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GRAMÁTICA

ENFERMAGEM

NUTRIÇÃO E DIETÉTICA Avaliação Nutricional

Nutrição Humana Existem 4 tipos de avalição nutricional:


• Anamnese;
Conceito:
• Avaliação Clínica;
É um processo biológico em que os organismos (ani- • Avaliação Antropométrica;
mais e vegetais), utilizando-se de alimentos, assimilam • Avaliação Laboratorial.
nutrientes para a realização de suas funções vitais.
Sistema Digestivo
Absorção

Conceito: Suas partes:

São substâncias simples ou compostas necessárias ao Boca  Epiglote  Faringe  Laringe  Esofago 
organismo humano para seu crescimento e manutenção. Esfíncter do cárdia  Estômago  Esfíncter piloro  Duo-
deno  Jejuno  Íleo  Esfíncter ileal  Apêndise  Ceco
Digestão
 Cólons  Reto Ânus.
Conceito:
Divisão dos Nutrientes
É a lise dos nutrientes em moléculas menores para que
possa ser absorvido. Se dividem em dois grupos:
• Macronutrientes: CHO, PTN e LIP;
Desnutrição
• Micronutrientes: Água, Fíbras, Vit., e Min.
Conceito:
Classificação dos Nutrientes
É a falta de substrato (nutriente) para o crescimento e
manutenção do organismo. Se classificam em 3 grupos:
Podemos desenvolver 2 tipos de desnutrição: DESNU- • Construtores: PTN;
TRIÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA.
• Reguladores: Água, Fíbras, Minerais e Vitaminas.
• Energéticos: CHO e LIP.
• DESNUTRIÇÃO PRIMÁRIA: quando não tem
acesso ao alimento;
• DESNUTRIÇÃO SECUNDÁRIA: quando tem Nutrição nas diferentes fases da vida
acesso ao alimento mas por algum motivo (patoló-
gico ou de biodisponibilidade) não ocorre a absor-  Nutrição na gestação  Nutrição na lactação 
ção do nutriente. Nutrição na infância  Nutrição na adolescencia  Nutrição
Hábitos Alimentares do adulto  Nutrição do idoso.

Conceito: Modificações da dieta

Os Hábitos alimentares é a dieta feita a partir de: Existem 2 tipos de modificações da dieta:
• Religião;
• Modificação Física: consistência, sabor e tempera-
• Família;
• Cultura; tura;
• Patologias; • Modificação Quimica: aumento ou diminuição dos
• Etc. nutrientes.

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Tipos de dietas hospitalares Hiperlipídica – Baixo peso, anorexia.
Gorduras Hipogordurosa – dislipidemias, esteatose
Modificação Física da dieta
hepática.
DIETAS INDICAÇÕES CARACTERÍSTICAS Hipoglicídica – Intolerância à lactose,
Geral ou normal Pacientes cuja Sem nenhuma Diabetes Mellitus.
VCT: 2000 – 2500 condição clínica restrição, deve Carboidrato
VCT: 2000 – 2500 não exige preencher todos os Hiperglicídica – Hipoglicemia, depressão.
Kcal modificação requisitos de uma dieta
em nutrientes e equilibrada.
Dieta geral – 6g de
consistência da
Nacl
dieta. Na – hipertensão
+
Dieta hipossódica – 1g
Branda Pacientes com É restrita em frituras e de NaCl
problemas alimentos crus, exceto Minerais
VCT: 1800 – 2000 mecânicos os de textura macia. K+ – renal crônico – limitar alimentos ricos
Kcal de ingestão e O tecido conectivo em K+
digestão que e a celulose estão (feijão, leite, frutas e hortaliças).
impeçam a abrandados por cocção
utilização da dieta ou ação mecânica, Resíduo – massa que permanece no
geral. É usada facilitando a mastigação trato gastrointestinal após a digestão-
como transição e a digestão. Diverticulite, colite, diarréias evitar: leite,
para a dieta geral. açúcar, carnes gordurosas, condimentos,
Pastosa Pacientes com Os alimentos devem Resíduos e frutas e hortaliças.
dificuldade de estar em forma de Fibras
Fibras – Solúveis – Diabetes Mellitus e
VCT: 1800 – 2000 mastigação e purê, mingau, batidos
dislipidemia (pectina, leguminosas, aveia)
Kcal deglutição, em ou triturados, exigindo
Insolúveis – Obstipação (celulose, folhas
alguns pós- pouca mastigação e
verdes, cereais integrais).
operatórios, casos facilitando a deglutição.
EDIS RODRIGUES JUNIOR

