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UNIVERSIDADE PAULISTA

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

SIMONE APARECIDA DIAS MARQUES DE SOUZA – RA 2005819

JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA INFÂNCIA: A


IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO
.INFANTIL

JANDIRA – SP
2023
UNIVERSIDADE PAULISTA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

SIMONE APARECIDA DIAS MARQUES DE SOUZA – RA 2005819

JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA INFÂNCIA: A


IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO
INFANTIL

Trabalho de conclusão de curso apresentado como


requisito parcial para a obtenção do título de
Licenciatura em Pedagogia
Universidade Paulista – Polo Jandira
Orientação: Profa. Celina U. F. Nascimento

JANDIRA – SP
2023
FICHA CATALOGRÁFICA

Dias Marques de Souza, Simone Aparecida.


....Jogos, Brinquedos e Brincadeira na Infância: A Importância dos Jogos e
Brincadeiras na Educação Infantil / Simone Aparecida Dias Marques de Souza.
- 2023.
....47 f.

....Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao curso de


PEDAGOGIA da Universidade Paulista, Jandira, 2023.

....Orientadora: Prof.ª Celina U. F. Nascimento.

....1. Jogos. 2. Brincadeiras. 3. Aprendizagem Significativa. 4. Mediação. 5.


Ludicidade. I. U. F. Nascimento, Celina (orientadora). II. Título.

Elaborada de forma automática pelo sistema da UNIP com as informações fornecidas pelo(a) autor(a).

FOLHA DE APROVAÇÃO
SIMONE APARECIDA DIAS MARQUES DE SOUZA – RA 2005819

JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA INFÂNCIA: A IMPORTÂNCIA DOS


JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de Conclusão de Curso – TC

Data da aprovação: _____/_____/_____/

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________
Profa. Celina U. F. Nascimento

______________________________________
Prof.

________________________________________
Prof.
Dedico este trabalho a Deus e a meu filho, o pequeno Isacc; razão do meu esforço em
busca de algo melhor para nossas vidas. Te amo filho!
AGRADECIMENTOS

Primeiramente quero agradecer a Deus, por minha vida e por me sustentar para com
êxito ultrapassar todos os obstáculos ao longo do curso me fazendo chegar até aqui.

Agradeço imensamente ao meu esposo Edenilson, ao meu filho Isacc, aos meus pais,
que já não estão entre nós, mas foram pessoas imprescindíveis na minha caminhada e minhas
irmãs Cintia e Cibele. Não seria possível realizar este sonho sem cada um de vocês.

Agradeço a Universidade Paulista – UNIP por todo acolhimento, aos funcionários da


instituição e aos colegas de turma.

Agradeço aos professores, ao professor coordenador e aos amigos de curso e em


especial a minha orientadora a Profa. Celina U. F. Nascimento e ao tutor Diego de Araujo
Oliveira, que se mostraram presentes e contribuíram positivamente para minha formação.

Meu Muito Obrigada!


Brincar com crianças não é perder tempo, é “
”.ganhá-lo
.Carlos Drumond de Andrade
RESUMO

Este estudo buscou entender, verificar e analisar a importância do uso de jogos, brinquedos e
brincadeiras na EI observando o real valor dessas ferramentas como mediadoras da
aprendizagem de forma lúdica. Através do uso do jogo, brinquedo e da brincadeira como
ferramenta pedagógica se tem acesso ao lúdico, sendo possível entregar às crianças um
ambiente de aprendizagem prazeroso e motivador, onde as atividades bem planejadas
possibilitam favorecer a o desenvolvimento e a aprendizagem de diversas habilidades. As
crianças apresentam tempos diferentes para se desenvolverem e precisam ser estimuladas de
forma a descobrirem que são capazes de realizar tarefas que ainda lhes são desconhecidas.
Assim, é importante que discussões sobre os benefícios de se utilizar o jogo, brinquedos e a
brincadeira como ferramenta pedagógica desde os primeiros anos na escola, uma vez que
proporcionar meios em que a criança brinque junto com outras crianças, faz com que se
desenvolva melhor e com maior interação social. A metodologia deste estudo está baseada em
um a pesquisa bibliográfica apoiada nas falas de escritores como Vygotsky, Piaget e
Kishimoto sobre a importância do uso de e jogos, brinquedos e brincadeiras como ferramentas
pedagógicas na Educação Infantil, sendo observadas algumas atividades que podem ser
realizadas com as crianças desta fase da educação visando o desenvolvimento de habilidades
de socialização e desenvolvimento de características importantes para o viver em sociedade
saudável a partir da utilização do lúdico em sala de aula. As obras foram pesquisadas em sites
acadêmicos como o Google Acadêmico, o Scielo e o IBICT com o uso dos descritores: Jogos,
Brincadeiras, Aprendizagem significativa, Mediação e Ludicidade para encontrar textos
publicados por autores renomados e estudos como os de Kishimoto (2008; 2009; 2010),
Libâneo (2004), Fantacholi (2011), Rodrigues (2013) e Silva (2017), sendo estes alguns dos
autores que podem ser citados dentre os utilizados para o embasamento teórico desta
pesquisa. Em suma, acredita-se que essa pesquisa abre caminho para um importante debate
entre aprendizagem e ludicidade no espaço de sala de aula na EI, como forma de repensar
ações educativas mais significativas que levem em consideração todos os agentes de
construção do processo de ensino aprendizagem numa perspectiva lúdica.

Palavras-Chave: Jogos; Brincadeiras; Aprendizagem significativa; Mediação; Ludicidade.


ABSTRACT

This study sought to understand, verify and analyze the importance of using games, toys and
games in EI, observing the real value of these tools as mediators of learning in a playful way.
Using games, toys and jokes as a pedagogical tool, it is possible to access the ludic, making it
possible to provide children with a pleasant and motivating learning environment, where well-
planned activities favor the development and learning of different skills. Children develop in
different paces and need to be stimulated in order to discover that they are capable of per-
forming new tasks. Thus, it is important to discuss the benefits of using games, toys and jokes
as a pedagogical tool since the first years at school, since providing means for the child to in-
teract with other children stimulates the development of more assertive social interaction
skills. The methodology of this study is based on a bibliographical research supported by
works of writers such as Vygotsky, Piaget and Kishimoto on the importance of using games,
toys and jokes as pedagogical tools in Early Childhood Education, observing some activities
that can be carried out with children in this phase of education aiming at developing socializa -
tion skills and developing important skills for living in a healthy society based on the use of
games in the classroom. This work was based on searches on academic sites such as Google
Scholar, Scielo and IBICT using the descriptors: Games, Play, Significant Learning, Media-
tion and Ludicity to find texts published by renowned authors and studies such as those by
Kishimoto (2008; 2009; 2010), Libâneo (2004), Fantacholi (2011), Rodrigues (2013) and
Silva (2017), these being some of the authors who can be cited among those used for the theo-
retical basis of this research. In short, it is believed that this research paves the way for an im-
portant debate between learning and playfulness in the ECE classroom space, as a way of re-
thinking more significant educational actions that take into account all the construction agents
of the teaching-learning process from a playful perspective.

Keywords: Games; pranks; Significant learning; Mediation; Playfulness.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 10

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 13

JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NO DESENVOLVIMENTO 1.1


13 INFANTIL
16 A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS 1.2
20 OS BRINQUEDOS EDUCATIVOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM 1.3
A importância de se usar Brinquedos na Escola 1.3.1
21
23 A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA 1.4
27 A importância do uso da Música como Brincadeira na Educação Infantil 1.4.1
32 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA INAFÂNCIA 1.5

2. MÉTODO 35

3. ANÁLISE E DISCUSSÃO 36

CONSIDERAÇÕES FINAIS 41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 44
10

INTRODUÇÃO

Não é incomum ouvir relatos sobre mau comportamento ou agressividade de crianças


na fase infantil. E esses relatos aumentam quando o ambiente é o espaço da escola; muitas
vezes porque a criança nunca compartilhou a atenção com outras crianças, ou ainda, porque
traz consigo experiências que marcaram suas lembranças e moldaram seu comportamento.
É importante saber identificar o universo que envolve as ciranças que chagam à escola,
mesmo porque o aluno atual não é mais aquele que se contenta em apenas receber
informações para que possa se adaptar à sociedade com os o que lhe é ensinado com
conhecimentos, saberes, técnicas e valores que lhes são ensinados na escola, demonstrando a
necessidade de adaptar as atividades e materiais que serão usados para trasnmitir os conteúdos
necessarios à aprendizagem escolar.
Este aluno, independente de sua idade, traz consigo saberes intrinsecos, pois quando
chega no espaço da escola, já teve contato com uma cultura que lhe foi apresentada seja em
casa, no seio de sua família, parentes e amigos (COLLELLO, 2017).
Observando as habilidades apresentadas pela Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) para serem desenvolvidas na Educação Infantil (EI) se tem que nesta etapa, a
aprendizagem e o desenvolvimento da criança são assegurados por seis direitos: conviver,
brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. Esses direitos conversam diretamente
com os eixos estruturantes da EI – interagir e brincar (BRASIL, 2017).
Para Kishimoto (2008) a brincadeira possibilita que as crianças aprendam de forma
prazerosa, fazendo dos jogos e brincadeiras ferramentas indispensáveis que permitem a
aprendizagem de forma eficaz.
O presente estudo tem como tema de pesquisa os jogos, brinquedos e brincadeiras na
infância, observando a importância dos jogos e brincadeiras como ferramentas no processo de
aprendizagem lúdica na EI.
A importância de contextualizar esse tema releva-se, pois, o lúdico deve ser visto
como uma ferramenta contributiva para o melhor desenvolvimento das crianças e não ser
.visto como algo fora do contexto educacional (KISHIMOTO, 2008)
Autores como Vygotsky (1991) e Piaget (1998), e ainda outros antes deles, como
Rousseau e Montessori, apresentam uma proposta onde o sistema de ensino deva ser centrado
na criança, dedicando maior atenção para a brincadeira, onde se percebe que a criança possui
necessidades e características próprias de interação e aprendizagem, e que o brincar não é
somente uma atividade apra preencher o tempo na escola (CONTI, SPERB, 2001;
11

OLIVEIRA, 2011).
A busca em formar pessoas para viver em sociedade, que tenham habilidade para se
comunicar e estabelecer laços com seus pares é uma das atribuições vinculadas ao papel do
professor, sendo assim, é de suma importância buscar ferramentas que leve os alunos, ainda
na fase da infância, a perceberem e a experimentarem o compartilhamento de suas conquistas
e vitórias, sendo jogos e brincadeiras técnicas adequadas para o desenvolvimento nesta fase
da vida. Assim se deu a escolha deste tema para o estudo.
Como objetivo geral, o estudo buscou realizar um levantamento bibliográfico para
verificar a importância dos jogos, brinquedos e brincadeiras na EI observando o real valor
dessas ferramentas como mediadoras da aprendizagem de forma lúdica.
Como objetivos específicos se tem:
 Analisar a função de jogos, brinquedos e brincadeiras no processo de
desenvolvimento infantil;
 Analisar nos textos os benefícios do uso de jogos, brinquedos e brincadeiras
para o desenvolvimento de crianças na escola;
 Verificar quais atividades podem ser trabalhadas em forma de jogos, utilizando
brinquedos e brincadeiras na EI;
 Analisar e destacar as atividades que apotam ser mais adequadas para serem
utilizadas de acordo com a idade das crianças na fase da EI.
Entendendo ser importante a construção de uma escola que seja um espaço educativo
de vivências sociais, de convivência democrática e, ao mesmo tempo, de apropriação,
construção e divulgação de conhecimentos, como também de transformações de condições de
vida das crianças que a frequentam, se coloca a seguinte questão: “Qual é a importância do
uso de jogos, brinquedos e brincadeiras como ferramenta para desenvolver habilidades e
favorecer a convivência entre crianças na EI?”
É comum serem encontrados relatos de que mesmo diante de diversos estudos
apontarem os benefícios do uso de jogos e brincadeiras na escola, ainda exista certa
resistência por parte de alguns educadores que trabalham utilizando o planejamento baseado
em listagem de atividades, onde o professor demonstra organizar as atividades de modo a
preencher o tempo de trabalho com as crianças, ou seja, preencher o espaço de tempo em que
as crianças ficam na escola.
A hipótese que se levanta a partir do problema apontado é que excluir o uso de jogos e
brincadeiras das aulas na EI é uma decisão que pode influenciar de forma negativa o
desenvolvimento e comportamento dos alunos, prejudicando e interferindo no acesso a
12

formação integral e na construção de relações saudáveis destes.


