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Tutoriais de Pesquisa I

Profa. Dra. Maria de Lourdes de Melo Pinto.


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Sumário

Tutorial de referência bibliográfica geral .3


Tutorial de referência bibliográfica de capítulo .6
Tutorial de referência da internet .8
Tutorial de referência de filme .10

Tutorial de referência de jornal .12


Tutorial de referência de artigo ou matéria de revista .14
Tutorial de referência de autor desconhecido .16
Tutorial de referência de legislação .18
Tutorial de citação de citação .20
Tutorial de citação direta .22

Tutorial de citação indireta .24


Tutorial de fichamento .25
Tutorial de resumo .28
Tutorial de resenha .31

Tutorial de resumo de texto científico .33


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 Tutorial de referência bibliográfica geral

O que é referência bibliográfica?

Referência bibliográfica é um grupo de elementos de uma obra escrita que permite sua
identificação. Os dados que são necessários para a elaboração da referência são: autor, título,
subtítulo (se houver), edição, local, editora e ano.

Exemplo:

KOSIK, Karel. Dialética do concreto . 7.ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1976.

Encontrando os dados:

FAUNDEZ, Antonio; FREIRE, Paulo. Por uma pedagogia da pergunta . Rio de Janeiro: Paz e terra, 1985.
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Modelo de referência bibliográfica:

SOBRENOME, Prenome abreviado. Título: subtítulo (se houver). Edição (se houver). Local de
publicação: Editora, data de publicação da obra. Nº de páginas.

Algumas variações:

1. Se houver dois ou três autores na sua referência, os nomes deverão ser separados por ponto-
e-vírgula seguido por espaço. Exemplo:

FAUNDEZ, Antonio; FREIRE, Paulo. Por uma pedagogia da pergunta . Rio de Janeiro: Paz e terra, 1985.

2. Quando houver mais de três autores, escreva o nome apenas do primeiro usando em seguida
a expressão latina et al. Exemplo:

BRITO, Edson Vianna et al. Imposto de renda das pessoas físicas: livro prático de consulta
diária. 6. ed. São Paulo: Frase Editora, 1996.

3. Os títulos e subtítulos deverão ser separados por dois pontos. Título em negrito,sublinhado
ou em itálico. Exemplo:

FOUCAULT, M. História da sexualidade: a vontade de saber. 3. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1980.

4. Quando houver indicação de edição, esta deve ser transcrita, utilizando-se a abreviatura dos
numerais e da palavra “edição” (ed.). Exemplo:

SILVA, A. C. P. Psiquiatria clínica e forense. 2. ed. São Paulo: Renascença,1951.

5. Deverá ser indicado na referência o local da publicação, quando este não constar, utiliza-se a
abreviação da expressão sineloco [S. l.]. Exemplo:

PFROMM NETO, S. Psicologia: introdução e guia de estudo. 2. ed. São Paulo: EPU, 1990.

Ou

CEBOLA, L. Grandes crises do homem: ensaio de psicopatologia. [S. l.]: Temp, 1945.
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6. A editora também deverá constar na referência, quando não for identificada, utiliza-se a
expressão sine nomine abreviada [S. n.]. Exemplo:

BUSH, C. A. A música e a terapia das imagens : caminhos para o eu interior. São Paulo: Cultrix, 1995.

Ou

PETES, L. H. Administração e sociedade. São Paulo: [S.n.], 1975.

7. A data da publicação deve ser indicada sempre em algarismos arábicos. Por se tratar de um
elemento essencial na referência, quando não constar no documento a data da publicação,
deve ser indicada uma data, seja da impressão, do copyright ou outra. Exemplo:

AZEVEDO, M. A.; GUERRA, V. N. A. Mania de bater: punição corporal doméstica de crianças e


adolescentes no Brasil. São Paulo: Iglu, 2001.

Exemplos de referências:

CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2003.

REIGOTA, Marcos. Meio ambiente e representação social. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

FALCON, Francisco. História cultural: uma visão sobre a sociedade e a cultura. Rio de Janeiro:
Campus, 2002.
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 Tutorial de referência bibliográfica de capítulo

Referência de capítulo

Deve-se apontar, na referência bibliográfica, o capítulo do livro que foi consultado, caso não
tenha sido realizada a leitura completa da fonte. Existem duas situações para a organização de
referência incluindo o capítulo, a saber: uma é quando o autor do capítulo e do livro são as mesmas
pessoas e outra quando o autor do capítulo é diferente do autor do livro.

Exemplo de autor do capítulo e do livro sendo a mesma pessoa:

BANKS-LEITE, L. As questões lingüísticas na obra de Piaget: apontamentos para


uma reflexão crítica. In: ________. (org.). Percursos piagetianos. São Paulo:
Cortez, 1997. p. 207-223.

Exemplo de autor do capítulo sendo diferente do autor do livro:

GIANNOTTI, A. Psicologia nas instituições médicas e hospitalares. In: OLIVEIRA, M.


