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Comece já
Alquimia Verde
Graças à vida
Maria Feliz
Os produtos de hidrocarbonetos microbicidas mais adequados devem ser os que possuem um ponto de ebulição entre 100º e 200º C. Não é recomendável a
utilização de produtos de que não se conheça o ponto de ebulição ou a composição química. Contrariamente à aguarrás (“Terpentinersatz”), a terebentina
natural é geralmente fornecida com a designação de terebentina balsâmica ou óleo balsâmico de terebentina.
O sistema reage
Logo após a publicação de poucas das 20.000 cartas de agradecimento que Paula Ganner recebeu, o chefe da Redacção da revista «7 Tage» (Sete Dias) foi
despedido e no Índice Farmacêutico alemão foi eliminado o registo de petróleo como produto para lavagem de feridas. A partir de então, o petróleo passou a
ser considerado como veneno perigoso que pode provocar graves danos renais – embora sobre isso não fossem referidas quaisquer provas ou apresentados
exemplos de casos. Em 1979, na cidade alemã de Hersbruck foi aberto um processo judicial contra uma mulher que difundiu informações de saúde sobre o
petróleo. O procurador não pôde provar qualquer violação da lei e não apresentou um único caso em que houvesse queixa de alguém que tivesse sofrido
danos de saúde pela utilização de petróleo que ela lhe aconselhara. Também o médico legista convocado não conseguiu comprovar quaisquer potenciais
danos e disse ainda que contra o cancro se devem utilizar todos os remédios possíveis e que o assunto do petróleo merecia estudos clínicos. A Procuradoria
teve de dar o caso por encerrado.
Para reduzir ao mínimo a possibilidade de também eu ser levado a tribunal, quero aqui deixar claro que o presente artigo serve exclusivamente como
informação e que eu não recomendo produtos petrolíferos ou terebentina para o tratamento do cancro ou de outras doenças. Cada um deve informar-se e
avaliar os factos existentes antes de tomar a decisão, isto é, se as vantagens da utilização de produtos de hidrocarbonetos são mais importantes que os
riscos referidos pelas nossas autoridades sanitárias.
Sobre o autor
Walter Last está reformado como bioquímico, investigador químico, nutricionista e terapeuta natural. Trabalhou na Alemanha, nos EUA, na Nova Zelândia e na
Austrália, onde vive actualmente. Walter Last publicou inúmeros artigos em revistas sobre o tema Saúde, assim como vários livros. O seu Website é
www.hwalth-science-spirit.com. A editora Mobiwell publicou recentemente o seu livro “Krebs natürlich heilen” – em tradução livre: “A cura do cancro pela
natureza”. (NEXUS-Magazin 40 April – ai 2012 Zeitgeschehen/texto abreviado.)
Graças à Vida.
Maria Feliz
Julho de 2020
Um caso
Hoje em dia aumentem-se as histórias sobre cancro da mama. Conhecemos algumas curas. Sabemos de tratamentos da medicina convencional, de
tratamentos da medicina natural e de tratamentos da medicina popular. As vezes me parece, o medo do cancro da mama causou uma histería de operação e
de biopse. Conheço casos, que depois de uma biopse, o tumor ou o cancero começou de crescer rápido e doloroso. As mudanças de hormonas podem causar
nódulos na mama e não sempre deve ser isso um tumor (Reler o meu texto sobre cancro de 2017). Encontrei no livro “Manual da Medicina Natural” de 1933
de Dr. Alfred Brauchle uma descrição de um caso de uma mulher com cancro da mama. É interessante e tem valor de uma reflecção.
Dr. Alfred Brauchle foi Director do Hospital de Priessnitz, em Mahlow, e, posteriormente, médico chefe da Clínica de Naturopatia no Hospital Rudolf Hess, em
Dresden.
Após o seu exame final, o Dr. Alfred Brauchle praticou longamente como alopata, cirurgião e parteiro, mas, por uma questão de consciência, transitou para a
área de medicina naturalista.
"... Do distanciamento em relação aos ensinamentos da medicina ortodoxa não resultou em mim qualquer inimizade, mas apenas a obrigação de colaborar
na formação da arte de curar e no equilíbrio das contradições entre medicina popular e medicina universitária..." (Do Prefácio do seu livro "Manual da
Medicina Natural", Setembro de 1933).
Graças à Vida
Maria Feliz
Doenças e sofrimentos
Tumores malignos
Em 1902, a doente de 40 anos de idade notou na mama esquerda um endurecimento do tamanho de uma moeda de cinco Marcos e dois a três quistos do
tamanho de ovos de pomba na axila esquerda. Tanto o tumor na mama como os quistos doíam de vez em quando, especialmente quando havia mudança de
tempo atmosférico. A doente consultou Schweninger, que desaconselhou radicalmente tanto a operação radical como uma biopsia. Prescreveu banhos de
vapor locais e compressas quentes, e, para melhoria do estado geral, dieta vegetariana, banhos de ar, banhos de luz eléctrica, banhos com aumento da
temperatura no antebraço e pés. Com o seu aconselhamento calmante, a doente perdeu o medo e ficou com esperança de melhoras. Ao longo deste
tratamento prescrito por Schweninger, verificou-se redução das dores e o volumoso tumor mamário dividiu-se em vários de pequenas dimensões. Esta
situação manteve-se praticamente inalterável ao longo de trinta anos. As dores sentidas nas mudanças de tempo eram tratadas pela doente com compressas
quentes e banhos quentes.
Em 1933, quando a doente tinha 71 anos de idade, o tumor rebentou, sangrou e supurou durante cerca de duas semanas, voltou a fechar parcialmente e
ganhou crosta rígida de cor vermelha. Os quistos na axila aumentaram de tamanho e doíam intensamente. Foi com este quadro clínico que a doente veio até
mim em tratamento e a internei no Hospital Priessnitz em Mahlow, que eu dirigia na altura. O tumor mamário situava-se no quadrante exterior superior da
mama esquerda, tinha o tamanho de uma maçã, era rígido, protuberante, facilmente deslocável na base, cicatrizado com a pele. Aqui via-se uma ferida do
tamanho de uma moeda de dois Marcos, recoberta de escaras com margem do tipo talude. Na axila esquerda apalpava-se um conjunto de abcessos do
tamanho de um pêssego pequeno, duro, móvel na sua base. Com um tratamento adequado à natureza, foi possível, ao fim de três semanas, reduzir as dores
e melhorar consideravelmente o estado geral da doente, já um pouco macilenta. Apresentei a doente a um cirurgião, que confirmou "cancro da mama", o que
já não suscitava dúvidas. Perdi a doente de vista, mas ouvi dizer que alguns anos mais tarde, portanto lá pelos 75 anos de idade, faleceu, mas ignoro se do
cancro da mama ou de outra doença. Estamos aqui na presença de um inegável cancro da mama que se manteve estável ao longo de cerca de 35 anos e não
influenciou negativamente a capacidade de trabalho nem de desfrute da vida da doente. — Um médico demasiado temperamental contraporá: não foi feita
nenhuma biopsia e o diagnóstico "cancro" não foi consolidado pela análise microscópica! Contudo, pensando calmamente, concluirá que em qualquer
tratamento não invasivo de cancro a biopsia deve ser rigorosamente proibida para se evitar a proliferação do tumor.
