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Práticas de cuidador/a de crianças e jovens (FMC 250 2017-01-

Curso: VNG)
9641 –
Cuidados
de saúde
primários
para
crianças
Módulo: e jovens

Formador: Benedita Osswald

MANUAIS
E
TEXTOS DE APOIO

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Índice

Objetivos e conteúdos...................................................................................................................................... 3

Conceito de saúde............................................................................................................................................ 5

Abordagem holística da saúde......................................................................................................................... 6

Capacitação dos cuidadores............................................................................................................................. 8

Saúde mental e prevenção da violência........................................................................................................... 9

Alimentação saudável..................................................................................................................................... 14

Atividade física................................................................................................................................................ 17

Mobilidade segura e sustentável.................................................................................................................... 19

Alteração do estado de saúde - sinais............................................................................................................ 20

Prevenção de comportamentos aditivos e dependências...............................................................................22

Estratégias de promoção da inclusão de crianças e jovens com necessidades de saúde especiais.............24

Desenvolvimento de competências sociais e emocionais p/ a tomada de decisões responsáveis em saúde 27

Plano Nacional de Vacinação......................................................................................................................... 31

Estratégias de atuação do/a cuidador/a em casos de doenças não transmissíveis e doenças transmissíveis34

Medidas de prevenção e atuação................................................................................................................... 34

Alterações respiratórias.................................................................................................................................. 36

Alterações gastrointestinais............................................................................................................................ 37

Casos de desidratação................................................................................................................................... 38

Febre/convulsões........................................................................................................................................... 40

Parasitoses..................................................................................................................................................... 42

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Objetivos:

 Identificar os determinantes da promoção da saúde e prevenção da doença.

 Identificar os principais problemas de saúde da criança e do jovem.

 Implementar medidas de prevenção e atuação em situação de doença.

Conteúdos

 Conceito de saúde

 Abordagem holística da saúde

 Capacitação dos cuidadores

 Saúde mental e prevenção da violência

 Alimentação saudável

 Atividade física

 Mobilidade segura e sustentável

 Alteração do estado de saúde - sinais

 Prevenção de comportamentos aditivos e dependências

 Estratégias de promoção da inclusão de crianças e jovens com necessidades de saúde especiais

 Desenvolvimento de competências sociais e emocionais para a tomada de decisões responsáveis em


saúde

 Plano Nacional de Vacinação

 Estratégias de atuação do/a cuidador/a em casos de doenças não transmissíveis e doenças


transmissíveis

 Medidas de prevenção e atuação

 Alterações respiratórias

 Alterações gastrointestinais

 Casos de desidratação

 Febre/convulsões

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 Parasitoses

 Intoxicações

 Infeções urinárias

 Pediculose

 Doenças infetocontagiosas

 Outras

 Medidas de prevenção e atuação para crianças e jovens com necessidades de saúde específicas

 Criança e jovem com doença crónica complexa

 Criança e jovem com doença aguda

 Criança e jovem com alergias e intolerâncias alimentares

 Criança e jovem com diabetes

 Evicção escolar

 Linhas de aconselhamento de saúde

 Linha de saúde 24

 Outras linhas de apoio e aconselhamento

Conceito de saúde

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde como sendo o estado de completo bem-estar
físico, mental e social. Ou seja, o conceito de saúde transcende à ausência de doenças e afeções. Por outras
palavras, a saúde pode ser definida como o nível de eficácia funcional e metabólica de um organismo a nível
micro (celular) e macro (social).

O estilo de vida, isto é, o conjunto de comportamentos adotados por uma pessoa, pode ser benéfico ou
prejudicial à saúde. Por exemplo, um indivíduo que mantem uma alimentação equilibrada e que realiza
atividades físicas diariamente tem maiores hipóteses de desfrutar de uma boa saúde. Pelo contrário, as
pessoas que comem e bebem em excesso, que não descansam o suficiente e que fumam correm sérios
riscos de sofrer doenças que poderiam ser evitadas.

Em linhas gerais, a saúde pode dividir-se em saúde física e saúde mental embora, na realidade, sejam dois
aspetos interrelacionados. Para o cuidado da saúde física, é recomendada a realização frequente e regular
de exercícios, e uma dieta equilibrada e saudável, com variedade de nutrientes e proteínas.
A saúde mental, por outro lado, faz referência ao bem-estar emocional e psicológico no qual um ser humano
pode utilizar as suas capacidades cognitivas e emocionais, desenvolver-se socialmente e resolver as
questões quotidianas da vida diária.
Convém destacar que as ciências da saúde são aquelas que proporcionam os conhecimentos adequados
para a prevenção das doenças e a promoção da saúde e do bem-estar quer do individuo quer da
comunidade. A bioquímica, a bromatologia, a medicina e a psicologia, entre outras, são ciências da saúde.

Abordagem holística da saúde

Inicialmente, essa palavra assustava os profissionais da área da saúde, afinal, quando falamos de visão
holística na medicina, imediatamente fazemos associação com metodologias distintas da medicina
convencional.

Mas afinal, o que significa holismo, e como é que essa visão pode auxiliar os médicos do século XXI?

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Holístico ou holista é um adjetivo que classifica a
alguma coisa relacionada com o holismo, ou seja, que procura compreender os fenómenos na sua
totalidade e globalidade. A palavra holístico foi criada a partir do termo holos, que em grego significa “todo”
ou “inteiro”.

Quando um problema é tratado de forma isolada, pode-se esperar um resultado imediato, porém com efeitos
colaterais tardios. A visão holística na medicina, pode minimizar esse efeito, e considera que o paciente
deve ser tratado em sua totalidade, unindo a medicina tradicional, psicologia, ciência, fatores externos e
emocionais como parte do problema a ser solucionado.

O médico do século XXI entende a visão holística não apenas como forma terapêutica disponibilizada em
spas, yoga, reiki, acupuntura, shiatsu etc, mas procura ter uma visão global do paciente, levando em
consideração diversos aspetos. Para isso o médico precisará aprofundar-se em temas distintos da
medicina, especializar-se noutras áreas e demonstrar interesse pelo paciente acima de tudo.

A revolução da informação exige um novo posicionamento médico. A medicina está em transformação, o


paciente deixou de acreditar sem questionar os argumentos médicos, e hoje, participa ativamente de todo
processo. Desde o diagnóstico até à solução do problema. O médico com a visão holista, sabe lidar com esse
paciente, sabe orientá-lo e consegue entender seus mais profundos anseios.

O conceito de saúde, a formação do profissional, e a forma como é realizada a gestão dos recursos
humanos nos hospitais, também podem influenciar a qualidade da assistência.

A visão holística favorece o processo de humanização influenciando os profissionais, os usuários, a as


relações entre eles.

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Capacitação dos cuidadores

Diariamente os profissionais de saúde (cuidadores formais) e os cuidadores informais deparam-se com


desafios que são percecionados pelos próprios como constrangimentos à sua atividade, e essa perceção
acaba por se refletir negativamente na motivação para o desempenho das suas tarefas, podendo refletir-se
negativamente nos resultados.

