Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PROCESSO Nº
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Monte Alto - SP, vem, por meio de seu
Procurador que ao final subscreve, perante Vossa Excelência, propor AÇÃO DE DANOS MORAIS,
em face de VOLTZZ, pessoa jurídica, com endereço na Rua Conselheiro Nébias, 754, Santos, São
Paulo, CEP 11075-002, e PAGSEGURO INTERNET S/A, sociedade anônima inscrita no CNPJ sob o
nº 08.561.701/0001-01, com sede na Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 1384 –01º andar, Jardim
Paulistano, São Paulo/SP CEP 01451-001, ambas na pessoa de seu representante legal, pelos
fatos a seguir expostos:
PRELIMINARMENTE
LITISCONSÓRCIO PASSIVO
Em regra, o ônus da prova incumbe a quem alega o fato gerador do direito mencionado
ou a quem o nega fazendo nascer um fato modificativo, conforme disciplina o artigo 333, incisos
I e II do Código de Processo Civil.
Havendo uma relação onde está caracterizada a vulnerabilidade entre as partes, como
de fato há, este deve ser agraciado com as normas atinentes na Lei no. 8.078-90, principalmente
no que tange aos direitos básicos do consumidor, e a letra da Lei é clara.
Diante exposto com fundamento acima pautados, requer a parte autora a inversão do
ônus da prova, incumbindo à requerida demonstrar todas as provas referente ao pedido desta
peça.
DOS FATOS
O referido valor fora pago via cartão de crédito junto à 2ª Ré, a saber, PagSeguro,
Empresa do Grupo UOL, com uma taxa de R$14,79 (quatorze reais e setenta e nove centavos),
totalizando ao final a quantia de R$209,69 (duzentos e nove reais e sessenta e nove centavos).
Contudo, numa nova troca de e-mails, a empresa ré informou que o produto seria
entregue com prazo final no dia 30/05/2017, ou seja, quase 06 (seis) meses após efetuar a
compra.
Vale ressaltar que o autor manteve contato diversas vezes e foi tratado com total
descaso, restando evidente que a ausência do produto comprado ocorreu devido a péssima
prestação de serviço conferida pelas empresas Rés.
Assim sendo, no dia 21/06/2017, a empresa ré disse via e-mail anexado, que enviaria
o código de rastreio do produto. No entanto, após a referida data, a requerida deixou de
responder os e-mails, não devolvera o dinheiro do consumidor e ignora totalmente as
reclamações realizadas pelo requerente.
Não havendo solução amigável, a questão teve que ser submetida ao Poder Judiciário.
DO DIREITO
DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS VIOLADOS
Assim, é insofismável que as Rés feriram os direitos do consumidor ao agir com total
descaso, desrespeito e negligencia, configurando má prestação de serviços, o que causou danos
de ordem domiciliar e social.
Configura ato ilícito a conduta praticada por alguém nos ditames do Art. 186:
Portanto a atitude ilícita das RÉS configuram um ataque frontal ao sistema civil dos
contratos e das cobranças, de inspiração constitucional.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
Nada mais justo que o dever de indenizar conforme o art. 927 que trata do dever de
indenizar:
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo”.
REPETIÇÃO DE INDEBITO
O autor efetuou o pagamento referente a compra do produto da 1ª Ré, no cartão de
crédito, junto ao serviço de pagamento da 2ª RÉ, logo, o AUTOR requer a devolução dos valores
pagos em dobro.
O valor quitado pelo AUTOR deverá ser devolvido em dobro, à luz do que prescreve o
artigo 884 do CC:
“Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será
obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores
monetários.
Impende destacar ainda, que tendo em vista serem os direitos atingidos muito mais
valiosos que os bens e interesses econômicos, pois reportam à dignidade humana, a intimidade,
a intangibilidade dos direitos da personalidade, pois abrange toda e qualquer proteção à pessoa,
seja física, seja psicológica. As situações de angústia, paz de espírito abalada, de mal estar e
amargura devem somar-se nas conclusões do juiz para que este saiba dosar com justiça a
condenação do ofensor.
DO PEDIDO
e) a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6°, inciso VIII, do CDC; ante a
verossimilhança das alegações e da hipossuficiência técnica do autor;
Dá-se à presente ação o valor de R$ 9.439,69 (nove mil, quatrocentos e trinta e nove
reais e sessenta e nove centavos).
Termos em que,
pede deferimento.