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MANUAL DE CRIAÇÃO E
MANUTENÇÃO DE UMA HORTA
BIOLÓGICA
A AGRICULTURA BIOLÓGICA
O que é a Agricultura Biológica
• Rotação de culturas, como um pré-requisito para o uso eficiente dos recursos locais
• Limites muito restritos ao uso de pesticidas e fertilizantes sintéticos, de antibióticos,
aditivos alimentares e auxiliares tecnológicos, e outro tipo de produtos
• Proibição absoluta do uso de organismos geneticamente modificados
• Aproveitamento dos recursos locais, tais como o uso do estrume animal como
fertilizante ou alimentar os animais com produtos da própria exploração
• Escolha de espécies vegetais e animais resistentes a doenças e adaptadas às
condições locais
Parque da Ciência e Tecnologia da Maia www.biologicaonline.com
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Fundação BioLogic@
1.1.2Cadeia de abastecimento
Mas a agricultura biológica também faz parte duma cadeia de abastecimento maior, que
engloba os sectores de transformação, distribuição e revenda, e por último, o próprio
consumidor. Cada elo desta cadeia desempenha um papel importante na geração de
benefícios através dum vasto leque de áreas, incluindo:
• Protecção ambiental
• Bem-estar animal
• Confiança do consumidor
• Sociedade e economia
Cada vez que comprar uma maçã biológica no supermercado local, ou escolher um vinho
produzido com uvas biológicas do menu do seu restaurante favorito, pode ter a certeza de
que estes produtos foram produzidos de acordo com normas rigorosas, que visam o respeito
pelo ambiente e pelos animais.
Normas
1.1.3Logótipo e rotulagem
O Regulamento de agricultura biológica da UE especifica como deve ser feita a gestão das
culturas e produção animal e como devem ser preparados os produtos alimentares para
humanos e animais, de modo a poderem ostentar indicações referentes ao modo de
produção biológico. A adesão ao Regulamento biológico da UE também é exigida para que
os produtos possam ostentar o logótipo da UE para a agricultura biológica. É também
obrigatório que esse rótulo contenha o código identificativo dos organismos de controlo que
inspeccionam e certificam os operadores biológicos.
Este regime de rotulagem visa ganhar a confiança dos consumidores dos Estados-Membros
da UE na autenticidade dos produtos de agricultura biológica que adquirem. O logótipo da UE
destina-se a facilitar o reconhecimento dos produtos de agricultura biológica pelos
consumidores e funciona de forma semelhante aos outros logótipos nacionais que poderá
encontrar nos produtos do seu próprio país. Neste momento não é obrigatório que todos os
produtos produzidos de acordo com o Regulamento Europeu de agricultura biológica tenham
este logótipo, mas passará a ser quando o novo Regulamento entrar em vigor.
Fertilidade do solo
O Solo
Objectivo
Os agricultores que seguem uma agricultura biológica não procuram apenas manter o solo
num estado saudável, fértil e natural; tentam também melhorar as suas condições através da
adição dos nutrientes adequados, de melhoramentos ao nível da estrutura do solo e de uma
gestão eficaz da água.
Vida do solo
Um solo produtivo não é um solo a céptico. Um solo produtivo não é um solo envenenado.
Um solo produtivo não é um solo inerte. .Só um solo com vida suporta sobre si vida.
A micro fauna e a meso fauna do solo assim como a macro, a meso e a micro fauna sobre o
solo, são decisivas para a pujança e diversidade da vida vegetal nesse solo – vida vegetal
por seu lado vital para toda essa fauna.
Enquanto que a macro fauna que se alimenta de plantas vivas pode ser concorrente
connosco no consumo dos vegetais, a micro e meso faunas, exceptuando as espécies que
pela sua proliferação se tornam pragas, ao encontrarem alimento na vegetação seca ou
Fertilização do Solo
1.1.Definição de compostagem
De forma genérica, os materiais vegetais frescos e verdes tendem a ser mais ricos em azoto
do que os materiais secos e acastanhados. Note-se que o verde resulta da clorofila que tem
azoto enquanto que o castanho resulta da ausência de clorofila. No caso das folhas, a
senescência (em que se verifica o amarelecimento das folhas devido à degradação da
clorofila) está associada à remobilizado do azoto das folhas para outras partes da planta.