No entanto, paulatinamente vão surgindo e sendo desenvolvidas novas ferramentas que os capacitam
para um melhor desempenho, importantes para melhorar os níveis motivacionais e para o desenvolvimento
de mais Qualidade e Eficiência em “Saúde centrada no utente”. Essas soluções passam por melhorias na
organização de processos e nos fluxos de informação (comunicação dentro de uma instituição ou
interinstituições e entre instituições/entidades de saúde e utentes e seus cuidadores informais), por novos
modelos de integração e de continuidade de cuidados. Além da atividade assistencial, os cuidadores são
pontos-chave na investigação e inovação em Saúde e na capacitação dos utentes para melhor gerirem a
sua Saúde.

Saúde mental e prevenção da violência

As crianças e jovens constituem uma das áreas prioritárias de intervenção no contexto político
europeu. A OMS declarou que a saúde mental das crianças e jovens é uma área-chave para a qual os
profissionais e decisores políticos devem dirigir a sua atenção e preocupações. O Pacto Europeu para a
Saúde Mental e Bem-Estar apela a que os Estados Membros da União Europeia intervenham em cinco áreas
prioritárias, sendo uma das quais a Saúde Mental na Juventude e Educação. O mesmo acontece a nível
nacional. O Plano Nacional para a Saúde Mental privilegia um conjunto de estratégias de prevenção e
promoção da saúde mental, entre as quais, programas de educação sobre saúde mental na idade escolar,
prevenção da violência e do abuso de drogas ou programas de desenvolvimento pessoal e social. O
Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil também inclui como uma das principais linhas de atuação o
investimento na prevenção das perturbações emocionais e do comportamento.

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Estes programas e planos existem porque e apesar de existir um número cada vez maior de crianças e
adolescentes que experienciam dificuldades em responder aos desafios desenvolvimentais que enfrentam e
que sofrem os efeitos negativos das perturbações mentais. A prevalência das perturbações mentais entre as
crianças e adolescentes aumentou nos últimos 20 a 30 anos.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, em todo o mundo, cerca de 20% das crianças e
adolescentes sofrem de problemas comportamentais, desenvolvimentais ou emocionais, sendo que 1 em
cada 8 apresenta uma perturbação mental. Fazendo a tradução desta prevalência para a sala de aula e
assumindo uma sala de aula “média” com 30 alunos, 6 alunos em cada turma apresentarão uma
perturbação mental.

Segundo a Academia Americana de Psiquiatria da Infância e da Adolescência e a OMS-Região Europeia, uma


em cada cinco crianças apresenta evidência de problemas de saúde mental. Em Portugal, sabemos que entre
os 5 e os 14 anos, o maior peso da doença na qualidade de vida se deve às perturbações mentais e
comportamentais (22% do total de DALY associados às doenças não transmissíveis).

As perturbações mentais na infância podem ter níveis elevados de persistência: 25% das crianças com
uma perturbação emocional diagnosticável e 43% com uma perturbação do comportamento diagnosticável
continuam a apresentar a perturbação ao fim de três anos; os jovens que experienciam ansiedade na infância
têm 3,5 vezes mais probabilidade de sofrer de depressão ou perturbações da ansiedade na idade adulta.

Os problemas de saúde mental na infância e na adolescência constituem ainda um dos principais


preditores dos problemas de saúde mental na idade adulta: cerca de metade das doenças mentais tiveram
início antes dos 14 anos de idade. A maior parte das doenças mentais manifestam-se geralmente antes dos
24 anos de idade. Newman et al. concluíram que 73,8% dos jovens com 21 anos de idade e uma perturbação
mental tinham uma história de doença mental no seu desenvolvimento. Offord et al. demonstraram que 61,3%
das crianças entre os 8 e os 12 anos com um diagnóstico de perturbação do comportamento tinham tido pelo
menos uma de três doenças mentais nos quatro anos anteriores.

A taxa de prevalência elevada da perturbação mental infantil torna os problemas de saúde mental das
crianças e adolescentes mais visíveis em diferentes sectores – saúde, educação, justiça e segurança social.

Sabemos que a falta de saúde mental pode aumentar o risco de delinquência, problemas com a justiça,
perturbações de abuso de substâncias e gravidez adolescente. Os problemas de saúde mental podem ter
efeitos muito prejudiciais no desenvolvimento social, intelectual e emocional das crianças e jovens e,
consequentemente, no seu futuro. Em última instância, podem levar à perda de vida. O suicídio é uma das

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principais causas de morte nos jovens e uma preocupação de saúde pública em muitos países
europeus.

Para além destas problemáticas, a prevalência das doenças mentais entre os jovens é preocupante dado o
seu potencial impacto no desempenho escolar. Por exemplo, os jovens com perturbação mental estão em
risco de apresentarem problemas disciplinares, absentismo, retenção escolar, más notas, abandono escolar
e/ou delinquência.

Os problemas de saúde psicológica entre crianças e adolescentes traduzem-se ainda num impacto
económico incomensurável. Só na Europa, em 2010, o custo anual das perturbações da infância e
adolescência foi de 21,3 biliões de euros.

Esta realidade exige um aumento da capacidade de resposta e o desenvolvimento de novas formas


eficazes para servir as necessidades destas crianças e jovens o mais precocemente possível. A
Coordenação Nacional para a Saúde Mental – CNSM, com base no documento da Rede Europeia para a
Promoção da Saúde Mental e a Prevenção das Perturbações Mentais, definiu como linha privilegiada de
prevenção a implementação de programas de educação escolar para a saúde mental, nomeadamente os
programas de desenvolvimento de competências pessoais e sociais.

É necessário que as escolas adotem uma abordagem mais compreensiva e holística na qual a promoção
da saúde mental opera de modo consistente ao longo do currículo, do ambiente escolar e dos serviços
escolares, sendo integrada em programas e estruturas dentro da escola.

A missão das escolas é educar os alunos para se transformarem em cidadãos responsáveis e competentes.
Por isso, as escolas asseguram o domínio de capacidades de leitura, escrita, matemática e ciência, tal como
promovem uma boa compreensão da história, literatura, arte, línguas estrangeiras e diversas culturas.
Contudo, a agenda educativa e a escola bem-sucedida também é aquela que inclui a promoção das
competências sociais e emocionais dos jovens, da sua saúde mental enquanto fundamentos da
personalidade saudável e do envolvimento cívico.

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O bem estar e a saúde mental são condições essenciais para uma aprendizagem bem sucedida e só podem
ser desenvolvidas em cooperação com as escolas. Por outro lado, os resultados académicos contribuem para
a saúde, em geral, e para a saúde mental, em particular. O bem-estar mental suporta uma aprendizagem
bem-sucedida e esta também suporta o bem-estar mental. Se as escolas quiserem atingir resultados
educacionais positivos, é fundamental que a promoção de uma saúde mental positiva seja uma parte integral
do ethos escolar.

