Você está na página 1de 76

GEOLOGIA DE ENGENHARIA

prof. Dr. Danilo Castro Rosendo

Universidade Estadual do Maranhão

Setembro, 2021

1 / 75
GEOLOGIA DE ENGENHARIA

prof. Dr. Danilo Castro Rosendo

Universidade Estadual do Maranhão

Setembro, 2021

2 / 75
Tópicos da aula

INTRODUÇÃO

MINERAIS

ROCHAS

SOLOS

INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO

2 / 75
INTRODUÇÃO

I A Geologia é definida como a ciência que trata da origem, evolução e estrutura da


Terra, por meio do estudo das rochas.
I As relações biunı́vocas entre o homem e o meio fı́sico geológico recebeu a
denominação de Geologia de Engenharia. (Engineering Geology, Géologie de
l’Ingénier, Ingenierı́a Geológica);
I Era geologia aplicada, passou para geologia de engenharia e hoje se diz geologia
de engenharia e meio ambiente-GEA;
I GEA a ciência dedicada à investigação, estudo e solução de problemas de
Engenharia e do Meio Ambiente decorrentes da interação entre a geologia e
outras ciências correlatas e os trabalhos e atividades humanas”;

3 / 75
INTRODUÇÃO

I Entidades: International Association for Engineering Geology and the


Environment – IAEG, Associação Paulista de Geologia Aplicada (APGA – 1968 a
1972), Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE – 1973 a 1999) e
Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental (ABGE desde 1999).

4 / 75
INTRODUÇÃO

Figure 1: Chiossi, Nivaldo. (2013) 5 / 75


INTRODUÇÃO

Figure 2: Chiossi, Nivaldo. (2013)


6 / 75
Aplicações da geologia de engenharia

I 1-A utilização de rochas, solos ou materiais terrosos como material de construção


civil;
I 2-Os fenômenos que ocorrem na superfı́cie da terra e que podem trazer algum
tipo de problema às obras de engenhara tais como erosão, assoreamento, ação da
água, fundações, instabilidade de taludes, e outros.
I 3-Maciços rochosos e terrosos, sua investigação e como devem ser apresentados
ao engenheiro.
I 4-Conhecimentos geológicos necessários ao projeto, construção e conservação de
diversos tipos de obras.
I 5- Mapeamento geológicos e geotécnicos para planejamento urbano e territorial e
parcelamento do solo nas cidades.

7 / 75
MINERAIS

I Mineral é formado por processos inorgânicos da natureza com composição


quı́mica definida.
I Mineralogia - propriedades, composição, ocorrência e gênese.
I O petróleo e o âmbar são minerais.
I A água e o mercúrio são minerais.
I Os minerais são elementos constituintes das rochas.

8 / 75
MINERAIS
I Caracterı́sticas: Cor verde acinzentada a esverdeada, minerais de serpentina,
crisólita ou antigorite.
I Pedra de serpentina usada na arquitetura de interiores.

Figure 3: Serpentino Mg3 (Si2 O5 )(OH)4 9 / 75


MINERAIS: Propriedades

]
I a) Fı́sicas: dureza, traço, clivagem, fratura, tenacidade, flexibilidade e peso
especı́fico;
I b) Ópticas: brilho, cor e microscopia;
I c) Morfológicas: hábito, simetria, associação de minerais;
I d) Quı́micas: ensaios por via seca e úmida.

10 / 75
MINERAIS: Propriedades Fı́sicas
I Dureza: resistência ao risco, depende da composição quı́mica e estrutura
cristalina. Escala Mohs.