Os materiais utilizados para a compostagem podem ser divididos em duas classes, a dos
materiais ricos em carbono (materiais castanhos) e a dos materiais ricos em
azoto(materiais verdes). Entre os materiais ricos em carbono podemos considerar os
materiais lenhosos como a casca de árvores, as aparas de madeira e o serrim, as podas dos
jardins, folhas e agulhas das árvores, palhas e fenos, e papel. Entre os materiais azotados
incluem-se as folhas verdes, estrumes animais, urinas, solo, restos de vegetais hortícolas,
erva, etc. A relação C/N de diversos materiais compostáveis encontra-se em várias
publicações, designadamente no Anexo 10 do Código das Boas Práticas Agrícolas do
MADRP e, uma lista mais promenorizada, no Appendix A Table A.1 do On-Farm Composting
Handbook, 1992 Northeast Regional Agricultural Engineering Service, U.S.A.
Os materiais para compostagem não devem conter vidros, plásticos, tintas, óleos, metais,
pedras etc. Não devem conter um excesso de gorduras (porque podem libertar ácidos gordos
de cadeia curta como o acético, o propiónico e o butírico os quais retardam a compostagem e
prejudicam o composto), ossos inteiros (os ossos só se devem utilizar se forem moídos), ou
outras substâncias que prejudiquem o processo de compostagem. A carne deve ser evitada
nas pilhas de compostagem porque pode atrair animais. O papel pode ser utilizado mas não
deve exceder 10% da pilha. O papel encerado deve ser evitado por ser de difícil
decomposição e o papel de cor tem que ser evitado pois contem metais pesados.
As partículas devem ter entre 1,3 cm e 7,6 cm. Abaixo deste tamanho seria necessário
utilizar sistemas de ar forçado enquanto que os valores superiores podem ser bons para
pilhas mais estáticas e sem arejamento forçado. O ideal é que os materiais utilizados na
compostagem não tenham dimensões superiores a 3 cm de diâmetro. Quanto menor for o
tamanho das partículas, maior é a sua superfície específica, e portanto, mais fácil é o ataque
microbiano ou a disponibilidade biológica das partículas mas, em contrapartida, aumentam os
riscos de compactação e de falta de oxigénio.
As perdas de azoto podem ser muito elevadas (por exemplo, de 50%) durante o processo de
compostagem dos materiais orgânicos, particularmente quando faltam os materiais com
elevada relação C/N. Por esta razão, Lampkin (1992), refere a necessidade de uma relação
C/N de 25 a 35 para uma boa compostagem. Para relações C/N inferiores o azoto ficará em
excesso e poderá ser perdido como amoníaco causando odores desagradáveis. Para
relações C/N mais elevadas a falta de azoto irá limitar o crescimento microbiano e o carbono
não será todo degradado conduzindo a que a temperatura não aumente, e a que a
compostagem se processe mais lentamente. Um volume de três partes de materiais ricos em
carbono para uma parte de materiais ricos em azoto é uma mistura muitas vezes utilizada.
Com o aumento dos materiais ricos em carbono relativamente aos azotados o período de
compostagem requerido aumenta.
Para calcular a relação C/N da mistura de materiais (material 1, material 2, etc.) pode ser
utilizada a seguinte fórmula:
C/N final = P1 [C1 (100-H1)] + P2 [C2 (100-H2)] +… / P1 [N1 (100-H1)] + P2 [N2 (100-H2)]
responsáveis pela compostagem. O solo recolhido por baixo de uma pilha velha de
compostagem, de um celeiro, ou de um curral é rico em azoto. A quantidade de solo a utilizar
numa pilha de compostagem não deve exceder um a dois centímetros por cada 30 cm de
altura da pilha. Demasiado solo torna a pilha pesada para revolver e pode criar condições de
anaerobiose em clima chuvoso.
Os microrganismos precisam de oxigénio (O2) para poderem oxidar a matéria orgânica. Uma
vez que deve ocorrer uma fermentação aeróbia. Na falta de O2 , haverá uma fermentação
anaeróbia, com desprendimento de mau cheiro.
A porosidade na pilha deve ser maior ou igual a 35% do volume total da pilha. De forma a
controlar a porosidade da pilha, (a presença de oxigénio), será, ter à partida, uma pilha
constituída por os pedaços ou partículas de matéria orgânica fresca deverão ter dimensões
que assegurem uma boa circulação do ar, mas não demasiado grandes, pois isso não
permitiria um suficiente contacto entre si.