Deste modo, promovendo a saúde psicológica e o sucesso educativo, as escolas podem desempenhar um
papel positivo e protetor das crianças e adolescentes:

Criam resiliência, proporcionando às crianças e jovens os recursos internos para lidar com os stressores
negativos e ultrapassar desafios e dificuldades. As escolas podem reforçar o “sistema imunitário” das crianças
ao criarem ambientes que promovam o bem-estar e ofereçam apoio e orientação;
Contribuem para o desenvolvimento positivo dos jovens numa variedade de domínios, incluindo aumento da
satisfação com a escola e a vida, o envolvimento com a escola e a qualidade de vida;
Melhoram a regulação emocional, as estratégias de coping e de resolução de problemas; melhoram a
empatia e o ajustamento psicológico; diminuem o bullying e a agressão;
Aumentam o compromisso e o envolvimento com a escola – as crianças investem mais esforço no trabalho
escolar e melhoram as suas atitudes face à escola; melhoram o desempenho escolar e diminuem o
absentismo;
Aumentam o bem-estar dos jovens, das suas famílias e comunidades;
Oferecem oportunidades para a procura de ajuda – as evidências sugerem que é mais provável que as
crianças e os adolescentes procurem ajuda quando nas suas escolas existem oportunidade de
aconselhamento psicológico, onde impera a confidencialidade e o anonimato;
Reduzem os problemas de aprendizagem e os problemas disciplinares, o bullying e a violência dentro e fora
da escola, os problemas emocionais (como a depressão e a ansiedade), o tabagismo, o abuso de álcool e de
substâncias, assim como os comportamentos de risco para a saúde e as experiências sexuais precoces;

Favorecem positivamente as perspetivas de futuro no que diz respeito a empregabilidade, produtividade e


perspetivas salariais, integração social e relacionamento interpessoal;

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Diminuem o impacto económico da falta de saúde mental. As crianças pouco saudáveis e bem-sucedidas do
ponto de vista social e emocional têm menor probabilidade de se tornarem cidadãs ativas e economicamente
produtivas enquanto adultas. Investir no bem-estar mental da geração seguinte, em última instância, também
se pode traduzir em benefícios e poupanças económicas para os contribuintes;
A escola enfrenta, assim, o grande desafio de, por um lado, lidar com um conjunto de problemas de
comportamentos e de saúde (mental e física), e por outro, assumir um papel importante na promoção do
bem-estar das crianças e jovens e das suas competências sócio emocionais.

Alimentação saudável

Adotar uma alimentação saudável não é sinónimo de pratos sem sabor ou de refeições rotineiras. A
variedade é uma regra a seguir quando se fala de hábitos alimentares sãos, pois só assim terá acesso a
todos os nutrientes que necessita.

Lembre-se que uma alimentação equilibrada deve ser constituída maioritariamente por hidratos de carbono
(até 65% do total de calorias ingeridas) e por quantidades menores de gordura e proteínas (cada uma não
deve ultrapassar os 35% do total calórico diário).

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Posto isto, conheça as 15 regras alimentares que o tornarão mais saudável:

1. Comer, no mínimo, cinco refeições por dia. Ficar muitas horas sem comer costuma dar mau resultado. Se
estiver muito tempo em jejum, na refeição seguinte irá comer mais e terá tendência para selecionar alimentos
menos saudáveis.

2. Começar bem o dia com um bom pequeno-almoço. É a refeição principal pois quebra longas horas de
jejum e fornecer-lhe-á energia para todo o dia.

3. Quantidade não é sinónimo de qualidade. Reduzir o tamanho das porções ingeridas, pois comer em
demasia origina a obesidade e esta traz consigo variadíssimas doenças.

4. Dar preferência aos vegetais e à fruta. São ricos em nutrientes essenciais para o organismo, como as
fibras, vitaminas e minerais, e não fornecem muitas calorias, visto serem pobres em gordura e em açúcar.
Recomenda-se a ingestão de três a cinco porções por dia.

5. Comer sopa antes do prato principal. Geralmente, a sua base são os legumes e é pobre em gordura.

6. Preferir as gorduras insaturadas, como o azeite e as que estão presentes no peixe e nos frutos secos, uma
vez que estas têm propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes.

Por sua vez, as gorduras saturadas, que existem sobretudo nos enchidos e na carne vermelha, estão
relacionadas com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e também de alguns tipos de cancro.

Também muito prejudiciais para a saúde são as gorduras vegetais hidrogenadas ou trans, presentes nas
margarinas, nas bolachas e nos fritos.

7. Escolher laticínios magros em vez de gordos ou meio gordos, reduzindo assim a ingestão de gorduras e
ingerindo a mesma quantidade de cálcio.

8. Optar pelas carnes brancas. O peru e o frango têm menor teor de gordura que as carnes vermelhas, como
a de vaca. Quando estiver a comer retire qualquer gordura que esteja visível.

9. Ingerir peixe branco e azul. São ricos em ácidos gordos essenciais (ómega 3), que diminuem os níveis
elevados de colesterol e são fundamentais ao bom funcionamento do cérebro. O salmão, a sardinha e o atum
são uma excelente alternativa.

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10. Evitar os fritos, que são muito ricos em gordura. Cozinhar de forma saudável é fácil, para isso basta que
aposte em alimentos cozidos, grelhados ou assados no forno ou então cozinhados a vapor ou escalfados.
Nenhuma destas formas de cozinhar necessita de adição de gordura na sua confeção.

11. Optar pelos cereais integrais. O pão, massa, arroz e cereais têm mais fibra. Esta faz com que sejam
digeridos de forma lenta pelo organismo e induz a saciedade.

12. Substituir as bebidas gaseificadas e bebidas alcoólicas pela água, sumos naturais ou chá, mas sempre
sem adicionar açúcar. Assim, ingere menos calorias.

Lembre-se que o açúcar, nutriente no qual são ricas as bebidas com gás e os doces, provoca picos altos de
glicemia e o aumento de secreção de insulina e transforma-se rapidamente em gordura no organismo.

13. Reduzir a quantidade de sal que usa para temperar a comida e evite refeições pré-cozinhadas, muito ricas
em sódio e, também, em gordura. A OMS recomenda que não se ingira mais de 5 g por dia.

O sal está associado à hipertensão e, consequentemente, às doenças cardiovasculares, para além de


provocar a retenção de líquidos, pelo que o seu consumo deve ser moderado.

14. Planear as refeições atempadamente, sempre que possível. Pode, por exemplo, fazer menus semanais,
assim não terá a tentação de comer alimentos pré-cozinhados, geralmente pouco saudáveis.

15. Mastigar lentamente todos os alimentos. Assim, melhora o processo digestivo e dá tempo ao cérebro de
receber a informação de saciedade. Em média, este processo demora 20 minutos desde o início da refeição.

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Atividade física

Os benefícios da atividade física ou desportiva na saúde estão confirmados por vários estudos
epidemiológicos. O risco de morte prematura é mais baixa nas pessoas fisicamente ativas. A prática regular
de uma atividade física moderada reduz em 30% o risco de morte prematura.

Qual a diferença entre atividade física e desporto?

Uma atividade física corresponde “a qualquer movimento produzido pelos músculos esqueléticos,
responsáveis por um aumento dos gastos energéticos (OMS). Por outras palavras, mexer-se é uma
atividade física: andar, subir escadas, limpar, andar de bicicleta...
Por exemplo: jogar à bola num jardim é uma atividade física. Respeitar as linhas de um campo de futebol e
atirar uma bola à baliza corresponde mais a um jogo de futebol (desporto).