Foi encontrada aqui a relevância e a importância de levar educadores a uma reflexão
sobre o real valor do uso de jogos e brincadeiras como ferramentas mediadoras da
aprendizagem para que seja possível integrar práticas de forma lúdica e propiciar prazer às
crianças, usando essas técnicas como recurso pedagógico de forma efetiva e bem direcionada
em busca de alcançar o desenvolvimento integral e ampliar o conhecimento significativo aos
educandos.
Considerando os aspectos relatados se buscou um aprofundamento na abordagem do
uso de jogos, brinquedos e brincadeiras na EI, observando os benefícios quanto facilitadores
para o processo de desenvolvimento de habilidades, pois estes possuem caráter criativo,
imaginário, inovador e sociabilizador.
O primeiro capítulo deste estudo traz a fundamentação teórica que está baseada em
estudos como os de Kishimoto (2008; 2009; 2010), Libâneo (2004), Fantacholi (2011),
Rodrigues (2013) e Silva (2017), alguns dos autores que podem ser citados dentre os
.utilizados para o embasamento teórico desta pesquisa
O segundo capítulo detalha a metodologia utilizada para o desenvolvimento deste
trabalho, que foi onde por meio de uma pesquisa bibliográfica se embasou o trabalho usando
as bases como o Google academico, Scielo e IBICT, além de documentos oficiais do governo
Federal, onde foram buscados monografias e artigos científicos, além de alguns outras obras e
textos que foram encontrados em revistas eletrônicas especializadas, principais artigos que já
discutiram a importância do uso de jogos, brinquedos e brincadeiras na EI em busca ultilizar
uma abordagem lúdica para trazer a vivência de uma aprendizagem que se reflete como
processo social. Os descritores utilizados na busca foram: Jogos, Brincadeiras, Aprendizagem
.significativa, Mediação e Ludicidade
O terceiro capítulo traz uma análise sobre os textos apresentados no capítulo primeiro,
com um levantamento sobre os benefícios e tipos de jogos, brinquedos e brincaderiras mais
.adequados para serem usados na EI
Por fim estão as consideraçoes finais com o relato dos resultados alcançados com a
.pesquisas, seguida da lista contendo as referência biliográficas utilizadas no estudo
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Pensando na importância que a escola tem para auxiliar o aluno no desenvolvimento


de habilidades que são importantes para a vida, este estudo buscou fundamentar a ideia sobre
o uso de jogos, brinquedos e brincadeira na escola com crianças na fase da EI como um
13

veículo para o acesso ao desenvolvimento dessas habilidades.

JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NO DESENVOLVIMENTO 1.1


INFANTIL

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9394/96 no artigo 30


aponta que o periodo da primeira infância (0 a 3 anos) é a etapa da vida marcada pelos
instintos e reflexos, onde as crianças têm suas primeiras adaptações e a descoberta do
ambiente no geral (BRASIL, 1996).
É importante então que as atividades para crianças nesta fase da vida estejam
vinculadas as experiências e vivencias dos primeiros anos de vida, onde a criança se
desenolve e aprende a partir de seus questionamentos.
A fase da segunda infância (4 a 5 anos) é marcada pelo aumento das motivações,
sentimentos e desejos de conhecer o mundo e aprender; as crianças explodem em curiosidade
(OLIVEIRA, 2000).
A curiosidade é manifestada a partir dos “porquês?” e “como?” da criança; momento
este que se mostra propício para as inserir no universo da busca por respostas e resolução de
problemas.
Como a oralidade já está bem desenvolvida nesta fase da vida, é possível ter uma
participação mais ativa destas crianças em atividades na escola, momento que propicia o uso
de objetos interessantes para ampliar as experiências com jogos e brincadeiras no trabalho
com as crianças pequenas (BARBOSA; HORN, 2008).
Piaget (1998) descreve a existência de quatro estágios de desenvolvimento do ser
humano. O estágio sensório-motor acontece até os 2 anos de idade e se caracteriza pela não
verbalização e pelo ato-reflexo. O estágio pré-operacional acontece de 3 a 7 anos de idade e se
caracteriza pelo desenvolvimento da linguagem e o egocentrismo. É nesta fase em que se
observa uma grande oportunidade para trabalhar o desenvolvimento positivo das relações
sociais.
Sendo a EI a primeira etapa do ensino formal, a escola deve favorecer o máximo
possível à integração da criança ao meio social e oferecer um leque de atividades
significativas e que lhe proporcione prazer ao serem realizadas. O professor deve então
preparar atividades diversas e desafiadoras, além de incentivar a participação não apenas
individual, mas principalmente em grupo de modo a alcançar o desenvolvimento integral de
todos os seus alunos (SILVA, 2017).
14

Os jogos, brinquedos e brincadeiras no cotidiano no dia-a-dia em turma da EI possuem


caráter criativo, imaginário, inovador e sociabilizador. Auxilia a criança a se desenvolver de
forma integral, uma vez que ela busca compreender o mundo que a cerca e construir de forma
única e participativa sua relação com o conhecimento. São ferramentas que “contribuem em
muito para a formação do eu crítico, pensante, solidário, cooperativo, com iniciativa,
participativo e responsável pela iniciativa pessoal e grupal” (RODRIGUES, 2013, p. 13).
Essas práticas são apontadas como de grande relevância para o desenvolvimento das
crianças, que se constitui em um direito garantido aos pequenos que aparece explícito tanto
em algumas leis específicas quanto em referenciais para a educação básica, sendo possível
observar no artigo 227 da Constituição Federal de 1988, onde aponta que o lazer, ou
atividades que dão prazer, como direito da criança (BRASIL, 1988).
A criança precisa desenvolver coordenação motora ampla, esquema corporal,
coordenação visomotora, discriminação visual e auditiva e também orientação tempo-
espacial. Ao brincar a criança desenvolve todas todas essas habilidades de forma criativa e
divertida, tornando o aprender mais prazeroso e feliz (OLIVEIRA, 2011).
Em Valentim (2013) diz que o jogo é um exercício de preparação para o
desenvolvimento físico das funções dos órgãos dos seres vivos, em que a criança produz suas
percepções, alcança progressão intelectual, experimenta, começa a perceber e entender as
regras socais, se traduzindo em um elemento poderoso para a aprendizagem quando utilizado
na iniciação de conteúdos na escola.

O jogo e o brincar são fundamentais para desenvolver de forma efetiva e completa


pelo fato de colaborarem significativamente, com o desenvolver físico cognitivo
infantil, além de envolverem as relações afetivas que a criança estabelece com o
meio e com os indivíduos nele inseridos (MIRANDA; SILVA, 2010, p. 3)

O ensinar e o aprender, são processos onde a mediação do professor e as relações


sociais de produção do conhecimento são fundamentais para o desenvolvimento dos
estudantes. Assim, o aprendizado está inteiramente relacionado ao desenvolvimento, contudo,
os dois são realizados independentemente (MODESTO; RUBIO, 2014).
Vygotsky (1998) aponta que existe melhora no nível de aprendizagem a partir da
interação, onde as relações interpessoais de troca com o meio são responsáveis e levam ao
aprendizado. Entende-se que aquilo que parece ser intríseco do indivíduo é na verdade
resultado de uma construção que acontece a partir de sua relação com o outro, apontando a
importãncia do trabalho coletivo, que veicula a cultura, onde apesar de haver um alto
potencial biológico de a criança se desenvolver, se não houver interação com o outro seu
15

.desenvolvimento não será pleno


Nas palavras de Vygotsky (1998) o professor tem o paple de ser um mediador entre
seu aluno e o mundo, onde se entende que seu principal objetivo seja dar a oportunidade de
.que este aluno entenda as coisas que o cercam
Considerando isto e ligado a ideia do autor, se encontra a “Zona de Desenvolvimento
Proximal” (ZDP), que pode ser traduzida como o espaço que ainda será preenchido com os
conhecimentos que são apresentados à criança. Deve ser considerado o que esta já é, o que ela
sabe fazer sozinha e o potencial que será trabalhado nesta criança, sendo importante pontuar
que o desenvolvimento deste potencial dcve ser acompanhado e instruído de forma que ela
.possa aprender com outros que estão por perto e a sua volta
De acordo com a BNCC se tem que “é na interação com os pares e com adultos que as
.”crianças vão constituindo um modo próprio de ser e agir
O professor representa o elo entre a criança e o que se pode desenvolver; ele é aquele
que observando a criança, identifica o potencial que tem a ser desenvolvido e lança estímulos
para que a criança possa superar obstáculos e venha se apropriar daquilo que já era capaz de
.fazer naturalmente, mas não sabia que podia fazer
Freire (1997) coloca que o educador é um apoiador que com sua experiência descobre
a ZDP do aluno, levando este a interagir da melhor maneira com outros a sua volta, bem como
consigo mesmo de dorma a alcançar plenamente seu potencial, sendo isto um direito da
.criança
A relação com o outro cria um elo forte em que mentalidades são transformadas, sendo
possível a mudança de comportamento que alcança o combate de atitudes agressivas que
expressam a falta de respeito com o outro, ampliando relações que envolvam valores de
reconhecimento e respeito mútuo, o que auxilia o desenvolvimento do comportamento
.adequado do aluno para um viver em sociedade
A educação escolar tem um papel crucial a desempenhar neste processo, uma vez que
é um espaço de convivência, principalmente para crianças na fase da infância; crianças estas
que possuem em muitas vezes culturas e nível socioeconômico diferentes, que cresceram
inseridas em espaços carregados de costumes e dogmas diferentes daqueles que cada um
conhece, com visões de mundo diversas daquelas que compartilham no espaço da família
.(BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2001)
Adaptar as atividades de modo que o que se ensina a que a criança, fazendo com que
ela enxergue o paralelo que existe com o que se vive fora do ambiente da escola, vêm ao
16

encontro das palavras de Libâneo (2004, p. 117) quando diz que

A escola é uma instituição social com objetivo explícito: o desenvolvimento das


potencialidades físicas, cognitivas e afetivas dos alunos, por meio da aprendizagem
dos conteúdos (conhecimentos, habilidades, procedimentos, atitudes e valores) que,
aliás, deve acontecer de maneira contextualizada desenvolvendo nos discentes a
capacidade de tornarem-se cidadãos participativos na sociedade em que vivem
.(LIBÂNEO; 2004, p.117)

