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Índice
Pag.
Introdução 2
1 Aerogeradores
1.1 Introdução 4
1.2 Características dos Aerogeradores 6
1.3 Ciclo de Vida de Aerogeradores 13
2 Manutenção
2.1 Introdução à manutenção 13
2.2 Tipos de manutenção 15
3 Manutenção em Aerogeradores
3.1 Introdução 16
3.2 Tipos de manutenção 17
Conclusão 22
Bibliografia 23
Introdução
O presente trabalho procura abordar a questão da manutenção em aerogeradores. As
razões que me levaram a efectuar este trabalho, após sugestão do docente da U.C de
Manutenção Industrial, prendem-se com o facto de a curto prazo e em termos
profissionais passar a relacionar-me com a realidade industrial da energia eólica.
Entendo que este é um tema actual quando recentemente foram assinados com o
Estado Português mais duas dezenas de contratos de apoio a projectos de energia
eólica, envolvendo um investimento de mais de 273 milhões de Euros e um incentivo
de cerca de 43 milhões de Euros.
1997 foi instalada uma potência 15,197 MW, elevando a capacidade total instalada de
energia eólica para 72,223 MW.
Perante este boom de crescimento, paralelamente e conforme irão sendo instalados
os Parques Eólicos, irá tornar-se cada vez mais importante o papel da manutenção dos
aerogeradores.
Sem ser especialista na matéria irei procurar explicar como funciona, quais os
componentes de um aerogerador, que tipo de manutenção necessitam.
1. Aerogeradores
1.1. Introdução
Nos dias de hoje cada vez mais países europeus estão apostar na energia eólica. Uma
energia limpa que face às perturbações do mercado do petróleo e ao cumprimento das
Quotas de Carbono, se torna numa alternativa viável. Foi na Alemanha e Dinamarca,
nas décadas 80 e 90, em que o conhecimento e a investigação na energia eólica foi
concentrado, dando inicio ao fabrico e montagem dos primeiros aerogeradores nesses
países. Na última década a Alemanha destacou-se pela capacidade eólica instalada,
tendo-se igualmente destacado a Espanha. Nos últimos 10 anos um grande número
governos europeus desenvolveu políticas de promoção de energias renováveis, na qual
se inclui a energia de eólica. Os exemplos mais proeminentes são o Reino Unido,
França, Itália, os Países Baixos e os países da Europa de Leste. Portugal apesar de ter
apanhado o comboio mais tarde, tem presentemente um plano ambicioso de
instalação de energia eólica.
Presentemente encontrar Parques Eólicos com uma capacidade instalada acima dos 50
MW já não é coisa rara. Actualmente já existem protótipos de aerogeradores com
potencias na escala de 4.5 a 6 MW disponíveis e que em breve passaram a ser
comercializados.
O atlas europeu do vento Fig. 1 demonstra que as zonas com melhores condições do
vento para produção de energia eólica são a Escandinávia, Reino Unido, Irlanda e a
Costa Atlântica do continente Europeu.
A extensão de tempo entre a primeira iniciativa e a última para a exploração de um
Parque Eólico é subdividida em período de desenvolvimento e em período de
construção. A duração do período da construção é conhecida, para um Parque Eólico
inferior a uma capacidade de produção instalada de 15 MW, 3 a 4 semestres e para um
grande Parque Eólico 1 a 2 anos. O ciclo de vida técnica de um aerogerador é de 20
anos.
A duração do período do desenvolvimento é menos previsível. Principalmente o tempo
exigido para as licenças de instalação e a articulação com todas as partes interessadas
no processo. Podemos falar numa extensão de tempo exigida que pode variar entre o
meio ano e mais de 5 anos.
Concepção e Projecto
Construção e Instalação
Operação e manutenção
Figura 7-Desenho de uma nacele de um aerogerador com um gerador síncrono accionado directamente
pelo rotor da turbina eólica.
