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Instituto de Educação
Dinâmicas Territoriais
– 1.º Semestre –
Docente:
Introdução: ........................................................................................................................ 3
1. Análise dos conteúdos programáticos do 1º Ciclo: ................................................... 4
Objetivos Gerais: .......................................................................................................... 8
Introdução:
A análise deste documento será feita tendo como ponto de partida os objetivos
gerais do programa e tendo como perspetiva orientadora a tarefa de ensino
aprendizagem, seguidamente serão analisados os objetivos específicos.
Primeiramente será explicitado uma teoria que é a base de todo o conhecimento,
a teoria do saber.
Esta teoria tem como objetivo encontrar a origem, a natureza, o valor e os
limites do conhecimento, da faculdade de conhecer.
O triângulo analítico que se segue estabelece a relação entre as três grandes
dimensões do conhecimento: (Explicar a teoria do saber ser)
a) Saber;
b) Saber estar;
c) Saber ser.
Saber estar
Paisagem
Espaço Lugar
Nela os conceitos espaço, lugar e paisagem, longe de serem únicos são centrais
para a compreensão destes fenómenos. Quando falamos em espaço neste âmbito(em
geografia) estamos a referir-nos a um conceito mais abstrato que pode ir desde o espaço
representado no mapa ou numa planta até ao espaço território (cidade, aldeia,...). Já
quando falamos em lugar, ainda nesta perspetiva, estamos a referir-nos a um conceito
que remete para a dimensão da apropriação do espaço pelo ser humano. Isto é passamos
de um conceito mais geral do espaço, que é genericamente intendido da mesma forma
por um coletivo, uma comunidade, ou uma cultura, como por exemplo o mapa mundo,
para um espaço diretamente vivenciado por um sujeito/ indivíduo ou um grupo de
sujeitos/ indivíduos; o seu lugar. Portanto o lugar é o espaço habitado, com significado
diferente para diferentes pessoas, por exemplo os que nele habitam ou os que por ele
passam como turistas. Cada um destes grupos atribui significados diferentes ao espaço/
território onde habita ou por onde passa, pois a relação de cada um destes grupos com
este espaço constitui-se em diferentes experiências (a experiencia de um habitante/ a
experiencia de um turista). A experiência que cada um de nós tem de um espaço torna-o
lugar, isto é, o espaço vivenciado. A experiencia do espaço vivenciado pode ser mais ou
menos intensa e portanto ao construirmos o sentido de um lugar este sentido vai
depender da intensidade e do envolvimento que temos com ele (com o espaço).
Diferença entre espaço e lugar. Lugar tem um conceito mais humano enquanto espaço é
mais de território. Os habitantes de um espaço inevitavelmente têm esse espaço para si
mesmos com lugar, pois as suas biografias, as suas experiências, o seu quotidiano, a sua
cultura e o grupo social a que pertencem, tudo isto se encontra profundamente marcado
pelo ato de habitar o espaço tornado lugar.
O sentido de lugar é algo que realmente não pode ser negligenciado no estudo da
geografia, uma vez que ele interfere na nossa construção identitária e na nossa qualidade
de vida. Já na antiguidade clássica os gregos tinham uma expressão aproximada a esta
ideia de sentido de lugar: Genius Losi – espírito de lugar. Porem nesta conceção
acreditava-se que os próprios lugares em si mesmos, na sua natureza eram detentores de
um espírito, uma espécie de alma que habitava cada lugar com a qual as pessoas
dialogavam e muitas vezes veneravam ou temiam.
Topofilia Topofobia
Dependendo do lugar onde somos as culturas, os costumes são muito diferenciadas das
nossas.
Objetivos Gerais:
Tpc
Analisar referências bibliográficas: Geografia da Infância, Ana Isabel
Pereira, Mestrado na Universidade do Minho. (ver páginas 15 até 41)
Desde muito cedo, que o Homem tem organização social, faz parte da sua natureza
encontrar uma forma social.
A sociedade
Ver os apontamentos
4. Identificar problemas concretos relativos ao seu meio e colaborar em ações
ligadas à melhoria do seu quadro de vida.
A Geografia vai alterando ao longo do tempo e cada vez mais haverá problemas
como Greves Climáticas.
o https://sicnoticias.pt/especiais/crise-climatica/2019-12-06-Greta-
Thunberg-chega-a-Madrid-apos-10h-de-viagem-desde-Lisboa#
Esquema do IVAM:
I – Investigação
V – Visão
A–
M–
o https://www.youtube.com/watch?v=o7mjvaRjYJk
Perma Frost
Saber criar com as crianças uma relação direta mas dita de uma forma suave.
o https://sicnoticias.pt/mundo/2019-04-29-Pelo-menos-17-mortos-na-
Indonesia-devido-a-inundacoes-e-deslizamentos-de-terra
Esta população, sem condições vai acabar por ter de habitar noutros países, que
se abrirem portas vão causar problemas económicos, sociais, pois não vão ter
emprego, casa, higiene, que acabará por prejudicar a população local, causando
epidemias e outros problemas associados.
