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FACULDADE DE TECNOLOGIA EBRAMEC

ESCOLA BRASILEIRA DE MEDICINA CHINESA


CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM ACUPUNTURA

DAYLE LUMI SUGAHARA

O TRATAMENTO DA ANSIEDADE ATRAVÉS DA


ACUPUNTURA SISTÊMICA E AURICULOTERAPIA

SÃO PAULO
2017
DAYLE LUMI SUGAHARA

O TRATAMENTO DA ANSIEDADE ATRAVÉS DA


ACUPUNTURA SISTÊMICA E AURICULOTERAPIA

Trabalho de Conclusão de Curso de Pós


Graduação em Acupuntura apresentado à
Faculdade De Tecnologia EBRAMEC- Escola
Brasileira de Medicina Chinesa, sob orientação
do (a) Prof. João Carlos Felix

SÃO PAULO
2017

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DAYLE LUMI SUGAHARA

O TRATAMENTO DA ANSIEDADE ATRAVÉS DA


ACUPUNTURA SISTÊMICA E AURICULOTERAPIA

BANCA EXAMINADORA

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

João Carlos Felix

Co-Orientador
___________________________________

___________________________________
Dayle Lumi Sugahara

São Paulo, ____ de _____________de ____

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DEDICATÓRIA
Quero dedicar essa monografia a todas pessoas que sofrem de ansiedade, esse mal que afeta
milhares de pessoas, uns em uma escala menor que outros, espero que de alguma forma possa
ajudar a amenizar os sintomas da ansiedade através da Acupuntura sistêmica e Auriculoterapia
ou Auriculopuntura.
O importante é saber que existe um tratamento para a ansiedade.

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AGRADECIMENTOS

Quero agradecer primeiramente à Deus pela força, fé e inspiração para não desistir e finalizar
o curso, mesmo com tantos obstáculos encontrados pelo caminho. Quero agradecer minha
família, meu namorado, meus amigos que me apoiaram e me incentivaram a todo instante.
Quero agradecer também pela paciência, calma e ajuda que tive do meu orientador e
coordenador João Carlos Felix que aceitou me orientar e ajudar a realizar minha monografia.
Vou deixando aqui o meu MUITO OBRIGADA!

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RESUMO

Introdução: Segundo o Ministério da Saúde (2011) a ansiedade estimula o indivíduo a entrar


em ação, quando em excesso faz com que essa ação não seja tomada, impedindo o indivíduo de
avançar. Segundo Maciocia (2014), a ansiedade inclui estados emocionais de medo e
preocupação, que são duas das sete emoções da Medicina Chinesa (MC). Sendo que o grau da
ansiedade ou medo vai depender da causa. Sendo assim, a partir do entendimento de que a
ansiedade é um sintoma, pode-se traçar paralelos entre o conhecimento Ocidental e a Medicina
Chinesa (MC), onde ao comparar as sintomatologias descritas, é possível identificar o que os
tratados clássicos chineses escreviam sobre o que hoje é chamado de ansiedade, e assim, realizar
o tratamento pelos princípios da Medicina Chinesa (MC) (Silva, 2010). Objetivo: Discorrer
sobre a ansiedade na Medicina Ocidental e na Medicina Chinesa (MC) e os pontos utilizados
para o tratamento através da Acupuntura sistêmica e Auriculoterapia. Método: Revisão
bibliográfica simples, utilizando a base de dados Scielo, Lilacs, livros, artigos, etc. Todos os
idiomas foram considerados e não houve tempo específico para a pesquisa. Conclusão:
Concluiu-se que ainda é preciso estudos e pesquisas referente a ansiedade, um sintoma que
parece simples pode causar sérios danos na vida de uma pessoa, a Acupuntura pode ajudar a
diminuir os sintomas desde que a pessoa saiba identificar e expressar adequadamente os sinais
e sintomas que a ansiedade lhe causa. Mesmo com a Acupuntura fazendo parte do programa da
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) do SUS, esse problema
ainda não está sendo visto como vilão.

Palavras Chaves: Ansiedade, Acupuntura, Psicologia, Auriculoterapia.

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ABSTRACT

Introduction: According to the Ministry of Health (2011) anxiety encourages the individual to
take action, when in excess causes that action is not taken, preventing the individual from
moving forward. According to Maciocia (2014), anxiety includes emotional states of fear and
worry, which are two of the seven emotions of Chinese Medicine (CM). Being that the degree
of anxiety or fear will depend on the cause. Thus, from the understanding that anxiety is a
symptom, parallels can be drawn between Western knowledge and Chinese Medicine (CM),
where, when comparing the described symptoms, it is possible to identify what the classic
Chinese treatises wrote about What is now called anxiety, and thus, to perform the treatment
by the principles of Chinese Medicine (CM) (Silva, 2010). Objective: To discuss anxiety in
Western Medicine and Chinese Medicine (CM) and the points used for treatment through
Systemic Acupuncture and Auriculotherapy. Method: Simple bibliographic review using the
Scielo database, Lilacs, books, articles, etc. All languages were considered and there was no
specific time to search. Conclusion: It has been concluded that studies and research on anxiety
are still needed, a symptom that seems simple can cause serious damage to a person's life.
Acupuncture can help reduce symptoms as long as the person is able to identify and adequately
express the signs and symptoms that anxiety causes you. Even with Acupuncture being part of
SUS's National Policy on Integrative and Complementary Practices (NPICP), this problem is
still not seen as a villain.

Keywords: Anxiety, Acupuncture, Psychology, Auriculotherapy.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 8
2. OBJETIVOS 9
3. METODOLOGIA 10
4. RESULTADO 11
4.1 Ansiedade na Medicina Ocidental 11
4.2 Ansiedade na Medicina Chinesa 15
4.2.1 Entidades das doenças chinesas correspondentes à ansiedade 17
4.2.2 Qi rebelde do Vaso Penetrador (Chong Mai) 17
4.2.3 Palpitações nos diagnósticos chineses 19
4.2.4 Diferença entre mente desalojada e mente obstruída na ansiedade19
4.3 Pontos de Acupuntura para o tratamento da ansiedade 24
4.4 Pontos Auriculares no tratamento da ansiedade 28
5. CONCLUSÃO 31
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 32

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1. Introdução

De acordo com o Ministério da Saúde (2011) a ansiedade possui diversos termos não
técnicos como: aflição, angústia, perturbação do espírito causada pela incerteza, relação com
qualquer contexto de perigo, etc. Onde devemos entender que é um fenômeno que pode tanto
nos beneficiar como nos prejudicar, vai depender da intensidade e da circunstância que poderá
se tornar patológica, ou seja, prejudicial no funcionamento psíquico (mental) e somático
(corporal).
Segundo Maciocia (2014), a ansiedade inclui estados emocionais de medo e
preocupação, que são duas das sete emoções da Medicina Chinesa (MC). Sendo que o grau da
ansiedade ou medo vai depender da causa.
Campiglia (2014) refere que os textos clássicos da Medicina Chinesa (MC) mostram as
doenças mentais como um desequilíbrio ligado ao Coração (Xin), que é a morada do Shen ou
consciência; ou ligado ao Fígado (Gan), responsável pelo fluxo de Qi e das emoções. Onde as
síndromes mais importantes incluem insônia, ansiedade, mania, depressão, histeria e psicose
que tem como base alterações do Shen (Mente), Coração (Xin) e Fígado (Gan). Tanto as
doenças mentais como os seres humanos são complexos, qualquer tentativa de classificação se
torna exagerada diante de sua real situação, onde a análise individualizada possibilita a
compreensão dos elementos constituídos em sua síndrome (CAMPIGLIA, 2004, p.119).