O professor tem uma responsabilidade aqui em apresentar ao aluno este espaço em que
regras são ensinadas sobre o convívio num espaço que é público, regras estas que
desenvolvem um convívio democrático entre as culturas, oportunidade em que se usa os
espaços da educação para apresentar às crianças conhecimentos sistematizados sobre o mundo
.e a vida

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS 1.2

Colello (2017) ensina que usar o jogo na educação tem significado de divertimento,
brincadeira, passatempo. Culturalmente, o jogo é considerado como uma competição, porém é
peça importante para que haja o desenvolvimento físico, intelectual e social, uma vez que é
visto cada dia mais como uma ferramenta de apoio ao desenvolvimento infantil, refletindo ser
uma ponte entre a infância e a vida adulta.
Com o uso de jogos infantis se encontra a finalidade de estimular o crescimento e
aprendizagem com a relação entre duas ou mais pessoas, instruindo a quem participa que
regras são estabelecidas e devem ser respeitadas, mesmo que seja em uma competição.
Valentim (2013, p. 9) afirmam que “o jogo é uma assimilação do real à atividade
própria fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das
necessidades múltiplas do eu” (sob as duas formas essenciais de exercício sensório motor e de
simbolismo).
Souza (2013) explica que so jogos possuem regras que podem ser adaptadas de acordo
com o espaço e material disponível para sua execução, inclusive para adequar a quantidade de
participantes em uma rodada, independente de representar uma competição ou ser de
colaboração, ser um passatempo ou para diverter.
A importância do uso de jogos na vida de alunos pequenos está prevista em lei e
consta de documento oficial sobre a EI. O Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil (RCNEI) é um documento que foi elaborado pela Secretaria de Educação
17

Fundamental, pertencente ao Ministério da Educação, guia a construção dos currículos de


creches e escolas de EI, apresentando orientações didáticas para professors que atuam
diretamente com crianças de 0 a 5 anos e 11 meses (BRASIL, 1998).

Os jogos constituem uma forma interessante de propor problemas, pois permitem


que estes sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade na
elaboração de estratégias de resolução e busca de soluções (...), estimula o
planejamento das ações e possibilitam a construção de uma atitude positiva diante
dos erros, uma vez que as situações se sucedem rapidamente e podem ser corrigidas
de forma natural, no decorrer da ação, sem deixar marcas negativas (BRASIL, 1998,
p.46)

Durante os jogos e brincadeiras, as crianças adquirem diversas experiências, interagem


com outras pessoas, organizam seu pensamento, tomam decisões, desenvolvem o pensamento
.abstrato e criam maneiras diversificadas de jogar, brincar e produzir conhecimentos
Nesse sentido, os jogos e as brincadeiras são instrumentos pedagógicos importantes e
determinantes para desenvolver os pequenos, pois no jogar e no brincar eles desenvolvem
.habilidades necessárias para desenvolver o convívio com o outro
Kishimoto (2010, p. 13) cita o jogo promove o desenvolvimento quando diz que

O jogo como promotor de aprendizagem e do desenvolvimento passa a ser


considerado nas praticas escolares como importante aliado para o ensino, já que
coloca o aluno diante de situações lúdicas como o jogo pode ser uma boa estratégia
para aproximá-los dos conteúdos culturais a serem vinculados na escola
(KISHIMOTO, 2010, p.13)

Jogos auxiliam a criança a se desenvolver como um todo; ajuda a reduzir a


agressividade, auxiliando de forma direta a ser inserida à sociedade, além de construir de
forma positiva seu conhecimento. Jogar leva a criança a conseguir fazer comparações,
analisar situações, dar nome as coisas, associar situações, fazer cálculos, classificar a ordem
das coisas, compor seu pensamento, conceituar situações e criar. Desta forma, os jogos
aproximam a realidade da criança à realidade do mundo, desenvolvendo sua inteligência,
sensibilidade, habilidades e criatividade, além de auxiliar na “construção de conhecimentos de
.maneira eficaz e contagiante” (SOUZA, 2013, p. 13)
Fantacholi (2011 p. 28) aponta que a criança ao absorver com ludicidade o que lhe foi
ensinado, contrói significado e cria afeto ao desenvolver a inteligência, “já que ela se
modifica a partir de um ato do que lhe transmitido para um transsformar do lúdico que é o
.”jogo
Gohn (2006) cita que a escola é a instituição que oferece de forma
18

sistematizada conhecimentos que tem papel central na formação dos educandos, e é


importante que estes encontrem nela um espaço que seja favorável para brincar.
O professor deve planejar as atividades buscando aspectos do desenvolvimento, onde
se percebe que existe preocupação com aspectos que englobam o desenvolvimento físico-
motor, afetivo, social e cognitivo das crianças, levando o aluno a conhecer corporalmente as
próprias potencialidades, recontar e dramatizar histórias, expressar as próprias emoções e
sentimentos, utilizar movimentos coordenados em jogos, danças e brincadeiras, todas esta
técnicas que envolvem a ludicidade, criando um ambiente que reúna elementos motivadores
em que a criança sinta prazer na realização das atividades.
Souza (2013) explica que o ato de jogar ajuda a criança a se desenvolver de forma
integral, reduzindo a agressividade e auxiliando na sua inserção à sociedade, bem como na
construção de seu conhecimento. Jogar a leva a conseguir comparar, analisar, nomear,
associar, calcular, classificar, compor, conceituar e criar. Assim, os jogos trazem o mundo para
a realidade da criança, possibilitando desenvolver a inteligência, a sensibilidade, habilidades e
.criatividade
Piaget (1998) ensina que a educação e o lúdico devem se unir para que haja uma
concretização do aprendizado escolar. O educador precisa estar sempre observando as
habilidades desenvolvidas pelas crianças, e quais ainda precisam ser revistas e estimuladas em
.sala de aula
Toda criança tem um determinado tempo para se desenvolver. Depende somente da
idade e do ambiente em que ela esteja para a conquista de cada fase, uns alcançam essa
transformação antes da idade prevista e outras no tempo determinado (GADOTTI, 2013, p.
.139)
Os educadores devem explorar as ações com o jogo de modo que estas sejam criadas e
recriadas, trazendo aos alunos sempre uma nova maneira para se descobrir algo novo,
transformando aquilo que se tinha em um novo jogo, ou até mesmo levando o aluno a
.descobrir um novo jeito de se jogar (FANTACHOLI, 2011)
Para Kishimoto (2008, p. 36)

O uso do brinquedo e do jogo educativo com fins pedagógicos remete-nos para a


relevância desse instrumento para situações de ensino-aprendizagem e de
desenvolvimento infantil. Se considerarmos que a criança pré-escolar aprende de
modo intuitivo adquiri noções espontâneas, em processos interativos, envolvendo o
ser humano inteiro com cognições, afetivas, corpo e interações sociais, o brinquedo
desempenha um papel de grande relevância para desenvolvê-la (KISHIMOTO,
2008, p. 36).
19

Segundo Kishimoto (2008) o jogo, vincula-se ao sonho, a imaginação, ao pensamento


e ao símbolo. É uma proposta para a educação de criança (e educadores de crianças) com base
no jogo e nas linguagens artística. A concepção do autor sobre o homem como ser símbolo,
que se constrói coletivamente e cuja capacidade de pensar esta ligada á capacidade de sonhar,
imaginar e jogar com a realidade é fundamental para propor uma nova "pedagogia da
criança". Vê o jogar como gênero da "metáfora" humana, ou talvez, aquilo que nos torna
.realmente humanos
O estudo de Souza (2013) destaca que infelizmente ainda muitas professoras possuem
uma visão sobre a importância dos jogos, porém sem uma vinculação direta das atividades
pedagógicas desenvolvidas com os alunos, não existindo uma relação direta e significativa
.entre atividades com jogos e o aprender
O autor explica que é possível perceber claramente uma desvinculação entre os jogos e
aprendizagem, uma vez que os jogos somente estarão presentes nas brincadeiras das crianças,
e não na função de atuante e motivador do aprendizado, essa função de promotora de uma
aprendizagem mais significativa, fica a cargo dos professores chamados especialistas
.(Educação Física, Artes e Inglês)
Souza (2013) ainda cita que o professor responsável por acompanhar sua sala é o
responsável por desenvolver as atividades primordiais de alfabetização, como por exemplo,
Português e Matemática, uma vez que existe certa cobrança por parte dos pais e da própria
estrutura de aprendizagem que os leva a entender que atividades lúdicas que envolvam o jogo
.não leva ao conhecimento efetivo
Para Vygotsky (1998) o desenvolvimento infantil conta com o jogo simbólico para
acontecer, sendo este representado pela imitação, onde se tem para a criança uma ZDP
formada pelas funções que ainda não foram amadurecidas, mas que serão logo alcançadas em
um futuro não distante, pois são funções que ainda estão passando por um processo de
.maturidade
O autor cita que para a criança o processo de aprendizagem tem seu início muito antes
de esta ingressar à escola. Sendo assim, quando chega neste novo ambiente, já possui uma
.história que lhe deu algum tipo de experiência
O jogo infantil transforma a criança, pois carrega em si um significado muito
abrangente que carrega uma carga psicológica que revela a personalidade do jogador, ou seja,
a pessoa tem a oportunidade de se conhecer enquanto joga. É também construtivo, pois requer
.uma ação do jogador sobre a realidade (SILVA, 2017)
20

A autora cita que durante o jogo a personalidade do jogador se revela de acordo com sua
cultura; se percebe psicológica e culturalmente frente à realidade que o cerca, contruindo
.conhecimento a partir do manuseio de materiais e da cooperação nas ações previstas
Nas palavras de Souza (2013, p. 14) “o jogo faz parte do ambiente natural da criança” e
que “somente no ambiente natural da criança é que ela poderá ter um desenvolvimento
.”seguro”, “pois as referências abstratas e remotas não correspondem aos seus interesses
Silva (2017) explica que os jogos e as brincadeiras são fundamentais no processo de
aprendizagem de criança na EI, demonstrando assim a importância de os professores desta
etapa da educação terem conhecimento dos benefícios e ganhos que ssão alcançados a partir
.da utilização destes em sala de aula
O jogo como método pedagógico apresenta vantagens para o conhecimento de cultura,
linguagem, regras/normas, convívio social, percepção do próprio indivíduo e pertencimento a
.um grupo ou lugar

OS BRINQUEDOS EDUCATIVOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM 1.3

Os brinquedos educativos são excelentes ferramentas para auxiliar na alfabetização


