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FACULDADE PITÁGORAS DE UBERLÂNDIA/ MG

PROJETO INTERDICIPLINAR – CURSO DE DIREITO

NO LIMITE
(Organização Criminosa e Produção de Provas)

Componentes: Carla Gomes; Cicera Silva; Cynara Rodrigues; Daniele


Correia; Einildo Antônio; Junio Oliveira; Leiriene Rosa; Nauany Souza;
Patricia Alcione;

Coordenador: Prof. Sérgio Marinho


Palavras-chaves: Ordenamento; Criminalidade; Organização; Polícia;
Investigação; Provas; Controle; Associação; Segurança; Sociedade; Princípios;
Garantias; Periculosidade; Risco; Fundamentos

1. INTRODUÇÃO
A lei n° 12.850, de 02 de agosto de 2013, trouxe inovações ao ordenamento
jurídico nacional em matéria de criminalidade organizada, definindo-a e
estabelecendo conceitos e regras às medidas de colaboração premiada, ação
controlada e infiltração de agentes. Como seu próprio diploma legal, tal lei se
presta a conceituar do que se trata a organização criminosa e dispor sobre sua
investigação criminal, os meios de obtenção de provas, infrações penais
correlatadas e o procedimento criminal. Faz também a revogação,
expressamente, da lei n° 9.034/95 dando outras providências e assim
ocasionando um novo conceito de organização criminosa. No entanto, todos os
parâmetros legais, mudanças, conceitos e diferenciações parecem não repercuti
em ações mais firmes e com uso cabível de criação das provas para resoluções
certas. Alguns dos polícias incumbidos ao disfarce e diretrizes para tais
informações internas das organizações, pelo que parece também, acabam se
deturpando e manifestando interesses fora dos princípios pautados para
atuações seguras. Dessa forma, fica aqui o “disparate” pela busca das
características humanitárias e sociais, sendo ainda um fiasco perto das questões
expostas.
Fonte: ww.nanihumor.com/2013/10/cresce-o-crime-organizado.html

2. OBJETIVOS
O projeto em questão visa ampliar o conceito e mudanças ocorridas, da Lei
anterior e a que vigora, alocando também as diferenciações da Organização
Criminosa, os princípios que regem tais feitos, as divisões nos quesitos legais,
fundamentos, objetos, atuação do agente, licitude dos procedimentos entre
outras questões que tragam um ponto de vista não apenas informativo, mas
também crítico sob a psicologia humana, seguridade social e funcionalidade das
provas.
“Importante salientar a
diferença entre os crimes de
associação criminosa e
formação de organização
criminosa. Cunha e Pinto
(2014, p.149) assim o faz
em um elucidativo quadro
comparativo”

Fonte:
http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=16249
&revista_caderno=3 / Adaptado para apresentação

4. DESENVOLVIMENTO
A figura do agente infiltrado não se inicia, em ordenamento, pela Lei 12.850;
antes, a Lei n° 9.034/95 já tratara da matéria, ocorrendo apenas sua revogação.
Também a Lei n° 11.343/2006, em seu art. 53, inc. I (Lei de Drogas) pondera a
modalidade investigativa. O objetivo do uso da infiltração policial se dá,
principalmente, para obtenção ou formação de provas e resolução de um crime
praticado por uma organização criminosa; sendo uma maneira de descobrir
como se é desenvolvida as atividades criminosas, quem são as pessoas
participantes, quais suas ações, levantamento de provas documentais e
informações cabíveis ao procedimento judiciário, verificação de contrabando e
mercadorias desviadas ou furtadas. Para tais tarefas a aptidão, preparo e
especialidades do agente são fundamentais pois, estarão lidando com questões
de alta periculosidade e em risco, muitas das vezes, a própria vida. O policial
infiltrado poderá ser obrigado a agir criminosamente. A Lei 12.850/13 (art. 13)
anuncia que, atuando com a devida proporcionalidade e baseado na finalidade
da investigação, o agente infiltrado, não será responsabilizado penalmente. A
sua responsabilidade surge no excesso da vivacidade. São arrolados no art. 3°,
os meios de prova permitidos para a investigação de crimes ligados a
organizações criminosas, abrangendo tanto as reguladas pelo CPP quanto em
leis especiais. Em decorrência dessas informações, regula o acordo de
colaboração premiada (arts. 4° §§ 6° a 15, e 7°) que tem função imprescritível
na tentativa de manter em segredo os crimes cometidos pelas organizações,
dentre outras funções de colhimento das provas. Destarte, alguns direitos e
garantias muitas vezes, são deixados de lado e violados para o cumprimento do
almejado objetivo. Assim, deve ocorrer uma análise das possíveis violações a
esses direitos e garantias quando da sua aplicação. Até porque, a Lei 12.850/13
é expressa somente quanto ao princípio da proporcionalidade, em seu art.13.

Fonte: http://www.regionalpress.com.br/2017/02/14/sp-tera-banco-de-dados-contra-as-
organizacoes-criminosas/

5. CONCLUSÕES

As mudanças legais trazem grandes impactos, no sentido literal; o respaldo para


ação de um agente pode ser válido e objetivo se colocado em prática. O
questionamento é em decorrência da seguridade social que, acaba divergindo
com as medidas cabíveis a produção de provas ou resolução de pendências
criminais por parte da infiltração; alguns dos policiais infiltrados acabam
perdendo requisitos que garantem o zelo, até mesmo, pela própria vida. O fato
é que, independentemente da atividade para o desenvolvimento de combate a
tais organizações, a falta de integridade e legalidade, no que tange os preceitos
legislativos, deixam com que as finalidades das ações sejam confundidas em
atitudes ilícitas, alargando ainda mais a problemática. Logo, a mudança não deve
partir apenas de quesitos internos e indiretos, mas também, dos atos
demandados pela ordem moral e social.
REFERÊNCIAS
- LENZA Pedro; GONÇALVES Victor Eduardo Rios; JUNIOR José Paulo Baltazar. Legislação
Penal Esquematizado: 2° edição.

- MEDRONI Marcelo Batlouni. Comentários à Lei de Combate ao Crime Organizado

- JESUS Damásio, 2012, p.83

- MARTINS Priscila Maria Alcântara – TCC; UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ, Curitiba


2010. INFILTRAÇÃO POLICIAL EM ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS

- Direito processual penal: teoria, crítica e práxis. 6ª. ed. rev., ampl. e atual. Niterói: Impetus,
2009, p. 820

- NUCCI Guilherme de Souza. Provas do Processo Penal. 4° edição.

- Http://www.cartaforense.com.br/conteudo/artigos/a-figura-do-agente-infiltrado-e-sua-
responsabilidade-penal/14745

- Http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12582

- Https://www.google.com.br/search?q=AGENTE+INFILTRADO

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