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Introdução

A aceleração do processo de globalização económica alterou profunda, positiva e


potencialmente o cenário económico-financeiro do mundo. Actualmente, os abalos e as oscilações
inesperados e imprevisíveis do mercado de capitais têm exigido dos profissionais da área da
administração e da gestão financeira, diversificados e elevados conhecimentos, perspicácias,
gerenciamento de economicidade, efectividade, eficácia, e eficiência das empresas ou organizações
de grande médio e pequeno aspecto físico.

Objectivos
 Desenvolver os fundamentos teóricos e práticos que compõem o tema “Fecho de Contas”;
 Criar uma empresa, onde aplicaremos os fundamentos, dando-lhe o devido tratamento Contabilístico;
 Bem como, aperfeiçoar os nossos conhecimentos e práticas na área contabilística.

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1.1 Conceito de Empresa
O conceito de empresa aborda para além do edifício onde se desenvolve a atividade a organizar
e todos os elementos indispensáveis à produção. As empresas produzem quase todos os bens e
serviços que o homem necessita, porém, eles chamam-nos diariamente para que use durante 1/3 do
seu tempo o seu cérebro, a sua força, a capacidade inovadora e criativa, permitindo-lhe prestar e
produzir os mais variados bens e serviços.
1.1.1 Definição de Empresa
As empresas são organismos económicos e autónomos onde se centralizam e combinam os
factores de produção (capital e trabalho) com fim de produzirem bens e serviços, capazes de satisfazer
as necessidades dos consumidores.
1.1.2 Constituição das Empresas
Caracteriza-se empresa a pessoa jurídica, constituída de uma ou maais empresários, sócios ou
acionistas, visando o lucro.

Considera-se empresário quem exerce profíssionalmente actividade económica organizada para a


produção ou a circulação de bens ou de serviços (artigo 966 do Código Civil).
Os sócios ou accionistas podem ser tanto empresários (pessoa física), quanto outras empresas
(pessoa jurídica).

A constituição de uma empresa obriga que seus actos constitutivos sejam registrados no
Registo do Comércio ou no Registo Civil das Pessoas Jurídicas.

Quando dois ou mais empresários ou sócios constituem uma empresa, esta denomina- se
”sociedade”. Quanto somente um empresário a constitui, denomina-se ”emprèsa individual”.

SOCIEDADE

Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com


bens ou serviços, para o exercício de actividade económica e a partilha, entre si, dos resultados.

A actividade pode restringir-se à realização dc um ou mais negócios determinados.

NOME EMPRESARIAL

Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adoptada para o exercício de


empresa.

CONTRATO SOCIAL

A sociedade onstitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de


cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:

I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma
ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas;

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II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;

III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de
bens, susceptíveis de avaliação pecuniária;

IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;

V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços;

VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições;

VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;

VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.

Subscrição e Integralização de Capital

Os sócios ou empresários subscrevem o capital e, em seguida, realizam a integralização total


ou parcial do capital subscrito.

A subscrição é a promessa do sócio de conferir determinado montante de fundos para a


formação do capital social, em dinheiro ou em bens.

A integralização é a realização, pelo sócio, da promessa de entrega do montante com o qual


se comprometeu para a formação do capital social.

Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas no contrato


social.

Quando os sócios subscrevem o capital social, mas não o integralizam totalmente, é ajustado
um prazo para a integralização da parcela restante, surgindo, assim, a figura do “capital a
integralizar”.

A integralização do capital social poderá ser efetuada em dinheiro ou em bens móveis ou


imóveis susceptíveis de avaliação em dinheiro.

1.1.3 Classificação das Empresas


1.1.3.1 Quanto ao Regime Jurídico
Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada

Principais características:

 constitui-se por escritura pública;


 a responsabilidade do titular é limitada ao património afecto à actividade empresarial;
 o capital pode ser realizado em dinheiro ou quaisquer outros bens. O valor em numerário não
poderá ser inferior a 2/3 do capital mínimo;
 a designação da sociedade deverá ser constituída pelo nome do titular acrescido ou não do objecto
de comércio, incluindo ainda o adiantamento "Estabelecimento Individual de
Responsabilidade Limitada" ou apenas "EIRL".

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Empresário em Nome Individual

Principais características:

 pessoa singular equiparada a pessoa colectiva (empresa);


 responsabilidade ilimitada por dívidas contraídas;
 obrigatória a inscrição na Segurança Social.

Sociedade Anónima

Principais características:

 capital social representado por acções;


 a responsabilidade de cada sócio está limitada ao número de acções subscritas;
 número mínimo de accionistas: 5;
 todas as acções têm o mesmo valor nominal, que não pode ser inferior a 1.800.00,00;
 a designação da sociedade incluirá sempre a expressão "Sociedade Anónima ou "S.A.";
 não são permitidas contribuições em espécie como forma de realizar o capital;
 podem ser constituídas recorrendo à subscrição pública;
 não são admitidas contribuições de indústria;
 a administração e fiscalização da sociedade está cometida a um Conselho de Administração e a
um Conselho Fiscal do qual fará sempre parte um Revisor Oficial de Contas (ROC);
 o contrato de sociedade deve indicar: o número de acções emitidas, o seu valor nominal, as
condições particulares (se existirem), a que ficará sujeita a transmissão das acções, o montante
de capital realizado (se não houver sido na sua totalidade) e o prazo de realização do capital
subscrito e não realizado bem como a composição da Assembleia Geral e a estrutura do Conselho
de Administração e do Conselho Fiscal da Sociedade.

Sociedade por Quotas

Principais características:

 capital social representado por quotas;


 responsabilidade solidária dos sócios;
 só o património social responde para com os credores pelas dívidas da sociedade;
 só o património social responde pelas dívidas da sociedade;
 número de sócios não inferior a 2;
 a firma deve ser formada pelo nome ou firma de todos ou alguns dos sócios, por denominação
particular ou por ambos, acrescido sempre da expressão "Limitada" ou da abreviatura "LDA.";
 as entradas para o capital social podem ser feitas em dinheiro ou em bens diferentes;
 a realização do capital pode ser diferida até 50% do valor subscrito, em dinheiro;
 não são admitidas contribuições de indústria;
 o contrato de sociedade deve indicar o montante de cada quota e respectivo titular, bem como o
montante de entradas diferidas (se as houver).

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Sociedade em Nome Colectivo

Principais características:

 capital social: não existe montante mínimo estipulado por lei;


 responsabilidade solidária, subsidiária e ilimitada dos sócios;
 número de sócios não inferior a 2;
 são admitidas contribuições de indústria, contudo, o seu valor não é computado no capital social;
 a firma, quando não individualiza todos os sócios, deve conter o nome ou firma de um deles, com
o aditamento, abreviado ou por extenso " & Companhia" ou por qualquer outro que indique a
existência de outros sócios;
 o contrato social de sociedade deve indicar a caracterização da entrada de cada sócio.

Sociedade em Comandita

Principais características:

 os sócios possuem diferentes níveis de responsabilidade: sócios com responsabilidade limitada


(comanditários, contribuem com o capital) e sócios com responsabilidade ilimitada
(comanditados, contribuem com bens e serviços);
 cada um dos sócios comanditários responde apenas pela sua entrada. Os sócios comanditados
respondem pelas dívidas da sociedade nos mesmos termos da sociedade em nome colectivo;
 a entrada do sócio comanditário não pode consistir em indústria;
 existem duas modalidades de Sociedade em comandita: Comandita por acções (nas quais o
capital está representado por acções) e Comandita Simples, que seguem as disposições das
sociedades em nome colectivo;
 contrato de sociedade deve indicar os sócios comanditados e os comanditários bem como a
indicação de que se trata de uma sociedade em comandita por acções ou comandita simples;
 a firma é formada pelo nome ou firma de um, pelo menos, dos sócios comanditados e o
aditamento "Em Comandita” ou ”& Comandita por Acções”;
 o nome dos sócios comanditários não pode figurar na firma da sociedade, salvo se o consentirem
expressamente.

Sociedade Unipessoal por Quotas

Principais características:

 constituída por um único sócio, pessoa singular ou colectiva, que é o titular da totalidade do
capital social;
 também pode resultar da concentração das quotas da sociedade num único sócio,
independentemente da causa da concentração;
 a firma da sociedade deve ser formada pela expressão ”Sociedade Unipessoal” ou ”Unipessoal”
antes da palavra ”Limitada” ou ”Lda.”;
 só o património social responde pelas dívidas da sociedade;
 pode ser transformada em sociedade por quotas plural;
 o sócio único pode designar gerentes;
 seguem o enquadramento legal das sociedades por quotas, salvo nos aspectos que pressupõem a
pluralidade dos sócios.

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Cooperativa

Principais características:

 capital em composição variáveis;


 são associações permanentemente abertas à entrada de novos sócios;
 tem um carácter mutualista sem fins lucrativos;
 a responsabilidade dos elementos é limitada ao capital por eles subscrito.

1.1.3.2 Quanto ao Sector de Actividade


Sector Primário:

 agricultura, silvicultura, pesca e pecuária;


 indústrias extractivas;
 indústrias transformadoras.