Para Campiglia (2004), patologias do fogo costumam ter dificuldade em ter limites, o
Fogo se relaciona ao movimento de abertura, é o pivô das doenças emocionais e mentais, ou
seja, é a morada do Shen. E a ansiedade é resposta da falta de raiz do Coração (Xin).
Silva (2010) relata que qualquer disfunção ou patologia pode ser tratada através da
acupuntura, porém, para realizar o tratamento da ansiedade através da acupuntura é algo mais
complexo, visto que na Medicina Chinesa (MC) não existe referência a essa patologia
específica, cuja nomenclatura é tipicamente Ocidental. E a própria ansiedade é um fenômeno
insuficientemente compreendido no Ocidente, pois ao mesmo tempo em que apresenta sintomas
específicos, ela pode ser entendida como sintoma de outras patologias. Sendo assim, a partir do
entendimento de que a ansiedade é um sintoma, pode-se traçar paralelos entre o conhecimento
Ocidental e a Medicina Chinesa (MC), onde ao comparar as sintomatologias descritas, é
possível identificar o que os tratados clássicos chineses escreviam sobre o que hoje é chamado
de ansiedade, e assim, realizar o tratamento pelos princípios da Medicina Chinesa (MC) (Silva,
2010).

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2. OBJETIVOS

Este estudo teve como objetivos discorrer sobre a ansiedade na Medicina Ocidental, na
Medicina Chinesa e identificar os pontos utilizados para o tratamento através da Acupuntura
sistêmica e Auriculoterapia.

2.1 Objetivo Geral

Discorrer sobre a ansiedade na Medicina Ocidental e na Medicina Chinesa (MC).

2.2 Objetivo Específico

Identificar os pontos utilizados durante o tratamento da ansiedade através da


Acupuntura sistêmica e da Auriculoterapia.

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3. METODOLOGIA

A pesquisa será bibliográfica simples (narrativo-integrativa). Utilizando a base de dados


Scielo, Lilacs, livros, artigos, etc. Todos os idiomas foram considerados. Não houve tempo
específico para a pesquisa, foi utilizado todo e qualquer artigo relacionado ao tema. Foram
utilizadas as palavras chaves: Ansiedade, Acupuntura, Auriculoterapia, Psicologia.

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4. RESULTADO
4.1 Ansiedade na Medicina Ocidental

Goldgrub (2010) refere que a primeira teoria da ansiedade de Freud seria sob o aspecto
fisiológico, onde a primeira manifestação seria através da ação do coração e da respiração, onde
Freud diz que a primeira ansiedade será tóxica, puramente orgânica. Partindo então para a
ansiedade realista, que terá função adaptativa, ou seja, irá preparar o organismo para o medo ou
uma situação de perigo, vale lembrar que cada indivíduo possui um mecanismo de resposta para
diferentes situações. A ansiedade neurótica é inadequada e prejudicial, pode ser definida como:

- Livremente flutuante ou ansiedade expectante;

-Fobias, que seria a aversão a determinadas situações, objetos, animais, pessoas, lugares,
determinados como ameaçadores;

- Histeria e “outras formas de neurose grave”, onde não há qualquer perigo externo
identificável.

A segunda teoria da ansiedade de Freud é o inverso da primeira teoria, onde a ansiedade


é a causadora do aspecto fisiológico, ou seja, a ansiedade causará manifestações no coração e
na respiração (Goldgrub, 2010). Segundo o Ministério da Saúde (2011) a ansiedade estimula o
indivíduo a entrar em ação, quando em excesso faz com que essa ação não seja tomada,
impedindo o indivíduo de avançar.

Biaggio (2000) define a ansiedade como um sentimento difuso de medo, de algo que
não se sabe exatamente o que é, e que também não se tem a resposta precisa, onde pode deixar
a pessoa sem reação, e em altos níveis levar ao estresse, relacionando assim, o medo, o estresse
e a ansiedade.

Biaggio (2000) distingue o medo e a ansiedade pelo tipo de resposta que geram, o medo
em alto nível de excitação leva a fuga, e a ansiedade é um estado de medo não resolvido. A
ansiedade é gerada através de indecisão, conflito, pressões externas, expectativa de que algo
ruim vai acontecer.

Segundo Baggio (2000), Freud considerava a ansiedade diferente dos outros estados
afetivos, em que os sintomas podem incluir tremores, palpitações no coração, suor, inquietude,
distúrbios de respiração, referindo como nervosismo. Para Spielberger, outro especialista em
ansiedade, isso é chamado de traço de ansiedade, onde o indivíduo que possui um alto traço de

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ansiedade costuma ficar em um estado de ansiedade mais exacerbado em determinadas
situações, ainda mais em situações em que esse indivíduo está sendo avaliado. Mesmo uma
pessoa com baixo traço de ansiedade pode ficar em estado de ansiedade alta diante de uma
situação muito séria para ela, e uma pessoa com alto traço de ansiedade pode ficar calma diante
de uma situação difícil. O importante é tentar manter o estado de ansiedade controlado, podendo
assim, fazer com que o traço de ansiedade diminua.

Baggio (2000) refere que a ansiedade tem a sua importância na vida das pessoas, mas
sendo essa ansiedade de grau médio a moderado, pois se tivermos um prédio que está prestes a
desabar e temos uma pessoa tranquila, essa pessoa não se preocupará em sair desse prédio e
nem tirar seus familiares ou seus pertences, e no caso de uma pessoa extremamente ansiosa
pode ser que ela fique sem reação e não consiga tomar alguma atitude.

O Ministério da Saúde (2011) fala que os transtornos de ansiedade estão relacionados


ao funcionamento do corpo e às experiências de vida. Algumas pessoas deixam de fazer algo
devido esse desconforto que sentem, numa forma de evitar sentir essa sensação de ansiedade.
Onde os sintomas dos transtornos de ansiedade são diferentes da ansiedade do dia a dia, como
por exemplo:

- Preocupações, tensões ou medos exagerados (a pessoa não consegue relaxar);

-Sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer;

- Preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho;

- Medo extremo de algum objeto ou situação em particular;

- Falta de controle sobre os pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem


independentemente da vontade;

- Medo exagerado de ser humilhado publicamente;

- Pavor depois de uma situação muito difícil.

