrema
 Ganha Monsanto
 Ferro é nomeado secretário geral das comemorações de 1940.

1939 – Tutela do Turismo para o SPN (excepto as juntas, comissões e o jogo).


 Feira Mundial de Nova Iorque no Pavilhão de Portugal.

1940 – Exposição do Mundo Português – Belém


 Síntese da civilização Portuguesa e da sua projecção mundial.
 480 mil m2 (a maior até à Expo98).
 Comemorar o duplo centenário da Fundação do Estado Português (1140) e a
Restauração da Independência (1640).
 Incluía pavilhões temáticos: história, actividades económicas, cultura, regiões e territórios
portugueses ultramarinos.

1941 – Edição da Revista Panorama.


 Cartilha da Hospedagem Portuguesa.
 Concurso “Estações Floridas”.

1942 – Inaugurada a 1ª Pousada de Portugal: Elvas (unidades de alojamento de traça regional


no interior, decorados de acordo coma região e gastronomia representativa da região)
 Aeroporto da Portela.
 Criação do Clube Nacional de Campismo.

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1943 – Primeiro guia campista de Portugal.


 Campismo:
 Mal visto por Salazar.
 Nesta altura, o campismo estava associado a um termo social, cultural e desportivo,
daí a razão de ser mal visto por Salazar.
 Incentivo do Escutismo para combater o campismo.
 Criação da Mocidade Portuguesa – para ocupar os jovens

1944 – O SPN passa a Secretariado Nacional da Informação, Cultura Popular e Turismo (SNI),
com 3 áreas de actuação: cultura, comunicação social e turismo.

1945 – 14 de Março é criada a TAP (Transportes Aéreos Portugueses).


Aeroporto do Porto.

1946 – I Concurso Nacional de Ranchos Folclóricos.

1948 – Museu de Arte Popular (SNI).


 Conselho de Inspecção de Jogos (CIJ).

1949 – António Ferro afasta-se do SNI.


 A conta do tesouro apresenta défice: fragilidades estruturais e insuficiente produção
própria.
 Plano Marshall: oferta 10 milhões de dólares (revitalização dos países no pós-guerra)
 “Brigada do Bom Gosto” – arquitecto, decorador e outros iam as hotéis dar conselhos

1950 – É Criado o Grémio Nacional das Agências de Viagens e Turismo (actualmente APAVT).
Cartilha da Terra Portuguesa.

1952 – Parecer sobre o projecto de Estatuto de Turismo. Falta de um plano como o actual PENT

1953 – Casas de Portugal – Ministério dos Negócios Estrangeiros para o SNI.

1954 – Aprovada a lei hoteleira (n.º2073): utilidade turística; lançamento da formação hoteleira;
estabelecimentos “com ou sem interesse para o turismo”.

1956 – Marcelo Caetano (Ministro da Presidência) vai introduzir reestruturações na orgânica do


Turismo. Publicada a lei de Bases do Turismo, lei n.º2082:
 Assegurava as funções de consulta do Conselho Nacional de Turismo.
 Apresentava e delineava uma nova figura: Regiões de Turismo.
 Instituía o Fundo de Turismo: “pelo fomento do turismo no país e em especial, a auxiliar e
estimular o desenvolvimento da indústria hoteleira e de outras actividades que mais
estreitamente se relacionem com o Turismo”.

1958 – Concurso p/ Casino Estoril – ganha Teodoro dos Santos: Sociedade Estoril Sol.
 Abre a Escola Profissional da Indústria Hoteleira de Lisboa.

1960 – A Repartição do Turismo passa a Direcção de Serviços.

1962 – Abolidos os vistos para turistas estrangeiros.


Direcção de Serviços de Turismo – Gabinete de Estudos e Planeamento Turístico.

1965 – Inauguração do aeroporto de Faro.


 Criado o Centro Nacional de Formação Turística e Hoteleira.
 O Turismo é incluído no Plano Intercalar de Fomento: 1965-1967.

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 Direcção de Serviços de Turismo.


 Inauguração do Hotel Estoril Sol

1968 – Primavera Marcelista:


 Extinguiu a PIDE – Criação da DGS (Direcção Geral de Segurança).
 União Popular – Acção Nacional Popular.
 “Aligeirou” a acção da censura.

SNI – Secretaria de Estado da Informação e Turismo.


Comissariado do Turismo passa a Direcção-Geral de Turismo.

1968 – 1973 – III Plano do Fomento:


 Turismo: sector estratégico de crescimento económico. Algarve, Madeira e Tróia são
grandes centros de atracção turística.

O TURISMO NO CONTEXTO DA DEMOCRATIZAÇÃO DO LAZER:


Revolução do 25 de Abril – Derrube do Regime Militar de Salazar:
1975 – Criação da Secretaria de Estado do Turismo.

1976 – Criação do ENETUR: Empresa Nacional de Turismo, SA.

1975-80 – Degradação da Hotelaria devido aos retornados que se alojam em hotéis

1978 – Turismo de Habitação.