.das crianças, podendo ser utilizados na EI
Apresentar novos métodos para a aprendizagem aos alunos é um ato que beneficia
alunos e professores, pois alavanca maior envolvimento em busca de novos conhecimentos, já
que a busca pelo “novo” é uma característica do ser humano aguçada pela curiosidade. Esta
característica intrínseca contribui na formação de pessoas mais críticas e racionais
(MARQUEZOTTI, 2009)
Observando as palavras de Murcia (2005, p. 46) se entende a importância em levar os
alunos a terem experiências na escola, pois afirma que “o que é imediatamente experimentado
.”não precisa ser ensinado nem repetido para ser memorizado
Aos professores, Freire (1997, p. 52) lembra que “o ato de ensinar não se resume a
transferir conhecimento, mas sim, ao dever de criar as possibilidades para este conhecimento
.seja produzido ou construído” e que este aconteça de forma consciente, clara e objetiva
Vygotsky (1998) explica que o brinquedo oportuniza o desenvolvimento da
imaginação, onde a brincadeira de faz-de-conta tem um papel central. Ao brincar de casinha,
de escolinha, imita estar cavalgando quando usa um cabo de vassoura para montar em seu
cavalo. Apesar de outros brinquedos serem mencionados, o autor privilegia a brincadeira
21

cheia de ludicidade que é o faz-de-conta quando discute o papel do brinquedo ao desenvolver


.crianças, pois observa o quanto esta brincadeira revela sobre quem a brinca
O brinquedo tem o poder de fazer com que o comportamento habitual seja mudado,
arriscando imitar ideias de comportamentos que estão em sua mente, desenvolvendo
.habilidades como de expressão (FANTACHOLI, 2011)
Colello (2017, p. 38) explica que “ao chegar à escola as crianças já trazem consigo as
experiências de um mundo letrado e quanto mais essas experiências forem valorizadas”,
quanto maior for o acesso à diversidade de materiais, “de ambientes que favoreçam e
estimulem a curiosidade e interação social, melhor será a resposta desse aluno dentro deste
complexo processo”.
Isto faz lembrar que é importante que a linguagem e os recursos utilizados no processo
educativo devam ser adequados para o indivíduo ao qual este processo se refere, entendendo
que a construção do conhecimento precisa partir daquilo que a criança já aprendeu em algum
momento, se mostra relevante estímular, aguçar a criatividade e a imaginação dos pequenos.
Silva (2017) explica que o brinquedo é o objeto usado pela criança para ter acesso ao
brincar; através dele, se imagina uma situação cotidiana, onde a criança tem a liberdade de
ação sobre o mesmo, levando esta a representar cenas onde o faz-de-conta transforma seu
mundo imaginário em realidade, manipulando o brinquedo de modo que este atenda suas
necessidades/expectativas dentro desta sua nova realidade criada.
O brinquedo leva a criar, pois tem dá liberdade para agir com criatividade,
direcionando seu comportamento de acordo com o que ela determina que está vendo, ou seja,
.“os objetos perdem sua força determinadora” (VYGOTSKY, 1998, p. 127)
Observando esta fala é possível citar um exemplo onde a criança ao brincar de fazer
comida, ela coloca água em uma panela de brinquedo e diz que está fritando uma comidinha.
È comum que a crinaça neste momento fale sobre uma comida que de fato goste muito, ou
.que normalmente vê sua mãe ou avó preparar em casa para a família

A importância de se usar Brinquedos na Escola 1.3.1

Para Kishimoto (2010) o brinquedo se difere do jogo, pois sem ter um sistema de
regras para seu uso, representa uma ligação intima com a criança, sendo ele usado para
divertir e em muitas vezes representa e leva a criança a expressar o que ela tem em sua
.realidade de vivência
Esta ideia está firmada nas palavras de Vygotsky (1998) quando relata que o brinquedo
22

dá suporte a brincadeira e influencia de forma direta o desenvolvimento da criança, pois ele é


o veículo daquilo que é real e a ação da criança cheia de significados, ação esta representada
por imitações que traduzem muitas vezes sua realidade, ou pelo menos, o modo como esta
.criança enxerga tal realidade
É importante observar neste momento que os autores demonstram que o brinquedo não
.pode ser confundido como um jogo, e sim está relacionado diretamente com a brincadeira
Existem diversas possibilidades de usar brinquedos de forma criativa no espaço da
escola, sendo uma delas o uso do monta-monta para que os alunos tenham a oportunidade e
.liberdade de criarem novos brinquedos

Ao utilizar o brinquedo a criança não está apenas realizando uma atividade


recreativa, mas exercitando seus processos de desenvolvimento. Assim, quando a
criança pensa, imagina, representa, relaciona-se com o outro, durante as atividades
realizadas por meio da brincadeira, essas ações se transformam em um fator
educativo. E essas atividades quando trabalhadas de forma planejada e organizada,
.pode ser instrumento no processo pedagógico (CANDIDO; ROSIN, 2013, p. 04)

O professor tem a responsabilidade de direcionar os alunos em atividades que dê essa


oportunidade para criar, logo, montar uma feira cultural com as obras criadas com o trabalho
dos alunos, é uma chance de ajudar no exercício do compartilhamento da responsabilidade do
.evento para com todos (MURCIA, 2005)
Esta atividade tem potencial para desenvolver habilidades com a imaginação que já é
algo inerente dos pequenos. É possível perceber que com algumas horas de aula, diversos
.trabalhos com histórias que trazem significado para os alunos são contadas e compartilhadas
Segundo Kishimoto (2010) o uso do brinquedo é uma ação livre, que acontece a
qualquer momento, sendo conduzida pela criança. Uma atividade que dá prazer e não tem
uma exigência de se alcançar um produto final. O brinquedo relaxa, envolve a criança, ensina
.regras, linguagens, desenvolve habilidades e a introduz no mundo imaginário
A partir desta proposta é possível observar a capacidade que as crianças possuem ao
criar objetos imaginários, alcançando assim a proposta de trazer ludicidade para o dia dos
.alunos

A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA 1.4

Souza (2013, p. 32) aponta em sua pesquisa uma grande preocupação, onde “as
crianças estão perdendo o hábito de brincar”, pois muitas delas estão a cada dia mais expostas
23

ao celular e não sãoi mais incentivadas a brincar nas aulas de movimento ou em momentos de
.lazer
Ao brincar a criança amplia suas possibilidades de aprendizagens, estabelecendo “
relações e significados com as pessoas, objetos, natureza e tudo aquilo que está ao seu redor”.
Vai além de uma mera atividade recreativa; faz com que a criança ultrapasse limites e se
.desenvolva, de modo que suas ações tomam sentido (SILVA, 2017, p. 14)
A espécie humana necessita do contato com outras pessoas, pois é através da interação
social que o ser humano desenvolve a linguagem, que é uma habilidade reconhecida na
ampliação de conhecimentos. E para a criança é fundamental para o seu desenvolvimento,
contato físico e social, e estes contatos ocorrem através da brincadeira. É na brincadeira que a
.criança aprende (CORDAZZO; VIEIRA, 2003)
Silva (2017, p. 12) explica que a brincadeira se traduz num “desejo da criança que
surge da necessidade de fazer algo que lhe proporcione prazer pelo simples fato de estar
realizando uma atividade de interesse inerente, sem fins para alcançá-la”, revelando ser “um
instrumento de extrema relevância para o seu desenvolvimento”, pois traz impressas
.características intrísecas do indivíduo que esatá brincando
A brincadeira na escola é um ato cheio de ludicidade que eva a criança se desenvolver
em aspectos cognitivo, social, físico, motor, além de usar a brincadeira para reproduzir
momentos por ela já vividos. É um ato que se diferencia de outras experiências que se tem na
escola devido ao uso de recursos e materiais diversos que levam a criança ao conhecimento,
oportunizando experiências que são agrupadas por modalidades de brincadeiras (SILVA,
.2017)
Através das brincadeiras que as crianças estão em contato físico, social e emocional
.com outras crianças e adultos, construindo seu papel na sociedade como indivíduo
Vygotsky e Piaget, por meio de estudos e observações de crianças, perceberam que o
brincar é um dos comportamentos mais presentes durante a infância. Ambos ressaltaram a
importância do viver social sobre o desenvolvimento da criança, e que é através da
brincadeira que esse desenvolvimento ocorre, dando avanços significativos na aprendizagem
.(CORDAZZO; VIEIRA, 2003)
O brincar propicia à criança a capacidade de trabalhar habilidades, de aprender a lidar “
e a superar limitações biológicas, de maneira natural e tranquila” (MIRANDA; SILVA, 2010,
.p. 2)
Um forma importante de se comunicar é o ato de brincar, onde a fantasia e a
imaginação ganham força a partir da liberdade que a criança tem para reproduzir seu
24

cotidiano de acordo com o que ela tem como experiência de vida até aquele momento. A
imaginação leva a criança a um processo de aprendizagem que se tem a facilidade de construir
a reflexão, a autonomia e a criatividade, além de estabelecer a relação entre o jogo e a
.aprendizagem (FANTACHOLI, 2011)
Na fala da autora a brincadeira leva a criança conseguir alcançar o significa\do das
.coisas, separando uma palavra de objetos, demonstrando que e a ação surge de suas ideias
Ao realizar uma brincadeira, a criança é um ser participante da ação, descobrindo a si “
mesmo e suas limitações, a realidade que a cerca, organizando suas ideias e adquirindo
.independência cognitiva” (SILVA, 2017, p. 9)
Para Vygotsky (1998, p. 58) a brincadeira tem papel importante ao constituir o
pensamento infantil, “pois é brincando que a criança revela seu estado cognitivo, visual,
auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo
.”de eventos, pessoas, coisas e símbolos
Para Vygotsky (1998) a brincadeira é uma atividade apoiada no contexto cultural e
social que faz parte da infância, onde a partir de sistemas de símbolos se recria a realidade..
Aqui a ZDP se encontra no nível atual de desenvolvimento da capacidade de resolver um
problema de forma independente e o nível de desenvolvimento potencial apontado pela forma
como se resolve um problema, sempre apoiado por outra pessoa, seja um adulto ou um colega
.que apresente mais capacidade para tal resolução
Oliveira (2000) explica que quando brinca a criança desenvolve a atenção, aprende a
memorizar, usa a imaginação ao imitar situações, além de desenvolver áreas da personalidade
como a afetividade, a motricidade, a inteligência, raciocínio, julgamento, argumentação, a
sociabilidade e a criatividade, a partir de um processo de humanização e cria vínculos
.duradouros
Nas palavras de Silva (2017) a brincadeira colabora de forma essencial para o
desenvolvimento de muitas das habilidades do aluno pequeno, pois quando brinca, a criança
entende e diferencia seu meio com o que está à sua volta naquele momento, alcançando um
fortalecimento cognitivo, o que lhe dá autonomia para a execução de tarefas mais complexas,
.melhorando inclusive seu desenvolvimento motor
Entende-se então a importância da brincadeira para o desenvolvimento da criança, pois
de forma gradativa surgem situações em sua vida onde elementos elaborados proporcionam
experiências, dando possibilidade a conquista e a formação de sua identidade a partir do que é
mais simples e funcional até aquelas brincadeiras que possuem regras que precisam ser
respeitadas e cumpridas. É possível entender que a brincadeira também é uma ferramenta que
25