Figure 4: Escala Mohs

11 / 75
MINERAIS: Propriedades Fı́sicas
I Traço: deixa um risco de pó quando friccionado contra uma superfı́cie de
porcelana polida;
I Clivagem :determina planos evidentes paralelos de acordo com as direções de
fraqueza;
a)Proeminente: plano evidente e quase perfeito. Ex: Calcita
b) Perfeito: Ex: feldspatos
c) Distinta (diferente): forma escalonada
d) Indistinta (indiferente): Ex: Apatita
I Fratura : ruptura segundo uma superfı́cie irregular. Tipos: a) Cochoı́dal b) Igual
ou plana c) Igual ou irregular
I Tenacidade é a resistência ao choque de um martelo ou corte de uma lâmina de
aço. Tipos: a) Quebradiços, fiáveis ou friáveis Ex: calcita; b) Sécteis: cortados
com lâmina. Ex: Gipsita (Gesso) c) Maleáveis: reduz-se a lâmina pelo martelo.
Ex: Ouro
12 / 75
MINERAIS: PROPRIEDADES FÍSICAS

I Flexibilidade : Deformabilidade, ou seja, com a deformação;


a) Elástica: cessa quando o esforço é retirado: Ex: mica
b) Plástica: permanece apos a retirada do esforço. Ex: talco.
I Peso especı́fico: É o número que expressa a relação entre o peso do mineral e o
peso de igual volume de água destilada a 4ºC.
Ex: Peso especı́fico Ex: Aplicação Mármore que tem como mineral a calcita é
2.65 á 2.85.
Peso especı́fico = 2.0 significa que um certo volume desse mineral pesa duas
vezes o que pesaria o mesmo volume de água.
Depende de dois fatores: Natureza dos átomos e estrutura atômica.

13 / 75
MINERAIS: PROPRIEDADES ÓPTICAS

I Brilho é o aspecto da reflexão da luz na superfı́cie de um mineral. Tipos: a)


metálicos e b) não metálico.
I outros tipos de brilho: vı́treo ( Quartzo), resinoso ( Blenda), graxo ( gipsita,
serpentina), adamantino (cerusita), perláceo ( aspecto de pérola), sedoso
(gipsita).
I Cor: útil para reconhecimento. Ex: micas podem ser incolores, brancas, pretas e
esverdeadas. Quartzo: incolor, branco, violeta, esfumaçado ou amarelo.
I Microscopia: ı́ndice de refração, pleocroı́smo, figuras de interferência e
luminescência.

14 / 75
MINERAIS: Propriedades Morfológicas

I Cristalografia estudo das propriedades morfológicas;


I A maioria dos minerais são cristalizados com forma geométrica definida.
I Hábito é a maneira mais frequente como se apresenta um cristal ou mineral. São
enquadrados em sete sistemas cristalinos. Ex: pirita ( Ouro de tolo- Densidade=
5, Dureza= 6 a 6.5, cristais são cúbicos.) Ouro ( Densidade 15.5 a 19.3, Dureza=
2.5 a 3. cristais cúbicos), quartzo ( prismático, faces romboédricas, dureza= 7,
peso especı́fico= 2.65 )

15 / 75
MINERAIS: Grupos principais.

Figure 5: Principais grupos de Minerais

16 / 75
MINERAIS MAIS COMUNS DAS ROCHAS
I Quartzo, Feldspatos, Micas, Anfibólios, Piroxênios, Zircão, Magnetita, Hematita,
Pirita, Turmalina, Topázio, Calcita, Dolomita, Caulim, Clorita, Amianto, Talco,
Zeólitas, Fluorita.
I Diabásio: Para brita e arquitetura de interiores e fachadas.
I Gnaisse : pedra para construção, brita.
I Quartzito : brita, devido solidez e resistência às intempéries.
I Anfibolito: Para brita de grande desgaste.
I Basalto : serve para brita, e seixos ( obs: molhado é escorregadio)
I Atividades : Descrever de forma objetiva a composição quı́mica, hábito, cor,
ocorrência, dureza, clivagem, reconhecimento, emprego dos minerais mais
conhecidos? a) Caulim (argila); H4 Al2 Si2 O9 ; hábito: placas ou folhas hexagonais,
cor : Branca ou colorida, ocorrência: rochas sedimentares e ı́gnas decompostas,
reconhecido com material pulverulento e fino, macio e untuoso ao tato, dureza
não tem, sem clivagem.
17 / 75
ATIVIDADES