Sector Secundário:

 electicidade, gás e água;


 construções e obras públicas.

Sector Terciário:

 transporte, armazenagem e comunicações;


 comércio a grosso e a retalho;
 bancos, seguros e operações sobre imóveis;
 outros serviços.

1.1.3.3 Quanto ao Critério dos Rácios:


Indicadores de capacidade de pagamento ou indicadores de liquidez

Esses indicadores buscam evidenciar a condição da empresa de saldar suas dívidas e de sua
estrutura de endividamento. São indicadores extraídos apenas do balanço patrimonial, razão por que
são considerados indicadores estáticos. Quer dizer que no momento seguinte esses indicadores serão
alterados.

Liquidez Corrente

Activo Corrente
Fórmula de cálculo:
Passivo Corrente

Indica: Quanto à empresa possui no Ativo Corrente para cada 100,00 de Passivo Corrente.
Interpretação: Quanto maior, melhor.

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Objetivo: Verificar a capacidade de pagamento da empresa dos valores de curto
prazo.
Liquidez Reduzida

Activo Corrente−Existências
Fórmula de cálculo:
Passivo Corrente

Indica: Quanto à empresa possui de Ativo Corrente Líquido para cada 100,00 de Passivo
Corrente.
Interpretação: Quanto maior, melhor.
Objetivo: Este indicador tem o mesmo objetivo que o anterior, excluindo as existências do
Activo Corrente. Este é um indicador de Liquidez mais duro que o corrente, no sentido de que a
exclusão das existências do Activo Corrente transforma essa parcela do activo apenas em vaores
recebíveis, jogando contra os valores a pagar.
Liquidez Geral
Activo Corrente+Realizável a longo prazo
Fórmula de cálculo:
Passivo Corrente + Exigível a longo prazo
Indica: Quanto à empresa possui de Ativo Corrente e Realizável à Longo Prazo para cada
100,00 de dívida total.
Interpretação: Quanto maior, melhor.
Objetivo: Este indicador tem como objetivo verificar a capacidade de pagamento, agora
analisando as condições totais de saldos a receber e a realizar contra os valores a pagar, considerando
tanto os saldos de curto como o de longo prazo.
Endividamento

Capital Alheio
Fórmula de cálculo:
Capital Próprio
Indica: Quanto à empresa ganhou de Capitais de Terceiros para cada 100,00 de capital próprio
investido.
Interpretação: Quanto menor, melhor.
Objetivo: A finalidade deste indicador é medir a estrutura de obrigações da empresa. É
também um indicador entendido como um parâmetro de garantia dos credores. Em outras palavras
quanto à empresa tem de Capital Próprio (Patrimônio Líquido) para garantir as dívidas contratadas
para a rotação e de pagamentos.

Indicadores de actividade

Esses indicadores buscam evidenciar a dinâmica operacional da empresa, em seus principais


aspectos refletidos no Balanço Patrimonial e na Demonstração de Resultados. Os indicadores são
calculados inter-relacionando o produto das transações da companhia e o saldo constante ainda no
Balanço Patrimonial, e envolvem os principais elementos formadores do capital de rotação própria

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da empresa.
De modo geral, os indicadores devem refletir as políticas de administração do fluxo de caixa,
bem como da capacidade da companhia de manter um fluxo contínuo de actividades operacionais.
São indicadores que buscam também evidenciar a produtividade dos ativos da companhia.
São os seguintes indicadores: Prazo Médio de Recebimento, Prazo Médio de Pagamento,
Rotação das Existências e a Rotação do Activo.

Prazo Médio de Recebimento

Saldo inicial+Saldo final de clientes


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Fórmula de cálculo: x365
Vendas

Indica: Quanto tempo em média à empresa demora a receber suas vendas diárias.
Interpretação: Quanto menor, melhor.
Objetivo: Este indicador tem por objetivo dar um parâmetro médio de quanto tempo em
média à empresa demora a receber suas vendas diárias. Em outras palavras, as vendas de um dia
levarão tantos dias para serem transformadas em caixa. O prazo médio de recebimento da carteira
de clientes equivale a tantos dias de vendas.
Prazo Médio de Pagamento

Saldo inicial+saldo final de fornecedores


2
Fórmula de cálculo: x365
Compras

Indica: Quanto tempo em média à empresa consegue pagar seus fornecedores.

Interpretação: Não tem pagar seus fornecedores de materiais e serviços. Neste caso, a empresa é

dependente da política de crédito que os fornecedores conseguem adotar.

Rotação das Mercadorias

Fórmula de cálculo: Vendas/Mercadorias

Indica: A velocidade com que o estoque se transforma em produção vendida.

Interpretação:Quantomaior, melhor.

Objetivo: Esse é um dos indicadores de produtividade operacional e da eficiência dos valores


empatados em estocagem de materiais e produtos.

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Rotação do Activo

Vendas
Fórmula de cálculo:
Total do Activo

Indica: Quanto à empresa vendeu para cada $ 1,00 de investimento total.


Interpretação: Quanto maior, melhor.
Objectico: Esse indicador mostra a velocidade com que o investimento total se transforma em
volume de vendas. Sabemos que as vendas representam o coração de uma empresa. Quanto mais
vendermos, quanto mais rápido for o ciclo operacional, mais possibilidades teremos de incrementar
a rentabilidade.
Um dos objetivos básicos de finanças é mostrar a maior produtividade do capital investido.
O indicador fundamental da produtividade financeira do capital investido é o giro do Ativo Total.

Indicadores de Rentabilidade

Podemos obter diversas relações de análise de lucratividade e rentabilidade, objetivando aferir


o comportamento da empresa junto ao setór, e mesmo o comportamento frente a alternativas variadas
de investimentos.
Os indicadores de lucratividade sobre vendas devem ser analisados em relação aos padrões
internos preestabelecidos e aos períodos passados e futuros. Isoladamente não proporcionam
conclusões definitivas.
Já os indicadores de rentabilidade tendem a propiciar análises e conclusões de caráter mais
generalizante e de comparabilidade com terceiros.
São os seguintes indicadores: Margem Líquida, Rentabilidade do Ativo e Rentabilidade do
Patrimônio Líquido.

Margem Líquida
Resultado Líquido do Exercício
Fórmula de resolução: x100
Vendas
Indica: Quanto à empresa obtêm de Lucro para cada $ 100 vendidos.
Interpretação: Quanto maior, melhor
Objetivo: Esses indicadores são reproduzidos da análise vertical da demonstração de
resultados. Representam o quanto à empresa obtém de lucro por cada unidade vendida.

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Rentabilidade do Activo

Resultado Líquido do Exercício


Fórmula de cálculo: x100
Total do Activo

Indica: Quanto à empresa obtém de Lucro para cada $ 100de investimento total.
Interpretação: Quanto maior, melhor
Objetivo: E um dos indicadores mais enfatizados para a análise da rentabilidade de
investimentos. Entretanto, como o ativo total normalmente não é financiado totalmente por capital
próprio, essa rentabilidade tem sua análise prejudicial, se for feita de forma directa.

Rentabilidade do Capital Próprio

Resultado Líquido do Exercício


Fórmula de cálculo: x100
Capital próprio
Indica: Quanto à empresa obteve de lucro para cada $ 100 de Capital Próprio investido.
Interpretação: Quanto maior, melhor
Objetivo: Este é o indicador definitivo. Representa o quanto foi à rentabilidade do capital que
os sócios da empresa investiram no empreendimento. É o indicador definitivo da rentabilidade do
investimento próprio.
Esse indicador conjuga todos os demais indicadores de rentabilidade, lucratividade e de
atividades, numa expressão final: o quanto ganhamos!
1.1.3.4 Quanto a forma de Propriedade
 empresas privadas: são aquelas geridas pelos seus proprietários, emque um ou mais indivíduos,
gerem um determinado património;
 empresas públicas: são aquelas cujo capital e a sua gestão pertencem ao estado, com o
objectivo de satisfazer as necessidades;
 empresas mistas: são aquelas cuja actividade pertence simultaneamente ao estado e as
entidades privadas e que repartem entre si a gestão da mesma.

1.2 Conceito de Contabilidade


Contabilidade é uma ciência aplicada que tem como objecto de estudo o património das
entidades (ou a azienda. que é o património mais a pessoa que o administra), seus fenómenos e
variações, tanto no aspecto quantitativo quanto no qualitativo, registando os factos e actos de natureza
económico-financeira que o afectam e estudando suas consequências na dinâmica financeira.

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1.2.1 Objecto de estudo da Contabilidade
A Contabilidade é a ciência que mede a realidade económica de uma organização a fim de
permitir o planejamento e controlo adequados de entidades económicas. Trata-se de um ramo do
conhecimento cujos fundamentos e objectivos giram em tomo da obtenção de medidas quantitativas
e qualitativas para a tomada de decisões, através da aplicação de ferramentas e técnicas matemáticas
para a produção de relatórios/demonstrativos contabilísticos/financeiros que evidenciem uma
interpretação adequada da realidade económica, financeira, física e patrimonial das entidades.
Consequentemente, o processo de análise financeira baseia-se na aplicação de ferramentas e num
conjunto de técnicas que se aplicam às demonstrações financeiras e outros dados complementares
com o objetivo de obter medidas e relações quantitativas que indiquem o comportamento, não apenas
da entidade económica, mas também de algumas de suas variáveis mais importantes.
Contabilidade é, portanto, a ciência da medição, processamento e comunicação de
informações económico-financeiras sobre entidades económicas, sejam elas empresas públicas ou
privadas, com ou sem fins lucrativos ou uma nação (Contabilidade Nacional). A contabilidade é
referida frequentemente como a "linguagem dos negócios", mede os resultados das atividades
económicas de uma organização e transmite essa informação a uma variedade de usuário incluindo
investidores, credores, gerentes e agentes reguladores. Os praticantes de contabilidade são
conhecidos como Contabilistas.