Margis et al. (2003) referem que eventos estressantes podem desencadear sintomas de
ansiedade anos antes de ser definido o transtorno de ansiedade. Onde através de estudos
realizados mostrou-se que, em adolescentes, quanto maior o nível de estresse que o jovem era
exposto, maior era a sintomatologia do nível de ansiedade. A ansiedade em adultos é vista em
diferentes situações, como por exemplo, na criação dos filhos, relações interpessoais,
relacionamento enquanto casal, manutenção do emprego, na aposentadoria, considerando como
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eventos estressores infidelidade, ameaça de separação e agressões físicas, sendo os indivíduos
envolvidos nas situações maritais humilhantes apresentarem mais sintomas que os indivíduos
controles. Já na fase da terceira idade, os maiores casos de ansiedade foram devido à morte de
seu companheiro ou familiar.

Zamignani e Banaco (2005), definem ansiedade como um estado emocional


desagradável acompanhado de desconforto somático relacionado com o medo, esse desconforto
costuma ser descrito por sensações físicas como frio na barriga, coração apertado, nó na
garganta, mãos suadas e também como paralisantes. É definido como fenômeno clínico quando
implica nas atividades sociais, profissionais e acadêmicas do indivíduo, ou quando envolve um
grau de sofrimento considerado significativo para o indivíduo, ou quando as respostas de
evitação e eliminação ocuparem um tempo considerável do dia.

Para Zamignani e Banaco (2005) a ansiedade e o medo possuem uma similaridade,


porém com estímulos diferentes, onde o medo é estimulado por uma condição, e a ansiedade é
estimulado incondicionalmente, onde serão apresentados as seguintes alterações: elevação da
frequência de batimentos cardíacos, com alterações na respiração e na pressão sanguínea,
sudorese, tremores, sensação de falta de ar ou asfixia, dor ou desconforto torácico, náusea,
desconforto abdominal, vertigem, desmaio, sensações de formigamento.

Para Baptista et al. (2005) o medo e a ansiedade podem ser definidos por uma infinidade
de medidas em cada um dos três sistemas de resposta: o que se faz, através do comportamento,
o que se pensa ou diz, através da linguagem, e o que se sente perante uma ameaça real ou
imaginária, a fisiologia. E como parte do sistema de defesa, o medo e a ansiedade, são ativadas
por situações ameaçadoras ou por perigos reais.

Baptista et al. (2005) descrevem o medo e a ansiedade como a linguagem mais utilizada
no dia-a-dia e na literatura psicológica, o termo angustia está sendo menos utilizado sendo
substituído pelo termo pânico, onde após a publicação da 3ª edição do manual de classificação
e diagnóstico da Associação Psiquiátrica Americana (APA, 1980) passou a ser mais utilizada.
O medo e a ansiedade podem parecer sinônimos, mas é considerado medo quando existe um
estímulo externo que provoca comportamento de fuga ou evitação, enquanto a ansiedade é o
estado emocional aversivo sem desencadeadores claros que, obviamente não podem ser
evitados.

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Silva (2010) relata vários estudos realizados pelas áreas da psicologia, psicanálise e da
Medicina para compreensão da ansiedade. Onde a ansiedade não é considerada um fenômeno
necessariamente patológico, e sim, uma função do organismo em que permite que o indivíduo
esteja preparado ou se prepare para responder da melhor forma possível a uma situação nova
ou uma já conhecida, e que é interpretada como potencialmente perigosa. Entretanto, se a
ansiedade atingir graus muito elevados e contínuos, esta pode ser prejudicial ao organismo, pois
deixará o organismo em constante estado de alerta, ocasionando assim, uma situação
patológica.

Os transtornos de ansiedade são muito frequentes na atualidade e se caracteriza por


estados de inquietação, tensão e apreensão, com tendência a cronicidade e que trazem
consequências para o cotidiano dos indivíduos, levando ao aumento dos estudos em relação a
essa enfermidade que afeta a população em qualquer período da vida (Goyatá et al., 2016).

Baggio (2000) refere algumas técnicas para ajudar as pessoas a lidarem melhor com a
ansiedade, é chamado de terapia cognitiva e comportamental. Como por exemplo, espelhando
em outras pessoas, se tem medo de nadar, ir à uma piscina e olhar outras pessoas entrando na
piscina e nadando, como forma de incentivo de que também é capaz, de que também pode entrar
na piscina e nadar. Uma criança com medo de animais, poderá diminuir sua ansiedade ao ver
outras crianças brincando com cachorrinhos, gatinhos e outros animais. Existe a técnica para
reações fisiológicas, que consiste em respirar fundo, com calma, para relaxar os músculos.
Exercícios físicos, como caminhada, natação e outros também ajudam a relaxar. Ter
pensamentos positivos ajuda a não pensar no problema que não tem controle ou que ainda não
pode resolver tentar dominar situações que causam ansiedade pouco a pouco é uma maneira de
diminuir e controlar a ansiedade.

Goyatá et al. (2016), refere que os tratamentos predominantemente utilizados para


transtornos de ansiedade têm sido os farmacológicos e psicoterápicos. Entre os farmacológicos
se destacam os benzodiazepínicos, que são os medicamentos mais prescritos no mundo, com
função ansiolítica e hipnótica. Porém esse medicamento causa grande preocupação, pois pode
causar dependência física, química e psicológica, especialmente se usado de forma abusiva e
prolongada.

Para Baptista et al. (2005) as possibilidades de tratamento para a ansiedade são os


benzodiazepínicos, os antidepressivos tricíclicos e os inibidores de receptação da serotonina.
Para os casos de diminuição da ansiedade o tratamento é realizado através da psicoterapia.
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Prado et al. (2012) descreve a ansiedade como um sentimento persistente de medo,
apreensão e desastre iminente, ou tensão ou inquietação. E que o termo transtorno de ansiedade
é utilizado em diversas condições, como na síndrome do pânico, fobias, transtornos obsessivo-
compulsivo, ansiedade generalizada, estresse pós-traumático ou devido alguma condição
clínica. Onde, no intuito de superar esses estados emocionais as pessoas buscam as terapias
alternativas como forma de tratamento por se mostrarem eficazes, como por exemplo a
Auriculoterapia.

Goyatá et al. (2016), diz que muitas discussões foram realizadas a fim de mudar o foco
do tratamento através do uso de terapias complementares pelo Sistema Único de Saúde (SUS),
onde em 2006, no Brasil, foi homologada pela Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC), como nova estratégia para a promoção, manutenção e a recuperação
da saúde. Tendo como destaque a Acupuntura.

4.2 Ansiedade na Medicina Chinesa

Para Silva (2010), a palavra ansiedade é uma palavra ocidental descrito pela Psicologia
e pela Medicina Ocidental como um estado somato-psíquico, portanto na literatura da Medicina
Chinesa (MC) é impossível encontrar descrições de tratamento para ansiedade. Na Medicina
Chinesa (MC) não existe a separação entre mente, corpo e espírito.