1979 – Centro de Formação Turística e Hotelaria – Instituto Nacional de Formação Turística


(InfTur).

ANOS 80 – Sistemas de Incentivos do Fundo de Turismo (SIFIT).


 Turismo em Espaço Rural (TER):
 Turismo de Habitação (casa com arquitectura e história).
 Turismo Rural (casa sem arquitectura e sem história).
 Agro Turismo (a pessoa ordenha a vaca, apanha as uvas, …).

1982 – Criação da Inspecção-Geral dos Jogos (IGJ).

1986 – Criado o Instituto de Promoção Turística (IPT).


 É decretado o Ano do Jubileu do Turismo Português, pois celebra-se 75 anos do
aparecimento do 1º organismo oficial de turismo nacional.
 Entrada na CEE

ANOS 90 – Incremento do Turismo Interno - Problemática do Ordenamento do território.

1990 – Ano Europeu do turismo.

1991 – ESHTE (Ensino Superior).

1992 – IPT - ICEP (trata da promoção turística interna e externa).

1993 – “Vá para dentro cá fora” / “Portugal, the thrill of discovery” / Escapadinha dos 3 dias
Símbolo do Turismo: José de Guimarães.

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1994 – Lisboa Capital Europeia de Cultura.

1995 – Criada a Confederação de Turismo Português (CTP).

1996 – Apresentado pela 1ª vez o IRT (Inventário de Recursos Turísticos).

1998 – Expo98 - Ocupou o 15º lugar no ranking mundial (11,2 milhões de turistas).

2001 – Porto Capital Europeia da Cultura.

2004 – Europeu de Futebol.

2007 – Criação do Turismo de Portugal, TP;


 Publicação do PENT (Plano Estratégico Nacional de Turismo).

Definindo o Turismo:
CONCEITOS – TURISTA, VISITANTE DO DIA, TURISMO:
1993 – Conferência de OTAVA, a Comissão de Estatísticas da ONU adoptou, por recomendação
da OMT (Organização Mundial de Turismo), as seguintes definições.

Visitante: é a toda a pessoa que se desloca a um local situado fora do seu ambiente habitual
durante um período inferior a 12 meses consecutivos e cujo motivo principal da visita é outro que não seja
o de exercer uma actividade remunerada no local visitado.
Turista: é todo o visitante que passa pelo menos uma noite num estabelecimento de alojamento
colectivo ou num alojamento privado no local visitado.
Visitante do dia (antigo excursionista): em substituição do termo “excursionista”, é todo o
visitante que não passa a noite no local visitado.

Factores “problema” para a sistematização e delimitação do conceito de visitante:


 Ambiente Habitual (que substitui residência habitual – definição de 1963).
 Duração da Permanência.
 Residência habitual ou não.
 De onde é originário o Pagamento.
 Actividade Remunerada ou não.
 Consumo Turístico.

DIFERENTES CONCEITOS DO TURISMO:


Herman Von Schullard (1910) – “Turismo é a soma das operações, principalmente de
natureza económica, que estão directamente relacionadas com a entrada, permanência e deslocação de
estrangeiros para dentro e para fora de um país, cidade ou região.”

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 Visão económica.
 Omite o Turismo Interno
 Foca a oferta e a procura.

Robert Glucksmann (1935) – “Nem é trânsito de pessoas ou expedição ou viagem, mas um


fenómeno social ligado às relações interpessoais e à comunicação humana.”
 Fenómeno Social.
 Procura.
 Visão muito estrita.
 Ida ao café é turismo?

Edmond Picard (1941) – “A função do Turismo é a importação de divisas pelos países. O seu
impacte reside no que as despesas do Turismo podem realizar para os diferentes sectores da economia,
e em particular para os donos e gerentes dos hotéis.”
 Visão Económica.
 Foca a oferta.
 Evidencia a hotelaria.

Walter Hunziker e Kurt Krapf (1942) – “Turismo é o complexo de relações e fenómenos


originados pela deslocação e permanência de pessoas fora do seu local habitual de residência, desde
que tais deslocações e permanências não sejam utilizadas para o exercício de uma actividade lucrativa
principal, permanente ou temporária.”
 Mais importante é a oferta.

Nettekoven (1972) – “Turismo é a soma de fenómenos sociais e económicos resultantes de


uma mudança de residência voluntária e temporária, tendo como objectivo a satisfação de necessidades
imateriais.”
 Procura.
 Motivação – descansar, relaxar
 Visões sociais e económicas.

Marc Boyer (1972) – “Acto de mobilidade para satisfazer, no âmbito do lazer, uma necessidade
cultural. Traço da cultura de massas, fenómeno de modernidade, oposto à cultura do livre.”
 Mobilidade – Deslocação.
 Tusrismo enquanto cultura

Goeldner e McIntosh (1986) – “O Turismo é a soma dos fenómenos e relações resultantes da


interacção entre turistas, empresários do sector turístico, autoridades locais e comunidades de
acolhimento. Turista é o indivíduo que viaja de local para local por razões extra-trabalho. Estabelece
relações do nível internacional ao nível local.”
 Integra o Turismo Interno
 Hospitalidade
 Procura (turistas) e Oferta (autoridades locais e comunidade de acolhimento).