1.2.2 Ramos ou Tipos de contabilidade


 contabilidade geral ou financeira: é um sistema normalizado de captação, registo da informação,
em termos monetários, para a gestão empresarial, transmitindo uma imagem fiel do património,
sobre variações, evidenciando os resultados globais, em exercícios anuais;
 Contabilidade analítica: é um sistema de informação científica ao serviço da gestão eficiente das
empresas, susceptíveis de esclarecer as condições de funcionamento interno, determinar com
precisão os factores consumidos na produção e áreas funcionais, assegurando a provisão de
custos, proveitos e resultados com a responsabilidade dos intervenientes no processo produtivo;
 contabilidade Pública: é o ramo da contabilidade que se dedica ao estudo do património dos entes
públicos, entendidos como aqueles que são regidos pelo direito público interno. A contabilidade
pública, também chamada de contabilidade governamental, não deve ser confundida com a
contabilidade nacional, pois esta é uma disciplina da economia, cujo objecto são as chamadas
contas nacionais, como por exemplo, o produto interno bruto (PIB), cuja metodologia
desenvolvida pela ONU faz uso do universal método das partidas dobradas;
 contabilidade administrativa ou privada: é a expressão que se usa para denominar uma
ramificação de Contabilidade, que reúne funções cujo objectivo prático é o atendimento às
necessidades de administradores e gestores sobre informações quantitativas e qualitativas em
relação ao andamento dos negócios dos quais sejam os responsáveis;
 contabilidade bancária: é o ramo da contabilidade consagrado à análise dos elementos financeiros
que circulam inteiramente numa entidade bancária;
 contabilidade de seguros: é a ciência que estuda o seguro e suas condições;
 contabilidade agrícola: é o ramo da contabilidade que estuda o património agrícola.

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1.2.3 Finalidade da Contabilidade
A finalidade da contabilidade é controlar o património das entidades, apurar o resultado e
prestar informações sobre a situação patrimonial e o resultado das entidades aos usuários da
informação contabilística. Sendo assim, a contabilidade é de extrema importância para todos,
principalmente para os que possuem um capital considerável, ou bens de valores. Através dela é
possível se ter uma melhor administração desses bens, fazendo com que os seus proprietários tomem
precauções para não perderem os mesmos, ou para que suas tomadas de decisões não desvalorizem
seus bens. Apesar dess função de precaução, a contabilidade também é de extrema importância para
se conseguir dinheiro, da forma mais segura possível, aplicando capital com consciência e com a
orientação adequada.

1.2.4 Utentes da Contabilidade


Os utilizadores da informação financeira podem ser classificados como internos ou externos:
1- Utilizadores Externos:
• bancos;
• investidores;
• fornecedores;
• clientes;
• concorrência;
• estado;
• empregados.
2- Utilizadores Internos:
• administração e direcção;
• tomadores de decisões;
• Empregados.
Os empregados constam nos utilizadores internos e externos, na medida em que embora não
tenham um acesso formal à informação, têm uma percepção bastante real da situação da empresa.

1.2.5 Funções da Contabilidade


As principais funções da Contabilidade são: registar, organizar, demonstrar, analisar e
acompanhar as modificações do património em virtude da actividade económica ou social que a
empresa exerce no contexto económico:
a) Registar todos os factos que ocorrem e podem ser representados em valor monetário;
b) Organizar um sistema de controlo adequado à empresa;
c) Demonstrar com base nos registos realizados, expor periodicamente por meio de demonstrativos,
a situação económica, patrimonial e financeira da empresa;
d) Analisar os demonstrativos com a finalidade de apuração dos resultados obtidos;
e) Acompanhar a execução dos planos económicos da empresa, prevendo os pagamentos a serem
realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros, e alertando para eventuais problemas.

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1.2.6 Princípios da Contabilidade
1. Da continuidade: considera-se que a empresa opera continuadamente, com duração ilimitada.
Desta forma, entende-se que a empresa não tem intenção nem necessidade de entrar em
liquidação ou de reduzir significativamente o volume das suas operações;
2. Da consistência: considera-se que a empresa não altera as suas políticas contabilísticas de um
exercício para o outro. Da efectivação das operações pelo qual as operações realizadas num
exercício afectam os respectivos resultados, independentemente do seu recebimento ou
pagamento;
3. Da especialização (ou do acréscimo): os proveitos e os custos são reconhecidos quando
obtidos ou incorridos, independentemente do seu recebimento ou pagamento, devendo
incluir-se nas demonstrações financeiras dos períodos a que respeitam;
4. Do custo histórico: os registos contabilísticos devem basear-se em custos de aquisição ou de
produção, expressos quer em unidades monetárias nominais, quer em unidades monetárias
constantes. Do conservantismo O qual implica que a Contabilidade deve registar todas as
perdas de valor e não atender aos ganhos potenciais;
5. Da prudência: significa que é possível integrar nas contas um grau de precaução ao fazer as
estimativas exigidas em condições de incerteza sem, contudo, permitir a criação de reservas
ocultas ou provisões excessivas ou a deliberada quantificação de activos e proveitos por
defeito ou de passivos e custos por excesso. Devem também ser reconhecidas todas as
responsabilidades incorridas no período em causa ou num período anterior, mesmo que tais
responsabilidades apenas se tomem patentes entre a data a que se reporta o balanço e a data
em que este é elaborado;
6. Da substância sobre a forma: as operações devem ser contabilizadas atendendo à sua
substância e à realidade financeira e não apenas à sua forma legal;
7. Da materialidade: as demonstrações financeiras devem evidenciar todos os elementos que
sejam relevantes e que possam afectar avaliações ou decisões pelos utentes interessados.
1.2.7 O papel da Contabilidade
A Contabilidade é um importante provedor de informações para a avaliação do desempenho
empresarial. Para aprimorar a forma como o desempenho das empresas é avaliado, diversos modelos
foram desenvolvidos nos últimos anos e, apesar das críticas feitas aos indicadores da Contabilidade,
que tradicionalmente as empresas utilizam para avaliar o seu desempenho, eles têm revelado
incontestável importância nessa tarefa. Ao invés de serem substituídos, como apregoam muitos
autores, devem ser complementados com indicadores de outras áreas, e cabe à Contabilidade ter ações
pró-activas de identificação das mudanças que ocorrem no ambiente empresarial, de modo que os
eventos contabilísticos sejam registados de forma adequada, que sejam adoptadas medidas para que
haja flexibilidade na base de dados contabilísticos, e que suas informações possam atender às novas
finalidades.

1.2.8 A Normalização Contabilística


Normalização contabilística: é o conjunto de normas e procedimentos que devem ser seguidas
pelas diversas entidades económicas no que respeita a nomenclatura, âmbito ou comparação, as regras
de movimentação das contas, de elementos patrimoniais, determinação dos resultados, elaboração
das provas contabilísticas. A normalização contabilística é traduzida pela existência; código de
contas, terminologia, modalidade do funcionamento das contas, critérios de valorimetria, métodos
gerais de determinação dos resultados, modelos de balanços, de demonstração de resultados e de
outras peças contabilísticas.
No âmbito geral podemos dizer que a legislação fiscal faz parte da normalização
contabilística, uma vez que influencia a forma como as empresas preparam e organizam a informação

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contabilística.

A normalização contabilística do sector de seguros conheceu uma evolução significativa


depois de uma longa estagnação de 50 anos (1953-2003), com efeito foram publicadas nos anos 2003
e 2004, 4 normas legais que vieram a melhorar e uniformização relativa ao resisto das transações com
a constituição das provisões técnicas é preparação das demonstrações financeiras e são os seguintes:

Lei 03/2003 de 21 de Janeiro, que veio estabelecer as condições de acesso e exercício das
actividades seguradoras no País bem como a respectiva medição que define as condições de
esclarecimento no exercício das seguradoras nacionais. Decreto 41/2003 de 10 Dezembro, que aprova
o regulamento das condições de acesso e exercício da actividade seguradora no País bem como a
respectiva mediação.

Decreto 42/2003 de 10 de Dezembro, que estabelece o regime jurídico das garantias


funcionais (provisões técnicas) exigíveis a entidades habilitadas ao exercício da actividade
seguradora.

Diploma ministerial 113/2004 do ministério do plano e finanças de 23 de Junho, plano de


contas para as habilidades habilitadas ao exercício da actividade seguradora.

1.3 O Património
1.3.1 Conceito de Património
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma empresa ou pessoa física, ou
seja, seu ativo e passivo.

