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Escola Estadual de Educação Profissional em Saúde no HCPA

Curso Técnico de Gerência em Saúde

Anderson da Silva Massolino1

Juan Nicolas Campos 2

Leandro de Carvalho Rodrigues3

Geila Pedroso Carneiro4

Gisele Umpierre5

Financiamento do Sistema Único de Saúde no Município de Porto Alegre:


Período de 2018

Resumo
Este Artigo tem como objetivo analisar a rede de recursos e despesas do
Sistema Único de Saúde, no município de Porto Alegre - RS, no período de janeiro a
dezembro de 2018. Tem como objetivo observar se as verbas recebidas através dos
impostos para o município e, se estão sendo utilizados na sua totalidade ou o mínimo
exigido pela lei de 15% do valor total da arrecadação. Será analisada a movimentação
do dinheiro dos impostos, desde a compra de um produto até a sua utilização na área
da saúde.

O trabalho tem como base, o portal de transparência do Ministério da Saúde com


cruzamento de dados do Portal de Impostos do município de Porto Alegre. Será
realizada uma pesquisa qualitativa e quantitativa que terá relevância para a informação
na área da gestão da saúde no município pesquisado.

Palavras Chaves: Financiamento. SUS. Impostos.

​Introdução

O Sistema Único de Saúde foi idealizado em março de 1986 na 8º conferência


nacional de saúde, presidida por Sergio Arouca, onde teve como tema a saúde como
direito de todos, a reformulação do sistema nacional de saúde e o financiamento
setorial.

A saúde foi inserida na constituição Brasileira de 1988, em seu artigo 6, como


Direito Social e, também no artigo 196 a constituição reconhece a saúde como direito

1
Aluno do Curso Técnico
2
Aluno do Curso Técnico
3
Aluno do Curso Técnico
4
Professora Orientadora
5
Professora Orientadora
de todos e dever do Estado. No dia 19 de setembro de 1990, foi criada a lei federal
8080/90, com o propósito de dispor atribuições e funcionamento do Sistema Único de
Saúde.

Na lei 8080/90 em seu titulo V, Capitulo I, os recursos do SUS serão do


Orçamento da Seguridade Social que destinará a receita estimada, os recursos
necessários a realização de suas finalidades, previsto em proposta elaborada pela sua
direção nacional.

Em seu titulo V, capitulo II, temos a gestão financeira onde os recursos serão
depositados em conta especial em cada esfera de sua atuação e movimentados com a
fiscalização dos conselhos nacionais de saúde. Os recursos serão administrados pelo
Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde.

Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito


Federal e Municípios​ haverá um critério com análises técnicas de programas e projetos:

⎯ Perfil demográfico da região;


⎯ Perfil epidemiológico da população a ser coberta;
⎯ Características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;
⎯ Níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e
municipais;

O Fundo Nacional de Saúde (FNS) é o gestor financeiro dos recursos do Sistema


único de Saúde, na esfera federal. Os recursos junto ao FNS são destinados por
transferências ​para os Estados, o Distrito Federal e os municípios, a fim de que esses
entes federativos realizem, de forma descentralizada, ações e serviços de saúde, bem
como investimentos na rede de serviços e na cobertura assistencial e hospitalar, no
âmbito do SUS.

No município de Porto Alegre, em 2018 a população era de ​1.479.101 pessoas,


abrangendo 8 regiões de saúde e 17 distritos sanitários, formando 201
estabelecimentos SUS que formam as gerencias distritais. Sob a coordenadoria geral
de urgências, nos territórios dos distritos e das gerencias estão os pronto atendimentos
(PA), as bases do SAMU e os Hospitais Gerais e especializados próprios e conveniados
ao SUS. A estrutura do sistema municipal consiste em Serviços de atenção primária a
saúde, serviço de atenção especializada ambulatorial e substitutiva, urgência e
emergência, SAMU, farmácias distritais e vigilância em saúde.

No município de Porto Alegre a população sofre com uma defasagem de serviços


oferecidos pelo SUS, ocasionando problemas na qualidade do atendimento. Este artigo
tem como foco analisar os repasses do fundo nacional de saúde mensalmente do ano
de 2018 para averiguar se o município está utilizando esses recursos do fundo nacional
de saúde parcialmente ou integralmente, pois a lei municipal exige que no final do ano
vigente, seja utilizado no mínimo 15% da verba repassada na no ano.