I Atividades : Descrever de forma objetiva a composição quı́mica, hábito, cor,


ocorrência, dureza, clivagem, reconhecimento, emprego dos minerais mais
conhecidos?
I Qual tipo de mineral da rocha usado nas britas da região metropolitana de São
Luı́s-MA? Localização pelo Google maps da jazida, granulometria (tamanho
médio das partı́culas- brita 0 até 5, preço médio do m3 .
I Quais as jazidas de areia existem no Maranhão. Quais minerais estão presentes
nessas areias? Quais as granulometrias das areias utilizadas na confecção de
concreto e de argamassa para reboco em São Luı́s-MA? preço médio do m3 .
Porque não podemos utilizar a areia da praia para confecção de concreto ou
argamassa para reboco?

18 / 75
Rochas: Introdução
I Definição: são agregados de uma ou mais espécies de minerais da crosta terrestre.
I Sendo que os minerais são os constituintes básicos das rochas que formam a
litosfera.
I as rochas podem ser identificadas pelos minerais que as formam
I Nem toda rocha é material resistente e duro ( granitos, basalto, gabros, calcários)
, no entanto tem-se rochas moles e friáveis ( arenitos, folhelhos, argilitos, etc)
I As rocha são agregados de minerais.
I As rochas simples (uniminerálicas) são apenas formadas por um mineral. Ex:
Quartzitos ( mineral de quartzo, SiO2 ), o mármore é formado por cristais de
calcita (CaCO3 ).
I As rochas compostas ( pluriminerálicas) constituı́das e dois ou mais minerais. Ex:
O granito ( quartzo, feldspato e micas) e rochas diabásicos ( feldspato, piroxênio,
magnetita, etc).
I As principais rochas existentes na crosta se constituem de apenas 20 minerais.
19 / 75
Rochas: classificação

I Três tipos de acordo com sua gêneses ( formação ou origem)


I Rochas magmáticas ( endógenas) : resfriamento e consolidação do magma. Qual
a composição do magma?
I Rochas sedimentares (exógenas) : desintegração de outras rochas.
I Rochas metamórficas pela ação da pressão e temperatura.

20 / 75
Rochas magmáticas

I Magma é um material em fusão existente no interior da terra mistura silicatos,


óxidos, fosfatos e titanatos lı́quidos.
I Magma solidificado forma as rochas magmáticas.
I Magma é uma rocha no estado de fusão.
I lava é magma quando atinge a superfı́cie.
I Natureza dos magmas?

21 / 75
Rochas magmáticas: modos de ocorrência

I Rochas magmáticas podem ser: extrusivas e intrusivas.


I Rochas magmáticas extrusivas: na superfı́cie. Derrames
I Rochas magmáticas intrusivas: interior do solo: Sill ( formas tabulares horizontais,
tabuleiros), Diques ( tubos verticais) e batólitos ( grandes massas rochosas).

22 / 75
Rochas magmáticas: Modos de ocorrência

Figure 6: Grande massa de rocha magmática: batólitos.


23 / 75
Rochas magmáticas: Classificação das rochas magmáticas

I Porcentagem de sı́lica
I cor dos minerais
I tipo de feldspato
I granulação
I classificação para geologia de engenharia

24 / 75
Rochas magmáticas: Porcentagem de sı́lica

I Porcentagem de sı́lica
I Podem ser ácidas, neutras ou intermediárias e básicas.
I Rochas ácidas: > 65% de sı́lica.
I Rochas neutras: 65% a 52%.
I Rochas básicas : < 52%.

25 / 75
Rochas magmáticas: cor dos minerais

I Leucocráticas < 30% minerais escuros;


I Mesocráticas: de 30% a 60% de minerais escuros.
I Melanocráticas > 60% minerais escuros.