Przeclawski (1992) – “A soma dos fenómenos respeitantes à mobilidade espacial, ligados a


uma mudança voluntária e temporal de lugar, ritmo de vida e de ambiente envolvendo contactos pessoais
com o ambiente (natural, cultural, social) visitado.”
 Procura.
 Deslocações.

CLASSIFICAÇÕES DE TURISMO:
Segundo a origem do visitante:

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 Turismo Doméstico ou Interno: resulta das deslocações dos residentes de um país, quer
tenham ou não a nacionalidade desse país, unicamente no interior do próprio país: os residentes em
Portugal que se deslocam dentro das fronteiras do país.
 Turismo Receptor (inbound tourism): abrange as viagens a um país por residentes noutro ou
noutros países, independentemente da nacionalidade que possuírem: inclui todas as visitas que os
residentes no estrangeiro efectuam em Portugal.
 Turismo Emissor (outbound tourism): é o turismo que respeita às viagens dos residentes num
dado país a outro ou outros países: abrange as visitas que, todos quantos residem em Portugal, efectuam
a qualquer país estrangeiro.
A partir destes, podem combinar-se entre si originando:
 Turismo Interior (interno + receptor): abrange o turismo realizado dentro das fronteiras de um
país, tanto por residentes como por não residentes: é a soma dos visitantes residentes em Portugal com
os visitantes residentes no estrangeiro nas suas deslocações dentro das fronteiras de Portugal.
 Turismo Nacional (interno + emissor): constituído pelos movimentos dos residentes num dado
país tanto no seu interior como noutro ou noutros países: é portanto, a soma das viagens que os
residentes em Portugal fazem no interior do país com aquelas que efectuam no estrangeiro.
 Turismo Internacional (emissor + receptor): abrange todas as deslocações que obrigam a
atravessar uma fronteira.

Segundo repercussões na Balança de Pagamentos:


 Turismo externo activo: quando dá origem à entrada de divisas.
 Turismo externo passivo: quando dá origem a uma saída de divisas.

Segundo a duração da Permanência:


 Turismo de Passagem: resulta das viagens realizadas apenas pelo período de tempo
necessário para se alcançar uma outra localidade ou país objectivo da viagem.
 Turismo de permanência: realizado numa localidade ou num país, objectivo da viagem, por
um período de tempo variável mas que é superior ao tempo que o visitante permanece em qualquer outro
local ou país visitado durante a viagem (destino principal).

Segundo o Grau de Liberdade Administrativa:


De acordo com a maior ou menor liberdade que os países concedem aos movimentos turísticos
podemos distinguir turismo dirigido ou condicionado e turismo livre, segundo as regulamentações
existentes nos países, quer emissores quer receptores, limitem a liberdade das deslocações dos turistas
ou lhes concedam liberdade de movimentos.

Segundo forma de organização da viagem:


 No turismo individual, a pessoa ou grupo no se integra, fixa o programa e o itinerário da
viagem que deseja realizar, escolhe o meio de transporte, reserva os meios de alojamento que elege e
estabelece a data em que pretende partir e regressar.
 No turismo colectivo ou de grupo os participantes na viagem limitam-se a adquirir uma
viagem previamente fixada que engloba o transporte, a transferência de aeroporto, o meio de alojamento
oferecido, visitas e alguma ou todas as refeições. A data da partida e de chegada bem como o itinerário
são fixados e não podem ser alterados à vontade do participante na viagem.

AS DIVERSAS ABORDAGENS DISCIPLINARES DO TURISMO:


 Abordagem Institucional: considera as várias instituições ou organizações que integram o
turismo e garantem a eficácia do seu desempenho, desde o Estado e seus órgãos locais e regionais às
agências de viagens.
 Abordagem Económica: dada a sua importância económica, o turismo é analisado em
relação à oferta, procura, balança de pagamentos, emprego, produção e desenvolvimento económico.
 Produz bens e serviços: transportes, alojamento, restauração, distracções, animação.
 Estimula a produção de bens não especificamente turísticos mas consumidos pelos
turistas directa (agricultura, artesanato) ou indirectamente (materiais de construção, mobiliário).

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INTRODUÇÃO AO TURISMO – Resumo l

 Cria empregos específicos (agências de viagens, hotelaria, restauração, transportes.