Os benefícios de uma prática regular e adaptada de uma atividade física:

Praticar regularmente uma atividade física ou desportiva adaptada reduz o risco de mortalidade prematura.
Quando associada uma alimentação equilibrada, a atividade física melhora a qualidade de vida.

A obesidade, as doenças cardiovasculares, a diabetes e os cancros são as principais consequências da


sedentariedade, que é o quarto fator de risco de mortalidade à escala mundial. Por conseguinte, a prática

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regular de uma atividade física contribui igualmente para a redução dos riscos de aparecimento de certas
patologias:
Doenças cardiovasculares: as pessoas fisicamente ativas desenvolvem duas vezes menos doenças
cardiovasculares (aquelas que afetam os vasos sanguíneos do cérebro, a que chamamos
“cerebrovasculares”);
Cancros: A atividade física reduz o risco de cancro colo rectal (40 a 50%), de cancros da mama (30 a
40%) e do endométrico (30%);
Diabetes: O exercício físico e a alteração dos hábitos alimentares podem prevenir o aparecimento da
diabetes em indivíduos com um elevado risco de contrair esta doença;
Obesidade: Ser ativo reduz o risco de excesso de peso. O sedentarismo explica, em parte, o
aumento dos casos de obesidade nas sociedades modernas. De facto, a cada vez maior utilização de
transportes motorizados e de elevadores, bem como a evolução das atividades sedentárias (televisão, jogos
vídeo, trabalho no computador), diminuem as quantidades de energia utilizada pelo corpo;
Osteoporose: a atividade física é determinante na prevenção do tratamento da osteoporose. Na
mulher, a atividade física diminui para metade o risco de fratura do colo do fémur e aumenta a resistência
óssea;
Stress crónico: A atividade física causa modificações bioquímicas no organismo. Após 30 m de
atividade física de intensidade moderada ou elevada, o corpo segrega uma substância, a endorfina, que tem
um efeito ansiolítico que diminui consideravelmente o stress ou a ansiedade.

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Mobilidade segura e sustentável

O trânsito excessivo ou o reduzido número de passeios e passadeiras são alguns dos motivos
apontados por crianças dos 6 aos 11 anos para explicar por que não se sentem confortáveis a fazer as suas
deslocações entre a casa e a escola a pé.

Menos de um quarto (24%) dos estudantes vai a pé ou de bicicleta para a escola. Os restantes alunos
usam meios de transporte motorizados, sendo que 50% do total o fazem no automóvel particular da família ou
de amigos.

O escasso uso de meios de transporte não motorizados nas deslocações entre casa e escola tem esta
explicação: as cidades “não são pensadas para as crianças.

As cidades são projetadas pensando no transporte motorizado. Têm poucas preocupações com os acessos
pedonais e são muitas vezes demasiado dispersas, explica a arquiteta paisagista.

Alteração do estado de saúde - sinais

Os sinais de alerta são sinais identificados na avaliação da criança que auxiliam no reconhecimento de
situações de urgência e emergência pediátrica.
A criança, muitas vezes, não consegue manifestar ou descrever o que está a sentir e a identificação dos
sinais de alerta torna-se fundamental. Alguns sinais que devem ser valorizados são:

Pele acinzentada, pálida ou roxa;


Consciência alterada, confusão mental;

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Criança muito sonolenta (dorme mais que o habitual) ou irritada;
Prostração;
Criança que não reconhece os pais;
Extremidades frias e roxas;
Febre alta;
Diminuição da quantidade de urina;
Respiração rápida ou muito lenta para a idade;
Presença de esforço para respirar ou cansaço;
Frequência cardíaca aumentada ou diminuída para a idade;
Dor de cabeça com uma ou mais das seguintes características: intensa, de início súbito;
Aumento na frequência e intensidade da dor; que não passa com analgésico comum; que tem
recorrência matinal; ou que desperta a criança;
Vómitos biliosos, em jato ou persistentes;
Diarreias persistentes;
Dor abdominal intensa e contínua.

Na presença de algum destes sinais, a criança deve ser levada imediatamente para uma avaliação clínica.

A infância e a adolescência são fases da vida cheias de desafios e aprendizagens. As crianças e


adolescentes podem ter dificuldade em lidar com as mudanças físicas e emocionais pelas quais passam. É
normal terem problemas de vez em quando e é normal expressarem emoções como zanga, tristeza ou
frustração.

Por tudo isto, ser difícil identificar quando é que as crianças e adolescentes precisam de ajuda porque
têm um problema de Saúde Psicológica.

No entanto, quando alguns sinais são intensos e duram várias semanas, interferindo com a capacidade da
criança ou adolescente fazer o seu dia-a-dia e atividades habituais, podem significar que está com
problemas e precisa de ajuda.

Os Assistentes Operacionais têm diversas oportunidades de, ao longo do dia, observar sinais e mudanças
no comportamento das crianças e adolescentes que podem indicar a existência de problemas de Saúde
Psicológica.

Esteja atento aos seguintes sinais/mudanças:

Comportamento agitado;
Chegar constantemente atrasado e faltar às aulas;

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Isolamento (parece passar muito tempo sozinho/tem poucos amigos) e falta de interesse pela
interação com os outros;
Medo, preocupação ou ansiedade excessivas;
Sentimentos de tristeza duradouros;
Ficar facilmente irritado ou zangado sem razão aparente;
Agressividade contra si próprio ou contra os outros (por exemplo, auto mutilar-se, envolver-se em
lutas e brigas com os colegas, usar armas);
Cansaço, perda de energia e falta de interesse pelas atividades habituais;
Baixa autoestima;
Comportamentos perigosos como ingestão abusiva de álcool ou drogas.

Não ignore os sinais de alerta ou a sua sensação de que “alguma coisa não está bem”. Não desvalorize o
problema na esperança que ele desapareça sozinho. Os problemas de Saúde Psicológica não “passam com
a idade” nem se resolvem sozinhos. E podem levar a problemas graves: insucesso escolar, conflitos
familiares, dificuldades de relação com os outros, adições e agressividade.

Prevenção de comportamentos aditivos e dependências

A abordagem da prevenção de comportamentos aditivos e dependências em meio escolar é da


competência da Direção-Geral da Educação.

Objetivos

Melhorar o estado de saúde global dos jovens;


Contribuir para a definição de políticas em matéria de comportamentos aditivos e dependências;
Prevenir os consumos em meio escolar, através de debates, sessões de sensibilização e outras
estratégias de trabalho continuado com os alunos e envolvendo toda a comunidade educativa.

Legislação

Álcool:

Decreto-Lei n.º 106/2015 de 16 de junho, veio criar um novo regime jurídico de disponibilização,
venda e consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos e em locais abertos ao público, com
fundamento no imperativo constitucional de proteção da saúde dos cidadãos. O presente diploma procede à
primeira alteração ao Decreto -Lei n.º 50/2013, de 16 de abril.