neurológicos,
insuficiência
respiratória,
Vias de Administração de dietas
diarreias.
Líquida-pastosa Pacientes com Utiliza preparações
dificuldade de líquidas e pastosas A nutrição pode ser feita por via oral, ou seja, pela
VCT: 1500 – 1800 mastigação e associadas, de fácil maneira natural do processo de alimentação, ou por um
Kcal deglutição, em digestão, mastigação e modo especial. No modo especial temos a nutrição ente-
casos de afecções deglutição. ral e a nutrição parenteral. A primeira ocorre quando o ali-
do trato digestório, mento é colocado diretamente em uma área do tubo diges-
em determinados tivo (geralmente o estômago ou o jejuno) através de sondas
preparos de que podem entrar pela narina ou boca ou por um orifício feito
exames, em pré e
por cirurgia diretamente no abdômen do paciente. A nutrição
pós-operatórios.
parenteral é a que é feita quando o paciente é alimentado
Líquida e Líquida Pacientes com Utiliza alimentos de
com preparados para administração diretamente na veia,
de prova dificuldade de consistência líquida na
mastigação e temperatura ambiente, não passando pelo tubo digestivo.
VCT: 1300 – 1500 deglutição, em que produzem poucos Nutrição Enteral ou NE segundo o Ministério da
Kcal casos de afecções resíduos e são de fácil Saúde do Brasil, designa todo e qualquer “alimento para fins
do trato digestório, digestão. especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma
em determinados isolada ou combinada, de composição definida ou estimada,
preparos de especialmente formulada e elaborada para uso por sondas
exames, em pré e ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou
pós-operatórios.
parcialmente para substituir ou complementar a alimenta-
ção oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas
Modificações Químicas da dieta
necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulato-
rial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos teci-
Restrição – renal crônico, cardiopata (ICC) dos, órgãos ou sistemas”.
Água Reposição – diarreia, vômitos,
transpiração Indicações para Nutrição Enteral em Adultos

Dieta geral ≅ 2500 Kcal (900 ml intrínseco) • AVC


• Doenças Desmielinizantes
Hiperproteica – queimados (2g/kg).
• Anorexia Nervosa
Proteínas Hipoproteica – renal crônico e hepatopata • Neoplasia de esôfago
(< 0,8g/kg/p). • Perfuração Traumática de esôfago

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• Doenças inflamatórias intestinais Os componentes da nutrição parenteral são:
• Síndrome do Intestino Curto
• Fístulas Digestivas • Água
• Queimaduras
É o de maior volume, necessário para repor as perdas
e transportar os outros componente. O cálculo da quanti-
Indicações para NE em crianças
dade total de fluido necessário (o volume) deve levar em
conta as necessidades e as perdas. Pode ser usado o peso
• Tubo gastrointestinal funcionante, mas incapaz de e a diurese neste balanço. No adulto segue-se um padrão
se alimentar VO de 2000 a 2500 ml no frasco de nutrição parenteral e o
• Necesidade de alimentação noturna restante é administrado através de soros em veias perifé-
• Necessidade de gotejamento contínuo após diar- ricas. Na neonatologia, depende de fatores como a idade
reia grave pós-natal (quanto maior a idade, maior a necessidade até
• Anorexia cerca de 15 dias de idade, quando se estabiliza) e a idade
gestacional(quanto mais prematuro, maior a necessidade).
• Estados hipercatabólicos
Idealmente, a diurese deve estar entre 1-2 ml/Kg/hora. Após
• Motilidade gástrica prejudicada
o nascimento, o peso cai por cerca de 4-5 dias, mas pode
• Refluxo gastroesofagiano cair por até 12 dias, dependendo das condições clínicas
• Pneumonia aspirativa (prematuros por exemplo). Quanto mais prematuro, maior
a perda de peso em porcentagem do peso original. Um RN
Contraindicações normal pode perder 5-10% de seu peso, já um prematuro
pode chegar a perder 20% de seu peso ao nascimento.
• Obstrução intestinal
• Iléo Paralítico • Glicose
• Obstrução Gástrica
Utilizada na forma de soluções hipertonicas de glicose,

geralmente a 50% – ou seja, 50 gramas de glicose para
Complicações
cada 100 ml.