F. P.; ISMAEL, M. C. (org.). Rumos da psicologia hospitalar em cardiologia.
Campinas: Papirus, 1996. p. 14-28.

Modelos de referência bibliográfica de capítulo

Exemplo de autor do capítulo e do livro sendo a mesma pessoa:

SOBRENOME, PRENOME abreviado do autor do capítulo. Título: subtítulo (se


houver) do capítulo. In: ______. (tipo de participação do autor na obra, org(s), ed(s)
etc. se houver). Título do livro: subtítulo do livro (se houver). Local de publicação:
Editora, data de publicação. paginação referente ao capítulo.

Exemplo de autor do capítulo sendo diferente do autor do livro:

SOBRENOME, PRENOME abreviado do autor do capítulo. Título: subtítulo (se


houver) do capítulo. In: AUTOR DO LIVRO (tipo de participação do autor na obra,
org(s), ed(s) etc. se houver). Título do livro: subtítulo do livro (se houver). Local de
publicação: Editora, data de publicação. paginação referente ao capítulo.
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Encontrando os dados:

DUARTE, Luis Fernando Dias. Classificação e valor na reflexão sobre identidade


social. In: CARDOSO, Ruth (org.). A aventura antropológica: teoria e pesquisa. 4. ed.
Rio de Janeiro: Paz e terra, 1986. p. 69-92.

Exemplo de referência:

MORIN, Edgar. Os princípios do conhecimento pertinente. In: ______. Os sete


saberes necessários à educação do futuro. 2. ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF:
UNESCO, 2000. p. 35-43.

Observações:

O destaque (negrito, itálico, sublinhado) será sempre para o título do livro, não para o título
do capítulo. Quando se referenciam várias obras do mesmo autor, substitui-se o nome do autor por
um traço equivalente a seis espaços.
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 Tutorial de referência de internet

Referência de internet

Os elementos essenciais para a referência de documentos publicados em meios eletrônicos


são quase os mesmos das referências de documentos impressos. Quando se trata de obras
consultadas online, são essenciais as informações como: o autor, o título, o endereço eletrônico, a
data de acesso e o número das páginas que leu da publicação.

Exemplos de referências de internet:

SOUSA, Rainer Gonçalves. Os jesuítas no Brasil. Disponível em


http://www.mundoeducacao.com/historiadobrasil/os-jesuitas-no-brasil.htm,
acesso em 6 set. 2015. p. 1-3.

Modelos de referência bibliográfica de internet

SOBRENOME, Prenome abreviado. Título da publicação: subtítulo (se


houver). Disponível em link, acesso em dia mês.(apenas as primeiras 3 letras,
exceto maio) ano. p. X-Y.

Outros exemplos de referências:

PACIEVITCH, Thais. Teoria Cognitiva. Disponível em


http://www.infoescola.com/educacao/teoria-cognitiva/, acesso em 6 set. 2015. p.
1-3.

RESENTE, Muriel Lemes Moreira. Vygotsky: um olhar socio-interacionista do


desenvolvimento da língua escrita. Disponível em
http://www.profala.com/artpsico108.htm, acesso em 6 set. 2015. p. 1-6.

Observações:

O termo “Referência bibliográfica” só será utilizado se a pesquisa for elaborada por meio de
fontes bibliográficas físicas (livro, revista, almanaque); caso contrário, deverá ser utilizado o termo
“Referência”. Se for utilizado mais que um material de estudo, o termo passa a ser “Referências
bibliográficas” ou “Referências”.
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Encontrando os dados:

FERRARI, Márcio. Howard Gardner, o cientista das inteligências múltiplas.


Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/formacao/cientista-inteligencias-
multiplas-423312.shtml, acesso em 6 set. 2015. p. 1-3.

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 Tutorial de referência de filme

Referência de filmes

Os elementos essenciais para a referência de filmes são diferentes dos que, geralmente,
utilizamos para a elaboração de referências de fontes físicas. Quando se trata de filmes, curtas,
médias ou longas metragens são essenciais informações como: diretores, produtores, título do filme,
local, produtora, ano, duração e descrição.

Exemplos de referência de filme:

SCOTT, Ridley; DEELEY, Michael. Blade Runner. [Filme-vídeo]. Produção de


Michael Deeley, direção de Ridley Scott. Los Angeles: Warner Bros, 1991.
117min. color. son.

Modelos de referência bibliográfica de filme

SOBRENOME, PRENOME(s) dos produtores e diretores. Título: subtítulo (se


houver). [Filme-vídeo]. Produção de Nome do Produtor, direção de Nome do
diretor. Local: produtora, ano. Duração do filme. Descrição do tipo. son.

Outros exemplos de referências:

CAPOVILLA, F. C.; GUIDI, M. A. A. Recursos de hardware para análise


experimental do comportamento humano. [Filme-vídeo]. Produção de
Fernando César Capovilla, direção de Mário Arturo Guidi. São Paulo: Instituto
de Psicologia da Universidade de São Paulo, 1990. 22 min. color. son.

WASHINGTON, Denzel; BLACK Todd et al. O grande desafio. [Filme-vídeo].