Silva (2010) observa que os distúrbios emocionais ou psíquicos são demonstrações de


distúrbios do Espírito (Shen) do indivíduo, em que a palavra Shen pode significar tanto
“espírito” quanto “rim”, e é no Coração (Xin) a moradia do Espírito (Shen). Ou seja,
metaforicamente falando, o Espírito (Shen) não consegue encontrar condições para habitar sua
morada, ficando assim, conturbado, e essa perturbação se manifesta em sintomas típicos da
ansiedade descrito pela Psicologia e Medicina Ocidental.

Para Ross (2003), a ansiedade está ligada aos canais do Coração (Xin) e do Rim (Shen),
pode estar associada as emoções como agitação, pânico e histeria, diferente da mania a
ansiedade causa uma sensação desagradável, já a mania causa um bem-estar e euforia. A
ansiedade pode ocorrer também com outros sinais do Coração (Xin), como palpitações, insônia,
palidez e extremidades frias.

A ansiedade do Coração (Xin) está baseada no medo do Rim (Shen), com sentimento
de apreensão a ansiedade apresenta com sinais físicos de tremor, frequência urinária ou
intestinos soltos (Ross, 2003).

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Através do medo pode surgir ansiedade e raiva, envolvendo o Rim (Shen), Coração
(Xin) e Fígado (Gan), e cada uma delas causar tensão mental, emocional e física, de forma que
a pessoa sinta e pareça estressada e tensa. Ocorrendo o envolvimento do Fígado (Gan) /
Vesícula Biliar (Dan), pode ocorrer o envolvimento de sentimentos adicionais como incerteza,
indecisão, irritabilidade, suscetibilidade e hipersensibilidade, assim como pode haver dores de
cabeça, rigidez ou tremores nos músculos da face, pescoço, ombros, costas e membros (ROSS,
2003).

Ross (2003) ainda fala que além da apreensão e do receio associados ao Canal do Rim
(Shen), a ansiedade pode estar ligada à preocupação com o presente e o futuro e à antecipação
de problemas que sequer acontecem, e em casos graves a insegurança se torna tão intensa que
a pessoa se perde em pensamentos de medo, preocupações e pensamentos obsessivos, que nem
reflete os acontecimentos do mundo externo.

O Canal do Pulmão (Fei) estará envolvido com o Canal do Rim (Shen) e do Coração
(Xin) em situações onde exista enorme insegurança e medo de perda (ROSS, 2003).

Segundo Ross (2003), para a Medicina Chinesa (MC) a ansiedade é uma manifestação
do distúrbio do espírito do Coração (Xin), pode ter origem do excesso, deficiência ou
estagnação.

O excesso que dá origem a irregularidade é o fogo. Fogo no Coração (Xin) faz com que
fique mais intensamente e irregularmente ativo, que resulta em ansiedade ou comportamento
maníaco. O fogo no Coração (Xin), com fogo do Fígado (Gan) e do Estômago (Wei)
frequentemente associados, podem surgir pela supressão das emoções ou pelo estilo de vida
extremamente agitado, estressado e desassossegado. E o fogo fleuma do Coração (Xin) é uma
forma de excesso que pode levar à ansiedade e a confusão de pensamento, linguagem e
comportamento, decorrente da deficiência e estagnação do Baço (Pi) combinado com o fogo do
Coração (Xin), que pode ser ocasionado devido estresse emocional ou excesso de fumo, álcool
e alimentos gordurosos com falta de atividade física (ROSS, 2003).

Ross (2003) fala que, a estagnação pode causar ansiedade através da estagnação do Qi,
resultante do acúmulo de fleuma que impede a livre circulação do espírito, por exemplo, a
estagnação do Qi do Coração (Xin) e do Qi do Fígado (Gan), decorrentes da estagnação
emocional pode causar distúrbio do espírito do Coração (Xin) e a hiperatividade do Yang do
Fígado (Gan).

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Quando há deficiência do Qi do Coração (Xin) e do Rim (Shen), do Yin do Coração
(Xin) e do Rim (Shen) e do Sangue (Xue) do Coração (Xin) e do Baço (Pi), ocorrerá a
ansiedade, já que o Qi, Yin e Sangue (Xue) são necessários para manter o espírito saudável. E
a ansiedade aumenta quando a energia está reduzida, logo a deficiência de sono, descanso,
excesso de trabalho, estresse, doença, nutrição deficiente, entre outros fatores que podem
comprometer a saúde, causará a deficiência no organismo (ROSS, 2003).

Maciocia (2016) discute sobre a ansiedade de acordo com os seguintes tópicos:

- Entidades das doenças chinesas correspondentes à ansiedade;

- Qi rebelde do vaso penetrador (Chong Mai);

- “Palpitações” no diagnóstico chinês;

- Diferenças entre mente desalojada e mente obstruída na ansiedade.

4.2.1 Entidades das doenças chinesas correspondentes à ansiedade

Na Medicina Chinesa não existe um termo que corresponda à ansiedade, mas muitas
entidades das doenças chinesas antigas se parecem com a ansiedade, e as duas principais são:
medo e palpitações (Jing Ji), pulsação de pânico (Zheng Chong). Em que o medo e as
palpitações são geralmente causados por eventos externos, como susto ou choque, eles vão e
vêm, pertencem com mais frequência à natureza de excesso. Já a pulsação de pânico não é
causada por eventos externos, sendo contínua e geralmente da natureza de deficiência e é mais
grave que o primeiro. Em casos crônicos, medo e palpitações podem se tornar pulsações de
pânico. Em casos graves, pulsações de pânico podem corresponder a ataques de pânico
(Maciocia, 2016).

4.2.2 Qi rebelde do Vaso Penetrador (Chong Mai)

Para Maciocia (2016) é a terceira condição chinesa que pode corresponder à ansiedade
e, especialmente, a ataques de pânico, essa condição do Qi rebelde do Vaso Penetrador (Chong
Mai) causando sintoma de “urgência interna” (Li Ji).

“Urgência interna” significa sensação de ansiedade e agitação, em casos graves pode


haver ataques de pânico com palpitações, podendo ser acompanhado também por sensação de
pulsação abdominal (Maciocia, 2016).

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Maciocia (2016), refere que pela representação do trajeto do Vaso Penetrador (Chong
Mai), podemos listar os possíveis sintomas do Qi rebelde do Vaso Penetrador (Chong Mai)
começando na região inferior:

- Pés frios;

- Plenitude, distensão ou dor na região inferior do abdômen;

- Plenitude hipogástrica, distensão ou dor;

- Menstruação dolorosa, períodos menstruais irregulares;

- Plenitude, distensão ou dor na área umbilical;

- Plenitude, distensão ou dor no epigástrico;

- Sensação de aperto abaixo do processo xifoide;

- Sensação de aperto no peito;

- Palpitações;

- Sensação de distensão nas mamas em mulheres;;

- Leve falta de ar;

- Suspiros;

- Sensação de caroço na garganta;

- Sensação de calor na face;

- Dor de cabeça;

- Ansiedade, agitação mental, “urgência interna” (Li Ji).

