Este documento é um livro infantil escrito por Michel Duarte da Rocha que conta a história de Joaninha, uma menina tímida que embarca em uma aventura mágica ao entrar em um bosque improvável. Lá ela conhece novos amigos e se depara com plantas e insetos gigantes. Apesar das estranhezas, Joaninha aprende lições valiosas sobre aceitação e amor.
Este documento é um livro infantil escrito por Michel Duarte da Rocha que conta a história de Joaninha, uma menina tímida que embarca em uma aventura mágica ao entrar em um bosque improvável. Lá ela conhece novos amigos e se depara com plantas e insetos gigantes. Apesar das estranhezas, Joaninha aprende lições valiosas sobre aceitação e amor.
Este documento é um livro infantil escrito por Michel Duarte da Rocha que conta a história de Joaninha, uma menina tímida que embarca em uma aventura mágica ao entrar em um bosque improvável. Lá ela conhece novos amigos e se depara com plantas e insetos gigantes. Apesar das estranhezas, Joaninha aprende lições valiosas sobre aceitação e amor.
reservados à Michel Duarte da Rocha. Fone: (61) 98257-2719 E-mail: pedagogomichel@gmail.com
CAPA: Michel Duarte da Rocha
REVISÃO: Michel Duarte da Rocha
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Michel Duarte da Rocha
Grafia atualizada segundo o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Joaninha era uma menina franzina e tímida. Usava roupas surradas e seu cabelo sempre estava desarrumado. Não era falta de asseio, sua aparência era assim porque sempre estava em cima das árvores e onde soprava o vento. Seus olhos eram pretos e alegres como o fruto do guaraná. Adorava caminhar. Ia caminhando para escola. Ia caminhando para a feira. Ia caminhando para a igreja. Outra paixão que ela tinha era a leitura. Lia livros de aventuras e conto de fadas. Era na escola que ela tinha acesso aos livros. Ela adorava a linda história de Eros e Psique. Quando um vento cálido acariciava o rosto dela, ela lembrava dessas histórias e de suas aventuras. Um dia sua mãe pediu que fosse levar alguns alimentos para a sua avó. Sua prudente mãe a advertiu sobre os perigos dos caminhos. Então pediu que ela fosse pelo caminho mais seguro e rápido. Joaninha era obediente e ouviu atenta às recomendações de sua mãe mas ela era fascinada pela vida, por tudo que a rodeava e sempre pegava o caminho mais atrativo. Ela não se importava com o tempo que levava essa caminhada. Para ela as pessoas ficavam congeladas, do mesmo jeito que havia as deixado, somente voltando a rotina normal com a sua presença. Tudo adormecia na sua ausência, as pessoas, os animais, as plantas, o vento, o fogo. Assim como acontecia com ela quando sua casa faltava energia elétrica. Ao sair para a casa de sua avó, Ela olhou em volta para escolher o melhor caminho. Havia uns meninos soltando pipas ao norte. Percebeu um caminho diferente daqueles que estava acostumada ao sul. A natureza era mais exuberante. Seus olhos brilharam como dois diamantes. Na entrada desse caminho que parecia um bosque havia uma esfinge. Joaninha foi conversar com ela. — Boa tarde! Será que aquele caminho me levaria para a casa da minha avó? A esfinge, uma linda criatura metade mulher metade leão, disse que a responderia se ela primeiro decifrasse um enigma. Joaninha confiante respondeu: — Pode perguntar! Ela sentou confortavelmente no chão para pensar pois a pergunta não era tão fácil quanto achou que seria. Um pássaro colorido chamado uirapuru pousou perto da Joaninha e da esfinge. Começou a cantar. A esfinge o espantou de lá. Joaninha então suspeitou que ele queria ajudar. Tentou relembrar o que ele havia acabado de assobiar. Era uma canção de ano novo mas o que isso tem haver com a pergunta. Joaninha se pôs a pensar. Se aproximou dela um inseto que ostenta o seu nome, Joaninha. Essa criaturinha foi o tema de seu aniversário esse ano. Em um voo desajeitado ela subiu em seu ombro. Joaninha não se incomodou. Houve um silêncio demorado. Joaninha gritou: — Já sei! A esfinge esperou que ela terminasse a resposta e respondeu desapontada: — Esse caminho do bosque te leva para onde quiser ir. Saiu com o rabo entre as pernas para dentro da estrada arborizada. Deixou o caminho livre para que Joaninha pudesse acessar o caminho. Junto com ela entraram os seus dois novos amigos: O uirapuru e a joaninha. Ali havia espaço para fazer o que quisesse. Um mundo de possibilidades. Talvez estivesse fazendo história como a primeira menina a entrar nesse bosque. Ela quase se esqueceu do seu objetivo inicial. Levar as encomendas da sua avó que estava em sua mochila. Joaninha lembrou das suas colegas que preferem jogar videogames e assistir filmes do que brincar na rua, nos parques. Esse lugar era mesmo improvável. Muitas coisas não tinham