Além desses 3 principais sistemas de geração existem algumas outras variações. Uma
delas é o sistema de velocidade semivariável. Neste sistema é usado um gerador de
indução de rotor em gaiola, no qual, a resistência do rotor pode ser variada por meio
de chaves electrónicas. Variando a resistência do rotor, a curva característica de
conjugado versus velocidade do gerador é deslocada e é possível obter variações na
velocidade do rotor da ordem de 10% da velocidade nominal. Neste sistema de
geração, a limitação na variação da velocidade é, portanto, obtida a um custo
relativamente baixo.
2. Manutenção
2.1. Introdução à manutenção
Todo o equipamento sofre, ao longo da sua vida útil de funcionamento, reparações,
inspecções programadas, rotinas preventivas programadas e adequadas, substituição
de peças e órgãos, mudanças de óleo, lubrificações, limpezas, pinturas, correcções de
defeitos resultantes quer do seu fabrico quer do trabalho que estiver a realizar.
O conjunto de todas estas acções constitui aquilo a que se chama manutenção.
Assim podemos entender que a manutenção é um conjunto de acções que permitem
manter ou restabelecer um bem num estado especificado ou com possibilidade de
assegurar um serviço determinado. Uma boa manutenção é assegurar estas operações
por um custo global mínimo.
Actualmente os sistemas são cada vez mais sofisticados, com uma vida tecnológica
dos equipamentos mais curta, maiores solicitações, para aumentar a rentabilidade,
menores investimentos em desenvolvimento o que implica: redução de testes de
desenvolvimento de componentes; utilização de componentes existentes no mercado;
redução dos testes operacionais; maior modelização.
Manutenção
Manutenção Manutenção
Preventiva Curativa
Manutenção Manutenção
Sistemática Condicionada
3. Manutenção em Aerogeradores
3.1. Introdução
Os componentes de um aerogerador são projectados para durar 20 anos. Isto significa
que terão que funcionar mais de 120.000 horas, mais de 13 anos non-stop, em baixas
condições climáticas tormentosas. Mas a componente financeira –custo-tem uma
influencia muito grande.
Um programa para reduzir os custos de operação e manutenção (O&M) deverá iniciar
com o conhecimento dos custos associados ao funcionamento de um parque eólico.
Os custos podem ser separados nas extensas categorias de operações, em
manutenção programada e de manutenção não programada. A parcela de custos de
O&M associados à manutenção não programada são os mais difíceis de prever - estão
entre 30% e 60% do total dos custos, e que geralmente aumentam na fase de
maturidade do projecto com o aumento taxa de falhas do equipamento.
Podemos observar que 42% dos componentes que avariaram e que necessitaram de
manutenção correctiva dizem respeito a problemas eléctricos e electrónicos.
Figura 11 – distrubuição dos tipos de manutenção Fonte: Vachon & Associates, Inc.
Num projecto de 20 anos e segundo um estudo elaborado pela Vachon & Associates,
Inc a Manutenção Correctiva representará 42,9% da Operação & Manutenção do
projecto e a Manutenção Preventiva 47,9%, mo entanto em termos de custos a
Manutenção representa mais 3,7 Milhões de Dollars que a Preventiva.
Conclusão
Foi possível identificar a evolução que os aerogeradores tiveram ao longo dos últimos
anos e a sua composição técnica.
Foi igualmente possível concluir que a manutenção preventiva é aquela que mais se
adequa a este tipo de equipamento, no entanto a manutenção correctiva tem o peso
enorme no bolo da manutenção, nomeadamente na fase de maturidade do projecto
eólico.
Devido às minhas limitações na área da engenharia e dos seus termos técnicos não foi
possível desenvolver ou aprofundar a bibliografia encontrada.
Parece-me que este é um tema aprofundar para um trabalho que careça uma
investigação científica mais aprofundada.
Bibliografia:
VACHON, William A., Potential wind turbine reliability affects on a project pro forma,
2006