Para o diagnóstico do Qi rebelde do Vaso Penetrador (Chong Mai) é necessário ter pelo
menos três ou quatro sintomas de níveis diferentes, e o que faz o Qi do Vaso Penetrador (Chong
Mai) se rebelar e subir é o fato de duas condições, uma de excesso e outra mista, de excesso
deficiência. Onde o Qi do Vaso Penetrador (Chong Mai) pode se rebelar ascendentemente por
si, decorrente do estresse emocional que faz o Qi subir ou estagnar (por exemplo, raiva, raiva
reprimida, preocupação, frustração ou ressentimento), nesse caso, o Qi se rebela e sobe sozinho
e a condição é de excesso, chamado de Qi rebelde “primário” (Maciocia, 2016).

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Maciocia (2016), refere que o Qi do Vaso Penetrador (Chong Mai) pode também se
rebelar ascendentemente como consequência de deficiência deste vaso na região inferior do
abdômen. O Qi do Da Tian inferior está fraco e o Qi do Vaso Penetrador (Chong Mai) “escapa”
para cima, sendo esta uma condição mista de excesso deficiência, chamada de Qi rebelde
“secundário” do Vaso Penetrador (Chong Mai). Em que a condição de deficiência é a
deficiência de Sangue (Xue) e/ou deficiência do Rim (Shen), podendo ser Yin ou Yang. Esta
segunda condição é mais comum em mulheres.

Um aspecto particular da síndrome da rebelião do Qi do Vaso Penetrador (Chong Mai)


é caracterizado por sensação de calor na face e pés frios. Essa sensação de calor na face não é
nem de calor por excesso, nem de calor por deficiência, mas apenas o resultado da desarmonia
do Qi do Vaso Penetrador (Chong Mai) (Maciocia, 2016).

4.2.3 Palpitações nos diagnósticos chineses

Maciocia (2016), explica que o termo “palpitações” denota uma sensação


desconfortável do coração batendo no peito, e que nada tem a ver com a sensação que o paciente
ocidental relata, quando se refere à velocidade ou ritmo do coração.

4.2.4 Diferença entre mente desalojada e mente obstruída na ansiedade

Para diferenciar mente desalojada e mente obstruída pode ser usado a ansiedade e o
ataque de pânico para ilustrar, pois quando o indivíduo fica ansioso, ele está inquieto, mas a
Mente (Shen) não está obstruída e o insight não está afetado. E quando a Mente (Shen) fica
obstruída, há perda de insight e racionalidade, como pode ocorrer em ataques de pânico grave
(Maciocia, 2016).

Oliveira e Mejia referem que na Medicina Chinesa (MC) o estresse tem relação com a
ansiedade e a depressão é regido pelo Coração (Xin) e Mente (Shen) junto com os meridianos
Circulação e Sexo, Fígado (Gan), Estômago (Wei) e Intestino Grosso (Da Chang), onde a matriz
emocional ligada ao estresse e a ansiedade é a frustração.

Maciocia (2016), refere o estresse emocional como o principal fator etiológico na


ansiedade, seguido da constituição, dieta irregular, perda de sangue e sobrecarga de trabalho.

O estresse emocional pode advir de preocupações, medo, alegria excessiva, choque,


culpa, vergonha ou excesso de pensamentos, que pode gerar estagnação do Qi, essa estagnação
do Qi após algum tempo gera calor e com o passar do tempo irá levar Sangue (Xue) e Yin

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causando deficiência de Sangue (Xue) e/ou de Yin. Portanto, o calor pode agitar a Mente
(Shen), que provocará a ansiedade, e por outro lado a deficiência de Sangue (Xue) e Yin privam
a Mente de sua residência e também geram ansiedade (Maciocia, 2016).

De acordo com a experiência de Maciocia (2016), a tendência constitucional é fator


etiológico frequente na ansiedade crônica onde as pessoas simplesmente têm a propensão de se
preocupar e ter ansiedade sem razão externa aparente, sendo observado a existência da
incidência familiar. Um sinal importante que pode indicar ansiedade e tendência constitucional
ao estresse emocional é a fissura de Coração (Xin) na língua.

Já a alimentação irregular, causa deficiência do Qi e do Yin do Estômago (Wei) que


poderá afetar o Coração (Xin) e gerar deficiência de Yin do Coração (Xin) e ansiedade. O
consumo excessivo de alimentos produtores de umidade geram formação de fleuma, que pode
obstruir a Mente (Shen) e agravar a ansiedade e os distúrbios do pânico (Maciocia, 2016).

A perda excessiva de sangue, como ocorre por exemplo durante o parto, pode causar
deficiência de Sangue (Xue), sendo que o Coração (Xin) governa o Sangue (Xue), e essa
deficiência pode gerar deficiência do Sangue (Xue) do Coração (Xin) e ansiedade (Maciocia,
2016).

E a sobrecarga de trabalho, ou seja, trabalhar muitas horas e não ter o descanso adequado
por muitos anos vai esgotar o Yin do Rim (Shen), após um período, deficiência do Yin do Rim
(Shen) afeta o Coração (Xin) causando ansiedade crônica, mas a deficiência de Yin do Rim
(Shen) pode causar ansiedade crônica por si só, sem afetar o Coração (Xin) (Maciocia, 2016).

De acordo com a experiência de Maciocia (2016), os principais órgãos envolvidos na


ansiedade são Coração (Xin), Pulmão (Fei), Fígado (Gan) e Rim (Shen), onde será descrito sua
característica e sintoma.

Coração (Xin)

Principal sintoma de um padrão do Coração (Xin) são palpitações (Maciocia, 2016).

O paciente que sofre de ansiedade proveniente do Coração (Xin), sofrerá palpitações e


será sentida no tórax. Esse sintoma pode parecer com sensação de aperto, desconforto ou
opressão no tórax. Em casos de excesso, pode haver sensação de aperto no peito, ou em casos
de deficiência, sensação do coração estar “suspenso” (Maciocia, 2016).

20
O indivíduo com ansiedade em desarmonia do Coração (Xin) vai parecer perturbado e
um pouco “assombrado”, será agitado, inquieto e propenso a se movimentar rapidamente
(Maciocia, 2016).

Foto pesquisada e extraída do MACIOCIA, G. A PRÁTICA DA MEDICINA CHINESA:


TRATAMENTO DAS DOENÇAS COM ACUPUNTURA E ERVAS CHINESAS. P.323-340. 2 ed. Editora Roca
Ltda., São Paulo, 2016.

Insônia e outros sintomas dependerão da condição ser decorrente de excesso ou


deficiência do Coração (Xin). Sendo que, a deficiência do Sangue (Xue) do Coração (Xue) é
mais comum em mulheres que além de serem mais ansiosas, tenderão a se sentir tristes e a
chorar (Maciocia, 2016).