1 – Sistema Único de Saúde (SUS)

O Sistema Único de Saúde foi idealizado em março de 1986 na 8º conferência


nacional de saúde, presidida por Sergio Arouca, onde teve como tema a saúde como
direito de todos. A reformulação do sistema nacional de saúde e o financiamento
setorial. Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público
de saúde, sem discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados
assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, conforme consta na
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, desde a gestação e por toda a
vida, com foco na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da
saúde.

A gestão das ações e dos serviços de saúde deve ser solidária e participativa
entre os três entes da Federação: a União, os Estados e os municípios. A rede que
compõe o SUS é ampla e abrange tanto ações quanto os serviços de saúde. Engloba a
atenção primária, média e alta complexidades, os serviços urgência e emergência, a
atenção hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária e
ambiental e assistência farmacêutica.

1.2 – Estruturas do SUS


⎯ Ministério da Saúde

Gestor nacional do SUS, formula, normatiza, fiscaliza, monitora e avalia políticas e


ações, em articulação com o Conselho Nacional de Saúde. Atua no âmbito da
Comissão Intergestores Tripartite (CIT) para pactuar o Plano Nacional de Saúde.
Integram sua estrutura: Fio cruz, FUNASA, ANVISA, ANS, Hemobrás, INCA, INTO e
oito hospitais federais.

⎯ Secretaria Estadual de Saúde (SES)

Participa da formulação das políticas e ações de saúde, presta apoio aos municípios
em articulação com o conselho estadual e participa da Comissão Intergestores Bipartite
(CIB) para aprovar e implementar o plano estadual de saúde.

⎯ Secretaria Municipal de Saúde (SMS)

Planeja, organiza, controla, avalia e executa as ações e serviços de saúde em


articulação com o conselho municipal e a esfera estadual para aprovar e implantar o
plano municipal de saúde.
⎯ Conselhos de Saúde

O Conselho de Saúde, no âmbito de atuação (Nacional, Estadual ou Municipal), em


caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do
governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação
de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância
correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão
homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.

⎯ Comissão Intergestores Tripartite (CIT)

Foro de negociação e pactuação entre gestores federal, estadual e municipal,


quanto aos aspectos operacionais do SUS.

⎯ Comissão Intergestores Bipartite (CIB)

Foro de negociação e pactuação entre gestores estaduais e municipais, quanto aos


aspectos operacionais do SUS.

⎯ Conselho Nacional de Secretário da Saúde (CONASS)

Entidade representativa dos entes estaduais e do Distrito Federal na CIT para tratar
de matérias referentes à saúde.

⎯ Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS)

Entidade representativa dos entes municipais na CIT para tratar de matérias


referentes à saúde

⎯ Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS)

São reconhecidos como entidades que representam os entes municipais, no âmbito


estadual, para tratar de matérias referentes à saúde, desde que vinculados
institucionalmente ao CONASEMS, na forma que dispuserem seus estatutos.
2 - ​LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.

Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde,


a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
providências. Em seu titulo V, Capitulo I, os recursos do SUS serão do Orçamento da
Seguridade Social que destinará a receita estimada, os recursos necessários e a
realização de suas finalidades, previsto em proposta elaborada pela sua direção
nacional.

Em seu titulo V, capitulo II, temos a gestão financeira onde os recursos serão
depositados em conta especial em cada esfera de sua atuação e movimentados com a
fiscalização dos conselhos nacionais de saúde. Os recursos serão administrados pelo
Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde (FNS). Haverá um critério
com análises técnicas de programas e projetos, tais como:

