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aduaneira
Legislação Aduaneira p/ Analista-Tributário da
Receita Federal
Prof. Rodrigo Mineiro
Prof. Rodrigo Mineiro
Legislação Aduaneira p/Analista-Tributário da Receita Federal
Aula 00
Sumário
Apresentação ...........................................................................................................................................3
Lista de questões................................................................................................................................... 56
Gabarito ................................................................................................................................................ 65
Resumo direcionado.............................................................................................................................. 66
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Apresentação
Bom dia, boa tarde e boa noite!
Meu nome é Rodrigo Mineiro e sou seu professor de Legislação Aduaneira no nosso curso
preparatório para o concurso da Receita Federal.
Já estive em sua posição e sei como esse momento é tenso e intenso, mas o resultado
compensa todos os esforços! Nessa foto estou na ESAF, a escola que os futuros servidores da Receita Federal
farão o curso de formação quando aprovados.
Sou Auditor-Fiscal da Receita desde 1999 (concurso AFTN de 1998) e Conselheiro do CARF (Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais) em meu segundo mandato.
Trabalhei por 3 anos no fisco mineiro e vivi uma situação que parece com a atual: atraso no pagamento
do salário. Como já tinha um filho pequeno e muitas contas para pagar em dia, resolvi estudar para a Receita.
Mais um sucesso! Passei no concurso de 1998 e tomei posse em 1999, longe de casa.
Passei 3 anos longe de Minas e depois consegui a esperada remoção para minha terra. Aí se passaram 10
anos atuando na fiscalização aduaneira e resolvi mudar de ares. Participei de um processo seletivo interno para
integrar os quadros do CARF, como Conselheiro, e fui selecionado com base em meu currículo e experiência.
Fui para a lista tríplice e posteriormente escolhido. Hoje estou em meu segundo mandato.
Um detalhe para aqueles que não conhecem o CARF: é um órgão fora da Receita, mas pertencente ao
Ministério da Fazenda, no qual são julgados os processos administrativos fiscais em segunda instância; é um
órgão paritário, onde cada turma julgadora é dividida entre os 4 representantes dos contribuintes e 4
representantes da Fazenda, todos Conselheiros. Cada sessão de julgamento é uma aula, dada a amplitude das
discussões, complexidade dos casos analisados, e decisões.
Aqui está um ponto que considero os concursos da Receita como os mais interessantes em nosso país: a
diversidade de atuação do servidor, que pode atuar na fiscalização ostensiva, no apoio, na administração
tributária em geral, no setor de tecnologia da informação, no atendimento ao contribuinte, em estudos e
pesquisas, e na tributação. Não precisamos mudar de cargo e fazer outro concurso para mudarmos de ares e
de localidade. Basta nos habilitarmos para a nova atribuição do mesmo cargo, e candidatarmos para tal função
ou localidade. Considero isso fantástico, especialmente porque passamos mais de 30 anos como servidores
públicos!
Mas uma coisa é certa: temos que estudar sempre e cada vez mais!
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Esqueci de dizer também que sou professor de cursos de pós-graduação em matéria aduaneira e
tributária, além de instrutor da ESAF em cursos internos na Receita em matéria aduaneira. A foto de meu perfil,
acima reproduzida, foi tirada na ESAF em Brasília, seu destino próximo no curso de formação da Receita! Sou
mestre em Direito Público pela PUC Minas. Também sou autor de 2 livros em matéria aduaneira, inclusive um
publicado recentemente: Introdução ao Direito Aduaneiro.
Testes de direção
Fórum de dúvidas
para você sanar suas dúvidas DIRETAMENTE conosco sempre que precisar
Vamos estudar juntos com muita dedicação para a aprovação nesse importante concurso público.
Espero encontra-los em breve como colega na Receita Federal do Brasil!
Sucesso!
Grande abraço!
Rodrigo Mineiro
E-mail: prof.rodrigomineiro@gmail.com
Instagram: @professor_rodrigomineiro
LinkedIn: linkedin.com/in/rodrigomineiro
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Direção inicial
O último concurso de Analista-Tributário teve 15 questões de Legislação Aduaneira. Destaca-se que essa
prova teve peso 2 na pontuação final. Além disso, há a possibilidade de termos questões discursivas tratando
de temas de Legislação Aduaneira.
O nosso curso tem uma consistente base teórica a partir das previsões regulamentares e legais, mas seu
foco principal é na prática de exercícios, com especial ênfase naqueles tópicos que efetivamente caem na prova,
com destaque para as questões de provas anteriores. Dessa forma, estudaremos especialmente aquilo que
costuma cair, concentrando nossos esforços em tópicos relevantes.
Para cobrir este edital integralmente, o nosso curso está organizado da seguinte forma:
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Número da
Assunto da aula
aula
00- Introdução à matéria aduaneira: Administração
Aduaneira. Legislação Aduaneira aplicável ao MERCOSUL.
Internalização da Legislação Aduaneira Aplicável ao
00
MERCOSUL. Disposições Constitucionais Relativas à
Administração e Controle sobre Comércio Exterior.
SISCOSERV e SISCOMEX.
01- Controle Aduaneiro parte I: Jurisdição Aduaneira.
Território Aduaneiro. Portos, Aeroportos e Pontos de Fronteira
01
Alfandegados. Alfandegamento. Recintos Alfandegados.
Controle Aduaneiro de Veículos. Habilitação. Licenciamento.
02 Teste a sua direção
02- Controle Aduaneiro parte II: Procedimentos Gerais de
Importação. Atividades Relacionadas aos Serviços
Aduaneiros. Despacho Aduaneiro de Importação. Disposições
Gerais. Modalidades. Documentos que os instruem. Espécies
03
de Declaração de Importação. Declaração de Importação.
Conferência e Desembaraço na Importação. Cancelamento da
Declaração de Importação. Lançamento dos Impostos
Incidentes sobre a Importação. Novo processo de importação.
03- Controle Aduaneiro parte III: Procedimentos Gerais
de Exportação. Atividades Relacionadas aos Serviços
Aduaneiros. Despacho Aduaneiro de Exportação. Disposições
Gerais. Modalidades. Documentos que os instruem. Casos
Especiais de Importação e Exportação Previstos na Legislação.
04 Espécies de Declaração de Declaração de Exportação.
Conferência e Desembaraço na Exportação. Cancelamento da
Declaração de Exportação. Bagagem e Regime Aduaneiro de
Bagagem no MERCOSUL. Mercadoria Abandonada. Avaria,
Extravio e Acréscimo de Mercadorias. Responsabilidade Fiscal
pelo Extravio. Declaração Única de Exportação (DU-E).
05 Teste a sua direção
04- Tributação Aduaneira parte I: Tributos Incidentes
sobre o Comércio Exterior. Regramento Constitucional e
Legislação Específica. Produtos, Bens e Mercadorias. Produtos
Estrangeiros, Produtos Nacionais, Nacionalizados e
Desnacionalizados. Imposto de Importação. Sujeitos Ativo e
Passivo. Incidência. Fato Gerador. Base de Cálculo. Alíquotas.
06
Tributação de Mercadorias não Identificadas. Regime de
Tributação Simplificada. Regime de Tributação Especial.
Regime de Tributação Unificada. Pagamento, Restituição e
Compensação. Isenções e Reduções do Imposto de
Importação. Imunidades do Imposto de Importação e
Controle exercido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
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Veja que dividi o conteúdo da matéria um pouco diferente da forma como constam nos editais
anteriores, de forma mais didática, visando facilitar o aprendizado daqueles iniciantes na matéria,
sem prejuízo aos demais. Segue o padrão internacional que divide a matéria em 4 grandes tópicos:
Controle, Tributação, Regimes e Sanções.
A lógica é simples: o controle aduaneiro é a principal função da Aduana e toda a legislação aduaneira toma
como base os procedimentos de controle, especialmente os procedimentos do despacho aduaneiro; a
tributação aduaneira e o controle aduaneiro são a base para entendermos os regimes aduaneiros especiais; e
as sanções aduaneiras fecham a matéria a partir do conhecimentos dos procedimentos de controle, tributação
e regimes.
Convido-o(a) a iniciarmos imediatamente os estudos de Legislação Aduaneira, pois a nossa matéria tem
um grande peso na nota final da prova, além de ser um grande diferencial para o candidato competitivo. É
aquela matéria que ninguém estudou na faculdade e não tem como resolver as questões sem seu estudo
completo. Sem querer assustar, o Regulamento Aduaneiro, que é a base da prova, tem 820 artigos! Por incrível
que pareça, é uma boa notícia, porque os candidatos curiosos, aqueles que não estudam ou tentam resolver as
questões pelo conhecimento geral, ou aqueles que são especialistas em outras matérias do direito ou da
contabilidade, não conseguirão resolver as questões de forma satisfatória, a não ser que estudem a matéria
com afinco.
É minha função traduzir os 820 artigos do Regulamento Aduaneiro, bem como de outras
normas, em uma linguagem compatível com todas as formações acadêmicas, de forma a
preparar os alunos para responder as questões da prova. Destacaremos os pontos que
costumam cair nas provas e também aqueles que entendemos serem relevantes, dado o
contexto atual da Aduana brasileira e mundial.
Vamos juntos!
Mãos à obra!
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O professor argentino Ricardo Xavier Basaldúa, em seu clássico estudo sobre o Direito Aduaneiro,
apresenta uma investigação histórica sobre a presença da Aduana em diversas civilizações (Egito, Grécia,
Roma, Idade Média, Veneza, Gênova, Bizâncio, França, Espanha e América pré-colonial)2. O autor reporta a
presença de alguma atividade aduaneira nessas civilizações, através do controle exercido na entrada e saída de
mercadorias de seu território, de forma a impedir esse fluxo ou aplicar-lhe alguma espécie de gravame na
operação comercial. Ricardo Basaldúa apresenta interessantes exemplos de aplicação de restrições à
importação e à exportação em sua investigação histórica:
1
Conteúdo adaptado de FERNANDES, Rodrigo Mineiro. Introdução ao direito aduaneiro. São Paulo: Intelecto, 2018.
2
BASALDÚA, Ricardo Xavier. Introducción al Derecho Aduanero. Buenos Aires: Abeledo-Perrot, 1988.
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Buscava-se, assim, desde o início, a proteção da economia local. De acordo com a abundância ou a
escassez de uma determinada mercadoria em outras regiões, estabeleciam-se cotas maiores ou menores de
importação e exportação, definindo como fator de restrição, os gravames.
Sim, podemos afirmar que existe um “aduaneiro” desde que algum poder soberano decidiu que alguma
coisa poderia entrar ou sair de seu território e necessitava ser controlada!
RESOLUÇÃO:
3
Cf. BASALDÚA, 1988.
4
Cf. BASALDÚA, 1988.
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Sim, quando nos referimos à expressão “Comércio Internacional” não estamos nos referindo à operação
comercial executada dentro de um território, mas aquela realizada entre agentes de diferentes países. Também
não se trata apenas do comércio de mercadorias, mas também de serviços. Inclui-se tudo aquilo que estiver
vinculado à operação comercial, como o transporte, seguro e pagamento.
As instituições aduaneiras têm por funções primordiais o controle do fluxo de mercadorias que ingressam ou
saem do país em caráter definitivo ou temporário em decorrência das operações de comércio internacional e a
aplicação de tarifa aduaneira sobre tais operações.
RESOLUÇÃO:
A Aduana atua especialmente no controle das mercadorias que entram e saem de um território (aduaneiro),
independentemente se importadas ou exportadas a título definitivo ou não, e na aplicação da tarifa aduaneira
(tributação aduaneira).