Pulmão (Fei)

O Pulmão (Fei) é afetado por tristeza e aflição geralmente provocados por perdas. O
paciente será triste e propenso a chorar, suspirar também é sintoma característico de padrões
mentais e emocionais do Pulmão (Fei), tenderá a ser pálido e falar com voz fraca (Maciocia,
2016).

21
Foto pesquisada e extraída do livro MACIOCIA, G. A PRÁTICA DA MEDICINA
CHINESA: TRATAMENTO DAS DOENÇAS COM ACUPUNTURA E ERVAS CHINESAS. P.323-340. 2
ed. Editora Roca Ltda., São Paulo, 2016.

Maciocia (2016) descreve que a tristeza e aflição esgotam o Qi, e que por esse motivo geram
deficiência de Qi, especialmente de Pulmão (Fei) e Coração (Xin). Esse fato faz o pulso ficar
fraco ou vazio. Entretanto, após algum tempo a deficiência do Qi no tórax pode também gerar
estagnação do Qi nessa região, afetando o Coração (Xin) e Pulmão (Fei). Isso poderá fazer o
pulso do Pulmão (Fei) ficar levemente tenso. Quando o Pulmão (Fei) for afetado por estagnação
do Qi, após a tristeza inicial, pode ocorrer leve ansiedade. Onde, a ansiedade do Pulmão (Fei)
na maioria das vezes é proveniente das razoes espirituais, do sentido da vida e do padecimento
existencial.

Rim (Shen)

A emoção do Rim (Shen) é o medo, ela combinada com preocupação, é a mais próxima da
ansiedade. Pacientes com ansiedade do Rim (Shen) apresentam-se com olhar grave de pânico,
esquálido e com medo, pode ter compleição escura, geralmente está ligado sobre situações da
vida, o indivíduo fica profundamente pessimista, a ansiedade relativa ao Rim (Shen) e
frequentemente proveniente da culpa (Maciocia, 2016).

22
Foto pesquisada e extraída do livro MACIOCIA, G. A PRÁTICA DA MEDICINA
CHINESA: TRATAMENTO DAS DOENÇAS COM ACUPUNTURA E ERVAS CHINESAS. P.323-340. 2
ed. Editora Roca Ltda., São Paulo, 2016.

De acordo com a experiência de Maciocia (2016), o medo crônico e a ansiedade do Rim


(Shen) fazem o Qi ascender à cabeça, fazendo com que o indivíduo aparente a face quente e se
sinta levemente perturbado e ansioso. E o Rim (Shen) também é afetado por culpa, podendo
causar afundamento ou estagnação do Qi do Rim (Shen). Em ambos os casos o indivíduo pode
se tornar ansioso, ficando constantemente assombrado por sentimento de culpa.

Baço (Pi)

A emoção do Baço (Pi) é a preocupação ou excesso de pensamento. Essa condição é


encontrada em indivíduos que dão “voltas em círculos” ou têm “discussões mentais”, em casos
graves pode se tornar obsessivo e em casos crônicos pode causar ansiedade, devido suas
próprias discussões mentais. Mas também pode estar relacionado ao elemento terra, como por
exemplo em ser superprotetora em relação aos próprios filhos, ignorando as próprias
necessidades e colocando dos outros em primeiro lugar ou ainda sofrer falta de cuidados
(Maciocia, 2016).

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Foto pesquisada e extraída do livro MACIOCIA, G. A PRÁTICA DA MEDICINA
CHINESA: TRATAMENTO DAS DOENÇAS COM ACUPUNTURA E ERVAS CHINESAS. P.323-340. 2
ed. Editora Roca Ltda., São Paulo, 2016.

Fígado (Gan)

A ansiedade relativa do Fígado (Gan) é próxima a preocupação onde as pessoas do tipo


madeira tendem a se preocupar facilmente, são frequentemente tensas e as vezes
perfeccionistas. Sendo do tipo que se impõe, acarretando em sensação de não conseguir aquilo
a que se propôs. Além do Fígado (Gan) abrigar a Alma Etérea que é responsável por nossas
idéias, planos, projetos, sonhos de vida e visão. A ansiedade do Fígado (Gan) é também
relacionado a insatisfação das nossas próprias conquistas (Maciocia, 2016).

Foto pesquisada e extraída do livro MACIOCIA, G. A PRÁTICA DA MEDICINA


CHINESA: TRATAMENTO DAS DOENÇAS COM ACUPUNTURA E ERVAS CHINESAS. P.323-340. 2 ed.
Editora Roca Ltda., São Paulo, 2016.

4.3 Pontos de Acupuntura para o tratamento da ansiedade

Silva Filho (2016), refere os seguintes pontos através do tratamento das três agulhas:

24
 Yintang (ponto extra), localizado entre as duas sobrancelhas, na região da glabela. Ponto
com característica de acalmar o cliente e com capacidade sedativa.
 C7 (Shenmen), localizado no aspecto anteromedial do antebraço, diretamente radial ao
tendão do músculo flexor ulnar do carpo, na prega palmar do punho. Ponto Fonte (Yuan)
do Coração (Xin) com grande capacidade de regular as funções do Órgão (Zang),
tonificar o Coração (Xin) e acalmar a Mente (Shen), função já indicada pelo próprio
nome do ponto, que é “portão da Mente (Shen)”.
 BA6 (Sanyinjiao), localizado no aspecto tibial da perna, posterior à borda medial da
tíbia, 3 cun superiores à proeminência do maléolo medial. Ponto de reunião dos 3 Yin
da perna, possui capacidade de estimular o Yin Qi do corpo e favorecer a função regular
do Coração (Xin).

Silva Filho (2016) fala que os pontos C7 (Shenmen) e BA6 (Sanyinjiao) devem ser
agulhados perpendicularmente com inserção de 0,5-0,8 cun de profundidade. E o ponto Yintang
deve ser inserido de forma oblíqua para baixo de 0,3-0,5 cun de profundidade. Possui como
função tradicional de tranqüilizar a Mente (Shen) e nutrir o Yin do Coração (Xin). É indicada
principalmente para casos de inquietude e adicionalmente para insônia, condição maníaca,
estresse, agitação mental (Silva Filho, 2016).

Outro método de três agulhas segundo Silva Filho (2016), foi descrito como:

 VG24 (Shenting), localizado na cabeça a 0,5 cun superior à linha anterior do cabelo,
na linha mediana anterior. Ponto conhecido como “quintal da Mente (Shen)”, como
o próprio caractere Shen, é traduzido como mente ou espírito, esse ponto estimula a
mente.
 VB13 (Benshen), localizado na cabeça a 0,5 cun superior à linha anterior do cabelo,
3 cun laterais à linha mediana anterior. Como o ponto VG24 (Shenting) possui o
caractere Shen, este ponto é conhecido como “raiz da Mente (Shen)” ou “origem da
Mente (Shen)”, possui a mesma função do VG24 (Shenting) de estimular a Mente
(Shen).
 Sishenzhen, localizado na cabeça a 1,5 cun anterior, posterior e laterais ao ponto
VG20 (Baihui) respectivamente. Possui o caractere Shen que já indica a função do
ponto, que é estimular a Mente (Shen).