 Abordagem Social: estuda o comportamento dos indivíduos e o impacto do turismo na
sociedade. Esta abordagem examina as classes sociais, os hábitos, os costumes, os modos de vida e as
influências que sobre eles exerce o turismo.
 Abordagem Histórica: estuda e analisa o processo evolutivo relativo às actividades de
natureza turística e das instituições envolvidas.
 Abordagem Geográfica: o turismo é uma actividade espacial que abrange o universo e
depende fortemente do meio físico e dos fenómenos geográficos. Interessa, por isso, aos geógrafos que
estudam a localização, o ambiente, o clima, as paisagens, os recursos hidrológicos, os sistemas
orográficos, …
 Abordagem de gestão: foca as actividades de gestão necessárias para uma empresa
operar com eficácia tais como planeamento, a pesquisa, o marketing, os preços. Envolve ainda o estudo
dos vários produtos turísticos, como são produzidos, vendidos e consumidos.

CARÁCTER MULTIDISCIPLINAR DO TURISMO:


Aumento do n.º de estudos acerca do turismo.
Necessidade de recorrer a uma multiplicidade de saberes.
Disciplinas consideradas no Mundo disciplinar da OMT:
 Psicologia: auxilia a compreensão das motivações, as preferências e comportamentos dos
turistas, elementos indispensáveis para conceber a oferta, criar produtos, comercializá-los e, em
definitivo, escolher as estratégias oportunas.
 Antropologia: análise das condições socioeconómicas e culturais subjacentes à
necessidade humana de viajar, bem como os efeitos destas condições sobre o comportamento dos
visitantes, residentes e a interacção social decorrente.
 Sociologia: interessa-se pelo turismo enquanto fenómeno social que se desenvolve de
modo contínuo, pela emergência do turismo de massas, pela mudança dos destinos preferidos devido à
moda: concentra o seu estudo em certas variáveis como a nacionalidade, a formação, a idade, o sexo, …
que são fundamentais para a segmentação do mercado turístico.
 Economia: torna-se uma disciplina incontornável para estudar a actividade turística cujos
impactos económicos sobre os destinos ultrapassam a simples quantificação dos fluxos turísticos e os
seus efeitos sobre as balanças nacionais de pagamento.
 Gestão empresarial: a aquisição de competências em contabilidade, marketing, tomada de
decisões, vendas, …, é fundamental para a competitividade das empresas turísticas.
 Geografia: permite analisar o turismo sob uma perspectiva espacial que integra a
distribuição regional, nacional ou internacional dos mercados turísticos, a localização dos centros
turísticos, …
 Direito: mundialização crescente da economia e a complexidade acrescida das relações
exigem a aproximação das diversas legislações nacionais e uma maior atenção à protecção dos turistas
consumidores, …
 Ecologia: debruça-se sobre a capacidade de regeneração dos recursos, sobre o seu
esgotamento, sobre a conveniência da sua utilização para o turismo.
 Estatística: representa uma técnica instrumental de apoio à pesquisa e ao estudo de outras
matérias como a economia, a psicologia, a sociologia, …
 Educação: detecção das noções fundamentais para a formação de base do turismo, da
concepção do grau de especialização necessária, do ajustamento dos cursos e dos planos de estudos às
alterações perpétuas do ambiente.

ESTATÍSTICAS – SÉRIES NACIONAIS:


 Visitantes em Portugal (27 milhões):
– Espanha (+/- 75%).
– Reino Unido (+/- 8%).
– Alemanha (+/- 4%).
– Holanda (+/- 2%).
 Proveniências principais dos turistas estrangeiros em Portugal (12 milhões):

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– Espanha (+/- 50%).


– Reino Unido (+/- 15%).
– Alemanha (+/- 7%).
– França (+/- 7%).
– Holanda (+/- 4%).
 Excursionistas: Espanha (+/- 98%).
 Dormidas na Hotelaria:
– Reino Unido (+/- 20%).
– Alemanha (+/- 12%).
– Espanha (+/- 6%).

SISTEMA TURÍSTICO:
Um sistema é um conjunto de elementos inter-relacionados, coordenados de forma unificada e
organizada, para alcançar determinados objectivos. O Turismo é um sistema, ou seja, é um conjunto de
elementos que estabelecem conexões interdependentes entre si de carácter funcional e espacial como
sejam as zonas de proveniência dos visitantes (emissoras), as zonas de destino (receptoras), as rotas de
trânsito e todas as actividades que produzem os bens e serviços turísticos (actividade turística). Sendo
assim, temos como protagonistas deste sistema os turistas.
O turismo é a soma de relações, de fenómenos, resultantes da interacção dos protagonistas, ou
seja, uma alteração a qualquer nível propaga-se por todo o sistema:
 Ao nível ambiental.
 Ao nível político. Procura (Sujeito):
 Ao nível social. Visitante
 Ao nível cultural. Determinações, condicionantes e
 Ao nível económico. motivações sociais, económicas e
culturais que o levam ao turismo.
 Ao nível tecnológico. Oferta (Objecto):
 Ao nível jurídico-institucional. Destinos
 Ao nível sanitário. As intervenções humanas que levam lá
as pessoas, as acolhem e fazem ficar
 Ao nível educativo e científico.