Gabarito: alternativa certa
Remonta-se ao ano de 1687, durante o reinado de Luiz XIV, na França absolutista, aquele que é
considerado como o primeiro código aduaneiro5. A codificação de 1687 era constituída por cento e sessenta e
dois artigos agrupados em quatorze títulos, com disposições administrativas, penais, tributárias e processuais,
além de apresentar princípios e regras próprias, refletidas posteriormente em outros dispositivos aduaneiros.
Significativa mudança no papel aduaneiro ocorreu no século XX, no pós-guerra. Com a economia
europeia bastante debilitada, o comércio internacional se tornou sujeito a uma crescente variedade de
restrições, com a implantação de medidas protecionistas que visavam a proteção dos respectivos mercados
internos no reduzido mercado mundial, prolongando o quadro recessivo das economias e diminuindo ainda
mais o mercado mundial.
Diante desse quadro, as potências aliadas concluíram pela necessidade de reconstrução da economia
mundial, fundando uma nova ordem econômica baseada em três instituições: o Fundo Monetário Internacional
(FMI), o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e a tentativa de criação da
Organização Internacional de Comércio (OIC). Entre as medidas propostas, encontrava-se aquela de
construção de uma nova ordem jurídica que garantisse a tutela jurisdicional em tribunais internacionais e
nacionais. Em 1947, foi instituído o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (General Agreement of Tariffs and
Trade - GATT), com o objetivo de reconstrução do comércio internacional e sua regulamentação.
5
ALAIS, Horácio Félix. Los principios del Derecho aduanero. Buenos Aires: Marcial Pons Argentina, 2008.
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Apesar de ter sido instituído em caráter provisório, o GATT colaborou com a liberalização do comércio
internacional no pós-guerra. Entretanto, somente em 01/01/1995, após a Rodada Uruguai de negociações, foi
instituída a Organização Mundial do Comércio (OMC), como uma organização supranacional, responsável pela
regulação do comércio de mercadorias, serviços e propriedades intelectuais, além da estruturação de um
sistema de solução de controvérsias.
A busca pela simplificação e harmonização dos procedimentos entre os diferentes países motivou a
criação do Conselho de Cooperação Aduaneira (atual Organização Mundial de Aduanas), em 1952, com o fim
de aumentar a eficácia e a efetividade das administrações aduaneiras de seus membros. Desde sua criação, a
exportação mundial saiu de quase zero para quase 18 trilhões de dólares em 2011, refletindo uma efetiva
mudança no comércio internacional6. Novos mercados consumidores foram abertos; empresas transnacionais
ocuparam grande parte do planeta, com produção em diversos continentes; países em desenvolvimento
passaram a participar de forma mais efetiva do comércio, refletindo uma pequena parcela de desenvolvimento
econômico.
Já na segunda década do século XXI, novos modelos de operações transnacionais estão sendo
desenvolvidos, representando um desafio para os Estados modernos, tanto no fomento de suas economias,
quanto na regulação das atividades operacionais, como, por exemplo, as cadeias globais de valores. Nesse
modelo de negócio internacional, as empresas transnacionais fragmentam suas etapas de produção,
distribuídas pelo mundo conforme vantagens de custos, insumos e logística.
Restrições impostas pela administração aduaneira de um país tendem a reduzir a capacidade deste país
de participar dessa rede de investimento, visto que as empresas transnacionais que participam dessa cadeia
tendem a se instalar em países com menor restrição aduaneira. A competitividade da operação e,
consequentemente, a busca por maior lucratividade está na possibilidade de se importar insumos com a menor
incidência tarifária, para fabricação e posterior fornecimento de partes, peças ou bens finais às grandes
empresas de cadeias globais. A atividade aduaneira será determinante para a implantação e o sucesso desse
modelo de comércio internacional em cada país.
6
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a partir de dados da Organização Mundial de
Comércio (OMC). Disponível em: <http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_133795 2119.xls>. Acesso em: 27
ago. 2012.
7
LAMY, Pascal. El futuro del comercio: los retos de la convergência. Informe del grupo de reflexión sobre el futuro del
comercio convocado por el Director General de la OMC. Disponível em
<https://www.wto.org/spanish/thewto_s/dg_s/dft_panel_s/future_of_trade_report_s.pdf>. Acesso em: 15 maio 2018.
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a crescente importância das exportações para o Produto Interno dos países; a importância das importações
para o aumento da competitividade; e o melhor aproveitamento de economias de escala.
RESOLUÇÃO:
O comércio de bens manufaturados vem crescendo significativamente desde a Segunda Guerra Mundial,
inclusive com crescente participação de países em desenvolvimento. Entre os fatores que têm concorrido para
a expansão do comércio de bens industrializados encontram-se:
os investimentos diretos, a internacionalização da produção e o comércio intra-firmas.
RESOLUÇÃO:
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Definido por Ricardo Xavier Basaldúa como um conjunto de normas jurídicas cujo objeto é a regulação
do tráfego internacional de mercadorias8, o Direito Aduaneiro ainda é considerado como uma disciplina
jurídica em desenvolvimento, de caráter multidisciplinar e intervencionista. Seu objeto de estudo é o comércio
internacional, considerado como seu antecedente, e a relação aduaneira, como seu consequente9. Já Rosaldo
Trevisan define o Direito Aduaneiro como um conjunto de proposições jurídico-normativas que disciplinam
as relações entre a Aduana e os intervenientes nas operações de comércio exterior10.
Sobre a natureza e o papel das alfandegas no comércio internacional, é correto afirmar que:
estão vinculadas aos governos e são responsáveis pela arrecadação dos direitos e taxas que incidem sobre as
exportações e importações, bem como pela administração de leis e regulamentos relativos à importação, ao
trânsito e à exportação de mercadorias.
RESOLUÇÃO:
Tanto a arrecadação dos tributos incidentes sobre as exportações e importações, bem como a administração
de leis e regulamentos relativos ao comércio exterior são atribuições aduaneiras. Mas não podemos nos
esquecer do controle aduaneiro!
8
BASALDÚA, Ricardo Xavier. Tributos al comercio exterior. Buenos Aires: Abeledo-Perrot, 2011.
9
CARLUCI, José Lence. Uma introdução ao direito aduaneiro. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2001.
10
TREVISAN, Rosaldo. O imposto de importação e o direito aduaneiro internacional. São Paulo: Lex Editora, 2018.
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Sobre a natureza e o papel das alfandegas no comércio internacional, é correto afirmar que:
são órgãos governamentais responsáveis pela fiscalização da entrada, saída e movimentação de cargas e de
pessoas estrangeiras no território aduaneiro e pela arrecadação de tributos e taxas federais e estaduais.
RESOLUÇÃO:
As Alfândegas são as repartições pública na qual normalmente ficam lotados os funcionários aduaneiros, que
são responsáveis pelo controle aduaneiro e pela arrecadação de tributos incidentes nas operações de comércio
exterior. Entretanto, as alfândegas não controlam a entrada e saída de pessoas estrangeiras no território
aduaneiro (função da Polícia Federal) e pela arrecadação de tributos e taxas estaduais (função dos colegas da
fiscalização estadual), nem de outros tributos federais, como o IRPJ (função de outras unidades da RFB, que
não as aduaneiras).
Nos próximos tópicos apresentaremos mais algumas características da matéria aduaneira, OK?
O Direito Aduaneiro se integra com uma pluralidade de normas que podem ser classificadas como
tributárias, penais, administrativas, comerciais, processuais e constitucionais, de acordo com o objetivo da
classificação. Entretanto, não se trata meramente de um subsistema desses ramos do direito, podendo ser
considerado como um ramo específico, ainda que em desenvolvimento.
Podemos destacar algumas características que nos permite apontar a possibilidade de autonomia da
matéria:
→ a especificidade da matéria aduaneira, de caráter multidisciplinar, derivada da complexidade das relações jurídicas
decorrentes do comércio internacional, e da diversidade dos intervenientes nas operações de comércio exterior;
→ os princípios e institutos específicos, como, por exemplo, o princípio da universalidade do controle aduaneiro, não
encontrados em outros ramos do direito, inclusive o tributário;
→ a sua natureza regulatória, tanto a nível doméstico, quanto a nível internacional, também com base na soberania
nacional, reproduzindo o intervencionismo estatal no intercâmbio comercial internacional, inclusive com a aplicação
dos tratados internacionais.
Agora, não podemos mais confundir a matéria aduaneira com a tributária, ok? Depois veremos os
pontos em comum entre essas duas matérias!
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Alguns autores admitem em tese a existência de um Direito Aduaneiro, apoiando esse posicionamento nos
seguintes fatores:
RESOLUÇÃO:
A matéria aduaneira vai muito além daquela meramente tributária (tributação aduaneira). O Direito Aduaneiro
se fundamenta, por exemplo, na especificidade da matéria aduaneira, na existência de princípios, regras e
institutos específicos, como, por exemplo, o princípio da universalidade do controle aduaneiro, em sua natureza
intervencionista, reproduzindo o princípio da soberania nacional e do controle aduaneiro, e em sua natureza
regulatória.
Resposta fácil: apenas aquela feita entre o produtor uruguaio e o comerciante brasileiro. A outra operação
é uma operação comercial interna, sem relevância para a Aduana.
Para caracterizarmos uma operação comercial como internacional, ela deve transpor o limite territorial
de um ente soberano. Caso contrário, o que ocorre é uma operação de comércio interno, onde as normas
aplicadas deverão ser exclusivamente de direito interno. Já naquelas, a operação comercial sujeita-se às
normas aduaneiras.
Já podemos extrair os pressupostos básicos para denominarmos uma matéria como aduaneira: a
existência de um território aduaneiro, a existência de uma mercadoria e seu fluxo (entrada ou saída =
importação ou exportação).
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Resposta não tão fácil: não, pois ela é efetuada dentro do território aduaneiro europeu.
Não se trata daquele conceito geográfico ou político de território, mas sua conotação aduaneira: o
território aduaneiro. A Convenção de Quioto Revisada11 define o território aduaneiro como sendo o território
onde se aplica a legislação aduaneira de uma Parte Contratante. Trata-se de um território delimitado por uma
fronteira aduaneira. Na Europa é assim (ao menos nos países que fazem parte da União Europeia)!
Apenas nos casos em que a operação comercial é feita transpondo a fronteira do território, no caso
aduaneiro, a operação pode ser caracterizada como uma operação de comércio exterior, do ponto de vista
específico de um país, com sua conotação aduaneira.
Outro elemento essencial para o Direito Aduaneiro é a mercadoria, dentro do conceito mercantil internacional como
todo objeto suscetível de tráfego internacional e passível de controle 12.
A individualização da mercadoria, por meio de sua codificação, permite o controle por parte das
autoridades aduaneiras e a imposição de restrições ao tráfego e a sua tributação. Sem o conhecimento da
mercadoria objeto do comércio internacional, a autoridade aduaneira não poderia exercer sua função.
Mas nenhuma repercussão teria para a Aduana se a mercadoria ficasse parada ou se fosse comercializada
dentro do território aduaneiro.
Sendo assim, temos os elementos dinâmicos do Direito Aduaneiro: a importação e a exportação. Sem
essas operações comerciais, a mercadoria não terá relevância para o Direito Aduaneiro. Apenas quando
ocorrem as operações de importação e exportação, em suas diversas etapas e procedimentos, iniciam-se os
fatos que terão repercussão aduaneira. O movimento da mercadoria, na entrada e saída de um determinado
território aduaneiro, configura esse terceiro elemento essencial do Direito Aduaneiro.
11
A Convenção Internacional para a simplificação e a harmonização dos Regimes Aduaneiros, também denominada de
Convenção de Quioto Revisada é um instrumento reconhecido pela Organização Mundial das Aduanas (OMA) como um
compêndio de práticas aduaneiras ideais e necessárias para um comércio global legítimo, simplificado e harmonizado.
