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E transformou Obi em uma arvore que da frutos o ano inteiro e que tem de ser utilizado em
toda e qualquer oferenda que é feita, pois através de Obi é que recebemos a resposta se a
oferenda é ou não é de bom agrado.
Lenda de Obi 2º
"Era uma vez um belo rapaz, forte e saudável, cujo nome era Obi, seu trabalho era levar os
recados dos homens, para os Orixás. Toda vez que um homem precisava fazer uma oferenda
a uma divindade, ele deveria falar no ouvido de Obi todas as suas orações, pedidos e
lamentações, e este, por sua vez, transmitiria os recados e traria uma resposta daquela
divindade.
Com o tempo, Obi passou a ser mais requisitado pelos seus trabalhos, pois com sua ajuda tudo
se tornara mais fácil, a resposta era imediata. Isso foi fazendo com que Obi ficasse muito
orgulhoso e envaidecido, passando a cobrar preços cada vez mais altos pelos seus serviços,
acumulando assim, muitas riquezas.
Obi sentia-se livre para agir desta forma, andava pelas ruas sem falsa modéstia, dizendo o
quanto as pessoas precisavam de seus favores. O tempo foi passando e a situação chegou a
tal ponto, que Exu ficou incomodado com as atitudes de Obi. Esù, que caminha entre o céu e a
terra com muita facilidade, foi falar com Olodùmàré (o Deus Supremo), relatando tudo o que
estava acontecendo na terra, especialmente o comportamento de Obi.
Olodùmàré ficou muito triste com o que Obi estava fazendo e tomou uma decisão, ir
pessoalmente a casa de Obi, falar com ele, e ver quais seriam seus argumentos. O Deus
Supremo, que nunca havia saído do céu anteriormente, seguiu em direção a casa de Obi, lá
chegando, bateu na porta, e Obi foi atender, sem imaginar quem poderia estar do lado de fora,
ao abrir a porta, tão grande foi seu susto, que caiu de costas no chão imobilizado, foi quando
Olodùmàré disse a ele:
"Tanto foi o teu orgulho e vaidade que vim pessoalmente a sua casa para falar de minha
tristeza, como reparação de seus erros, a partir de hoje nunca mais falará de pé, toda vez
alguém precisar de teu trabalho é no chão que deverá te invocar, esse será o teu castigo para
sempre".
E até hoje é assim que consultamos Obi, no chão. Sabemos toda lenda serve para nos
transmitir uma mensagem filosófica.
O nascimento de Obi
Obi é um elemento muito importante no culto de Orisa. A noz de cola, Obi, é o símbolo da
oração no céu. É um alimento básico, e toda vez que é oferecido seu consumo é sempre
precedido por preces. Foi Orunmila quem revelou como a noz de cola foi criada.Quando
Olodunmare descobriu que as divindades estavam lutando umas contra as outras, antes de
ficar claro que Esu era o responsável por isso, Ele decidiu convidar as quatro mais moderadas
divindades (Paz, a Prosperidade, a Concórdia e Aiye, a única divindade feminina presente ),
para entrarem em acordo sobre a situação ....Eles deliberaram longamente sobre o motivo de
os mais jovens não mais respeitarem os mais velhos, como ordenado pelo Deus Supremo.
Ela rapidamente cresceu, floresceu e deu frutos! Quando as frutas amadureceram para
colheita, começaram a cair no solo. Aiye pegou-as e as levou para Olodunmare,e Ele disse a
ela para que fosse e preparasse as frutas do jeito que mais lhe agradasse.Primeiro, ela tostou
as frutas, e elas mudaram sua textura, o que as deixou com gosto ruim.No outro dia, Ela pegou
mais frutas e as cozinhou, e elas mudaram de cor e não podiam ser comidas. Enquanto isso,
outros foram fazendo tentativas, no entanto todas foram mal sucedidas.
Foram então até Olodunmare para dizer que a missão de descobrir como preparar as nozes
era impossível. Quando ninguém sabia o que fazer, Elenini, a divindade do Obstáculo, se
apresentou como voluntária para guardar as frutas.Todas as frutas colhidas foram então dadas
a ela.Elenini então partiu a cápsula, limpou e lavou as nozes e as guardou com as folhas para
que ficassem frescas por catorze dias. Depois, ela começou a comer as nozes cruas.Ela
esperou mais catorze dias e depois disso percebeu que as nozes estavam vigorosas e
frescas.Após isso, ela levou as frutas para Olodunmare e disse a todos que o produto das
preces, Obi, podia ser ingerido cru sem nenhum perigo.Deus então decretou que, já que tinha
sido Elenini, a mais velha divindade em Sua casa quem conseguiu decodificar o segredo do
produto das orações, as nozes deveriam ser dali por diante, não somente um alimento do céu,
mas também, onde fossem apresentadas, deveriam ser sempre oferecidas primeiro ao mais
velho sentado no meio do grupo, e seu consumo deveria ser sempre precedido por preces.
