Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 19

Índice

Páginas

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 2
2. OBJECTIVOS .............................................................................................................. 3
3. MEDIÇÃO ................................................................................................................... 4
3.1 RESULTADO DE UMA MEDIÇÃO ........................................................................ 4
3.2 MEDIÇÃO DIRETA E INDIRETA........................................................................... 5
3.2.1 Medição directa ....................................................................................................... 5
3.2.2 Medição indirecta .................................................................................................... 5
4. GRAU DE PRECISÃO ................................................................................................ 5
5. INCERTEZA NA MEDIÇÃO ..................................................................................... 6
6. TIPOS DE ERROS ....................................................................................................... 7
6.1. Erro estatístico ........................................................................................................... 7
6.2. Erro sistemático ......................................................................................................... 7
6.3. Sistema de unidades padrão ....................................................................................... 7
7. RÉGUA, PAQUÍMETRO E MICRÓMERO ............................................................... 9
7.1 Régua .......................................................................................................................... 9
7.2 Paquímetro .................................................................................................................. 9
7.3. Micrómetro .............................................................................................................. 10
8. COMPARAÇÃO DO GRAU DE PRECISÃO NA MEDIDA DE UM ..................... 11
8.1. Exactidão e precisão ................................................................................................ 12
8.2. Os algarismos significativos de uma medida .......................................................... 13
9. OPERAÇÕES COM ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS ....................................... 14
9.1. Adição e subtracção ................................................................................................. 14
9.2. Multiplicação e divisão ............................................................................................ 15
10. ARREDONDAMENTOS......................................................................................... 17
11. CONCLUSÃO .......................................................................................................... 18
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 19

1
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho insere se no âmbito da cadeira de Física, e o mesmo é muito


relevante, porque tem como tema, as teorias de erros e medições, em que o valor de uma
grandeza submetida a medição adquire se através de um procedimento que, em geral,
envolve algum instrumento de medição. O próprio processo de medida, assim como o
instrumento utilizado na medição, tem limites de precisão e exactidão, ou seja, toda
medida realizada tem uma incerteza associada que procura expressar a nossa ignorância
(no bom sentido) do valor medido. A selecção do processo de medida, do instrumento
usado e a reprodutibilidade da grandeza medida têm que ser expressas de alguma forma.
No fim consta as conclusões e as referências bibliográficas.

2
2. OBJECTIVOS

1. Identificar diversas fontes que geram erros de medição;


2. Comparar a precisão entre a régua, o Paquímetro e o micrómetro;
3. Determinar experimentalmente o valor das grandezas físicas medidas de forma
directa e indirecta.

3
3. MEDIÇÃO

Medição é conjunto de operações que têm por objectivo determinar o valor de uma
grandeza.

O principal objectivo de uma medição é determinar o valor do mensurando, isto é, o


valor da grandeza específica a ser medida. Uma medição começa, portanto, com uma
especificação apropriada do mensurando, do método de medição e do procedimento de
medição.

3.1 RESULTADO DE UMA MEDIÇÃO

Em geral, o resultado de uma medição é somente uma aproximação ou estimativa do


valor do mensurando e, assim, só é completo quando acompanhado pela declaração de
incerteza dessa estimativa. Em muitos casos, o resultado de uma medição é determinado
com base em séries ou conjunto de observações obtidas sob condições de repetitividade.

0Resultado de uma medição: valor atribuído a um mensurando obtido por medição.


Deve-se indicar claramente se o resultado se refere à indicação, se é um resultado
corrigido ou não corrigido e se corresponde ao valor médio de várias medições. A
expressão completa do resultado de uma medição inclui informações sobre a incerteza
da medição.

Estimativa: valor de uma estatística (uma conta) utilizada para estimar um parâmetro
(uma média, por exemplo) da totalidade de itens (em geral infinito), obtido como
resultado de uma operação sobre uma amostra (em geral um conjunto limitado de
dados) supondo um determinado modelo estatístico de distribuição (distribuição norma,
por exemplo).

Incerteza (de medição): parâmetro associado ao resultado de uma medição que


caracteriza a dispersão dos valores que podem ser razoavelmente atribuídos ao
mensurando. Entende-se que o resultado de uma medição é a melhor estimativa do valor
de um mensurando e que todos os componentes da incerteza, incluindo aqueles
resultantes dos efeitos sistemáticos, contribuem para a dispersão.