Produção de Todd Black; Kate Forte; Joe Roth; Oprah Winfrey, direção de
Denzel Washington. Estados Unidos: Marshall Production, 2007. 126min. color.
son.
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Encontrando os dados:

FINCHER, David; BELL, Art et al. Clube da luta. Produção de ArtLinson;


CeanChaffin; Ross Bell, direção de David Fincher. Estados Unidos: Fox 2000
pictures, 1999. 139min. color. son.
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 Tutorial de referência de jornal

Referência de jornal

Ao utilizar jornal para trabalhos acadêmicos, devemos acrescentar a referência do artigo


consultado. Os elementos essenciais para a referência de jornal são: autor do artigo, título, subtítulo
(se houver), nome do jornal, local da publicação, página e data de publicação do jornal com o mês
abreviado.

Exemplos de referência de jornal:

ADES, C. Os animais também pensam: e têm consciência. Jornal da Tarde. São


Paulo. 15 abr. 2001. p. 4D.

Modelos de referência bibliográfica de artigos de jornal

SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo (se houver). Nome do jornal. Local de


publicação. Data de publicação do jornal com o mês abreviado. página.

Outros exemplos de referências de jornal:

DANTAS, Heracles. Juiza afirma que candidato do PT fraudou SUS e cobrou por
atendimento fantasma. O jornal de hoje. Rio Grande do Norte. 09 ago. 2012. p. 5.

MOREIRA, Antonio. Jovens no Estado ganham mais. In A tribuna. Espirito Santo.


30 set. 2008. p. 25.
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Encontrando os dados:

KNEBEL, Patricia. Instrutores capacitam usuários de celulares: apenas 20% das


funcionalidades dos smartphones são utilizadas. Jornal do comércio . Porto
Alegre. 23 jun. 2009. p. 14.
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 Tutorial de referência de artigo ou matéria de revista

Referência de artigo ou matéria de revista

Revistas também poderão ser utilizadas em trabalhos acadêmicos, com isso deve-se elaborar
a referência conforme a ABNT. Os elementos essenciais para a referência de revista consistem em
elementos como: autores, título da matéria, subtítulo (se houver), nome da revista, volume (se
houver), número (se houver), mês e ano de publicação e páginas.

Exemplos de referência de revista:

CASTRO, Maria Helena Guimarães de. Avaliação do sistema educacional


brasileiro: tendências e perspectivas. In: Ensaio: avaliação e políticas públicas
em educação. Rio de Janeiro. v. 6, n. 20. jul./set. 1998. p. 303- 364.

Modelos de referência bibliográfica de artigo ou matéria de revista

SOBRENOME, Prenome do autor da matéria. Título: subtítulo da matéria (se


houver). In: Título: subtítulo (se houver) da revista. Local de publicação. volume
e/ou número da revista. mês abreviado, ano. páginas.

Outros exemplos de referências:

CASTRO, Carol. Guia prático da criatividade. In: Super interessante. São


Paulo. n. 328. jan. 2014. p. 30-39.

NATALI, Adriana; PLOENNES, Camila; D’ELIA, Renata. O quebra-cabeça da


criatividade: a ciência, as artes e o mercado tentam montar as peças da arte da
escrita criativa. In: Língua Portuguesa. São Paulo. n. 104. jun. 2014. p. 26-33.
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Encontrando os dados:

ALVAREZ, Luciana. O jeito nova geração. In: Educação. São Paulo. n. 198.
out., 2013. p. 41-48.

Observações:

Para encontrar o local de publicação da revista, basta pesquisar o endereço da editora na


internet. Ex: A Editora Segmento localiza-se em São Paulo, logo, a revista Educação foi publicada
em São Paulo.
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 Tutorial de referência de autor desconhecido

Referência de autor desconhecido

Quando o autor da obra for desconhecido, o título ficará como o primeiro elemento da
referência. Dessa maneira, a primeira palavra do título será transcrita em caixa alta; caso o título de
inicie com um artigo, deverá ser colocado em caixa alta o artigo e a palavra seguinte. A referência de
autor desconhecido poderá se adequar dependendo da fonte em que se pesquisa, podendo variar
de revistas, internet, artigos, livros e etc.

Exemplos de referência de autor desconhecido:

CONTOS e lendas de amor. São Paulo: Ática, 1986.

A TEORIA das inteligências múltiplas. Disponível em


http://www.suapesquisa.com/educacaoesportes/inteligencias_multiplas.htm,
acesso em 24 jan. 2016.

Modelos de referência de autor desconhecido

PRIMEIRA palavra do título. Local: Editora, ano. p. x-y.

PRIMEIRA palavra do título. Disponível em (site), acesso em dia mês


(abreviado) ano.
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Encontrando os dados:

JESUÍTAS no Brasil colônia. Disponível em


http://escolakids.uol.com.br/jesuitas-no-brasil-colonia.htm, acesso em 24 jan.
2016.
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 Tutorial de referência de legislação

Referência de legislação

Ao utilizar qualquer lei em seu trabalho acadêmico, deverá também ser acrescentada a
referência do trecho utilizado. Deverão ser acrescentados dados como: JURISDIÇÃO. Lei nº .....,
data completa. Ementa. Nome da publicação, local, volume, fascículo e data da publicação. Nome
do caderno, página inicial.

