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Estado
Necessidades Públicas
Nas atribuições do Estado pode-se notar que para sua sobrevivência ele deve
buscar obter receitas para transformá-las em manutenção. Logo a atividade
financeira do Estado é a busca de meios para satisfazer as necessidades
públicas.
AFE volta-se para obter a soma de dinheiro indispensável para a manutenção,
revertendo-o em despesas, cuidando assim das Receitas e Despesas, através do
Orçamento.
Teorias mais modernas não analisam pela ótica do socialismo ou liberalismo, mas
sim o quanto custará para o Estado atender determinados direitos. Não é possível
atender todos os direitos, então o Estado terá que determinar quais direitos serão
implementados e quanto isso custará ao cidadão.
Grau de eficiência: Menos custo possível (arranjo institucional), mais serviços. Isso
faz com que haja redução dos gastos para o Estado.
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Ciências das Finanças
Direito Financeiro
A AFE manifestada através da Receita Pública (obter), Despesa Pública
(despender), orçamento Público (gerir) e Crédito Público (criar), possui eficácia
pela exigibilidade decorrente da existência do Direito. Então o objeto de estudo do
Direito Financeiro é a união de receita, despesa, orçamento e crédito público.
Receitas
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Segundo o critério orçamentário:
Orçamentária: corrente (tributo) e capital (empréstimo compulsório)
Extra-orçamentaria – ingressos de curto prazo, transitório. Ex. caução, operação
de antecipação de receita orçamentária, operações de menos de 1 ano ou as de
garantia, fiança, emissão de papel moeda.
Tributo
Espécies de Tributo
Imposto: tributo cuja obrigação tem por fator gerador uma situação independente
de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Taxa: tributo instituído para remunerar um determinado serviço especial do
Estado, e que seja cobrado somente dos contribuintes que de fato utilizam esse
serviço.
Sistemas tributários
Maneira como os tributos serem influenciadores na sociedade, segundo alguns
requesitos que se encaixam no perfil do Estado.
S.T. – planejados (puros ou impuros – reminicencia histórica)
S.T. – rígido (constitucionalizado – difíceis de modificar) ou flexível.
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Princípios
Receitas
União
Receitas originárias
Receitas derivadas não tributárias.
Receitas tributárias: taxas, contribuição de melhoria e impostos.
Impostos: são mencionados na constituição federal:
- Impostos de importação, impostos de exportação, IPI, IR, IOF, ITR, IGF.
CS estrito – seguridade social, saúde, previdência, assistência.
C. Sociais – empréstimos compulsórios (art. 148 CF)
CIDE – contribuição de intervenção no domínio econômico
CIPE – profissional e econômico Ex: OAB, CRC.
Estados
Receitas originárias
Receitas derivadas não tributárias
Receitas tributárias: ICMS, IPVA, ITCD, taxas, CM, previdência
FPE
Municípios
Receitas originárias
Receitas derivadas não tributarias
Receitas tributarias: IPTU, ISS, ITBI, taxas, CM, previdência, CIP (iluminação
pública)
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Recolhimento: momento em que o recurso esta disponível para o ente estatal, em
sua conta, para utilização.
Despesas
Corresponde ao uso efetivo que o Estado faz de seus bens e recursos, para
acorrer à necessidade morais e matérias da vida civil e política. (Lei 4.320)
Classificação
Econômica ou legal
Corrente (modifica o patrimônio) Custeio, transferências correntes.
Capital (permanece o patrimônio) investimentos – se gasta dinheiro e entra
patrimônio; inversões financeiras – pronto valor de mercado; amortização de
dívida, transferência de capital (modifica)
Institucional ou departamental
Centro de ordenação de despesas
Funcional – área de interesse finalística da sociedade
Função/subfunção
Programática
Programas: atividades (mais de dois anos e por tempo indeterminado, e produção
de produtos para a sociedade), projetos (tempo determinado e objeto esgotável),
operações especiais (não oferta nenhum produto para a sociedade)
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Planejamento Governamental
Orçamentos públicos
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realização de despesas do Governo. Porém, está atrelado a um forte sistema de
planejamento público das ações a realizar no exercício.