(Origem: "Handbuch der Naturheilkunde” / Manual da Medizina Natural que servia para médicos e leigos)
O que é Pensar?
Pensar é sentido, conteúdo e expressão do ser do Homem, seja de forma individual, em relação a situações e pessoas concretas e singulares, seja de forma
colectiva, em relação a situações ou pessoas na sua generalidade e complexidade. Aparentando diferenças tanto num caso como no outro, até mesmo
aparentando oposição, a sua actuação é, contudo, concordante. E tem de actuar em consonância. Pensar é aquilo que permite abranger o ser como vida, a
vida como existência, a existência como única forma de ser para tudo o que é vida ‒ incluindo o não-ser: a missão eternamente não vencida, eternamente
não realizada. É o destino, que, por isso, se mantém desconhecido. Porque a forma de pensar do carácter cósmico-espiritual, com a entrada no carácter
terreno e materialista, é subjugado pelas leis deste, oscilando, no entanto, entre a conservação do sentido de trabalho ‒ o paraíso terreno, servindo a
realização do ego tanto individual como colectivo, portanto, também, cósmico ‒ e a aniquilação deste sentido. Ao indivíduo que abandona essa subjugação é
dado o pensamento altruísta, de orientação cósmica. Ou então ‒ obedecendo à submissão ‒ é desorientado de forma egoísta, dando origem a uma epidemia
de obsessão a nível planetário e à dissolução e destruição do pensar ‒ expulso do impulso cósmico ‒ embora o mais inexoravelmente possível a ambas
subjugado, que não conseguem distinguir uma da outra. Nem em relação a si próprio nem em relação aos outros. Isso é a forma de pensar que pode
conduzir o indivíduo, tribos, e povos, raças e religiões para a loucura do desmoronamento, sem que tal se faça sentir. No entanto, continuando a ser
designado de pensamento. Mas, simultaneamente e muito longinquamente, também pode conduzir à elevação em oposição a essa loucura, o que será muito
claramente notado. Por quem se involver.
Graças à vida,
Maria Feliz/feliz
O Cancro.
O cancro é uma doença assustadora que mata anualmente milhões de pessoas. Também é um facto assustador que para a cura desta doença a medicina não
pode fazer muito mais nos nossos dias do que já fazia há dezenas de anos. Apesar de todos os esforços, programas de investigação, investimentos na ordem
de milhares de milhões ‒ isto é, força vital ‒ e declarações de vontade políticas, não deve haver uma outra área no mundo humano onde tanto esforço tenha
conduzido a tão pouco sucesso.
Para muitas pessoas, sofrer de cancro equivale a uma sentença de morte. Cresce nelas um medo pânico e querem ver-se livres o mais rapidamente possível
daquilo que se desenvolve como cancro.
A medicina convencional dispõe para isso de métodos claros. Trata o cancro como doença local e localmente tratável. Aplica em primeiro lugar o método da
operação, à qual se segue radioterapia e quimioterapia. Em muitos casos, apenas aplica a radioterapia, ou então começa pela quimioterapia, realizando a
seguir a operação. Geralmente quatro de cinco operados não morrem devido ao primeiro tumor que se desenvolveu no corpo. Morrem principalmente em
resultado de metástases que se foram formando às escondidas, insidiosamente, aparentemente vindas do nada ‒ quando a partir de micro metástases se
formam novas metástases num outro órgão. Quando o corpo não consegue por si só restabelecer a ordem natural, saudável e com forças de defesa, os
tumores podem ser retirados, tratados com radiação, aniquilados com produtos químicos, como se queira. Mas haverá sempre um novo cancro em formação.
O corpo continua a não estar em condições de resistir ao novo aparecimento de doenças cancerosas, porque os seus sistemas de defesa, em resultado das
tentativas, especialmente com radiações e venenos para células, ficam fortemente abalados e danificados.
Actualmente há médicos que recusam a cirurgia oncológica conservadora, depois de terem vivido muitos anos na euforia da operação, pensando que com
esse método poderiam curar o cancro. Esses médicos trabalham agora na maior parte dos casos com terapias biológicas e estudam homeopatia, fitoterapia e
outras formas alternativas de tratamento. Está-se a assistir também a um renascimento do estudo da mente e de orientações mentais.
Quando eu era jovem, perdi uma pessoa que me era muito próxima, porque morreu de cancro. Foi terrível assistir à forma como ela ficou mutilado em
resultado de operações e depois, após uma cirurgia de reconstrução (um substituto para uma parte do corpo), morreu completamente sem forças e em
grande sofrimento, desgraçadamente e sem esperança. Sabemos hoje sem sombra de dúvida que o sistema imunitário reage a emoções, que é estimulado
por sentimentos de esperança e alegria, e que as forças de auto cura do corpo podem ser enfraquecidas pelo desespero. Também Sabe-se que a
quimioterapia não é o remédio santo no qual as pessoas depositaram tanta confiança, e que a radioterapia pode provocar o aparecimento de novos tumores.
Vida e morte pertencem ao esclarecimento interior; métodos de tratamento são aspectos exteriores.
Existem muitas vias alternativas para o tratamento do cancro, mas não posso afirmar que alguma delas cure o cancro. Cancro é guerra declarada no
organismo e para o restabelecimento da paz é preciso aplicar diferentes estratégias.
Ninguém, mesmo sendo saudável, escapa ao cancro, se viver ou dormir num local perturbado e típico de cancro, como, por exemplo, onde haja radiações
telúricas e veios de água.
Se o cancro for identificado numa fase muito inicial ‒ se a consciência for suficientemente amadurecida e capaz disso ‒ pode haver uma alternativa eficaz
para o método ou para a terapia. Sem operação.
Nenhum médico, médico naturalista ou terapeuta pode garantir ou prometer cura para o cancro. Quem for confrontado com uma doença mortal tem de
procurar exaustivamente todas as possibilidades de informação sobre a sua doença e, se possível, consultar diferentes especialistas e terapeutas. Deve
manter-se livre de influências, deve verificar as fontes de informações e nunca se esquecer de que se trata da sua própria vida e não da vida do médico ou do
terapeuta.
Sabe-se também que o stress permanente e emoções negativas, como, por exemplo, mau humor, medo, pânico, depressões, desgostos, raiva, fúria, inveja,
tristeza e cargas emocionais reprimidas enfraquecem o sistema imunitário. Por isso, devemos esforçar-nos por mantê-lo, fortalecê-lo e tudo aprender sobre
ele.
Com a perda da pessoa que morreu de cancro, comecei a pensar no sentido da vida e do destino. Durante a minha infância, tive mais saúde, enrijecimento e
alimentação natural do que doenças e sofrimento. Comecei então a interessar-me por cancro, pelas suas causas e pelos seus tratamentos. Estudei textos
modernos e antigos. Existem actualmente incontáveis livros e opiniões que facilmente podem lançar a confusão e que são escritos mais para fins de negócio
do que para cura real.
