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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA


CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA

VIVIANE OLIVEIRA DA SILVA

RELATÓRIO FINAL DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS


NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV

RECIFE
2019
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VIVIANE OLIVEIRA DA SILVA

RELATÓRIO FINAL DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS


NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV

Relatório apresentado ao curso de Licenciatura


em Química da Universidade Federal Rural de
Pernambuco, como requisito parcial para
obtenção do grau de Licenciado em Química e
para o cumprimento do Estágio Supervisionado
Obrigatório IV, ministrada pela Profª Suely
Alves da Silva

Recife - Pernambuco
Novembro/2019
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Sumário
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1
2 DESENVOLVIMENTO ..................................................................................................... 2
3 ANALISE CRÍTICA DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM E AS
SUGESTÕES PARA A SUA MELHORIA ............................................................................... 3
4 CONCLUSÃO .................................................................................................................... 5
5 ANEXOS ............................................................................................................................. 6
5.1 FICHA DE OBSERVAÇÃO ....................................................................................... 6
5.2 FICHA DE REGÊNCIA DAS AULAS ....................................................................... 6
5.3 RESPOSTA A PERGUNTA REALIZADA PARA A PROFESSORA
SUPERVISORA ROSILENE................................................................................................. 6
5.4 PLANO DE AULA ...................................................................................................... 6
5.5 LISTA DE EXERCÍCIO APLICADA PARA OS ALUNOS ..................................... 6
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 7
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1 INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular Supervisionado está presente como parte da formação


profissional de educadores, pois o estágio é de grande importância para o graduando em
licenciatura por lhe proporciona um melhor conhecimento ao seu campo de trabalho, as
reflexões sobre suas práticas pedagógicas e ao desenvolvimento de seus conhecimentos. De
acordo com Pimenta e Lima (2004) os estagiários sempre identificam o estágio como a parte
prática dos cursos de formação de profissionais em geral, paralelamente à teoria. Isso porque a
integração entre universidade e escola nos proporciona praticar o que é visto no período da
graduação.
No ambiente escolar que é um campo de pesquisa riquíssimo podemos realizar
pesquisas e trabalhos, com intuito de melhorar e/ou até sanar as questões educacionais. De
acordo com Pimenta e Lima (2004) os saberes docentes não se restringem às paredes da sala de
aula, tendo em vista que as relações aí estabelecidas são determinadas pelos contextos mais
amplos – a cultura escolar, pedagógica, administrativa, a comunidade na qual está inserido o
aluno e seu mundo, os professores e sua história, os sistemas de ensino, as demais instituições
sociais e de cultura, a sociedade em geral.
O estágio curricular supervisionado permite que os futuros professores e aqueles
que já exercem a profissão possam refletir sobre essas determinações. Ele também proporciona
para os alunos da graduação um estímulo à pesquisa, pois, para a realização do mesmo é
necessário que o estagiário leia, estude, busque informações adequadas. Assim, Josso (2004)
afirma que para pensar na ligação entre pesquisa e formação é necessário, primeiramente,
compreender a necessidade da sua capacidade de se interrogar, de aprender a partir das
experiências e de se transformar.
Deste modo esse relatório registra as observações realizadas no Estágio Curricular
Supervisionado IV do curso de licenciatura da Universidade Federal Rural de Pernambuco-
UFRPE realizado na Escola Estadual Santa Sofia que fica localizada no Bairro Novo, na cidade
de Camaragibe. A aluna teve como professora supervisora a srª Rosilene da Silva, que é
Graduada em Engenharia Agronômica pela UFRPE.
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2 DESENVOLVIMENTO