A manipulação das agulhas dos pontos VG24 (Shenting) e VB13 (Benshen) devem ser
agulhados horizontalmente com inserção de 1-1,5 cun no sentido anterior ou posterior. O ponto
25
Sishenzhen deve ser agulhado de maneira horizontal com inserção de 1-1,5 cun com as pontas
das quatro agulhas para o ponto VG20 (Baihui). As agulhas devem ser manipuladas em rotação
de maneira suave, sem que disperse ou tonifique, mas sim, que estimule o ponto, devendo ser
estimulada de 2-3 vezes durante os 30 minutos de tratamento (Silva Filho, 2016).

A função tradicional desses pontos é de estimular a Mente (Shen), nutrir o Coração


(Xin), tonificar a Essência (Jing) para beneficiar o Cérebro (Nao). Indicado principalmente para
alterações da memória e adicionalmente para perda da inteligência, dificuldade de
compreensão, doenças psicológicas, distúrbios emocionais, neurastenia, insônia, epilepsia, dor
de cabeça frontal, falta de concentração (Silva Filho, 2016).

Mejia e Oliveira, definem os seguintes pontos para o tratamento da ansiedade e do


estresse: uma dupla de Vasos Maravilhosos que é o BA4 (Gongsun) e PC6 (Neiguan), VG20
(Baihui), IG4 (Hegu), C3 (ShaoHai), E23 (Taiyi), E36 (Zusanli), F2 (Xingjian), Yintang. Ainda
ressaltam que muitos pontos do Canal do Pericárdio (XinBao) possui profunda influência no
estado mental, e enfatiza o uso dos pontos PC6 (Neiguan), que estimula o humor e melhora a
depressão, PC7 (Daling), que acalma a mente e ansiedade, PC5 (Jianshi), que resolve problema
da fleuma nublando a mente.

Para intensificar o tratamento, Mejia e Oliveira, salientam o uso da ventosa terapia, que
consiste na liberação do Qi estagnado, aumentando a irrigação e oxigenação tecidual,
eliminando assim os fatores patogênicos (vento, frio, calor e umidade), a ventosa terapia pode
ser aplicada de forma fixa ou móvel.
Rossetto (2012), fala que o tratamento da ansiedade consiste em acalmar o Coração
(Xin) utilizando os pontos Shu dorsais e Mu frontais, onde os principais pontos utilizados são:
B15 (Xinshu), VC14 (Juque), C7 (Shenmen), PC6 (Neiguan). Que utilizados em conjunto
possui a propriedade de controlar o Qi e o Sangue (Xue) do Coração (Xin).
Pontos como VC6 (Qihai), que fortalece o Qi, B20 (Pishu) e B21 (Weishu) ajustam a
função do Baço (Pi) e Estômago (Wei), que são a base para a produção de Qi e Sangue (Xue),
que poderá ser utilizado se no diagnóstico constatar a deficiência de Qi e Sangue (Xue).

Os pontos E40 (Fenglong) e VB34 (Yanglingquan) eliminam a fleuma-fogo no


Estômago (Wei). E os pontos VC4 (GuanYuan), VC17 (Danzhong), E36 (Zusanli) em conjunto
com a Moxabustão fortalecerá o Baço (Pi), revigorando o Yang e eliminando os fluídos
prejudiciais e o ponto B22 (Sanjiaoshu) que irá regular o Jiao superior, médio e inferior
promovendo o transporte da água (Rossetto, 2012).
26
Ross (2003) refere às síndromes e seus respectivos pontos:

 Fogo no Coração (Xin): VG20 (Baihui), VC17 (Shanzhong), C8 (Shaofu), PC8


(Laogong), dispersar R1 (Yongquan), C3 (ShaoHai), tonificar PC3 (Quze);
 Fogo no Coração (Xin) + fogo no Fígado (Gan): VG20 (Baihui), VC17 (Shanzhong),
C8 (Shaofu), PC8 (Laogong), dispersar R1 (Yongquan), C3 (ShaoHai), tonificar PC3
(Quze), dispersar F2 (Xingjian), sangria F1 (Dadun);
 Fogo no Coração (Xin) + fogo no Estômago (Wei): VG20 (Baihui), VC17 (Shanzhong),
C8 (Shaofu), PC8 (Laogong), dispersar R1 (Yongquan), C3 (ShaoHai), tonificar PC3
(Quze), E44 (Neiting), sangria E45 (Lidui);
 Fogo no Coração (Xin) + fleuma no Coração (Xin): VG20 (Baihui), VC17 (Shanzhong),
C8 (Shaofu), PC8 (Laogong), dispersar R1 (Yongquan), C3 (ShaoHai), tonificar PC3
(Quze), PC6 (Neiguan), dispersar C5 (Tongli), PC3 (Quze), tonificar C3 (ShaoHai);
 Estagnação do Qi do Coração (Xin): VC6 (Qihai), VC12 (Zhongwan), VC17
(Shanzhong), PC6 (Neiguan), BA4 (Gongsun), harmonizar ou dispersar BA21 (Dabao);
 Estagnação do Qi do Coração (Xin) + Estagnação do Qi do Fígado (Gan): VC6 (Qihai),
VC12 (Zhongwan), VC17 (Shanzhong), PC6 (Neiguan), BA4 (Gongsun), harmonizar
ou dispersar BA21 (Dabao), F3 (Taichong), tonificar F14 (Qimen);
 Estagnação do Qi do Coração (Xin) + hiperatividade do Yang do Fígado (Gan): VC6
(Qihai), VC12 (Zhongwan), VC17 (Shanzhong), PC6 (Neiguan), BA4 (Gongsun),
harmonizar ou dispersar BA21 (Dabao), F3 (Taichong), dispersar VB34
(Yanglingquan);
 Estagnação do Qi do Coração (Xin) + fleuma do Coração (Xin): VC6 (Qihai), VC12
(Zhongwan), VC17 (Shanzhong), PC6 (Neiguan), BA4 (Gongsun), harmonizar ou
dispersar BA21 (Dabao), C5 (Tongli), dispersar PC4 (Ximen);
 Deficiência do Qi do Coração (Xin): VC4 (GuanYuan), VC17 (Shanzhong), C7
(Shenmen), E36 (Zusanli), tonificar Moxa R3 (Taixi), B15 (Xinshu), B20 (Pishu), B23
(Shenshu), B64 (Jinggu), tonificar Moxa ID3 (Houxi);
 Deficiência do Qi do Coração (Xin) + deficiência do Qi do Rim (Shen): VC4
(GuanYuan), VC17 (Shanzhong), C7 (Shenmen), E36 (Zusanli), tonificar Moxa R3
(Taixi), B15 (Xinshu), B20 (Pishu), B23 (Shenshu), B64 (Jinggu), tonificar Moxa ID3
(Houxi), tonificar Moxa R27 (Shufu);
 Deficiência do Qi do Coração (Xin) + deficiência do Qi do Baço (Pi): VC4 (GuanYuan),
VC17 (Shanzhong), C7 (Shenmen), E36 (Zusanli), tonificar Moxa R3 (Taixi), B15
27
(Xinshu), B20 (Pishu), B23 (Shenshu), B64 (Jinggu), tonificar moxa ID3 (Houxi),
tonificar Moxa BA3 (Taibai);
 Deficiência do Qi do Coração (Xin) + deficiência do Qi de Fígado (Gan) / Vesícula
Biliar (Dan): VC4 (GuanYuan), VC17 (Shanzhong), C7 (Shenmen), E36 (Zusanli),
tonificar Moxa R3 (Taixi), B15 (Xinshu), B20 (Pishu), B23 (Shenshu), B64 (Jinggu),
tonificar Moxa ID3 (Houxi), tonificar Moxa VB40 (Qiuxu);
 Deficiência do Sangue (Xue) do Coração (Xin): VC 4 (GuanYuan), VC12 (Zhongwan),
VC17 (Shanzhong), C7 (Shenmen), E36 (Zusanli), tonificar BA6 (Sanyinjiao). Alternar
B15 (Xinshu), B20 (Pishu), tonificar B43 (Gaohuangshu);
 Deficiência do Sangue (Xue) do Coração (Xin) + deficiência do Sangue (Xue) do Baço
(Pi): VC 4 (GuanYuan), VC12 (Zhongwan), VC17 (Shanzhong), C7 (Shenmen), E36
(Zusanli), tonificar BA6 (Sanyinjiao). Alternar B15 (Xinshu), B20 (Pishu), tonificar
B43 (Gaohuangshu), tonificar BA10 (Xuehai);
 Deficiência do Yin do Coração (Xin): VC4 (GuanYuan), BA6 (Sanyinjiao), tonificar
R6(Zhaohai), VC14 (Juque), VC17 (Shanzhong), dispersar C7 (Shenmen);
 Deficiência do Yin do Coração (Xin) + ansiedade intensa: VC4 (GuanYuan), BA6
(Sanyinjiao), tonificar R6(Zhaohai), VC14 (Juque), VC17 (Shanzhong), dispersar C7
(Shenmen), VG20 (Baihui), dispersar VC24 (Chengjiang);
 Deficiência do Yin do Coração (Xin) + fogo por deficiência do Rim (Shen) e do Coração
(Shen): VC4 (GuanYuan), BA6 (Sanyinjiao), tonificar R6(Zhaohai), VC14 (Juque),
VC17 (Shanzhong), dispersar C7 (Shenmen), C8 (Shaofu), dispersar R2 (Rangu).