Nessa procura cheguei sempre à mesma conclusão:
Através do afastamento e alheamento em relação à Natureza, o ser humano atingiu um ponto de amolecimento e degeneração no corpo, na mente e na
alma, que manifestamente o faz andar para trás como o cancro (na Natureza). Perdeu completamente a noção das interacções naturais. Dessa forma, com o
cancro, vai recuando sempre até à sua própria destruição. Só a libertação e a inversão dessa marcha-atrás, dessa forma de andar, que não é natural da
pessoa humana, poderia transformar esperança em realidade.
Por esses motivos, e outros, quando eu tinha 30 anos, abandonei com o eremita Feliz a sociedade na qual vivia ‒ e procurei V I D A. Uma vida onde
macrocosmo e microcosmo se abraçam.
Sendo o cancro uma doença sistémica, então o doente de cancro tem de se libertar do sistema e curar-se. O primeiro passo é a procura da causa ou das
causas. Se soubermos que alimentos, aditivos alimentares, profissões, influências ambientais, medicamentos, etc., são suspeitos de provocar cancro, então
compreende-se que o doente tem de participar na actividade e na responsabilidade para a sua cura. Infelizmente há muitas pessoas que foram educadas
para obedecerem incondicionalmente ao médico. Educaram-se para isso. Um verdadeiro médico ouvirá sempre atentamente a opinião do seu paciente e
compreenderá que ele gostaria de consultar outros especialistas. O doente e o médico, a pessoa que cura, têm de estabelecer sempre entre si uma atitude de
abertura, franqueza e confiança, que inclui também o incondicional intercâmbio das possibilidades de aplicação da medicina popular e da medicina natural.
É frequente que na quimioterapia, por exemplo, a aplicação e/ou ingestão de certos e determinados produtos naturais e alimentos contribuam para vencer as
grandes debilidades físicas (através do reforço do sistema imunitário).
Em muitos doentes de cancro há défice de vitamina A, vitamina E e vitamina C. Pessoas do grupo sanguíneo A são mais frequentemente vítimas de cancro do
que pessoas de outros grupos sanguíneos.
Todos temos no nosso organismo células, a partir das quais, um dia, se pode formar um tumor ou um cancro. Contudo, é possível eliminar células
cancerosas, bactérias e vírus por intermédio de um bom sistema imunitário intacto. Também é interessante verificar que acessos de febre ultrapassados de
forma natural em determinadas doenças infantis também matam células cancerosas. No caso de pessoas com cancro falta frequentemente também o
"potencial antioxidante" contra radicais livres. "Potencial antioxidante" encontra-se, por exemplo, em enzimas, nas vitaminas A, C, e E, e também nalguns
minerais e oligoelementos como selénio e magnésio.
Quando procuramos cura para o cancro, chamo sempre e só a atenção para a base mais importante, que é a profilaxia, isto é, fazer tudo no sentido do
fortalecimento e da manutenção do sistema imunitário.
A tarefa inicial em cada caso de prevenção e tratamento consiste em vencer o medo do cancro. Também é preciso fazer uma verificação autocrítica e a
eventual alteração do estilo de vida. É indispensável solucionar os conflitos existentes e eliminar as emoções negativas. Problemas não resolvidos
(principalmente sentimentos de ódio e inveja, não ser capaz de superar a perda de um ente querido, problemas no emprego, etc.) podem tornar agressivo
um cancro inofensivo e até então dormente, do qual talvez ninguém se tenha apercebido.
É preciso tratar todas as inflamações crónicas e focos de pus (incluindo focos dentários), bem como infecções recorrentes provocadas por herpes.
A sua profilaxia inclui também uma alimentação saudável e natural dos cinco sentidos em todos os graus da pureza.
O cancro surge principalmente no "ponto fraco" do corpo. Portanto, tanto mais importante se torna que cada pessoa conheça os seus "pontos fracos" tanto
orgânicos como psíquicos, dirija a sua atenção para eles e os fortaleça.
A energia para VIVER a partir dos quatro elementos água, ar, fogo e terra é a fonte fornecedora de vida, que está a ser cada vez mais esquecida, embora aí
possamos encontrar variadas possibilidades de terapia e profilaxia.
Com uma alimentação saudável e natural, com ginástica diária e com o enrijecimento do corpo com água fria, não é de esperar que surja um cancro.
Uma alimentação "anticancerígena" inclui sucos frescos de maçã de cultivo natural, beterraba vermelha e cenoura, alimentação rica em enzimas e vitaminas
(principalmente alimentos crus) com salsa fresca, plantas silvestres e germinados. Como é evidente, as forças curativas provêm mais de frutos e legumes
de crescimento natural do que tratados e adubados com produtos químicos.
É sabido que o cancro se alimenta de albumina animal. Portanto, ao cancro será retirado o alimento se lhe faltar albumina animal. Este aspecto é muito
importante para doentes cancerosos.
Existem determinadas plantas designadas como anticancerígenas, que podem ser ingeridas de variadas formas, quer como profilaxia, quer como terapia de
tratamento e acompanhamento do cancro. Como alimento, sob a forma de chá, pó ou como tintura mãe, como pastilhas ou banhos, e também como
pomadas ou compressas.
A composição correcta para um tratamento preventivo ou de acompanhamento deve ser discutida com uma pessoa experiente, porque não é qualquer planta
que pode ser utilizada em forma simples, visto que muitas são venenosas e nem todas podem ser boas para o acompanhamento ou a prevenção para
qualquer tipo de cancro.
Refiro a seguir algumas plantas preventivas do cancro que não são venenosas:
Calêndula, Milfolhada (Milefólio / Mil-folhas / Achillea), Cavalinha, Visco, Tanchagem, Equinácia, Couve, Alho, Aloé, Unha-de-gato (Uncaria tomentosa),
Alcachofra, Absinto, Bétula, Galião (Erva-Coalheira), Cardo-Mariano (Cardo-de-Santa-Maria / Cardo-leiteiro), Salsa, Erva-de-São-Roberto (Bico de Grou /
Erva-Roberta), Violeta, Morugem (Erva-estrela / Erva-canária / Morugem-branca / Morugem-verdadeira / Esparguta / Erva-pontiaguda / Morugem vulgar /
Merugem), Espinheiro branco, Freixo, Cebola, Curcuma (Curcuma longa / Curcuma doméstica / Açafrão-das-índias / Turmérico / Açafroa / Açafrão-da-terra),
Pau de Arco, e muitas outras.
No tratamento natural do cancro é preparada a planta venenosa Cicuta (Conium maculatum) p. ex. de forma espagírica e homeopática. Esses produtos
encontram-se à venda sob a forma de gotas e pomadas para aliviar dores e evitar o alastramento do tumor. Também existem produtos para tratamento do
cancro frequentemente associados a nitrato de prata, clorato de ouro, cloreto de magnésio, carvão vegetal, arsénico, fósforo, estrela-do-mar, ácido silícico e
veneno de cobra (como gotas, pomadas, pastilhas e drageias).
Muitos médicos naturalistas especializaram-se na área do tratamento do cancro com Horvi, que inclui, entre outras coisas, injecções de extractos de visco,
veneno da serpente Lachesis, da serpente Trimeresurus, vitamina B e cloreto de magnésio. Além disso, neste tratamento são utilizadas gotas, pastilhas e
drageias especiais, particularmente adequadas ao tratamento antes e depois de operações a tumores, mas sempre em estreita colaboração com o médico ou
com o médico naturalista.