26 / 75
Tipo de Feldspato

I Alcalinas, monzonı́ticas e alcalicálcicas,


I Rochas alcalinas: plagioclásios, potássicos, sódicos e os intercrescimentos de
ambos.
I Rochas monzonı́ticas: feldspato alcalino aprox. feldspatos alcalicálcicas;
I Rochas Alcalicálcicas: feldspatos Plagioclásios maior que feldspatos alcalinos

27 / 75
Granulação

Tipo do tamanho do grão do mineral que compõe a rocha.


I Grossa, média e fina
I Grossa tamanho média acima de 5 mm
I Média entre 1 mm e 5 mm.
I Fina menor que 1 mm.

28 / 75
Classificação para geologia de engenharia

I São 10 tipos mais comuns de rochas magmáticas divididos das seguinte forma:
I Rochas granı́ticas ou ácidas;
I Rochas básicas
I rochas intermediarias

caracterı́stica permatito granito granodiorito aplito


granulação muito grosso grossa à média média a fina fina
Ocorrência diques batólito diques diques
Cor clara tons de cinza-róseo cinza cinza-claro e rósea

29 / 75
Rochas magmáticas: Rochas básicas

caracterı́stica gabro diábasio basalto maciço basalto vesicular


granulação grosso média a fina fina fina cavidades
Ocorrência massas e diques batólito derrames derrames
Cor petra, cinza, verde preta cinza marrom/roxa

30 / 75
Rochas sedimentares

I Definição 01: São as rochas que se formam por vias mecânicas e/ou quı́micas
devido a ação do intemperismo em rochas já existentes. ( Danilo)
I Definição 02: São as rochas formadas por sedimentos de outras rochas já
existentes. ( José Gabriel)
I A formação das rochas sedimentares tem com principal agente o intemperismo.
I rochas exógenas

31 / 75
Condições de formação de rochas sedimentares

I Rocha existente;
I Agentes móveis ( água, vento, raı́zes, etc) e imóveis (temperatura),
I agente transportador: água, vento, etc
I Deposição
I Consolidação dos sedimentos
I bacia sedimentar do Paraná, bacias sedimentar Maranhão com exemplo os
arenitos na região de São Pedro da água-MA, Buriticupu-MA, Açailândia-MA,
Alto Alegre do Pindaré-MA.

32 / 75
Rochas sedimentares: INTEMPERISMO

I Definição: conjunto de processos que ocasionam a desintegração e a


decomposição das rochas e dos minerais, por ação de agentes atmosféricos e
biológicos.
I Importância do intemperismo pra geologia na destruição das rochas que irão ser
sedimentos e/ou outras rochas.
I Importância para agricultura, economia através da exploração dos recursos
minerais.
I O que Biodiversidade. O que é geodiversidade?
I Agentes do intemperismo: fı́sicos ou mecânicos e Quı́micos.

33 / 75
Agentes do intemperismo

I Agentes fı́sicos ou mecânicos: desintegração


I Variação de temperatura;
I congelamento da água
I cristalização de sais
I ação fı́sica de vegetais

34 / 75
Agentes do intemperismo

I Agentes quı́micos: decomposição


I hidrólise
I hidratação
I oxidação
I carbonatação
I ação quı́mica de organismos e dos materiais orgânicos

35 / 75
Fatores que influência no intemperismo

I Clima
I topografia
I tipo de rocha
I vegetação
I Resumo objetivo sobre o intemperismo fı́sico.

36 / 75
Classificação das rochas sedimentares

I Em três grandes grupos: Rochas de origem mecânicas, quı́micas e orgânicas.