Em caso de défice de ar no seio da pilha, uma das estratégias é o reviramento. Isso irá não
só introduzir ar, mas também torná-la mais porosa.
1.4.3. Humidade.
A Massa de água de 50-60% do peso total da pilha. Os microrganismos precisam de água
para a sua actividade. Daí que, a pilha tem de permanecer sempre húmida, com a matéria
orgânica bem impregnada. No entanto, o excesso de água impede a circulação do ar. Um
modo prático de verificar a quantidade de água, consiste em apertar na mão um punhado
retirado da pilha deve molhar a mão, não escorrendo mais que umas gotas entre os dedos.
Quando os materiais não absorvem a água facilmente, como por exemplo pedaços de
madeira, mato pouco triturado, etc., há que os regar e calcar bem durante 2-3 semanas, para
se impregnarem antes de os juntar na pilha.
Em princípio, será preciso proceder a várias regas durante a compostagem. A cobertura da
pilha ajuda a manter a humidade.
1.4.4.Temperatura.
A temperatura não deve ser superior a 65-70º C. As reacções oxidativas provocadas pelos
microrganismos libertam calor. Se houver uma proliferação muito rápida da actividade
microbiana, haverá grande produção de calor.
A temperatura deve ser controlada, se a temperatura mostra tendência de ultrapassar
aqueles valores há que a baixar: regando, revolvendo ou introduzindo na pilha matéria
orgânica com uma relação Carbono/Azoto (C/N) mais alta. Para medir a temperatura usam-
se termómetros apropriados. Na falta destes, pode-se introduzir uma barra de ferro até ao
interior da pilha e aguardar alguns minutos. Se for difícil aguentar a mão ao agarrar a sua
extremidade, então o calor é excessivo.
A pilha deve ser coberta. Isso servirá para evitar a penetração da chuva e a dissipação de
calor. Os materiais para cobertura mais utilizados são a terra, as palhas, plástico perfurado e
outros materiais porosos.
Uma temperatura excessiva dá origem a um composto de má qualidade. Há meios de evitar
isso, tais como um reviramento, uma rega, ou a introdução de palha ou outra com baixa
razão C/N.
Quando a temperatura é insuficiente, há pouca actividade microbiana. Ou porque o inóculo
inicial de microrganismos decompositores é fraca, ou porque não há matéria orgânica
suficiente com baixa razão C/N (MO mais azotada) para permitir a sua rápida proliferação.
Ou ainda porque não há ar para as oxidações da matéria orgânica. Existem assim várias
soluções possíveis:
-Adicionar material azotado (cortes de relva, ervas, adubos orgânicos azotados,...).
- Arejar.
- Proteger de frio excessivo com uma cobertura.
A Medição da temperatura faz-se com um termómetro apropriado. Como alternativa, utiliza-
se uma barra de ferro que se introduz até ao coração da pilha durante alguns minutos. Caso
seja difícil aguentar a mão na extremidade quente, então a temperatura estará decerto acima
de 70º C.
demasiado a pilha.
O local escolhido para a compostagem deve ser próximo daquele em que o composto irá ser
utilizado. Poderá ser necessário ter água perto pois a chuva pode não ser suficiente para
humedecer a pilha convenientemente.
A pilha muito baixa não composta bem e não aquece rapidamente. Por isso, nos locais muito
frios pode ser preferível pilhas mais altas. Pelo contrário, as pilhas demasiado altas, podem
tornar-se demasiado quentes e matar os microrganismos responsáveis pela compostagem e
podem ficar muito compactas diminuindo o arejamento no seu interior.
Facilita a drenagem
Aumenta a circulação de ar no solo
Reduz a variação da temperatura do solo
Amortiza o impacto direto das gotasde chuva
itos da matéria orgânica sobre aspriedades físicas do solo
Oque são propriedades químicas?
