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organizacionais*
1. Introdução
Processo de
mudança
Input Output
Tais preceitos têm, entretanto, sido altamente criticados por suas con-
tradições e poucas evidências empíricas. Stewart (1998) enfatiza que esses
“preceitos proporcionam pouca orientação prática porque eles colocam uma
série de escolhas (guiar/remar, prevenção/cura, missão/regras) como se elas
fossem opostas entre si, enquanto o gerenciamento efetivo requer ambas”. No
mesmo sentido, Hood (1995), fazendo uso da teoria da cultura, demonstra
que os preceitos de Osborne e Gaebler são muito mais incompatíveis entre si
do que baseados em um tema singular coerente.
Muitos desses princípios (além de outros apresentados por outros reno-
mados autores, tais como Senge e Druker) estão, de fato, embutidos na retó-
rica da NAP no que tange à criação de organizações mais gerenciais e menos
burocráticas. A pesquisa aqui apresentada investigou o quanto uma organiza-
4. Considerações metodológicas
Figura 2
Composição da gratificação
Quantidade de
trabalho 9%
Qualidade de
trabalho 9%
Tempestividade
Global 6%
30%
Comprometimento
com trabalho 3%
Relacionamento/
comunicação 8%
Setorial
35%
Uma análise da figura 2 torna claro que a GDP foi projetada para agir
como um catalisador das metas individuais (expressas em termos de quanti-
dade, qualidade, tempestividade, comprometimento e relacionamento inter-
pessoal) com os objetivos setoriais e institucionais. Entretanto, tem havido
substancial controvérsia quanto à eficácia do pagamento relacionado com
performance (PRP), tanto em motivar profissionais quanto em ajustar metas
individuais e organizacionais. De fato, sua eficácia é altamente dependente
da capacidade de os profissionais verem a ligação entre “esforço” e “paga-
mento” (Opsahl & Dunnette, 1992:302). Isto é um critério extremamente difí-
cil de ser satisfeito na prática, especialmente em organizações do setor público
(Dempsey, 1999:150-3). Os resultados da pesquisa realizada confirmam essa
assunção. A ligação entre pagamento e performance não estava evidente para
a maioria dos respondentes (tabela 1).
Tabela 2
“O atual sistema de pagamento por performance
motiva-me a atingir minhas metas no trabalho.”
Total 52 100,0
Tabela 3
Medidas de performance x comportamento risk-taking
Risk-taking
Discordo Não estou
Variável/resposta fortemente Discordo certo Concordo Total
Medidas de
performance
s Discordo fortemente 4 1 5
s Discordo 1 9 5 1 16
s Não estou certo 2 5 4 11
s Concordo 5 8 7 20
Total 5 17 18 12 52
1
Esse coeficiente significa que conhecer a percepção de um indivíduo sobre a ligação entre sua
performance e sua recompensa aumentaria nossa estimativa da influência do PRP sobre sua moti-
vação em 43,8%. O coeficiente de correlação varia de +1 a –1, onde coeficientes perto desses
extremos são considerados fortes, enquanto coeficientes perto de 0 (geralmente entre +3 e –3)
não são considerados. O valor p refere-se ao nível de significância. Neste caso, significa que a pro-
babilidade de obter essa correlação por mera coincidência (isto é, confirmando a hipótese nula) é
menor que 0,004.
Tabela 4
Medidas de performance x espírito de cooperação
Cooperação
Medidas de
performance
s Discordo forte- 2 2 1 5
mente
s Discordo 2 1 7 6 16
s Não estou certo 3 1 4 2 10
s Concordo 2 5 11 2 20
Total 2 8 15 22 4 51
Mudanças estruturais
Figura 3
Flexibility
Flexibilidade Communication
Barreira barries
à comunicação
Ausente
Missing Concordam fortemente
Strongly agree
1,96
1.96 Discordam fortemente 1,92
Strongly disagree 1.92 Discordam fortemente
Agree Strongly disagree
Concordam 15,69 15.69
Concordam
17.65 Agree 26,92
26.92
17,65 28,85
28.85
Não têm
certeza Não têm
Not sure
25,49 Discordam certeza
25.49 Disagree Discordam
41,18 Not sure
17,31 Disagree
41.18
17.31
25,00
25.00
Tabela 5
Matriz de correlação:
flexibilidade, comunicação x cultura gerencial
Flexibilidade Comunicação
Variável Gama Casos p Gama Casos p
Figura 4
Comportamento de liderança
Comportamento de liderança 38,5 23,1 38,4
Negativo
Negativo Incerto
Incerto Positivo
Positivo
Tabela 6
Matriz de fatores girada
Fator
Variável 1 2
Obs.: Método de extração — análise do componente principal; método de rotação — varimax com Kaiser-
normalização.
2
Eingenvalue é uma medida do total da variância que cada fator explica. Ela indica a importân-
cia de cada fator em explicar as variáveis em questão. Fatores com um eigenvalue menor que
1,00 são desconsiderados (Pennings et alii, 1999:99).
Fator
Variável 1 2
Flexibilidade
s Coeficiente de Pearson 50,44* 50,24
s Significância (2-tailed) 50,00 50,09
s N 51,00 51,00
Barreiras de comunicação
s Coeficiente de Pearson 50,42* 50,46*
s Significância (2-tailed) 50,00 50,00
s N 51,00 51,00
6. Conclusões
Figura 5
Associação entre elementos organizacionais
PERFORMANCE
(avaliação,
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