O OGU é constituído de três peças em sua composição: o Orçamento Fiscal, o
Orçamento da Seguridade Social e o Orçamento de Investimento das Empresas
Estatais Federais.
Existem princípios básicos que devem ser seguidos para elaboração e controle
dos Orçamentos Públicos, que estão definidos no caso brasileiro na Constituição,
na Lei 4.320/64, no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na
recente Lei de Responsabilidade Fiscal.
A Constituição Federal de 1988 atribui ao Poder Executivo a responsabilidade pelo
sistema de Planejamento e Orçamento, e a iniciativa dos seguintes projetos de lei:
• Plano Plurianual (PPA)
• Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
• Lei de Orçamento Anual (LOA)
O PPA é a lei que define as prioridades do Governo pelo período de 4 (quatro)
anos. O projeto de lei do PPA deve ser enviado pelo Presidente da República ao
Congresso Nacional até o dia 31 de agosto do primeiro ano de seu mandato (4
meses antes do encerramento da sessão legislativa).
De acordo com a Constituição Federal, o PPA deve conter “as diretrizes, objetivos
e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada”.
A LDO é a lei anterior à lei orçamentária, que define as metas e prioridades em
termos de programas a executar pelo Governo. O projeto de lei da LDO deve ser
enviado pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional até o dia 15 de abril de cada
ano (8 meses e meio antes do encerramento da sessão legislativa).
De acordo com a Constituição Federal, a LDO estabelece as metas e prioridades
para o exercício financeiro subseqüente, orienta a elaboração do Orçamento (Lei
Orçamentária Anual), dispõe sobre alterações na legislação tributária e estabele a
política de aplicação das agências financeiras de fomento.
Com base na LDO aprovada a cada ano pelo Poder Legislativo, a Secretaria de
Orçamento Federal, órgão do Poder Executivo, consolida a proposta orçamentária
de todos os órgãos dos Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) para o ano
seguinte no Projeto de Lei encaminhado para discussão e votação no Congresso
Nacional.
Por determinação constitucional, o Governo é obrigado a encaminhar o Projeto de
Lei Orçamentária Anual ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto de cada
ano (4 meses antes do encerramento da sessão legislativa). Acompanha o projeto
uma Mensagem do Presidente da República, na qual é feito um diagnóstico sobre
a situação econômica do país e suas perspectivas.
A Lei Orçamentária Anual disciplina todos os programas e ações do governo
federal no exercício. Nenhuma despesa pública pode ser executada sem estar
consignada no Orçamento. No Congresso, deputados e senadores discutem na
Comissão Mista de Orçamentos e Planos a proposta orçamentária (projeto de lei)
enviada pelo Poder Executivo, fazendo modificações que julgar necessárias, por
meio de emendas, votando ao final o projeto.
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A Constituição determina que o Orçamento deva ser votado e aprovado até o final
de cada Legislatura (15 de dezembro de cada ano). Depois de aprovado, o projeto
é sancionado e publicado pelo Presidente da República, transformando-se na Lei
Orçamentária Anual.
A Lei Orçamentária Anual (LOA) estima as receitas e autoriza as despesas do
Governo de acordo com a previsão de arrecadação. Se durante o exercício
financeiro houver necessidade de realização de despesas acima do limite que está
previsto na Lei, o Poder Executivo submete ao Congresso Nacional um novo
projeto de lei solicitando crédito adicional.
Por outro lado, a necessidade de contenção dos gastos obriga o Poder Executivo
muitas vezes a editar Decretos com limites orçamentários e financeiros para o
gasto, abaixo dos limites autorizados pelo Congresso. São os intitulados Decretos
de Contingenciamento, que limitam as despesas abaixo dos limites aprovados na
lei orçamentária.
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de empregos aumentará, assim como a renda agregada melhorará. Em
compensação, um orçamento restrito em investimentos, provocará desemprego,
desaceleração da economia, e decréscimo no produto interno bruto.