Para se dar a conhecer o conjunto de todas as possibilidades do tratamento natural e da prevenção do cancro, tem havido frequentes possibilidades de
apresentações e reuniões em escolas secundárias no âmbito de conferências públicas e gratuitas, com a participação de terapeutas, médicos, especialistas,
pacientes e pessoas curadas de cancro.
Na medicina popular há diferentes aplicações de compressas e pastas para tumores e cancro: pode ser de Cavalinha, Argila, Tanchagem, sementes de Linho
pulverisado, folhas de Couve e sementes pulverisado de Feno-grego (Fenacho ou Alforvas). Pomadas com Calêndula, Comfrey e gel fresco de Aloé são
conhecidas há muitos anos como meios anticancerosos.
Como tratamento interno de acompanhamento podem ser tomados sucos de plantas frescas, como p. ex., Tanchagem, Milfolhada (Milefólio / Mil-folhas /
Achillea), Morugem e Couve, segundo o tipo do tumor. Tomar em pequenas doses acabadas de preparar, entre as refeições.
A mais conhecida receita popular para o cancro é o xarope de Aloé Arborescens do Padre Romano Zago:
Uma a duas folhas de Aloé com mais de 4 anos de idade, cortadas antes do nascer do Sol ou após o pôr-do-sol.
500 g de mel, 4 a 6 colheres de sopa de aguardente vínica (também há receitas que recomendam whisky ou até nenhum álcool).
Retirar os espinhos das folhas de Aloé e com uma colher de sopa recolher o gel do interior da folha. Misturar na batedeira o gel, o mel e a aguardente vínica
até que a massa espessa se torne fluida. Encher garrafas e fechar bem.
Posologia: 1 colher de sopa, 3 vezes por dia, 20 minutos antes da refeição.
No caso de nódulos no peito ‒ que nem sempre constituem tumores, podendo ser apenas resultado de uma alteração hormonal ‒, recomendo a aplicação de
pomada de Calêndula várias vezes por dia. Como complemento, 3 chávenas de chá de Milfolhada e Calêndula 3 vezes por dia. A Erva-de-São-Roberto
também tem dado bons resultados.
Preventivo do cancro da próstata: a partir dos 40 anos de idade, devem ser mastigadas diariamente 5 sementes de Abóbora com casca, sem sal. De vez em
quando, chá de Cavalinha, chá de Freixo, chá de Bétula e chá de Urtiga. Comer frequentemente tomates amadurecidos naturalmente como sopa de tomate
ou em qualquer outra forma.
De uma maneira geral, fruta, bagas e legumes de cor amarela, laranja e vermelha até azulada são alimentos preventivos do cancro.
Se pela auto-cura e a utilização de meios naturais um tumor estacionar ou até desaparecer, quem tiver passado por uma situação dessas deve manter
durante muito tempo o regime de profilaxia e não regressar aos hábitos anteriores. Deve, principalmente, transmitir essa experiência a outras pessoas, para
que volte a ser importante o conhecimento das forças da Natureza e da auto-cura.
Graças à Vida
Maria Feliz
Linha geral
Em resultado do crescente e desenfreado abandalhamento dos costumes, do desmoronamento das sociedades humanas, bem como da imparável queda das
forças de resistência de pessoas que desamparadamente ou de forma egoísta com tudo isso são confrontadas, torna-se necessário mostrar a linha geral a
adoptar para esse fim a quem se interessar pelo aspecto altamente complexo e sobredimensionado. Para depuração, clarificação e fortalecimento.
Com a férrea vontade de cada indivíduo e com a incondicional fé fora de qualquer culto, fora de qualquer «sistema» de religião de massas.
Nunca sonhar antes de se atingir aquilo com que se sonha. Só assim se tornará força. Questionar permanentemente sensação, pensamento, palavra e acção,
atitude e posição em relação a tudo e a todos, começando pela própria pessoa.
Nunca se dar por satisfeito com o que se alcançou ‒ tanto nas áreas físicas e materiais como morais, psíquicas e espirituais ‒ adoptando como a regra mais
importante a moderação no coração e na cabeça.
Testar muito rigorosamente a quantidade e a qualidade de todas as informações naturais e artificiais, sob responsabilidade e controlo individuais.
Todas as promessas, feitas a mim ou a outros, para que também para mim e para os outros sempre se cumpram.
Saber sempre o quê, quando, onde, como, porquê, para quem e para quê.
O conhecimento do essencial, a concentração para essencial.
Evitar o mundo de escândalo e sensação, assim como sensação e escândalo do «mundo». Como sendo o nada.
Pobreza voluntária, altruísmo e amor ao próximo: o equilíbrio espiritual. Como sendo o tudo.
Nunca nos sentirmos melhor que os outros. Nunca desprezar a sociedade nem as pessoas. Nunca desistir. Nunca desistir de nós.
Com inteligência, prudência, com força espiritual e de vontade, encontrar sempre as pessoas certas para a ocasião e a situação certas, no lugar certo para a
comunidade certa.
Manter-se longe de qualquer seita, intitule-se ela de política ou religiosa.
Sempre o homem apoiando e protegendo a mulher, a mulher apoiando e protegendo o homem.
Responsabilização por tudo e todos. Responsabilização pelo pensamento próprio como autoridade máxima. Uma forte memória. Paz e sossego no coração.
Viver o ser natural, o ser pensante, o ser medicinal e alimentar.
Viver diariamente o trabalho com sentido e carácter construtivo e produtivo.
Sempre em uníssono com o cosmo, com o Planeta, com o seu reino mineral e vegetal, com as movimentações no Firmamento.
Deste Planeta nunca comprar o que quer que seja.
O importante não é a luta contra instituição e burocracia, que no seu somatório parasitário constituem «o estado» e quejandos, e têm necessariamente de
soçobrar, mas sim a luta pela sobrevivência com a lei da Natureza de identificação espiritual evoluindo cosmicamente. Importante é o carácter para tal
correctamente formado.
É preciso viver a auto superação, a auto educação, o auto governo.
Viver espiritual e eticamente fora das estruturas da sociedade materialistamente psicológica.
Graças à vida,
Fala-se há anos de crise, tempos difíceis e fome. Nota-se que o consumo aumenta e os contentores do lixo nas aldeias e nas cidades ficam a abarrotar de
lixo, as prateleiras e as arcas frigoríficas nos supermercados estão sempre cheias e desde há algum tempo há um acréscimo de peixe e fruta de todo o
mundo, até mesmo de África e da Grécia.