4.4 Pontos Auriculares no tratamento da ansiedade

Prado et al. (2012) refere a Auriculoterapia ou Acupuntura auricular como parte da


Medicina Chinesa (MC), onde acredita-se que tenha sido desenvolvida juntamente com a
Acupuntura sistêmica, que hoje é reconhecida como uma das práticas orientais mais populares
em diversos países como prevenção e cura.
Prado et al. (2012), menciona o Clássico de Medicina Interna do Imperador Amarelo,
publicado há mais de 2000 anos, que fala da Auriculoterapia e a orelha, em que o pavilhão
auricular está relacionado com todas as partes do corpo humano e seus meridianos. Já em 1957,
Paul Nogier, um neurocirurgião francês, realizou um estudo onde desenhou um feto invertido
fazendo correspondência com o formato da orelha, encontrando assim diferentes pontos para
estimulação neural e tratamento de diversas doenças.

28
Foto extraída da internet

No estudo realizado por Prado et al. (2012), os pontos mais eficazes foi o Shenmen e
Tronco Cerebral. O ponto Shenmen, está localizado na fossa triangular da orelha, é utilizado
para analgesia, sedação e anti-inflamatório. E o ponto Tronco Cerebral está localizado na borda
superior da fossa intertrago, com função de sedação, estimulante para a mente e calmante para
o espírito.

Em um estudo realizado por Moura et al. (2015), mostrou-se que algumas práticas
integrativas e complementares como a Acupuntura tornou-se eficaz para o tratamento da
ansiedade no lugar do uso de medicamentos psicotrópicos, mais especificamente, a
Auriculoterapia.
Pois a Medicina Chinesa (MC) considera o ser humano como um todo, ou seja, a mente,
corpo e espírito são interligados e o organismo humano é considerado um campo de energia
para a escolha dos pontos auriculares, que irão equilibrar a energia do organismo. Os resultados
obtidos pelo estudo realizados por Moura et al. (2015) foram os pontos Shenmen, Fígado e
Pulmão. Houve também a utilização do ponto Relaxamento, mas não em conjunto com os
29
pontos Shenmen, Fígado e/ou Pulmão. Não houve um protocolo utilizado nos estudos, nem
número de sessões aplicadas, sendo utilizada a Auriculoterapia ou a Auriculopuntura. Os
materiais mais utilizados foram as agulhas, seguidos das sementes e esferas de plástico.

Mejia e Oliveira definem os seguintes pontos para tratamento da ansiedade e estresse:


Shenmen, simpático, tensão emocional, ansiedade I e II, Fígado e Coração. E ainda reforça que,
se o paciente for do sexo masculino coloca-se do lado esquerdo e que se for feminino do lado
direito.

Yamamura (1991) refere os seguintes pontos na Auriculopuntura: Rim, Shenmen,


Occipital, Coração, Estômago.

30
5. Conclusão

Ao realizar este estudo, foi possível concluir que a ansiedade é um sintoma que afeta
muitas pessoas, sendo ela com características e intensidades diferentes para cada indivíduo e
em diferentes faixas etárias.
Através da Acupuntura e da Auriculoterapia ou Auriculopuntura, é possível amenizar
os sintomas e em alguns casos manter de forma com que isso não atrapalhe a vida do indivíduo.
Foi possível observar que faltam pesquisas relacionadas ao tema em questão, pois na atualidade
a ansiedade é um problema de saúde pública que está sendo implantada nas UBS, mas que ainda
não é praticada na íntegra.

Existem várias formas de tratamento, protocolos para redução da ansiedade, pontos


auriculares com sementes, pontos auriculares com agulhas, acupuntura sistêmica, terapia
psicológica, ansiolíticos, floral, todos buscam uma resposta e uma solução para esse problema
que afeta milhares de pessoas.
Portanto, que o método mais eficaz seja a solução para esse mal que hoje afeta milhares
de pessoas, e que ele seja visto como um sintoma prejudicial à saúde do ser humano e não como
um simples sintoma que uma hora vai passar.

31
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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