.ensina e impõe limite


Nas palavras de Kishimoto (2010, p. 1) “para a criança, o brincar é a atividade
principal do dia-a-dia”, pois, “é através dela que a criança significa e ressignifica o mundo,
constituindo suas práticas culturais”.
O desenvolvimento integral do ser humano nos aspectos físico, social, cultural,
afetivo, emocional e cognitivo está cercado pela importância do ato de brincar, pois a
ludicidade traz prazer a aprendizagem sem representar apenas uma atividade de lazer, porém
de suma importância para se lidar com problemas de aprendizagem, uma vez que a criança
passa a estabelecer regras que são constituídas por ela e em grupo, contribuindo para a
integração do indivíduo na sociedade, pois desenvolve a capacidade de compreender pontos
de vista diferentes, de se fazer entender e de demonstrar sua opinião aos outros
.(FANTACHOLI, 2011)
Para Kishimoto (2010) brincar significa se divertir, onde a ação da recreação aparece
como para entreter e distrair, sendo que este entretenimento pode acontecer com jogos
.infantis
Para Oliveira (2000) o brincar significa desenvolver-se de forma integral, não
.considerado apenas um ato de recrear
Ao brinca a criança dá várias informações sobre si, e tem estímulo para se “
desenvolver de forma integral, tanto em casa com sua família como na escola com seus
.colegas de turma” (FANTACHOLI, 2011, p. 26)
Nessa perspectiva, é importante ressaltar que brincar leva a criança a combater medos,
experimentar novas sensações, assumir vários papéis, fazer descobertas sobre si e o outro.
Sendo assim, é fundamental compreendermos a importância da inserção e utilização de jogos
e brincadeiras na prática pedagógica e estabelecer uma relação entre brincar e aprender pode
tornar o processo de aprendizagem prazeroso e ao mesmo tempo enriquecedor para a criança.
Por meio da participação em jogos e brincadeiras, o aluno interage e socializa, integrando-se
com o outro (RODRIGUES, 2013).
Colello (2017) explica que a brincadeira ensina a criança a aprender a respeitar regras,
o que leva a ampliação do relacionamento social, onde se aprende a respeitar a si e ao outro.
Através do lúdico se alcança melhora no modo de se expressar, amplia a capacidade de ouvir,
respeitar e discordar de opiniões, exercendo liderança e sendo liderado ao compartilhar a
.alegria de brincar
Já quando o ambiente é mais sério e sem motivação, os alunos ficam mais retraídos e
acabam evitando expressar seus pensamentos e sentimentos, além de evitar a realização de
26

.qualquer outra atitude com medo de serem repreendidos e de se sentirem constrangidos


Fantacholi (2011, p. 29) afirma que “ao observar a criança brincando se entende que
ela demosntra e reproduz o que vive; extrai e reprenta seu dia-a-dia pelo que imagina de
forma lúdica”. Assim, ela pode se preparar emocionalmente a ter o controle sobre as atitudes e
emoções que terá socialmente, o que contribui de forma assertiva para o alcance de melhores
.resultados quando for enfrentar problemas reais na trajetória de sua vida
Aqui se observa e entende que o brincar atua no processo psicológico, onde o
desenvolvimento e a aprendizagem nos processos infantis tem prevalência para a vida de cada
.indivíduo dce forma geral
Vygotsky (1998, p. 28) explica que brincar é uma atividade humana que favorece a
ação criadora, em que “a imaginação, fantasia e realidade entram em uma interação para que
haja a produção de novas formas de construir relações sociais com outras crianças ou
adultos”, afastando a brincadeira de ser “caracterizada como uma atividade de assimilação de
códigos e papéis sociais e culturais, vista como apenas um facilitador do processo de
socialização da criança para que possa ser integrada à sociedade”. Na EI, a brincadeira reflete
o dia a dia da criança na forma de se relacionar com seus pares, principalmente com adultos.
É uma situação imaginária, que é criada a partir daquilo que é absorvido pela criança em suas
.interações
Nas palavras de Kishimoto (2010, p. 1) se tem que “entre as coisas de que a criança
gosta está o brincar, que é um dos seus direitos. Essa brincadeira é uma ação livre, que não
tem hora certa ou determinada para começar; “iniciada e conduzida pela criança”. A
brincadeira é uma ação que “dá prazer, não exige como condição um produto final; relaxa,
envolve, ensina regras, linguagens, desenvolve habilidades e introduz a criança no mundo
.”imaginário
Silva (2017) explica que quando se oferece o brincar na escola, a criança tem um
desenvolvimento integral, pois se envolve afetivamente, convive de modo social e opera
intelectualmente, desenvolvendo a amabilidade e se torna cativante, gastando energia de
maneira correta; ao imaginar, constrói normas e busca alternativas para resolver problemas
.que surgem enquanto brinca
A EI necessita de novas abordagens para que se torne realmente eficiente, formando
cidadãos e transformando vidas, como citam Arruda e Moura (2007) ao dizerem que através
da brincadeira a criança consegue expressar seus sentimentos em relação ao mundo social e
transformar sua realidade, considerando que muitas vezes esta realidade é tortuosa devido aos
.problemas que as acompanham
27

O modo como o professor define a organização dos espaços e tempos na escola, bem
como o modo como define os materiais que estarão a disposição das crianças nos momentos
de brincadeiras, são passos que devem ser definidos e planejdos, pois elas fazem a diferença
no brincar da criança na escola. Experiências pedagógicas podem ser oportunizadas a partir
.do gesto de brincar, momento em que a criança aprende com significado (SILVA, 2017)
Assim se entende que a brincadeira tem importância para a criança, pois auxilia esta
em seu processo de aprendizagem. Proporciona situações imaginárias que levam ao
desenvolvimento cognitivo, facilitando a interação com pessoas que irão contribuir para a
.absorção e apropriação do conhecimento também cultural

A importância do uso da Música como Brincadeira na Educação Infantil 1.4.1

Desde a infância o gosto musical pode ser influenciado pela cultura familiar, na qual a
criança acaba gostando daquilo que primeiro foi lhe apresentado, sendo isto podendo ser
mudado quando se tem contato com outras culturas e seus variados estilos musicais, o que
favorece a formação de sua personalidade, definindo seu estilo e modo de se expressar, por
.meio do gênero musical pelo qual mais se identificou
Bueno (2012) explica que pelo ouvir música é que se aprecia o gênero musical. O
desenvolvimento do gosto musical acontece pela frequência com que se ouve e aprecia
.músicas, despertando a vocação natural de desenvolver a habilidade de criação
Seguindo o que está descrito no Referencial Curricular para a Educação Infantil
(RCNEI) sobre a música, se encontra que ela

(...) é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e


comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e
relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. A música está presente em todas
as culturas, nas mais diversas situações: festas e comemorações, rituais religiosos,
manifestações cívicas, políticas etc. (BRASIL, 1998, p. 45).

Nas palavras de Brito (2003, p. 28) se tem que “como uma das formas de
representação simbólica do mundo, a música, em sua diversidade e riqueza, permite-nos
.”conhecer melhor a nós mesmos e ao outro próximo ou distante
A música é parte do cotidiano infantil, em todas as atividades ela se faz presente dando
suporte para a aprendizagem, ensinando valores morais e éticos entre outras inúmeras funções
relacionadas com a mesma, tendo em vista as rotinas desenvolvidas em creches e em outras
.instituições que atendam crianças (BRITO, 2003)
28

Segundo o RCNEI a aprendizagem musical é uma forma de conhecimento e expressão


que deve estar ao alcance de bebês e crianças, incluindo as que apresentem necessidades
especiais, sendo ainda a linguagem musical uma importante fonte para o desenvolvimento
humano (BRASIL, 1998).

Um expoente a ser analisado dentro da linguagem musical é a falta de ações


pedagógicas que atendam as reais necessidades do educando. Apesar de fazer parte
do planejamento e ser considerada como fundamental na cultura da infância, a
música tem atendido a propósitos alheios às suas reais especificações. Ela é tratada
como um algo que já vem pronto, servindo como objeto de reprodução e formação
de hábitos na rotina escolar, o que acaba por deixá-la em defasagem junto às demais
áreas de conhecimento, quando poderia atender a um propósito interdisciplinar.
(BRASIL, 1998, p. 47).

Este documento ainda aponta que a aprendizagem musical é uma forma de


conhecimento e expressão que deve estar ao alcance de bebês e crianças, incluindo as que
apresentem necessidades especiais, sendo ainda a linguagem musical uma importante fonte
.para o desenvolvimento humano (BRASIL, 1998)
Através da musicalidade é favorecido o desenvolvimento da sensibilidade e da
criatividade na criança. Ela também se beneficia ao desenvolver o senso de rítmo e adquire o
prazer de ouvir música; melhora a memória de fixação e a imaginação. Tem melhores
resultados ao se concentrar e reconhece o respeito ao próximo, além de alcançar uma efetiva
consciência corporal e de movimento (NETTO; FARIA; RIOS, 2009).
Formas diferentes de se fazer música são aprendidas enquanto as crianças brincam ou
interagem com o universo sonoro. Nas palavras de Joly (2003, p. 116)

A criança, por meio da brincadeira, relaciona-se com o mundo que descobre a cada
dia e é dessa forma que faz música: brincando. Sempre receptiva e curiosa, ela
pesquisa materiais sonoros, inventa melodias e ouve com prazer a música de
diferentes povos e lugares (JOLY, 2003, p. 116).

A criança começa a categorizar e a dar significado aos sons, quando por meio de
brincadeiras com os objetos sonoros que estão ao seu alcance, experimentampossibilidades de
sua voz e imitam o que ouvem, buscando com que comecem a fazer sentido para ela.
Brito (2003) demonstra que a música faz parte do dia a dia das crianças na Educação
Infantil, dando suporte para a aprendizagem na maioria das atividades, podendo ser usada
como ferraemtna para ensinar valores morais e éticos.

A música contribui para a formação global do aluno, desenvolvendo a capacidade de


se expressar através de uma linguagem não verbal e os sentimentos e emoções, a
29

sensibilidade, o intelecto, o corpo e a personalidade [...] a música se presta a


favorecer uma série de áreas da criança. Essas áreas incluem a ‘’sensibilidade’’, a
‘’motricidade’’, o ‘’raciocínio’’ além de ‘transmissão’’ e do resgate de uma série de
elementos da cultura’’ (BRITO, 2003, p. 52).