12
BASALDÚA, Ricardo Xavier. Tributos al comercio exterior. Buenos Aires: Abeledo-Perrot, 2011; CARRERO, Germán
Pardo. Tributación Aduanera. Bogotá: Legis Editores, 2009; FÉLIX ALAIS, 2008.
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entrada de produto estrangeiro no País13. Trata-se da adoção, pelo legislador brasileiro, da teoria da
transposição física, que tem como grande vantagem sua objetividade.
Assim também é disposto no Glossário de Termos Aduaneiros Internacionais da Organização Mundial das
Aduanas (OMA), no termo “importação”: “ação de introduzir em um território aduaneiro uma mercadoria
qualquer”.
exportação, importação
RESOLUÇÃO:
TERRITÓRIO
ADUANEIRO
IMPORTAÇÃO
MERCADORIA
EXPORTAÇÃO
13
MEIRA, Liziane Angelotti. Tributos sobre o comércio exterior. São Paulo: Saraiva, 2012, p.317.
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Resposta direta e correta: para controlar as mercadorias que entram e saem do território aduaneiro, e as
operações correlatas!
Segundo Ricardo Xavier Basaldúa, a função essencial da Aduana, cuja ausência a descaracterizaria, é o controle que
deve ser exercido sobre as mercadorias objeto do tráfego internacional, ou seja, sobre as importações ou
exportações14. Trata-se do princípio da universalidade do controle aduaneiro, sem o qual não existiria função
aduaneira, que retrata a soberania do território.
A Convenção de Quioto Revisada define controle aduaneiro como “o conjunto de medidas tomadas pelas
Alfândegas com vista a assegurar a aplicação da legislação aduaneira”. Para Rosaldo Trevisan, o exercício do
controle aduaneiro sobre as mercadorias procedentes ou destinadas ao exterior é o papel essencial da Aduana,
ou seja, “regular o fluxo de comércio exterior, estabelecendo incentivos ou restrições, e fiscalizando-os, para
garantir sua correta aplicação”15. A Convenção de Quioto Revisada prevê, no seu Anexo Geral, Norma 6.1, que
todos os bens que sejam introduzidos no território aduaneiro ou dele saiam estão sujeitos ao controle
aduaneiro.
Não se trata de uma verificação absoluta de toda mercadoria importada ou exportada, visto que tal
verificação é efetuada por amostragem, mas sim a sujeição de todas as mercadorias ao controle, ou seja, a
possibilidade de que, em algum momento, as mercadorias poderão ser verificadas e as operações efetivamente
controladas.
Verificação das mercadorias significa a operação pela qual as Alfândegas procedem ao exame físico das mercadorias a
fim de se assegurarem que a sua natureza, origem, estado, quantidade e valor estão em conformidade com os dados da
declaração de mercadorias, segundo definição da Convenção de Quioto Revisada.
14
BASALDÚA, Ricardo Xavier. La Aduana: Concepto y funciones esenciales y contingentes. In: Revista de Estudios
Aduaneros – v.18. Buenos Aires: Instituto Argentino de Estudios Aduaneros, 2007.
15
TREVISAN, Rosaldo. A Revisão Aduaneira de Classificação de Mercadorias na Importação e a Segurança Jurídica:
uma análise sistemática. In: BRANCO; Paulo Gonet; MEIRA, Liziane Angelotti; CORREIA NETO, Celso de Barros. (Org.).
Tributação e direitos fundamentais. São Paulo: Saraiva, 2012.
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Podemos considerar o “Controle Aduaneiro” como o bem jurídico tutelado pelo Direito Aduaneiro, representando o
poder soberano do Estado e seu poder de polícia, atuando na proteção da sociedade e da economia.
Reflete também outra característica do Direito Aduaneiro: a formalidade requerida nos atos praticados
junto à administração aduaneira, não como mera obrigação acessória e burocrática, mas como medida de
controle e segurança dos atos aduaneiros praticados.
Na normativa brasileira, encontra-se a previsão do controle aduaneiro no Regulamento Aduaneiro,
aprovado pelo Decreto nº 6.759/2009, que dispõe sobre o exercício da administração aduaneira,
compreendendo a fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses
fazendários nacionais, em todo o território aduaneiro.
Também consta do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), aprovado pela
Portaria MF nº 430, de 9 de outubro de 2017, a competência da administração tributária federal e aduaneira,
bem como a direção, supervisão, orientação, coordenação e execução dos serviços de administração,
fiscalização e controle aduaneiros.
Conforme explicitado no parágrafo único do artigo 5º da Lei nº 13.464, de 10 de julho de 2017, os ocupantes do cargo de
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil são as autoridades aduaneiras da União.
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A outra função clássica da Aduana é a tributação aduaneira, mediante a arrecadação e fiscalização dos
tributos incidentes sobre as operações de comércio exterior. Tratam-se, em sua essência, de tributos
extrafiscais. As medidas tarifárias representam uma atuação estatal regulatória por indução, mediante a
possibilidade de alteração da alíquota do Imposto de Importação incidente sobre os produtos importados,
quando necessário para atender aos objetivos da política econômica nacional, juntamente com a criação de
benefícios fiscais e instituição de regimes aduaneiros especiais16.
Os impostos extrafiscais são aqueles previstos na ordem constitucional cuja função principal não é a
obtenção de recursos ao erário público, mas servir como instrumento de política social e econômica, na qual
também se inserem as políticas de comércio exterior.
Claro está que os impostos extrafiscais não perdem seu caráter tributário: continuam sendo tributos.
Funções da
Aduana
Controle Tributação
Aduaneiro Aduaneira
16
Os Regimes Aduaneiros Especiais serão estudados nas aulas 06 e 07 do presente curso.
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Dessa forma, a União instituiu os referidos impostos através de legislação específica, que veremos a
seguir.
Também se relaciona à matéria aduaneira o artigo 170 da Constituição de 1988, que estabelece os
princípios gerais da atividade econômica, na qual a atividade aduaneira também está inserida.
Entretanto, o artigo que reproduz toda a preocupação do constituinte com o Direito Aduaneiro é o artigo
237, com a expressa referência ao Controle Aduaneiro:
Art. 237. A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários
nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda.
Como já vimos, o controle aduaneiro não tem finalidade meramente arrecadatória, mas visa a proteção
da sociedade e da economia nacional, além de refletir o poder soberano do Estado.
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Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior, atividades
administrativas consideradas essenciais aos interesses fazendários nacionais.
RESOLUÇÃO:
Expressamente, o artigo 237 da CF dispõe que compete ao Ministério da Fazenda o exercício da fiscalização e
do controle sobre o comércio exterior, e que tais atividades são consideradas essenciais à defesa dos interesses
fazendários nacionais. Esse artigo é a base de toda a normativa aduaneira que destaca a importância da função
de controle exercida pela Aduana.
A nossa “Lei Aduaneira”, conforme denominação sugerida por Rosaldo Trevisan, é o Decreto-lei nº 37, de 18/11/1966
(DL37/66), que procurou consolidar as normas aduaneiras existentes à época, embora expressamente restrita ao Imposto
de Importação e à organização dos serviços aduaneiros. Trata-se da norma que instituiu o Imposto de Importação vigente.
O DL 37/66, em suas “outras providências”, tratou também de diversos dispositivos inseridos na temática
aduaneira, como o despacho aduaneiro e o controle aduaneiro. Segundo o legislador à época de sua edição, as
normas procedimentais ficariam para sua regulamentação posterior.
Entretanto, apenas em 1985, com a edição do Decreto nº 91.030, entrou em vigor o Regulamento
Aduaneiro (RA/85), consolidando as normas aduaneiras e regulamentando o Decreto-lei nº 37/66.
Posteriormente, foram editados os Regulamentos Aduaneiros de 2002 (Decreto nº 4.543, de 26/12/2002), que
revogou o RA/85, e o Regulamento Aduaneiro de 2009 (Decreto nº 6.759, de 05/02/2009), que revogou o
anterior e está atualmente em vigor.
O Regulamento Aduaneiro reproduz diversos dispositivos legais, com o objetivo de consolidar a
legislação aduaneira em um único ato regulamentar, procurando suprir a ausência de um código aduaneiro e
facilitando a consulta dos interessados na matéria aduaneira. Mas ainda assim existem outras normas
específicas que são de conhecimento obrigatório por parte dos operadores aduaneiros. Destaca-se que o RA é
uma norma hierarquicamente inferior à Lei, e não pode criar previsões específicas sem o amparo legal, inclusive
nova incidência tributária e sanções não previstas em lei.
Ficaremos bem íntimo do RA, visto que ele é a base utilizada pela ESAF em suas provas.
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❖ livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países, através, entre outros, da eliminação dos
direitos alfandegários e restrições não-tarifárias à circulação de mercadorias e de qualquer outra medida de efeito
equivalente;
❖ estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política comercial comum em relação a terceiros
Estados ou agrupamentos de Estados e a coordenação de posições em foros econômico-comerciais regionais e
internacionais;
❖ coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os Estados Partes - de comércio exterior, agrícola,
industrial, fiscal, monetária, cambial e de capitais, de serviços, alfandegária, de transportes e comunicações e outras
que se acordem -, a fim de assegurar condições adequadas de concorrência entre os Estados Partes; e
❖ compromisso dos Estados Partes de harmonizar suas legislações, nas áreas pertinentes, para lograr o fortalecimento
do processo de integração.
Em dezembro de 1994, foi aprovado o Protocolo de Ouro Preto, que estabeleceu a estrutura institucional
do MERCOSUL, dotando-o de personalidade jurídica internacional.
Os críticos do MERCOSUL apontam que apenas dois objetivos foram cumpridos, ainda assim
parcialmente: eliminação das barreiras tarifárias e não-tarifárias no comércio entre os países membros e a
adoção de uma Tarifa Externa Comum (TEC). Constata-se que desde o início da implantação da TEC foram
admitidas as Listas de Exceções, que compreendem uma lista de códigos NCM como exceções à TEC que cada
Estado Parte pode manter. Atualmente, o Brasil está autorizado a manter uma lista de 100 códigos NCM,
conforme dispõe a Decisão CMC nº 26/2015.
Também se constata que o Mercosul não atingiu, de forma efetiva, os demais objetivos: coordenação de
políticas macroeconômicas, a liberalização do comércio de serviços, e a livre circulação de mão-de-obra e de
capitais.
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A partir de dezembro de 1994, o Mercado Comum do Sul (Mercosul) instituiu uma área de livre comércio e uma
união aduaneira que ainda carecem de aperfeiçoamento. São medidas necessárias para tal fim:
eliminar barreiras não-tarifárias ainda existentes, promover a liberalização do comércio de serviços e a
incorporar à tarifa externa comum produtos mantidos à margem da mesma.
RESOLUÇÃO:
Ainda não foram atingidos todos objetivos do MERCOSUL, como a eliminação de barreiras não-tarifárias
existentes, o livre comércio de serviços, a livre circulação de mão-de-obra, e a extinção das Listas de Exceções
à TEC.
E M E N T A:
- A recepção de acordos celebrados pelo Brasil no âmbito do MERCOSUL está sujeita à mesma disciplina constitucional
que rege o processo de incorporação, à ordem positiva interna brasileira, dos tratados ou convenções internacionais em
geral. É, pois, na Constituição da República, e não em instrumentos normativos de caráter internacional, que reside a
definição do iter procedimental pertinente à transposição, para o plano do direito positivo interno do Brasil, dos tratados,
convenções ou acordos - inclusive daqueles celebrados no contexto regional do MERCOSUL - concluídos pelo Estado
brasileiro. Precedente: ADI 1.480-DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO.