Decreto-Lei n.º 50/2013, de 16 de abril

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Estabelece o regime de disponibilização, venda e consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos
e em locais abertos ao público.
Decreto-Lei n.º 332/2001, de 24 de Dezembro
Altera o Código da Publicidade, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 330/90, de 23 de Outubro, artigos 17.º
e 39.º.

Tabaco:

Lei n.º 109/2015 de 26 de agosto, Primeira alteração à Lei n.º 37/2007, de 14 de agosto, transpondo a
Diretiva 2014/40/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 3 de abril de 2014, relativa à aproximação
das disposições legislativas, regulamentares e administrativas dos Estados membros no que respeita ao
fabrico, apresentação e venda de produtos do tabaco e produtos afins.
Lei n.º 37/2007, de 14 de Agosto
A Lei n.º 37/2007, de 14 de Agosto, (Lei do Tabaco), que entrou em vigor no dia 1 de Janeiro de 2008,
aprova normas para a proteção dos cidadãos da exposição involuntária ao fumo do tabaco e medidas de
redução da procura relacionadas com a dependência e a cessação do seu consumo. A Lei estabelece a
proibição de fumar em determinados lugares, incluindo os estabelecimentos de ensino.
Decreto n.º 25-A/2005, de 18 de Novembro
O Governo Português aprova a Convenção Quadro da Organização Mundial de Saúde para o
Controlo do Tabaco, adotada em Genebra pela 56.ª Assembleia Mundial de Saúde, em 21 de Maio de 2003.
Texto traduzido na língua portuguesa: Páginas 19 a 35.

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Estratégias de promoção da inclusão de crianças e jovens com necessidades de saúde especiais

Definem-se como, as que resultam de problemas de saúde com impacto na funcionalidade e


necessidade de intervenção em meio escolar, como sejam, irregularidade ou necessidade de condições
especiais na frequência escolar e impacto negativo no processo de aprendizagem ou no desenvolvimento
individual.

As alterações das funções ou estruturas do corpo (ex: doença crónica, deficiência, perturbações do
desenvolvimento, perturbações emocionais e do comportamento, entre outras), que têm impacto no
desempenho escolar, necessitam de identificação e remoção de barreiras a vários níveis: aprendizagem,
atitudes, comunicação, relacionamento interpessoal e social, autonomia, espaço físico e meio
socioeconómico.

Na Escola, é crucial identificar a existência de fatores ambientais “facilitadores” (entendidos como fatores que
influenciam positivamente a realização de atividades escolares) ou “barreira” (entendidos como fatores que
impedem ou limitam a participação da criança na vida escolar) que interferem com as aprendizagens
escolares.

A INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA é dirigida às crianças até aos 6 anos de idade com alterações
ou em risco de apresentar alterações nas estruturas ou funções do corpo, tendo em conta o seu normal
desenvolvimento. Consiste num conjunto de medidas de apoio integrado centrado na criança e na família,
incluindo ações de natureza preventiva e reabilitativa, designadamente no âmbito da educação, da saúde e
da ação social. À Saúde compete assegurar a deteção, sinalização e acionamento do processo e o
encaminhamento de crianças e jovens para consultas ou centros de desenvolvimento, para efeitos de
diagnóstico, orientação especializada, entre outros.

Contribuir para uma resposta adequada às NECESSIDADES DE SAÚDE ESPECIAIS (NSE), mais do que
um desígnio da Saúde Escolar, é um movimento em prol dos Direitos das Crianças, da aceitação da
diferença, da promoção de atitudes de respeito, do reconhecimento do valor e do mérito pessoal.

A identificação das condições, das necessidades e das medidas de saúde a implementar é baseada na
Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, (CIF), da Organização Mundial de
Saúde (OMS). À Saúde cabe proporcionar intervenções promotoras do bem-estar físico, psicológico e social,
tais como, serviços de promoção da saúde e de prevenção de doenças, cuidados primários, cuidados em
situações agudas, serviços de reabilitação e de cuidados prolongados, entre outros.

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O processo de “referenciação ↔ avaliação ↔ intervenção ↔ monitorização dos progressos e eventual
revisão das medidas de saúde” deve ser operacionalizado através de um plano de saúde individual (PSI).

A REFERENCIAÇÃO, à Equipa de Saúde Escolar, de crianças e jovens que necessitem de qualquer tipo de
intervenção no contexto escolar envolve a articulação com Equipa de Saúde Familiar e pode ser iniciada:

Pelos Serviços de Saúde (qualquer unidade funcional do Agrupamento de Centros de Saúde


(ACES),Unidade Local de Saúde (ULS), Hospital), através do/a médico/a de família/assistente, do/a
enfermeiro/a de saúde infantil e juvenil/de família, de outro/a profissional de saúde, incluindo da Saúde Mental
da Infância e Adolescência (SMIA);

Pela Escola, pelo/a pai/mãe ou encarregado/a de educação ou por IPSS com intervenção na área da
criança ou jovem com deficiência;

No âmbito da Intervenção Precoce, a Equipa de Saúde Escolar referencia as crianças e jovens para a
Equipa Local de Intervenção (ELI) e vice-versa.

A AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE deverá ser feita por uma equipa multidisciplinar da Escola, que
integre a Saúde e o/a pai/mãe ou encarregado/a de educação. Esta avaliação tem por base as condições de
saúde da criança ou jovem e o seu impacto nas atividades e na participação escolar, tendo como referência o
que é esperado para o grupo etário. O resultado da avaliação da funcionalidade deve corresponder a um
consenso entre a equipa.

O PLANO DE SAÚDE INDIVIDUAL (PSI), concebido para cada criança ou jovem com NECESSIDADES DE
SAÚDE ESPECIAIS (NSE), avalia o impacto das condições de saúde na funcionalidade (atividades e
participação) e identifica as medidas de saúde a implementar (necessidades de saúde, medidas terapêuticas
e de reabilitação, entre outras) para melhorar o seu desempenho escolar, tendo em conta os fatores
ambientais, facilitadores ou barreira, do contexto escolar.».

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Desenvolvimento de competências sociais e emocionais para a tomada de decisões responsáveis em
saúde

A escola deve ensinar competências sociais e emocionais. A OCDE recomenda que seja dada mais
importância ao desenvolvimento psíquico das crianças e dos jovens.
Um dos objetivos da OMS para a região europeia, na próxima década, é a melhoria do estado de saúde das
populações, especialmente das mais vulneráveis, para as quais a redução das desigualdades é
fundamental.