4
3.2 MEDIÇÃO DIRETA E INDIRETA

3.2.1 Medição directa

A medição directa de uma grandeza é o resultado da leitura de uma magnitude mediante


o uso de instrumento de medida. Quando efectuamos directamente a comparação entre a
grandeza e a unidade padrão, dizemos que a medição é directa., como por exemplo, um
comprimento com uma régua graduada, ou ainda a de uma corrente eléctrica com um
amperímetro, a de uma massa com uma balança ou de um intervalo de tempo com um
cronómetro.

3.2.2 Medição indirecta

A medição é indirecta quando um conjunto de duas ou mais medições directas é


acompanhada de operações matemáticas, como por exemplo, a medida da velocidade
média (𝑉𝑚) de um carro pode ser obtida através da medida da distância percorrida ∆𝑥 e
∆x
o intervalo de tempo ∆t; sendo 𝒗 = ∆t .

Ou ainda usando um método experimental que dele resulte medidas indirectas tais como
determinar áreas irregulares com papel milimetrado ou escrever tal medida, a unidade e
o grau de confiança do valor expresso, ou seja, é necessário incluir uma primeira
estimativa de incerteza. O erro de uma medida é classificado como incerteza do tipo A
ou incerteza do tipo B. A incerteza obtida a partir de várias medições é chamada de
incerteza padrão do tipo A, que é o desvio padrão determinado por métodos estatísticos.
A incerteza estimada em uma única medição é classificada como incerteza padrão tipo
B, que é a incerteza obtida por qualquer método que não seja estatístico. A estimativa da
incerteza é uma avaliação visual, podendo ser considerada uma fracção da menor
divisão da escala, feita mentalmente por quem realiza a medição.

4. GRAU DE PRECISÃO

Os instrumentos de trabalho em ciências e técnica, como aqueles usados para medir


comprimentos (régua, Paquímetro, micrómetro, etc.) apresentam vários graus de
precisão, mostrados, em geral, pela subdivisão da escala.

5
Encontram-se muitas vezes instrumentos cuja precisão é especificada pelo fabricante.
Entretanto, quando esse não é o caso, considera-se que é possível efectuar a leitura de
uma escala de precisão correspondente à metade da sua menor divisão.

A precisão da medição é avaliada principalmente pelas características do instrumento


(sensibilidade, subdivisões da escala, etc.) e do operador (cuidados e técnicas utilizadas
na medição).

5. INCERTEZA NA MEDIÇÃO

Ao fazermos uma medição de uma grandeza física encontramos um número que a


caracteriza. Quando esse resultado vai ser aplicado é frequentemente necessário saber
com que confiança se pode dizer que o número obtido representa a grandeza física.
Deve-se, então, poder expressar a incerteza de uma medição em termos que sejam
compreensíveis a outras pessoas e para isso usa-se uma linguagem universal. Também,
devem-se usar métodos adequados para combinar as incertezas dos diversos factores
que influem no resultado.

Um dos princípios básicos da física é que não se consegue medir uma grandeza física
com precisão absoluta, ou seja, “qualquer medição, por mais que bem-feita que seja, é
sempre aproximada”. De acordo com o princípio descrito no parágrafo anterior, o valor
medido nunca representa o valor verdadeiro da grandeza, pois este nunca é conhecido
com total certeza.

Chama-se valor verdadeiro ou valor do mensurando ao valor que seria obtido se a


medição da grandeza fosse feita de maneira perfeita e com instrumentos perfeitos.
Quando um resultado deve ser aplicado ou registado é necessário saber com que
confiança se pode dizer que o número obtido representa a grandeza física. O valor
medido ou o resultado deve ser expresso associado ao erro, desvio, ou incerteza da
medida, utilizando uma representação em uma linguagem universal, fazendo com que
seja compreensível a outras pessoas.

É importante salientar que a palavra erro não tem, aqui, o significado de distracção,
descuido ou engano, pois estes podem ser evitados, enquanto o erro experimental não
pode ser evitado, mesmo nas medições mais precisas.

6
6. TIPOS DE ERROS

Existem dois tipos de erros que podem ocorrer em uma medição. Considere que, em um
certo experimento, tenham sido efetuadas 𝑛 medições. Certamente os 𝑛 resultados não
serão idênticos. Podemos identificar, no experimento realizado, algumas fontes de erro.