As propriedades químicas do solo mostram a acidez (pH), a quantidade e diversidade de
nutrientes, se a planta pode absorver bem estes minerais, etc.f
⇒Adubação azotada
As Leguminosas contêm cerca de 0,4 a 0,7% de carbono (N)na sua massa vegetal fresca
As leguminosas têm a capacidade de fixar Azoto orgânico sintetizado da atmosfera no solo
pelas bactérias Rhizobium
Constitui uma forma mais barata de adubação azotada e tem um carácter não poluente
⇒Extracção de nutrientes retidos nas partículas de solo
⇒Solubilização de nutrientes pouco solúveis
⇒ Adventícias vão diminuir a sua presença, devido à melhoria da estrutura do solo conferida
pelos adubos verdes
Adubo verde sob coberto
Adubos verdes entre as linhas de culturas (milho, trigo e hortícolas)
Objectivo: conseguir uma decomposição mais rápida dos restos de cultura que ficam no
terreno, após a colheita
Condições de eficácia -
1. Instalação
A fertilização pode ser necessária em alguns adubos verdes (fosfatos, em particular), antes
ou durante a sementeira, adubação de fundo, onde os nutrientes são posteriormente
devolvidos à cultura
Na sementeira de leguminosas – efectuar a inoculação das sementes com o Rhyzobium
específico
A Taxa de humidade deverá ser suficiente para assegurar germinação
Se o terreno está muito compacto efectuar subsolagem ou escarificação
2.Enterramento
Mínimo de 3 a 4 semanas antes da instalação da cultura
Destroçar (esmiuçar) o adubo verde antes de o enterrar
Não exceder uma profundidade superior a 20 cm
3.“Mulching”
Se simplesmente cortados, destroçados ou não, ficarem a cobrir o terreno em jeito de
cobertura ou “mulching” vegetal têm também efeitos benéficos que por vezes podem ser
superiores
ROTAÇÃO DE CULTURAS:
As culturas e as rotações culturais a usar na horta biológica devem ser escolhidas em função
de vários factores, entre os quais se destacam a dimensão da horta,, os objectivos do
produtor, a natureza do solo e as condições climáticas. Deve-se, ainda, tomar em
consideração as culturas tradicionais na região .
É importante fazer rotações na exploração agrícola porque:
Aumentam a fertilidade do solo - se as culturas e o período da rotação forem os
mais adequados;
Reduzem o empobrecimento do solo - a alternância de culturas leva a que sejam
exploradas em profundidade as diversas camadas por raízes com diferentes
características;
• Facilitam o controlo de pragas, doenças e infestantes – através da alternância de
culturas com características diferentes .
FAMILIAS DE HORTICOLAS
Quenopodiáceas – beterraba, espinafre, acelga
Umbelíferas – cenoura, aipo, funcho, salsa
Solanáceas – beringela, pimento, tomate
Cucurbitáceas – abóbora, melão, pepino, melancia, corgete
Rosáceas – morango
Leguminosas – ervilha, feijão, fava, lentilha, tremoço, grão de bico
Convulvuláceas – batata
Liliáceas – cebola, espargo, alho francês
Crucíferas – rabanete, nabo, couve, rábano
Compostas – alface, chicória, alcachofra
Salsa
Beterraba - Cebola - Couve-Galega - Couve
Final de Outono Penca - Couve Tronchuda - Ervilha - Fava - Nabo
- Pimento - Rabanete
Alho Francês - Beterraba - Cebola - Couve-
Inicio de Inverno Galega - Couve Penca - Couve Tronchuda -
Ervilha - Fava - Pimento
Pleno Inverno Aipo - Alho Francês - Beringela - Beterraba -
Cebola - Couve-Galega - Couve Penca - Couve
Tronchuda - Ervilha - Espinafre - Fava - Pimento -
Piripiri - Tomate
Aipo - Alface - Beringela - Beterraba - Cebola -
Cenoura - Coentros - Courgette - Couve-Galega -
Final de Inverno Couve Penca - Couve Tronchuda - Ervilha -
Espinafre - Fava - Manjericão - Melancia - Melão -
Pepino - Pimento - Piripiri - Rabanete - Salsa -
Tomate
Inicio da Primavera Aipo - Alface - Beringela - Beterraba - Cebola -
Cenoura - Chicória - Coentros - Courgette -