explicação. Era dia mais a lua já estava no céu. A lua tem insônia? indagou o Uirapuru. Joaninha não fazia perguntas nem formulava hipóteses somente contemplava. Ela lembrou da escola. Lá muitas coisas mágicas e improváveis após serem esclarecidas perderam o encanto se tornaram coisas cotidianas. Não queria que esse bosque deixasse de aguçar sua imaginação. Joaninha encontrou árvores frutíferas. As mangas tinham tamanhos de pitangas e pitangas tinham tamanhos de mangas. Ela achou isso muito engraçado. Adorava subir em mangueiras para observar a cidade e comer as mangas mas aqui elas eram arbustos e seus frutos pequenos. Aqui as pitangueiras são suas árvores preferidas mas as mangas pequenas ou grandes ainda eram as melhores frutas. A joaninha perguntou: — Os insetos também são improváveis? A resposta apareceu na sua frente um grilo do tamanho de um cachorro. Agora Joaninha se preocupou. Imaginou o tamanho dos mosquitos. O mosquito do tamanho do Bob, o seu cachorro labrador e o Bob do tamanho de um mosquito. Ela também era improvável segundo a sua mãe. O Céu estava de um azul imenso e profundo, não havia nenhuma nuvem. Começou um som muito alto e incômodo. Era o som de uma cigarra. Essa cigarra deveria ser enorme pela potência do seu som. Elas são inofensivas então Joaninha e seus amigos não se preocuparam somente taparam bem os ouvidos. De repente uma chuva, repentina e breve, caiu sobre eles. Mais uma coisa improvável, no entanto, essa tinha explicação. A gigantesca cigarra se cantou toda. Explodiu e gerou essa quantidade imensa de líquido que encharcou a turma da Joaninha. Pelo menos eles puderam destampar os ouvidos. O canto havia terminado. Nesse mundo com insetos desse tamanho uma anedota famosa do mundo da Joaninha ficava um pouco bizarra. O normal é a natureza acalmar, trazer paz e reflexão. Mas esse bosque era diferente. As plantas tinham sentimentos. Joaninha, uirapuru e joaninha estavam na parte onde haviam muitas plantas ansiosas. Joaninha pensou que se elas estivessem perto de um rio, lago ou cachoeira elas estariam mais calmas. Joaninha poderia fazer meditação com elas se houvesse interesse. Elas estavam ansiosas porque estavam esperando a chuva. A época da estiagem durou mais que o normal. Por estarem impossibilitadas de se locomoverem, as notícias que a chuva trazia deixavam a par do que aconteciam no mundo. A água percorria os solos, os leitos dos rios, as correntes do mar e o céu. — Chuva fofoqueira era só o que faltava. Exclamou joaninha. Quando a chuva começou a cair as plantas dançavam de felicidade. Cada gota de água tinha informações para dar. Algumas que caíram em Joaninha disseram a ela coisas sobre a sua vó. Também sobre a mãe dela. O que era igualzinho era o cheiro bom de terra molhada quando a chuva saudava o solo. Joaninha queria perguntar para as plantas se elas sentiam dor ao terem suas folhas arrancadas. Ela gostava de debulhar as folhas de uma espécie de planta. Os galhos que a sustentavam ficavam pelados, pareciam espinha de peixe. Perguntou isso para uma dormideira que se retraiu e recusou a responder. As plantas ficaram perturbadas com medo de Joaninha sair arrancando suas folhas só para se divertir. Uirapuru pediu ajuda para um enorme dente-de-leão. Com uma sacudida vigorosa suas sementes começaram a voar. Segurando em uma delas Joaninha foi levada para longe daquela confusão. Seus pensamentos também voavam, confusos e livres diante de tantas novidades. Como se acordasse de um sonho Joaninha despertou na porta da casa de sua avó. Ela já estava a esperando. Joaninha a cumprimentou e entrou. Recebeu um abraço terno de sua avó. Sentiu-se respeitada e querida. Não houve julgamentos e reprovações. Joaninha se sentiu amada ante um trevo de quatro folhas na varanda. Sua avó sabia que o erro leva ao aprendizado. Joaninha contou tudo para a sua avó que parecia não acreditar mas se ofereceu a acompanhá-la de volta para casa e veria com seus próprios olhos. Uirapuru sugeriu que fosse pelo caminho da cachoeira dessa vez, joaninha desejava ir pelo caminho das flores. Joaninha olho para o céu estrelado através da janela e perguntou se havia o caminho das estrelas. Seus amigos não souberam responder. A lua, que acompanhou essa aventura inteira e agora espiava pela janela, disse que sim. Meu nome é Michel Duarte da Rocha. Pedagogo especializado em docência em ensino superior. Vice- presidente e membro fundador da Academia Valparaisense de Letras. Sou autor do Livro: “Se hoje te odeio”. “O caminho da Joaninha” é o meu primeiro livro infantil. Sou organizador voluntário de projetos de incentivo e mediação de leitura em Valparaíso de Goiás e Entorno do DF. Desde 2016 sou palestrante com o intuito de incentivar a leitura e o voluntariado.