O Governo pode provocar orçamentos expansionistas ou gerar um orçamento
recessivo.
Princípios Orçamentarios
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receba recursos orçamentários ou gerencie recursos federais pode ficar de fora do
Orçamento.
• Anualidade / Periodicidade – o Orçamento cobre um período limitado. No
Brasil, este período corresponde ao ano ou exercício financeiro, de 01/01 a 31/12.
O período estabelece um limite de tempo para as estimativas de receita e fixação
da despesa, ou seja, o orçamento deve se realizar no exercício que corresponde
ao próprio ano fiscal.
• Legalidade – O Orçamento é objeto de uma lei específica (Lei ordinária no
Brasil), e como tal, deve cumprir o rito legislativo próprio, com o cumprimento de
todos os quesitos, inclusive seu sancionamento e publicação pelo Presidente da
República ou Congresso Nacional.
• Exclusividade – O Orçamento só versa sobre matéria orçamentária,
podendo conter autorização para abertura de créditos suplementares e operações
de crédito, ainda que por antecipação da receita.
• Especificação ou discriminação ou especialização – São vedadas
autorizações globais no Orçamento. As despesas devem ser especificadas no
Orçamento, no mínimo, por modalidade de aplicação.
• Publicidade – O Orçamento de um país deve ser sempre divulgado quando
aprovado e transformado em lei. No Brasil, o Orçamento Federal é publicado no
Diário Oficial da União.
• Equilíbrio – As despesas autorizadas no Orçamento devem ser, sempre
que possível, iguais às receitas previstas. Não pode haver um desequilíbrio
acentuado nos gastos.
• Orçamento-Bruto - A receita e despesa constante no Orçamento, exceto os
descontos constitucionais (ex.transferências constitucionais), devem aparecer no
Orçamento pelo valor total ou valor bruto, sem deduções de nenhuma espécie.
• Não-afetação ou não-vinculação – É vedada a vinculação dos impostos a
órgão, fundo ou despesa, exceto as próprias transferências constitucionais para
manutenção e desenvolvimento do ensino (FPE, FPM, etc). e as garantias às
operações de crédito por antecipação da receita.
• Programação, tipicidade e atipicidade – Durante a fase de consolidação da
proposta de Orçamento, geralmente se seguem determinadas classificações
orçamentárias existentes. Há uma tabela de classificação funcional de despesas,
por exemplo, que classifica a despesa em funções, subfunções, programas e
ações. Há outra tabela de classificação da despesa por fontes de recursos e outra
por unidade orçamentária, por exemplo. No processo de programação da despesa
no Orçamento, em primeiro lugar é preciso identificar a função a que pertence a
despesa (se é uma despesa classificável na função Educação, Saúde, Ciência e
Tecnologia, Transportes, ou qualquer outra). A função é o nível mais elevado de
agregação de despesas, representando quase que uma área de atuação do
Governo. As diferentes funções se dividem em subfunções, que, por sua vez,
comportam diferentes programas de Governo, compostos por ações (projetos,
atividades ou operações especiais) a realizar no exercício. Programar uma
despesa é classificar a despesa de maneira a ficar evidenciado onde será utilizado
o recurso (em qual função, subfunção, programa ou ação do Governo). Porém, no
processo de programação, pode ocorrer de um programa não se vincular á sua
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respectiva subfunção da tabela de classificação funcional. OU uma subfunção não
se vincular à sua função típica, constante da tabela de classificação funcional. Ou
seja, em termos práticos, nem sempre se programa a despesa respeitando-se a
classificação funcional existente nas tabelas orçamentárias. Quando um programa
é vinculado a uma subfunção que não aquela correspondente à da tabela de
classificação, dizemos que ocorreu atipicidade na programação da despesa, ou
seja, não há uma classificação típica. O mesmo acontece quando uma despesa
classificada no Orçamento em uma subfunção está vinculada a outra função que
não a função correspondente, segundo a tabela de classificação orçamentária. A
tabela de classificação funcional da despesa por funções e subfunções está
consignada no livro “Manual Técnico de Orçamento” publicado pela Secretaria de
Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
2.Espécies.