I Mecânicas: grosseiras ( conglomerados), arenosas (arenito e siltitos) e argilosas (
argilas, argilitos, folhelhos)
I Quı́micas: calcárias ( mármores) , ferruginosos ( minério de ferro), salinas (
Cloreto, nitrato e sulfatos), silicosas;
I Orgânica: calcárias: calcário e dolomitas, carbonosos ( turfas e carvões)

37 / 75
Rochas metamórficas

I Definição de metamorfismo: São transformações sofridas pelas rochas sem que


sofram fusão.
I Os elementos que caracterizam e identificam uma rocha metamórfica: (i) minerais
orientados em linhas; ii) dobras e fraturas; iii) dureza elevado média a elevada
I Agentes metamorfismo: a) aumento de temperatura - Metamorfismo termal ou de
contato; b) aumento de pressão seguido de deslocamento- Metamorfismo
cataclástico. c) Aumento de pressão e temperatura.
I fatores que provocam o metamorfismo: temperatura, pressão e atividade quı́mica.

38 / 75
Rochas metamórficas

I Exemplos: Gnaisses ( quartzo e feldspato), ardósia ( mica e quartzo), quartzito


(quartzo) e dolomito (calcita e dolomita)
I Pedra cariri - usada em revestimento de áreas molhadas (piscinas) rocha
sedimentar arenito ( quartzo, mica e feldspato)

39 / 75
Propriedades das rochas

I Quı́micas: composição, reatividade, durabilidade;


I Fı́sicas: cor, densidade, porosidade, permeabilidade, absorção, dureza, módulo de
elasticidade, coeficiente de Poisson;
I Geológicos: composição mineralógica, textura, estrutura, estado de alteração,
fraturas, gênese;
I Mecânicas: resistência à compressão, choque, desgaste, corte e britagem;
I Geotécnicas: grau de alteração, resistência à compressão simples, de consistência,
de fraturamento.

40 / 75
Propriedades Quı́micas

I Composição quı́mica: grande variação de amostra para amostra, não é exigido.


I Reatividade: Elementos reativos ou inertes. EX: reações cimento/agregado,
dissolução de carbonatos e a lixiviação de rochas, reatividade na construção de
túneis.
I Durabilidade : resistência a rocha à ação do intemperismo.

41 / 75
Propriedades Fı́sicas
I cor
I Densidade é o peso pelo volume. Método da balança hidrostática.
I porosidade é a relação entre o volume de vazios e o volume total.
I permeabilidade é que a rocha apresenta maior ou menor resistência à percolação
de água. Lei de Darcy ( v = - k i), onde k é o coeficiente de permeabilidade
(cm/s) e i ( gradiente hidráulico - variação de energia / comprimento ). A
percolação obedece a equação de Bernoulli.
I absorção A relação entre o quanto a rocha é capaz da água ocupar os vazios.
Coeficiente de absorção. Como determinar o coeficiente de absorção de uma
rocha?
I Dureza. Escala Mohs
I Módulo de elasticidade (E). Lei de Hooke. Determinação do módulo de
elasticidade no laboratório.

42 / 75
Propriedades fı́sicas

I Coeficiente de Poisson (ν): UMA RAZÃO ENTRE A DEFORMAÇÃO


TRANSVERSAL (∆B/B) E LONGITUDINAL (∆L/L).

∆B/B
ν= (1)
∆L/L

43 / 75
Propriedades mecânicas
I Resistência à compressão simples em rochas.
I Ensaio de resistência à compressão uniaxial - Rochas (ABNT NBR 15845-5/2015)
P
σ= (2)
A
onde P é a carga máxima de ruptura e A é área da seção transversal do material
rochoso ensaiado.

44 / 75
Propriedades Mecânicas

I Ensaio de impacto Treton (Rc)

Pinicial − Pfinal
Rc(%) = (3)
Pinicial
I Resistência ao corte
I Resistência a Britagem
I Resistência ao desgaste: a) por atrito mútuo b) por abrasão ( método de abrasão
a Los Angeles) Como é realizado esse ensaios e NBR?