1.3.2 Elementos Patrimoniais


Os elementos que compõem o património financeiro são:
Activo, Passivo e Capital Próprio. Activo é composto pelos bens e direitos da entidade.
Bens: tudo que pode ser avaliado economicamente e que satisfaça as necessidades humanas. Activo
Tangível: activos tangíveis da empresa são os bens de propriedade da empresa que são concretos,
que podem ser tocados.

Ex: dinheiro, mercadoria para revenda, imóveis, máquinas, veículos, imóveis,


equipamentos.
Activo Intangível: marcas e patentes, acções ou quotas de capital.
O activo intangível, que tem como principal característica a potencialidade de gerar
benefícios futuros para as empresas. O surgimento de produtos inovadores, o conhecimento de
processos de produção flexíveis e de alta qualidade, o talento e a moral dos empregados, a
fidelidade dos clientes e imagem dos produtos, fornecedores confiáveis, rede de distribuição
eficiente, etc.
Direitos: são bens de nossa propriedade que s encontra em poder de terceiros. Ex: duplicatas
a receber, títulos a receber, notas promissórias a receber, clientes, dinheiro em banco, aplicações
financeiras, etc.
O activo serve para manter o fluxo de caixa e também trazer benefícios futuros para a
entidade. Ele é geralmente usado pela entidade na produção de mercadorias ou prestações de
serviços. Os activos de uma entidade resultam de transações passadas ou outros eventos como, por
exemplo, compra de mercadorias ou venda de produtos, os activos também podem ser adquiridos
através de programas do governo para fomentar o crescimento económico da região onde se localiza
a entidade.

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Passivo: é composto pelas obrigações da entidade. Obrigações: são bens de propriedade de
terceiros que se encontra em nosso poder. Ex: duplicatas a pagar, títulos a pagar, notas promissórias
a pagar, alugueres a pagar, fornecedores, impostos a recolher etc. Para que exista um passivo a
entidade deverá ter uma obrigação presente, elas surgem no decorrer de negócios, usos e costumes
e o desejo de manter em pé a empresa.

Capital Próprio: pode ser definido como o saldo resultante da diferença entre o valor do
Activo e do Passivo de uma empresa.
Ex: se uma empresa possuir um Activo (bens + direitos) no valor de 50.000,00 e um Passivo
(obrigações) no valor de 30.000,00, então, tem-se um Capital Próprio de 20.000,00.

1.3.3 Factos Patrimoniais


O património de qualquer empresa ou organização não se mantém estático ao longo do tempo.
Pelo contrário, está sujeito a uma contínua transformação. Esta transformação pode ser motivada
por dois tipos de acontecimentos: os normais ou voluntários, que resultam das acções desenvolvidas
pela empresa ou organização e acontecimentos extraordinários ou involuntários, que são
independentes da sua vontade. No primeiro caso, podem seleccionar- se as acções comuns tais
como: compras, pagamentos, vendas, saques, recebimentos, etc.; no segundo caso, seleccionam-se
os incêndios, os roubos, as perdas, as quebras, etc. Ambas dizem-se factos patrimoniais. Quando
temos variações no património de uma empresa ou organização temos obrigatoriamente um facto
patrimonial. E a manipulação destes factos patrimoniais, que constitui a essência da contabilidade
propriamente dita. Os factos patrimoniais classificam-se em dois tipos:

 factos permutativos;

 factos modificativos.

Um facto diz-se permutativo, quando provoca uma alteração na composição do património, mas
não no seu valor. Dizemos modifícativo, quando implica, além da variação na composição, uma
alteração no seu valor do património. Os factos permutativos como não motivam alteração de
património, são os mais frequentes. Estes localizam-se nas compras, nas transferências, etc.; que a
empresa ou organização efectua sem que o valor propriamente dito da empresa seja alterado. Já nos
factos modifícativos afirma-se exactamente o contrário, ou seja, são todas aquelas operações que
alteram o valor do património quer seja para positivo ou negativo. Nesta situação encontramos todas
as vendas que englobem lucro, todas as perdas que a empresa sofra, etc.

1.3. Equação Fundamental do Património


Activo = Passivo + Capital Próprio

1.4 A Conta
1.4.1 Breves considerações
As empresas, sobretudo as maiores, possuem milhares de elementos patrimoniais. Não seria
útil fazer um inventário em que se descrevessem todos os elementos patrimoniais, porque seria
impossível apresentar e avaliar o património da empresa. O único caminho consistiu em agrupar os
elementos patrimoniais semelhantes. A este agrupamento dá-se o nome de Conta.

Conta: é o conjunto de elementos patrimoniais com características semelhantes, expressos em


unidade de valor, ou seja, em moeda.

15
Características Fundamentais da Conta:
 Titularidade: toda a conta deve ter um título que evidencie claramente quais os elementos
patrimoniais que dela fazem parte.
 Homogeneidade: cada conta deve conter os elementos patrimoniais com características
comuns.
 Integral idade: todos os elementos que apresentam características semelhantes devem fazer
parte da mesma conta.

1.4.2 Representação Gráfica da Conta:

D C

1.4.3 As Massas Patrimoniais


Activo Não Corrente

Do activo não corrente fazem parte as seguintes contas principais:

• Imobilizações corpóreas: elementos patrimoniais tangíveis, móveis ou imóveis, isto é, bens


materiais. Ex: Máquinas, computadores, secretárias, etc;
• Imobilizações incorpóreas: são elementos patrimoniais intangíveis, nomeadamente as
despesas de constituição da Empresa. Ex: Trespasses;
• Investimentos financeiros: incluímos nesta conta os elementos patrimoniais que representam
aplicações financeiras de médio e longo prazo. Ex: Compra de acções de quotas ou de
obrigações com carácter permanente.

Activo Corrente

Como os elementos patrimoniais circulantes são de várias ordens, isto é, heterogéneos, o


activo circulante foi primeiro dividido em rubricas e deois em contas.

No activo corrente há a considerar quatro rubricas:

• Existências: engloba as seguintes contas - Mercadorias, Matérias-Primas e subsidiárias e de


consumo; Produtos acabados, subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos;
• Contas a receber: são todos os terceiros que têm dívidas para com a empresa pelo facto de
terem adquirido bens e serviços, com excepção dos bens destinados ao imobilizado. A
principal conta integrante desta rubrica é a de Clientes;
• Meios monetários: as principais contas integrantes desta rubrica são dc Títulos negociáveis,
Depósitos a prazo, Depósitos à ordem e Caixa;
• Outros activos financeiros: engloba Investimentos cm outras empresas; Investimentos em
imóveis e outros investimentos financeiros de curto prazo.

16
Passivo

As principais contas integrantes do Passivo são:

 Empréstimos: registam-se todas as dívidas que a empresa tem para com terceiros derivadas
de fundos que obteve junto da banca ou de outras entidades;
 Fornecedores: registam-se todas as dívidas derivadas de da aquisição de bens e de serviços
com excepção dos destinados ao imobilizado que se registam na conta de outros valores a
pagar;
 Estado: registam-se as dívidas que a empresa tem para com os entes públicos. Os principais
entes públicos são o Estado, as Autarquias e a Segurança Social;
 Outros valores a pagar: registam-se as dívidas da empresa para com terceiros resultantes da
aquisição de bens e serviços destinados ao imobilizados, bem como encargos a pagar e
encargos a repartir por períodos futuros.

1.5 Processos Contabilísticos


1.5.1 Etapas de um processo contabilístico:
Captação

E a fase de recolhimento de dados e dos actos que interferem no património da empresa. Essa
etapa envolve a avaliação de documentos como leis, contratos, processos judiciais, notas fiscais,
recibos e outros, e também de eventos que afectam a organização.

Reconhecimento

É a fase em que se questionam os dados captados para considerar sua validade.

Acumulação
Reconhecidos os dados, eles devem ser organizados em um banco de dados.
Como forma de facilitar o acesso a essas informações, a maioria das empresas têm investido em
automação de processos (sistema informatizado).

Sumarização
Fase em que o profissional transforma os dados em informações que sejam úteis para a
organização, como a geração de demonstrações e de relatórios.

Evidenciação
Nessa fase, são divulgadas as informações contabilísticas aos usuários.

1.5.2 Inventário

O inventário consiste numa relação dos elementos patrimoniais com a indicação do seu valor;
ou seja, é uma listagem ou é o arrolamento de todos os elementos patrimoniais com a descrição das
suas quantidades, preço unitário e valor.

17
Classificação
O inventário pode ser classificado da seguinte forma:
a) Quanto ao âmbito:
1- Inventário geral: é aquele que abarca todos os elementos que constituem um todo
património.
2- Inventário parcial: quando abrange apenas alguns elementos patrimoniais num dado
período.
b) Quanto à disposição:
1- Inventário simples: é aquele que os elementos aparecem dispostos sem obedecer
qualquer ordem.
2- Inventário classificado: é aquele que os elementos patrimoniais aparecem agrupados
segundo a sua natureza característica e função.
c) Quanto à periodicidade:
1- Inventário ordinário: é aquele que é elaborado periodicamente.
2- Inventário extra-ordinário: é aquele que é eleborado em consequências a situações
excepcionais.
d) Quanto à representação à representação:
1- Verticais: são aqueles em que o activo aparece em cima e em seguida o passivo.
2- Horizontais: são aqueles aqueles em que o passivo é escrito ao lado do activo.
e) Quanto à apresentação:
1- Inventário analítico: é aquele em que é possível visualizar todos os elementos
patrimoniais, as rúbricas, as contas, as massas patrimoniais gerais e parciais.
2- Inventário sintético: é aquele em que só é apresentado o total do activo e do passivo.