Interacção Sistémica:
 Actores e Protagonistas (comunidade de Acolhimento, Turista, Empresário, autoridades
locais, centrais e internacionais).
 Lógicas e determinações sociais, culturais, económica, ambientais.
 Nível de decisão (local vs. Global).
 Funções preenchidas pelo turismo.
 Equipamentos e infra- estruturas e
componentes dos recursos turísticos.

Impacte do Turismo (a partir da Procura


Turística)

As grandes Componentes da Oferta Turística:


CONCEITO E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
Oferta Turística é o conjunto de todas as facilidades, bens e serviços adquiridos ou utilizados
pelos visitantes bem como todos aqueles que foram criados com o fim de satisfazer as suas

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INTRODUÇÃO AO TURISMO – Resumo l

necessidades e postos à sua disposição e ainda os elementos naturais ou culturais que concorrem para a
sua deslocação.
 Os bens produzidos não podem ser armazenados : todos os bens e serviços turísticos
são produzidos para o momento em que são consumidos não podendo ser armazenados para momentos
posteriores. Não há a possibilidade de constituir stocks.
 O consumo turístico é condicionado pela presença do cliente: para haver produção é
preciso que o cliente se desloque ao local onde ela se realiza. É este que se desloca para onde os bens e
serviços turísticos são produzidos e não o contrário.
 Simultaneidade da produção e do consumo: só existe produção turística quando existe
consumo.
 A oferta turística é imóvel: não há possibilidade de deslocar a oferta turística para outro
local.
 O produto turístico é compósito: qualquer viagem comporta necessariamente um conjunto
mínimo de bens e serviços (transporte, alojamento e alimentação).
 Intangibilidade: os produtos turísticos são imateriais apenas podendo ser observados e
experimentados no acto de consumo não podendo ser testados, nem observados, a não ser por fotos,
antes da decisão de compra.
 Endógena: ligação entre os recursos, principalmente, internos, e características dos locais.
 Integração Espacial: todos os factores ambientais e sociais que permitem a integração em
determinado local.

GRANDES COMPONENTES:
Componente Primária:
 Recursos Turísticos (naturais ou criados pelo homem): constituem a componente
fundamental da oferta. Os elementos básicos incluídos nesta categoria são, por um lado, o clima, a flora e
a fauna, a paisagem, as praias e as montanhas que se incluem nos recursos naturais e, por outro, a arte,
a história, os monumentos, os parques temáticos, que se incluem nos recursos criados pelo Homem.
 Hidromo: todo o elemento de atracção relacionado com a água.
 Fitomo: elemento natural associado à terra (clima, paisagem, relevo).
 Litomo: todo o elemento construído pelo homem que tenha interesse pela sua natureza
ou pelo uso que está destinado (monumentos, arquitectura antiga/recente).
 Antropomo: o elemento fundamental é o homem (hábitos, tradições, costumes).
 Mnemono: relativo à memória e que provocam deslocações turísticas pela recordações
ou memórias ligadas a determinados locais.
Características dos recursos naturais mais favoráveis ao desenvolvimento de actividades
turísticas:
 Possibilidade Multi-Uso.
 Localização.
 Equilíbrio da sua Utilização.
 Facilidade de Acesso.
Componente Secundária:
 Actividades (negócios) recreativas e de animação: negócios primários (transportes,
organização de viagens, alojamento/Catering, atracções turísticas), negócios secundários (compras a
Retalho, bancos e seguros, entretenimento e lazer, excursões, serviços pessoais, agências noticiosas,
limpeza, cabeleireiros), negócios terciários ou serviços de suporte aos negócios turísticos (serviços
públicos, publicidade e imprensa, alimentos e combustíveis, manufacturas e grossistas, infra-estruturas e
equipamentos para o Turismo).
 Atracções: parques temáticos, museus, parques nacionais, centros históricos e
arqueológicos, actividades desportivas, balneários terapêuticos e termais, grutas.
 Transportes: companhias aéreas, caminhos-de-ferro, transportes rodoviários, aluguer de
automóveis.
 Alojamento: hotelaria, apartamentos, aldeamentos, caravanismo, aldeias de férias,
campismo.
 Alimentação e Bebidas: restaurantes, bares, cervejarias, cafetarias.

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 Recreio e desporto: golfe, discotecas, ténis, parques aquáticos, piscinas, espectáculos,


mergulho, pesca.
 Mistas: cruzeiros marítimos e fluviais, marinas e portos de recreio, excursões.
 Organização de Viagens: operadores turísticos, agências de viagens, organização de
conferências, reservas.
 Administração e Informação: organismos oficiais de turismo, associações, órgãos locais e
regionais de turismo.