No estágio foram realizadas observações das aulas realizadas pela professora


Rosilene e regência de aulas de acordo com o cronograma curricular posto pela professora
supervisora da disciplina de Estagio Supervisionado Obrigatório IV, Suely Alves da Silva. Foi
realizado auxílios aos alunos em relação as suas dúvidas referentes ao assunto abordado.
A observação e as principais atividades foram desenvolvidas com a professora
Rosilene da Silva. As turmas em que foram realizados o estágio foram do 1º, 2º e 3º ano do
ensino médio e tem uma média de 22 alunos.
Através das observações foi possível constatar uma grande dificuldade de
aprendizado por parte dos alunos. Muitos se queixavam que não conseguiam compreender o
assunto e que não entendiam o porquê de estarem estudando química.
As aulas pouco atrativas e os problemas comportamentais dos alunos ajudam a
dificultar o aprendizado dos alunos. As aulas ministradas pela professora eram meramente
expositivas só com o auxílio do quadro e do livro didático. Nesta estratégia o aprendizado é um
pouco dificultado pois, o foco é o professor, e o aluno é agente passivo, que recebe as
informações transmitidas pelo professor, sem levar em conta o conhecimento prévio dos
estudantes. No máximo, a participação dos alunos eram para tirar algumas dúvidas sobre a
teoria abordada, o que estava escrito no quadro e as questões dos exercícios feitos em sala.
No período de observação das aulas a professora não chegou a realizar atividade
avaliativa, então não foi possível realizar uma avaliação de como a professora realiza o
procedimento avaliativo dos alunos.
No caso dessa escola, sem o uso de laboratórios e aulas práticas, grande parte dos
alunos acreditam que estudar química é ter uma ação de decorar um conjunto de fórmulas,
enunciados de leis ou regras químicas. Mesmo com alguns professores dando exemplos da
teoria com o dia-dia, não é suficiente para que os alunos possam ter a total compreensão dos
fenômenos e conceitos químicos associados com a realidade do seu cotidiano. Portanto,
desenvolver atividades experimentais com ênfase nos conteúdos relacionados ao contexto das
aulas teóricas é importante e faz parte de umas das atividades no relatório.
Durante a realização do Estágio Curricular obrigatório constatou-se
as seguintes necessidades: falta de material didático para os alunos (os alunos não possui
livro didático); falta de uma sala de informática; falta de equipamentos de apoio, como para
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tirar cópias de materiais (muitas vezes o professor é obrigado a fazer atividades em grupo
por falta de copias); falta de laboratório para uma melhor abordagem ao ensino de química.

3 ANALISE CRÍTICA DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM E AS


SUGESTÕES PARA A SUA MELHORIA

Os últimos levantamentos realizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas


Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revela uma carência no sistema educacional brasileiro. A
falta de ambiente adequado para se ter um ensino de qualidade pode ser uma das causas porem
a principal causa é o despreparo de professores que assumem as aulas de química, mesmo não
sendo sua área de formação específica, dificultando a maneira de transmitir o conhecimento.
Além disso, ministrar aulas sem a devida formação pedagógica é outra constatação.
Nesse estágio podemos comprovar essa realidade, pois a professora supervisora Rosilene da
Silva, não é formada na área de educação e mesmo assim ministra aulas de química, matemática
e física para alunos do ensino médio.
Muitos alunos demonstram dificuldades no aprendizado de química. Na maioria das
vezes, não conseguem perceber o significado ou a importância do que estudam. Os conteúdos
são trabalhados de forma descontextualizada, tornando-se distantes da realidade e difíceis de
compreender, não despertando o interesse e a motivação dos alunos. Além disso, os professores
de química demonstram dificuldades em relacionar os conteúdos científicos com eventos da
vida cotidiana, priorizando a reprodução do conhecimento, a cópia e a memorização,
esquecendo, muitas vezes, de associar a teoria com a prática.
Em relação a esta dificuldade, Gonçalves e Galeazzi (2004), Zanon e Silva (2000)
e Hodson (1994), apontam que, para melhorar o processo ensino-aprendizagem, uma alternativa
seria aumentar as atividades experimentais em laboratórios, porém, muitas vezes não é possível,
pois a maioria das escolas não possui estruturas laboratoriais. Apesar disto, a elaboração de
projetos voltados para a utilização da química no cotidiano é uma alternativa para driblar tal
situação. Rolisola (2004) descreve um projeto chamado de “A Química da Limpeza”, em que
detergente e sabão líquidos são feitos pelos alunos, e, com isto, a professora explora os
compostos oxigenados e nitrogenados, a nomenclatura, a composição das substâncias
envolvidas no processo entre outros. Desta forma, os alunos pesquisam os assuntos químicos,
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se interessam por eles, porque percebem a importância do conhecimento químico para o seu
dia-a-dia.
O ensino experimental deve ser usado não como um instrumento a mais de motivação para o
aluno, mas sim como um instrumento que propicie a construção e aprendizagem de conceitos e
modelos científicos. Para que isso ocorra, é necessário, porém, que haja uma interação onde o
aluno deixe de ser um agente passivo e passe a ter oportunidade de relacionar o que foi dito em
sala de aula com o exposto nas atividades experimentais.
Nessa perspectiva, segundo Alcará (2005), o sucesso do desenvolvimento dos
alunos está relacionado à motivação para aprender, buscando novos conhecimentos, com
entusiasmo e preparo para novos desafios, porém, a realidade encontrada nas salas de aula é
outra, os alunos não possuem bom desempenho, a culpa é sempre do professor, e por outro lado
o professor acredita que o próprio aluno é o único responsável por seu fracasso.
Discorre, ainda, que para promover a motivação dos alunos, é preciso satisfazer três
necessidades da teoria da Autodeterminação, que são: necessidade de autonomia (as pessoas
acreditam que são capazes de realizar uma atividade por vontade própria e não por serem
pressionadas); necessidade de competência (capacidade de a pessoa interagir com seu meio de
maneira satisfatória); e necessidade de pertencer ou estabelecer vínculos (pertencer ou fazer
parte).
Nesse sentido, lembramos que a motivação do aluno depende da motivação do
professor. Ele é o protagonista, dinamizador do processo e responsável pela arte de ensinar.
Deve promover um clima favorável, estabelecer vínculos seguros, buscar compreender e
interpretar as diferentes situações de seus alunos e de sua escola, ou seja, as ações do professor
influenciam totalmente no comportamento dos alunos (ALCARÁ, 2005).
A estrutura física precária da escola também contribui para dificultar a
aprendizagem do aluno. Uma melhor reestruturação física da escola como a implementação de
um laboratório para a realização das aulas práticas ajudaria na melhoria do ensino não só de
química como também de outras disciplinas de ciências.
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4 CONCLUSÃO