Exemplo de referência de legislação:

SÃO PAULO (Estado). Decreto no 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex:


coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 62, n. 3, p. 217-220,
1998.
BRASIL. Medida provisória no 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997. Diário
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 dez.
1997. Seção 1, p. 29514.

BRASIL. Decreto-lei no 5.452, de 1 de maio de 1943. Lex: coletânea de


legislação: edição federal, São Paulo, v. 7, 1943. Suplemento. BRASIL. Código
civil. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995.

BRASIL. Congresso. Senado. Resolução no 17, de 1991. Coleção de Leis da


República Federativa do Brasil, Brasília, DF, v. 183, p. 1156-1157, maio/jun.
1991. BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional no 9, de 9 de
novembro de 1995. Lex: legislação federal e marginália, São Paulo, v. 59, p.
1966, out./dez. 1995.

Modelos de referência de legislação

JURISDIÇÃO. Lei nº ..., data completa. Ementa. Nome da publicação, local,


volume, fascículo e data da publicação. Nome do caderno, página inicial.
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Encontrando os dados:

BRASIL. Lei no. 9.394, de 20 de dezembro 1996. Estabelece as diretrizes e


bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996.
Sessão 1, p. 27833.
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 Tutorial de citação de citação

Tipos e regras de citação

Existem três tipos de citação: citação direta, citação indireta e citação de citação. Neste
tutorial iremos abordar sobre as regras da citação de citação. Nesse caso você fará uma citação de
um conteúdo que foi citado na obra em que você estava consultando. Esse tipo de citação é
recomendado em último caso já que o correto é tentar localizar a fonte original.

Segue três exemplos abaixo de citação de citação:

Segundo Van Dijk (1983), citado por Fagundes (2001, p. 53), “no texto jornalístico é
convencional apresentar-se um resumo do acontecimento abordado. Esse resumo pode
ser expresso por letras grandes separadas do resto do texto ou na introdução no ‘lead’”.

Segundo Van Dijk (1983 apud FAGUNDES, 2001, p. 53), “no texto jornalístico é
convencional apresentar-se um resumo do acontecimento abordado. Esse resumo pode
ser expresso por letras grandes separadas do resto do texto ou na introdução no ‘lead’”.

“No texto jornalístico é convencional apresentar-se um resumo do acontecimento


abordado. Esse resumo pode ser expresso por letras grandes separadas do resto do
texto ou na introdução no ‘lead’” (DIJIK apud FAGUNDES, 2001, p.53)

Segundo Fujita (1999) citada por Fagundes (2001, p. 65) a indexação engloba três
fases: 1) análise por meio da leitura do documento, em que serão selecionados os
conceitos; 2) síntese, com a elaboração de resumos e 3) a identificação e seleção de
termos com auxílio de uma linguagem documentária.

A indexação engloba três fases: 1) análise por meio da leitura do documento, em que
serão selecionados os conceitos; 2) síntese, com a elaboração de resumos e 3) a
identificação e seleção de termos com auxílio de uma linguagem documentária.
(FUGITA, 1999 apud FAGUNDES, 2001)

Segundo Fujita (1999 apud FAGUNDES, 2001) a indexação engloba três fases: 1)
análise por meio da leitura do documento, em que serão selecionados os conceitos; 2)
síntese, com a elaboração de resumos e 3) a identificação e seleção de termos com
auxílio de uma linguagem documentária.
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Segundo Enok (1990, p.3 apud MENEZES, 2001, p. 33), "a dimensão biográfica do
romance, não se esgota nos conflitos psicológicos".

Segundo Enok (1990, p.3) citado por Menezes (2001, p. 33), "a dimensão biográfica do
romance, não se esgota nos conflitos psicológicos".

“A dimensão biográfica do romance, não se esgota nos conflitos psicológicos". (ENOK,


1990, apud MENEZES, 2001, p. 33)

Segundo Moles (1960, apud EICO, 1971, p. 59), Kitsch é uma arte típica da classe
média, que acumula estilo sobre estilo; além disso, agigantando-se, frente à
exacerbação das carências sociais.

Segundo Moles (1960) citado por Eico (1971, p. 59), Kitsch é uma arte típica da classe
média, que acumula estilo sobre estilo; além disso, agigantando-se, frente à
exacerbação das carências sociais.

Kitsh é uma arte típica da classe média, que acumula estilo sobre estilo; além disso,
agigantando-se, frente à exacerbação das carências sociais. (MOLES, 1960 apud EICO,
1971, p. 59)

Citação direta Citação indireta

Observações

Apud significa “citado por”, logo, ao ler algum artigo e encontrar um trecho em que o autor cita
outro autor, na nota bibliográfica deverá constar o sobrenome do autor que foi citado, apud, o
sobrenome do autor do artigo, o ano do artigo e a página em que se encontra a citação.
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 Tutorial de citação direta

Tipos e regras de citação

Existem três tipos de citação: citação direta, citação indireta e citação de citação. Neste
tutorial, iremos abordar as regras da citação direta. A citação direta é a transcrição fiel de parte de
um conteúdo. Vamos supor que no seu trabalho acadêmico foi necessário consultar um autor
específico, com isso, alguma frase foi importante. Nesse caso, você vai copiá-la, ou melhor, citá-la,
com a respectiva nota bibliográfica.

