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Português – 9º ano
2ª parte: Aparecimento e descrição do gigante (V, 39-40): surge um gigante, que é descrito
de forma negativa. O seu tamanho é de tal forma espantoso que é comparado ao Colosso de Rodes,
estátua gigantesca de Apolo, uma das sete maravilhas do mundo. O narrador destaca a sua barba
desgrenhada, os olhos encovados, os cabelos crespos e cheios de terra, a boca negra, os dentes
amarelos e o tom de voz "horrendo e grosso" (V, 40). A descrição do gigante assenta em sensações
visuais e auditivas e culmina no efeito de terror que provoca nos marinheiros: "Arrepiam-se as carnes
e o cabelo, / A mi e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo" (V, 40). Refere-se a ira do Adamastor, justificada
pela ousadia dos portugueses que navegavam os mares do gigante, daí o seu "rosto carregado" e a
"postura medonha e má" (V, 39).
Simbologia do episódio
O Adamastor surge como criação maravilhosa a corporizar, a simbolizar a quase intransponível
força do mar;
Símbolo das forças cósmicas que o homem terá de vencer se quiser da lei da morte se libertar;
A destruição do Adamastor surge como o completo domínio dos mares pelos Portugueses;
No fim, o Adamastor surge como o anti-herói para dar lugar a heróis de carne e osso, a heróis
reais;
Simbologia reforçada pelo facto de o episódio estar colocado no centro do canto V que também
é o centro de Os Lusíadas.
V, 57, v.4
Identifica-se com o
monte
Cabo das Tormentas
Adamastor
É o anti-herói, com a
nada vitória dos Portugueses
ao chegarem à Índia