6.1. Erro estatístico

É o erro que resulta de uma flutuação no resultado da medição .É o erro que resulta de
uma variação aleatória no resultado da medição que, por algum motivo, não podem ou
não são controlados. Uma corrente de ar, por exemplo, pode gerar um erro.

Exemplo: quando medimos a massa através de uma balança, algumas correntes de ar ou


mesmo vibrações podem introduzir este tipo de erro.

6.2. Erro sistemático

O erro sistemático presente nos resultados é sempre o mesmo quando a medição é


repetida. Assim, o efeito de um erro sistemático não pode ser avaliado simplesmente
repetindo medições, sendo, pois, bem mais difícil de ser estimado. Os erros sistemáticos
podem ser classificados em:

a) Erro sistemático instrumental: está relacionado com a calibração do instrumento;

b) Erro sistemático ambiental: é um erro devido a efeitos do ambiente sobre o


experimento. Os factores que podem gerar esse tipo de erro são: temperatura, pressão,
humidade, aceleração da gravidade, campo magnético da Terra, luz, entre outros.

c) Erro sistemático observacional: é o erro sistemático devido a falhas de


procedimento ou devido à imperícia do observador. Um observador que não lê
adequadamente o ponteiro de um medidor pode introduzir este tipo de erro no
experimento.

6.3. Sistema de unidades padrão

Todas as vezes que realizamos uma medida, sua representação está sempre associada a
um valor numérico e uma unidade. As unidades usadas em cada medida nos ajudam a
entender o que está sendo medido, pois cada grandeza física possui a sua unidade
específica e impõem que duas grandezas distintas não possuam a mesma unidade.

7
O sistema de unidades padrão utilizados actualmente, em grande parte do mundo, é
estabelecido pelo Sistema Internacional de Unidades (SI) e que é composto por sete
unidades básicas.

Grandeza Unidade Símbolo


Comprimento metro M
Corrente eléctrica ampere A
Intensidade luminosa candela Cd
Massa quilograma Kg
Quantidade de matéria mol Mol
Temperatura Kelvin K
Tempo segundos S
Tabela 01- Unidades de base do SI

E são grandezas que compõem o que chamamos de unidades de base ou fundamentais.


Se duas ou mais grandezas de base forem combinadas, temos as chamadas unidades
derivadas.

Um detalhe importante sobre o nome das unidades é que elas devem ser sempre escritas
com letra minúscula, mesmo que estejam relacionadas ao nome de uma pessoa, excepto
para a unidade de medida de temperatura Celsius (˚C).

Outras duas importantes informações na escrita da unidade é que entre a unidade e a


quantidade relacionada a ela sempre deverá existir um espaço, isto é, a simbologia não
deve estar imediatamente ligada ao número e a outra é que a unidade nunca deve
receber outros símbolos complementares ou ser colocada no plural ( RAMALHO, et al,
2009).

Exemplo 2:
Representação de medida de comprimento de um corpo igual a três metros é de 3,0 m
(Forma correta), e nunca 3,0m, 3,0 mts, 3,0mts, 3,0 m, 3,0M, 3,0 M (Formas
incorrectas)
Medidas e algarismos significativos

Uma vez que entendemos a necessidade da utilização das unidades corretas, é


importante saber que elas são utilizadas quando se faz a medida de certa grandeza física.

8
Essas medidas são realizadas com base em instrumentos que utilizam um padrão, isto é,
medir nada mais é que comprar o objecto de interesse com certo padrão estabelecido.

No entanto, nem sempre possuímos um instrumento adequado para realizar a medida de


interesse, isso pode nos levar a certas imprecisões que não fornecerá uma leitura correta
da nossa comparação (MARTINS, 2012).

7. RÉGUA, PAQUÍMETRO E MICRÓMERO

7.1 Régua

Régua é um instrumento utilizado em geometria, próprio para traçar segmentos de


rectas e medir distâncias pequenas. Também é incorporada no desenho técnico e na
engenharia. A régua é composta por uma lâmina de madeira, plástica, ou metal e pode
uma escala, geralmente centrimétrica e milimétrica.