Por ser uma transcrição exata de uma frase de um texto, a frase deverá ser apresentada
entre aspas duplas, podendo assumir duas formas:

Citando e referenciando: o nome do autor, quando localizado no final da citação, deve


apresentar-se entre parênteses, contendo o sobrenome do autor em letra maiúscula, seguido pelo
ano de publicação e pela página em que o texto se encontra.

Exemplo:

“Não saber usar a internet em um futuro próximo será como não saber abrir um livro ou
acender um fogão, não sabermos algo que nos permita viver a cidadania na sua
completitude.” (VAZ, 2008, p. 63)

Referenciando e citando: A citação, a seguir, foi incluída como parte do parágrafo. Dessa
maneira, o sobrenome do autor deve ser digitado normalmente, com a primeira letra em maiúsculo e
as demais em minúsculo, seguido do ano e da página na qual se encontra o texto, essas últimas
informaçõesentre parênteses depois do nome no autor.

Exemplo:

Segundo Vaz (2008, p. 63),“não saber usar a internet em um futuro próximo será como
não saber abrir um livro ou acender um fogão, não sabermos algo que nos permita viver
a cidadania na sua completitude”.

Citação direta com mais de 3 linhas: As citações com mais de 3 linhas receberão um
destaque diferente. Será necessário reduzir a fonte para tamanho 11, também é preciso aplicar o
23

recuo de 4cm em relação à margem esquerda e alterar o espaçamento para simples. Nesse caso, a
citação não estará com aspas.

Observe como adicionar o recuo de 4cm:

Exemplo:

De acordo com Fujita e Rubi (2006, p.1)

O indexador, visto como leitor, é considerado sob a perspectiva da psicologia


cognitiva, pois ao ler aciona, como qualquer outro indivíduo a memória de curto
prazo (input visual), a memória de longo prazo (esquemas e conhecimento
prévio) e as habilidades operatórias de pensamento (análise e síntese). Visto
como leitor profissional é considerado a partir da perspectiva de seu contexto,
atuação e formação profissional.

Fonte: 11

Espaçamento: Simples

Recuo: 4cm

Observações:

Na citação direta com mais de 3 linhas, a citação não deverá estar entre aspas. Para
acrescentar o recuo de 4cm, basta selecionar o texto e movimentar os marcadores localizados na
régua do Word até que se encontre em 4cm.
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 Tutorial de citação indireta

Tipos e regras de citação

Existem três tipos de citação: citação direta, citação indireta e citação de citação. Neste
tutorial iremos abordar sobre as regras da citação indireta. Digamos que após a leitura de um artigo,
você chegou a uma conclusão semelhante a do autor citado. Porém, por algum motivo você não
pretende usar exatamente as mesmas palavras e a estrutura que encontrou o artigo em questão.
Assim, você fará uma citação indireta.

Assim como o formato da citação direta, a indireta também deve constar o autor, ano de
publicação do artigo ou do livro.

Exemplos:

Lancaster (1993) aponta como um aspecto importante na recuperação das informações


é a extensão dos conteúdos a serem indexados.

Um aspecto importante na recuperação das informações é a extensão dos conteúdos a


serem indexados (LANCASTER, 1993).

A citação indireta poderá também conter mais de um autor, pelo fato de que você pode
consultar várias obras até chegar a sua conclusão. Nesse caso o nome dos dois autores serão
acrescentados junto com o ano de publicação de cada artigo ou livro.

Exemplo:

Tanto Weaver (2002) como Semonche (1993) apontam questionamentos que devem
preceder o planejamento da indexação de artigos de jornais, como: Qual a finalidade do
artigo? Quem é o público-alvo que terá acesso ao artigo? Que tipo de informação o
usuário procura?
25

 Tutorial de fichamento

Para que serve o fichamento?

O fichamento é uma técnica utilizada para facilitar o desenvolvimento das atividades


acadêmicas, seja para identificar obras, conhecer seus conteúdos, fazer citações, analisar materiais,
elaborar a crítica acerca do material pesquisado, auxiliar a produção de texto etc. O objetivo do
fichamento é destacar as ideias principais, secundárias, argumentações, justificações e exemplos
relevantes do texto a fim de facilitar a compreensão acerca daquele texto.