A resposta a este desafio requer estratégias de


capacitação dos cidadãos, desenvolvidas ao longo de todo o ciclo de vida, que priorizem os determinantes
das doenças crónicas e a criação de comunidades resilientes e ambientes promotores da saúde.
As ações conducentes à implementação destas estratégias necessitam da sinergia entre vários sectores,
estruturas de apoio e mecanismos de colaboração, para além da Saúde. Daí a importância da Saúde em
todas as Políticas.
A Escola é, por excelência, um local privilegiado para a melhoria da literacia, que é muito mais do que
aprender a ler, escrever e contar. A Escola é igualmente um local propício à promoção da saúde e ao
exercício da cidadania plena, assente nos valores da equidade e da universalidade.
A Saúde Escolar pode e deve ser parceira da Escola na capacitação da comunidade educativa e na
criação de escolas resilientes que são necessariamente mais seguras, mais sustentáveis e mais saudáveis.
A Saúde Escolar, pelo potencial que tem para responder aos desafios que se colocam à saúde da
comunidade educativa, é cada vez mais uma alavanca para a melhoria do nível de literacia em saúde dos
jovens, facilitando a tomada de decisões responsáveis e promovendo ganhos em saúde.
Em Portugal, cerca de 1841000 alunos frequentam 10300 estabelecimentos de educação e ensino.
A Escola detém uma posição única que permite melhorar a saúde e a educação de milhares de crianças e
jovens.
O PNS, na sua natureza estratégica de maximizar os ganhos em saúde através do esforço sustentado de
todos os sectores da sociedade, reconhece a importância da promoção da cidadania, da equidade, do
acesso e da qualidade em todas as política.
Os fatores que influenciam a saúde das crianças e dos jovens, chamados determinantes da saúde,
podem ser agrupados em quatro categorias: genéticos e biológicos, serviços de saúde, comportamentos
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individuais relacionados com a saúde e caraterísticas sociais. As suas interrelações condicionam o estado
de saúde individual e coletivo.
Portugal tem atualmente um bom nível de saneamento básico e uma excelente cobertura vacinal da
população infantil e juvenil que, em muito, concorreram para a redução das doenças transmissíveis mais
frequentes.
As estratégias da promoção da saúde definidas na Carta de Ottawa (1986) consideram três elementos-
chave, estilos de vida, ambiente e participação, organizadas em cinco áreas política públicas de saúde,
ambiente sustentável, reorientação dos serviços de saúde, competências pessoais e sociais, e
participação comunitária.
Estas estratégias continuam a ser uma referência apesar da sua implementação ser muito diversa, pese
embora as múltiplas iniciativas da OMS para a consolidação destes princípios.
As Escolas Promotoras da Saúde é uma delas.
Portugal integra, desde 1994, a Rede Europeia de Escolas Promotoras da Saúde, numa parceria
interinstitucional entre a Saúde e a Educação.
A Saúde é o resultado da interação entre as pessoas e o seu ambiente, contribuindo as Escolas
Promotoras de Saúde (EPS) para melhorar as condições de saúde da comunidade educativa, o
comportamento individual, a qualidade das relações sociais, a satisfação no trabalho, o ambiente escolar e a
imagem da escola.
A Saúde é vital para a Educação. A Educação é vital para a Saúde.
Todas as crianças têm direito à educação, aos melhores cuidados de saúde possíveis, a viver num
ambiente saudável, a desenvolverem-se com o máximo de autonomia e à proteção dos seus interesses em
todas as decisões que lhes digam respeito.
A Escola desempenha um papel crucial na defesa dos direitos das crianças e na melhoria da educação,
da saúde e do bem-estar de todas elas, contribuindo para a redução das desigualdades em saúde.
As intervenções educativas desempenham um papel central no fortalecimento da literacia em saúde. A
literacia em saúde é um recurso para os indivíduos e para as comunidades.
Comunidades educativas mais saudáveis têm níveis de desempenho académico mais elevados e são mais
produtivas ao longo da vida.
A Saúde Escolar, ao investir na saúde da comunidade educativa, pretende contribuir para ganhos em
saúde. Por isso, numa perspetiva holística de intervenção da Saúde na Escola, advoga que nunca como hoje
foi tão importante investir em literacia em saúde, capacitação, promoção da saúde mental e emocional,
desenvolvimento sustentável e ambientes escolares seguros e saudáveis, promotores da saúde e do
bem-estar de todos.
Este é o núcleo central do novo paradigma de intervenção da Saúde Escolar. Esta mudança do paradigma
obriga à promoção de projetos que melhorem as competências dos alunos nas relações interpessoais e em
saúde, na resolução de problemas comportamentais e na redução dos comportamentos de risco.
A capacitação da comunidade educativa é um fator de proteção que, a par de outros, reforçam a ação em
prol do desenvolvimento comunitário. A evidência científica identifica Programas de Competências Sociais
e Emocionais (SEL) como dos mais efetivos na aquisição e aplicação do conhecimento, atitudes e

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competências necessárias para compreender e gerir emoções, estabelecer e manter relações gratificantes e
tomar decisões responsáveis.
Por isso, na Escola, o Projeto Educativo deve consagrar os princípios e os valores da promoção e
educação para a saúde. O Plano de Atividades (anual e plurianual) dos Agrupamentos de Escolas deverá
definir os objetivos, a organização e as atividades conducentes à execução do Projeto, numa política de
continuidade desde o pré-escolar ao ensino secundário.

As alterações organizativas do Serviço Nacional de


Saúde (SNS) requerem cada vez mais comunicação construtiva entre profissionais das diversas
unidades e entre serviços, favorecendo a partilha de atividades e as relações de afetividade. Por isso, é da
maior importância que o Programa Nacional de Saúde Escolar integre o Plano de Atividades dos
Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) e das Unidades Locais de Saúde (ULS), se desenvolva de
forma continuada e envolva outros sectores da comunidade.
Por sua vez, uma boa comunicação com os media pode reforçar o trabalho desenvolvido e favorecer a
divulgação das boas práticas em saúde, sendo, por isso, da maior importância aperfeiçoá-la.

Plano Nacional de Vacinação

A vacinação é o processo pelo qual a inoculação de um agente no corpo (microrganismo ou uma


substância) produz imunidade (defesas) para uma determinada doença. Tem a sua origem histórica nos
primórdios do segundo milénio com relatos chineses (varíola). Contudo a sua abordagem de experimentação
científica teve início em 1798, com a eficácia da inoculação do vírus da vacina (varíola bovina). Louis Pasteur
levou a uma explosão de conhecimentos, pela descrição de 2 vacinas (raiva e antraz). A maior parte dos
países representados na Organização Mundial de Saúde (OMS) apresenta programas nacionais de
vacinação estruturados, estimando-se uma redução mundial da mortalidade de cerca de 2.5 milhões de
crianças por ano.
O Programa Nacional de Vacinação (PNV) foi criado em 1965 e é um programa nacional, gratuito e
acessível a todas as pessoas presentes em Portugal.
O programa tem sido atualizado regularmente e, desde 2015, inclui recomendações para o conjunto de 13
vacinas estrategicamente distribuídas de forma a maximizar a proteção conferida na idade mais adequada e o
mais precocemente possível.

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As elevadas coberturas vacinais obtidas resultam do empenho mantido dos profissionais envolvidos e da
confiança da população no PNV.
O atual desafio para o Programa Nacional de Vacinação centra-se em manter ou elevar as taxas de
cobertura vacinal na infância superiores a 95%;
Objetivos do Programa Nacional de Vacinação:
Reduzir o número de casos de doença;

Reduzir a circulação do agente;

Reduzir o risco de infeção;

Reduzir o número de indivíduos suscetíveis;

Vacinar um elevado número da população de forma a atingir a imunidade de grupo.