- Embora desejável a adoção de mecanismos constitucionais diferenciados, cuja instituição privilegie o processo de
recepção dos atos, acordos, protocolos ou tratados celebrados pelo Brasil no âmbito do MERCOSUL, esse é um tema que
depende, essencialmente, quanto à sua solução, de reforma do texto da Constituição brasileira, reclamando, em
conseqüência, modificações de jure constituendo. Enquanto não sobrevier essa necessária reforma constitucional, a
questão da vigência doméstica dos acordos celebrados sob a égide do MERCOSUL continuará sujeita ao mesmo
tratamento normativo que a Constituição brasileira dispensa aos tratados internacionais em geral.
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- A recepção dos tratados internacionais em geral e dos acordos celebrados pelo Brasil no âmbito do MERCOSUL depende,
para efeito de sua ulterior execução no plano interno, de uma sucessão causal e ordenada de atos revestidos de caráter
político-jurídico, assim definidos: (a) aprovação, pelo Congresso Nacional, mediante decreto legislativo, de tais
convenções; (b) ratificação desses atos internacionais, pelo Chefe de Estado, mediante depósito do respectivo
instrumento; (c) promulgação de tais acordos ou tratados, pelo Presidente da República, mediante decreto, em ordem a
viabilizar a produção dos seguintes efeitos básicos, essenciais à sua vigência doméstica: (1) publicação oficial do texto do
tratado e (2) executoriedade do ato de direito internacional público, que passa, então - e somente então - a vincular e a
obrigar no plano do direito positivo interno. Precedentes.
O SISTEMA CONSTITUCIONAL BRASILEIRO NÃO CONSAGRA O PRINCÍPIO DO EFEITO DIRETO E NEM O POSTULADO
DA APLICABILIDADE IMEDIATA DOS TRATADOS OU CONVENÇÕES INTERNACIONAIS.
- A Constituição brasileira não consagrou, em tema de convenções internacionais ou de tratados de integração, nem o
princípio do efeito direto, nem o postulado da aplicabilidade imediata. Isso significa, de jure constituto, que, enquanto não
se concluir o ciclo de sua transposição, para o direito interno, os tratados internacionais e os acordos de integração, além
de não poderem ser invocados, desde logo, pelos particulares, no que se refere aos direitos e obrigações neles fundados
(princípio do efeito direto), também não poderão ser aplicados, imediatamente, no âmbito doméstico do Estado brasileiro
(postulado da aplicabilidade imediata).
- O princípio do efeito direto (aptidão de a norma internacional repercutir, desde logo, em matéria de direitos e obrigações,
na esfera jurídica dos particulares) e o postulado da aplicabilidade imediata (que diz respeito à vigência automática da
norma internacional na ordem jurídica interna) traduzem diretrizes que não se acham consagradas e nem positivadas no
texto da Constituição da República, motivo pelo qual tais princípios não podem ser invocados para legitimar a incidência,
no plano do ordenamento doméstico brasileiro, de qualquer convenção internacional, ainda que se cuide de tratado de
integração, enquanto não se concluírem os diversos ciclos que compõem o seu processo de incorporação ao sistema de
direito interno do Brasil. Magistério da doutrina.
- Sob a égide do modelo constitucional brasileiro, mesmo cuidando-se de tratados de integração, ainda subsistem os
clássicos mecanismos institucionais de recepção das convenções internacionais em geral, não bastando, para afastá-los,
a existência da norma inscrita no art. 4º, parágrafo único, da Constituição da República, que possui conteúdo meramente
programático e cujo sentido não torna dispensável a atuação dos instrumentos constitucionais de transposição, para a
ordem jurídica doméstica, dos acordos, protocolos e convenções celebrados pelo Brasil no âmbito do MERCOSUL.
Para o STF, no sistema jurídico brasileiro, os atos internacionais não dispõem de primazia hierárquica
sobre as normas de direito interno. Qualquer precedência somente se dará quando aplicado o critério
cronológico (lei posterior revoga lei anterior) ou o critério da especialidade. (ADI 1.480-DF, Rel. Min. CELSO DE
MELLO).
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Acerca das isenções do Imposto de Importação, e sobre a internalização da legislação aduaneira aplicável ao
MERCOSUL:
segundo o Supremo Tribunal Federal, sob a égide do modelo constitucional brasileiro, mesmo cuidando-se de
tratados de integração, ainda subsistem os clássicos mecanismos institucionais de recepção das convenções
internacionais em geral, não bastando, para afastá-los, a existência da norma inscrita no art. 4º, parágrafo
único, da Constituição da República, que possui conteúdo meramente programático e cujo sentido não torna
dispensável a atuação dos instrumentos constitucionais de transposição, para a ordem jurídica doméstica, dos
acordos, protocolos e convenções celebrados pelo Brasil no âmbito do MERCOSUL.
RESOLUÇÃO:
A ESAF transcreveu literalmente o trecho da decisão do STF, com especial relevância para a necessidade de
seguir os trâmites constitucionais para a internalização de tratados celebrados pelo país, inclusive aqueles no
âmbito do MERCOSUL.
Com o objetivo de avançar no processo de integração regional com a adoção de uma legislação aduaneira
comum, foi aprovado, em 2 de agosto de 2010, pelo Conselho do Mercado Comum, através da Decisão nº 27,
em San Juan, Argentina, o Código Aduaneiro do Mercosul (CAM).
Essa codificação permitirá uma uniformização de conceitos e o disciplinamento dos institutos que
regulam a matéria aduaneira no âmbito do MERCOSUL, tendo sido elaborada no contexto das normas e das
realidades locais e regionais, de diretrizes previamente esboçadas, tomando por base os principais atos legais
aduaneiros dos Estados Partes e considerando as disposições do Código Aduaneiro Europeu, bem como a
Convenção de Quioto Revisada.
O CAM sofreu correções formais que resultaram na Fé de Erratas de 3 de março de 2011 e, atualmente,
está em processo de internalização aos ordenamentos jurídicos dos Estados Partes. Em 5 de setembro de 2018,
o Plenário do Senado Federal aprovou o texto do CAM, que resultou no Decreto Legislativo nº 149, de 10 de
setembro de 2018. Para sua entrada em vigor, o Código Aduaneiro do Mercosul terá que ser aprovado pelos
Parlamentos dos quatro países.
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3. Administração Aduaneira
Agora vamos estudar um assunto que nos interessa diretamente: a administração aduaneira.
No Brasil, a administração aduaneira é exercida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, que também
é a responsável pela administração tributária. Em alguns países do mundo essas atribuições são executadas por
diferentes órgãos, ao contrário daqui.
A estrutura, competência, denominação, sede e jurisdição das unidades da Secretaria da Receita Federal
do Brasil que desempenham as atividades aduaneiras são reguladas em ato do Ministro de Estado da Fazenda.
Atualmente encontra-se em vigor a Portaria MF nº 430, de 9 de outubro de 2017, que aprova o Regimento
Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
A nível regional, temos as Divisões de Administração Aduaneira (DIANA) para cada região fiscal, as
DELEGACIAS DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL (DRF), a DELEGACIA ESPECIAL DA RECEITA FEDERAL DO
BRASIL DE FISCALIZAÇÃO DE COMÉRCIO EXTERIOR (DELEX), a DELEGACIA ESPECIAL DA RECEITA
FEDERAL DO BRASIL DE COMÉRCIO EXTERIOR (DECEX), as ALFÂNDEGAS DA RECEITA FEDERAL DO
BRASIL (ALF) e as INSPETORIAS DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL (IRF). O Regimento Interno da Receita
determina as competências de cada unidade e divisão.
As Unidades da Receita Federal do Brasil que podem ter competência para proceder ao despacho aduaneiro de
mercadorias e outros bens são as relacionadas abaixo:
RESOLUÇÃO:
As Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento (DRJ) não são unidades aduaneiras, não detendo
competência para proceder ao despacho aduaneiro. Tratam-se de unidades julgadoras.
Gabarito: afirmativa errada
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RESOLUÇÃO:
A competência para julgar, em primeira instância, recursos administrativos referentes ao crédito tributário é
das Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento (DRJ).
O Regulamento Aduaneiro traz diversos dispositivos que tratam da administração aduaneira, a partir
daquela importante previsão constitucional do controle aduaneiro: “o exercício da administração aduaneira
compreende a fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses
fazendários nacionais, em todo o território aduaneiro (Constituição, art. 237).”
A Lei no 11.457, de 16 de março de 2007, com a redação dada pela Lei nº 13.464, de 10 de julho de 2017,
dispôs sobre o caráter essencial e indelegável das atividades da administração tributária e aduaneira da União,
que são exercidas pelos servidores dos quadros funcionais da Secretaria da Receita Federal do Brasil. Destaca-
se, também, a dispositivo que prevê que os cargos em comissão e as funções de confiança da administração
aduaneira são privativos de servidores ocupantes de cargos efetivos da Secretaria da Receita Federal do Brasil
ou que tenham obtido aposentadoria nessa condição, excetuando aquelas situações em vigor à época da edição
do ato.
A Lei nº 13.464, de 10 de julho de 2017 também deixou expresso que os ocupantes do cargo de Auditor-
Fiscal da Receita Federal do Brasil, no exercício de suas atribuições privativas, são autoridades tributárias e
aduaneiras da União.
exercer a fiscalização aduaneira das mercadorias, produtos e bens que ingressam no território aduaneiro do
país e esclarecer dúvidas sobre a classificação aduaneira de mercadorias.
RESOLUÇÃO:
Além da competência para fiscalizar mercadorias, bens e produtos que ingressam no território aduaneiro,
também é atribuição da RFB esclarecer dúvidas sobre a classificação fiscal das mercadorias.
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A atuação da Secretaria da Receita Federal, no que se refere ao comércio exterior, envolve atividades de
tributação, arrecadação e fiscalização aduaneira.
RESOLUÇÃO:
A RFB atua também nas atividades de tributação aduaneira, e na arrecadação e fiscalização dos tributos
incidentes nas operações de comércio exterior. Gabarito: alternativa certa
A fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários determinados, ou eventual, nos portos,
aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados.
RESOLUÇÃO:
Conforme já vimos, a fiscalização aduaneira poderá ser realizada de forma contínua ou eventual. Essa questão
reproduziu literalmente a disposição contida no Regulamento Aduaneiro!
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Outro ponto muito importante e interessante para os Auditores-Fiscais da Receita Federal (os atuais e os
futuros!) é sua precedência sobre as demais autoridades no exercício de suas atribuições legais aduaneiras.
Mas, o que seria essa precedência?
→ a obrigação, por parte das demais autoridades, de prestar auxílio imediato, sempre que requisitado
pela autoridade aduaneira, disponibilizando pessoas, equipamentos ou instalações necessários à ação
fiscal; e
→ a competência da autoridade aduaneira, sem prejuízo das atribuições de outras autoridades, para
disciplinar a entrada, a permanência, a movimentação e a saída de pessoas, veículos, unidades de carga
e mercadorias nos locais referidos no caput, no que interessar à Fazenda Nacional.
Interessante, não é mesmo?
Portanto, temos sempre que lembrar que, nas áreas de portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos
alfandegados, bem como em outras áreas nas quais se autorize carga e descarga de mercadorias, ou embarque
e desembarque de viajante, procedentes do exterior ou a ele destinados, a autoridade aduaneira tem
precedência sobre as demais que ali exerçam suas atribuições. Inclusive na zona de vigilância aduaneira,
devendo as demais autoridades prestar à autoridade aduaneira a colaboração que for solicitada. Na próxima
aula veremos o que é essa zona de vigilância.
Com relação às atribuições e prerrogativas da autoridade aduaneira no exercício de suas funções, assinale a
opção incorreta.