1.5.3 Balanço

O Balanço é um instrumento contabilístico que reflecte a situação económico financeira da


empresa, onde os pontos fortes e fracos são evidenciados. Com o Balanço pode- se estabelecer
comparações claras relativamente, aos competidores mais directos e a objectivos pré-definidos;
detectar eventuais desvios entre o desempenho estimado e o real, e ainda pode servir de base a
projecções sobre o seu desempenho futuro.

O Balanço representa a situação patrimonial da empresa (activo, passivo e capital próprio)


num determinado momento de tempo.

O Balanço está dividido em três categorias fundamentais: activo, passivo e capital próprio:

O activo inclui tudo aquilo que a empresa possui e que é susceptível de ser avaliado em
dinheiro - disponibilidades (dinheiro em numerário, depósitos bancários e títulos negociáveis),
créditos sobre clientes, stocks de mercadorias, equipamentos, instalações, etc.

O passivo é o conjunto de fundos obtidos extemamente pela empresa, seja através de


empréstimos, seja através do diferimento de pagamentos (aos fornecedores, ao Estado, etc.).

O capital próprio, que corresponde ao capital pertencente aos sócios. Ou seja, representa o

18
valor do investimento realizado pelos proprietários adicionado dos lucros (ou deduzido de eventuais
prejuízos) obtidos ao longo dos exercícios passados e do exercício corrente.

1.5.4 Razão
Razão: é um livro contabilístico obrigatório, fundamental para a contabilidade da empresa,
porém não possui tantas formalidades quanto o Livro Diário. Neste livro não são necessários os
termos de abertura ou encerramento e, da mesma forma, não é preciso a autenticação na Junta
Comercial.
1.5.5 Balancete
Balancete é um instrumento financeiro que se utiliza para visualizar a lista do total dos débitos
e dos créditos das contas, juntamente com o saldo de cada uma delas (seja devedor ou credor). Desta
forma, permite estabelecer um resumo básico de um estado financeiro.

1.5.6 Demonstração de Resultados


Demonstração de Resultados é o relatório que nos mostra os detalhes dos Rendimentos
(anteriormente conhecidos como proveitos) e os Gastos (anteriormente conhecidos como custos)
durante um determinado período de tempo, normalmente um ano. Nela, podemosverificar se a
empresa, durante o período, teve lucro ou prejuízo.

19
1.6 Constituição da Empresa
Data da Constituição: 04/05/2016
Sócios: Diane Muanza, Dionísio Junqueira, Orlandina da Silva, Osvaldo António,
Rossana Canhanga.
Sede: Luanda/Gamek/Rua da Jonce.
Telefone:933525738

Fax: 244933525738
Email: Dordomobiliários@gmail.com.
Nif: 500328048

NISS: 6776534210
Sociedade por Quota.
Firma: DORDO, LDA.
Objecto Social: Comercialização de Mobiliários Diversos.
Dimensão da Empresa: Média Empresa
Capital Social: 7.000.000,00
Sistema de Inventário: Permanente.
Horário de funcionamento: Segunda à Sexta-feira: das 08:30 às 15:00; Sábado: das
08:30 às 12:00.
Documentos reunidos para a constituição da Empresa:

• Cópias de identificação dos sócios;


• Certificado de admissibilidade;
• Cópia do NIF e nota de fixação;
• 1 cópia dos estatutos;
• Comprovativos de emolumentos;
• Comprovativo de abertura da conta bancária.

20
1.7 Estatuto da Empresa
Artigo 1°
Tipo de firma
1 -A sociedade é comercial, adapta o tipo de sociedade por Quota e a firma é: DORDO,Lda.
2-A empresa tem o número de pessoal 500328048 e o número de identificação na
segurança social de 6776534210.
Artigo 2°
Sede
1-A sociedade está localizada em Luanda/Gamek/Rua da Jonce.
Artigo 3°
Objecto
1-0 objeto: Comercialização de Mobiliários Diversos.
Artigo 4°
Capital
1- O capital subscrito é de 7.000.000,00, sendo realizado em depósito à ordem no banco BPC.

21
2.1 Subscrição do Capital

Dionísio Junqueira: 2.100.000,00 (30%)


Diane Muanza: 1.400.000,00 (20%)
Rossana Canhanga: 1.400.000,00 (20%)
Orlandina da Silva: 1.050.000,00 (15%)
Osvaldo António: 1.050.000,00 (15%)

Representação da subscrição no razão:

D 35.1.1.1 Subsc/Dionísio C D 35.1.1.2 Subsc/Diane C


Si) 2.100.000,00 2.100.000,00 (Sd Si) 1.400.000,00 1.400.000,00 (Sd

2.100.000,00 2.100.000,00 1.400.000,00 1.400.000,00

D 35.1.1.3 Subsc/Rossana C D 35.1.1.4 Subsc/Orlandina C


Si) 1.400.000,00 1.400.000,00 (Sd Si) 1.050.000,00 1.050.000,00 (Sd

1.400.000,00 1.400.000,00 1.0500.000,00 1.050.000,00

D 35.1.1.5 Subsc/Osvaldo C D 51 Capial C


Si) 1.050.000,00 1.050.000,00 (Sd SC) 7.000.000,00 7.000.000,00

1.050.000,00 1.050.000,00 7.000.000,00 7.000.000,00

22
2.1 Realização do capital

D 35.2.1.1 Real/Dionísio C D 35.2.1.2 Real/Diane C


Si) 2.100.000,00 2.100.000,00 Si) 1.400.000,00 500.000,00 (1
900.000,00 (5
00 00
00 00

D 35.2.1.3 Real/Rossana C D 35.2.1.4 Real/Orlandina C


Si) 1.400.000,00 1.400.000,00 (3 Si) 1.050.000,00 1.050.000,00 (4

00 00 00 00

D 35.2.1.5 Real/Osvaldo C D 11 Imob. Copóreas C


Si) 1.050.000,00 420.000,00 (6 1) 2.100.000,00 2.600.000,00 (Sd
550.000,00 (7 2) 500.000,00
80.000,00 (8

2.600.000,00 2.600.000,00
00 00

D 26 Mercadorias C D 43 Dep. À Ordem C


3) 1.400.000,00 2.720.000,00 (Sd 4) 1.050.000,00 1.600.000,00 (Sd
5) 900.000,00 7) 550.000,00
6) 420.000,00

1.600.000,00 1.600.000,00
2.720.000,00 2.720.000,00

D 45 Caixa C
8) 80.000,00 80.000,00 (Sd

80.000,00 80.000,00

23
2.2 Organigrama da Empresa

24
Elementos Patrimoniais
Activo Valor Passivo Valor
Transporte/ Pessoal 2.500.000,00 Empréstimos 00
Computador 75.000,00 Fornecedores 00
Prateleira 25.000,00 Estado 00
Mercadorias 2.720.000,00 Outros V. a Pagar 00
Dep. à Ordem 1.600.000,00
Caixa 80.000,00

Total 7.000.000,00 Total 00

2.3 Inventário
Cód Descrição Quantidade P. Unitário Valor
Activo n Corrente
1 Meios F. e
11 Imob. Corpóreas
Investimentos
11.3.1 Computador 1 75.000,00 75.000,00
11.3.2 Prateleira 1 25.000,00 25.000,00
11.4.1 Transp/Pessoal 1 2.500.000,00 2.500.000,00
Total do Act. n 2.600.000,00
Corrente
Activo Corrente
2 Existências
26 Mercadorias 2.720.000,00.
26.1 Camas 40 25.000,00 1.000.000,00
26.2 Mesas 25 28.800,00 720.000,00
26.3 Guarda-fatos 40 25.000,00 1.000.000,00
4 Meios Monetários
43 Dep. à Ordem 1.600.000,00
45 Caixa 80.000,00
Total do Activo 4.400.000,00
Corrente
Total do Activo 7.000.000,00

Passivo
33 Empréstimos 00
32 Fornecedores 00
34 Estado 00
37 Outros Valores a Pagar 00

Total do Passivo 00

25
2.4 Balanço Inicial

Cód Activo Valor Cód C. Próprio e Valor


Activo n Corrente Capital
Passivo Próprio
1 Meios F. e Invest. 51 Capital Social 7.000.000,00
11 Imob. Corpóreas 2.600.000,00 55 Reservas Legais 00
11.3.1 Computador 75.000,00 88 R.L. do Exercício 00
11.3.2 Prateleira 25.000,00 Total do C. Próprio 7.000.000,00
11.4.1 Transp/Pessoal 2.500.000,00
Total A. n 2.600.000,00 Passivo
Corrente Passivo n Corrente
Activo Corrente 33 Empréstimos 00
2 Existências Total Passivo n 00
26 Mercadorias 2.720.000,00 Cor
26.1 Camas 1.000.000,00 Passivo Corrente
26.2 Mesas 720.000,00 32 Fornecedores 00
26.3 Guarda-fatos 1000.000,00 34 Estado 00
4 Meios Monetários 1.680.000,00 37 Outros V/ Pagar 00
43 Dep à Ordem 1.600.000,00 Total P. Corrente 00
45 Caixa 80.000,00
Total A. Corrente 4.400.000,00 Total do Passivo 00

