passeiam pelos morros uivantes Nos soprando fortes emoções Pois poesia são alguns instantes
Colocamos apenas o que sentimos
Por isso as poesias são inconstantes Não importa qual seja o poeta Sempre vão falar de seus amores e amantes
Pois poetizar é simplesmente falar
Do maravilhoso pôr do sol Da alegria de ver uma flor desabrochar
E não da colocação em que está no hall
O que importa de verdade para quem ler É a alegria de poder sonhar A sinfonia do amor (Alberto da Costa)
Que som louco é esse
No entrelaçar de nossas almas Passando-me a sensação De que a vida é uma aventura
Melodia essa que transforma
Beijos e sussurros em poesia Sem censura como o papel Da pouca loucura da maioria
Deixamos de viver e fantasiar
Para simplesmente chorar Poesia é a dança das palavras E sem palavras o papel é um nada
Como um dia foi quando estava
Na vida da pessoa errada A tinta então descrevia O que queria dizer a boca calada Abestado (Alberto da Costa)
A noite cai em Pandora
Festa e muita revolta Ocultara a importancia Da paz de outrora
Bebendo o próprio veneno
Esquecemos do tempo Esperando muito sereno Só eu mesmo que aguento
Corre o homem apressado
Nervoso e desengonçado De pensamento calado E coração acelerado
Tudo corre rápido
O poeta faz um riscado Pronto é um artista Muito do Abestado Amor (Alberto da Costa)
Amor, o que é este sentimento
Ora calmo, ora violento Começa como uma brisa leve E se transforma em uma lebre Corra muito rápido, virando um vulcão Que provoca um amargo furacão Mas, o amor é doce e cheio de movimento Diferente do seu consorte o desejo, que é sedento
Poetizei o coração em outrora
Hoje poetizo o papel e a letra de uma canção Não importa o real significado do amor Precisamos só do poder da imaginação Pouco importa se é verdadeiro Ou se é como as histórias de um filme Em verdade vos digo, devo ser livre Para criar, somos meros aprendizes O fim de um sentimento mágico É o recomeço de outro barato Como drogados seguimos famintos Para obter um novo espaço No coração de uma pessoa estranha E não devemos perder o compasso Ah o amor e o seu mágico teatro Tantos personagens, histórias e um grande ato
Existem tantas peças no primeiro
E algumas que já estão no último O teatro acontecendo e o palhaço Tentando escolher um sentimento Sorrio de ilusão, ou me espanto de medo Enquanto dedilha o seu sapato Arrumou peruca, nariz e a maquiagem Viva ao amor, que nos faz virar tantos personagens Brasileiro luta em meio ao deserto (Alberto da Costa)
Que brasil é esse mergulhado no mar
O povo de alma calma que não se faz transbordar A penúria do famoso orgulho brasileiro Orgulho esse que fere o nosso peito E nos faz ansiar por liberdade Mas, não é essa a nossa realidade Como posso tremular a bandeira brasileira Se até ela me fizeram desgostar
Com o vermelho que causa um ofuror
Orgulho besta, que sufoca o meu peito E o ódio não permite que brote o amor De tanto chorar, minhas lágrimas viram um leito Lavam o dinheiro corrupto do prefeito Homem cruel e escravista Também critico o amado governo Que não se preocupa com o enfermo Que esqueceu nos corredores a gemer Quem se importa com os vagabundos São nossos escravos agora moribundos O que nós podemos por eles fazer Nessa altura as palavras berram no papel Tempestades anunciam-se no céu E eu de paraquedas no deserto O saara se mostra sem o véu
Coração cansado de um sofrer sem fim
Por um brasil que nem liga para mim Vou terminando essa poesia Pois desenhei o futuro do país Sem nenhuma coisa que cause alegria Mas, isso me deixa muito feliz Brasileiro luta em meio ao deserto Sem amor, sem dinheiro e sem teto Primeira Paixão (Alberto da Costa)
De um lugar no meio do nada
Apareceu aquela que aparentava Ser a minha primeira paixão Cantei todos os dias para o mundo