RESOLUÇÃO:
Não compete à administração aduaneira estabelecer critério, administrar e controlar cotas na importação e
exportação. Tal atribuição compete à SECEX, conforme disposto no art.18, XXIII, do Decreto nº 9.260, de 29
de dezembro de 2017.
No Porto de Santos encontra-se uma carga de grãos, vinda da Argentina. Tem precedência para análise dessa
carga:
RESOLUÇÃO:
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A autoridade aduaneira tem precedência sobre as demais que ali exerçam suas atribuições nas áreas de portos,
aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados.
Gabarito: afirmativa correta
A autoridade aduaneira terá livre acesso, logicamente quando estiver exercendo suas atribuções, a
quaisquer dependências do porto e às embarcações, atracadas ou não, e aos locais onde se encontrem
mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas. Esse livre acesso é fundamental para o pleno
exercício do controle aduaneiro! Ela também poderá requisitar papéis, livros e outros documentos, bem como
o apoio de força pública federal, estadual ou municipal, quando julgar necessário. Sempre que estiver em
perigo, ou mesmo numa situação de risco eminente, a seu critério, ela poderá chamar a força policial.
Destacamos, ainda, que o importador, o exportador ou o adquirente de mercadoria importada por sua
conta e ordem têm a obrigação de manter, em boa guarda e ordem, os documentos relativos às transações
que realizarem, pelo prazo decadencial estabelecido na legislação tributária a que estão submetidos, e de
apresentá-los à fiscalização aduaneira quando exigidos.
Já afirmamos nessa aula que o controle aduaneiro é a principal função aduaneira, sem a qual não existiria
a Aduana. Veremos como a Receita Federal trata desse tema dentro de sua cadeia de valor17.
17
Segundo o site da RFB, a “Cadeia de Valor é a representação gráfica de como são organizados e agrupados os processos
de trabalho da instituição, a fim de que ela cumpra sua missão e gere valor para seus clientes. A partir de sua Cadeia de
Valor, a RFB implementou a Gestão por Processos, que, alinhada ao Planejamento Estratégico, propicia a tomada de
decisão mais assertiva com relação à priorização das iniciativas de melhoria e inovação, orientando a Receita Federal no
alcance de sua Visão de Futuro.” Disponível em <http://idg.receita.fazenda.gov.br/sobre/institucional/cadeia-de-valor-
1/controle-aduaneiro>. Acesso em 23/09/2018.
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Esse macroprocesso consiste em “realizar o controle e a fiscalização da entrada e saída de mercadorias de origem
estrangeira no país, o acompanhamento do despacho aduaneiro, a verificação da correta informação da base de cálculo
de incidência dos tributos devidos na operação e o controle da aplicação de medidas de defesa comercial”.
AUTORIZAR INTERVENIENTES
Recentemente, foi noticiada uma apreensão de dinheiro e outros bens de uma alta autoridade de um país
africano que estava em trânsito pelo Brasil. As autoridades diplomáticas desse país alegaram a violação de
imunidade e privilégios de autoridades diplomáticas por parte da autoridade aduaneira e policial brasileira, que
não poderiam ter procedido com a busca e na apreensão dos itens e dinheiro.
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Nos termos do art. 27 da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (CVRD) 18 e do art. 35 da Convenção de Viena
sobre Relações Consulares (CVRC)19, constitui mala diplomática ou consular o volume que contenha:
→ materiais, objetos e equipamentos destinados a uso oficial da representação do Estado acreditante, tais como papel
timbrado, envelopes, selos, carimbos, caderneta de passaporte, insígnias de condecorações, equipamentos de
informática e de comunicação.
▪ documento emitido pelo Estado acreditante que indique a condição de correio diplomático ou
consular e o número de volumes que a constituem, quando conduzida como bagagem acompanhada;
▪ documento emitido pelo Estado acreditante que indique o número de volumes que a constituem,
quando confiada a comandante da aeronave; ou
▪ conhecimento de carga ou documento equivalente consignado à Missão diplomática ou à Repartição
consular, quando enviada como carga.
A autoridade aduaneira poderá solicitar a abertura dos volumes pelo representante autorizado do Estado
que a envia, em casos de denúncia ou de suspeita fundada de uso da mala consular para a importação ou a
exportação irregular de bens e mercadorias. Caso a autoridade estrangeira se recuse, a mala consular será
devolvida à origem.
Portanto, as operações promovidas por Missões diplomáticas ou Repartições consulares que não se
enquadrem no conceito de mala diplomática ou consular serão regularmente submetidas a despacho
aduaneiro.
18
Promulgada pelo Decreto nº 56.435, de 11 de junho de 1965.
19
Promulgada pelo Decreto nº 61.078, de 26 de julho de 1967.
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A fiscalização aduaneira recebe denúncia de que a bagagem de integrante de missão diplomática contém 23
kg de cocaína. No caso, deve tomar uma das seguintes providências:
verificar os volumes na presença do agente diplomático ou do seu representante autorizado, apreendendo os
bens de importação proibida e liberando os demais, salvo se o viajante identificar-se como correio diplomático
e o volume estiver identificado como mala diplomática.
RESOLUÇÃO:
Correto! A autoridade aduaneira poderá solicitar a abertura dos volumes pelo representante autorizado do
Estado que a envia, em casos de denúncia ou de suspeita fundada de uso da mala consular para a importação
ou a exportação irregular de bens e mercadorias. Se a pessoa se identificar como correio diplomático e o volume
estiver identificado como mala diplomática, o volume será liberado pela autoridade aduaneira em
procedimento sumário.
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Essa situação ocorria em nosso país até o início dos anos 90!
4.1. SISCOMEX
Agora vamos estudar o famoso SISCOMEX, cuja implantação foi uma verdadeira revolução na Aduana,
permitindo a modernização do controle aduaneiro nos anos 90!
O Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX foi instituído pelo Decreto nº 660/1992, como
uma ferramenta eletrônica que permitiu a integração do controle aduaneiro e a interface eletrônica entre os
exportadores e os diversos órgãos atuantes na operação.
Inicialmente, foi desenvolvido o módulo que controlava as exportações. Em 1997 foi ampliado para as
operações de importação.
Com base na definição do Decreto 660, podemos conceituar o SISCOMEX como um sistema
informatizado (instrumento administrativo) responsável por integrar as atividades de registro,
acompanhamento e controle das operações de comércio exterior, através de um fluxo único e automatizado
de informações, por meio do qual é exercido o controle aduaneiro. O SISCOMEX permite a interação das
atividades de todos os órgãos gestores do comércio exterior, otimizando os procedimentos.
RESOLUÇÃO:
O artigo 2º do Decreto nº 660/1992 dispõe literalmente que o SISCOMEX “é o instrumento administrativo que
integra as atividades de registro, acompanhamento e controle das operações de comércio exterior, mediante
fluxo único, computadorizado, de informações”.
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RFB
Transportador SECEX
Depositário
Siscomex Órgãos
anuentes
Transportador Importador
Exportador
▪ Aduana: Auditores Fiscais da RFB, Analistas Tributários da RFB e outros servidores aduaneiros
▪ Secex e anuentes: controle administrativo
▪ Bacen: controle cambial
▪ Importador: registro e acompanhamento da importação
▪ Exportador: registro e acompanhamento da exportação
▪ Depositário: responsável pelo Recinto Alfandegado, fiel depositário das cargas sob controle aduaneiro
▪ Transportador: transportador de cargas do percurso internacional e/ou transportador de trânsito
aduaneiro
Com a evolução do controle aduaneiro e com o aumento da complexidade das operações de comércio
exterior, novas necessidades foram surgindo, demandando novos sistemas de controle. Dentro desse contexto,
foram sendo criados e integrados ao SISCOMEX novos módulos, permitindo a diversificação e modernização
do controle aduaneiro:
→ SISCOMEX Carga - controle de embarcações e cargas movimentadas em portos brasileiros, bem como de entrada de
carga pelo depositário
→ SISCOMEX Trânsito - controle de mercadorias submetidas ao regime aduaneiro especial de trânsito aduaneiro
→ SISCOMEX Internação ZFM - controle das mercadorias que saem da Zona Franca de Manaus com destino ao restante
do território nacional
→ SISCOMEX Importação Web - controle administrativo e aduaneiro das operações de importação em ambiente web
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→ SISCOMEX Exportação Web – Módulo Aduaneiro - controle administrativo e aduaneiro das operações de
exportação em ambiente web. Desligado em setembro de 2018, substituído pela DU-E no Portal Único de Comércio
Exterior, que veremos a seguir.
→ SISCOMEX Exportação Web – Módulo Comercial (NOVOEX) - controle administrativo das exportações, por meio
dos Registros de Exportação (REs). Desligado em setembro de 2018, substituído pela DU-E no Portal Único de
Comércio Exterior, que veremos a seguir.
Siscomex Carga.
RESOLUÇÃO:
O controle de embarcações e cargas movimentadas em portos brasileiros, bem como de entrada de carga pelo
depositário é efetuado no módulo SISCOMEX CARGA.
Assinale o sistema responsável pelo controle de carga aérea de importação, utilizado pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil, nos aeroportos brasileiros.
SISCOMEX Mantra.
RESOLUÇÃO:
O controle de cargas aéreas é efetuado no módulo SISCOMEX Mantra.
Ainda que a implantação do SISCOMEX, na década de 1990, tenha representado uma grande evolução
no controle aduaneiro, fazendo com que o nosso país estivesse na vanguarda mundial em desenvolvimento de
sistemas de comércio exterior, a evolução da tecnologia e das operações de comércio exterior demandaram a
criação de novos sistemas e ferramentas de controle.
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Com base nesse contexto, o governo federal desenvolveu o programa Portal Único de Comércio
Exterior, que foi lançado com o objetivo de atender a demanda de controle do comércio exterior brasileiro
associado às demandas de facilitação comercial.
O Programa Portal Único de Comércio Exterior encaixa-se no modelo de Single Window proposto pela Organização
Mundial das Aduanas (OMA), como uma das medidas de Facilitação Comercial, de forma a racionalizar o comércio
internacional e reduzir os custos de operação e insegurança no processo.
O Portal procura centralizar um uma única plataforma, no ambiente web, todo o contato entre os órgãos
do Governo e os operadores de comércio exterior. Trata-se de uma grande evolução nos processos de
importação, exportação e trânsito aduaneiro.
Através do portal único, o importador e o exportador prestarão aos órgãos de controle todas as informações necessárias
ao controle das operações, através da DU-E (Declaração única de exportação), na exportação, e da DUIMP (Declaração
única de importação), na importação, em um único ambiente.
A RFB disponibilizou o “Manual de Utilização Sistema Visão Integrada e módulo Anexação Eletrônica de
Documentos” que trata dos detalhes de utilização do sistema e anexação dos documentos.
O importador ou seu representante legal deverá estar no Siscomex, e deverá vincular o dossiê eletrônico
com os documentos digitalizados à Declaração de Importação (DI). Conforme disposto no artigo 1º, em caso
de DI parametrizada para o canal verde de conferência aduaneira, a vinculação de dossiê eletrônico com
documentos instrutivos da DI não é necessária. Veremos na aula 1 a habilitação no Siscomex e na aula 2 os
canais de conferência aduaneira!
4.2. SISCOSERV
E o comércio exterior de serviços? Algum órgão controla?
Durante muito tempo o comércio exterior de serviços foi relegado a um segundo plano pelos órgãos de
controle.
Entretanto, com a evolução do volume das operações internacionais de serviços e sua complexidade, os
órgãos de controle, incluindo a Aduana, viram a necessidade de aprimorar o controle.