 Alojamento: Decreto-Lei n.º39/2008 de 7 de Março


 Alojamento local.
 Empreendimento Turístico:
 Estabelecimentos Hoteleiros:
 Hotéis: atendendo à sua localização, qualidade das suas instalações, dos
equipamentos e mobiliário e dos serviços que ofereçam, os hotéis podem ser classificados nas categorias
de 1,2,3,4,5 estrelas.
 Hotéis-apartamentos: igual aos hotéis.
 Pensões: atende apenas à qualidade das suas instalações, do seu equipamento,
mobiliário e serviços que ofereçam. Classificadas nas categorias de albergaria de 1ª, 2ª ou 3ª.
 Estalagens: são estabelecimentos hoteleiros que, pelas suas características
arquitectónicas, estilo de mobiliário e serviço prestado estejam integrados na arquitectura regional e
disponham de zona verde, classificando-se em 5 a 4 estrelas.
 Motéis: estabelecimentos situados fora dos centros urbanos e na proximidade das
estradas, constituídos por unidades de alojamento independentes, classificando-se em 3 a 2 estrelas.
 Pousadas: estabelecimentos explorados pela ENATUR. Imóveis classificados
como monumentos nacionais, de interesse público ou regional, …
 Aldeamentos Turísticos: estabelecimentos de alojamento turístico constituídos por um
conjunto de instalações funcionalmente independentes com expressão arquitectónica homogénea,
situados num espaço delimitado e sem soluções de continuidade, que se destinem a proporcionar,
mediante remuneração, alojamento e outros serviços complementares e de apoio a turistas.
 Apartamentos Turísticos: estabelecimentos constituídos por fracções de edifícios
independentes, mobilados e equipados, que se destinam habitualmente a proporcionar, mediante
remuneração, alojamento a turista.
 Conjuntos Turísticos (Resorts).
 Empreendimentos de Turismo de Habitação.
 Empreendimentos de Turismo no Espaço Rural:
 Turismo de Habitação (casas antigas representativas de época).
 Turismo Rural (serviço familiar em casa rústicas)
 Agro-Turismo (serviço familiar em casa inseridas em explorações agrícolas)
 Turismo de Aldeia (min. de 5 casas situadas numa aldeia))
 Casas de Campo (casas particulares em zonas rurais)
 Hotéis Rurais (hotel pequeno e c/ características do meio rural)
 Parques de Campismo no Espaço Rural: terrenos, devidamente demarcados durante
o período de funcionamento, destinados permanente ou temporariamente à instalação de acampamentos,
integrados ou não em explorações agrícolas, com áreas que não podem ultrapassar os 5000m2.
 Parques de Campismo e de Caravanismo: empreendimentos instalados em terrenos
devidamente delimitados e dotados de estruturas destinadas a permitir a instalação de tendas, reboques,
caravanas, e outros materiais e equipamentos necessários à prática de campismo, mediante
remuneração, abertos ao público em geral. Classificam-se de 4 a 1 estrelas.
 Empreendimentos de Turismo de Natureza

 Restauração – Estabelecimentos de Restauração e Bebidas: Decreto-Lei n.º234/2007 de 19


de Junho
 Estabelecimentos de Restauração: destinados a proporcionar, mediante remuneração,
refeições e bebidas no próprio estabelecimento ou fora dele e abrangem os restaurantes, as

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marisqueiras, casas de pasto, pizzarias, snack-bares, self-services, eat-drivers, take-away ou fast-food. O


serviço neles prestado consiste essencialmente na confecção e fornecimento de refeições.
 Estabelecimentos de Bebidas: destinados a proporcionar, mediante remuneração,
bebidas e serviços de cafetaria para consumo no estabelecimento ou fora dele, podendo usar as
designações de bar, cervejaria, café, pastelaria, confeitaria, geladaria, boutique de pão quente, cafetaria,
casa de chá, pub ou taberna. O serviço prestado nestes estabelecimentos consiste no fornecimento de
bebidas feito directamente aos utentes.
 Quando estes dois tipos de estabelecimentos disponham de sala ou espaços
destinados a dança podem possuir denominações como: clube nocturno, boite, night-club, cabaret,
dancing.

 Infra-estruturas básicas e de apoio: consistem nas construções subterrâneas e de superfície


tais como os sistemas de abastecimento de águas, sistemas de esgotos, gás e electricidade, sistemas de
drenagem, estradas, aeroportos, parques de estacionamento, marinas, facilidades de transporte. As infra-
estruturas são fundamentais para o sucesso e equilíbrio do desenvolvimento do turismo mas exigem
investimentos vultosos. No entanto, é preferível ter um desenvolvimento lento e equilibrado, se não for
possível construir infra-estruturas, a ter um desenvolvimento turístico acelerado sem infra-estruturas
adequadas o que criará desequilíbrios que, mais tarde, podem colocar problemas de sobrevivência dos
destinos.

 Acessibilidade e transporte:
 Aéreo: voos regulares, não regulares, de baixo custo, fretados.
 Marítimo: para passagem por exemplo de uma margem para outra de um rio, ou
realização de cruzeiros e viagens fluviais.
 Rodoviário:
 Automóvel: flexibilidade, liberdade e economia.
 Autocarro: em linhas regulares, no interior dos centros urbanos e ligações
interurbanas; integrados em pacotes turísticos na realização de viagens; transferência entre os terminais
de chegada e de partida e entre hotéis e locais de atracção turística; aluguer para viagens previamente
programadas.
 Ferroviário: único não poluente, visto que é eléctrico.

