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Malformação do intestino médio

Divertículo Ileal
Atilio Franco
Diego Lopes
João Dias
Luiz Müller
Marco Thulio
Sumário
Introdução
Formação
Epidemiologia
Manifestações Clínicas
Diagnóstico
Tratamento
Referências Bibliográficas
Introdução (ARAÚJO, 2014)

● Evaginação do Íleo
● Origina-se de falha na obliteração e absorção do ducto onfalomesentérico
(ducto vitelino) durante o primeiro trimestre de vida fetal
● Apresenta-se como uma bolsa digitiforme, de base larga e com suprimento
sanguíneo próprio.

Ramo terminal da A. mesentérica superior

● Parede contém todas as camadas do íleo


● Pode conter tecidos ectópicos (50% dos casos)
○ Tecido gástrico: secreção ácida Ulcerações e
○ Tecido pancreático: secreção alcalina sangramentos
Formação
O intestino médio é
formado durante o
dobramento lateral do
embrião, no início da
quarta semana.

O ducto onfaloentérico
mantém a comunicação
entre o Intestino Médio
e a vesícula umbilical
(MOORE, 2016)
Formação

O ducto
onfaloentérico
geralmente se
separa da alça
do intestino
médio ao final da
décima semana

(MOORE, 2014)
Formação
A persistência do ducto onfaloentérico forma o divertículo ileal (divertículo
de Meckel) (MOORE, 2014)
Epidemiologia
(ARAÚJO, 2014)

● Anormalidade congênita mais comum do TGI (1% a 4% das pessoas)


● Apresenta-se, predominantemente, de forma assintomática
○ Estima-se em 4 a 6% a chance de a doença se tornar sintomática em algum momento
da vida
● Acomete ambos os sexos
○ Maior prevalência no sexo masculino (3 a 5 vezes)
● Incidência maior em recém-nascidos com outras anomalias
○ Ex.: Fenda palatina, malformações dos SNC e cardiovascular.
Manifestações Clínicas (ARAÚJO, 2014)

● Predominantemente de assintomático.
● Crianças:
○ Sangramento Gastrintestinal (45-50%):
■ Ulceração de mucosa heterotópica gástrica (60-65%) ou pancreática (5%);
■ Pode ser seguido de obstrução e infecção;
● Adultos:
○ Obstrução diverticular:
■ Dor Abdominal;
■ Vômito;
■ Constipação intestinal;
■ Quando não abordada cirurgicamente pode evoluir
com necrose e peritonite;
Manifestações Clínicas (ARAÚJO, 2014)

● 40-50 anos:
○ Diverticulite Aguda (13-31%):
■ Inflamação súbita do divertículo;
■ Apendicite aguda como diagnóstico diferencial;
● Apêndice normal encontrado em paciente com suspeita clínica de
Apendicite Aguda.
● Tecido heterotópico (30-40%):
○ Com mucosa gástrica:
■ Maior incidência de complicações;
■ Gastrite leve e moderada;
■ Inflamação, sangramento ou perfuração;
○ Com mucosa pancreática:
■ Inflamação ou obstrução;
● Nodulações no fundo do divertículo.
Diagnóstico (ARAÚJO, 2014)

● Diagnóstico difícil.
● Utiliza exames complementares que evidenciam alteração decorrente das
complicações: Obstrução da luz intestinal; Diverticulite; Hemorragias ou
perfuração;
● Exames aliados:
● Radiografia simples de abdome;
● Trânsito de Intestino Delgado;
● Ultrassonografia;
● Tomografia Computorizada
● Cintilografia T99
● Arteriografia
● Videolaparoscopia
Tratamento (ARAÚJO, 2014)

● Tratamento definitivo para o DM é a remoção cirúrgica.


● Há controvérsias acerca da remoção do DM nos pacientes assintomáticos:
○ Devido baixa probabilidade do DM ser sintomático;
○ Risco cirúrgico;
○ Não há dados suficiente que relaciona o risco de câncer e a remoção profilática;
● Ótimo prognóstico a longo prazo.
Referências Bibliográficas
ARAÚJO, Luciana Mendes et al. Meckel's diverticulum: a literature review. Revista
Médica de Minas Gerais, Belo Horizonte, v. 24, n. 1, p.93-97, jan. 2014.

MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M.r.. Anatomia orientada para a
clínica. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan Ltda., 2014

MOORE, Keith L.. Embriologia clínica. 10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. 708 p.

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