Fig. 1 Régua

7.2 Paquímetro

Paquímetro (grego: paqui = espessura e metro = medida), por vezes também chamado
de craveira, é um instrumento utilizado para medir a distância entre dois lados
simetricamente opostos em um objecto. Um paquímetro pode ser tão simples como um
compasso. O paquímetro é ajustado entre dois pontos, retirado do local e a medição é
lida em sua régua. O nónio ou vernier é a escala de medição contida no cursor móvel do
paquímetro, que permite uma precisão decimal de leitura através do alinhamento desta
escala com uma medida da régua.

Os paquímetros são feitos de plástico, com haste metálica, ou inteiramente de aço


inoxidável. Suas graduações são calibradas a 20 °C.

9
O Paquímetro apresenta uma precisão menor do que o micrómetro, sendo sua precisão
dada por p = 1-C/n, onde C é comprimento do nónio e n é o número de divisões do
nónio.

Fig. 2. Paquímetro (RO, 2012)

7.3. Micrómetro
Em termos gerais um micrómetro, como o próprio nome já diz, é um instrumento que
permite efectuar medida até milésimas de milímetros. Os primeiros registos desta
categoria de instrumento são do século XVII evoluindo para um instrumento manual
por volta de 1848, devido principalmente ao esforço do Parisiense Jeam Palmer. Tal
tipo de instrumento possui uma grande variedade de formas, cada qual adequado para
um tipo específico de aplicação.

Fig.3. Micrómetro (MECALUX, 2012)

10
Exemplo 3: Um Paquímetro (figura 2) tem uma precisão entre 0,01 e 0,05
mm e o micrómetro (Figura 3) tem uma precisão entre 0,01 e 0,001 mm,
logo o micrómetro é mais preciso que o paquímetro.

8. COMPARAÇÃO DO GRAU DE PRECISÃO NA MEDIDA DE UM


COMPRIMENTO USANDO RÉGUA, PAQUÍMETRO OU UM MICRÓMETRO.

Figura 4- medição

Analisando o resultado da medição de uma grandeza, no caso um objecto cujo


comprimento foi medido com uma régua milimetrada.

Se a mesma medida de comprimento fosse realizada com o paquímetro ou com o


micrómetro os resultados não seriam os mesmos.

O paquímetro tem sensibilidade maior que a régua utilizada, pois, é capaz de apresentar
o décimo de mm com precisão. Sendo assim o seu passo p= 0,1 mm e o desvio
𝑝
correspondente é δ =[2]

Nesse caso temos δ = ± 0,05 mm. A medida do comprimento do objecto poderia ter
sido: [𝑐 = 30,00 ± 0,05𝑚𝑚]

Com esse resultado temos garantia de que a medida de comprimento estará seguramente
entre 29,95mm e 30,05mm. Isso mostra que o paquímetro nos dá maior precisão, isto é,
o instrumento é mais sensível do que a régua milimetrada de modo que o desvio passou
a ser décima parte do desvio anterior.

11
Se o instrumento utilizado na medição fosse o micrómetro poderíamos ter o passo de
0,01 mm e o desvio correspondente de 0,005 mm, de modo que o resultado da medição
poderia ter sido: [𝑐 = 30,000 ± 0,005𝑚𝑚]

Com esse resultado tem se a garantia de que o comprimento em questão estará


seguramente entre 29,995 mm e 30,005 mm, isto é, o micrómetro nos fornece a medida
com maior precisão do que o paquímetro, pois, o desvio passou a ser décima parte do
que era no paquímetro e centésima parte do da régua milimetrada.

8.1. Exactidão e precisão

Quando realizamos uma medida, buscamos com ela determinar o valor real ou
verdadeiro da quantidade de interesse. Nesse sentido é fundamental que entendamos as
seguintes diferenças entre dois conceitos importantes: exactidão e precisão.

A exactidão está ligada a proximidade do valor medido (𝑋𝑒 ) em relação ao valor real
(𝑋𝑅 ) ,isto é, uma medida é dita exacta quando a diferença entre elas for inexistente. A
estimativa da exactidão de uma medida (𝑋𝑒 ) pode ser determinada matematicamente
pela expressão:

𝑿𝒆 − 𝑿𝑹
𝒆% = ⎸ ⎸. 𝟏𝟎𝟎%
𝑿𝑹

Onde: 𝒆% representa o desvio percentual entre o valor medido e o valor real (DORN &
Mc CRACKEN, 1981).