Exemplos de fichamento:

Referência
da fonte
utilizada

Folha de
fichamento

(Ficha)
Trecho
retirado do
texto
consultado
com sua
respectiva
nota
bibliográfica

(Citação)
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Modelos de fichamento

Como montar uma ficha

Inclua, primeiramente, a referência da fonte utilizada. Exemplo:

Após, faça uma citação direta de algum trecho do texto em que possua alguma justificativa,
argumento, exemplo ou informação relevante que caracteriza o texto/tema do autor. Exemplo:
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Em seguida acrescente a nota bibliográfica da citação transcrita no texto. Exemplo:

Observações:

O fichamento deverá ser realizado em material próprio para fichamento, ou seja, fichas de
anotação. Ele deverá ser elaborado em letra cursiva. As citações serão organizadas de acordo com
a linha cronológica do texto a ser fichado, ou seja, devem-se respeitar as ordens das páginas. Não
há necessidade de encontrar uma citação em cada página. No fichamento, só deverão ser citadas e
fichadas as passagens relevantes do texto consultado .
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 Tutorial de resumo

O que é resumo?

Resumo é quando se sintetizam ideias ou fatos de determinado texto ou textos. É uma das
maneiras mais utilizadas para assimilar conteúdos, pois, para a elaboração do resumo, há a
necessidade de leitura e destaque às principais ideias e acontecimentos naquele determinado texto.
Podemos dizer que o resumo não é um trabalho de elaboração, mas sim de extração de ideias, é
uma síntese das ideias e não das palavras daquele texto. Para a elaboração de um resumo, deve-se
saber exprimir de maneira objetiva os elementos essenciais do texto, não cabendo comentários ou
críticas sobre o que está sendo sintetizado. Deve-se, portanto, ate-se às ideias principais, deixando
de lado às secundárias.

Segue um exemplo de resumo:

Til1

No município de Santa Bárbara, no interior de São Paulo, vive a família proprietária da


fazenda das Palmas:2Luís Galvão, D. Ermelinda, os filhos Afonso e Linda e ainda um sobrinho com
deficiência física e mental chamado Brás, rejeitado por todos. A única a tratá-lo com carinho é a
menina Berta, que mora nos arredores com sua mãe de criação, Nhá Tudinha, e o filho desta,
Miguel. Devotado a Berta, Brás associa sua beleza à graça que vê no sinal gráfico til, passando a
chamá-la assim.

Os cuidados que Berta tem com Brás são os mesmos que dedica a Zana, negra louca que
vive em uma casa abandonada. O mesmo sentimento de amor pelo próximo faz com que a moça
ajude Miguel a se aproximar de Linda, há muito apaixonada pelo rapaz. Deixando de lado os seus
próprios sentimentos pelo irmão de criação.

A paz do ambiente é perturbada pela presença de Barroso, homem inescrupuloso que planeja
a morte de Luís Galvão. Para tanto, contrata os serviços de um assassino de aluguel, Jão Fera. Mais

1
Livro escrito por José de Alencar e resumo feito por Fernando Marcílio, Mestre em Teoria Literária pela Unicamp.
2
Descrição do local em que se passa a história.
29

uma vez, Berta determina outro rumo para os acontecimentos, aproveitando-se do fato de Jão
obedecê-la cegamente.3

O mistério dessa subserviência é desfeito quando o passado de Berta é revelado. Ela era filha
de Luís Galvão com Besita, casada com Ribeiro. Ao saber do caso, o marido a matou na presença
da escrava Zana, prometendo vingar-se também na menina. Jão, apaixonado por Besita, colocou-se
na condição de defensor de Berta, entregando-a a Nhá Tudinha, que se ofereceu para criá-
la.4Muitos anos depois, Ribeiro retorna disposto a continuar sua vingança, assumindo a identidade
de Barroso. Passa despercebido, porque o tempo lhe marcou a face com uma profunda cicatriz. 5

Jão Fera descobre a trama e interrompe a execução do plano, assassinando Barroso e seus
comparsas. Perseguido por outros crimes e desprezado por Berta, que condena sua crueldade, ele
se entrega à polícia em Piracicaba. Ali, durante o desfile de negros que compunha a festa do Congo,
vê Afonso aproximar-se de Berta. Força as grades da cadeia e, disfarçado, faz acusações a Luís
Galvão, que está presente ao festejo. A partir desse acontecimento, veem à tona o passado de Luís
Galvão e a paternidade de Berta.

Ela recusa sua nova família e opta por cuidar dos desgarrados que viviam sob sua proteção: o
rejeitado Brás, o regenerado Jão e a louca Zana.

3
Descrição de alguns personagens do livro.
4
Acontecimentos relevantes da vida dos personagens.
5
Por ser um resumo, o autor segue a linha cronológica do livro apontando o tempo em que se encontra a história.
30

Observações:

Observe que o resumo do autor não foi uma cópia fiel do texto utilizado, os pontos principais
do texto foram sintetizados e escritos pelo autor do resumo de forma sucinta. Não há a necessidade
de um resumo extenso, o texto deverá ser escrito de maneira suficiente desde que se percebam as
informações mais relevantes do texto proposto de forma clara para o leitor.

No caso desse livro, o autor elaborou um resumo do livro “Til” de maneira que os leitores
possam saber quem são os personagens, abordando um pouco de suas vidas particulares,
demonstrando com clareza o ambiente em que viviam e algumas situações significativas da história.
O autor do resumo não apontou sua visão crítica. A proposta do resumo é apenas exprimir de
maneira objetiva os elementos essenciais do texto, nesse momento não cabe críticas a respeito do
conteúdo trabalhado.
31

 Tutorial de resenha

O que é resenha?