Hospitalidade:
O espírito de hospitalidade, a cortesia, a deferência, o desejo de bem servir, bem como a
atmosfera, a limpeza, a informação e as condições criadas para receber bem os visitantes, constituem
uma componente importante da procura turística. O desenvolvimento da hospitalidade é um dos mais
importantes factores do turismo e que tornam um destino mais atractivo. A atitude favorável em relação
aos visitantes pode ser criada e desenvolvida mediante programas de informação pública e de
propaganda tais como: “O sol da nossa simpatia”, “Portugal de braços abertos”, “O turismo é o pão e a
sua manteiga” realçando-se, por um lado, as atitudes que favorecem a relação com os visitantes, por
outro, a importância que o turismo tem na vida dos residentes.

Tipologias de Turismo – a diversificação dos produtos Turísticos:


TIPOLOGIA CLÁSSICA:
Turismo Balnear
 Também denominado Sol & Praia
 O segmento Sol & Praia compreende o Turismo de Lazer/descanso em resorts e hotéis e
empreendimentos de praia e exclui os desportos/actividades aquáticas e subaquáticas (os quais estão
integrados no segmento de Turismo de Desporto), ou seja, estamos perante uma noção de Sol & Praia,
diferente de um conceito mais abrangente de Sol & mar.
 Neste segmento são identificados pela OMT dois grandes tipos de mercados: um baseado
num resort/hotel e outro em que o destino praia aparece inserido num circuito turístico. Este segundo tipo
inclui segmentos especialistas, em que o determinante é o conjunto dos atributos do destino.

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Turismo Rural
 “Turismo em espaço rural” é a seguinte: conjunto de actividades e serviços realizados e
prestados mediante remuneração em zonas rurais, segundo diversas modalidades de hospedagem, de
actividades e serviços complementares de animação e diversão turística, tendo em vista a oferta de um
produto turístico completo e diversificado no espaço rural. Compreende os serviços de hospedagem
prestados nas modalidades de:
 “Turismo de habitação”,
 “Turismo rural”,
 “Agro-turismo”
 “Casas de campo”
 “Turismo de aldeia”
 “Hotéis rurais”.
 Neste tipo de Turismo, a cultura rural é a componente-chave do produto a oferecer e o factor
diferenciador é permitir ao turista um contacto personalizado com o ambiente humano e físico em
espaços rurais e a participação em actividades, tradições e lifestyles da população rural.

Turismo de Negócios
 Conceito: “todos os visitantes que se deslocam para fora do seu ambiente habitual, por um
período inferior a um ano, por razões profissionais ou motivos de negócios e não exercendo qualquer
actividade remunerada no local visitado”. As viagens por motivo de Negócios compreendem as seguintes
actividades:
 “Incentive Travel”.
 Congressos e Conferências, Feiras e Exibições para profissionais.
 Negócios.
 Ao segmento de Turismo de Negócios correspondem, assim, diversos produtos
nomeadamente:
 Reuniões, Conferências, Congressos e Seminários
 Viagens de Incentivo
 Feiras e Exposições
 Viagens de Executivos (Executive Travel)
 Note-se que muitas vezes, e crescentemente, esses produtos aparecem interligados. Por
exemplo, o produto Conferências, Congressos e Seminários está cada vez mais ligado a Viagens de
Incentivo e a viagens individuais de negócio.

Turismo Ecológico
 A definição de “ecoturismo” da Ecotourism Society é a de “turismo consciente”, no sentido da
conservação dos ambientes naturais e da sustentação do bem-estar das populações locais.
 Este segmento de Ecoturismo e Natureza pode incluir vários produtos turísticos,
nomeadamente natured-based travel, viagens ambientais e ecológicas, expedições científicas, trocas
culturais, estudo de línguas, reality tours, earth restoration projects, wildlife safari tours (que incluem
birdwacthing, ver golfinhos, elephant trekking, gorilla safaris, polar-bear watching, wolf watching...).

Turismo Religioso
 Neste tipo de Turismo a motivação principal da deslocação/estadia é o culto, a fé e a visita a
lugares directamente relacionados ou espirituais. Compreende a procura de um Turismo com uma
conotação espiritual e propiciadora de uma viagem interior e rejuvenescimento espiritual, que permita
compensar a aparente falta de sentido da nossa vida quotidiana nos tempos actuais de grande
consumismo e stress.
 Fronteira entre Turismo Religioso e Turismo Cultural (muitas vezes as pessoas visitam locais
religiosos não por eles serem religiosos, mas pelo seu carácter único)
 Vários estudos sobre T.Religioso sublinham que este Turismo pode abranger 3 vertentes:

