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Método de
Nos anos 60, o psicólogo americano Ira Progoff estabeleceu pela primeira vez o
Diário Intensivo, que consistia, de fato, em escrever um diário. Desde então, diversos
estudos apoiam a utilidade desta prática, que se converteu em algo cada vez
mais comum. Pensemos que os exercícios de escrita terapêutica cumprem uma função muito
importante. São fáceis e podem ser feitos em qualquer lugar, e qualquer pessoa, qualquer que
seja seu problema, pode realizá-los. Vamos conhecê-los um pouco melhor.
As velas aromáticas e os ambientadores também são uma boa recomendação. Temos que tentar
estar tranquilos e, se possível, a sós.
A escrita terapêutica
Desde a infância, muitas pessoas começam a escrever seus segredos
em diários. A necessidade de colocar os pensamentos por escrito
nasce bem cedo e é altamente positiva. Os benefícios desta prática
são muitos: ordena as idéias ajudando a tomar decisões e
minimiza o estresse, porque escrever é como falar e serve de
alívio.
É sempre melhor falar e expor os sentimentos e as experiências
negativas, mas às vezes não é possível, seja porque não decidimos ir
a um psicólogo profissional ou não contamos com pessoas de
confiança que possam nos compreender. É então que escrever pode
se tornar um processo de melhora terapêutica.
Nunca deveria ser um substituto para falar, mas se isso não for
possível, por qualquer motivo, escrever é uma boa opção. Além
disso, escrever expõe a negatividade que, se não fosse
externalizada, poderia nos prejudicar interiormente e sair a qualquer
momento na forma de estresse ou doença.
Há inúmeros casos de tensões internas que se
transformam em dor física, como dores de cabeça, enxaquecas,
distorções na visão, dores nas costas, problemas de estômago,
aumentos ou reduções na pressão arterial, palpitações, tonturas, etc.
Por isso, é importante que cada pessoa possa expressar de alguma
forma os problemas que tem em sua vida diária e tirar tudo o que
carrega dentro de si. Ao longo do tempo, se guardarmos as
negatividades, elas acabarão saindo em forma de mal-
estar físico.
Como realizar a escrita terapêutica
A escrita terapêutica consiste em escrever sem pensar no resultado
final; a gramática e a forma de expressão não são importantes, e se
estivermos atentos para que fique escrito de uma forma correta, o
plano não vai funcionar. Nós não vamos publicar isso em
nenhum lugar, portanto a única coisa importante é deixar que tudo
saia de forma natural.
Enquanto se escreve, passa-se por diferentes estados emocionais;
temos que liberar essas emoções e expressá-las bem, sem
medo. Deve ser uma escrita mais ou menos contínua; o ritmo não irá
se alterar porque tudo estará saindo e fluindo bem.
Se tivermos momentos nos quais não sabemos o que dizer, poderia
ser que estivéssemos bloqueados. Muitas vezes, depende da situação
que nós passamos. A mente pode resistir a expressar bem as
coisas, porque tenta proteger-nos da dor que causa lembrar do
evento. Nestes casos, precisamos ser pacientes e insistir vários dias
para completar a escrita.
O positivo da escrita é que não há restrições. Muitas vezes,
quando temos que contar um problema a alguém de confiança,
ocultamos coisas por vergonha ou medo, mas por escrito estamos
completamente sozinhos com nós mesmos e sabemos que, uma vez
que terminemos de escrever, ninguém verá nosso texto porque o
apagaremos ou rasgaremos o papel.
Não se deve guardar estes textos para relê-los. Recomenda-se
que, uma vez escritos, nos desfaçamos deles pois relê-los poderia nos
fazer mal em vez de nos ajudar. Cada sentimento expresso é parte
de uma etapa do momento, e não é válido para outros dias. Seria
positivo analisar como o evento negativo nos afetou naquele
momento e como nos sentimos agora, assim, diferenciando que são
etapas diferente, podemos ver se ocorre uma melhora.
Pensamentos novos depois da escrita
A própria pessoa, depois de ter ventilado e expressado tudo que
sente por escrito, passará pelo processo de buscar soluções e ter
vontade de superá-lo. Normalmente, depois de passar alguns dias
ventilando o conflito e mal-estar que sentimos, avança-se até
outra etapa em que aparecem novos pensamentos.
Como já liberamos todo o mal e ventilamos, o interior se limpa do
passado e se produz um efeito de olhar para o futuro e procurar
soluções. Como tudo já foi tirado, não há espaço para lamentações e
frustrações, porque já estão fora, agora apenas resta aceitar e
começar de novo em busca de novas experiências.
Como tudo, também há uma parte negativa
Nem sempre a escrita pode servir de ajuda. Como tudo na vida,
ela depende da forma como é aplicada, e da capacidade da pessoa
de se ajudar. Houve casos de pessoas muito negativas que usaram a
escrita para se jogar no negativo e se lamentar de novo e de novo pelo
que aconteceu, culpando-se, sem esperanças e afundando-se ainda
mais.
Nestes casos a escrita pode ser uma prática ruim, pois a pessoa não
progride nem aprende com os erros; limita-se a descrever a vida
negativa que teve e não abre espaço para o crescimento ou
esperança. Para detectar se a escrita está sendo terapêutica para
nós, é importante analisar quais sentimentos tínhamos nos dois ou três
primeiros dias de escrita e quais sentimentos temos no presente; eles
melhoraram? Há espaço para a esperança? Vemos o futuro com
positividade? Se não, precisaríamos de ajuda externa para
fechar a fase negativa e começar a andar para a frente
com esperança.
Imagem cedida por xapaburu