A precisão está ligada a possibilidade de repetição de uma medida, mas não quer dizer
que ela esteja correta. Vamos supor, por exemplo, que em um laboratório um cientista
meça o comprimento de uma mesa cinco vezes e encontre valores iguais a: 2,3 m, 2,4
m, 2,3 m, 2,3 m, 2,2 m, para uma mesa que possui comprimento igual a 3,0 m. Podemos
afirmar que o método de medida dele é preciso e não é exacto, visto que os dados
colectados possuem pouca dispersão entre si e possuem grande diferença entre eles e o
valor esperado.

12
8.2. Os algarismos significativos de uma medida

Um grande problema existente quando se usa aparelhos de formato analógico, são as


leituras equivocadas, que em muitos casos obrigam a realização de aproximações na sua
escrita.

Consideremos uma balança analógica, utilizada na medida da massa de certo objecto e


que apresenta uma leitura entre os valores 1 kg e 2 kg, com marcação de 0,5 kg, como
mostrado na figura abaixo.

Figura 5: Balança Analógica (e -FÍSICA, 1)

A leitura possível dessa medida, só permite dizer que a massa possui 1 kg e alguns
gramas que podem ser estimadas, provavelmente maior que 0 kg e menor que 0,5 kg.

Exemplo 4: Possibilidades de valores medidos na figura 3:

Valor correto 1º Estimativa 2º Estimativa

1 2 3
1 3 0
1 3 5
1 2 5

As medidas realizadas nunca devem levar em conta a segunda estimativa, sendo assim,
a representação da mesma deve levar em conta apenas o algarismo correto e o primeiro

13
algarismo estimado (duvidoso). Essa regra impõe que do segundo valor estimado em
diante todos os demais devem ser desprezados.

Dentro dessa perspectiva, serão denominados algarismos significativos de uma medida


todos os algarismos conhecidos com certeza, acompanhados do primeiro valor estimado
(duvidoso) (MARTINS, 2012).

 Devem ser contados como significativos todos os algarismos, a partir do primeiro


à esquerda que seja diferente de zero.
 Se o primeiro algarismo for igual ou superior a 5 deve contar como 2 algarismos.

Exemplo 5

Considere que foi realizada a medida do comprimento da altura de uma pessoa e foi
informado o seguinte valor: 1,76 m. Nessa condição admitimos que essa medida possui
três algarismos significativos (1, 7 e 6), sendo dois algarismos correctos (1 e 7) e um
algarismo duvidoso (6).

Exemplo 6:
 3,245872 × 1096 ⇒ Possui sete algarismos significativos (3,2,4,5,8,7
e 2).
 0,000000000678 ⇒ Possui três algarismos significativos (6,7 e 8).

 0,100000000678 ⇒ Possui 12 algarismos significativos (1, 0, 0, 0, 0,


0, 0, 0, 0, 6, 7 e 8).
 6,022× 1023 ⇒ Possui 5 algarismos significativos.

 0,100000000678 ⇒ Possui 12 algarismos significativos (1, 0, 0, 0, 0,


0, 0, 0, 0, 6, 7 e 8)
9. OPERAÇÕES COM ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

9.1. Adição e subtracção

Quando somamos ou subtraímos dois números levando em consideração os algarismos
significativos o resultado deverá ter o mesmo número de casas decimais da parcela que
possui o menor número delas, ou seja, o que possui menor precisão.

14
Exemplo 5:

Vamos supor que se deseja fazer a adição das medidas 12,56 cm e 0,4598 cm. Nessa
situação teremos que:

𝑥 = 12,56 + 0,4598

O resultado dessa operação fornecerá:

𝑥 = 13,0198

Mas como ele deve ser expresso de tal forma que possua o número de casas decimais da
menor parcela, ele deverá ter apenas duas casas decimais. Tal que:

𝑥 ≅ 13,02 cm.

A incerteza absoluta de uma soma ou subtracção de duas medidas é a raiz quadrada da


soma dos quadrados das incertezas absolutas das parcelas.

((𝑥 = 𝐴 + 𝐵 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 ∆𝑥 = √𝐴2 + 𝐵 2 )

Por exemplo, a soma de A = (2,00± 0,05) cm com B = (1,80± 0,02) cm dá

𝐴 + 𝐵 = (2,00 + 1,80) ± √0,052 + 0,022 𝑐𝑚

Logo,
𝐴 + 𝐵 = (3,80 ± 0,05)𝑐𝑚

9.2. Multiplicação e divisão

Na multiplicação e na divisão, a resposta da operação deverá ter o mesmo número de


algarismos significativos da parcela que possuir o menor número deles.