Pinicial − Pfinal
Ra(%) = (4)
Pinicial

45 / 75
Propriedades geotécnicas

I ABGE- Associação Brasileira de Geologia de Engenharia


I Os parâmetros de caracterização geotécnica são: 1) grau de alteração, 2) grau de
resistência a compressão simples 3) grau de consistência e 4) grau fraturamento.
I Amostras de rochas e maciço rochoso aplica-se 1), 2) e 3);
I O grau de fraturamento se aplica somente ao maciço rochoso.
I Grau de alteração: sã, alterada e muito alterada.
I Grau de resistência a compressão simples: muito resistente(> 1200kg /cm2 ),
resistente (1200-600), pouco (600-300), branda (300-100) e muito branda
(< 100kg /cm2 ).
I 1MPa = 0.1kg /cm2

46 / 75
Propriedades geotécnicas
I Grau de consistência: tenacidade, risco e friabilidade.

Figure 8: NIVALDO, CHIOSSI.


47 / 75
Propriedades geotécnicas
I Grau de faturamento: é o número de fraturas por metro linear.
I Grau de fraturamento: ocasionalmente (< 1), pouco (1-5), medianamente (6-10),
muito (11-20), extremamente(> 20) e em fragmentos

Figure 9: NIVALDO, CHIOSSI. 48 / 75


Uso das rochas e dos solos como material de construção

I Importância das rochas e dos depósitos naturais de sedimentos na engenharia civil.


I Ex: agregado para confecção do concreto: ( areia, brita, aditivos), gabião (
estrutura de contenção com blocos de rochas e gaiola de aço prismático que é
utilizado em obras de estabilização de taludes, industria cerâmica (argila),
industria do vidro ( quartzo).
I A exploração desses materiais são em : pedreiras, depósitos de argilas, de areia,
cascalhos.
I Fatores básicos para exploração de uma jazida: a) qualidade técnica do material,
volume do material útil, localização geográfica.

49 / 75
SOLOS

I DEFINIÇÃO
I 1. TIPOS DE SOLOS: RESIDUAL E TRANSPORTADOS;
I 2. PROPRIEDADES GERAIS.
I 3. CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA;
I 4. ENSAIOS DE SIMPLES CARACTERIZAÇÃO.

50 / 75
TIPOS DE SOLO

I Definição de solo? Material resultante da decomposição e desintegração da rocha


pela ação de agentes ambientais.
I Qual ciência que estuda o solo? Pedologia.
I Fatores que influência na formação do solo: clima, materiais de origem,
organismos vivos, relevo e o tempo.
I Tipos de solos: A) residual B) transportados
I Solo residual: produto formado da rocha intemperizada que permanece no local
onde se deu a transformação.
I Solo transportado: quando o produto resultante das alterações foram
transportados por agentes do intemperismo.
I Tipos de solos transportados: Coluvionar ( ação da gravidade), aluvionar ( ação
de águas correntes), eólico ( ação dos ventos); e glacial ( ação das geleiras).

51 / 75
Solos residuais

I Definição: produtos das rochas intemperizadas que permanecem no local aonde se


deu a transformação.
I todo tipo de rocha forma rocha de alteração.
I composição depende do tipo e da composição mineralógica da rocha de origem.
I Ex: Basalto - Terra roxa (argilo-arenosa); Arenitos e quartzitos- Solo arenoso
I A-Solo residual; B- solo de alteração de rocha, C- Rocha alterada e D - rocha sã.

52 / 75
Solo residual: perfil tı́pico.

Figure 10: CHIOSSI, 2016.


53 / 75
Solo transportados

I Definição: São solos que são produtos de alteração transportados por um agente
qualquer para local diferente ao da transformação.
I Classificação: coluvionares, aluvionares, eólicos e glaciais.
I Coluvionares: solos devido a ação da gravidade: Arenitos: depósitos de solos
arenosos Buriticupu-MA, Quartzitos: deposito de solos arenos: Alto do Pindaré
MA.
I Aluvionares: solos pela ação da água. Ex. Região de Santa de Inês-MA, próximo
ao rio Pindaré. Solo argiloso e arenoso.
I Solos Orgânicos: bacias e depressões continentais, baixadas marginais dos rios e
litorâneas.
I Eólicos: ação do vento: Lençóis Maranhenses.