⎯ Perfil demográfico da região - ​é um conjunto de indicadores que envolvem


numero de habitantes, trabalho e rendimento da população ocupada, educação,
economia, saúde e ambiente.
⎯ Perfil epidemiológico da população a ser coberta - ​consiste de um detalhado
levantamento das características sociais e demográficas, ocorrência de
morbimortalidade, condições ambientais e de consumo coletivo, e de controle
social.
⎯ Características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área - ​São
arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades
tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e
de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado, tais como:
● Rede Materno-Infantil - Visa garantir o fluxo adequado para o atendimento
ao planejamento sexual e reprodutivo, pré-natal, parto e nascimento,
puerpério e primeira infância com o objetivo de qualificar a assistência e
enfrentar a mortalidade materna, infantil e fetal.
● Rede de Atenção às Urgências - A Rede está organizada em dois
componentes: o pré-hospitalar (móvel e fixo) e o hospitalar.
● Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Condições Crônicas - No
estado, a Rede de Atenção às Pessoas com Condições Crônicas vem
sendo pensada a partir de diferentes tecnologias, estruturadas em
serviços territorializados, construídos da seguinte forma: Serviços
Assistenciais em Oncologia, Linha de Cuidado de Sobrepeso e
Obesidade, Serviços Assistenciais em Cardiologia, Serviços Assistenciais
em Neurologia e Serviços Assistenciais de Alta Complexidade em
Nefrologia.
● Rede de Atenção Psicossocial - A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS),
criada pela Portaria GM/MS no 3.088/2011, tem o objetivo de acolher e
acompanhar as pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com
necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas no âmbito do
SUS.
● Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência - A Saúde da Pessoa com
Deficiência (SPD) no SUS busca proporcionar atenção integral à saúde
dessa população, desde a APS até a reabilitação, incluindo o
fornecimento de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção,
quando necessário.
⎯ Níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e
municipais – ​estes níveis constam no artigo 35 da lei 8080/90 e não era
autoaplicável, a lei 8142/90 artigo 3° ​estabeleceu que, enquanto não fosse
regulamentado, seria utilizado, para o repasse de recursos, exclusivamente o
critério previsto no parágrafo primeiro do artigo 35, ou seja, um per capita
igualitário.
3 –​ FINANCIAMENTO DO SUS
A Constituição Federal de 1988 determina que as três esferas de governo –
federal, estadual e municipal – financiem o Sistema Único de Saúde (SUS), gerando
receita necessária para custear as despesas com ações e serviços públicos de
saúde. Planejar este financiamento, promovendo arrecadação e repasse
necessários de forma a garantir a universalidade e integralidade do sistema, tem se
mostrado, no entanto, uma questão bem delicada.
Os percentuais de investimento financeiro dos municípios, estados e União no
SUS são definidos atualmente pela Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de
2012, resultante da sanção presidencial da Emenda Constitucional 29. Por esta lei,
municípios e Distrito Federal devem aplicar anualmente, no mínimo, 15% da
arrecadação dos impostos em ações e serviços públicos de saúde cabendo aos
estados 12%.
4 – FUNDO NACIONAL DE SAÚDE
Instituído pelo Decreto Nº 64.867, de 24 de julho de 1969, como um fundo especial, o
Fundo Nacional de Saúde (FNS) é o gestor financeiro dos recursos destinados ao
Sistema Único de Saúde (SUS), na esfera federal.
Com a missão de Contribuir para o fortalecimento da cidadania, mediante a melhoria
contínua do financiamento das ações de saúde, o Fundo Nacional de Saúde busca,
cotidianamente, criar mecanismos para disponibilizar informações para toda a
sociedade, relativas a custeios, investimentos e financiamentos no âmbito do SUS.

A gestão dos recursos do FNS é exercida pelo diretor executivo, sob a orientação e
supervisão da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, observando o Plano
Nacional de Saúde e o Planejamento Anual do Ministério da Saúde, nos termos das
normas definidoras dos Orçamentos Anuais, das Diretrizes Orçamentárias e dos Planos
Plurianuais.
À Diretoria Executiva compete planejar, coordenar, desenvolver e controlar as
atividades de execução orçamentária, financeira e contábil do Fundo Nacional de
Saúde, inclusive aquelas executadas por unidades descentralizadas.
Os recursos alocados junto ao FNS destinam-se ainda às transferências para os
Estados, o Distrito Federal e os municípios, a fim de que esses entes federativos
realizem, de forma descentralizada, ações e serviços de saúde, bem como
investimentos na rede de serviços e na cobertura assistencial e hospitalar, no âmbito do
SUS. Essas transferências são realizadas nas seguintes modalidades: ​Fundo a Fundo,
Convênios, Contratos de Repasses e Termos de Cooperação.
Compõem a receita do FNS, 45% dos recursos do Seguro DPVAT, conforme
estabelecido no Decreto Nº 2.867/1998, e na Lei Nº 8.212/91, visando ao atendimento a
vítimas de acidentes em hospitais da rede SUS.
Esses recursos são incorporados ao orçamento do FNS na funcional programática de
Média e Alta Complexidade. Também compõe a receita do FNS o ressarcimento
efetuado pelas operadoras de planos de saúde referente aos serviços prestados de
atendimento à saúde, previstos nos contratos dos consumidores e seus respectivos
dependentes realizados em instituições públicas ou privadas, conveniadas ou
contratadas, integrantes do SUS, em conformidade com a Lei Nº9.656/98. Essa receita
também é incorporada à funcional programática da Média e Alta Complexidade.
4.1 – MODALIDADES DE FINANCIAMENTO

⎯ FUNDO A FUNDO: ​As transferências Fundo a Fundo consistem em recursos


financeiros do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais e Municipais de
Saúde responsáveis pela gestão das ações e dos serviços de saúde, a fim de
realizar pagamentos aos fornecedores e prestadores de bens e serviços na área
da saúde do Sistema Único de Saúde SUS).