• Obstrução da sonda • Aminoácidos

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• Saída ou migração acidental da sonda
• Erosões nasais, necrose e abcesso de septo nasal Necessário para formar a proteína, utilizam-se soluções
• Sinusite aguda, rouquidão, otite a 10% (10 gramas por 100 ml). Existem comercialmente
• Esofagite, Ulceração esofágica e estenose soluções especiais para problemas renais e hepáticos e
• Ruptura de varizes de esôfago soluções especiais para recém-nascidos muito prematuros.
• Fístula traqueo esofágica
• Lipídios
• Complicações pulmonares (pneumonia, pneumotó-
rax, etc) Utilizado preferencialmente todos os dias como fonte
de energia, juntamente a glicose, apresenta-se em soluções
Nutrição parenteral (NP) é a alimentação dada atra- a 10 e 20% (10 ou 20 g/100 ml)
vés de uma veia (periférica e central).
A nutrição parenteral serve para complementar ou • Eletrólitos
substituir completamente a alimentação oral (dada pela
boca) ou enteral. –– Sódio – na forma de NaCl a 20%.
–– Potássio- na forma de KCl e fosfato ácido de
Uma pessoa que não pode, não consegue ou não deve
potássio.
alimentar-se utilizando seu aparelho digestivo necessita de
–– Cálcio – Utilizado em veia periférica para evitar
uma outra maneira de alimentação que o mantenha com precipitação do soluto.
um estado nutricional adequado, pois o paciente desnutrido –– Fósforo na forma de fosfato ácido de potássio
enfrenta muito mal as enfermidades e invariavelmente evolui –– Magnésio na forma de sulfato de magnésio.
para óbito quando não é revertida esta situação.
• Vitaminas
São exemplos desta necessidade:
• recém-nascidos prematuros, cujo sistema digestivo –– A
–– B1
não é capaz de processar (digerir) o leite de modo
–– B6
suficiente à sua necessidade. –– B12
• pacientes submetidos a cirurgias gastrintestinais –– C
de grande porte que complicam com fístulas (vaza- –– D
mentos). –– E
• pacientes com a sindrome do intestino curto. A nutri- –– K – utilizado uma vez por semana, preferencial-
ção parenteral pode ser “Total” ou “Parcial”, con- mente em veia periférica.
forme a necessidade.Componentes –– Elementos minerais:

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–– Ferro Pirâmide Alimentar
–– Zinco
–– Cobre Uma forma ilustrativa para facilitar a educação alimentar.
–– Cromo
–– Iodo Conservação dos Alimentos

Complicações Calor  Frio  Vácuo  Produtos Naturais  Produtos


Químicos
Como principal complicação, por tratar-se de uma solu-
ção altamente nutritiva, é a contaminação por bactérias e Microrganismos com importância em alimentos
fungos que colonizam os frascos. Para evitar este problema
técnicas de esterilização dos frascos e materiais, bem como Salmonela  Clostridium Botulinum  Staphylococus
uma técnica asséptica são necessárias.
Áureos  Clostridium Perfringens  Bacilo Cereus.
O acesso venoso da nutrição perenteral total deve ser
uma veia central para evitar a flebite, isto é, deve ser em uma
Intoxicação e Infecção
veia calibrosa próximo ao coração para evitar uma reação
inflamatória da veia, devido a concentração alta de glicose.
• Intoxicação: Quando há presença de toxina;
MODIFICAÇÕES DA DIETA “NORMAL” • Infecção: Quando não há presença de toxina.

Por Quê? Vetor e Veículo de contaminação por microrganis-


mos
a) possibilitar a recuperação do paciente no menor
tempo possível. • Vetor: Quando o microrganismo é veiculado por
b) evitar a desnutrição durante a internação. seres vivos;
c) manter as reservas de nutrientes no organismo. • Veículo: Quando o microrganismo é veiculado por
d) adequar à ingestão de energia, macro e micro nu- utensílios.
trientes as necessidades nutricionais.
EDIS RODRIGUES JUNIOR

EXERCÍCIOS
Como?

a) adequando a prescrição: 1. Uma avaliação completa do estado nutricional inclui:


–– condições físicas e emocionais do paciente;
–– as necessidades nutricionais segundo: idade, I – Dados bioquímicos.
sexo, doença, estado nutricional, hábitos, pre- II – Avaliação clínica.
ferências alimentares, apetite, dentição, via de III – Uso de drogas ou medicamentos.
administração da alimentação.
Está (ao) correta(s) a (s) alternativa (s):
b) trabalhando a integração da equipe multidisciplinar. a. Apenas I e II.
b. Apenas III.
Cálculo da Massa Corpórea (IMC) e Gasto Energé- c. I, II e III.
tico d. Apenas II.