54 / 75
Solos: propriedades gerais

I Propriedades dos solos: ı́ndices fı́sicos, formas das partı́culas, granulometria,


plasticidade.
I ı́ndices fı́sicos: porosidade, ı́ndice de vazios, grau de saturação, umidade, peso
especı́fico natural, peso especifico dos sólidos, peso especı́fico da água.
I forma das partı́culas: esferoidais ( siltes- silt, areia - sand), lamelares ou placoides
( silte-silt, argilosos- clay ) e fibrosas ( argilas-clay e solos orgânicos-organic.)
I granulometria - tamanho das partı́culas do solo. Classificação : pedregulhos ou
cascalhos (> 5mm), arenosos- (5mm até 0.5 mm): ( grosso-5mm até 2mm,
médio-2mm até 0.4mm e fino-0.4mm até 0.05mm), silte (0.05mm até 0.005mm)
e argilas (< 0.005mm)
I Plasticidade: é a capacidade das argilas de se deixarem moldar. As argilas mais
comuns são: caulinitas, ilitas e montmorilonitas.

55 / 75
Solos: ı́ndices fı́sicos

Figure 11: Solo como sistema trifásico: Braja, Das.

56 / 75
Solos: ı́ndices fı́sicos

I Porosidade (η(%)): é relação entre o volume de vazios (Vv ) pelo volume da


massa total do solo (V ).
Vv
η(%) = (5)
V
I ı́ndice de vazios (e): é a razão do volume de vazios Vv do solo pelo volume de
sólidos (Vs ).

Vv
e= (6)
Vs
I Qual a relação entre a porosidade e o ı́ndice de vazios?
e
η= (7)
1+e

57 / 75
Solos: ı́ndices fı́sicos
I Grau de saturação (S) é a relação entre o volume de água e o volume de vazios do
solo.

Vw
S(%) = (8)
Vv
I umidade natural do solo (w) é a relação entre o peso de água pelo pelo do
material sólido.
Ww
w (%) = (9)
Ws
onde Ww é o peso da água, Ws peso dos sólidos.
I Peso especı́fico de um material qualquer é dado pela relação da peso pelo volume
total.
W
γ= (10)
V
I Peso especı́fico natural (γn ) do solo é a relação entre o peso do solo natural pelo
volume.
W
γn = (11)
V 58 / 75
ı́ndices fı́sicos: Relações

Figure 12: Braja, Das.


59 / 75
ı́ndices fı́sicos: Relações importantes
I O peso especı́fico dos sólidos seco (γd ) do solo
Ws
γd =
V
, onde Ws é o peso dos sólidos do solo.
I O peso especı́fico relativo (Gs ) dos sólidos do solo é dado por
γd
Gs =
γw
, onde γw é o peso especı́fico da água.
I Se Vs = 1, tem-se que: Ws = Gs γw Vs = Gs γw
I Então, o peso especı́fico do solo é:
W Ws + Ww Gs γw + wGs γw Gs γw (1 + w )
γ= = = = (12)
V Vs + Vv 1+e 1+e
I O peso especı́fico seco do solo γd fica:
Ws Gs γw
γd = = (13)
V 1+e
60 / 75
ı́ndices fı́sicos: Relações importantes

Gs γw (1 + w )
γ= (14)
1+e
Ws Gs γw
γd = = (15)
V 1+e
Atividade 01: Para um solo natural e sabendo que e = 0.8, w = 24% e Gs = 2.68.
Pede-se: a) γ, γd e S(%).

61 / 75
Ensaios de caracterização do solo

I A) Umidade natural. Como determinar a umidade de uma amostra de solo?