A mais bela canção
Viajamos por entre reinos Vimos com nossos próprios olhos Nascer o broto e vir os frutos
E continuamos a folhear As páginas da imaginação Aonde tudo era muito rico Os detalhes da minha criação
Criei e sofri muito com isso
Mas, tinha que ser assim Sonhos, palavras e um pouco de mim Agora, como me livrar disso Da noite, para o dia (Alberto da Costa)
Madrugada chega com cantarolar dos grilos
Nos convidando para ver a lua cheia Poetas e antigos e instigantes misticimos Enquanto as aranhas se movem em sua teia Que mistérios essa noite guarda para meu coração Que arde de amor tentando viver uma mera ilusão Sem ver O tempo passar me perco em seus braços Nada importa Porque agora recordo um belo passado
Quantos medos e quantas coisas carregamos
Para chegar aqui e estarmos livres para sonharmos Viver apaixonadamente os sonhos e então realizarmos Nossas ambições que pode ser amarrar os sapatos O que importa mesmo, é se realizar como pessoa E Não somente mostrarmos que são puros nossos atos Não viemos parar aqui, para sermos um grande à toa Esse poema fala muito mesmo de um bom tempo Aonde não tinhamos uma vida, apenas grandes momentos Filosofias e histórias muito banais e vazias Nos restou papel e caneta na mão de grandes homens Não nasce um poeta da noite para o dia Se vive intensamente e tranforma-se isso em poesias É preciso escutar a voz do nosso coração falar Rabiscar alguns trechos e então desaguar
Palavras que eu não sei bem como me transformaram
Mas que funcionam como a fonte da juventude Por inteiro me banhavam enquanto os versos falaram De tempos novos que fazem com que mude Anseios poéticos. literários e alguns conceitos minoritários Vale tudo até os pensamentos que parecem ilários Pois temos um bando de loucos revolucionários Em sua mente a ecoar (Alberto da Costa)
O que adianta falar de deus e não se amar
Viver na guerra e não sonhar O que adianta existir e não aproveitar Ser uma criança e não brincar?
A vida passa tão de pressa e as letras a atropelarem
Grita mais alto que os pássaros Mas eu não posso nem escutar Pois o silencio da falta da democracia
Veio então tentar me amedrontar
Prefiro morrer a não poder falar Sou livre para me expressar
Não importa aonde eu vá
Minhas palavras e gritos Ficarão em sua mente a ecoar Esse é o meu jeito de amar (Alberto da Costa)
A minha alma é poesia pura
O meu grito vem de gargantas mais profundas São vozes que destoam minha vida pueril Transformando a cultura do meu brasil Poeta quieto calado eu sou Mas, minha poesia o vento levou Ouviram pessoas simples Porque simples eu também soei
Não preciso de nada seu moço
Porque para onde eu vou Só preciso ouvir o som de cada estrofe Em que o meu lápis pousou Fama eu deixo, para quem quer fazer show Sigo muito simples e belo Como um pássaro durante o seu vôo Já vou me adiantando e pulando a estrofe Porque tenho várias coisa para dizer E o meu peito de tanto calar, tosse Querendo encontrar com você Amanheceu o dia e eu não paro de escrever Desabo melodicamente em poesia Como o dia lá fora, que hoje está a chover Nos meus delírios mais lúdicos Nunca pensei que fosse me apaixonar
Fazer coisas belas como os músicos
E à todas as pessoas quero encantar E mesmo sem melodia, eu busco prazer Em um papel branco e cristalino Mergulho para o meu mundo criar A cada letra e pensamento Sigo meu caminho a poetizar Esse, é o meu jeito de amar Fazer acontecer (Alberto da Costa)
Ensinar a brincar com as palavras
É isso o que eu sei fazer Como os trovadores fazem da língua travas Crio com as letras, um lindo amanhecer
A semente são as estrofes
E a poesia o florescer Ando entre os versos, os aplausos e affes É isso que me faz saber
Se devo continuar a semear