Olodunmare também proclamou que, como um símbolo da prece, a árvore somente cresceria
em lugares onde as pessoas respeitassem os mais velhos. Naquela reunião do Conselho
Divino, a primeira noz de cola foi partida pelo Próprio Olodunmare e tinha duas peças. Ele
pegou uma e deu a outra para Elenini, a mais antiga divindade presente.
A próxima noz de cola tinha três peças, as quais representavam as três divindades masculinas
que disseram as orações que fizeram nascer a árvore da noz de cola.
A próxima tinha quatro peças e incluía assim Aiye, a única mulher que estava presente na
cerimônia.
A próxima tinha cinco peças e incluiu Orisa-Nla.
A próxima tinha seis peças representando a harmonia, o desejo das orações divinas.
A noz de cola com seis peças foi então dividida e distribuída entre todos no Conselho.
Aiye então levou a noz de cola para a Terra, onde sua presença é marcada por preces e onde
ela só germina e floresce em comunidades humanas onde existe respeito pelos mais velhos,
pelos ancestrais e onde a tradição é glorificada. OBÍ !!!
E o fruto que em todas as circunstâncias se rende a os ORIXAS; oferenda e alimento ritual dos
deuses e antepassados.com a oferenda do OBI se começa todos os rituais e cerimônias.
- Quando OBATALA o dono do obí, reuniu todos os ORIXAS para dar a cada um o direito do
obi. esta assembléia de reparte a cada um os poderes do OBI em baixo da palmeira. OBATALA
pois, aos pés de cada ORIXA um OBI, por isso, todos os ORIXAS tem o direito do OBI.
Ao redor da palmeira sagrada os ORIXAS escultaram respeitosamente as instruções de
OBATALA. o único que se mostrou relutante foi OBALUAIYE, mas no entanto OBATALÁ o
dominou a fim teve que acatar a vontade do chefe supremo. Desde de então não possível
praticar o rito aos ORIXAS e os ANTEPASSADOS, sem antes ter concebido a oferenda do OBÍ
.Assim nasce o culto e a cerimônia dos obi que também é representado como o fruto mas
sagrado dentre o culto dos orixás, acreditavam-se que é a própria boca dos orixas e
considerado como a "HÓSTIA" . Dentre o culto do OBI temos o mais comum que o "OBI
ABATA" o OBI de 4 bandas que é o mais comum nas consultas.também se dividi no em 2
macho e 2 fêmeas que traz com 9 combinações agbá. Temos o "Obi Gbanjá" que usamos
geralmente para uma confirmação de algum trabalho.como também vários métodos e tipos de
obi a ser usado em determinado cultos como por exemplo:
OBI DE 3 BANDAS usada exclusivamente nas oferendas a EXÚ.
OBI DE 5 BANDAS usado exclusivamente no culto as IYÁ MINS.
Além das caídas que traz consigo o OBI ele também traz em suas presentações através do
posicionamento das caídas denominada APERE-TI e também com ele traz o simbolo do odu
agbá conhecido também como perna do odu. Temos em cuba o oraculo semelhante ao do obi.
que é o COCO também conhecido como "OSHEBILLE" leva o nome do signo a qual ele
nasceu: O awo chamado BIAGUÉ tinha um filho chamado DIÁTÓTÓ. e seu pai lhe entregou
seu único segredo: a arte, que havia recebido de IFÁ adivinhar com os cocos. Em sua casa
BIAGUÉ tinha outros filhos que lhe obedecia como um pai e ele os consideravam como filhos
pois eles eram adotivo com exceção de ADIÁTÓTÓ. Quando morre BIAGUÉ todos os filhos
adotivos roubam tudo do verdadeiro herdeiro.
ADIÁTÓTÓ fica no mundo passando por muita dificuldade. Um certo dia o OBÁ "rei" queria
averiguar a quem pertencia o grande terreno que possuía BIAGUÉ no ILÉ ILÚ, na cidade, e
ordenou que se apresentasse seu dono atual. o que declarou que o terreno lhe pertencia não
tinha provas que o acreditasse e o porta voz divulgou o nome de ADIÁTÓTÓ.