Com a realização do Estágio Curricular Supervisionado foi possível inserir a


licencianda no ambiente escolar de forma a desenvolver habilidades de observação, análise e
reflexão sobre todos os aspectos de uma escola. A regência possibilitou-me a organização de
ideias, a elaboração de planos de aula e, através da falta de estrutura da escola foi possível
vivenciar a dificuldade a qual é submetida a maioria dos professores para lecionar com
qualidade.
Mesmo sem recursos apropriados para realizar o ensino de química existem
disponíveis em várias bibliotecas virtuais artigos que podem ser abordados em sala de aula para
melhorar a compreensão dos alunos referente ao aprendizado de química, como também
encontramos na internet aulas práticas com materiais alternativos que podem ser abordados em
sala de aula.
Desse modo, concluiu-se que todos os processos envolvidos no estágio
desenvolveram habilidades importantes ao futuro profissional como a responsabilidade de atuar
em sala e a busca por alternativas metodológicas e pedagógicas para ensinar.
Este estágio curricular supervisionado no período de docência fez com que pudesse
ser refletido sobre os acertos e erros cometidos em sala de aula a fim de que o ensino de química
possa ser melhorado para auxiliar da melhor forma o aluno do ensino médio.
Pode-se concluir então, que o estágio supervisionado funciona como um meio de
incluir os estudantes universitários à realidade e vivência de uma escola. Tendo em vista que
esse contato é de extrema importância para a consolidação do novo professor que está a se
formar.
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5 ANEXOS

5.1 FICHA DE OBSERVAÇÃO

5.2 FICHA DE REGÊNCIA DAS AULAS

5.3 RESPOSTA A PERGUNTA REALIZADA PARA A PROFESSORA


SUPERVISORA ROSILENE

5.4 PLANO DE AULA

5.5 LISTA DE EXERCÍCIO APLICADA PARA OS ALUNOS


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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JOSSO, Marie Christine. Experiências de vida e formação. Tradução José Cláudio e Júlia
Ferreira. São Paulo: Cortez, 2004.

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência: diferentes concepções. São Paulo:


Cortez, 2004.

GONÇALVES, F.P; GALIAZZI, M.C. A natureza das atividades experimentais no ensino de


Ciências: um programa de pesquisa educativa nos cursos de Licenciatura. In: MORAES,
R.;MANCUSO, R., Educação em Ciências- Produção de Currículos e Formação de
Professores, Ijuí: Unijuí, 2004, p.237-252.

SILVA, L.H.de A.; ZANON, L.B. A experimentação no ensino de Ciências. In:


SCHNETZLER, R.P.; ARAGÃO, R.M.R. Ensino de Ciências: Fundamentos e
Abordagens. Piracicaba: CAPES/UNIMEP, 2000. 182 p.

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