O universo musical é muito vasto e recheado de estilos e gêneros, como o pop, samba,
rap, gospel, dentre outros, e também se tem dentro do gênero rock outras classificações como
heavy metal, punk e outros.
Desde a infância o gosto musical pode ser influenciado pela cultura familiar, na qual a
criança acaba gostando daquilo que primeiro foi lhe apresentado, porém isto pode ser
influenciado quando se tem contato com outras culturas e seus variados estilos musicais, o
que favorece a formação de sua personalidade, definindo seu estilo e modo de se expressar,
.por meio do gênero musical pelo qual mais se identificou
De acordo com a BNCC a “Música é a expressão artística que se materializa por meio
dos sons, que ganham forma, sentido e significado no âmbito da sensibilidade subjetiva e das
interações sociais, como resultado de saberes e valores estabelecidos no domínio da cultura”
.(BRASIL, 2017)
Ao usar a música em brincadeiras na escola se alcança uma evolução da capacidade de
associar símbolos para a criança, dando a esta apoio ao seu desenvolvimento integral. A
brincadeira com música ajuda na comunicação, e amplia o campo de conhecimento dando
acesso a culturas diferentes, o que colabora com a aprendizagem histórica e social, além dos
benefícios a parte motora e o desenvolvimento de suas habilidades com outras linguagens
.(TOUPTIZEN, 2017)
A música remete as pessoas a lembranças, sabores, cheiros e imagens, pois ela
.pertence, em grande parte, ao mundo dos sonhos (ARTEN; ZANCHETA; LOURO, 2007)
A linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar “
sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo
.entre som e o silêncio” (BRASIL, 1998, p. 45)
Ela possui forte poder de atração sobre o indivíduo na sociedade, pois mesmo que de
forma inconsciente, as pessoas acabam se familiarizando com ela, seja pelo movimento do
.corpo, ou mesmo ao cantarolar partes da uma melodia
Pode-se incorporar a educação musical como parte integrante da formação do “
individuo desde a infância, atendendo a vários propósitos, como a formação de hábitos
.atitudes e comportamentos” (BUENO, 2012, p.55)
Utilizar música na escola incentiva os alunos a participarem e a cooperarem uns com
30

os outrso, desenvolvendo a socialização de modo a destruir as barreiras que impedem o


sucesso do desenvolvimento do ensino. A música está inserida em todas as culturas no mund,
sendo fator determinante nos desenvolvimentos motor, linguístico e afetivo dos educandos
.(GARCIA; SANTOS, 2012)
Trata-se de uma ferramenta que leva professores a alcançarem seus objetivos, quando
exploram e desenvolvem características em seus alunos, pois ela desenvolve a criança
emocionalmente, afetivamente e cognitivamente, colaborando com o desenvolviamento da
coordenação motora, acuidade visual e auditiva, bem como melhora a memorização e a
atenção, ampliando a criatividade e a capacidade de a criança se comunicar (TOUPTZEN,
.2017)
De acordo com Garcia e Santos (2012) ela pode ser usada como um excelente
instrumento de cidadania, pois projetos que envolvem músicas, integração social e esporte,
atraem a atenção do público em geral. Ou seja, não é apenas um instrumento de alfabetização,
.mas também traz benefícios de socialização para as crianças na escola

A musica é um importante coadjuvante no trabalho psico-motor, inglês,


aprendizagem de números, cores, etc. [...] a música ajuda a acalmar as crianças e a
organizá-las [...] música alegra as crianças [...] a música é um excelente marketing
para a escola (BEYER; KEBACH, 2011, p.46).

Por meio do ritmo e do som a música atinge a motricidade e a sensorialidade humana,


e por meio da melodia se alcança a afetividade. Ela não substitui toda a educação, mas tem
como função alcançar o ser humano em sua totalidade. A educação tem como meta
desenvolver o indivíduo em suas capacidades, mas sem a música não é possível alcançar esta
meta, pois nenhuma outra atividade consegue levar o indivíduo a ação (GARCIA; SANTOS,
.2012)
Granja (2006) cita um trabalho realizado com a música elemental (música em que
todos são participantes, e não apenas ouvintes), música que não é abstrata, mas uma
integração dos elementos da linguagem falada, ritmo, movimento, canção e dança, na qual se
tem a improvisação, instinto que as crianças têm de criar suas próprias melodias, explorando a
.imaginação
O autor baseia seu trabalho em atividades lúdicas infantis como cantar, dizer rimas,
bater palmas, dançar e percutir em qualquer objeto que esteja à mão, instintos que são
direcionados para o aprendizado, fazendo música e somente depois partindo para ler e
.escrever, como se aprende a linguagem
31

O educardor deve sempre estar atento e disposto a colaborar com os pequenos em


busca trabalho em equipe para alcançarem juntos melhores resultados nna educação. A
educação musical colabora para que os alunos sejam criativos e interessados, levando ao
desenvolvimento em comum de modo a fazer com que todos tenham chances de aprender
.(NETTO; FARIA; RIOS, 2009)
Lima (2010) explica que a música deve ser considerada em função de seu significado
no processo de humanização do indivíduo, com vistas em um processo formativo mais amplo
que desenvolva a capacidade de diálogo.
A autora ainda explica que a educação musical escolar deve acontecer a partir de um
método atrativo e realista que possibilite a cada aluno um aprendizado prazeroso, acessível e
voltado para o seu crescimento pessoal, estando em concordância com o desenvolvimento
integral de cada indivíduo.
Para Chiarelli (2005) a música é importante para o desenvolvimento da inteligência e a
interação social da criança e a harmonia pessoal, facilitando a integração e a inclusão, sendo
assim essencial na educação, tanto como atividade e como instrumento de uso na
interdisciplinaridade na educação infantil.
A influência musical que será apresentada a criança na escola deve ser repensada e
planejada devido ao extenso universo de tipos e estilos musicais e repertório exclusivamente
adulto que podem influenciar as crianças ao o ouvirem.
“O trabalho com a apreciação musical deverá apresentar obras que despertem o desejo
de ouvir e interagir, pois para essas crianças ouvir é também, movimentar-se, já que as
crianças percebem e expressam-se globalmente” (BRASIL,1998, p.64).
Buscar músicas que fazem parte do mundo da criança, e trabalhar a partir deles,
músicas de boa qualidade que despertem o interesse e apreciação musical no ouvir e interagir
da criança, a partir de boas obras musicais, com música erudita, regional, popular, e o
cancioneiro infantil. O conhecimento de outras línguas também pode acontecer a partir da
observação da variedade de expressões e estilos.
O ensino de música nas escolas pode contribuir para que esse processo ocorra, sendo
assim importante para a criança começar a se relacionar com a música no ambiente escolar,
pois é nessa fase que ela constrói os saberes que irá utilizar para o resto de sua vida.
A música usada como brincadeira na Educação Infantil possui caráter criativo,
imaginário, inovador e sociabilizador, auxiliando o desenvolvimento da criança de forma
integral.
32

Ela pode ser utilizada em vários momentos do processo de ensino-aprendizagem,


sendo de grande importância na hora do conhecimento, permitindo avanços no
desenvolvimento lúdico, criativo, emotivo e cognitivo. As entidades escolares devem
incentivar a interdisciplinaridade e suas várias possibilidades, pois a música ajuda em todas as
fases e etapas do ensino.
“O trabalho com a apreciação musical deverá apresentar obras que despertem o desejo
de ouvir e interagir, pois para essas crianças ouvir é também, movimentar-se, já que as
crianças percebem e expressam-se globalmente” (BRASIL,1998, p.64).
Sendo assim, é importante que se traga para discussão temas como este, pois tornar a
aprendizagem mais dinâmica de maneira lúdica é algo que deve estar na mente dos futuros
educadores, uma vez que todos devem focar esforços no alcance de melhores resultados para
as crianças em idade escolar.

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA INFÂNCIA 1.5

Quando se insere os alunos no ambiente escolar utilizando da ludicidade como aliada


neste processo de inserção, se tem a oportunidade de traduzir o universo adulto para o
universo infantil, garantindo que haja uma alfabetização cheia de significado para estes alunos
.(SILVA; SANTOS, 2017)
Na EI o lúdico se traduz com grande importância para a aprendizagem significativa e
prazerosa promovendo o desenvolvimento dos educandos, uma vez que contribui para que
.haja o desenvolvimento não apenas do indivíduo, mas deste em grupo, ou socialmente
De acordo com Valentim (2013) o lúdico se forma a partir de um conjunto linguístico
existente em um contexto social. Se ajusta por um sistema de regras que o torna um objeto
.simbólico que aponta para um fenômeno
O lúdico permite que o aluno identifique o sistema de regras que estrutura a prática de
forma sequencial; uma ação que especifica a sua moralidade. O aluno da EI consegue
entender essas regras, pois está desenvolvendo a parte cognitiva, motora, social e afetiva o
que lhe proporciona a socialização e interação com outras crianças que aprendem juntas
.brincando
Silva e Santos (2017, p. 14) citam ser positivo e de grande proveito aliar as atividades
lúdicas ao processo de ensino aprendizagem, pois se tem colaboração no desenvolvimento de
33

.uma autoestima satisfatória


Piaget (1998) afirma que de acordo com o desenvolvimento da criança as atividades
lúdicas se tornam mais significativas, onde a partir da livre manipulação de materiais
variados, a criança passa a relembrar, reconstituir e reinventar as coisas, o que já exige uma
adaptação mais completa. “Essa adaptação só é possível a partir do momento em que ela
mesma evolui internamente, transformando essas atividades lúdicas daquilo que é o real e
.concreto de sua vida em algo que é abstrato” (SOUZA, 2013, p. 13)
Fantacholi (2011) apresenta que o ato de brincar é carregado de ludicidade, onde a
criança pode vivenciar a aprendizagem de forma significativa, representando um processo
social. O lúdico traz significância ao que é ensinado e ao que é aprendido, demonstrando
haver relação com um melhor rendimento na escola que vai além do conhecimento, do modo
.de falar e se expressar, formando o pensamento crítico e analítico
O lúdico traz prazer as atividades, e é de suma importãncia que os professores
considerem a adaptação dos conteúdo de forma a não interferir ou descaracterizar a ludicidade
.na execução das atividades, mesmo que seja esta uma brincadeira
Vygotsky (1998) cita que o professor deve usar atividades de forma lúdica para que a
criança seja desafiada a pensar em como resolver problemas, imitando e recriando soluções a

.partir de regras que são observadas por elas no comportamento dos adultos

O autor ainda explica que no contexto lúdico a criança tem a oportunidade de utilizar
sua criatividade e aprende a ter domínio próprio, firmando sua personalidade, além de
.aprender a lidar com o imprevisível
De acordo com Santos (2002) a atividade pensada para ser aplicada de forma lúdica,
deve ser utilizada como uma estratégia de ensino e aprendizagem pelos professores que
precisam entender a importância que existe na ludicidade para o desenvolvimento de alunos
.pequenos
Seguindo Silva (2017) o lúdico contribui para aprendizagem, pois a criança enfrenta
seus conflitos internos e desenvolve plenamente seus aspectos emocional, cognitivo e social.
A brincadeira dá a oportunidade para a criança errar e acertar, aprender e construir sua própria
.base de conhecimento
34

