Disciplina: Politica Social na Ordem do Capital Discentes: Brenda Cristina de Carvalho João Vitor Gomes Professora: Jussara de Cássia Soares Lopes
O financiamento da Seguridade Social no Brasil no Período
1999 a 2004: Quem Paga a Conta?
A seguridade social é um sistema de proteção social, que engloba três
politicas: a previdência social, a saúde e a assistência social. Implementada durante o período de redemocratização, tornando-se umas das principais conquista socias da Constituição Federal de 1988, fruto da luta dos movimentos sociais. Esse modelo instituído no Brasil, a partir do século xx é baseado no modelo Bismarckiano alemão, que tinha por objetivo garantir maior segurança ao trabalhador assalariado e a sua família em caso de perda da capacidade laborativa, ou seja, assegurar renda aos trabalhadores em momentos de riscos sociais.
No texto, ‘’o financiamento da seguridade da Seguridade Social no Brasil
no Período 1999 a 2004: Quem paga a conta?’’ aponta que, a carga tributária do financiamento da Seguridade Social tem caráter regressivo e não progressivo. Um tributo é regressivo à medida que tem uma relação inversa no nível de renda do contribuinte. A regressão ocorre porque penaliza mais os contribuintes de menor poder aquisitivo. A seguridade social é financiada indiretamente por seus próprios beneficiários. Portanto, a seguridade social não está contribuindo para a redistribuição de renda.
No Brasil, a seguridade enfrenta dificuldades desde seu nascimento. A
finalidade principal do orçamento da seguridade era para ser revertido em ações de previdência, saúde e assistência social. Porém, a realidade é outra, a área da assistência foi virtualmente eliminada, a saúde imprensada, de um lado pelo Orçamento Geral da União e, de outro, pelo Ministério da Previdência. A desconstrução da ideia de seguridade social e do seu orçamento já começou já nos primeiros anos de 1990, quando a legislação que regulamentou a seguridade traçou rumos da separação das três politicas, com leis especificas, para a saúde, previdência e assistência social. Politicas de seguridade social no Brasil se tornaram gradativamente discriminadas.
O orçamento da seguridade social, conforme definido na CF/1988, é
superavitário e não só o suficiente para cobrir as despesas com os direitos já previstos, como poderá permitir sua ampliação. Se isso não se efetiva, é porque a arrecadação que seria destinada a políticas sociais passam a ser empregadas como pagamento de dividas externas. O Estado está sempre pronto para atender o grande capital mas ausente para atender aos cidadãos.
E quem paga a conta? a classe trabalhadora, as pessoas de menor poder
aquisitivo, porque além da carga tributária ser regressiva, quando as pessoas precisam acessar as políticas socias elas não conseguem, em detrimento de outros setores que o Estado está sempre apoiando. A população além de continuar ser explorada e vitimas da mais-valia, não consegue acessar aquilo que é seu de direito.