Pó alimentício de Parmentier
Os difíceis tempos vividos entre os anos de 1846 e 1847, tal como o aumento do custo de vida registado em 1817, fizeram-se sentir também, e
principalmente, na região de Erzgebirge, Saxónia, Alemanha. Nesses tempos de crise, o jornal de Schneeberg publicou um artigo sobre um paliativo contra a
fome, que, para bem de todos, aqui se reproduz:
Alguns povos primitivos possuíam um pó alimentício de que se serviam nos tempos de fome para se sustentarem. Também se sabe que as tropas em Lille na
Flandres, quando tiveram de suportar um longo ataque nas Guerras da Sucessão Espanhola, conseguiram viver um largo período de tempo alimentando-se
com este pó. Entretanto, esse sucedâneo do pão caiu de novo no esquecimento, até que o químico francês Parmentier o redescobriu. Inicialmente era
constituído por pão e bastavam 150 g desse pó para se garantir a satisfação equivalente a meio quilo de pão. Pessoas que naturalmente tinham muito apetite
alimentaram-se diariamente com 190 g desse pó ao longo de muitos dias sem sentirem o mínimo problema.
O pó é preparado como a seguir se indica: (pode assistir ao video "Pó de pão" aqui)
Pão bem cozido e já com vários dias é cortado em fatias finas, que são secadas num forno, mas de forma a não ficarem queimadas. Depois de bem secas,
são raladas para obtenção de pó, que é novamente levado ao forno. Basta um quarto de hora para perder 2/3 do seu peso. O cheiro e a cor desse pó são
agradáveis e sabe bem. Parmentier misturou cerca de 15 g desse pó com alguma manteiga e sal numa sertã, adicionando 2 litros de água, que começou por
ser absorvida, formando seguidamente uma pasta de pão saborosa e muito saciante. Parmentier alimentou com 190 g diários desta pasta um soldado que
habitualmente comia muito. Nunca se queixou de fome. O próprio Parmentier experimentou este alimento, tendo vivido vários dias sem qualquer problema,
depois de ter dividido os seus 190 g deste alimento em duas partes e as ter transformado em pasta como acima se descreve, alimentando-se dela de manhã
e à noite, de 12 em 12 horas. Segundo Parmentier garantia, este pó de pão poderia conservar-se uma dezena de anos se fosse guardado em bons recipientes
em locais arejados e secos, e também ao abrigo de animais que o pudessem estragar.
Imaginem agora a quantidade de pão seco que seria possível guardar em qualquer casa ao longo de um ano, a fim de ser utilizado em tempos de crise!
O pároco Sebastian Kneipp soube de uma receita semelhante, que deu a conhecer como "Sopa revigorante" em 1886, através do seu livro para manutenção
da saúde.
Coze-se pão de farinha de centeio integral e corta-se em fatias finas que se secam numa chapa no fogão. Logo que fiquem bem secas e duras, trituram-se
num almofariz até se obter um pó grosseiro. Para fazer sopa, mexe-se o conteúdo de 2 a 3 colheres cheias num caldo de carne, água ou leite. Dois minutos
depois, a "sopa revigorante" está pronta. Adicionam-se condimentos ou gorduras.
Uma outra variante é obtida misturando pão integral de espelta com pão de centeio integral, igualmente triturado em pó grosseiro. Kneipp recomendava
estas "sopas revigorantes" para doentes e para crianças fracas, porque forneciam muitos nutrientes à natureza enfraquecida.
A sua preparação é a seguinte: a partir de farinha misturada com manteiga derretida de fresco e banha fresca de porco (ambas em partes iguais), prepara-se
um refogado espesso, adicionando-se a necessária quantidade de sal e cominhos. Ainda líquida, vaza-se esta pasta para um copo. Logo que a pasta arrefeça,
tornando-se muito consistente, fecha-se o frasco. A pasta de refogado assim preparada pode ser usada ao longo de 3 a 4 anos. Para fazer sopa a partir desta
pasta, basta deitar em 1/2 litro de água a ferver o conteúdo de 1 a 2 colheres desta pasta consistente e mexer. Pode-se juntar pão seco à sopa. 3 a 4
minutos depois, está pronta a servir.
Um copo de meio litro de pasta consistente de refogado é suficiente para cerca de 8 litros de sopa.
Tudo isto pode parecer muito trabalhoso ou até irrisório. No entanto, em tempos de crise, somos todos iguais, ricos ou pobres. Todos temos que pensar no
que queremos comer, quando quisermos comer.
«Neto és!
Às vitórias e derrotas de quem já foi deves a tua existência.
Proteges em tuas mãos, como antepassado, vitória e maldição dos teus mais longínquos descendentes.»
Graças à vida
Maria Feliz
Estrume animal, que a terra-mãe recebe anualmente para frutificar áreas de cultivo, constitui um dos portais do universo terrestre, através dos quais o
espírito da vida entra e sai, abençoando-te, mas sem te tocar directamente. No entanto, se o alimento para esses animais for impuro, a sua vida uma
incomensurável desgraça, o seu estrume também será impuro.
A impureza do estrume ‒ portais condenados à impureza de maldição espiritual ‒ toca-te directamente. Protege-te disso:
o espírito da vida amaldiçoando-te e tu chamando a isso doença com todos os nomes.
Mas se for «estrume» artificial, todos os teus desejos e vontades são artificiais.
Artificial a morte da vida, enterrando-te vivo.
VACAS VEGETARIANAS
O meu Avô era um latifundiário. Os seus enormes campos de cereais, batata e beterraba eram lavrados com um errado grande e quatro cavalos. Nos
pomares havia pequenas casas de madeira onde brincávamos e jogávamos em criança. Essas casinhas eram para os porcos com os seus leitões. Os cavalos,
as ovelhas e as cabras estavam num prado onde podiam pastar à vontade.
Lembro-me dos dois lagos para patos e gansos. Havia ordem para tudo. Nós, as crianças, só podíamos tomar banho a determinadas horas num dos lagos,
nomeadamente naquele que era lavado alternadamente depois dos animais e que podia voltar a ser utilizado por nós e, depois, pelos patos e gansos.
Eu vivia com os meus Pais na casa da cidade, onde se encontravam as instalações de abate e o talho dos Avós. Assim, desde cedo comecei a ter contacto
com a criação de animais e com o tratamento de carnes de forma natural. Embora os meus Pais exercessem uma actividade completamente diferente, todos
esses contactos eram muito intensos.
Na quinta dos Avós, os gansos, os patos, os galináceos e muitas vezes também as vacas andavam em liberdade. Aprendi rapidamente a desviar-me do ganso
macho sempre que ele pressentia perigo para a sua 'família'. Tive algumas dificuldades com vacas, que eram demasiado grandes para mim, e eu só gostava
de as ver quando se roçavam nas árvores para tratarem da pele e se lambiam entre si. No Verão havia na quinta enormes medas de palha cobertas com
toldos de linho que nós, crianças, trepávamos por um lado e nos deixávamos escorregar pelo outro.
O Avô era um agricultor fora do vulgar. Também era talhante e naturalista. Para ele era importante que as pessoas e os animais que viviam e trabalhavam na
sua quinta se mantivessem saudáveis. Assim, p. ex., obrigava todos a beberem diariamente uma chávena de milefólio[1]. Os animais comiam urtiga seca
misturada com feno. Aos gansos e patos pequeninos e aos pintainhos eram dadas urtigas frescas picadas com migas de pão. Os restantes animais
encontravam ao ar livre a maior parte do que comiam, com complemento de feno ou outro alimento. No Inverno era-lhes dado beterraba cortada e centeio
e cevada ceifados de verde. Ficou fortemente gravado na minha memória um ribeiro que fornecia água corrente e fresca a todos os animais.