Resenha é um texto que, além de fazer um resumo, realiza também uma crítica acerca de
determinado objeto. Quando, por exemplo, há a necessidade de fazer uma resenha acerca de um
filme, este deverá ser inicialmente resumido e posteriormente criticado. Uma das maneiras de redigir
uma resenha é apresentar uma descrição detalhada de fatos singulares relacionados ao assunto
que será resenhado. Um bom modo também é, além de interpretar o assunto, buscar outras
opiniões e confrontá-las. Uma resenha deve ser informativa e de fácil compreensão para que
consiga alcançar e transmitir a mensagem para seus futuros leitores.

Segue um exemplo de resenha:

Resenha de "Os contos de Beedle, o Bardo"6

Recentemente J.K. Rowling, a criadora de Harry Potter, lançou Os Contos de Beedle, o Bardo
(Rio de Janeiro: Rocco)7, mesmo após ter declarado que "Harry Potter e as Relíquias da Morte", o
sétimo livro da série, encerraria a saga do bruxo. De fato, neste livro não sabemos nada mais de
Harry, já que nem mesmo ele é citado na obra. Entretanto, Beedle nos leva de volta ao mundo dos
bruxos, ao universo de Harry Potter; além disso, seus contos, como se sabe, foram citados e lidos
por seus colegas de escola.8

A propósito, segundo Rowling, o que a levou publicar essa coletânea de histórias (já foram
publicados "Animais fantásticos e onde habitam" e "Quadribol através dos séculos") foi uma
"novíssima tradução dos contos feita por Hermione Granger", a amiga sabida de Harry Potter. O livro
de Rowling traz cinco "histórias populares para jovens bruxos e bruxas", mas que, com as notas
explicativas da autora, podem ser perfeitamente lidas pelos "trouxas" (como Rowling se refere às
pessoas sem poderes mágicos, como nós). Nessas notas, Rowling esclarece alguns termos próprios
do mundo dos bruxos como, por exemplo, "inferi", que "são cadáveres reanimados por magia".

6
Essa resenha foi escrita por Leonardo da Silva, graduado em Letras pela UFSC.
7
Objeto utilizado para a elaboração da resenha.
8
Breve resumo da obra que foi utilizada para a resenha.
32

No mundo dos bruxos, Beedle, poder-se-ia dizer, tem a importância do escritor dinamarquês
Hans Christian Andersen e suas histórias que se assemelham em muitos aspectos aos nossos
contos de fadas. Aliás, seus contos tiveram o mesmo destino dos nossos contos de fadas, ou seja,
caíram no gosto das crianças e, como lemos no prefácio do livro, são usualmente contadas antes de
dormir.9Ademais, como afirma Rowling, nesses contos, assim como costuma acontecer nos contos
de fadas, "a virtude é normalmente premiada e o vício castigado".10

Nos contos de Beedle, no entanto, a magia nem sempre é tão poderosa quanto se pensa:
seus personagens, apesar de serem dotados de poderes mágicos, não conseguem resolver seus
problemas somente com magia.As histórias mostram, desse modo, que ao contrário do que se
pensa, a mágica pode tanto resolver quanto causar problemas ou pode também não ter efeito
nenhum. Quanto às heroínas do livro, elas são em geral bem diferentes daquelas dos contos de
fadas "tradicionais", ou seja, ao invés de esperarem por um príncipe que as venham salvar, elas
enfrentam o próprio destino.11

No conto "A Fonte da Sorte", por exemplo, são as três bruxas, Asha, Altheda e Amata, que
procuram (juntas) a solução para seus próprios problemas. Elas buscam amor, esperança e a cura
para uma doença na chamada "fonte da sorte". Ao final da estória, elas alcançam aquilo que
desejam, muito mais por méritos próprios do que pela magia das águas da fonte que, mesmo sem
saberem, "não possuíam encanto algum". Na verdade, os heróis dos contos não são aqueles com
maiores poderes mágicos, mas sim aqueles que demonstram bom senso e agem com gentileza. Um
exemplo é "O conto dos três irmãos", onde o irmão mais novo, ao se confrontar com a Morte "em
pessoa" não tenta trapaceá-la nem fazer mal a ninguém. Desse modo, ao contrário dos seus irmãos,
ele tem um final feliz, pois "acolheu, então, a Morte como uma velha amiga e acompanhou-a de bom
grado, e, iguais, partiram desta vida".

Para aqueles que sentiam falta de Dumbledore, o poderoso mago diretor de Hogwarts, J.K.
Rowling mata um pouco da saudade: no final de cada conto, há explicações e comentários do bruxo,
os quais foram encontrados após sua morte.Suas explanações são bem pertinentes, elas mostram,
por exemplo, que no mundo dos bruxos existia um preconceito contra os não-bruxos (os "trouxas"),
a ponto de excluí- los dos contos, ou dar-lhes apenas o papel de vilões, e também alertam para o
fato de que alguns contos foram censurados ao longo da história e adaptados para que se
tornassem "adequados para as crianças".