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Nesse contexto foi instituído, através da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, a obrigação de prestar informações
para fins econômico-comerciais ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, por meio de sistema
eletrônico a ser disponibilizado na rede mundial de computadores, relativas às transações entre residentes ou domiciliados
no País e residentes ou domiciliados no exterior. Tratam-se das informações relativas a serviços, intangíveis e outras
operações que produzam variações no patrimônio das pessoas físicas, das pessoas jurídicas ou dos entes
despersonalizados. Não se trata de operações de compra e venda efetuadas exclusivamente com mercadorias, operações
estas que já são controladas através do SISCOMEX.
A referida lei previu que as informações serão utilizadas pelo MDIC na sistemática de coleta, tratamento
e divulgação de estatísticas, no auxílio à gestão e ao acompanhamento dos mecanismos de apoio ao comércio
exterior de serviços, intangíveis e às demais operações, instituídos no âmbito da administração pública, bem
como no exercício das demais atribuições legais
A partir desse ato legal, foi criado o SISCOSERV - Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços,
Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio.
O SISCOSERV é um sistema informatizado, desenvolvido pelo Governo Federal como ferramenta de controle do
comércio internacional de serviços, intangíveis e outras operações (exceto aquelas relacionadas exclusivamente ao
comércio internacional de mercadorias), e para o aprimoramento das ações de estímulo, formulação,
acompanhamento e aferição das políticas públicas relacionadas a serviços e intangíveis, bem como para a orientação
de estratégias empresariais de comércio exterior de serviços e intangíveis.
O Siscoserv guarda conformidade com as diretrizes do Acordo Geral sobre Comércio de Serviços (GATS)
da Organização Mundial do Comércio (OMC).
A Lei 12546 delegou competência ao Ministério da Fazenda e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior para edição de normas complementares para o cumprimento de tal obrigação.
❖ De acordo com o disposto na Instrução Normativa RFB nº 1277, de 28 de junho de 2012, estão dispensadas
da obrigação de prestar as informações no SISCOSERV, nas operações que não tenham utilizado
mecanismos de apoio ao comércio exterior de serviços, de intangíveis e demais operações:
− as pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional e o Microempreendedor Individual (MEI); e
− as pessoas físicas residentes no País que, em nome individual, não explorem, habitual e
profissionalmente, qualquer atividade econômica de natureza civil ou comercial, com o fim
especulativo de lucro, desde que não realizem operações em valor superior a US$ 30.000,00, ou o
equivalente em outra moeda, no mês.
O Siscoserv conta com dois Módulos: Venda e Aquisição.
→ No Módulo Venda devem ser registrados os serviços, intangíveis e outras operações que produzam
variações no patrimônio, vendidos por residentes ou domiciliados no País a residentes ou
domiciliados no exterior.
o Este módulo abrange também o registro das operações realizadas por meio de presença
comercial no exterior.
→ No Módulo Aquisição devem ser registrados os serviços, intangíveis e outras operações que
produzam variações no patrimônio, adquiridos por residentes ou domiciliados no País, de residentes
ou domiciliados no exterior.
Estão obrigados a efetuar registro no Módulo Venda do Siscoserv:
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→ A pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no Brasil, que transfere o intangível, inclusive
os direitos de propriedade intelectual, por meio de cessão, concessão, licenciamento ou por
quaisquer outros meios admitidos em direito; e
→ A pessoa física ou jurídica ou o responsável legal do ente despersonalizado, residente ou
domiciliado no Brasil, que realize outras operações que produzam variações no patrimônio.
Estão obrigados a efetuar registro no Módulo Aquisição do Siscoserv:
As operações de compra e venda efetuadas exclusivamente com mercadorias são registradas e controladas no
SISCOMEX, não no SISCOSERV.
O art. 25 da Lei n. 12.546, de 14 de dezembro de 2011, instituiu a obrigação de prestação de informações para
fins econômico-comerciais ao ministério do desenvolvimento, indústria e comércio exterior relativas às
transações entre residentes ou domiciliados no país e residentes ou domiciliados no exterior que compreendam
serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio das pessoas físicas, das pessoas
jurídicas ou dos entes despersonalizados.
RESOLUÇÃO:
Trata-se da previsão legal que possibilitou a implantação do SISCOSERV como a ferramenta para o controle do
controle do comércio internacional de serviços, intangíveis e outras operações (exceto aquelas relacionadas
exclusivamente ao comércio internacional de mercadorias).
Terminamos a parte teórica da aula. Agora vamos resolver algumas questões prova!
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a) a Anexação de documentos digitais é autenticada via certificado digital, emitido por autoridade certificadora
credenciada.
b) os importadores e seus representantes podem anexar documentos digitais, por meio da funcionalidade
Anexação de Documentos Digitalizados, se habilitados no Siscomex para operações de importação.
c) a recepção automática dos documentos no sistema Siscomex Importação ocorre após a vinculação do dossiê
com os documentos instrutivos do despacho à Declaração de Importação (DI).
d) o importador deve vincular o dossiê eletrônico à DI, com os documentos instrutivos digitalizados,
independente do canal direcionado para conferência.
e) os originais dos documentos instrutivos à DI, anexados digitalmente ao Dossiê vinculado à declaração,
devem ser mantidos em poder do importador pelo prazo previsto na legislação.
RESOLUÇÃO:
a) Os documentos digitalizados apresentados no Portal Único são autenticados via certificação digital.
b) A anexação de documentos digitalizados está disponível ao importador, que deverá estar habilitado a
operar no Siscomex. Sem a devida habilitação, não é possível utilizar o sistema.
c) O importador deverá vincular o dossiê eletrônico com os documentos digitalizados à Declaração de
Importação.
e) Os originais dos documentos digitalizados apresentados no Portal Único deverão ser mantidos em
poder do importador pelo prazo previsto na legislação.
Gabarito: D
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b) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior, atividades
administrativas consideradas essenciais aos interesses fazendários nacionais.
c) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior relativas a
bens ingressados no país, tendo em vista serem as importações essenciais aos interesses fazendários nacionais.
d) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior relativas a
bens saídos do país, tendo em vista serem as exportações essenciais aos interesses fazendários nacionais.
RESOLUÇÃO:
Expressamente, o artigo 237 da CF dispõe que compete ao Ministério da Fazenda o exercício da
fiscalização e do controle sobre o comércio exterior, e que tais atividades são consideradas essenciais à defesa
dos interesses fazendários nacionais. Esse artigo é a base de toda a normativa aduaneira que destaca a
importância da função de controle exercida pela Aduana.
3. INÉDITA
Sobre as disposições Constitucionais relativas à administração e controle sobre comércio exterior, é incorreto
afirmar:
a) Compete privativamente à União legislar sobre comércio exterior;
d) A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários
nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda.
RESOLUÇÃO:
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a) Art.22, CF.
e) Apesar de estar correta a afirmação, não se trata de uma disposição Constitucional relativa à
administração e controle sobre comércio exterior!
Gabarito: E
Sobre o Sistema Integrado de Comércio Exterior – SISCOMEX, e o Sistema Integrado de Comércio Exterior de
Serviços, Intangíveis e outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio – SISCOSERV, analise os itens
a seguir, classificando-os como verdadeiros (V) ou falsos (F). Em seguida, escolha a opção adequada às suas
respostas.
I. O art. 25 da Lei n. 12.546, de 14 de dezembro de 2011, instituiu a obrigação de prestação de informações para
fins econômico-comerciais ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior relativas às
transações entre residentes ou domiciliados no País e residentes ou domiciliados no exterior que compreendam
serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio das pessoas físicas, das pessoas
jurídicas ou dos entes despersonalizados.
II. A prestação das informações de que trata o caput do art. 25 da Lei n. 12.546, de 14 de dezembro de 2011,
também compreende as operações de compra e venda efetuadas exclusivamente com mercadorias e será
efetuada por meio de sistema eletrônico a ser disponibilizado na rede mundial de computadores.
RESOLUÇÃO:
Item I – Alternativa correta. Trata-se da previsão legal que possibilitou a implantação do SISCOSERV
como a ferramenta para o controle do controle do comércio internacional de serviços, intangíveis e outras
operações (exceto aquelas relacionadas exclusivamente ao comércio internacional de mercadorias).
Item II – Alternativa errada. As operações relacionadas ao comércio internacional de mercadorias não são
controladas através do SISCOSERV. Elas são registradas e controladas no SISCOMEX
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Item III – Alternativa correta. O artigo 2º do Decreto nº 660/1992 dispõe literalmente que o SISCOMEX “é
o instrumento administrativo que integra as atividades de registro, acompanhamento e controle das operações
de comércio exterior, mediante fluxo único, computadorizado, de informações”.
Gabarito: C
Acerca das isenções do Imposto de Importação, e sobre a internalização da legislação aduaneira aplicável ao
MERCOSUL:
segundo o Supremo Tribunal Federal, sob a égide do modelo constitucional brasileiro, mesmo cuidando-se de
tratados de integração, ainda subsistem os clássicos mecanismos institucionais de recepção das convenções
internacionais em geral, não bastando, para afastá-los, a existência da norma inscrita no art. 4º, parágrafo
único, da Constituição da República, que possui conteúdo meramente programático e cujo sentido não torna
dispensável a atuação dos instrumentos constitucionais de transposição, para a ordem jurídica doméstica, dos
acordos, protocolos e convenções celebrados pelo Brasil no âmbito do MERCOSUL.
RESOLUÇÃO:
A ESAF transcreveu literalmente o trecho da decisão do STF, com especial relevância para a necessidade
de seguir os trâmites constitucionais para a internalização de tratados celebrados pelo país, inclusive aqueles
no âmbito do MERCOSUL.
Gabarito: CERTA
Alguns autores admitem em tese a existência de um Direito Aduaneiro, apoiando esse posicionamento nos
seguintes fatores:
a) incidência dos impostos de importação, de exportação e sobre produtos industrializados; existência de
órgãos especializados de controle e arrecadação (Alfândegas); existência de um Sistema Integrado de
Comércio Exterior (SISCOMEX); natureza extrafiscal do imposto de importação; isenções e reduções tributárias
em maior proporção na área aduaneira.
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c) existência de regimes especiais; pagamento antecipado dos impostos de importação e sobre produtos
industrializados (II e IPI); os fatos geradores dos tributos incidentes sobre as mercadorias decorrem de
operações de comércio exterior; utilização frequente dos institutos de direito privado (comercial, civil, penal )
(art. 109, do CTN).
d) a precedência da autoridade aduaneira sobre as demais, na zona primária (CF, art. 37, XVIII, DL nº 37/66,
art. 35, RA art.10); a competência do Ministério da Fazenda, através das Alfândegas da Receita Federal para a
fiscalização e o controle sobre o comércio exterior (CF art. 237); a importância dos tributos aduaneiros como
instrumento do desenvolvimento industrial do País e da manutenção das reservas cambiais; alto grau de
discricionariedade dos órgãos aduaneiros.
RESOLUÇÃO:
A alternativa “e” é aquela que traz o melhor fundamento da referida autonomia do direito aduaneiro, no
sentido que a matéria aduaneira vai muito além daquela meramente tributária (tributação aduaneira). O Direito
Aduaneiro se fundamenta, por exemplo, na especificidade da matéria aduaneira, na existência de princípios,
regras e institutos específicos, como, por exemplo, o princípio da universalidade do controle aduaneiro, em sua
natureza intervencionista, reproduzindo o princípio da soberania nacional e do controle aduaneiro, e em sua
natureza regulatória. Justificativas com base em questões tributárias, ou seja, dos tributos aduaneiros, não são
fundamentos para diferenciar o sistema aduaneiro do tributário, mas indicam pontos em comum entre os
sistemas (alternativas a, b, c, d). A Existência do Siscomex também não é fundamento. Não há,
necessariamente, afinidade com o Direito Comunitário. Também não pode ser considerado como fundamento
para a questão da precedência da autoridade aduaneira sobre as demais.