O Avô considerava que os animais tinham alma e sentimentos como os seres humanos, carecendo de atenção e amor. Ele dizia com frequência: "Como deres
à Natureza, assim receberás dela". Em Novembro de 2000, a doença BSE[2] era tema dominante na imprensa, rádio e televisão e entre cientistas e
ministérios. A essa terrível epidemia sucedeu a eclosão da virulenta epidemia da febre aftosa, a gripe das aves e a peste suína, para já não falar da
mixomatose anual.
Muitos de vós já não vos lembrais dessas horríveis notícias. O que é pouco conhecido ou tendencialmente ocultado é que em muitos currais os agricultores
dão principalmente aos porcos grandes quantidades de hormonas para um crescimento mais rápido e antibióticos como prevenção (isso é um risco para a
saúde do Homem). No entanto, para consumo próprio há frequentemente abastecimento "mais limpo". Quando ouvi as notícias sobre esse horror já desde há
muito me ocupava da alimentação vegetariana, que considerei uma dieta apropriada para doentes. O único problema era a agricultura com as suas
constantes e disparatadas pulverizações com pesticidas, herbicidas e estúpidas quantidades de adubo artificial. Com as notícias sobre a "crise da carne",
comecei a imaginar que a Natureza estaria a começar a vingar-se dos seres humanos, que permanentemente a calcam com os pés e violentam, pensando só
no lucro, e que mantêm o gado em currais e vacarias ou em recintos vedados, onde o gado tem de se deitar e sofrer nos seus próprios excrementos. Para
todos vós tornou-se natural que seres vegetarianos como os bois, que são animais herbívoros, se tornassem canibais. É-lhes dada ração sob a forma de
farinha proveniente de resíduos de matadouros, principalmente de cadáveres de animais doentes e moribundos.
Mas isso não é tudo. Geralmente, às vacas são retiradas as suas crias imediatamente após o parto. Quem pensa nos sentimentos profundamente feridos das
mães? Às crias, em vez do leite materno, dá-se uma mistura de pó de leite magro, água, preparados vitamínicos sintéticos e gorduras animais. Suspeita-se
que esta obscura mistura tenha dado origem à eclosão da BSE.
As vitelinhas do meu Avô bebiam do úbere e, com os bois e as vacas, podiam decidir entre o prado e o curral. De Verão e de Inverno tinham uma cama de
palha. Essas vacas davam menos leite e os bois aumentavam de peso um pouco mais lentamente. Contudo, o queijo feito com esse leite tinha uma qualidade
muito boa e o mesmo se podia dizer da carne.
Para o meu Avô, os animais são seres que, como nós, fazem parte da Criação de Deus, sendo credores do respeito dos seres humanos.
É estranho que até hoje não haja um interesse real, activo e colectivo no sentido de se actuar contra a triste e dolorosa situação dos animais.
Há quem não se sinta culpado, por ser vegetariano e evitar o consumo de carne; os outros simplesmente fecham os olhos por não quererem assumir a
responsabilidade e poderem continuar a consumir carne.
[1] Nota do Trad.: milefólio, milenrama, erva-dos-carpinteiros, feiteirinha ou mil-folhas (Achillea millefolium)
[2] Nota do Trad.: BSE (Bovine Spongiform Encephalopathy)/Encefalopatia espongiforme bovina
Graças à vida
Maria Feliz
Maio 2016
ENVENENAMENTOS ‒ ANTÍDOTOS
Há cada vez mais pessoas a queixarem-se de problemas do tracto gastrointestinal, muitas das quais tomam regularmente laxantes e pastilhas para a
digestão. No entanto, com o passar dos anos, essas soluções deixam de funcionar. Há mulheres, homens, jovens, crianças e bebés que não defecam durante
alguns dias, sofrendo dores intensas.
O mau funcionamento dos intestinos pode, entre outros males, provocar envenenamento fatal. Assim, um permanente excesso de toxinas pode provocar
doenças de pele como psoríase, eczemas, nevos melanocíticos ("pintas" ou "sinais"), etc. Tais envenenamentos crónicos conduzem ao envelhecimento
precoce, debilitam o coração e também afectam o cérebro, o que, por sua vez, pode ser causa de perda de memória, de falhas de inteligência e de
criatividade. Os médicos antigos davam muita atenção ao tracto gastrointestinal e ao funcionamento dos intestinos no tratamento de doenças. Para eles, o
estômago e os intestinos estavam, entre outros órgãos, no centro da procura das causas das doenças.
Quem, p. ex., tem frequentes dores articulares (artrite, artrose, rigidez e reumatismo) geralmente também sofre de digestões lentas. A medicina académica
continua a considerar esse tipo de digestão como coisa sem importância e os medicamentos químicos contra o reumatismo ou dores articulares geralmente
agravam os problemas de estômago e de intestinos.
Muitas das pessoas que sofrem de prisão de ventre dependem de laxantes e chás laxantes, sem procederem a qualquer alteração dos seus estilos de vida ou
hábitos alimentares. O preço a pagar pelo efeito rapidamente aliviador de um laxante tomado habitualmente é elevado e eu não me canso de avisar as
pessoas, principalmente quando há o uso excessivo de tais meios para curas de beleza e emagrecimento. Considero que os laxantes são ajudas para
emergências. Quem toma esses produtos ao longo de anos sujeita-se a danos graves dos órgãos e do aparelho digestivo.
Além disso, por via dos laxantes são permanentemente retirados ao corpo minerais importantes (entre outros, o potássio e o magnésio, tão importantes para
o organismo), os movimentos peristálticos do intestino são afrouxados e os nervos e o músculo cardíaco sofrem danos. Praticamente não há diferença entre
laxantes naturais e laxantes químicos, visto que, no caso de abuso, ambos danificam e provocam dependência. Além disso, os produtos de origem química
podem provocar reacções alérgicas.
Neste panorama não é de descurar o aumento dos casos de depressão. Muitos de vós conheceis estados de espírito depressivos e já haveis verificado que
quando a cabeça não funciona, o mesmo acontece no organismo. Uma coisa não se pode separar da outra, pois andam juntas.
Considero que a causa principal para a situação global de contaminação física e tóxica se situa nas tentações provocadas pelos produtos industriais prontos,
em erros de comportamento e alimentares, em medicamentos em excesso, na sobrecarga mental e nervosa, bem como no sedentarismo físico e psíquico.
Segundo a constituição e o estilo de vida, mais cedo ou mais tarde começarão a surgir perturbações digestivas, digestões lentas e obstipação e
AUTOINTOXICAÇÃO (retro envenenamento a partir do intestino).
No caso de obstipação crónica e má digestão com os gases que se formam, CADA PESSOA pode chamar a si o necessário antídoto.
Há ervas medicinais para chás de acção suave. Um exemplo de receita comprovada:
Misturar 1 parte de sementes de funcho e anis, raiz de alcaçuz e flor de malva com 2 partes de flor de sabugueiro. Deitar uma colher de chá da mistura por
cada chávena e deitar água a ferver; deixar repousar durante 10 minutos e beber sem açúcar 1 a 3 chávenas por dia, conforme for necessário.