Para vivenciar um novo trabalho nascer Ou se observo tão e somente, o sol nascer
Esse é um novo tipo de poeta, confuso
Que não vive nesse mundo Sem criar e muito menos fazer acontecer Maria (Alberto da Costa)
Saudosamente me recordo calado
De um tempo que passou apressado Corria demasiadamente rápido Se não corresse teria me atropelado
As palavras que escorrem
Dos meus úmidos lábios Que derramam em seus ouvidos Dizeres de um homem apaixonado
Maria que o vento resolveu levar
Estais ainda em minha mente A dançar pelos campos muito formosos Se mostra a correr e cantarolar
Só queria viver nessa linda poesia
Oh fantasia essa que não pude realizar Então alinhei sozinho as palavras dessa poesia E um dia quero poder lhe entregar Não sei quando vou chegar (Alberto da Costa)
Poesia se fez presente em meus pensamentos Rabiscando
O meu papel de repente Saem bonitos e frondosos sentimentos Em seu coração arraizado e presente
Rima de outrora, brota na primavera
O poeta faz chover suas letras Junto com as flores do campo Muitas palavras brotam, também pudera
Tenho uma imaginação muito fértil
Como a terra, não existem barreiras Para as minhas raízes e meu espinho Mas, meu cheiro traz o gosto de uma nova era
Prepara-te para o tamanho do meu amor
Não sei quando vou chegar Sou um pássaro livre novamente Não sei quando vôo e quando vou pousar Nesse mundo chamado Brasil (Alberto da Costa)
Nesse mundo chamado Brasil
O povo é forte e Viril A poesia é o que priorizam é por isso que eles brilham
Criam-se verdadeiros artistas
Poliglotas e também criacionistas Demagogos, professores e violonistas Pintam as suas Monalisas
Denotam em seus gestos musicistas
Suas letras cheio de swing e divertidas Relatam o cotidiano a cada sussurrar Fazendo terem o prazer de encantar
Assobiando e saltitando como feras vividas
Trapaçeiam ao esconder as falhas Perseguindo com as palavras A cura para as suas eternas feridas O Amor (Alberto da Costa)
Não precisa da estudos
Para se entender o amor Só precisa de carinho E um pouco de terror
Amar não é fácil
Mas, tem uma leve brisa Que nos traz o frescor Quem ama dar a entender
Que é um grande terrorista
E não passa de um amador Se aventura para ganhar
E sabe que já está perdendo
Quer ou insiste em continuar A sentir essa maldita dor O dia da liberdade (Alberto da Costa)
Cercado da imensa dor do passado
Vou me preparando para abandonar O meu eu até então inventado Por uma sociedade que só que escravizar
Sinto o chicotear no meu lombo
Sonho triste e muito medonho Enquanto aproxima-se um estranho Em sua mão vejo um lindo pombo
Os chacais terríveis e miseráveis
Estão prontos para enterrar um sonho Da mais linda e louca liberdade E eu me sinto um tonto
Vendo o meu povo se afundar
E um lindo sorriso confuso Rouba meu ser e anuncia Hoje é o dia da liberdade, é dia da alegria O inteligente vagabundo (Alberto da Costa)
Meu coração corre acelerado
O pensamento apressado Tudo lá fora é muito rápido Só o tempo fica parado
Não envelhece nem um pouco
E eu aqui como um louco Correndo contra a corrente Para poder criar algo de novo
Tento criar um mundo imaginário
O faz de conta de um alienado Enquanto o jovem escritor Digita de tudo em seu teclado
E depois de pensar um pouco de tudo
O andarilho apressado corre moribundo Para mostrar-se contente e posudo O pseudo eu, o inteligente vagabundo Separação Cultural (Alberto da Costa)
O Nordeste é uma terra mágica e holística
Aqui nós temos um olhar sincero, sobra crítica Não sei o porquê de tanta inveja de outros estados Se o povo aqui vive na voluptuosa miséria
Temos maravilhosos pratos típicos por todos adorados
Batalhas diárias travadas por pessoas muito sérias Ser sarcástico mostrando a separação cultural Que nos torna egoístas, que tem um pensamento banal