Qual foi ver o OBÁ e disse que o único que podia provar era ele pois erá o único a qual
BIAGÚE havia ensinado a arte de adivinhar com os cocos. Então todas as perguntas que o rei
fazia, o obi respondia a verdade e dessa forma ADIÁTÓTÓ recebeu de volta toda sua herança
deixada pelo seu pai a qual seus falsos irmãos o roubaram e a unica coisa que não
conseguiram roubara foi a sabedoria de usar o coco como oraculo de adivinhação.
Desta forma ADIÁTÓTÓ FOI O PRIMEIRO awo que adivinhou com o coco.
A palavra “obi”, se refere à noz de cola fresca nativo da África, especificamente o Obi Abata.
Varia de branco, a escuridão vermelho, em cor.
Dizem que Obi veio a terra (Aiyê) acompanhado de duas irmãs Uma era Obi Abata e a outra
era Obi Gbanjá
Obi Abata é o tipo de Obi usado para adivinhação, Ele é composto de três a seis Lóbulos que
são divididos ou seja são abertos com as mãos não se deve usar a faca para isso nunca,ele é
usado como um oferecimento a Orixás e antepassados.
Obi Abata è fundamento principal na maioria dos rituais de Ifá/Orixá
Embora possam ser usadas outras configurações do Obi de vários modos, são os quatro
lóbulos de Obi, também conhecido como Iya Obi (A Mãe Obi) são os responsáveis pelas
respostas.
Obi Gbanjá é o Obi que Possue dois Lóbulos e não é usado em adivinhação,Embora é ainda
consumido por muitos a séculos devido sua alta concentração de cafeina e é usado como
estimulante, muito cuidado ao comprar pois Obi Gbanjá não serve pra práticas divinatórias.
Para que uma obrigação, ou outro rito prossiga com aceitação dos Orixás é necessário uma
resposta positiva a ser dada através do Obi.
Ele deve ser jogado antes da obrigação para saber se o ritual pode ser realizado e depois de
feito para saber se foi aceito pelos Orixás.
O fruto utilizado deve ser o que possui quatro gomos, chamado de Obi Abata, sua divisão deve
ser natural, ou seja é proibido o uso de faca ou qualquer material cortante, para dividi-lo em
quatro partes, se naturalmente ele só contiver duas partes.
As duas metades correspondem a dois casais, caso o Obi contenha mais de quatro partes, o
excedente deve ser retirado, para que somente as quatro permaneçam.
O local onde o Obi será lançado deve ser plano, no chão ou sobre um prato branco, onde
fundamentalmente contenha água.
As partes são lançadas simultaneamente, sem manipulação ou lançamento individual.
Uma exceção deve ser feita no uso do Obi como jogo, para o Orixá Xango deve ser utilizado
Um Orogbò para substituir o Obi.
O fruto dessa árvore tem uma dimensão tão importante no Candomblé que sua utilização vai
desde os rituais de iniciação até a consulta, por meio das suas sementes, para saber se
determinada oferenda agrada às Divindades. Em tempos de urbanização acelerada, em que os
terreiros têm sua áreas verdes reduzidas ou sob constante ameaça de perda, ter Obi nessa
quantidade é uma grande vantagem.
O Obi é muito usado nos boris, que são rituais ligados à iniciação no culto. “A planta é usada
na oferenda e no ritual de cabeça para o feitio de Orixá. É também um ótimo remédio,
destacando uma característica marcante do uso das ervas no Candomblé: a função das plantas
não é apenas Ritualística, mas também medicinal.
1º Obi é um fruto sagrado e insubstituível, sem o qual não faz nenhuma obrigação, nenhuma
confirmação de que os Orixás aceitaram as oferendas. A resposta de afirmação do Obi é
fundamental para que os ritos possam continuar.
O obi de quatro gomos, o único que deve ser ofertado aos Orixás, chama- se obi abatá.
Cada fruto é composto de dois casais, e quando um fruto tiver mais de dois casais, separam-
se os gomos excedentes e dividem- se em comunhão com todos os presentes ou oferecem a
Exu. Os gomos são delineados pela natureza, portanto não pode haver nenhum tipo de
intervenção, sobretudo de faca, para dividir o obi. Apenas nos rituais de Xangô o obi deve ser
substituído pelo orobô.
O obi deve ser jogado sobre água, em pratos brancos ou diretamente no chão. Seus gomos
devem ser jogados de uma só vez, ou seja, simultaneamente. Não se pode manipular os
gomos, nem jogar os que cairam fechados sozinhos.
Se a caída não for favorável, deve- se lançar todos os gomos novamente. Só uma caída
autoriza de imediato
A verdade é que "quem planta obi não colhe",devido ao tempo que do dia que se planta, deve
se esperar anos até que a árvore dê frutos.