Esta mistura é calmante para o estômago, é ligeiramente laxante e simultaneamente antiespasmódico, antiflatulento e antibacteriano.
Para emergências, os laxantes clássicos são produtos de origem vegetal como óleo de rícino ou sal de Glauber (sulfato de sódio).
É importante conseguir a regeneração da flora intestinal e a reposição de todas as funções do aparelho digestivo.
É possível obter bebidas ou produtos de fermentação natural que ajudam a regenerar a flora intestinal, tais como kefir, leite azedo, quark e o seu soro,
combucha, miso e chucrute crua. Trata-se de produtos que maturam exclusivamente em resultado de uma fermentação natural provocada por determinadas
bactérias naturais. (O vídeo "Além da sala de espera..." dá informações sobre soro, leite azedo e quark. O que escorre do pano é soro).
De uma maneira geral, cada um de vós devia fazer uma cura de limpeza, p. ex. no início de cada ano, jejuando com sumos de fruta e legumes, chás, ou uma
dieta de maçãs, feijão verde ou batata com casca. Comer 1 a 3 vezes ao longo do dia 1 kg de batata com casca, 1 kg de feijão verde cozido ou 1 kg de maçã.
Não temperar as batatas ou o feijão verde com sal, mas com azeite de oliveira. É claro que se comerá apenas um ou outro desses alimentos. Sumos frescos
de frutas e legumes devem ser bebidos ao longo do dia. Deve fazer de cada vez uma pequena quantidade e beber este logo na hora, para evitar a oxidação
de sumo.
Têm acção depuradora sumos frescos, p. ex. de morugem, dente-de-leão ou língua de ovelha, que podem ser misturados (1 a 2 colheres de sopa) com sumo
de laranja, de cenoura ou de maçã.
Para limpeza do sangue são usados chás, p. ex., de urtiga, milfólio e calêndula, com os quais é possível obter uma mistura muito eficaz. Deita-se uma colher
de sopa desta mistura, deita-se água a ferver, deixa-se repuosar durante cinco minutos a côa-se. O chá é para ser bebido ao longo do dia, sem açúcar, morno
ou frio.
Nos dias dedicados a este tratamento é importante fazer-se ginástica.
A receita seguinte é eficaz para prisão de ventre crónica e para uma boa regeneração da função intestinal:
1 colher de sopa de sementes inteiras de linhaça, 3 figos secos triturados e 1 copo de água fria. Deixar repousar durante a noite e tomar de manhã, em
jejum, à colher.
Entre outros efeitos, esta mistura é boa para o fígado, com o tempo amolece as fezes e promove a regeneração dos movimentos peristálticos do intestino. É
importante tomar com regularidade. Se uma colher de sopa se tornar uma quantidade excessiva, pode reduzir-se para uma colher de chá, para pouco tempo
depois já não ser preciso tomar.
Sementes de linhaça são um meio comprovadamente eficaz, porque são ricas em mucosidade e protegem contra inflamações.
Não recomendo sementes de linhaça já moídas em saquetas porque rançam rapidamente e perdem a sua acção curativa. Quem quiser utilizar sementes de
linhaça por outros motivos (p. ex. no caso de ondas de calor, devido aos seus efeitos estrogénicos) deve moê-las (p. ex. 1 colher de chá no moinho do café) e
tomá-las logo a seguir.
Muitos de vós já sabeis que alimentos ricos em fibra e ricos em enzimas são produtos naturais de regeneração. Quem tiver problemas de intestino preguiçoso
e más digestões, deve procurar comer alimentos integrais e poucas quantidades de proteínas de origem animal. Também deve haver cautela em relação a
produtos com lactose (açúcar do leite). Em forma concentrada, a lactose (assim como a lactose de produção sintética) provoca 'confusão' nos processos de
digestão. Considero o açúcar do leite importante na alimentação de recém-nascidos e bebés (período de amamentação). A capacidade de aproveitamento da
lactose vai-se perdendo após o período de amamentação e a maior parte das pessoas deixa de ser capaz de a processar.
Quando eu era criança, ensinaram-me que a digestão começa logo na boca, através de uma mastigação lenta e profunda (insalivação). Mais tarde, li algures
que mastigar bem é já meia digestão. Por mais estranho que pareça, actualmente poucas pessoas dedicam tempo a uma boa mastigação e há muita gente
com hérnias no tracto digestivo por engolirem quase todos os alimentos em pedaços inteiros.
Para a reposição e manutenção de condições naturais nos intestinos, além de ervas e alimentação adequadas, há massagens especiais que tonificam o
sistema linfático, o que pode ser muito útil em pessoas idosas e acamadas, que não se podem movimentar.
No entanto, àquelas pessoas que têm de sofrer, deve dizer-se que se uma pessoa NÃO adoece no mundo e com o mundo, TAMBÉM não é saudável.
DEMASIADO perigosas são todas as influências e tentações criadas, bem como o desconhecimento generalizado.
Graças à Vida.
Maria Feliz
Março de 2016
Na minha infância e juventude era constantemente avisada de que só devia comer o que faz bem à saúde e mantém o corpo e o espírito saudáveis. Devia
evitar o que não é saudável ou até venenoso (p. ex. feijão verde cru e tomates e fruta verdes). Comida enlatada era alimentação de emergência, dizia a
minha Mãe. Os meus Pais eram naturalistas e tratar da horta era um passatempo que os apaixonava. O que vinha para a mesa era maioritariamente fresco,
natural e feito em casa. Diariamente havia chás das plantas medicinais e saladas frescas.
Quando alguém ficava doente, ia logo para a cama. Jejuar, dormir e ervas traziam rápidas melhoras. Se necessário, aplicavam-se ligaduras, compressas ou
fricções.
Medidas da quarentena. Lembro-me de aceitar muito bem esses dias de cama, porque os meus gatos também podiam estar comigo; eram boas companhias
com o seu ronronar e com o calor que irradiavam. Eu até estava convencido de que eles me eliminavam parte da doença.
Tanto a minha Mãe como a Ama tinham conhecimento dos efeitos profilácticos e do relacionamento de ervas e condimentos entre si em determinados
alimentos, sabiam qual a erva que tornava determinado alimento mais facilmente assimilável. Artemísia Vulgar devia acompanhar refeições gordas, e
segurelha, cominho e funcho ‒ aprendi de pequena ‒ distribuem a flatulência ao serem cozinhados juntamente com determinados alimentos. Outras plantas
são boas para a digestão ou influenciam positivamente os rins, como p. ex. o levístico. Algumas especiarias eram utilizadas apenas nalgumas épocas do ano,
tendo em vista o aquecimento ou o arrefecimento do corpo, conforme fosse o caso. A minha Ama não se cansava de me explicar e mostrar todos os efeitos
importantes desta ou daquela erva em alimentos para o corpo e o espírito. Para ela, um sangue bom, e, portanto, um fígado saudável, dependiam daquilo
que se comia e bebia, mas também do facto de nos sentirmos satisfeitos e felizes. Ela ensinou-me que alguns alimentos dão boa disposição, que o cravo-da-
índia limpa o sangue, a noz-moscada reforça a memória e amêndoas opõem-se ao crescimento de tumores. Lembro-me sempre de ela dizer que o jejum é a
regra n.º 1 contra todas as indisposições possíveis e imaginárias do aparelho digestivo ou qualquer infecção.