A Caixa possui autorização, por meio da Portaria nº 1.497, de 22 de junho de 2007,


do Ministério da Saúde, para atuar em todos os blocos de financiamento da saúde,
transferindo os valores disponibilizados mensalmente, diretamente do Fundo Nacional
de Saúde aos Fundos Estaduais e Municipais de Saúde.

⎯ CONVÊNIOS: ​De acordo com a Portaria Interministerial 424, de 30 de dezembro


de 2016, o Convênio é um instrumento que disciplina a transferência de recursos
financeiros de órgãos ou entidades da Administração Pública Federal, direta ou
indireta, para órgãos ou entidades da Administração Pública Estadual, Distrital ou
Municipal, direta ou indireta, consórcios públicos, ou ainda, entidades privadas
sem fins lucrativos, visando à execução de projeto ou atividade de interesse
recíproco, em regime de mútua cooperação.

⎯ CONTRATOS DE REPASSES:

O Decreto 6.170, de 25 de julho de 2007, dispõe que o Contrato de Repasse é o


instrumento administrativo por meio do qual a transferência de recursos financeiros se
processa por intermédio de instituição ou agente financeiro público federal, atuando
como mandatário da União.

Para operacionalizar esse instrumento, o ministério concedente firma Termo de


Cooperação com a instituição ou agência financeira oficial federal escolhida, que passa
a atuar como mandatária da União.

A partir da formalização do Termo de Cooperação, a transferência dos recursos será


efetuada mediante Contrato de Repasse, do qual constarão os direitos e obrigações
das partes, inclusive quanto à obrigatoriedade de prestação de contas perante o
ministério competente para a execução do programa ou projeto. As normas aplicáveis
aos convênios aplicam-se, no que couber, aos contratos de repasse.

⎯ TERMOS DE COOPERAÇÃO:

O Termo de Execução Descentralizada é definido no Decreto nº 8.180, de 30 de


dezembro de 2013, como “instrumento por meio do qual é ajustada a descentralização
de crédito entre órgãos e/ou entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da
Seguridade Social da União, para execução de ações de interesse da unidade
orçamentária descentralizadora e consecução do objeto previsto no Programa de
Trabalho, respeitada fielmente a classificação funcional programática.

Esse instrumento substituiu o Termo de Cooperação, definido na Portaria


Interministerial MP/MF/CGU nº 507, de 24 de novembro de 2011, como instrumento por
meio do qual é ajustada a transferência de crédito de órgão ou entidade da
Administração Pública Federal para outro órgão federal da mesma natureza ou
autarquia, fundação pública ou empresa estatal dependente.

Outra modalidade existente é uma Iniciativa de municípios para ofertar serviços


de Saúde em conjunto que reduz custos e melhora o atendimento ao cidadão, chamado
de Consórcio. É ​uma iniciativa autônoma de municípios localizados em áreas
geográficas próximas que se associam para gerir e prover conjuntamente serviços à
população das cidades participantes.

Segundo o Gerente MV,empresa especializada em gestão de saúde, Thiago


Uchôa, diz que:
“A questão financeira é o principal benefício, já que a
compra no atacado é muito mais barata que no varejo. Ao ser
compartilhada entre várias cidades, a demanda por
medicamentos, insumos e outros produtos e serviços é maior e
é possível conseguir descontos. É como se o consórcio fosse
uma corretora que oferece serviços de Saúde para esses
municípios. Fazendo um comparativo no caso da corretora de
imóveis, ela vai atrás do imóvel que se encaixa melhor para o
cliente. No caso do consórcio, a busca é pelo melhor fornecedor
através de um processo de compra estruturado nas bases da lei
de licitações. Isso vale tanto para a compra de medicamentos e
insumos quanto para contratos com serviços, como diagnóstico
por imagem, ou para a aquisição de um software. Além da
questão financeira, o atendimento ao cidadão também melhora
com a formação do consórcio, já que o município que antes não
dispunha de determinado serviço pode ofertá-lo sem que o
morador precise enfrentar grandes distâncias para buscar a
referência estadual ou federal”.