Ensaio de umidade natural. NBR 6457- determinação de teor de umidade do solo.
Isadora.
I B) Granulometria. Ensaio de peneiramento para solos. Ensaio de peneiramento
para agregados (brita). Denis.
I C) Plasticidade. Limites Attberg. Ensaio de Casagrande (LL) e ensaio de
plasticidade (LP). Samuel.
IP = LL − LP

62 / 75
Investigação do subsolo

I Investigar o subsolo é conhecer as condições geológicas-geotécnicas do subsolo,


quais tipos de solos ou rochas, nı́vel de água, caracterı́sticas de resistência e
deformabilidade.
I A investigação do subsolo é uma investigação de subterrânea que tem como
objetivo compreender as propriedades do subsolo para obras civis tais como :
prédios, pontes, contenções, jazidas de minerais, etc.
I Métodos de investigações do subsolo: a) métodos diretos ou mecânicos b)
métodos indiretos o geofı́sicos.

63 / 75
Método direto de investigação do subsolo

I Os métodos diretos de investigação são aqueles que se utilizam da extração de


amostras dos materiais do subsolo.
I objetivos: i) mapeamento geológico do subsolo; ii) Extração matérias-primas (
sondagem SPT ou rotativa), iii) outros fins
I Tipos de métodos diretos: i) manual: a) poços de inspeção; b) trincheiras; b)
Trado manual simples.
I Mecânicos: a) sondagem à percussão simples SPT- Standart Penetration Test b)
sondagem rotativa com extração de testemunho c) Sondagem rotativo sem
extração de testemunho.

64 / 75
Métodos manuais: Abertura de poços e Trado manual

I Poços são aberturas no solo com objetivo de retirar amostras deformadas e


indeformadas para execução de ensaios de laboratório.
I Poços de inspeção retangular ou circular com L > 80cm, permite a descida de um
operário ou engenheiro para verificar as camadas do subsolo e coleta de amostras
indeformadas ou amostradas deformadas.
I Norma ABNT NBR 9604: 2016 - Condições exigı́veis para abertura de poço de
inspeção, de trincheira e para retirada de amostras. Pedro Lucas.
I Trado manual simples: meio mais rápido e econômico para as investigações
preliminares das condições geológicas superficiais. Tipos: trado cavadeira,
helicoidal. Objetivo: retirada de amostras deformadas. Sondagem à trado manual.

65 / 75
Trado manual

66 / 75
Poço de inspeção: Amostra indeformada.

67 / 75
Poço de inspeção

Figure 15: Retirando amostra indeformada de um poço de inspeção.


68 / 75
Sondagem de simples reconhecimento do solo

I SPT NBR 6484/2020. Yasmim

69 / 75
Ensaio de sondagem SPT: Introdução.

I O ensaio de SPT ( Standard penatration Test) é um ensaio dinâmico junto com


uma sondagem de simples reconhecimento.
I A perfuração : tradagem e circulação de água
I Amostras a cada metro com amostrador padrão De = 50mm
I Procedimento consiste em uma queda de peso de 65kg de uma altura de 750mm.
I O valor de NSPT é definido como o número de golpes para fazer o amostrador
padrão penetrar 300mm, após uma gravação inicial de 150mm.

70 / 75
Equipamentos

I Os principais equipamentos para execução do ensaio SPT são:


I Amostrador
I Hastes
I Martelo
I torre ou tripé de sondagem
I cabeça de bater
I conjunto de perfuração.

71 / 75
ENSAIOS DE CAMPO

72 / 75
Execução de sondagem a percussão SPT

73 / 75
Ensaio de Sondagem SPT: NSPT ?

Figure 18: Albuquerque e Garcia, 2020. 74 / 75


Ensaio NBR 6484/2020: Estado de consistência e compacidade

Figure 19: Estado de consistência e compacidade. 75 / 75

Você também pode gostar