Imunidade de grupo:
Este é o efeito indireto de proteção causada pela vacinação. A cobertura vacinal elevada de muitas
vacinas permite um benefício extra ao induzir imunidade de grupo, protegendo não só os indivíduos
vacinados, mas também a comunidade que beneficia com a interrupção da circulação do agente infecioso.
Somente taxas de cobertura vacinal muito elevadas permitem obter imunidade de grupo por redução da
circulação do agente e da transmissão da infeção.

Contraindicações à vacinação:
Geralmente, as contraindicações à vacinação são raras e temporárias. As vacinas, caso sejam
indicadas, requerem sempre prescrição médica.

Pessoas com deficiências imunitárias graves, e mulheres grávidas não devem ser vacinadas com
vacinas vivas (BCG, VASPR e vacina Rotavírus). As vacinas vivas atenuadas representam um risco teórico
para o feto.

Reações adversas:
A administração das vacinas poderá provocar algumas reações adversas, sendo as mais
frequentes as reações ligeiras no local da injeção. Outras reações, como febre ou hipersensibilidade, são
menos frequentes.

A administração preventiva de paracetamol não é recomendada, por rotina, aquando da vacinação,


já que poderá interferir com a resposta imunológica à vacina. Contudo, este poderá ser administrado como
forma de tratamento da febre e de sintomas locais que ocorram decorrentes da vacinação.

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Estratégias de atuação do/a cuidador/a em casos de doenças não transmissíveis e doenças
transmissíveis

Medidas de prevenção e atuação

Alterações respiratórias
As infeções das vias respiratórias nas crianças (constipações, pneumonias, bronquiolites...) são
geralmente provocadas por vírus. Os vírus são transmitidos de criança a criança, ou do adulto para a criança,
por gotículas projetadas para o ar quando se tosse ou espirra. Podem também transmitir-se através do
contacto com um objeto contaminado.
As infeções por vírus respiratórios nas crianças podem e devem ser prevenidas com medidas de higiene
simples, mas eficazes:
Manter uma higiene pessoal adequada.

Lavar as mãos com regularidade, de modo a mantê-las sempre limpas, em particular:

 após assoar ou tocar o nariz;

 antes de se alimentar ou preparar alimentos;

 depois de usar a casa de banho ou trocar fraldas;

 antes e depois de contactar com uma pessoa doente.

Como lavar as mãos corretamente:


• Utilizar água morna e detergente líquido/sabão;
• Lavar bem entre os dedos, por baixo das unhas e os pulsos;
• Lavar durante 10 a 15 segundos;
• Secar bem com uma toalha limpa.
Cobrir a boca e o nariz sempre que espirrar ou tossir, de preferência com um lenço de papel. Se não
tiver um lenço de papel pode tossir ou espirrar para a parte superior do braço, não para as mãos.

Deitar os lenços de papel no lixo; não os deixar perdidos.

Evitar que o seu filho adquira o hábito de levar a mão à boca ou ao nariz.

Evitar os lugares densamente frequentados, as multidões e os lugares pouco ventilados.

Evitar mudanças bruscas de temperatura e locais excessivamente aquecidos.

Escolher uma dieta saudável e equilibrada, mantendo uma hidratação adequada.

Praticar e incentivar a prática de exercício físico regular.

Descansar e fazer o seu filho descansar o suficiente.

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Não fumar perto das crianças (a inalação passiva de fumo de cigarro aumenta a frequência e a
seriedade das constipações, tosse, infeções de ouvido, infeções dos seios nasais, laringites e asma).

Evitar contacto próximo com pessoas doentes.

Quando estiver doente, manter distância das outras pessoas para evitar a transmissão dos germes.

Mesmo quando aparentemente saudável, ter cuidado com os "beijinhos e abraços"! Os vírus e as bactérias
podem transmitir-se por contacto próximo, por vezes a partir de alguém assintomático. Se tiver contacto com
bebés muito pequenos, lave as mãos antes de pegar neles e evite um contacto muito próximo, principalmente
de outras crianças.
Lavar/desinfetar com regularidade os brinquedos.
Não partilhar copos nem talheres.
Nota: É importante ensinar às crianças estas medidas de higiene e supervisioná-las.
Não se esqueça que mais vale prevenir que remediar!...

Alterações gastrointestinais
A gastroenterite é uma inflamação do trato digestivo que resulta em vômitos e/ou diarreia e, às vezes, é
acompanhada por febre ou cólicas abdominais.
A gastroenterite é geralmente causada por uma infeção viral, bacteriana ou parasítica.
A infeção causa uma combinação de vômitos, diarreia, cólicas abdominais, febre e falta de apetite que
pode levar à desidratação.

Os sintomas e o histórico de exposição da criança


ajudam o médico a confirmar o diagnóstico.
A melhor forma de evitar a gastroenterite é encorajar as crianças a lavarem as mãos e ensiná-las a evitar
alimentos armazenados inadequadamente.
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Líquidos e soluções de reidratação são administrados, mas às vezes as crianças precisam ser levadas a um
médico.
A gastroenterite, às vezes incorretamente chamada “gripe estomacal”, é o distúrbio digestivo mais comum
entre as crianças. A gastroenterite grave causa desidratação e um desequilíbrio de substâncias químicas
(eletrólitos) do sangue devido à perda de líquidos corporais no vómito e nas fezes.

Casos de desidratação

Os sinais de desidratação infantil, como moleiras deprimidas, olhos fundos e não urinar há mais de 6 horas
podem ocorrer devido ao excesso de calor, febre, episódios de diarreia ou vômitos, que levam à perda de
água pelo organismo ou pela diminuição da ingestão de líquidos pela criança.
Outros sintomas de desidratação em bebés ou crianças podem ser:
Pele, boca ou língua seca e lábios rachados;

Choro sem lágrimas;

Fraldas secas há mais de 6 horas ou com urina amarela e com cheiro forte;

Criança com muita sede;

Comportamento fora do habitual, irritabilidade ou apatia.

Caso alguns destes sinais de desidratação no bebé ou na criança estejam presentes, deve-se reidratar a
criança com leite materno, água, água de coco ou sopas para diminuir o risco e a gravidade da
desidratação

A criança ou o bebé deve ser levado ao pronto-socorro ou ao pediatra se:


No dia seguinte continuar apresentando sintomas de desidratação infantil;

Houver febre associada.

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Nestes casos, o pediatra deverá indicar o tratamento adequado, que pode ser feito com apenas soro
caseiro ou sais de reidratação em casa ou soro pela veia no hospital, dependendo do grau de desidratação
da criança.

Febre/convulsões

As convulsões febris surgem em menos de 5% das crianças. São mais frequentes nos rapazes, entre os 6
meses e os 5 anos (com pico aos 18 meses) e nas crianças que têm antecedentes familiares de convulsões
febris. As convulsões podem repetir-se num outro episódio de doença em cerca de 10 a 50% dos casos,
de acordo com a idade da criança (quanto mais novas, maior a probabilidade de repetição).

Por que acontecem?