Nas palavs de Kishimoto (2009) o lúdico deve ser visto como uma ferramenta
contributiva para o melhor radesenvolvimento das crianças e não ser visto como algo fora do
.contexto educacional
Pereira (2015) explica que dar apoio para que haja o desenvolvimento da autonomia
do aluno sobre o que ele aprende, é importante para que haja a transformação dos indivíduos
de forma a serem mais cooperativos, aprendendo a fazer e a conviver. O espaço da escola
deve ser a base da educação para que os alunos se apropeim da produção cultural e das
.práticas sociais para se desenvolverem para a sociedade
Dentro deste contexto, o lúdico, ferramenta importante na mediação do conhecimento,
estimula a criança enquanto trabalha com material concreto, jogos, ou seja, tudo que ela possa
manusear, refletir e reorganizar. Assim, a aprendizagem acontece com mais facilidade e
entusiasmo, pois a criança aprende sem perceber, aprende brincando. O brincar enriquece a
dinâmica das relações sociais em sala de aula fortalecendo a relação entre o ser que ensina e o
.ser que aprende (MODESTO; RUBIO, 2014)
Silva (2017) cita que o professor deve utilizar recursos diferentes no planejamento das
atividades pedagógicas para aproximar o aluno da escola e mantê-lo motivado, criando um
espaço aconchegante, divertido, descontraído na sala de aula, que promova aprendizagens de
.maneira lúdica, criando um vínculo afetivo entre educador e educandos
O lúdico ajuda a desenvolver a criatividade, os conhecimentos, o raciocínio através do
uso de atividades como jogos, brincadeiras com música, dança e artes de encenação com a
mímica, fazendo com que a criança seja educada e aprenda a ter maior e melhor interação,
.aprendendo também a compartilhar com os outros (SILVA, 2017)
É de grande importância que as crianças sejam expostas a atividades cheias de
ludicidade para que possam ser preparadas para atuarem na vida em sociedade, entre o mundo
físico e social, tendo sempre a oportunidade de se ensinar e aprender muito com elas e sobre
elas, pois neste momento ao brincar, as crianças muitas vezes revelam seus medos, seus
anseios, suas características que vêm sendo moldadas e o desenvolvimento de sua
.personalidade
35

CAPÍTULO II – MÉTODO

A metodologia deste estudo está baseada em uma pesquisa qualitativa, pois existe a
.importância de certificar a qualidade dos dados coletados
O instrumento usado na coleta dos dados foi um levantamento bibliográfico em que se
apoiou nas falas de escritores como Vygotsky, Piaget e Kishimoto sobre a importância do uso
de jogos, brinquedos e brincadeiras como ferramentas pedagógicas na EI, momento em que se
observou as atividades usadas com as crianças desta fase da educação visando o
desenvolvimento de habilidades de socialização e desenvolvimento de características
importantes para o viver em sociedade saudável a partir da utilização do lúdico em sala de
.aula
As fontes de pesquisa utilizadas foram sites acadêmicos como o Google Acadêmico, o
Scielo e IBICT com o uso dos descritores: Jogos, Brincadeiras, Aprendizagem significativa,
Mediação e Ludicidade na busca de monografias e artigos científicos, além de algumas outras
obras e textos que foram encontrados em revistas eletrônicas especializadas com textos
publicados por autores renomados, e documentos oficiais do governo Federal para o
.embasamento teórico desta pesquisa
A partir deste levantamento, para a análise foram separados os principais artigos
encontrados que discuterm a importância do uso de jogos, brinquedos e brincadeiras na EI em
busca ultilizar uma abordagem lúdica para trazer a vivência de uma aprendizagem que se
.reflete como processo social
Assim, foram verificados os relatos da aplicação das atividades que mais indicaram
retorno positivo com benefícios ao desenvolvimento integral dos alunos, considerando
também os resultados com observância sobre o comportamento dos alunos com seus colegas
.de turma
36

CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÃO

Crianças pequenas, muitas vezes apresentam dificuldades de socialização na escola


onde se observa mau comportamento. Ao brincar elas podem reproduzir situações que levem
.a identificar qual é o real problema de relacionamento existente
Estabelecer uma relação entre brincar e aprender pode tornar o processo de
aprendizagem prazeroso e ao mesmo tempo enriquecedor para a criança. Por meio da
participação em jogos e brincadeiras, o aluno interage e socializa, integrando-se com os
.outros
Quando se observa a fala de Piaget (1998) dizendo que a educação e a ludicidade
devem unir-se para que haja uma concretização do aprendizado escolar, se entende que na
Educação Infantil o lúdico se traduz com grande importância para a aprendizagem
significativa e prazerosa promovendo o desenvolvimento dos educandos, uma vez que
contribui para que haja o desenvolvimento não apenas do indivíduo, mas deste em grupo, ou
.socialmente
O brinquedo tem o poder de fazer com que a criança mude seu comportamento
habitual, arriscando imitar ideias de comportamentos que estão em sua mente, desenvolvendo
.habilidades como de expressão (FANTACHOLI, 2011)
De acordo com o estudo de Oliveira (2000) se entende que a criança quando brinca
desenvolve a atenção, aprende a memorizar, usa a imaginação ao imitar situações, além de
desenvolver áreas da personalidade como a afetividade, a motricidade, a inteligência,
raciocínio, julgamento, argumentação, a sociabilidade e a criatividade, a partir de um processo
.de humanização e cria vínculos duradouros
Observando a fala da autora, é possível entender que ao brincar é possível que a
criança tenha mehora no seu relacionamento com outras crianças, isso porque sua
personalidade é desenvolvida e ela escolhe o que de fato quer ter a sua volta, onde prefere
estar inserida. Dar essa autonomia para escolher é importante para o desenvolvimento da
.criança
Para Silva (2017) a brincadeira é essencial para que haja o desenvolvimento de várias
habilidades, pois ao brincar a criança se fortalece cognitivamente ao ser capaz de entender e
diferenciar relações que existem onde ela está inserida e o que está à sua volta, alcançando
.autonomia para realizar atividades mais complexas, melhorando seu desenvolvimento motor
Rodrigues (2013, p. 13) esclarece que o uso de jogos, brinquedos e brincadeiras no
dia-a-dia da EI tem caráter criativo, imaginário, inovador e sociabilizador, contribuindo para
37

“a formação do eu crítico, pensante, solidário, cooperativo, com iniciativa, participativo e


responsável pela iniciativa pessoal e grupal”.
O autor relata que estes auxiliam alunos pequenos a se desenvolverem de forma
integral, pois buscam compreender o mundo que so cerca e construir de forma participativa
sua relação com o conhecimento.
A importância do brincar para a criança é direito garantido por lei. O 227 da
Constituição Federal de 1988 traz que o lazer, ou atividades que dão prazer são direito da
.criança e são considerados nos referenciais para a educação básica
Oferecer recreação para crianças pequenas com a prática de atividades lúdicas que
aconteçam de forma espontânea, favorece a liberdade de expressão, a criatividade e o prazer
.de trabalhar em conjunto, trazendo alegria para cada indivíduo (MARINS; COSTA, 2016)
As atividades recreativas que envolvem jogos, brinquedos e brincadeiras são
desenvolvidas em qualquer espaço, o que significa que podem acontecer for a ou dentro da
escola, mas são carregados de significados que levam ao desenvolvimento integral dos alunos
quando são considerados os aspectos cognitivos, afetivos, sociais e motores. Os jogos são
mecanismos da EI usados para fortalecer atividades significativas, mantendo um maior tempo
de concentração da criança na execução de uma tarefa, exigindo dela uma ação estratégica
sobre a realidade daquele momento.
Observando Modesto e Rubio (2014) pode se entender que o lúdico contribui para a
aprendizagem e ajuda no enfrentamento de conflitos internos da criança, levando ao
desenvolveimento emocional, cognitivo e social, pois brincando se pode errar e acertar,
.aprender e construir a própria base de conhecimento
Em Silva (2017) se tem que é necessário que jogos e brincadeiras façam parte do
planejamento das atividades, pois favorecem que a criança entenda o mundo e a sociedade,
melhorando a aprendizagem do que lhes é apresentado como conteúdo da escola. Mais uma
vez se encontra nas palavras desta autora a importância do uso de jogos e brincadeiras no
.desenvolvimento de capacidades físicas, cognitivas e socioafetivas
A autora explica que a brincadeira precisa ocupar um lugar de destaque na EI, pois
levar a criança a um aprendizado baseado nas sensações, emoções e experimentações com os
outros e com o meio, onde consegue aprender com seu próprio erro ao ter a oportunidade de
corrigí-lo. O lúdico da brincadeira apoia o relacionamento com outras pessoas e a percepção
do mundo transforma conhecimentos funcionais, que constrõem novos saberes.
O RCNEI aponta que a criança é um ser social que ao nascer já possui capacidades
38

afetivas, emocionais e cognitivas. Ela tem intrínceso o desejo de estar próxima às pessoas,
sendo capaz de interagir e aprender, onde compreendee e influencia seu ambiente. As crianças
se sentem cada vez mais seguras para se expressar, podendo aprender nas trocas sociais com
diferentes pessoas, de todas as idades que possuem percepções e compreensões diferentes das
suas (BRASIL, 1998, p. 22)
Essas interações geram a aprendizagem da criança, por isso é importante observer so
recursos que lhes são oferecidos.
O RCNEI indica algumas brincadeiras que devem ser usadas na EI e que levam as
crianças a se desenvolverem de modo integral.
São elas a imitação, que demonstra a capacidade que a criança tem ao observar e
aprender com os outros. A imitação revela o desejo que a criança tem de se identificar com
outras pessoas de modo que se sinta aceita e tente ser diferente.
A relação com o outro cria um elo forte em que mentalidades são transformadas, sendo
possível a mudança de comportamento que alcança o combate de atitudes agressivas que
expressam a falta de respeito com o outro, ampliando relações que envolvam valores de
reconhecimento e respeito mútuo, o que auxilia o desenvolvimento do comportamento
adequado do aluno para um viver em sociedade.
A oposição é a forma que a criança tem para mostrar que é diferente do outro,
afirmando seu ponto de vista e seus desejos, construindo o sujeito ao opor-se.
O brincar que é um lugar em que a criança vai além de imitar a vida; na brincadeira a
criança também é capaz de transformer a realidade a sua volta. A linguagem leva a criança a
mundos distantes e imaginários no seu dia a dia.
O faz-de-conta enriquece a identidade da criança, pois ela pode experimentar outras
maneiras de ser e pensar, aumentando a forma de ver e entender as coisas e pessoas ao
desempenhar vários personagens e papéis sociais.
Vygotsky (1998) explica que brincar auxilia o desenvolvimento da imaginação e a
brincadeira de faz-de-conta teria um papel central, pois a criança brinca utilizando objetos ou
brinquedos para imitar aquilo que ela já conhece.
Silva (2017) descrever que as brincadeiras e os jogos trazem vários benefícios para a
criança como aprendizagem, mostrar afeto, carinho, desafios e fazer amizades. Ressalta que
muitas crianças chegam na escola e escolhem se isolar porque ainda não conhecem ninguém e
aidna não tem amigos naquele espaço. A autora revela que a partir do momento que materiais
como brinquedos e atividades como jogos e brincadeiras são iniciados, elas começam a
39

interagir e fazem amizades, dando início a um novo ciclo de desenvolvimento.