Gabarito: E
a) são autarquias que zelam pela observância das leis e regulamentos comerciais, particularmente no que
concerne ao recolhimento de tributos federais aplicáveis à entrada, à saída e à movimentação de bens no
território aduaneiro.
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b) estão vinculadas aos governos e são responsáveis pela arrecadação dos direitos e taxas que incidem
sobre as exportações e importações, bem como pela administração de leis e regulamentos relativos à
importação, ao trânsito e à exportação de mercadorias.
c) são instituições governamentais responsáveis pelo recolhimento de tributos que incidem sobre a
circulação de bens no território aduaneiro.
d) são repartições vinculadas aos órgãos governamentais que zelam pela segurança de instalações
portuárias e das áreas de passo fronteiriço.
e) são órgãos governamentais responsáveis pela fiscalização da entrada, saída e movimentação de cargas
e de pessoas estrangeiras no território aduaneiro e pela arrecadação de tributos e taxas federais e estaduais.
RESOLUÇÃO:
b) Tanto a arrecadação dos tributos incidentes sobre as exportações e importações, bem como a
administração de leis e regulamentos relativos ao comércio exterior são atribuições aduaneiras. Mas não
podemos nos esquecer do controle aduaneiro!
c) As Alfândegas não são responsáveis pelo controle de tributos que incidem sobre a circulação de bens
dentro do território aduaneiro.
d) As Alfândegas não são responsáveis pela segurança das instalações portuárias e áreas de passo
fronteiriço, mas atuam nessas áreas.
e) As Alfândegas não controlam a entrada e saída de pessoas estrangeiras no território aduaneiro (função
da Polícia Federal) e pela arrecadação de tributos e taxas estaduais (função dos colegas da fiscalização
estadual), nem de outros tributos federais, como o IRPJ (função de outras unidades da RFB, que não as
aduaneiras).
Gabarito: B
e) o controle do fluxo de mercadorias que ingressam ou saem do país em caráter definitivo ou temporário
em decorrência das operações de comércio internacional e a aplicação de tarifa aduaneira sobre tais operações.
RESOLUÇÃO:
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d) O controle aduaneiro de veículos com mercadorias é atribuição aduaneira apenas quando vinculados
às operações de importação e exportação.
e) A Aduana atua especialmente no controle das mercadorias que entram e saem de um território
(aduaneiro), independentemente se importadas ou exportadas a título definitivo ou não, e na aplicação da
tarifa aduaneira (tributação aduaneira).
Gabarito: E
RESOLUÇÃO:
Quando nos referimos à expressão “Comércio Internacional” não estamos nos referindo à operação
comercial executada dentro de um território, mas aquela realizada entre agentes de diferentes países, não
apenas entre aqueles signatários do GATT ou do Mercosul. Também não se trata apenas do comércio de
mercadorias, mas também de serviços. Inclui-se tudo aquilo que estiver vinculado à operação comercial, como
o transporte, seguro e pagamento.
Gabarito: E
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RESOLUÇÃO:
O desenvolvimento do comércio internacional e a internacionalização do investimento, proporcionou a
abertura de novos mercados consumidores, a internacionalização da produção, a disseminação de empresas
transnacionais que passaram a ocuparam grande parte do planeta, com produção em diversos continentes.
Dessa forma, países em desenvolvimento passaram a participar de forma mais efetiva do comércio, refletindo
uma pequena parcela de desenvolvimento econômico. A alternativa “a” melhor retrata os fatores que têm
concorrido para a expansão do comércio de bens industrializados.
Gabarito: A
a) Licenças de Importação.
b) Declarações de Importação.
c) Registros de Exportação.
d) Registros de Crédito.
RESOLUÇÃO:
As licenças de importação, os registros de exportação, os registros de crédito e os atos concessórios de
drawback são de competência da SECEX. As declarações de importação são de competência da RFB.
Gabarito: B
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a) Siscomex Carga.
b) Sistema Mercante.
c) Siscomex Mantra.
d) Siscoserv.
e) Siscomex Importação / Exportação.
RESOLUÇÃO:
O controle de embarcações e cargas movimentadas em portos brasileiros, bem como de entrada de carga
pelo depositário é efetuado no módulo SISCOMEX CARGA.
Gabarito: A
b) SISCOMEX Carga.
c) SISCOMEX Trânsito Aduaneiro.
d) SISCOMEX Importação.
e) SISCOMEX Mercante.
RESOLUÇÃO:
O controle de cargas aéreas é efetuado no módulo SISCOMEX Mantra.
Gabarito: A
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a) Nas áreas nas quais se autorize carga e descarga de mercadorias, ou embarque e desembarque de viajante,
procedentes do exterior ou a ele destinados, a autoridade aduaneira tem precedência sobre as demais que ali
exerçam suas atribuições.
b) No exercício de suas atribuições, a autoridade aduaneira terá livre acesso aos locais onde se encontrem
mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas.
e) Para o desempenho de suas atribuições, a autoridade aduaneira poderá requisitar o apoio de força pública
federal, estadual ou municipal, quando julgar necessário.
RESOLUÇÃO:
Não compete à administração aduaneira estabelecer critério, administrar e controlar cotas na importação
e exportação. Tal atribuição compete à SECEX, conforme disposto no art.18, XXIII, do Decreto nº 9.260, de 29
de dezembro de 2017. As demais atribuições e prerrogativas competem à autoridade aduaneira.
Gabarito: D
15.INÉDITA
Quanto à administração aduaneira, é incorreto afirmar:
a) Nas áreas de portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados, bem como em outras áreas
nas quais se autorize carga e descarga de mercadorias, ou embarque e desembarque de viajante, procedentes
do exterior ou a ele destinados, a autoridade aduaneira tem precedência sobre as demais que ali exerçam suas
atribuições;
b) A precedência implica a obrigação, por parte das demais autoridades, de prestar auxílio imediato, sempre
que requisitado pela autoridade aduaneira, disponibilizando pessoas, equipamentos ou instalações necessários
à ação fiscal;
d) a precedência aplica-se igualmente à zona de vigilância aduaneira, devendo as demais autoridades prestar à
autoridade aduaneira a colaboração que for solicitada;
e) No exercício de suas atribuições, a autoridade aduaneira terá livre acesso a quaisquer dependências do porto
e às embarcações, atracadas ou não e aos locais onde se encontrem mercadorias procedentes do exterior ou a
ele destinadas.
RESOLUÇÃO:
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A precedência da autoridade aduaneira, corretamente descrita nas alternativas “a”, “b”, “d” e “e”, não
significa o prejuízo das atribuições das outras autoridades públicas no exercício de suas atribuições legais.
Gabarito: C
c) julgar, em primeira instância, recursos administrativos referentes ao crédito tributário constituído nos
procedimentos fiscais instaurados pela fiscalização aduaneira das unidades descentralizadas.
d) gerenciar as atividades de fiscalização dos tributos e direitos comerciais incidentes no comércio exterior, de
aplicação de procedimentos e rotinas fiscais na habilitação de importadores e exportadores para operar no
Siscomex, de controle de internação de mercadorias de áreas aduaneiras especiais e de controles domiciliares
de regimes aduaneiros especiais.
RESOLUÇÃO:
a) reter os volumes e encaminhá-los à Polícia Federal, comunicando a ocorrência à Administração Central, para
informação ao Ministério das Relações Exteriores.
b) liberar os volumes, pois a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas impede sua verificação,
comunicando os fatos à Administração Central para informação ao Ministério das Relações Exteriores e à
Polícia Federal.
c) verificar os volumes na presença do agente diplomático ou do seu representante autorizado, apreendendo
os bens de importação proibida e liberando os demais, salvo se o viajante identificar-se como correio
diplomático e o volume estiver identificado como mala diplomática.
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d) apreender os volumes, para aplicação da pena de perdimento aos bens de importação proibida, requisitando
a representante do Ministério das Relações Exteriores a separação dos demais bens, para entrega ao diplomata.
e) verificar os volumes na presença de representante do Ministério das Relações Exteriores e do agente
diplomático ou do seu representante legal, lavrando Termo de Constatação Fiscal (TCF), a ser encaminhado ao
governo estrangeiro.
RESOLUÇÃO:
A autoridade aduaneira poderá solicitar a abertura dos volumes pelo representante autorizado do Estado
que a envia, em casos de denúncia ou de suspeita fundada de uso da mala consular para a importação ou a
exportação irregular de bens e mercadorias. Se a pessoa se identificar como correio diplomático e o volume
estiver identificado como mala diplomática, o volume será liberado pela autoridade aduaneira em
procedimento sumário.
Gabarito: C
As Unidades da Receita Federal do Brasil que podem ter competência para proceder ao despacho aduaneiro de
mercadorias e outros bens são as relacionadas abaixo, exceto:
RESOLUÇÃO:
As Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento (DRJ) não são unidades aduaneiras, não
detendo competência para proceder ao despacho aduaneiro. Tratam-se de unidades julgadoras.
Gabarito: D
a) exercer a fiscalização aduaneira das mercadorias, produtos e bens que ingressam no território aduaneiro do
país e esclarecer dúvidas sobre a classificação aduaneira de mercadorias.
b) gerir e executar os serviços de administração, fiscalização e controle aduaneiro e reprimir os diferentes tipos
de ilícitos comerciais.
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c) subsidiar a formulação da política de comércio exterior em matérias tributária e aduaneira e atuar, em nome
do Ministério da Fazenda, nas instâncias do Mercosul em questões relativas à aplicação da Tarifa Externa
Comum.
e) cobrar direitos aduaneiros que incidem nas operações de comércio exterior e orientar os operadores do
comércio exterior quanto ao emprego dos Termos Internacionais de Comércio.
RESOLUÇÃO:
Apenas a alternativa “a” trata de atribuições da RFB. Destaca-se que, além da competência para fiscalizar
mercadorias, bens e produtos que ingressam no território aduaneiro, também é atribuição da RFB esclarecer
dúvidas sobre a classificação fiscal das mercadorias.
Gabarito: A
No Porto de Santos encontra-se uma carga de grãos, vinda da Argentina. Tem precedência para análise dessa
carga:
e) Não existe ordem de precedência nesse caso, mas, apenas, conveniência administrativa, de acordo com as
disponibilidades dos servidores dos órgãos envolvidos.
RESOLUÇÃO:
A autoridade aduaneira tem precedência sobre as demais que ali exerçam suas atribuições nas áreas de portos,
aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados.
Gabarito: C
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Lista de questões
1. ESAF – ADA - 2017
a) a Anexação de documentos digitais é autenticada via certificado digital, emitido por autoridade certificadora
credenciada.
b) os importadores e seus representantes podem anexar documentos digitais, por meio da funcionalidade
Anexação de Documentos Digitalizados, se habilitados no Siscomex para operações de importação.
c) a recepção automática dos documentos no sistema Siscomex Importação ocorre após a vinculação do dossiê
com os documentos instrutivos do despacho à Declaração de Importação (DI).
d) o importador deve vincular o dossiê eletrônico à DI, com os documentos instrutivos digitalizados,
independente do canal direcionado para conferência.
e) os originais dos documentos instrutivos à DI, anexados digitalmente ao Dossiê vinculado à declaração,
devem ser mantidos em poder do importador pelo prazo previsto na legislação.
A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais,
serão exercidos pelo Ministério da Fazenda. (Constituição Federal 1988, art.237). Com base no enunciado
acima, assinale a opção correta.
a) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle somente quando as operações de comércio
exterior sejam definidas como essenciais aos interesses fazendários nacionais.
b) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior, atividades
administrativas consideradas essenciais aos interesses fazendários nacionais.
c) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior relativas a
bens ingressados no país, tendo em vista serem as importações essenciais aos interesses fazendários nacionais.
d) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior relativas a
bens saídos do país, tendo em vista serem as exportações essenciais aos interesses fazendários nacionais.