5 – DEMOGRAFIA DE PORTO ALEGRE

O município de Porto Alegre, em 2018 tinha uma população estimada de 1.479.101


habitantes, distribuídos em 84 bairros em uma extensão de 496,7Km². A população
com ocupação no mercado de trabalho era de 726.682 trabalhadores (49,13%),.

Na parte educacional, o município tem 384 escolas de ensino fundamental e 143


escolas de ensino médio, o numero de docentes no ensino fundamental era de
7.839 e no ensino médio o numero de docentes é de 2.879. A quantidade de
matriculas realizadas no ensino fundamental foi de 154.655 e no ensino médio o
numero de matriculas foi de 38.979.

Em relação à saúde a taxa da mortalidade infantil era de 8,9 óbitos por mil nascidos
vivos e havia 201 estabelecimentos de saúde. O numero de leitos em dezembro de
2018 era de 6.832, sendo que 4.105 leitos são do SUS (60,08%). Em Porto Alegre
há 8 regiões de saúde e ​17 distritos sanitários, formando 201 estabelecimentos SUS
que formam as gerencias distritais. Sob a coordenadoria geral de urgências, nos
territórios dos distritos e das gerencias estão os pronto atendimentos (PA), as bases
do SAMU e os Hospitais Gerais e especializados próprios e conveniados ao SUS, as
regiões de saúde são​:

● Centro

● Leste / Nordeste

● Sul / Centro Sul

● Glória / Cruzeiro / Cristal

● Norte / Eixo Baltazar

● Partenon / Lomba do Pinheiro

● Nordeste / Humaitá / Ilhas

● Restinga / Extremo Sul.

SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

1) Unidades básicas de saúde e unidades de saúde da família

O sistema municipal dispõe de 55 Unidades Básicas de Saúde (UBS), que,


juntamente com 88 Unidades de Saúde da Família (USF) , são as principais portas de
acesso para a busca de atenção primária em saúde. As UBS e as USF são procuradas
diretamente pelos usuários, para o agendamento de consultas com clínico geral,
ginecologista ou pediatra, atendimentos de enfermagem, nutrição e vacinação, entre
outros serviços .

2) Núcleo de apoio à estratégia de saúde da família (NASF)

O NASF é uma estratégia inovadora que tem por objetivo apoiar, ampliar, aperfeiçoar a
atenção e a gestão da saúde na Atenção Básica/Saúde da Família

SERVIÇOS DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA AMBULATORIAL E SUBSTITUTIVA

1) Núcleo de atenção à saúde da criança e do adolescente (NASCA)


Atende crianças e adolescentes da rede municipal de ensino de Porto Alegre.

2) Centro de testagem e aconselhamento (CTA)

Local de testes e retiradas de medicamentos para pessoas soropositivas.

3) Serviço de atenção especializada em dst/AIDS

Controla os serviços de CTA e ​Centros de Referência e Treinamento, da Assistência


Domiciliar em AIDS e das Unidades Dispensadora de Medicamentos (UDM).

4) Centro de referência à tuberculose


Acompanhamento dos pacientes com tuberculose

5) Centro de especialidades odontológicas

Atualmente, o município conta com seis Centros de Especialidades Odontológicas.


Desses, quatro são próprios (CEO Santa Marta, CEO Bom Jesus, CEO Vila dos
Comerciários e, agora CEO IAPI) e 2 conveniados (CEO UFRGS e CEO GHC), atuando
de maneira regionalizada. Os CEO'S disponibilizam à população tratamento de canal e
gengivas, cirurgias orais menores, atendimento a pessoas com necessidades especiais
e diagnóstico e tratamento de lesões bucais.

6) Centro de especialidades e ambulatório hospitalar de especialidades


O Centro de Especialidades oferece diversos serviços médicos no mesmo local, com
ofertas de exames laboratoriais e de diagnóstico. Os ambulatórios de especialidades
tem uma ​Maior rapidez ao diagnóstico e ao tratamento dos pacientes e,
consequentemente, desafogamento dos hospitais, esse é o objetivo dos AMEs
(Ambulatórios Médicos de Especialidades), unidades de alta resolutividade, com
modernos equipamentos, que oferecem consultas, exames e, em alguns casos,
cirurgias em um mesmo local.
https://portal.fiocruz.br/linha-do-tempo-conferencias-nacionais-de-saude

http://www2.portoalegre.rs.gov.br/sms/default.php?p_secao=808

https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/porto-alegre/panorama

https://impostometro.com.br/

https://atencaobasica.saude.rs.gov.br/upload/arquivos/201701/11144518-redes-aps-para-novos
-gestores.pdf

livro: o financiamento da saúde volume 2 - CONASS

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