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1. INTRODUÇÃO
A Placenta prévia (PP) pode ser definida como a situação na qual a placenta está inserida, total ou
parcialmente, no segmento inferior do útero , recobrindo ou não o orifício cervical interno (OI).
Estima-se que sua incidência seja de 0,3% a 0,5% das gestações. Alguns fatores de risco estão
associados para esta condição como realização de cesariana anterior, idade materna
avançada,tratamentos de infertilidade, gestação múltipla, antecedente de placenta prévia e curetagens
prévias.
De acordo com a proximidade da placenta ao OI, a PP pode ser classificada como:
● PP centrototal
● PP centroparcial
● PP marginal
● PP lateral ou de implantação baixa
Vale colocar que PP ainda podem ter uma aderência anormal ao útero, em uma condição denominada
acretismo placentário. Pode ser classificada como:
● Acreta : invade a camada basal da descídua;
● Increta: invade o miométrio;
● Percreta: invade além do miométrio até serosa uterina ou outros órgãos;
2. DIAGNÓSTICO
A PP é a segunda causa mais comum de hemorragia genital no segundo trimestre, logo a seguir ao
descolamento da placenta normalmente inserida.Qualquer gestante a partir de 24 semanas que Commented [1]: vi referências com 28 semanas. 24
ou 28?
manifeste sangramento vaginal indolor, imotivado, que se inicia e termina de forma súbita, de forma
cíclica e de agravamento progressivo, deve ter a PP como suspeição diagnóstica. É importante
ressaltar que sintomas de hipovolemia podem estar presentes dependendo da gravidade do caso.
Ao exame clínico da paciente deve-se atentar para os sinais de perda volêmica e de coagulopatia, sendo
estes mais raros na PP.
Ao exame obstétrico o útero apresenta-se normotenso e o sangramento genital pode ser em quantidade
variável ( pequeno avariado volume) que é exteriorizado para vagina. Na maioria dos casos, o colo
está congesto e aberto, com sangue dentro do canal.Alterações na frequência cardíaca fetal são
infrequentes.
OBS:. o toque vaginal é PROSCRITO em caso de suspeita de PP, pois pode ocasionar hemorragia (em
casos atípicos, deve ser realizado em locais onde seja possível uma intervenção cirúrgica de
emergência). Quando realizado mostra, como sinal clássico, a sensação de massa esponjosa no
segmento inferior.
Os exames de imagem são de extrema importância para o diagnóstico definitivo de PP, sobretudo o
ultrassonográfico, haja vista que este apresenta uma boa acuidade diagnóstica, sendo atualmente a
técnica eleita para diagnóstico e classificação da PP.
● Ultrassonografia transvaginal: oferece uma melhor visualização do colo uterino e do segmento
placentário próximo a este. Deve-se identificar o local de implantação, excetuando-se casos de parto
imediato ou de sofrimento fetal. Sinais de acretismo placentário devem ser pesquisados;
● Ressonância Nuclear Magnética: é a alternativa diagnóstica quando a ultrassonografia transvaginal
é inconclusiva, deve ser solicitado se as condições maternas e fetais estiverem estáveis.
3. CONDUTA
A conduta é definida de acordo com a idade gestacional, do tipo de PP, da intensidade do sangramento
e das condições maternas e fetais. Perante hemorragia genital moderada/abundante em é consensual a
necessidade de internação. As condutas clínicas e obstétricas devem ser tomadas concomitantemente,
sendo a monitorização materna e fetal rigorosas.
GESTAÇÃO
PRÉ-
Sangramen Sangramen
Int
ernaçã
o
Re
pouso
no
Resolução
SIM NÃO
C
ontrole C
ambula
torial
Se Se
PP PP
total total
ou ou
*LAB:
-Avaliação hemodinâmica
Hemograma
Classificação sanguinea
Pesquisa de anticorpos irregulares, se indicado
Em gestantes Rh negativo não sensibilizada- Imunoglobulina anti-Rh
GESTAÇÃO A
TERMO
Sem Com
Internaçã Considera
o com 38 r parto vaginal Internaçã
semanas desde que o com 38
Avaliação presentes semanas
materno-fetal condições que Avaliação
Disponibi permitam hemodinâmica
lidade de cesariana de materna, com
reposição, se
A via de parto também deve ser considerada por conta da PP. é importante ressaltar que as pacientes
com PP exigem cuidados especiais e bem direcionados no pós-parto imediato, sendo prudente
encaminhá-las á Unidade de Terapia Intensiva.
REFERÊNCIAS