O robustecimento corporal desde a infância até à idade adulta consistia geralmente na regra segundo a qual cada membro da família de Verão e de Inverno,
ao romper da manhã e antes de se vestir, lavava o corpo com água fria. O meu Pai falava muito de profilaxia e para ele a saúde estava associada a uma
alimentação natural e a uma actividade física equilibrada ao ar livre, desporto e jogos, trabalho e movimentação. Considero que a minha infância e juventude
foram um tempo fantástico.
Depois de ter ultrapassado todas as doenças de infância com produtos naturais sem recurso a antibióticos, de ter sarado ferimentos com produtos caseiros e
depois de ter aprendido cedo a conhecer as forças de auto cura no caso de doenças mais graves, mesmo depois de ter atingido a idade adulta mantive-me
fiel a esta forma de vida profiláctica.
Mais tarde, quando comecei a trabalhar seriamente com nutrição e tratamento, encontrei nos velhos escritos dos antigos terapeutas e médicos da Europa, do
Oriente e dos curandeiros indígenas da América do Norte orientações iguais ou semelhantes para uma vida saudável. Em todas as medicinas naturais, a
alimentação ocupa um lugar central na "Ciência da Cura e da Vida".
A alimentação deve promover a realização normal do metabolismo e de outras transformações energéticas no corpo e no espírito, de forma que a pessoa
receba saúde. Problemas de metabolismo provocam doenças.
Contudo, é preciso não esquecer que a alimentação não é composta exclusivamente por comida. A alimentação dos cinco sentidos pertence, como
componente importante, à alimentação da pessoa humana, para que o corpo, a mente e a alma se mantenham saudáveis. Nas escolas e nas universidades,
as crianças e os jovens passam horas seguidas debaixo da influência de luz artificial, embora se saiba que a luz solar significa vida, promovendo vida. Ar
viciado e janelas fechadas ou ainda ar condicionado não só constituem mau alimento para o cérebro, como também provocam alergias e infecções. É
incompreensível que crianças, que, não bastando a actual desumana forma de vida, que os leva a pouco ou nada se movimentarem ao ar livre, sejam além
disso mantidas durante horas seguidas como reclusos. Antigamente, era costume colocar bebés durante algum tempo por baixo da verde copa das árvores.
Olhar a cor verde acalma e reforça a visão.
Hildegard von Bingen definiu instruções rigorosas para o início do enfraquecimento da visão e também para o aparecimento do glaucoma. Descreveu
interacções entre metabolismo e causas espirituais. Entre outros aspectos, apontou o facto de o metabolismo do fígado poder ser influenciado pelos órgãos
dos sentidos, p. ex. pela audição. Fígado e audição interagem estreitamente entre si.
Nos últimos decénios, as doenças do fígado e depressões têm sido os achaques mais frequentes entre adultos e crianças.
A moderna Psicologia, p. ex., aplica antigos conhecimentos terapêuticos, como é o caso da musicoterapia ou da dançaterapia.
Quem quiser curar tem de saber que nem há duas pessoas iguais nem cada medicação ou terapia pode ser igualmente aplicada para todas doença e para
todas as pessoa. Há incontáveis formas de terapia, entre as quais fototerapia, hidroterapia, terapia de sons, aromaterapia.
Na aromaterapia, através dos órgãos dos sentidos são absorvidas substâncias curativas que em certas pessoas conduzem a efeitos surpreendentes.
Dos antigos médicos temos o conhecimento do tratamento dos diferentes tipos de constituição. Cada pessoa tem de ser considerada apenas como ela
própria. Encontramos os mesmos conceitos na Medicina Tradicional da Europa, na Ayurveda, na Medicina Tradicional Chinesa e na Medicina dos Indios da
América do Norte.
Para a alimentação não é possível fazer recomendações de carácter geral, mas apenas diferentes variantes individuais em função da constituição de cada
pessoa e da doença.
Nas palavras de Rolling Tunders, Xamã norte-americano, é possível conduzir e controlar PHYSIUS até um determinado grau. O mesmo é possível com
PSIQUE e INTELECTO. Qualquer hiperdesenvolvimento de uma área conduz inevitavelmente ao hipodesenvolvimento de uma outra área, e qualquer forma de
hipodesenvolvimento é perigosa e ameaçadora.
Por tanto, quem quiser curar tem de mobilizar no doente as forças de auto cura que se encontram desequilibradas, tentando, pela aplicação dos seus
conhecimentos, restabelecer o equilíbrio.
Havendo excesso de nutrição (actualmente um dos piores males!), o metabolismo do fígado e, portanto, o metabolismo geral do corpo fica em ruínas, como é
o caso do reumatismo ou da formação de um tumor. No caso de graves doenças civilizacionais resultantes de uma forma de vida cada vez mais artificial que a
própria humanidade provoca e aceita, o fígado e o metabolismo geral têm de ser tratados em conjunto, para que dessa forma a doença de base possa ser
curada, mas o doente tem de reconhecer a sua própria dimensão, a fim de abandonar as substâncias e as causas que conduziram à sua doença. Também é
preciso saber da boca do doente quais foram as relações entre metabolismo e causas psíquicas e espirituais que deram origem ao processo.
Emoções tanto podem provocar doenças como conduzir à sua cura. Emoções negativas irregulares como desgosto, medo, pânico, depressão, etc., exercem
uma devastadora influência negativa sobre o sistema imunitário humano. Assim, sob stress permanente, a produção de anticorpos, que impedem, p. ex., o
aparecimento de células cancerígenas, são de tal forma reduzidos que o cancro pode avançar quase sem impedimentos. No entanto, como as pessoas
aceitam o stress como consequência inevitável de todo o desenvolvimento moderno, nem sequer pensam em eliminar as suas causas assassinas. As pessoas
tendam, como também até agora na Medicina, tenta-se dar um pontapé nos sintomas ‒ com medicamentos e terapias constantemente a surgirem de novo.
Só depois de serem próprias conhecidas e eliminadas as causas de doenças e de não se considerarem as sensações físicas e espirituais como o simples
funcionamento de uma máquina é que será possível entender-se a seriedade da cura e das forças de auto cura.
Entretanto, resta a possibilidade de se andar às apalpadelas na emaranhada multiplicidade da Medicina, da actual oferta de produtos naturais e das
recomendações por vezes contraditórias. Resta esperar que as pessoas sejam capazes de se decidirem pelo que é correcto, considerando que, qualquer que
seja a decisão, é preciso acompanhá-la durante algum tempo de forma lógica e disciplinada. Só dessa forma será possível avaliar o sucesso ou o fracasso de
uma terapia.
Quando há 30 anos atrás, juntamente com o feliz, abandonei a sociedade em que “vivia” e procurei a vida, comecei a interessar-me ao mesmo tempo pelas
inter-relações existentes entre todos os processos da vida.
Era preciso explorar e entender o Fogo, a Terra, a Água e o Ar. No isolamento escolhido, comecei então a viver verdadeiramente com esses elementos.
Graças à Vida
Maria Feliz
Eremitagem, 29.01.2016
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