No vídeo abaixo está apresentada a cidade já inundada daqui a alguns anos.
Cada vez mais poluída, congestionada e submersa.
o https://www.youtube.com/watch?v=MAxRRB_-L9U
o https://www.youtube.com/watch?v=VZ3QvIdyQZE
Continuação Portefólio: Dinâmicas Territoriais (JUNTAR)
Uma das abordagens pedagógicas que nos permite desenvolver com crianças de
diferentes idades objetivos tais como aqueles que se encontram reunidos nos pontos 6 a
10, apresentados anteriormente é designado genericamente como metodologia IVAN
(Azevedo, 1998). Através desta metodologia de ensino aprendizagem podemos
trabalhar tanto em contexto de sala de aula como fora dela aspetos do meio natural e do
ambiente físico nos diferentes níveis de ensino. Desenvolvida na década de 90
essencialmente nos países nórdicos a metodologia IVAN ou IVAC approach
(investigation vision action and change), foi-se difundindo embora de forma ténue para
outros países … e mesmo outros países fora da Europa. A grande preocupação desta
abordagem pedagógica foi a de trazer a Educação Ambiental como um elemento
aglutinador das atividades escolares de forma a que através das escolas, as crianças
pudessem funcionar como catalisadores da mudança ambiental. E importante lembrar
que nesta década, já se encontravam identificados os imensos problemas com que nos
estávamos e iriamos debater de forma crescente nas sociedades contemporâneas,
problemas esses que são transversais a todas as disciplinas curriculares e científicas.
Desse modo, o que se pretendia era fazer com que os conteúdos relacionados com todos
os problemas ambientais/ sociais, pudessem ser trabalhados congregando paralelamente
áreas como Português, Matemática, Educação Artística, Estudo do Meio, isto é, através
de um projeto –TURMA, condensar as diferentes áreas à volta de um problema
Ambiental identificado pelas crianças ao nível local e com relações a outras escalas.
Este problema iria depois de acordo com o contexto envolver outras turmas ou até
escola no seu conjunto, as famílias, instituições locais ou supralocais, elementos ou
instituições da comunidade, etc. Ao desenvolver esta metodologia com a sua professora
em contexto de aula as crianças acabam por transferir os conhecimentos adquiridos ao
nível do saber, saber fazer e saber ser, para fora da sala de aula, nomeadamente e de
forma direta para as suas famílias (nomeadamente os adultos), funcionando deste modo
como catalisadores da mudança ambiental. Quanto maior nível de envolvimento houver
entre as crianças e outros atores sociais, mais competência para a ação será
implementada e, portanto, mais autorrealizadas e fortes se sentirão as crianças, com os
seus desempenhos escolares.
A competência para a ação ambiental, não é algo que nasce connosco. Embora
como seres vivos tenhamos a capacidade de resolver problemas que a todo o momento
nos são colocados pelo meio ou espaço quem habitamos (as crianças a subir escadas, a
descer escadas, ou comunicar com os outros, exemplo). Há um conjunto de problemas
com que nos debatemos na atualidade quer não vem na nossa “informação genética”,
quer dizer que não estão incorporados nos nossos comportamentos evolutivos enquanto
espécie, pois são problemas relativamente recentes, provocados pelas sociedades
industrializadas. Estamos a falar concretamente daquilo que é genericamente designado
por problemas ambientais ou desequilíbrio/ disfunção do ecossistema global. Mormente,
os programas curriculares dos diferentes ciclos de ensino na educação formal de países
como Portugal, já tenham incorporado nos seus objetivos e finalidades estes problemas
e os conteúdos que lhes estão associados, eles encontram-se tratados de forma
disciplinar, portanto dispersos pelas diferentes disciplinas do currículo, o que faz com
que as crianças adquiram conhecimentos científicos sobre os temas mas, tenham
bastante dificuldade em primeiro lugar a relacioná-los entre si e em segundo lugar em
torna-los conteúdos significativos para aplicação nas suas práticas quotidianas e
portanto através deles desenvolverem o saber fazer e o saber ser no dia a dia. Ora tanto
as questões cientificas como os problemas trabalhados nas mais diversas disciplinas não
são de modo algumas competências enclausuradas nos domínios (entre as paredes) de
uma sala de aulas de um manual escolar ou de um documentário cientifico. A ciência é
conhecimento e o conhecimento implica o desenvolvimento de competências para a
ação bem para além dos muros da escola. Lamentavelmente, continuamos ainda
bastante aprisionados a uma prática pedagógica que privilegia a transmissão de
conhecimentos percebidos como conteúdos rígidos desta ou daquela área, que pouco ou
nada têm que ver com a nossa vivencia extraescolar, na família, com os amigos, no
lazer. Por isso, estamos formatados para o ensino do Português, o Ensino da
Matemática, o ensino do Estudo do Meio e deste modo, as crianças vão adquirindo na
escola uma competência para a ação limitada à aquisição de conteúdos isolados e à sua
reprodução também em contexto isolado específico.
A competência para a ação ambiental não se adquire através deste modelo do
ensino aprendizagem, talvez por isso depois de cerca de duas décadas de transferência
de conteúdos de educação ambiental nas escolas o resultado que temos é muito pouco.