 IMC= P (peso) / H2 (altura ao quadrado) 2. Em relação a resposta glicêmica, a forma de preparo:


 EQUAÇÃO DE HARRIS-BENEDICT a. Não interfere na resposta glicêmica.
b. Interfere bastante na resposta glicêmica.
TAXA METABÓLICA BASAL c. Quase não se aplica o tipo de preparação a res-
postaglicêmica.
HOMEM: 66 + (13,7 x peso atual (kg)) + (5,0 x estatura (cm)) – d. Quase não se aplica o tipo de preparo a resposta-
(6,8 x idade (anos)) glicêmica.
MULHER: 655 + (9,6 x peso atual (kg)) + (1,7 x estatura (cm)) –
(4,7 x idade (anos)
3. É um bom componente para ser usado nas avaliações
nutricionais em idosos:
REQUERIMENTO ENERGÉTICO (RE)
a. Análise bioquímica.
RE= TAXA METABÓLICA BASAL x FATOR DE ATIVIDADE/ b. Circunferência da panturrilha.
INJÚRIE= TAXA METABÓLICA BASAL x FATOR DE ATIVI- c. Circunferência das mãos.
DADE/INJÚRIA
d. Análise de exame urinário.

Interação Droga X Nutriente 4. Segundo o índice de massa corpórea, a obesidade


grau III é indicada com um valor correspondente à:
Exemplos: a. 10.
b. 20 a 25.
Ferro e Cálcio  Bebidas quentes e Comprimidos  c. 40 ou mais.
Cafeína e Cálcio. d. 5 a 10.

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5. Em um pós-operatório relativo a uma cirurgia de redu-
ção do estômago, a dieta a ser prescrita é do tipo: GABARITO
a. Sólida com alta taxa de proteína.
b. Sólida com alta taxa de carboidratos. 1. C 5. C 9. C
c. Líquida. 2. B 6. D 10. A
d. Semissólida.
3. B 7. C 11. E, C, E, E
4. C 8. B
6. Os locais de dobra de pele identificados como os mais
refletivos da gordura corpórea são:
a. Acima do tríceps e bíceps.
b. Abaixo da escápula.
c. Acima da crista ilíaca.
d. Todas as alternativas estão corretas.

7. De acordo com as legislações estaduais, os reservató-


rios de água devem ser limpos:
a. A cada ano.
b. A cada 2 anos.
c. Semestralmente.
d. Quinzenalmente.

8. Dietas que apresentem gordura, proteínas e carboidra-


to implicam em esvaziamento gástrico e absorção:
a. Rápida.
b. Lenta.
c. Implicada.
d. Desviada.

9. Ivã, 87 anos, internado na clínica médica com quadro


de desnutrição. Após avaliação, a equipe multipro-
fissional toma como conduta a passagem de sonda

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transpilórica para início da reposição nutricional. A
nutrição enteral, por meio de sonda transpilórica, con-
siste na administração dos nutrientes diretamente no?
a. Final do esôfago.
b. Estômago.
c. Intestino delgado.
d. Intestino grosso.
e. Veia.

10. As ações de Vigilância Sanitária, Nutricional e Epide-


miológica são incluídas:
a. No campo de atuação do SUS.
b. No campo de atuação das secretarias estaduais de
direito do consumidor.
c. No campo de atuação das secretarias estaduais de
direito público.
d. No campo de atuação das secretarias municipais
de saúde exclusivamente.

11. Julgue os itens abaixo em (C) certo e (E) errado no que


diz respeito a avaliação nutricional.
a. O técnico de enfermagem perguntou ao paciente
ERJ, se ele tinha parceiro (a) fixo. Este questiona-
mento é realizado na avaliação clínica.
b. O paciente ERJ, foi admitido no hospital de Sa-
mambaia apresentando ITU (Infecção do Trato
Urinário). A avaliação realizada foi o exame labo-
ratorial.
c. O enfermeiro ao realizar a consulta de enferma-
gem, observou que o paciente apresentava-se ic-
térico. Esta hipótese diagnóstica foi determinada
devido a avaliação laboratorial.
d. A técnica de enfermagem não pesou nem mediu
a altura do paciente e por este motivo a mesma
deixou de realizar a Anamnese.

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