Embora sem mecanismo bem definido, o sistema nervoso das crianças pequenas parece ser mais suscetível
à febre. É como se, de repente, ocorresse um curto-circuito na atividade elétrica do cérebro. Muitas vezes, é a
própria convulsão que leva à deteção da febre, pois surge no primeiro dia de febre e na subida térmica.
Como são?
São situações assustadoras para quem assiste. Geralmente a criança fica hirta e depois inicia movimentos de
tremores dos membros superiores e inferiores. Podem também revirar os olhos, ficar com olhar fixo e
espumar da boca. Por vezes urinam ou defecam durante a convulsão e, se chamarmos por elas, não reagem.
Apesar de parecer uma eternidade, a maioria das convulsões febris termina espontaneamente em menos de
5 minutos, após a qual a criança fica sonolenta mas bem, passadas algumas horas.

Deve-se ir ao hospital?
Uma criança com um primeiro episódio de convulsão febril deve ser observada no hospital. Por vezes,
justifica-se o internamento por algumas horas para vigilância e tranquilização dos pais. Caso não seja o
primeiro episódio, a criança deve ser observada se a convulsão demorar mais do 5 a 10 minutos, repetir
convulsões no mesmo episódio de doença, não recuperar entre as convulsões ou apresentar sensação de
doença.
Quem presencia a convulsão deve:
Olhar para o relógio e contar quanto tempo dura a convulsão;

Afastar móveis e objetos que possam magoar a criança;

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Não colocar nada na boca da criança;

Observar os movimentos que a criança faz;

Medir a temperatura e administrar paracetamol em supositório;

Porque as convulsões podem repetir-se em novos episódios de febre, o médico ensina os pais a
administrarem antipiréticos mesmo se a febre não for elevada e a terem em casa um medicamento que
devem administrar em caso de convulsão. Mas atenção, a possibilidade de uma criança ter uma convulsão
febril não justifica que os pais tenham pânico da febre.

Febre/convulsões

Os parasitas intestinais incluem diversos tipos de micro-organismos. A principal forma de contaminação é a


via fecal-oral a partir da água ou alimentos contaminados.
A sua prevalência é variável consoante a zona geográfica e depende das condições sanitárias e
climatéricas. São mais comuns na África subsaariana, seguida da Ásia e América Latina.
Trata-se de um conjunto de doenças muito comuns em todo o planeta. A Organização Mundial de Saúde
estima em cerca de 3,5 biliões o número de pessoas afetadas por parasitas intestinais, das quais 450 milhões
são crianças.
Em termos mundiais, os parasitas mais frequentes são os do grupo dos helmintas nemátodes, principalmente
o Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura e os Ancilostomas.
Existem poucos dados relativos à prevalência destas infeções em Portugal. Alguns estudos do final da
década de 80 e início de 90 sugeriam uma diminuição do número de casos, relacionada com a melhoria das
condições de higiene e sanitárias. Estudos mais recentes continuam a mostrar uma importante redução da
prevalência das parasitoses intestinais, mantendo-se a Giardia lamblia como o parasita mais prevalente.
Com base nestes dados podemos estimar que em Portugal a taxa de parasitismo intestinal é baixa, sendo
devida principalmente a Giardia lamblia e alguns helmintas, dos quais o Trichuris trichiura parece ser o mais
prevalente.
Quais as causas das Parasitoses?
É importante referir que existem mais de 100 tipos diferentes de parasitas intestinais, que podem entrar no
corpo através do nariz, da pele, dos alimentos, da água ou através de picadas de insetos.

De um modo geral, os parasitas aproveitam-se da fragilidade do organismo da criança, instalam-se no


intestino, depositam os ovos na margem do ânus e esses ovos podem depois ser disseminados através das
mãos, brinquedos ou outros objetos. Quando uma criança entra em contacto com outra que está infetada, ou
com um brinquedo contaminado, e leva as mãos à boca, os ovos dos parasitas podem entrar no organismo
através do aparelho digestivo.

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Os principais fatores de risco para as parasitoses intestinais são:
Morar ou viajar para áreas geográficas onde os parasitas são mais comuns

Má higiene das mãos e da água

A idade (crianças e idosos são mais suscetíveis)

Institucionalização (por exemplo, crianças que frequentam centros de acolhimento)

Diminuição das defesas (como acontece na infeção pelo VIH/SIDA)

Como se manifestam as Parasitoses?


A maioria das parasitoses intestinais é bem tolerada pelo paciente quando as suas defesas são normais,
evoluindo sem queixas ou apenas com sintomas gastrointestinais inespecíficos (dor abdominal, vómitos e
diarreia), frequentemente associados a perda de peso.
A infeção causada por cada parasita pode apresentar aspetos particulares que, em muitos casos, permitem
orientar o diagnóstico.
Por exemplo, no caso da parasitose causada por Giardia lamblia, a infeção pode ocorrer sem quaisquer
sintomas, ou com um quadro de diarreia aguda com ou sem vómitos e diarreia crónica. A diarreia crónica
associa-se frequentemente a sintomas de malabsorção intestinal (fezes fétidas, flatulência, distensão
abdominal), perda de apetite, má progressão no crescimento, perda de peso ou anemia.
No caso da infeção por Ascaris lumbricoides, podem ocorrer também queixas inespecíficas de dor ou
desconforto abdominal e sintomas de malabsorção quando a infeção é prolongada. Na fase de migração
larvar pode haver envolvimento pulmonar, sob a forma de pneumonite transitória aguda, com febre e
alterações laboratoriais, que pode ocorrer semanas antes das queixas gastrointestinais.
A obstrução intestinal alta é a complicação mais frequente em infeções por um número volumoso de
parasitas. A migração dos vermes adultos através da parede intestinal pode provocar colecistite, colangite,
pancreatite ou peritonite.

Como se diagnosticam as Parasitoses?


Em alguns casos, é possível visualizar diretamente os parasitas nas fezes, o que facilita o diagnóstico.
Nos restantes casos, é necessário apoio do laboratório para o diagnóstico.
A observação ao microscópio de diferentes preparados de fezes permite a deteção dos ovos, quistos ou
dos parasitas. Com frequência, este tipo de exame tem de ser repetido em diferentes períodos de tempo,
porque os parasitas apresentam ciclos de vida diversos e intermitentes.
A colheita de fezes deve ser feita em três dias consecutivos.
A colheita de sangue tem pouca utilidade para o diagnóstico. Pode, em alguns casos, permitir detetar
algumas alterações laboratoriais.
A radiografia do abdómen com contraste opaco pode mostrar imagens correspondentes a Ascaris
lumbricoides.

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Outros meios de diagnóstico, como a ecografia, tomografia axial computorizada ou a ressonância magnética
podem ser necessários no estudo de complicações intestinais ou extra-intestinais.
A endoscopia pode ter utilidade em casos muito concretos.

Como se tratam as Parasitoses?


As opções terapêuticas são variadas e dependem da causa da infeção.
De um modo geral, são medicamentos com elevada eficácia e comodidade de administração.
Como regra, estes medicamentos podem ser utilizados no tratamento das parasitoses intestinais a partir dos
12 meses, embora deva ser sempre feita uma avaliação caso a caso.

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