Vamos supor que se deseja fazer a divisão das medidas de espaço 2,45 m e tempo
0,4322 s. Nessa situação teremos que:

2,45
𝑣=
0,4322

O resultado dessa operação fornecerá:

𝑣 = 5,66867191115 𝑚/𝑠

15
Mas como ele deve ser expresso de tal forma que possua o número de algarismos
significativos da parcela com menor número de significativos, ele deverá ter apenas três
algarismos.

Tal que: 𝑣 ≅ 5,67 𝑚/𝑠

A incerteza relativa de um produto ou quociente é igual à raiz quadrada da soma dos


quadrados das incertezas relativas dos factores

∆𝑥 ∆𝐴 2 ∆𝐵 2
(𝑥 = 𝐴 + 𝐵 𝑒𝑛𝑡𝑎𝑜 √
= ( ) +( )
𝑥 𝐴 𝐵

𝑚
Vejamos, por exemplo, o cálculo da massa volúmica ρ = . Se m = 0,998 ± 0,006 kg e
𝑉

V = 1,025 ± 0,020 𝑑𝑚3 , então,

∆𝑚 0,006
∆𝑟 𝑚 = = = 0,006 = 0,6%
𝑚 0,998

∆𝑉 0,020
∆𝑟 𝑉 = = = 0,020 = 2,0%
𝑉 1,025

Logo

∆𝜌 0,020
∆𝑟 ρ = = = √0,0062 + 0,0202 = 0,021
𝜌 1,025

Mas,

𝑚 0,998
ρ= = = 0,974 𝑘𝑔/𝑑𝑚3
𝑉 1,025

Logo,

∆ρ = ρ × ∆𝜌𝑟 = 0,974 × 0,021 = 0,020

E o resultado final é, ρ = 0,974 ± 0,020 𝑘𝑔/𝑑𝑚3

16
10. ARREDONDAMENTOS

Existem duas correntes no que se refere a arredondamentos. A primeira, seguida nos


computadores e máquinas de calcular, usa as seguintes regras:

Se a casa decimal, imediatamente a seguir à escolhida para última, for 5, 6, 7, 8 ou 9,


aumenta-se uma unidade à casa decimal escolhida.

Se a casa decimal, imediatamente a seguir à escolhida, for 0, 1, 2, 3 ou 4, deixa-se a


casa decimal escolhida inalterada.

A segunda corrente, conhecida pela regra do número par, é idêntica à primeira excepto
quando logo a seguir à casa escolhida aparecer um 5, ou um 5 seguido apenas de zeros.

Neste caso:

Se a casa decimal imediatamente a seguir à escolhida for um 5, ou um 5 seguido de


zeros, aumenta-se uma unidade à casa decimal escolhida se esta for ímpar, e mantém-se
esta inalterada se ela for par (por exemplo, 3,5 = 4 mas 4,5 = 4).

17
11. CONCLUSÃO

Após a realização do trabalho pode se concluir que existem inúmeros instrumentos para
retirar medidas, sejam eles de alta ou baixa precisão, conclui-se também que o resultado
de uma medição é somente uma aproximação ou estimativa do valor do mensurando e,
assim, só é completo quando acompanhado pela declaração de incerteza dessa
estimativa. Em muitos casos, o resultado de uma medição é determinado com base em
séries ou conjunto de observações obtidas sob condições de repetitividade. Vale
também ressaltar que, a forma com que essas medidas são tomadas também influenciam
no resultado obtido, dessa forma, quando relatamos o resultado da medição de uma
grandeza, é de suma importância sabermos quantificar a qualidade do resultado, ou seja,
precisamos informar quão boa foi a nossa medição.

18
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT. Guia para a Expressão da Incerteza da Medição. 3ªEd. Rio de Janeiro:


Inmetro, 2003.

BARRY, N. Taylor. Guia para o uso do Sistema Internacional de Unidades. [S.l].


1995.

CORACI, P. Malta., FAP139, Laboratório de Física 2. IFUSP. Textos e descrição dos


equipamentos do laboaratório didático do IFUSP. 1997.

19

Você também pode gostar