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 uma primeira vertente mais espiritual, muito identificada com as peregrinações, em que a
motivação principal da deslocação/estadia é a fé e os lugares directamente relacionados,
chamados santuários (“lugar por excelência da proximidade de Deus);
 uma outra vertente de “Turismo em lugares religiosos e Turismo de objectos religiosos”,
ou seja, uma vertente mais cultural do Turismo Religioso, em que a razão principal das visitas
“não é geralmente conhecer o objecto religioso como tal, mas como um produto da cultura
humana, i.e., é uma abordagem sociológica de “acesso à cultura emanada das grandes
religiões;
 uma categoria intermédia, em que face à primeira a componente religiosa é menor e em
que a peregrinação é sobretudo o pretexto para fazer turismo, i.e., visitar lugares e
monumentos que de outra forma não se visitariam; nesta categoria o Turismo Religioso pode-
se definir como “um complemento do cultural e do espiritual que dá lugar a uma interacção
valorizante para o homem.

Turismo Cultural
 O Turismo Cultural compreende os eventos, as actividades e as experiências culturais; supõe
a imersão e/ou a apreciação das áreas, estilos de vida das populações locais e tudo o que lhes confere
identidade e carácter.
 De entre o conjunto de produtos de Turismo Cultural destacam-se os ligados a city breaks e
short breaks de viagens a locais de interesse histórico-cultural, como cidades/vilas, museus e
monumentos históricos (incluindo a locais Património Mundial da UNESCO), bem como a núcleos
museológicos contemporâneos e de Turismo Industrial (aproveitamento de minas e unidades produtivas).

Turismo de Saúde e Bem-Estar:


 O turismo de saúde e bem-estar, físico e psicológico, responde a uma preocupação nova nas
sociedades pós-modernas, urbanas, sedentárias, envelhecidas, feminizadas, obesas, reumáticas, com
muitas alergias, fobias, devidas a insuficiente qualidade de vida, pelas condições ambientais envolventes
e pelos modos de vida e o forte imobilismo: objectivos de cura e também de prevenção da doença, nos
centros de termalismo, de termoludismo, de talassoterapia, mas que alguns autores alargam a estações
balneares e a todos os spas trabalhando com águas não termais nem marinhas; para o que se oferecem
outros ambientes, dietas, exercícios físicos, tratamentos diversos e medicinas alternativas conjugadas
com ambientes e práticas de ecoturismo e até esotarismo e astrologia.

Turismo Desportivo
 Turismo de Desporto é definido pela OMT como a participação activa ou passiva (como
espectador) em desporto competitivo ou recreativo. O desporto é a motivação principal para a deslocação
e o destino é escolhido pelas suas qualidades intrínsecas para a prática do desporto, embora o elemento
turístico possa estar incluído e reforçar a experiência.
 Este segmento inclui os seguintes tipos de desporto e produtos:
 Golfe
 Desportos náuticos
 Caminhada, treking, biking
 Ténis e outros desportos passivos de bola
 Caça e pesca
 Desportos aquáticos/subaquáticos (mergulho e outras actividades aquáticas, como surf,
viagens em submarinos, etc.)
 Desportos de Inverno (sobretudo esqui, mas também snowboard...).

Turismo de Aventura e Radical


 O Turismo de Aventura é definido pela OMT como a participação em actividades que
envolvem tipicamente (mas não necessariamente) esforço físico. Compreende dois grandes tipos:
 hard adventure: actividades no exterior com carácter único e extraordinário e transporte
a pé; inclui nomeadamente produtos como escalada, montanhismo, slide, rafting em rápidos
difíceis;

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 soft adventure: utilização de meios mecânicos no transporte e melhores condições de


alojamento; inclui produtos como, por exemplo, canoagem, bird
 watching, passeios de bicicleta e em balões de ar quente.

A TIPOLOGIA DE DAVIDSON
Branco
 Associado à prática de desportos de Inverno e a todas as actividades turísticas ligadas à
neve
Verde
 Definido como as actividades turísticas praticadas em espaço rural
 .considera que o turismo verde está intimamente relacionado com o turismo alternativo e
propõe seis tipologias: .turismo alternativo, turismo responsável, turismo discreto, ecoturismo, turismo
sustentável, turismo suave
 .Davidson reconhece que as diferenças são praticamente inexistentes e “indicam sobretudo
diferenças entre o turismo de massas convencional e o movimento que se lhe apresenta como uma
alternativa” – a demanda do bom turista, respeitador dos seres e dos sítios.

Azul
 Relacionado com as actividades turísticas balneares

Luzes
 Actividades turísticas que têm lugar nas cidades de pequena e média dimensão

A TIPOLOGIA DE PRZECLAWSKI
 Contacto com a cultura, natureza e pessoas
 2- Como lazer e divertimento
 3- Como tratamento de saúde
 4- Como forma de educação
 5- Por motivos de negócios
 6- Por motivos religiosos
 7- Como forma de criatividade
 8- Por razões familiares
 9- Como desinibidor
 10- Induzido pela publicidade

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