Daqui nasceu nosso estimado país, o Brasil
Enquanto alguns gritavam qualquer coisa pueril Nossos índios e negros ensinavam amor aos seus filhos
Enquanto os brancos catavam seus belíssimos lírios
Mostrando uma cruel realidade oculta de todos nós So Mas, alguns vivem no mundo mágico de Oz O sonho de uma vida (Alberto da Costa)
A paixão que ferve e dilacera o meu peito
Vou carregar até o dia da minha morte Pois o nosso cheiro está contido em minha pele E aonde deposito o meu corpo, em meu leito
Os travesseiros não podem falar para mim
Mas a todo momento como um botão de rosa Exala o perfume da pessoa que eu estou afim Que isso seja os rastros de uma noite tenebrosa
Mas para minha persona, é o começo de uma nova agonia
Acordar sem te ver rotineiramente em minha existência Mas o pior é que da solidão eu tenho alergia
Vivo mesmo é do meu lindo jardim perfumado
Do único aroma que interessa, o de uma flor sofrida O da minha amada, que me rendeu o sonho de uma vida Palavra Dada (Alberto da Costa)
Saber voar, é saber sonhar
Somos inocentes ao focar Porque querer uma coisa Se nem posso saber
O que posso e devo pensar
A noite se arrasta demais Meus pensamentos filosofam Viajo e vejo que muitos se espantam
Perderam o vagaroso trem
Que apitou a sua chegada Mas, não levou ninguém
Pigarriei quanta pataquada
Porque reclamam do que têm Se foi escolha e palavra dada Pandora (Alberto da Costa)
A noite caia em Pandora
Festa e muita revolta Ocultara a importância Da beleza da instância
Bebendo o próprio veneno
Enquanto inventam a dança Pandora então inflama O peito do seu povo
Que se contorce em agonia
Transformando o que antes Era só beleza e alegria
Oh Pandora terra minha
Novos habitantes chegarão Espero que sem a mesma ilusão Poesia arretada (Alberto da Costa)
Linhas são estradas nas páginas
Cada vez que pecorro me ensina Que depois de ler tantas cinas Fortalece a minha chacina Mato todos os meus demonios Todos os meus eteronomios Vivo na linha tênua entre o sorrir e o dilema Venço o meu eterno problema A solidão que grita calada Com a minha inovadora expressão Poesia arretada Poesia constante (Alberto da Costa)
No dançar das folhas e dos galhos
Sinto o ritmo vindo do alto É a manifestação mais clara Que a natureza é uma joia rara
A terra se mexendo devagar
E uma minhoca em túneis vi navegar Um mundo diferente do nosso Que é difícil de você acreditar
Pássaros anunciam a chegada do sol
Que não demora muito a se apresentar Em um lindo palco levemente azul Com muitas nuvens a rodear
Que beleza é essa riquíssima
Para mim uma pergunta intrigante Essa é a querida mãe natureza Se revelando uma poesia constante Poetizar (Alberto da Costa)
Ando por ruas vazias e sem sentimentos
Vejo as pessoas solitariamente vencerem O pragmatismo de suas hipocrisias sádicas Procuram a verdade e com a boca mentem
Conto em um pedaço de papel meus anseios
Sou um pensador com asas bem abertas Prontas para voar e pousar na calma De onde brotam as palavras certas
Que chamam de uma linda poesia
Mas em verdade são pedras em um papel Que não a consegue embrulhar
Pois a verdade não se pode sufocar
Uma poesia não podemos sentir Sem nunca na vida se poetizar Quando vamos parar de lutar (Alberto da Costa)
O racismo é uma grande dor
Que se transforma em um lindo amor Tão secreto quanto dinheiro no cofre E tão difícil quanto a evolução de um pobre
Por trás de todo ódio há admiração
Que nasce do proibido ato de amar Como os negros um dia nas senzalas Um dia disseram estar a dançar
Vivenciamos uma luta como Romeu e Julieta
Entre a benção de deus e o ódio do capeta Quando isso vai parar? Os escravos na verdade lutavam
Não para poder nos machucar
Mas fugiam da imensa dor Ah, essa não queria cessar Quando vamos para de lutar?
