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1. Identificação da Equipa
Localização
[Vila/cidade/distrito e país] Soure/Coimbra/Portugal Continental
2. Caracterização da Amostra
Nome da Rocha
Localização
[local onde foi recolhida a
amostra]
Soure
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Ficha de Caracterização da Amostra
coloração à chama.
As propriedades físicas podem ser divididas em óticas, mecânicas e
outras. Fazem parte das óticas: a cor, o brilho, a risca/traço, a
diafanidade/transparência, e a luminescência. A dureza, a clivagem e
a fratura constituem as propriedades mecânicas. Existem outras
propriedades como: densidade, flutuação, cheiro, sabor, propriedades
magnéticas, elétricas e radioativas.
A nossa amostra apresenta como propriedades físicas:
Cor: branca, cores claras ou incolor;
Brilho: vítreo ou nacarado;
Traço/Risca: cor branca;
Luminescência: não apresenta;
Clivagem: direção perfeita;
Fratura: parte pela zona de clivagem, fibrosa;
Transparência/Diafanidade: transparente e/ou
translúcida;
Dureza: 2;
Macla: em asa de andorinha ou em ponta de lança.
Dentro das propriedades químicas tem:
Fusibilidade: 3;
Ponto de fusão: 1450 ˚C.
Consideramos, por fim, outras propriedades:
Magnetismo: não apresenta;
Densidade: 2,3 a 2,4;
Efervescência com HCl (ácido clorídrico): não faz;
Odor: não tem;
Sabor: não apresenta;
Determinação da risca
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Ficha de Caracterização da Amostra
Plutónica
Magmática
Vulcânica
Classificação Detrítica
Sedimentar Biogénica
Quimiogénica X
Metamorfismo de Contacto
Metamórfica
Metamorfismo Regional
Outros aspetos
De acordo com entrevista realizada “esta qualidade de gesso apenas existe nesta zona do país”
Outros aspetos
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Ficha de Caracterização da Amostra
O depósito de gesso da nossa região localiza-se no diápiro de Soure, uma estrutura com uma
forma grosseiramente circular, sendo que à superfície é constituída por calcários dolomíticos do
Lias.
Este material é extraído em quantidades significativas no nosso país, nomeadamente em
Sesimbra, Óbidos e Leiria, sendo que também tem importância económica no concelho de Soure,
distrito de Coimbra, onde é explorado na “Gesseira de São José do Pinheiro”.
O gesso, de variedade selenite, aflora em especial na Carvalheira de Baixo e em S. José do
Pinheiro, com ele afloram também as margas gipsíferas com uma tonalidade cinzento-escura,
sendo a exploração feita a céu aberto.
Este material é de baixos custos e é utilizado para diversos fins, tais como: é empregado na
execução de pormenores decorativos de paredes e tetos, devido à sua maleabilidade; é utilizado
para revestimento de paredes devido ao facto de ser um bom isolante térmico e acústico; é também
utilizado no tratamento de fraturas ortopédicas e na produção de vinhos com o efeito de precipitar
materiais em suspensão na mistura, pode ainda ser utilizado na arte de esculpir e na indústria
farmacêutica; O gesso de melhor qualidade (> 99% CaSO4) é utilizado como diluente em pastilhas
prensadas e cápsulas, sendo o de qualidade inferior (> 94% CaSO4) usado no fabrico de moldes,
na produção de adubos e corretivos agrícolas, uma vez que aumenta o pH dos solos e baixa o
elevado grau de toxicidade do alumínio. Este tipo de gesso é também utilizado como fertilizante (na
cultura de batatas, legumes, amendoins e algodão), como condicionador dos solos melhorando a
sua estrutura e aumentando a sua permeabilidade, aeração, drenagem, penetração e retenção de
água nos solos. O gesso também é importante para a indústria do papel, onde é utilizado como
matéria-prima de elevado grau de brancura, para a indústria de cerâmica, de porcelanas e faianças
e para a indústria do vidro, pois funciona como substituto do sulfato de sódio, surgindo como fonte
de cálcio e de enxofre.
Após a extração do gesso de Soure, este é fragmentado mecanicamente (britado), formando
pequenos pedaços de rocha, sendo esta a única alteração que sofre até chegar às fábricas.
De acordo com relatório do estudo de impacto ambiental (2003), fornece essencialmente fábricas
cimenteiras com destaque para Cabo Mondego, Souselas, eixo Maceira, Pataias, Martingança e
Outão.
De acordo com entrevista feita a ex funcionário da empresa “por baixo do gesso existe sal gema
que não é explorado porque se encontra a grande profundidade e não é possível alcança-lo com os
equipamentos disponíveis”.
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Ficha de Caracterização da Amostra
Refe: 1
Classificação
Nome: Gesso
Fotografia
Formula Química: (CaSO4.2H2O)
Sulfato de cálcio hidratado
Dureza: 2 Fusibilidade: 3
Observações: Não faz efervescência com o HCl, desidrata completamente a 100ºC, ponto de fusão a
1450ºC, não apresenta luminescência, diafanidade transparente e/ou translúcida pode apresentar macla
em asa de andorinha (em ponta de lança).
Utilização: Produção de cimento e cal hidráulica, cerâmica, decoração, fertilizante e indústria do vidro.
Curiosidade: Há mais de quatro milénios e meio que os egípcios o empregaram na construção da
pirâmide de Quéope e outros monumentos funerários. Os romanos também o usaram na conservação de
cadáveres.
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Ficha de Caracterização da Amostra
Fontes:
Silva, A.D. et al (2011), Terra, universo da vida, Geologia. Porto. Porto Editora p. 76-77
Rocha R. et al, (1981). Notícia explicativa da folha 19-C Figueira da Foz, Serviços Geológicos de
Portugal, Lisboa, pp 121.
W. Griem & Griem-Klee (1999) Sedimentologia - Ambientes Especiais, Evaporitas, Rocas de sal.
Universidade de Atacama.
http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/gesso/architecture.html
http://www.iambiente.pt/IPAMB_DPP/docs/RNT981.pdf
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