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Legislação Aduaneira p/Analista-Tributário da Receita Federal
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3. INÉDITA
Sobre as disposições Constitucionais relativas à administração e controle sobre comércio exterior, é incorreto
afirmar:
c) Compete à União instituir impostos sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou
nacionalizados;
d) A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários
nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda.
e) Compete à União instituir impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro.
Sobre o Sistema Integrado de Comércio Exterior – SISCOMEX, e o Sistema Integrado de Comércio Exterior de
Serviços, Intangíveis e outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio – SISCOSERV, analise os itens
a seguir, classificando-os como verdadeiros (V) ou falsos (F). Em seguida, escolha a opção adequada às suas
respostas.
I. O art. 25 da Lei n. 12.546, de 14 de dezembro de 2011, instituiu a obrigação de prestação de informações para
fins econômico-comerciais ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior relativas às
transações entre residentes ou domiciliados no País e residentes ou domiciliados no exterior que compreendam
serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio das pessoas físicas, das pessoas
jurídicas ou dos entes despersonalizados.
II. A prestação das informações de que trata o caput do art. 25 da Lei n. 12.546, de 14 de dezembro de 2011,
também compreende as operações de compra e venda efetuadas exclusivamente com mercadorias e será
efetuada por meio de sistema eletrônico a ser disponibilizado na rede mundial de computadores.
III. O SISCOMEX é o instrumento administrativo que integra as atividades de registro, acompanhamento e
controle das operações de comércio exterior, mediante fluxo único, computadorizado, de informações.
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segundo o Supremo Tribunal Federal, sob a égide do modelo constitucional brasileiro, mesmo cuidando-se de
tratados de integração, ainda subsistem os clássicos mecanismos institucionais de recepção das convenções
internacionais em geral, não bastando, para afastá-los, a existência da norma inscrita no art. 4º, parágrafo
único, da Constituição da República, que possui conteúdo meramente programático e cujo sentido não torna
dispensável a atuação dos instrumentos constitucionais de transposição, para a ordem jurídica doméstica, dos
acordos, protocolos e convenções celebrados pelo Brasil no âmbito do MERCOSUL.
Alguns autores admitem em tese a existência de um Direito Aduaneiro, apoiando esse posicionamento nos
seguintes fatores:
a) incidência dos impostos de importação, de exportação e sobre produtos industrializados; existência de
órgãos especializados de controle e arrecadação (Alfândegas); existência de um Sistema Integrado de
Comércio Exterior (SISCOMEX); natureza extrafiscal do imposto de importação; isenções e reduções tributárias
em maior proporção na área aduaneira.
d) a precedência da autoridade aduaneira sobre as demais, na zona primária (CF, art. 37, XVIII, DL nº 37/66,
art. 35, RA art.10); a competência do Ministério da Fazenda, através das Alfândegas da Receita Federal para a
fiscalização e o controle sobre o comércio exterior (CF art. 237); a importância dos tributos aduaneiros como
instrumento do desenvolvimento industrial do País e da manutenção das reservas cambiais; alto grau de
discricionariedade dos órgãos aduaneiros.
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a) são autarquias que zelam pela observância das leis e regulamentos comerciais, particularmente no que
concerne ao recolhimento de tributos federais aplicáveis à entrada, à saída e à movimentação de bens no
território aduaneiro.
b) estão vinculadas aos governos e são responsáveis pela arrecadação dos direitos e taxas que incidem
sobre as exportações e importações, bem como pela administração de leis e regulamentos relativos à
importação, ao trânsito e à exportação de mercadorias.
c) são instituições governamentais responsáveis pelo recolhimento de tributos que incidem sobre a
circulação de bens no território aduaneiro.
d) são repartições vinculadas aos órgãos governamentais que zelam pela segurança de instalações
portuárias e das áreas de passo fronteiriço.
e) são órgãos governamentais responsáveis pela fiscalização da entrada, saída e movimentação de cargas
e de pessoas estrangeiras no território aduaneiro e pela arrecadação de tributos e taxas federais e estaduais.
e) o controle do fluxo de mercadorias que ingressam ou saem do país em caráter definitivo ou temporário
em decorrência das operações de comércio internacional e a aplicação de tarifa aduaneira sobre tais operações.
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O comércio de bens manufaturados vem crescendo significativamente desde a Segunda Guerra Mundial,
inclusive com crescente participação de países em desenvolvimento. Entre os fatores que têm concorrido para
a expansão do comércio de bens industrializados encontram-se:
a) os investimentos diretos, a internacionalização da produção e o comércio intra-firmas.
a) Licenças de Importação.
b) Declarações de Importação.
c) Registros de Exportação.
d) Registros de Crédito.
a) Siscomex Carga.
b) Sistema Mercante.
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c) Siscomex Mantra.
d) Siscoserv.
e) Siscomex Importação / Exportação.
a) SISCOMEX Mantra.
b) SISCOMEX Carga.
c) SISCOMEX Trânsito Aduaneiro.
d) SISCOMEX Importação.
e) SISCOMEX Mercante.
Com relação às atribuições e prerrogativas da autoridade aduaneira no exercício de suas funções, assinale a
opção incorreta.
a) Nas áreas nas quais se autorize carga e descarga de mercadorias, ou embarque e desembarque de viajante,
procedentes do exterior ou a ele destinados, a autoridade aduaneira tem precedência sobre as demais que ali
exerçam suas atribuições.
b) No exercício de suas atribuições, a autoridade aduaneira terá livre acesso aos locais onde se encontrem
mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas.
15.INÉDITA
Quanto à administração aduaneira, é incorreto afirmar:
a) Nas áreas de portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados, bem como em outras áreas
nas quais se autorize carga e descarga de mercadorias, ou embarque e desembarque de viajante, procedentes
do exterior ou a ele destinados, a autoridade aduaneira tem precedência sobre as demais que ali exerçam suas
atribuições;
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b) A precedência implica a obrigação, por parte das demais autoridades, de prestar auxílio imediato, sempre
que requisitado pela autoridade aduaneira, disponibilizando pessoas, equipamentos ou instalações necessários
à ação fiscal;
d) a precedência aplica-se igualmente à zona de vigilância aduaneira, devendo as demais autoridades prestar à
autoridade aduaneira a colaboração que for solicitada;
e) No exercício de suas atribuições, a autoridade aduaneira terá livre acesso a quaisquer dependências do porto
e às embarcações, atracadas ou não e aos locais onde se encontrem mercadorias procedentes do exterior ou a
ele destinadas.
c) julgar, em primeira instância, recursos administrativos referentes ao crédito tributário constituído nos
procedimentos fiscais instaurados pela fiscalização aduaneira das unidades descentralizadas.
d) gerenciar as atividades de fiscalização dos tributos e direitos comerciais incidentes no comércio exterior, de
aplicação de procedimentos e rotinas fiscais na habilitação de importadores e exportadores para operar no
Siscomex, de controle de internação de mercadorias de áreas aduaneiras especiais e de controles domiciliares
de regimes aduaneiros especiais.
e) coordenar e supervisionar as atividades relativas à classificação fiscal de mercadorias, inclusive quanto ao
desenvolvimento e implementação de nomenclaturas que tenham por base o Sistema Harmonizado de
Designação e de Codificação de Mercadorias.
a) reter os volumes e encaminhá-los à Polícia Federal, comunicando a ocorrência à Administração Central, para
informação ao Ministério das Relações Exteriores.
b) liberar os volumes, pois a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas impede sua verificação,
comunicando os fatos à Administração Central para informação ao Ministério das Relações Exteriores e à
Polícia Federal.
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d) apreender os volumes, para aplicação da pena de perdimento aos bens de importação proibida, requisitando
a representante do Ministério das Relações Exteriores a separação dos demais bens, para entrega ao diplomata.
As Unidades da Receita Federal do Brasil que podem ter competência para proceder ao despacho aduaneiro de
mercadorias e outros bens são as relacionadas abaixo, exceto:
a) exercer a fiscalização aduaneira das mercadorias, produtos e bens que ingressam no território aduaneiro do
país e esclarecer dúvidas sobre a classificação aduaneira de mercadorias.
b) gerir e executar os serviços de administração, fiscalização e controle aduaneiro e reprimir os diferentes tipos
de ilícitos comerciais.
c) subsidiar a formulação da política de comércio exterior em matérias tributária e aduaneira e atuar, em nome
do Ministério da Fazenda, nas instâncias do Mercosul em questões relativas à aplicação da Tarifa Externa
Comum.
e) cobrar direitos aduaneiros que incidem nas operações de comércio exterior e orientar os operadores do
comércio exterior quanto ao emprego dos Termos Internacionais de Comércio.
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No Porto de Santos encontra-se uma carga de grãos, vinda da Argentina. Tem precedência para análise dessa
carga:
a) A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, visando a impedir a entrada, no Brasil, de
produtos agrícolas com fungos.
e) Não existe ordem de precedência nesse caso, mas, apenas, conveniência administrativa, de acordo com as
disponibilidades dos servidores dos órgãos envolvidos.
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Gabarito
1. D 11. B
2. B 12. A
3. E 13. A
4. C 14. D
5. C 15. C
6. E 16. C
7. B 17. C
8. E 18. D
9. E 19. A
10. A 20. C
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Resumo direcionado
Direito aduaneiro e comércio internacional
Território aduaneiro - território onde se aplica a legislação aduaneira de uma Parte Contratante.
Funções aduaneiras
Controle aduaneiro - controle que deve ser exercido sobre as mercadorias objeto do tráfego
internacional, ou seja, sobre as importações ou exportações
❖ Função essencial
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❖ Todos os bens que sejam introduzidos no território aduaneiro ou dele saiam estão sujeitos ao controle
aduaneiro
→ Aplicação de restrições e proibições à importação e à exportação
→ Defesa da sociedade e da economia
Tributação aduaneira - arrecadação e fiscalização dos tributos incidentes sobre as operações de
comércio exterior
❖ Tributos extrafiscais
❖ Atuação estatal regulatória por indução
→ Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: [...] VIII - comércio exterior e interestadual
→ Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: I - importação de produtos estrangeiros
→ Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: [...] II - exportação, para o exterior, de produtos
nacionais ou nacionalizados
→ Art. 237. A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários
nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda
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Administração Aduaneira
No Brasil, a administração aduaneira é exercida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, que também
é a responsável pela administração tributária
Sistemas de Controle
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→ Módulos: SISCOMEX MANTRA, SISCOMEX Carga, SISCOMEX Trânsito, SISCOMEX Internação ZFM,
SISCOMEX Drawback Web, SISCOMEX Importação Web, Sistema Mercante
• Portal Único de Comércio Exterior
❖ O Programa Portal Único de Comércio Exterior encaixa-se no modelo de Single Window proposto pela
Organização Mundial das Aduanas (OMA), como uma das medidas de Facilitação Comercial, de forma
a racionalizar o comércio internacional e reduzir os custos de operação e insegurança no processo
❖ O Portal procura centralizar um uma única plataforma, no ambiente web, todo o contato entre os
órgãos do Governo e os operadores de comércio exterior
• Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam
Variações no Patrimônio – SISCOSERV - sistema informatizado, desenvolvido pelo Governo Federal
como ferramenta de controle do comércio internacional de serviços, intangíveis e outras operações (exceto
aquelas relacionadas exclusivamente ao comércio internacional de mercadorias), e para o aprimoramento
das ações de estímulo, formulação, acompanhamento e aferição das políticas públicas relacionadas a
serviços e intangíveis, bem como para a orientação de estratégias empresariais de comércio exterior de
serviços e intangíveis.
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