Couve Brócolo - Couve Bruxelas - Couve-Flor -
Couve-Galega - Couve Penca - Couve Repolho -
Couve Tronchuda - Ervilha - Espinafre - Girassol -
Manjericão - Melancia - Melão - Nabo - Pepino -
Pimento - Rabanete - Salsa
Aipo - Alface - Alfazema - Beringela - Beterraba -
Cebola - Cenoura - Chicória - Cidreira - Courgette
- Couve Brócolo - Couve Bruxelas - Couve-Flor -
Couve-Galega - Couve Penca - Couve Repolho -
Couve Tronchuda - Ervilha - Espinafre - Feijão -
Plena Primavera Girassol - Hortelã - Manjericão - Melancia - Melão
- Nabo - Pepino - Pimento - Piripiri - Rabanete
Final da Primavera Alface - Alfazema - Alho Francês - Beringela -
Beterraba - Chicória - Cidreira - Coentros -
Courgette - Couve Brócolo - Couve Bruxelas -
Couve-Flor - Couve-Galega - Couve Penca -
Couve Repolho - Couve Tronchuda - Ervilha -
Feijão - Girassol - Hortelã - Melão - Nabo -
Pepino - Pimento - Rabanete - Salsa - Tomilho
Inicio do Verão Alface - Alfazema - Alho Francês - Beterraba -
Cenoura - Chicória - Cidreira - Coentros -
Courgette - Couve Brócolo - Couve Bruxelas -
Couve-Flor - Couve-Galega - Couve Penca -
Couve Tronchuda - Ervilha - Feijão - Hortelã -
Nabo- Pepino - Rabanete - Salsa - Tomilho
Pleno Verão Alface - Alfazema - Alho Francês - Beterraba -
Cenoura - Chicória - Coentros - Courgette -
Couve Brócolo - Couve Bruxelas - Couve-Flor -
Couve-Galega - Couve Penca - Couve Repolho -
MEIOS DE COMBATE
Importância da vegetação:
Controlo da erosão;
Função ornamental;
Boa gestão da vegetação circundante = meio de luta cultural = luta biológica = limitação
natural das pragas e doenças.
Prevenção
PLANTAR TOMATE E BERINGELA NA BORDADURA
Luta quimica
BACILLUS THURIGIENSIS
LAGARTAS DA COUVE (Pieris brassicae L. e Pieris rapae L.)
COCHONILHA
Prevenção
CULTURAS DE PÓLEN E NÉCTAR PARA ATRAIR COCCINELIDEOS (JOANINHAS) E
OUTROS INSECTOS PREDADORES
Tratamento
DESALOJAR COM ÁGUA
PULVERIZAR ÁGUA DE SABÃO
Luta Cultural
arejamento
retirar o material doente da parcela e evitar as feridas
evitar a plantação em terrenos frios e húmidos, rega frequente e prolongada,
abaixamento térmico repentino e stress hídrico
evitar o vigor excessivo (adubação azotada equilibrada)
evitar rega por aspersão
ANTRACNOSE Colletotrichum lindemuthianum
MEIOS DE LUTA
Realizar rotações
DÍPTERA- Sirfidae
Consociações
Alguns exemplos:
Procedimento
Depois de definir o local do seu compostor, coloque-o directamente sobre a terra para facilitar
o trabalho dos microorganismos.
I.Corte os resíduos castanhos e verdes em bocados pequenos.
II.No fundo do compostor coloque aleatoriamente ramos grossos (promovendo o arejamento
e impedindo a compactação);
III.Adicione uma camada de 5 a 10 cm de castanhos;
IV.Adicione no máximo uma mão cheia de terra ou composto pronto; esta quantidade conterá
microorganismos suficientes para iniciar o processo de compostagem (os próprios resíduos
que adicionar também contêm microrganismos); note-se que grandes quantidades de terra
adicionadas diminuem o volume útil do compostor e compactam os materiais, o que é
indesejável;
V.Adicione uma camada de verdes;
VI.Cubra com outra camada de castanhos;
VII.Regue cada camada de forma a manter um teor de humidade adequado. Este teor pode
ser medido através do "teste da esponja", ou seja, se ao espremer uma pequena quantidade
de material da pilha, ficar com a mão húmida mas não a pingar, a humidade é a adequada.
VIII.Repita este processo até obter cerca de 1 m de altura. As camadas podem ser
adicionadas todas de uma vez ou à medida que os materiais vão ficando disponíveis.
IX.A última camada a adicionar deve ser sempre de castanhos, para diminuir os problemas
de odores e a proliferação de insectos e outros animais indesejáveis.