9
Descrição de fatos singulares em paralelo com o objeto utilizado para a resenha.
10
O autor se preocupou em pesquisar o ponto de vista da autora e apontá-lo em sua resenha.
11
Crítica do autor acerca do livro resenhado.
33

Isso se assemelha muito àquilo que aconteceu com os contos de fada de um modo geral, os
quais sofreram mudanças no enredo para que pudessem se adequar melhor à escola e ao mundo
da criança. No entanto, os contos que nos são apresentados no livro são, segundo Dumbledore, os
originais, ou seja, são os contos escritos por Beedle há muito tempo, sem adaptações. Outras
questões são trazidas à tona nos contos: amor, tolerância, sentimentos e, como se viu, até mesmo a
morte. Isso porque as histórias mostram como a magia não pode resolver tudo e o quão inútil é lutar
contra a morte. Sabe-se que a mágica não é capaz de restituir o bemmais precioso: a vida.

Os contos, traduzidos por Hermione Granger das runas, são inéditos, com exceção de "O
conto dos três irmãos", uma história contada para Harry, Rony e Hermione no sétimo livre da série
de aventuras de Harry Potter (no capítulo 21, que leva o mesmo título do conto), que tem papel
crucial no fim da saga do jovem bruxo.Quanto às ilustrações do livro, quem as assina é a própria
J.K. Rowling, que doou parte do lucro obtido com a venda de "Os Contos de Beedle, o Bardo" para o
Children's High LevelGroup, uma organização responsável por ajudar cerca de 250 mil crianças por
ano.

Em "Os Contos de Beedle, o Bardo", sentimo-nos de volta ao "mundo mágico de Harry


Potter". Pena que as 103 páginas do livro acabem tão rápido: para o leitor entusiasta do mago inglês
e acostumado com as suas aventuras narradas ao longo de mais de 700 páginas fica um gostinho
de "quero mais". Depois de Beedle, resta aos fãs da magia de Rowling esperar até junho de 2009,
quando será lançada a primeira parte do sexto filme baseado na saga de Harry Potter, "Harry Potter
e o Príncipe Mestiço". No mundo dos livros, no entanto, parece que finalmente (e infelizmente), a
saga de Harry Potter ganhou seu ponto final. Será?

Observações:

Observe que o autor da resenha utilizou uma linguagem simples para que pudesse alcançar
seus leitores e transmitir a mensagem de maneira mais clara e simples. Acrescentou em sua
resenha informações e falas singulares da autora e de suas outras obras para que assim
conseguisse criar uma associação entre obras escritas anteriormente e a obra na qual estava
buscando elaborar a resenha.
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 Tutorial de resumo de texto técnico

O que é resumo?

Resumo é quando se sintetizam ideias ou fatos de determinado texto ou textos. É uma das
maneiras mais utilizadas para assimilar conteúdos, pois, para a elaboração do resumo, há a
necessidade de leitura e destaque às principais ideias e acontecimentos naquele determinado texto.
Podemos dizer que o resumo não é um trabalho de elaboração, mas sim de extração de ideias. No
resumo de texto técnico deve-se conter: o assunto, o problema e/ou o objetivo, a metodologia, as
idéias principais em forma sintética, as conclusões, ressaltando o surgimento de fatos novos, de
contradições, da teoria, das relações e dos efeitos novos verificados, bem como precisando valores
numéricos brutos ou derivados, se for o caso.

Segue um exemplo de resumo técnico:

Resumo de: O leitor no ato de estudar a palavra escrita

Estudar significa enfrentar a realidade para compreendê-la e elucidá-la12. Este enfrentamento


pode ocorrer, de um lado, pelo contato direto do sujeito com o objeto. Isso se dá quando o sujeito
opera “com” e “sobre” a realidade13.
De outro lado, o enfrentamento pode ocorrer pelo contato indireto. Neste caso, o sujeito
recebe o conhecimento por intermédio de outra pessoa ou por símbolos orais, mímicos, gráficos, etc.
O ato de estudar indiretamente crítico equivale à objetividade na elucidação. O ato de estudar
indiretamente será crítico, à medida que descreve a realidade como é, sem magnetização pela
comunicação em si. A atitude a-crítica corresponde à abdicação da capacidade de investigar, à
alienação e à retenção mnemônica14. O leitor que assume uma postura de objeto frente ao texto de
leitura é verbalista, ou seja, a aprendizagem não se dá pela compreensão, mas pela reprodução
intacta e mnemônica das informações. O leitor sujeito, por outro lado, compreende e não memoriza,
avalia o que lê e tem uma atitude constante de questionamento.15

LUCKESI, Cipriano Carlos et al. O leitor no ato de estudar a palavra escrita. In:______. Fazer
universidade: uma proposta metodológica. 2. ed. Cap. 3. São Paulo: Cortez, 1985. p. 136-143.

12
Assunto do texto.
13
Principal discussão do texto.
14
Principais ideias sintetizadas.
15
Conclusões

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