É importante ressaltar o que citam Bock, Firtado e Teixeira (2001) quando explicam
que a educação escolar acontece em um espaço de convivência entre culturas e níveis
socioeconômicos diferentes, resultado da experiência de crianças cresceram inseridas em
espaços carregados de costumes e dogmas diferentes daqueles que cada um conhece, com
visões de mundo diversas daquelas que compartilham no espaço da família.
O estudo traz a música como uma forma de brincar na escola. Por meio da música se
pode expressar ideias e sentimentos, compreender valores e significados culturais presentes na
sociedade ou em um grupo.
Por meio do movimento e da dança as pessoas interagem corporalmente e é possível
apreciar a beleza ao escutar com atenção uma obra musical. A apropriação da imagem
corporal revela o modo como a criança aprende sobre o mundo, sobre si mesma e aprende a se
comunicar através da linguagem corporal.
Atividades que podem ser desempenhadas com a música revelam emoções que são
transmitidas ao se interpretar uma peça; seja tocando um instrumento ou cantando, se trabalha
com o aspecto cognitivo quando se pensa e constrói uma obra.
Trabalhar com a música na EI proporciona a utilização de uma ferramenta eficiente de
transformação social, na qual o ambiente de ensino e aprendizagem pode proporcionar o
respeito, a amizade, a cooperação e a reflexão necessárias para a formação o indivíduo para a
sociedade.
A música pode ser trabalhada em várias atividades que facilitam a aprendizagem,
fixando assuntos relevantes como comunicação e expressão, raciocínio lógico matemático, no
qual o professor deverá atribuir atividades que contribuam para que o indivíduo aprenda a
viver na sociedade, abrangendo aspectos comportamentais como disciplina, respeito,
gentileza, civilidade, valores e aspectos didáticos, com a formação de hábitos específicos, tais
como os relativos a datas comemorativas, cores, números, noções de higiene, a manifestações
folclóricas, poesias relacionadas a habilidades: análise, síntese, discriminação visual e
auditiva, coordenação visomotora (FELICIANO, 2012).
Assim, a música pode tornar o ambiente escolar mais alegre e favorável à
aprendizagem, propiciando uma alegria em sala essencial a pedagogia, e é preciso que os
esforços dos alunos sejam estimulados, compensados e recompensados com este ambiente, no
qual a música deve ser apresentada de forma lúdica.
A recreação com música acontece a partir de elementos básicos de música como altura
40

(agudo, médio, grave), intensidade (forte, fraco) e timbre do som (a característica de cada
som, o que diferencia as vozes e os instrumentos), e a duração dos valores proporcionais
(longo, curto) despertando os sentidos das crianças (SILVA, 2010).
O brinquedo musical possibilita acesso a liberdade e afirmação, além de socializar,
equilibrando e fortalecendo a personalidade da criança que brinca, voltando-se para aquilo
que faz apelo á sua atividade lúdica e a sua sensibilidade. Esta é uma compreensão dos
símbolos que representam à música.
Essa recreação pode acontecer com brincadeiras, jogos, histórias, danças, bandinha
rítmica (conjunto de percussão), canto e movimentos corporais.
Também por intermédio da improvisação de ritmos e melodias, o aluno desenvolve sua
criatividade, estimulando a socialização das crianças a partir de canções que fazem parte de
sua herança musical como Ciranda Cirandinha e Marcha Soldado.
A música vem ocupando cada vez mais espaço no cenário social da vida
contemporânea e está presente em todo e qualquer lugar. É facilmente encontrada no
cotidiano escolar das crianças, e se tornou uma prática comum nas escolas, principalmente nas
séries iniciais, nas quais ações como ouvir música na entrada e saída do período escolar, no
recreio se tornaram rotineiras.
A música também se faz necessária e é utilizada de forma bastante acentuada nas
festividades previstas no calendário escolar.
Para os educadores fica a responsabilidade de adaptar as atividades para que o
contreúdo a ser ensinado faça a criança enxergar o paralelo que existe com o que ela vive em
outros ambientes fora da escola.
Silva (2017) explica que a organização dos espaços e tempos na escola e a escolha dos
materiais que serão disponibilizados as crianças para brincar, é uma responsabilidade que
precisa ser planejada, pois elas fazem a diferença no desenvolvimento da criança na escola e
pode contribuir para a aprendizagem, pois a criança aprende com significado.
A EI necessita de novas abordagens para que se torne realmente eficiente, formando
cidadãos e transformando vidas, como citam Arruda e Moura (2007) ao dizerem que através
da brincadeira a criança consegue expressar seus sentimentos em relação ao mundo social e
transformar sua realidade, considerando que muitas vezes esta realidade é tortuosa devido aos
problemas que as acompanham.
Aqui se entende mais uma vez o papel importante do professor como um agente social
que favorece o desenvolvimento da criança de acordo com as abordagens que escolhe para
41

usar com elas de modo a alcançar resultados satisfatórios quanto a absorção e apropriação do
conhecimento cultural e a gradativa mudança de comportamento de forma consciente.
42

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do uso do jogo, brinquedo e da brincadeira como ferramenta pedagógica se


tem acesso ao lúdico, sendo possível entregar às crianças um ambiente de aprendizagem
prazeroso e motivador, onde as atividades bem planejadas possibilitam favorecer a o
desenvolvimento e a aprendizagem de diversas habilidades.
As crianças apresentam tempos diferentes para se desenvolverem e precisam ser
estimuladas de forma a descobrirem que são capazes de realizar tarefas que ainda lhes são
desconhecidas. Assim, é importante que discussões sobre os benefícios de se utilizar o jogo,
brinquedos e a brincadeira como ferramenta pedagógica desde os primeiros anos na escola,
uma vez que proporcionar meios em que a criança brinque junto com outras crianças, a faz
desenvolver de forma mais assertiva interação social.
Retomando o objetivo geral deste estudo buscou-se levantar bobliograficamente a
importância do usos de jogos, brinquedos e brincadeiras na EI observando o real valor dessas
ferramentas como mediadoras da aprendizagem de forma lúdica.
Como foi visto trabalhar de forma lúdica deve ser visto como uma ferramenta
contributiva para o melhor desenvolvimento das crianças e não ser visto como algo fora do
contexto educacional.
Isto mostra que excluir o uso de jogos e brincadeiras das aulas na EI é uma decisão
que pode influenciar de forma negativa o desenvolvimento e o comportamento de aluno
pequenos, prejudicando e interferindo no acesso a formação integral e na construção de
relações saudáveis destes.
Encontra-se aqui a relevância e a importância de levar educadores a uma reflexão
sobre o real valor do uso de jogos e brincadeiras como ferramentas mediadoras da
aprendizagem para que seja possível integrar práticas de forma lúdica e propiciar prazer às
crianças, usando essas técnicas como recurso pedagógico de forma efetiva e bem direcionada
em busca de alcançar o desenvolvimento integral e ampliar o conhecimento significativo aos
educandos
A EI é a primeira etapa do ensino formal, e muitas crianças quando chegam na escola,
trazem consigo uma bagagem cheia de medos e até traumas. É importante que a escola
favoreça ao máximo à integração da criança ao meio social, oferecendo um leque de
atividades significativas que lhes proporcione prazer ao serem realizadas.
Como foi visto, o professor é o elo da criança com este novo mundo e deve pensar não
só nas atividades, mas no modo como organiza o espaço que irá rfeceber essas crianças.
43

As atividades precisam ser desafiadoras para incentivar a participação não apenas


individual, mas principalmente em grupo das crianças de modo que estas possam se
desenvolver integralmente. É por meio das brincadeiras que as crianças estão em contato
físico, social e emocional com outras crianças e adultos, construindo seu papel na sociedade
.como indivíduo
A EI necessita de novas abordagens para que se torne realmente eficiente, formando
cidadãos e transformando vidas, e como foi visto, através da brincadeira a criança consegue
expressar seus sentimentos em relação ao mundo social e transformar sua realidade,
considerando que muitas vezes a verdasde que ela conhece e carrega é dolorosa devido aos
problemas que as acompanham, refletindo em maus comportamentos na escola e
.principalmente com seus colegas
foi possível verificar que os jogos, brinquedos e brincadeiras usasdos no dia-a-dia da
escola possuem caráter criativo, imaginário, inovador e sociabilizador e auxiliam as crianças a
se desenvolverem de forma integral, uma vez que dá acesso a compreensão do mundo que as
cerca. Contribuem assertivamente para a formação do eu crítico, pensante, solidário,
cooperativo, com iniciativa, participativo e responsável pela iniciativa pessoal e grupal.
O currículo da EI não pode ser pensado apenas para o desenvolvimento de
competências cognitivas, sem a preocupação de como as atividades vão acontecer. Os jogos,
brimquedos e brincadeiras precisam ocupar um espaço privilegiado, pois auxiliam não só as
atividades de integração, mas possibilitam que os professores descubram o modo de ser de
seus alunos ao os observar brincando, seja sozinho ou em grupo.
As atividades precisam usar a ludicidade para traduzir o universo adulto para o
universo infantil, garantindo que haja significado para os alunos, onde o brincar se revela uma
importante ferramenta de desenvolvimento e aprendizado, caracterizada por ser espontânea,
funcional e satisfatória.
Como foi visto a música é importante para o desenvolvimento da inteligência e a
interação social da criança e a harmonia pessoal, facilitando a sua integração e a inclusão no
meio social, o que faz dela essencial na educação, sendo possível ser usada como instrumento
de cidadania, pois projetos que envolvem músicas atraem a atenção das pessoas, trazendo
benefícios de socialização para as crianças na escola.
Apresentar as crianças os diferentes estilos e gêneros musicais lhes dá a oportunidade
de terem contato com outras culturas o que favorece a formação de sua personalidade, onde a
44

criança pode escolher e definir seu estilo e modo de se expressar, por meio do gênero musical
pelo qual mais se identificou.
O reconhecimento da criança enquanto ser “visível”, dotado de características
próprias, é um ponto fundamental que deve ser considerado. Formas diferentes de se fazer
música são aprendidas enquanto as crianças brincam ou interagem com o universo sonoro.
Na pedagogia, as etapas de desenvolvimento cognitivo passam a ser estudadas na
procura de estimular cada fase apropriadamente, fazendo com que seja entendida a
importância do afeto, da motivação, da brincadeira na educação infantil e na construção de
um universo adulto promissor.
O professor tem uma responsabilidade de apresentar a criança que chega na escola o
espaço em que regras são ensinadas sobre o convívio, para que se alcance um convívio
democrático entre as culturas, oportunidade em que se usa os espaços para apresentar às
crianças conhecimentos sistematizados sobre o mundo e a vida.
Assim, acredita-se que essa pesquisa abre caminho para um importante debate entre
aprendizagem e ludicidade no espaço de sala de aula na EI, como forma de repensar ações
educativas mais significativas que levem em consideração todos os agentes de construção do
processo de ensino aprendizagem numa perspectiva lúdica.
Foi possível com esta pesquisa e como resultado dela apontar que este estudo alcançou
resultados que apontam os inúmeros benefícios que se tem ao usar de jogos, brinquedos e
brincadeiras na EI como ferramentas pedagógicas com o objetivo de as crianças a alcançarem
o desenvolvimento de forma integral, verificando também as oportunidades de melhorar o
comportamento e a socialização dos pequenos.
45

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