Os mais velhos (sacerdotes) ensinam sempre uma criança a plantar o pé de Obi. Motivo pelo
qual representa o fato de poder mais tarde (criança), colher do fruto que foi plantado.
Não há substituição a esse fruto. A grande maioria de atos feitos dentro do culto é confirmado
através do Obi. O mais usado e oferecido aos Orixás, é Obi Abatá - Obi de 4 gomos. Há
apenas o cuidado quando tratamos ou fazemos algo ao Oirxá Xangô. Nessa hora, o Obi é
substituido pelo Orobô. Para Exú se usa o Obi vermelho de 4 gomos.
Cada Obi (Abatá), é composto de 4 partes (casais - macho e fêmea), separam-se os gomos
excedentes e dividem-se em comunhão com todos os presentes ou oferecem-nos a Exu.
Quando se parte um Obi, deve repartir as pessoas presentes, num ato de comunhão ou
entregar uma parte a Exú.
No partir o Obi, não se usa faca ou materiais cortantes, e sim somente a prórpria força da
mão. Se for pego de forma correta e apertado no lugar certo, as bandas logo cedem e se
partem.
A forma correta de se consultar o Obi é:
Usar sempre o Obi Abatá (branco de 4 gomos) - Menos Xangô.
Jogar água sobre o Obi estando ainda nas mãos;
Molhar o chão onde será feito a confirmação ou pergunta;
Deve ser feita uma joga apenas.
havendo uma resposta negativa, verifica-se o problema e joga-se novamente;
Não pode-se jogar apenas uma ou duas partes, e sim as quatro partes do Obi;
Ter de cor as falas para identificar o que o Orixá fala.
Orobô.
Orobô um fruto muito utilizado no Candomblé assim
como o Obí. importantíssima e imprescindível em
Assentamentos, Boris, Feituras e demais atos do Asé.
Assim como o Obí, os fundamentos dos Nkisis estão
incompletos sem ele, aliás, não fazemos um Mona
Nkisi sem esse fruto.
Originário da África, também é encontrado na
Polinésia, Ásia e Austrália. Ao mastigarmos, seu gosto
desagrada ao paladar, pois incomoda um pouco,
porém, é de imensa utilidade nos preceitos religiosos.
Ao efetuarmos Rituais aos Nkisis, depois que rezamos e
jogamos o Orobô podendo então, sabermos se o Nkisi
aceitou ou não a obrigação que está sendo realizada.
Ele pode ser utilizado para qualquer Nkisi, fruto sagrado dos Nkisi a exemplo do Obí, não pode
de forma alguma ser aberto e jogado por quem não seja feito no Santo ou mesmo que não
tenha suas obrigações em dia. Seu uso é estritamente utilizado dentro do Candomblé.
Em seus rituais é bom que seja sempre usado para aláfia juntamente com Obí e mesmo na
falta desse o Orobô pode ser utilizado sozinho.
Coloque o obi sobre a canjica,vá até a praia,peça licença a Iemanjá aos Orixás e a Exu da
praia.separe um pouco da canjica,uns dois punhados, passe pelo corpo,pedindo a Iemanjá que
retire todo azar e falta de sorte no amor a mistura de de Obi e maçã verde ralada,
Em seguida , Coloque a tigela sobre a cabeça e vá caminhando até próximo das ondas,abaixe
e coloque a tigela na areia e pèça a Iemanja senhora das cabeças,união de
cabeça,amor,reconciliação,peça tudo a Iemanjá.
Amarrar o obi com toda a linha branca, em todos os sentidos, de modo que ele fique totalmente
coberto pela linha. Termine a amarração com um nó. Durante toda a amarração do obi, metalize seus
pedidos para o objetivo que é o amor e união. Escrever na fita rosa o nome da mulher e na fita azul o
nome do homem (nome de batismo, a lápis, quantas vezes couber em toda a fita). Unir as alianças e
amarrar com as duas fitas, dando um nó. Com o restante das fitas, dê tantos nós quanto possível, até
que a fita acabe, pedindo, em cada nó, que assim como estou amarrando esta fita eu amarro (fulano
com fulana) e una para sempre este casal, trazendo amor e felicidade. Coloque o obi e as alianças
dentro da quartinha juntamente com o óleo de unção o azeite, um pouco do pó de pemba de oxalá se
vc tiver, enchendo toda a quartinha com mel. Tampe a quartinha e enterre-a num vaso. Durante 21
dias, acenda uma vela amarela e uma azul juntas, fazendo seus pedidos e orações para que seja
abençoada esta união. Regue o vaso com água e açúcar.