As folhas e resíduos de corte de relva acumulam-se num espaço de tempo muito reduzido e
em grandes quantidades. Caso tenha folhas em quantidades que não caibam no compostor:
Enterre algumas no solo;
Utilize-as como cobertura ("mulch") em volta do pé de plantas e árvores;
Faça uma pilha num canto do jardim; as folhas degradar-se-ão rapidamente;Guarde-as em
sacos de plástico, armazene em local seco e acessível e adicione ao compostor à medida
das suas necessidades.
Para os resíduos do corte de relva:
Coloque no compostor pequenas quantidades de cada vez e adicione materiais castanhos
(os resíduos do corte de relva têm tendência para adquirir uma estrutura pastosa e criar
cheiros);
Deixe estes resíduos expostos ao sol a secar; tornar-se-ão materiais ricos em carbono
(materiais castanhos), que poderão ser misturados aos mesmos resíduos ainda verdes.
Temperatura
Deve-se medir a temperatura periodicamente, por forma a verificar se ao longo do processo
os valores aumentam repentinamente até aos 70ºC e decresçam lentamente até igualarem o
valor inicial de temperatura
Humidade
Deve regar-se os materiais colocados dentro do compostor sempre que se verifique que
estes apresentam um aspecto seco.
Para verificar o teor de humidade deverá apertar com a mão uma porção do composto. Se a
água contida escoar sob a forma de gotas, a humidade do composto é adequada, se escoar
em fio tem uma humidade excessiva.
Ar
Dado que o processo decorre em meio aeróbio (presença de oxigénio), deve revolver a pilha
de composto periodicamente (1 vez por semana) com o auxílio de uma forqueta de
arejamento.
Tempo de compostagem
O tempo para compostar matéria orgânica depende de diversos factores. Por isso mesmo,
quanto maior for a atenção à pilha de compostagem, mais rapidamente funcionará o
compostor.
O composto quando acabado não degrada mais, mesmo depois de revolvido. As suas
características variam com a natureza do material original, com as condições em que a
compostagem se realizou e com a extensão da decomposição. Mesmo assim, o composto é
geralmente de cor castanha, apresenta baixa razão C:N e alta capacidade para permuta
catiónica e para absorção de água.
Aplicação do Composto
Quando o composto estiver pronto:retire-o da pilha de compostagem; pode usar um crivo
PREPARAÇÃO DO TERRENO:
1. Limpe o terreno das pedras e materiais infestantes para o preparar para o cultivo:
Depois de alcançar uma altura de 40 cm é passado um ancinho para conseguir uma bancada
uniforme, removendo as pedras que aparecem na superficie.. Por último, acrescente sobre a
superfície da bancada dois ou três centímetros de composto.. É desejável compactar
ligeiramente lateralmente para evitar a perda de terras e permitir regar plantações sem perda
da água.
Em cada bancada são colocadas quatro linhas de diferentes produtos hortícolas, de acordo
com um princípio da consociação entre as culturas e associações favoráveis. Os laterais das
bancadas são utilizados para as culturas que exigem pouca humidade.
Dos outros aspectos a não esquecer são as rotações entre as culturas das bancadas. Tenta-
se incluir na horta a maior diversidade de espécies
Pode observar-se mas bancadas a cobertura orgânica com palha para protecção das culturas
contra as infestantes e para retenção da humidade no solo.
Na implementaçõa da horta biológica deve ter-se partiular atenção à rotação das culturas e
às consociações.
SEM AFOLHAMENTO
ROTAÇÃO
NO
TEMPO
NO MESMO
ESPAÇO
ROTAÇÃO
NO TEMPO
E NO
ESPAÇO
ROTAÇÃO
Nas bordaduras da horta biológica não esquecer de plantar ou semear ervas aromáticas,
medicinais e condimentares para afastar pragas, proteger as culturas e aumentar a
biodiversidade na horta..
Pode também plantar sebes ou árvores de fruto, dependendo da dimensão da horta, para
servir de abrigo a diversas aves e outros animais que são auxiliares das culturas
É expressamente proíbida a cópia deste manual para outros fins que não a da
implementação da horta biológica pelas pessoas que participaram nos cursos de formação
BIOHORTA, da Fundação BioLogic@, sem autorização da Fundação:
Apoio:
Escola Superior Agrária de Coimbra