Para poder então amar
Quebrar as amarras do nosso coração Libertar-se dessa terrível prisão Então podes tu me abraçar? Selvagem e Atroz (Alberto da Costa)
Seus beijos me deixavam louco de paixão
Me sentia ancioso, só em pensar você chegando Batia forte e ardia com o fogo mais intenso, oh meu coração Eu saia correndo e até mesmo tropeçando
O tempo passava lentamente e eu sonhava
Nem mesmo música era como a sua voz Me excitando a cada vez que você falava Eu, você e um desejo selvagem e atroz
Então resolvemos ousadamente brigar
Passamos uma linda semana a nos amar Fizemos muitas loucuras e não havia ninguém
Para nos interromper e nos fazer parar
Suspirei muito cansado, então fiz uma poesia Para não me esquecer, do que um dia me fez sonhar Sertão escravista (Alberto da Costa)
Nordestinos são pessoas sempre sorridentes
O motivo dessa alegria são nossos retirantes Castro Alves, Jorge Amados e seus repentes Aos nossos amados vaqueiros don quixotes
Que enquanto entoam a boiada
Cantam em poucos versos a vida severina Seguem cavalgando pela caatinga Lampiões em suas ásperas mãos
Procurando calmamente o caminho de casa
Para encontrarem as suas Marias Bonitas O Nordeste dos boias frias
Acabam em inúmeras e inenarráveis poesias
Pois não possuímos só o sertão escravista Temos também belas e indescritíveis baias Um lindo diamante (Alberto da Costa)
O canto do meu coração
É assobiado pelo pássaro A cantarolar uma linda canção Esse foi um momento raro
Me pego a voar pela imaginação
Vagueando entre os delírios E acordando na exatidão Escutando os gritos dos índios
Pastagens verdes e exuberantes
Parecem esmeraldas a brilharem Ao longe pessoas tão dançantes
Cultuavam a natureza naquele instante
Amazônia dos ribeirinhos Do ouro,, da borracha, é um lindo diamante Soneto de Itapoã (Alberto da Costa )
Sou areia e o mar
O lindo sol a queimar Quem disser que não ama É porque não veio me achar
Sou futebol da pelada
A cerveja que refresca Alegria traduzida no sorriso Canções e muito além disso
Sou o mar aberto a ti
Reflito infinitos romances Em minhas águas cristalinas
Melhor que todas as ilhas
Abraço todas as famílias Ah itapoã linda, quantas maravilhas Vale mais do que minha alma (Alberto da Costa)
Águas belas e muito confusas estão revoltas Derrubam
tudo e de fúria estão envoltas A diluirem o mal que fizemos durante um tempo Não quero descrever a tragédia desenhada Mas porque estão fazendo um abrupto movimento Por causa do desmatamento da gentalhada Sem pouca ou nenhuma educação E transformando os rios, em um grande lixão
Lixo jogado aos montes,,,Roraima..Morro do Capão E
também nas ilhas da canoa quebrada Lavam a nossa alma pueril e malvada Mostrando a sua linda e dificil jornada Entre fendas,rochas e pedra riscada Por causa dessa água suja e agitada Nossa gente não pode ficar fora de casa Temos pessoas reféns e caladas Não entendemos o que significa água potável Mas, nossa sede nunca é estável Nosso povo somente desmata tudo Parece ser um sede incalculável Maldade contra a beleza do nosso mundo Contra a poesia e o nosso orgulho moribundo Tropeçamos como um bêbado em um barril Que no momento está cheio de nada
Porque de tanto bebermos ficou vazio
Mas não podemos matar essa sede danada Ouço vozes a reclamar...porque não ouviu Que a água iria em breve terminar Venderia até minha querida morada Para ter um pouco do mineral que desprezava Antes não valia nem um pouco de cobre Hoje vale mais do que minha alma Uma bela magia (Alberto da Costa)
Tempos de ser como aves acrobatas
Eram aqueles em que voava em vastas Paisagens por mim esculpidas, criadas Que ensejava libertar almas acorrentadas
Augúrios sobre tempestades enevoadas
De uma mente inocente e despreparada Que adorava cavalgar nas lamúrias enjauladas No coração de uma criança teimosa e mimada
O tempo passou durante a criação da poesia
Tudo era conto, tudo era mera excitação Aprendi que isso era a vida, uma bela magia
Com pinceladas doces dadas pelo coração
Era o que eu incansavelmente procurava A vida era aquilo tudo, o que eu não praticava