Total do Activo 7.000.000,00 C. Próprio e 7.000.000,00


Passivo

2.5 Balancete Inicial

Cód Descrição Movimentos Saldos


Débito Crédito Devedor Credor
11.3.1 Computador 75.000,00 75.000,00
11.3.2 Prateleira 25.000,00 25.000,00
11.4.1 Transporte para o pessoal 2.500.000,00 2.500.000,00
26.1 Camas 1.000.000,00 1.000.000,00
26.2 Mesas 720.000,00 720.000,00
26.3 Guarda-fatos 1.000.000,00 1.000.000,00
43 Depósito a Ordem 1.600.000,00 1.600.000,00
45 Caixa 80.000,00 80.000,00
51 Capital social 7.000.000,00 7.000.000,00
Total 7.000.000,00 7.000.000,00 7.000.000,00 7.000.000,00

26
As operações realizadas ao longo do Ano foram:

1- 0.5.01) Factura-recibo n° 1 referente à venda de 38 camas no valor de 2.100.000,00.


2- 13.01) Compra de 100 mesas no valor de 4.000.000,00.
3- 28.01) compra de um computador no valor de 43.000,00.
4- 15.02) Factura n°2 à XK Lda, no valor de 1.000.000,00 pela venda de 22 guarda-fatos.
5- 28.02) Talão de depósito referente ao pagamento de seguro no valor de 60.000,00.
6- 10.03) Recebimento via banco, do valor total da dívida do cliente XK Lda.
7- 17.03) Pagamento da formação do funcionário Osvaldo, no valor de 30.000,00.
8- 20.03) Emissão de um cheque no valor de 70.000,00, para reforço do caixa.
9- 24.03) Factura-recibo n°3 referente à venda de 30 mesas no valor de 1.500.000,00.
10- 06.04) Pagamento em numerário dos serviços de publicidade no valor de 20.000,00.
11- 15.04) Factura n°4 à DP Lda, referente à venda de 22 mesas no valor de 1.200.000,00.
12- 26.04) Factura-recibo n°5 referente à venda de 25 guarda-fatos.
13- 07.05) Factura n°6 da TP Lda, referente à compra de 30 camas no valor de 750.000,00.
14- 15.05 Reparação do computador no valor de 30.000,00.
15- 29.05) Venda de 15 camas ao cliente RS no valor de 950.000,00, sendo 75% a pronto e
25% a prazo.
16- 20.07) O cliente DP Lda, pagou totalmente a sua dívida.
17- 28.08) Pagamento da dívida do fornecedor TP Lda.
18- 17.09) Pagamento via banco do serviço de limpeza no valor de 40.000,00.
19- 11.10) Recibo da pumangol, pela compra de combustível no valor de 10.000,00.
20- 21.10) A empresa recebeu do cliente, uma multa por este ter pago a dívida fora do
prazo no valor de 600.000,00.
21- Processamento e pagamento da renda do estabelecimento comercial no valor de 500.000,00.
22- 01.11) Pagamento da electicidade no valor de 30.000,00.
23- 09.11) Pagamento do IPU.
24- 13.11) Factura do consultor Anuindo no valor de 100.000,00.
25- 17.11) Pagamento do IRT da operação anterior.
26- 19.11) A empresa recebeu um adiantamento do cliente SM no valor de 15.000,00.
27- 26.11) Factura-recibo referente à venda de 4 mesas no valor de 215.OO4)p0 ao cliente SM.
28- 13.12) Compra de 4 guarda-fatos no valor de 1 OO.OO(D/)Ú.
29- 25.12) Processamento e pagamento do salário dos funcionários.

27
2.6 Lançamento das Operações

D 11.3.1 - Computador C D 11.3.2 Prateleira C


Si) 75.000,00 75.000,00 (Sd Si) 25.000,00 25.000,00 (Sd
75.000,00 75.000,00 25.000,00 25.000,00

D 11.4.1 - Transporte C D 26 - Mercadorias C


Si) 2.500.00,00 2.500.000,00 (Sd Si) 2.720.000,00
2.500.000,00 2.500.000,00 2) 4.000.000,00
13) 750.000,00
28) 100.000,00 7.570.000,00 (Sd
D 43 - Dep à Ordem C 7.570.000,00 7.570.000,00
Si) 1.600.000,00 60.000,00 (5
1) 2.100.000,00 4.000.000,00 (2 D 45 - Caixa C
6) 1.000.000,00 70.000,00 (8 43.000,00 (3
9) 1.500.000,00 750.000,00 (17 Si) 80.000,00
8) 70.000,00 30.000,00 (7
12) 800.000,00 40.000,00 (18 20.000,00 (10
15) 712.500,00 425.000,00 (21 30.000,00 (14
16) 1.200.000,00 30.000,00 (22
20) 600.000,00 75.000,00 (23 10.000,00 (19
26) 15.000,00 10.500,00 (25 17.000,00 (Sd
100.000,00 (28 150.000,00 150.000,00
970.800,00 (29
2.996.200,00 (Sd
9.527.500,00 9.527.500,00

D 75.2.22 - Seguros C
D 61.3 - Venda de Mercadorias C 5) 60.000,00 60.000,00 (Sd
2.100.000,00 (1 60.000,00 60.000,00
1.000.000,00 (4
1.500.000,00 (9
1.200.000,00 (11 D 51 - Capital Social C
800.000,00 (12 Sc) 7.000.000,00 7.000.000,00 (Si
950.000,00 (15
7.000.000,00 7.000.000,00
Sc)7.765.000,00 215.000,00 (27
7.765.000,00 7.765.000,00
D 31.1.1 - Cliente XK C
4) 1.000.000,00 1.000.000,00 (6
0 0
D 11.3.3 - Computador C
3) 43.000,00 43.000,00 (Sd
43.000,00 43.000,00
D 72.7.2 Formação C
7) 30.000,00 30.000,00 (Sd
30.000,00 30.000,00

28
D 75.2.29 - Publicidade C D 31.1.2 - Cliente DP C
10) 20.000,00 20.000,00 (Sd 11) 1.200.000,00 1.200.000,00 (16
20.000,00 20.000,00 0 0

D 32 - Fornecedor TP C D 75.2.14 - Reparação C


17) 750.000,00 750.000,00 (13 14) 30.000,00 30.000,00 (Sd
0 0 0 0

D 31.1.3 - Cliente RS C D 75.2.28 - Limpeza C


15) 237.500,00 237.500,00 (Sd 18) 40.000,00 40.000,00 ( Sd
237.500,00 237.500,00 40.000,00 40.000,00

D 75.2.13 - Combustível C D 68.6 Benefícios em penalidades C


19) 10.000,00 10.000,00 (Sd Sc) 600.000,00 600.000,00 (20
10.000,00 10.000,00 600.000,00 600.000,00

D 75.2.21 - Rendas e Alugueres C D 34.9 - IPU C


21) 500.000,00 500.000,00 (Sd 23) 75.000,00 75.000,00 (21
500.000,00 500.000,00 0 0

D 75.2.12 -Electicidade C D 752.34 - Honorários e Avenças C


22) 30.000,00 30.000,00 (Sd 24) 100.000,00 100.000,00 (Sd
30.000,00 30.000,00 100.000,00 100.000,00

D 37.9 - Outros Valores a Pagar C D 34.3. - IRT Retenção na fonte C


Sc) 89.500,00 89.500,00 (24 25) 10.500,00 10.500,00 (24
89.500,00 89.500,00 0 0

D 31.1.4 - Cliente SM C
D 31.1.9.1.1 - Cliente SM C
27) 215.000,00 15.000,00 (27
27) 15.000,00 15.000,00 (26
200.000,00 (Sd
0 0
200.000,00 200.000,00

29
Operação nº 29:

D 72.2 Remunerações - Pessoal C D 72.5 Encargos - Remunerações


1) 240.000,00 1) 16.800,00
2) 220.000,00 2) 15.200,00
3) 170.000,00 3) 11.200,00
4) 150.000,00 4) 9.600,00
5) 130.000,00 910.000,00 (Sd 5) 8.000,00 60.800,00 (Sd
910.000,00 910.000,00 60.8000,00 60.800,00

D 37.9 - Segurança Social C D 34.3 - IRT/ Pessoal C


23.100,00 (1 21.54,00 (1
20.900,00 (2 18.595,00 (2
15.400,00 (3 11.704,00 (3
13.200,00 (4 9.182,00 (4
P) 83.600,00 11.000,00 (5 P) 67.813,00 6.790,00 (5
0 0 0 0