De facto, a competência para a ação ambiental exige uma mudança de paradigma tanto
ao nível dos métodos como dos modos de ensino-aprendizagem. A sua aquisição só
poderá ser alcançada através de uma pedagogia radicalmente diferente daquela que tem
vindo a ser praticada genericamente nas escolas não só em Portugal, mas em todo o
mundo. O papel da Geografia neste quadro é central, pois também ela tem sido ensinada
de forma fragmentada e compartimentada (é preciso ligar isto com questões que lhes
levam a eles). Sobretudo, os conteúdos da ciência geográfica são transmitidos às
crianças de diferentes idades de forma quase abstrata, como algo, que não tem nada ou
pouco se relaciona com o seu quotidiano, com a sua felicidade e com a sua saúde.
Começa a tornar-se insustentável insistir neste formato de escola assente na ideia de
transmissão de conjuntos de conhecimentos, que operam apenas ao nível do
desenvolvimento intelectual e com vista à preparação da criança para uma vida
profissional futura. A criança entra na escola onde passa grande parte do seu tempo
desde muita tenra idade e por isso, a escola faz parte integrante do mundo quotidiano,
não somente “para sua formação futura”, mas sobretudo para que dentro dela e com ela
cada criança possa contruir-se como cidadão ativo, reflexivo e participante na sociedade
em que habita. Caso contrario continuaremos a tratar as nossas crianças como sujeitos
subalternos, não lhes conferindo nem lhes reconhecendo capacidade de criar um mundo
em que habitam nem de participar, nem de terem voz ativa na construção de si mesmos.
Este é um ponto fundamental da viragem paradigmática da ação pedagógica nas
instituições escolares, que detém um papel fundamental na organização das sociedades.
As sociedades são aquilo que são as suas escolas, isto é, a escola reflete o sistema social
em que nos encontramos/ inserimos. Uma escola meramente reprodutora, produz
cidadãos meramente reprodutores. Uma escola crítica e que assenta na revisão e
reflexão sobre os conteúdos e práticas cientificas e pedagógicas, por seu turno,
produzirá cidadãos críticos, reflexivos e preparados para a revisão e ação relativamente
aos conhecimentos e às práticas na sociedade em que habita. Trata-se, pois, de
pensarmos a escola geograficamente, isto é, a escola como um mundo dentro do qual
podem construir-se múltiplos outros mundos, ou podem simplesmente reproduzir-se
aqueles que já existem. Como microcosmos complexo e generativo a escola (e a sala de
aula) são lugares que não se encontram inscritos em mapas definitivos e imutáveis, pois
constituídos por sujeitos diferentes uns dos outros com as suas personalidades,
capacidades, desejos, sonhos e tensões e sobretudo cada um deles com uma forma
específica de se relacionar com o ambiente físico e de gerar/ influenciar esse mesmo
ambiente físico. Deste modo, um grupo constituído pelas suas paisagens culturais, reais
ou imaginárias, muitas vezes a interação das duas, grupo ou grupos complexos de seres
humanos com os quais a professora lida diariamente e cujo desafio não é tido em conta
nem pelas instituições escolares, nem pelas instituições sociais em geral, cada docente,
ela própria, é também e por seu turno, detentora das suas paisagens culturais , que a
cada momento são um desfio para a suas prática pedagógica, uma vez que, ou as
reprime para dar lugar a uma paisagem cultural assumidamente genérica (África em
geral, Europa em geral, Ásia em geral…), presente nos manuais escolares e disseminada
ou difundida no imaginário geográfico das populações (educação formal + educação
informal, os mídea), ou a reprime ou a coloca no espaço de diálogo na sala de aula em
plano de equivalência com as demais paisagens culturais dos restantes elementos do
grupo (alunos), para que assim se possa falar realmente do que são as suas Geografias.
Só deste modo, se poderá trabalhar de facto a competência para a ação ambiental, uma
vez que, o ponto de partida são as nossas experiências significativas (do grupo em
causa), através das quais e só através delas se pode rever, refletir, discutir e traçar
caminhos não só do conhecimento do mundo (objeto de estudo da geografia), mas
também em direção à transformação dos seus grandes problemas (ambientais/
geográficos).
O recurso pedagógico que nos proporciona a abordagem IVAM (Investigação,
Visão, Ação e Mudança) é bastante rico, pois, permite-nos trabalhar a competência
‘para a ação ambiental em contexto escolar de modo a que as crianças através da escola,
funcionem socialmente como motor da mudança, como catalisadores da mudança
ambiental. Neste processo, cada criança, a professora e o grupo no seu conjunto
reforçam o sentido de autoestima pelo reconhecimento das suas próprias competências
no que respeita à intervenção na sociedade e na própria produção do conhecimento pois,
ao desenvolverem ações estão também a lidar com conteúdos teóricos aos quais vão
acrescentar significado.
Ir a objetivos 6, 7, 8 INTERLIGAÇÃO
7 importante para a ação e mudança.
Objetivos Específicos: