Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
• Crianças menores que 2 anos, que frequentam creches, que tenham feito
uso de antibiótico nos últimos 3 meses, que tenham história de OMA de
repetição ou que possuam alguma doença imunossupressora, deve receber
dose dobrada de amoxicilina (90mg/Kg/dia)
• Todas as crianças para as quais se tenha iniciado a antibioticoterapia deverão
ser revistas em 48-72h para a reavaliação de sinais e sintoma de melhora ou
piora.
• Em caso de resposta inadequada ou falha terapêutica após o tratamento
adequado por três dias, pode-se estar diante de duas possibilidades:
➢ Provável presença de um microrganismo produtor de betalactamase
(hemófilos e moraxela) → Prescrever associação de amoxicilina +
clavulanato em dose dobrada (80-100mg/kg/dia).
➢ Pneumococo resistente: na maioria dos casos a resistência é
intermediária e pode ser contornada com a dose dobrada de
amoxicilina.
• Conduta terapêutica:
➢ < 6 meses → diagnostico de certeza ou na dúvida → Terapia Antimicrobiana
➢ 6m – 2 anos → Certeza = ATB / Duvida = ATB se doença grave ou observação
se leve
➢ > 2 anos → Certeza = ATB se doença grave ou observação se leve / Duvida
= Observação (Reavaliação após 48h).
➢ Resumo: Tratar todos os menores que 6 meses, todos com OMA grave e todos
os < 2 anos na certeza do diagnóstico.
• A opção de observação somente poderá ser aplicada nos casos que sem possa
garantir a revisão da criança em um outro momento.
• Define-se doença grave quando encontra-se: otalgia grave-moderada OU febre
>39ºC OU toxemia.
• Complicação – Mastoidite:
Ocorre quando o processo inflamatório se extende para o periósteo da
mastoide do osso temporal, provocando sintomas de edema, eritema e dor
retroauricular. O tratamento é feito com antibioticoterapia venosa e miringotomia. Em
casos graves pode haver evolução para uma osteomielite da parte petrosa do osso
temporal. A conduta é sempre internar a criança, realizar uma TC, uma
Resumo Elaborado por: Débora Martins da Silva
Universidade de Santo Amaro - Unisa
• Complicações:
venoso (Penicilina ou AMOX-
• Abscesso periamigdaliano → é CLAV) + drenagem.
mais comum que o abscesso
retrofaríngeo. Ocorre com mais • Abscesso Retrofaríngeo →
frequência em adolescentes. O Menores que 4 anos; Febre,
quadro clinico é clássico, irritabilidade, disfagia, torcicolo;
caracterizado por intensificação da estreptococo + anaeróbio +
dor de garganta, surgindo intensa estafilococo (flora mista);
disfagia e trismo em grau variado. radiografia lateral do pescoço
O exame da orofaringe demonstra (aumento do espaço
um abaulamento inflamatório retrofaringeo); TC cervical é
unilateral com rechaço da amigdala confirmatória; internar
e da úvula para o lado oposto. imediatamente (Há risco de
Conduta: internação + ATB morte!!); ATB venoso (AMX-CLV)
+ Drenagem.
• *Indicações de cirurgia:
• Adenoidectomia + Amigdalectomia → Apnéia obstrutiva do sono,
Hipertrofia amigdaliana associada à cor pulmonale
• Amigdalectomia → Surtos agudos, intensos e frequentes, abscesso
peri-tonsilar, amigdalite crônica.
• Adenoidectomia → OMA recorrente, sinusite e nasofaringite de
repetição, hipertrofia adenoidiana provocando respiração tipo bucal,
voz hiponasal, obstrução nasal e secreção continua (Indicação absoluta).
Laringotraqueobronquite ou Crupe
• Afecção infraglótica.
• Vírus parainfluenzae em 75% dos casos. Outros: influenzae, adenovírus, VSR.
• A bacteriana é uma complicação da viral. O mais comum é o S. aureus.
Resumo Elaborado por: Débora Martins da Silva
Universidade de Santo Amaro - Unisa
Epiglotite:
• Afecção supraglótica.
• Antes da era vacinal o H. influenzae tipo B era a causa habitual. Atualmente, o
S. pyogenes, S. pneumoniae e S. aureus são os mais encontrados.
• Com o advento da vacinação contra o hemófilos B, a incidência de epiglotite
diminuiu bastante.
• Representa a forma mais grave de obstrução inflamatória aguda das vias
aéreas superiores. Tem instalação hiperaguda, com insuficiência respiratória
precoce.
Resumo Elaborado por: Débora Martins da Silva
Universidade de Santo Amaro - Unisa
Taquipnéia:
< 2 meses → > 60 irpm
2 – 12 meses → > 50 irpm
1 – 5 anos → > 40 irpm
Bronquiolite:
• É uma doença infecciosa, de etiologia predominantemente viral, mais incidente
em lactentes menores de 2 anos, que resulta na obstrução das pequenas vias
aéreas inferiores. A doença é mais grave entre o primeiro e o terceiro mês
de vida.
• É a causa mais frequente de hospitalizações em lactentes.
• O vírus sincicial respiratório (VSR) é o responsável por cerca de 50% dos
casos. Dentre os outros agentes destacam-se o parainfluenzae, influenza,
adenovírus e M. pneumoniae.
• Os principais fatores de risco são idade inferior a seis meses, baixo peso ao
nascer, prematuridade, doença pulmonar crônica, desnutrição, aleitamento
artificial.
• Há um pródromo com sintomas leves de vias aéreas superiores como
espirros e rinorréia. Gradualmente o quadro respiratório deteriora, com tosse
paroxística, dispneia e irritabilidade. A criança é sempre taquipnéica. O
exame físico é caracterizado pela presença de sibilos e prolongamento do
tempo expiratório.
• Radiografia → Sinais de hiperinsuflação e áreas de atelectasias
• Hemograma normal
• Diagnostico diferencial: Coqueluche, Fibrose cística, cardiopatias congênitas,
refluxo gastroesofágico, pneumonia bacteriana.
• Tratamento é de suporte com controle da temperatura, aporte hídrico e
nutricional, oxigênio, broncodilatadores, corticoides.
Coqueluxe:
• Curso e duração muito prolongados
• 3 fases: Catarral / Paroxística / Convalescença
• Tosse seca irritativa paroxística, em guincho, pior a noite
• Leucocitose com linfocitose
• Eritromicina 40-50mg/Kg/dia 6-6h, 14 dias
Resumo Elaborado por: Débora Martins da Silva
Universidade de Santo Amaro - Unisa
Pneumonias:
Quadro clínico:
• Taquipnéia
• Pródromos catarrais
• Febre alta
• Tosse
• Sinais clássicos (nem sempre presentes)
▪ Aumento do frêmito toraco-vocal
▪ Macicez a percussão
▪ Diminuição do MV (estertor crepitante)
▪ Broncofonia
Sinais de Gravidade:
• Tiragem subcostal
• Batimento de asa de nariz
• Gemido
• Cianose
Etiologias:
• RN < 3 dias → S. grupo B
• RN > 3 dias → S aureus
• < 1 ano → VSR / Clamydia ( 1 – 3 meses)
Resumo Elaborado por: Débora Martins da Silva
Universidade de Santo Amaro - Unisa
Virais:
• VSR; Crianças de 2 – 3 anos.
• É precedida de vários dias de sintomas respiratórios como tosse, coriza e
obstrução nasal. Leucometria com linfocitose.
• Diagnostico definitivo é o isolamento do vírus.
• Tratamento: em geral são necessárias apenas medidas de apoio.
Bacterianas:
• É uma doença incomum na ausência de uma doença crônica subjacente.
• Fibrose cística, agamaglobulinemia, fenda palatina, discinesia ciliar, SIDA, refluxo
gastroesofágico, anemia falciforme.
Pneumocócica:
• Crianças entre 6 meses e 5 anos.
• É a causa mais comum de infecção pulmonar bacteriana.
Resumo Elaborado por: Débora Martins da Silva
Universidade de Santo Amaro - Unisa
Estreptocócica:
• Os estreptococos o grupo A causam mais comumente doença limitada ao
trato respiratório superior. A pneumonia tende a ser uma complicação de
doenças virais como sarampo e varicela.
• As lesões pulmonares consistem em necrose da mucosa traqueobrônquica
com formação de úlceras.
• As manifestações clínicas são semelhantes as da pneumonia pneumocócica.
• A droga de escolha para o tratamento é a penicilina G benzatina por 2 – 3
semanas.
Estafilocócica:
• A pneumonia por S. aureus costuma ser grave e rapidamente progressiva,
com alta mortalidade. 30% dos pacientes tem menos de 3 meses de idade e
70% menos de 1 ano. O estafilococo não é causa habitual de pneumonia em
crianças hígidas.
• Geralmente causam broncopneumonia confluente com extensas aéreas de
necrose hemorrágica e áreas irregulares de cavitação. Pneumatoeles podem
estar presentes.
• O tratamento consiste em antibioticoterapia, drenagem da coleção purulenta
e oxigênio. Podem ser usadas a oxacilina, cefalotina ou clindamicina. Para os
resistentes à oxacilina usa-se a vancomicina. A duração total é de 21 dias.
Resumo Elaborado por: Débora Martins da Silva
Universidade de Santo Amaro - Unisa
Mycoplasma:
• 2ª causa entre 6-18 anos
• Comum entre irmãos
• Broncopneumonia → inicio gradual de sintomas de IVAS
• Evolução longa (21 dias)
• Hemograma normal / VHS aumentado
• Raio x inespecífico → Padrão intersticial / Broncopneumonia
• Tratamento com Claritromicina / Azitromicina (Macrolídeo)
Tratamento:
Complicações:
Abscesso Pulmonar:
• Tosse, febre alta, taquipnéina, dispneia, vômitos, escarro purulento,
hemoptoicos, perda de peso.
Resumo Elaborado por: Débora Martins da Silva
Universidade de Santo Amaro - Unisa
Pneumatoceles:
• Lesões císticas de conteúdo aéreo, de paredes finas
• Secundaria a pnm, trauma torácico, ou ventilação mecânica.
• Diagnostico pelo raio-x
• Maioria é assintomática
• Tratamento: Conduta conservadora. O tratamento para pnm resolve
o processo.
Asma Brônquica
Repercussão funcional:
• Doença episódica, marcada pela exacerbação e remissão
• Volume residual e capacidade residual funcional aumentados →
Aprisionamento de ar
• Gasometria arterial → Hipocapnia e alcalose respiratória (Taquipnéia e
hiperventilação) + Hipoxemia
• VEF 1,0 encontra-se reduzido (<80%)
• VEF 1,0/CVF (índice de Tiffenau) < 75% em adultos e < 86% em crianças.
Critérios diagnósticos:
• VEF-1 < 80% do previsto e redução da relação VEF-1/CVF < 75% em adultos
e < 86% em crianças.
• Prova broncodilatadora positiva, ou seja, aumento em mais de 7% ou mais de
200ml do VEF-1 após a inalação de um beta-2-agonista de curta duração.
Resumo Elaborado por: Débora Martins da Silva
Universidade de Santo Amaro - Unisa
Classificação:
Gravidade Sintomas Espirometria
Despertares VEF- Variação
Diurnos Exacerbações
Noturnos 1 do VEF-1
Fibrose Cística:
Tratamento:
• ATB → Oxacilina + Amicacina + Ceftazidima
• Agentes mucolíticos
• Nebulização com salina 7%
• Lipase recombinante
• Vacinas (anti-pnm, anti-influenza, antivaricela)
Sd. de Kartagener:
Diagnóstico:
• Exames de imagem (seios de face e tórax)
• Provas de função pulmonar (padrão de doença obstrutiva)
• Avaliação do óxido nítrico exalado (diminuído)