D 36.1 - Pessoal Remunerações C D 43 - Depósito à Ordem C


212.158,00 (1 256.800,00 (1
195.705,00 (2 235.200,00 (2
154.096,00 (3 131.200,00 (3
137,218,00 (4 159.600,00 (4
P) 819.387,00 120.210,00 (5 P) 970.800,00 138.000,00 (5
0 0 0 0

30
2.7 Balancete de verificação

Movimentos Saldos
Código Descrição Débito Crédito Devedor Credor
11.3.1 Computador 75.000,00 75.000,00
11.3.2 Prateleira 25.000,00 25.000,00
11.3.3 Computador 43.000,00 43.000,00
11.4.1 Trans/Pessoal 2.500.000,00 2.500.000,00
26.1 Mercadorias 7.570.000,00 7.570.000,00
31.1.1 Cliente XK 1.000.000,00 1.000.000,00
31.1.2 Cliente DP 1.200.000,00 1.200.000,00
31.1.3 Cliente RS 237.500,00 237.500,00
31.1.4 Cliente SM 215.000,00 15.000,00 200.000,00
31.9.1 Cliente SM 15.000,00 15.000,00
32.1.1 Fornecedor TP 750.000,00 750.000,00
34.3.1 IRT Reten/Fonte 10.500,00 10.500,00
34.3.2 IRT Pessoal 67.813,00 67.813,00
34.9.1 IPU 75.000,00 75.000,00
36.1 Pessoal 819.387,00 819.387,00
37.9.1 O.V Pagar 89.500,00 89.500,00
37.9.2 Segurança Social 83.600,00 83.600,00
43.1 Dep. à Ordem 9.527.500,00 6.531.300,00 2.996.200,00
45.1 Caixa 150.000,00 133.000,00 17.000,00
51.1 Capital Social 7.000.000,00 7.000.000,00
61.3 Vendas 7.765.000,00 7.765.000,00
68.6 Ben/Penalidade 600.000,00 600.000,00
72.2 Rem/ Pessoal 910.000,00 910.000,00
Enc.
72.5 Remunerações 60.800,00 60.800,00
72.7.2 Formação 30.000,00 30.000,00
75.2.12 Electricidade 30.000,00 30.000,00
75.2.13 Combustível 10.000,00 10.000,00
75.2.14 Reparação 30.000,00 30.000,00
75.2.21 R. e Alugueres 500.000,00 500.000,00
75.2.22 Seguros 60.000,00 60.000,00
75.2.28 Limpeza 40.000,00 40.000,00
75.2.29 Publicidade 20.000,00 20.000,00
75.2.34 H. e Avenças 100.000,00 100.000,00
Total 26.155.100,00 26.155.100,00 15.454.500,00 15.454.500,00

31
2.8 Regularização das contas

Custo das Mercadorias Vendidas:


D 71 - CMVMC C
D 26 - Mercadorias C
Cp) 4.850.000,00 2.885.000,00 (Sf
Si) 2.720.000,00 2.720.000,00 (Si
Si) 2.70.000,00 4.685.000,00 (Sd
Sf) 2.885.000,00 2.885.000,00 (Sd
7.570.000,00 7.570.000,00
5.605.000,00 5.605.000,00

Pagamento do Imposto de Selo:


Recebimentos = 2.965.000,00 X 1% = 29.650,00

D 75.3.1 - Imposto de Selo C D 34.9.2 - Imposto de Selo C


29.650,00 29.650,00 (Sd 29.650,00 29.650,00
29.650,00 29.650,00 0 0

D 43 - Depósito à Ordem C
Sc) 29.650,00 29.650,00
29.650,00 29.650,00

Amortização dos Imobilizados:

D 18.1.3.1 - Computador C
D 73.1.3.1 - Computador C
Sc) 18.750,00 18.750,00
18.750,00 18.750 (Sd
18.750,00 18.750,00
18.750,00 18.750,00

D 18.1.3.2 - Prateleira C
D 73.1.3.2 - Prateleira C Sc) 12.500,00 12.500,00
12.500,00 12.500,00 (Sd 12.500,00 12.500,00
12.500,00 12.500,00

D 73.1.3.3 - Computador C D 18.1.3.3 - Computador C


10.750,00 10.750,00 (Sd Sc) 10.750,00 10.750,00
10.750,00 10.750,00 10.750,00 10.750,00

D 18.1.4.1 - Transprte Pessoal C


D 73.1.4.1 - Transporte Pessoal C
Sc) 833.250,00 833.250,00
833.250,00 833.250,00 (Sd
833.250,00 833.250,00
833.250,00 833.250,00

32
2.9 Balancete de Regularização

Movimentos Saldos
Código Descrição Débito Devedor Credor
11.3.1 Computador 75.000,00 75.000,00
11.3.2 Prateleira 25.000,00 25.000,00
11.3.3 Computador 43.000,00 43.000,00
11.4.1 Transporte Pessoal 2.500.000,00 2.500.000,00
18.1 Amort/ Acumuladas 875.250,00 875.250,00
26.1 Mercadorias 5.605.000,00 2.720.000,00 2.885.000,00
31.1.1 Cliente XK 1.000.000,00 1.000.000,00
31.1.2 Cliente DP 1.200.000,00 1.200.000,00
31.1.3 Cliente RS 237.500,00 237.500,00
31.1.4 Cliente SM 215.000,00 15.000,00 200.000,00
31.9.1 Cliente SM 15.000,00 15.000,00
32.1.1 Fornecedor TP 750.000,00 750.000,00
34.3.1 IRT Retenção na fonte 10.500,00 10.500,00
34.3.2 IRT Pessoal 67.813,00 67.813,00
34.9.1 Imposto de Selo 29.650,00 29.650,00
34.9.2 Imposto P. Urbano 75.000,00 75.000,00
36.1 Remunerações Pessoal 819.387,00 819.387,00
37.9.1 Outros V. Pagar 89.500,00 89.500,00
37.9.2 Segurança Social 83.600,00 83.600,00
43.1 Depósito à Ordem 9.527.500,00 6.560.950,00 2.966.550,00
45.1 Caixa 150.000,00 133.000,00 17.000,00
51.1 Capital Social 7.000.000,00 7.000.000,00
61.3 Venda de Mercadorias 7.765.000,00 7.765.000,00
68.6 Benef de Penalidades 600.000,00 600.000,00
71.3 CMVMC 7.570.000 2.885.000,00 4.685.000,00
72.2 Remunerações Pessoal 910.000,00 910.000,00
72.5 Encargos Pessoal 60.800,00 60.800,00
72.7.2 Formação 30.000,00 30.000,00
73.1 Amort. do Exercício 875.250,00 875.250,00
75.2.12 Electricidade 30.000,00 30.000,00
75.2.13 Combustível 10.000,00 10.000,00
75.2.14 Reparação 30.000,00 30.000,00
75.2.21 Rendas e Alugueres 500.000,00 500.000,00
75.2.22 Seguros 60.000,00 60.000,00
75.2.28 Limpeza 40.000,00 40.000,00
75.2.29 Publicidade 20.000,00 20.000,00
75.2.34 Honorários e Avenças 100.000,00 100.000,00
75.3.1.1 Imposto de Selo 29.650,00 29.650,00
Total 32.694.650,00 32.694.650,00 16.329.750,00 16.329.750,00

33
2.10 Apuramento de Resultados

D 82 - Resultados Operacionais C D 85 - Resultados não Operacionais C


71) 4.685.000,00 T) 600.000,00 600.000,00 (68
72) 1.000.800,00 0 0
73) 875.250,00
75) 819.650,00
T) 384.300,00 7.765.000,00 (61
0 0
D 87 - Imposto/Lucros
P) 295.290,00 295.290,00 (S
0 0
D 88 - Resultado Líquido do Exercício C
S) 295.290,00 384.300,00 D 34.1 Imposto /Lucros
Sc) 689.010,00 600.000,00 (85 Sc) 295.290,00 295.290,00 (P
984.300,00 984.300,00 295.290,00 295.290,00