2.1 Quanto ao órgão que o exerce: administrativo, legislativo ou judicial.
2.2 Quanto ao momento em que se efetua:
]a)controle prévio (a priori) – controle preventivo, pois busca impedir a expedição
de ato ilegal ou contrário ao interesse público;
b)controle concomitante – exercido ao mesmo tempo em que se realiza a
atividade;
c)controle posterior – busca reexaminar atos já praticados, para corrigi-los,
desfazê-los ou apenas confirmá-los. Ex: aprovação, homologação, revogação,
convalidação.
2.3 Quanto à localização do órgão controlador (integrante ou não da estrutura do
órgão controlado):
a)controle interno: controle que cada um dos Poderes exerce sobre sua própria
atividade administrativa;
b)controle externo: controle exercido por um dos Poderes sobre o outro ou
controle da Adm. direta sobre a indireta. Ex: fiscalização contábil, financeira e
orçamentária (CF, art. 71) prevê o controle externo a cargo do Congresso
Nacional, com o auxílio do TC.
2.4 Quanto ao aspecto da atividade administrativa a ser controlada:
a)controle de legalidade: exercido pelos 3 Poderes.
b)controle de mérito: exercido pela própria Administração.
3.Controle Administrativo
3.1 Conceito: corresponde ao exame que a Administração Pública faz sobre a sua
conduta, quanto à legalidade ou ao mérito de seus atos, por iniciativa própria ou
mediante provocação. Abrange os órgãos da Administração direta e as pessoas
jurídicas que integram a Administração indireta.
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3.2 Controle sobre os órgãos da Administração direta é um controle interno
(hierárquico) e decorre do poder de autotutela que permite à Administração rever
os próprios atos quando ilegais, inoportunos ou inconvenientes. Súmula 346 e 473
do STF.
3.3 Controle sobre as entidades da Administração Indireta (tutela) é um controle
externo que só pode ser exercido nos limites estabelecidos em lei, visando a
impedir que a autarquia, fundação pública, empresa pública ou sociedade de
economia mista se desviem dos objetivos previstos na lei específica que as criou
ou instituiu.
4.Controle Legislativo.
4.1 Dois tipos de controle:
a)controle político: analisa aspectos de legalidade e de mérito. Ex. convocação de
ministro de Estado para prestar informações, apuração de irregularidades pela
Comissões Parlamentares do Inquérito;
b)controle financeiro: art. 70 a 75 – fiscalização contábil, financeira e orçamentária
a cargo do Congresso Nacional com o auxílio do Tribunal de Contas da União.
5.Controle Judicial.
5.1 Sistema de unidade de jurisdição (jurisdição una) - monopólio da função
judicial nas mãos do Poder Judiciário - art. 5º, XXXV, da CF – “a lei não excluirá
da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.”
5.2 Limites: análise da legalidade (art. 5º , LXXIII e 37, da CF). Poder Judiciário
não pode invadir o mérito do ato administrativo, determinado pela Administração
Pública.
Controle Externo
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Outra forma de controle dos atos administrativos é o chamado controle de mérito,
que visa apreciar se o ato da Administração Pública atingiu seu objetivo
adequadamente e com menor custo para a Administração.
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Lei de Responsabilidade Fiscal
Disposições preliminares
A Lei Complementar nº 101 (LRF) estabelece normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo nas normas
constitucionais sobre finanças públicas (Capítulo II do Título VI da Constituição).
A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe:
Conceitos importantes
Ente da Federação
a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município;
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Empresa controlada
sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta
ou indiretamente, a ente da Federação;
Empresa estatal dependente
empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros
para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de
capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de
participação acionária;
Receita corrente líquida
somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais,
industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras
receitas também correntes, deduzidos:
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constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e
montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois
seguintes.
Esse anexo deverá conter:
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A lei orçamentária não deverá consignar dotação para investimento com duração
superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou
em lei que autorize a sua inclusão.
Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária, as do
Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio
administrativo, inclusive os destinados a benefícios e assistência aos servidores, e
a investimentos. O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a
constituição ou reversão de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e será
transferido até o décimo dia útil subseqüente à aprovação dos balanços
semestrais. Já o resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro para com o
Banco Central do Brasil e será consignado em dotação específica no orçamento.
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Receita pública
Previsão e Arrecadação
É requisito essencial da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e
efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da
Federação, sendo vedada a realização de transferências voluntárias para o ente
que não observe este procedimento, no que se refere aos impostos.
As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerando os
efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do
crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da
projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de
cálculo e premissas utilizadas.
A LRF determina que o montante previsto para as receitas de operações de
crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto
de lei orçamentária.
Até trinta dias após a publicação do orçamento, as receitas previstas serão
desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a
especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e
à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida
ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de
cobrança administrativa.
Renúncia de Receita
A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual
decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto
orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois
seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos
uma das seguintes condições:
OU
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• às alterações das alíquotas dos impostos de importação, exportação,
produtos industrializados (IPI) e operações de crédito, câmbio e seguro, ou
relativas a títulos ou valores mobiliários;
• ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos
custos de cobrança.
Despesa pública
Geração da Despesa
Pela LRF, são consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio
público a geração de despesa ou assunção de obrigação que não atendam ao
seguinte:
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origem dos recursos para seu custeio, além do que, o ato deverá ser
acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou aumentada não
afetará as metas de resultados fiscais previstas no Anexo de Metas Fiscais,
devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, serem compensados
pelo aumento permanente de receita (elevação de alíquotas, ampliação da base
de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição) ou pela redução
permanente de despesa.
A necessidade de estimar o impacto orçamentário-financeiro não se aplica às
despesas destinadas ao serviço da dívida nem ao reajustamento de remuneração
de pessoal quando esta se tratar de revisão geral da remuneração dos servidores
públicos, em determinada data-base.
Além disso, considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada por
prazo determinado.
• União: 50%;
• Estados: 60%;
• Municípios: 60%.
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• com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas por
recursos provenientes:
o da arrecadação de contribuições dos segurados;
o da compensação financeira entre diferentes sistemas de previdência;
o demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal
finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos,
bem como seu superávit financeiro.
Além desses limiteas, a LRF estabelece como eles devem ser divididos dentro de
cada esfera governamental:
• na esfera federal:
o 2,5% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União;
o 6% para o Judiciário;
o 40,9% para o Executivo;
o 0,6% para o Ministério Público da União;
• na esfera estadual:
o 3% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado;
o 6% para o Judiciário;
o 49% para o Executivo;
o 2% para o Ministério Público dos Estados;
• na esfera municipal:
o 6% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município,
quando houver;
o 54% para o Executivo.
A LRF trata ainda do controle da despesa total com pessoal, estabelecendo que é
nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da despesa com pessoal e não
apresente estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que
deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes e a declaração do ordenador da
despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei
orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de
diretrizes orçamentárias e que não atenda às regras para criação de despesa
obrigatória de caráter continuado ou ainda, que não atenda ao limite legal de
comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo.
Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com
pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular
do respectivo Poder ou órgão.
A verificação do cumprimento dos limites da despesa com pessoal será realizada
ao final de cada quadrimestre e se a despesa total com pessoal exceder a 95% do
limite, são vedados ao Poder ou órgão que houver incorrido no excesso:
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• concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração
a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de
determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão da remuneração em
data-base;
• criação de cargo, emprego ou função;
• alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
• provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a
qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou
falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança;
• contratação de hora extra, salvo no caso de convocação extraordinária do
Congresso Nacional e as situações previstas na lei de diretrizes
orçamentárias.
Caso a despesa total com pessoal ultrapassar os limites definidos na LRF, sem
prejuízo das medidas previstas acima, o percentual excedente terá de ser
eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no
primeiro, adotando-se, entre outras, as providências:
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• reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de preservar o seu
valor real.
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