34
2.11 Balancete Final

Movimentos Saldos
Código Descrição Débito Crédito Devedor Credor
11.3.1 Computador 75.000,00 75.000,00
11.3.2 Prateleira 25.000,00 25.000,00
11.3.3 Computador 43.000,00 43.000,00
11.4.1 Transporte Pessoal 2.500.000,00 2.500.000,00
18.1 Amort. Acumuldas 875.250,00 875.250,00
26.1 Mercadorias 5.650.000,00 2.720.000,00 2.885.000,00
31.1.1 Cliente XK 1.000.000,00 1.000.000,00
31.1.2 Cliente DP 1.200.000,00 1.200.000,00
31.1.3 Cliente RS 237.500,00 237.500,00
31.1.4 Cliente SM 215.000,00 15.000,00 200.000,00
31.9.1 Cliente SM 15.000,00 15.000,00
32.1.1 Fornecedor TP 750.000,00 750.000,00
34.1 Imposto/Lucros 295.290,00 295.290,00
34.3.1 IRT Retenção na Fonte 10.500,00 10.500,00
34.3.2 IRT Pessoal 67.813,00 67.813,00
34.9.1 Imposto de Selo 29.650,00 29.650,00
34.9.2 Imposto P. Urbano 75.000,00 75.000,00
36.1 Remunerações Pessoal 819.387,00 819.387,00
37.9.1 Outros V. Pagar 89.500,00 89.500,00
37.9.2 Segurança Social 83.600,00 83.600,00
43.1 Depósito à Ordem 9.527.500,00 6.560.950,00 2.966.550,00
45.1 Caixa 150.000,00 133.000,00 17.000,00
51.1 Capital Social 7.000.000,00 7.000.000,00
61.3 Venda de Mercadorias 7.765.000,00 7.765.000,00
68.6 Benef. Penalizações 600.000,00 600.000,00
71.3 CMVC 4.685.000,00 4.685.000,00
72. Custo com o pessoal 1.000.800,00 1.000.800,00
73. Amort. do Exercício 875.250,00 875.250,00
75. O.C.P. Operacionais 819.650,00 819.650,00
82. Result. Operacionais 7.765.000,00 7.765.000,00
85. Result. ñ Operacionais 600.000,00 600.000,00
87. Imposto/Lucros 295.290,00 295.290,00
88. Result. L. Exercício 295.290,00 984.300,00 689.010,00
Total 47.130.230,00 47.130.230,00 8.949.050,00 8.949.050,00

35
2.12 Demonstração de Resultados

Código Descrição Valor


61 Venda de Mercadorias 7.765.000,00
71 CMVMC (4.685.000,00)
72 Custo com Pessoal (1.000.800,00)
73 Amort. do Exercício (875.250,00)
75 O.C.P. Operacionais (819.650,00)
82 Resul. Operacionais 384.300,00
85 Resul. ñ Operacionais 600.000,00
R. A. do Imposto 984.300,00
87 Imposto/Lucros 295.290,00
88 R. L. do Execicio 689.010,00

2.13 Balanço Final

Código Activo Valor Código C. Próprio e Passivo Valor


Activo não Corrente Capital Próprio
11 Imob. Corpóreas 2.643.000,00 51 Capital Social 7.000.000,00
18 Amort. Acumuladas (875.250,00) 88 Result. L, Exercício 689.010,00
Total A. ñ Corrente 1.767.750,00 Total Capital Próprio 7.689.010,00

Activo Corrente Passivo


26 Mercadorias 2.885.000,00 34 Estado 295.290,00
31 Clientes 437.500,00 37 Outros Val. à Pagar 89.500,00
43 Depósito à Ordem 2.966.550,00 Total do Passivo 384.790,00
45 Caixa 17.000,00
Total A. Corrente 6.306.050,00

Total do Activo 8.073.800,00 C.Próprio e Passivo 8.073.800,00

36
Conclusão
Após a realização do trabalho, concluímos que o fecho de contas é de grande importância
para as empresas, porque ele compreende um conjunto de procedimentos que são o padrão ideal
para o bom funcionamento d qualquer organização.
Conseguimos contabilizar os factos ocorridos na empresa, elaborando as respectivas
demonstrações financeiras; através do qual podemos desenvolver os nossos conhecimentos e
melhorar as nossas aptidões contabilísticas.

37
Bibliografia
Manuais de contabilidade da 10a e 11a Classe;
Práticas contabilísticas;
https://contabilidadecadministracao.blogs.sapo.pt/7746.html;
https://conceito.de/empresa;
http://www.newco.pro/pt/sistema-de-normalizacao-contabilistica;
https://www. socontabi 1 idade. com,br/conteúdo/conceito ,php;

38
Anexos

Fichas de Armazém das Mercadorias:


Camas:

Entradas Saídas Existências


Data Designação Qtd P. Unit Valor Qtd P. Unit Valor Qtd P. Unit Valor
01.01 S. Inicial 40 25.000,00 1.000.000,00
05.01 Venda 38 25.000,00 950.000,00 2 25.000,00 50.000,00
2 25.000,00 50.000,00
07.05 Compra 30 25.000,00 750.000,00 30 25.000,00 750.000,00
2 25.000,00 50.000,00
29.05 Venda 20 25.000,00 500.000,00 10 25.000,00 250.000,00

Mesas:

Entradas Saídas Existências


Data Designação Qtd P. Unit Valor Qtd P. Unit Valor Qtd P. Unit Valor
01.01 S. Inicial 25 28.800,00 720.000,00
25 28.800,00 720.000,00
13.01 Compra 100 40.000 4.000.000,00 100 40.000,00 4.000.000,00
25 28.800,00 720.000,00
24.03 Venda 5 40.000,00 200.000,00 95 40.000,00 3.800.000,00
15.04 Venda 22 40.000,00 880.000,00 73 40.000,00 2.920.000,00
26.11 Venda 4 40.000,00 160.000,00 69 40.000,00 2.760.000,00

Guarda-fatos:
Entradas Saídas Existências
Data Designação Qtd P. Unit Valor Qtd P. Unit Valor Qtd P. Unit Valor
01.01 S. Inicial 40 25.000,00 1.000.000,00
15.02 Venda 22 25.000,00 550.000,00 18 25.000,00 450.000,00
26.04 Venda 18 25.000,00 450.000,00
13.12 Compra 4 25.000,00 100.000,00 4 25.000,00 100.000,00

Processamento Salarial:

Subsídios Descontos
INSS
Funcionários S. Base Alimentação Transporte S. Ilíquido INSS 8% 3% IRT S. Líquido
210.000,00 10.000,00 20.000,00 240.000,00 16.800,00 6.300,00 21.542,00 212.158,00
Osvaldo 190.000,00 10.000,00 20.000,00 220.000,00 15.200,00 5.700,00 18.595,00 195.705,00
Rossana 140.000,00 10.000,00 20.000,00 170.000,00 11.200,00 4.200,00 11.704,00 154.096,00
Diane 120.000,00 10.000,00 20.000,00 150.000,00 9.600,00 3.600,00 9.182,00 137.218,00
Orlandina 100.000,00 10.000,00 20.000,00 130.000,00 8.000,00 3.000,00 6.790,00 120.210,00

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Mapas de Amortização dos Imobilizados:

Computador:

Ano V. Aquisição Taxa Q. de Amortização A. Acumulada V. Contabilístico


2017 75.000,00 25% 18.750,00 18.750,00 56.250,00
2018 75.000,00 25% 18.750,00 37.500,00 37.500,00
2019 75.000,00 25% 18.750,00 56.250,00 18.750,00
2020 75.000,00 25% 18.750,00 75.000,00 0

Prateleira:

Ano V. Aquisição Taxa Q. de Amortização A. Acumulada V. Contabilístico


2017 25.000,00 50% 12.500,00 12.500,00 12.500,00
2018 25.000,00 50% 12.500,00 25.000,00 0

Computador:

Ano V. Aquisição Taxa Q. de Amortização A. Acumulada V. Contabilístico


2017 43.000,00 25% 10.750,00 10.750,00 32.250,00
2018 43.000,00 25% 10.750,00 21.500,00 21.500,00
2019 43.000,00 25% 10.750,00 32.250,00 10.750,00
2020 43.000,00 25% 10.750,00 43.000,00 0

Transporte para o pessoal:

Ano V. Aquisição Taxa Q. de Amortização A. Acumulada V. Contabilístico


2017 2.500.000,00 33,33% 833.250,00 833.250,00 1.666.500,00
2018 2.500.000,00 33,33% 833.250,00 1.666.500,00 833.500,00
2019 2.500.000,00 33,33% 833.250,00 2.499.750,00 250

Folha de caixa:

Data Designação Débitos Créditos Saldos


01.01 S. Inicial 80.000,00
18.01 Levantamento 43.000,00 37.000,00
17.03 Levantamento 30.000,00 7.000,00
20.03 Entrada 70.000,00 77.000,00
06.04 Levantamento 20.000,00 57.000,00
15.05 Levantamento 30.000,00 27.000,00
11.10 Levantamento 10.000,00 17.000,00

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Extrato Bancário:

Data Designação Débitos Créditos Saldos


01.01 S. Inicial 1.600.000,00
05.01 Depósito 2.100.000,00 3.700.000,00
13.01 Cheque 4.000.000,00 (300.000,00)
28.02 Cheque 60.000,00 (360.000,00)
10.03 Depósito 1.000.000,00 640.000,00
20.03 Cheque 70.000,00 570.000,00
24.03 Depósito 1.500.000,00 2.070.000,00
26.04 Depósito 800.000,00 2.870.000,00
29.05 Depósito 712.500,00 3.582.500,00
20.07 Depósito 1.200.000,00 4.782.500,00
28.08 Cheque 750.000,00 4.032.500,00
17.09 Cheque 40.000,00 3.992.500,00
21.10 Depósito 600.000,00 4.592.500,00
28.10 Cheque 425.000,00 4.167.500,00
01.11 Cheque 30.000,00 4.137.500,00
09.11 Cheque 75.000,00 4.062.500,00
13.11 Cheque 10.500,00 4.052.000,00
19.11 Depósito 15.000,00 4.067.000,00
13.12 Cheque 100.000,00 3.967.000,00
29.12 Cheque 970.800,00 2.996.200,00
30.12 Cheque 29.650,00 2.966.550,00

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