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Quarta-feira, 23 de Março de 2011 I SÉRfE - Número 12

,
BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBUCA DE MOÇAMBIQUE

4.° SUPLEMENTO
SUMÁRIO 2. É igualmente revogada toda a legislação que contrarie o
Conselho de Ministros: presente Decreto-Lei.
ARTIGO 3
Decreto-Lei no" 1/2011:
Entrada em vigor
Aprova o Código da Estr~da. O presente DeCreto-Lei entra em vigor cento e oitenta dias
(Por ter saído inexacto o Decreto-Lei n." 1/2011, publicado no Boletim da após a sua publicação.
República n." 12, I Sél ie de 23 de Março de 2011, novamente se
publica com as devidas correcções e é dada sem efeito a anterior Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 23 de Março
publicação.)
de 201 I.
••••••••••••••••••••••••••••••••
Publique-se.
CONSELHO DE MINISTROS
O Presidente da República, ARMANDO EMÍLIO GUEBUZA.
Decreto-Lei n.O 112011
de 23 de Março
O Código da Estrada em vigor data de 1954 e não CÓDIGO DA ESTRADA
acompanhou o crescimento dI;) parque automóvel e o
desenvolvimento das técnicas de trânsito em Moçambique e no TÍTULO I
Mundo. Disposições Gerais
Os esforços empreendidos após a independência nacional, ARTfGOl
com o fito de adequar a legislação rodoviária à realidade actual
DefinLções
e aos padrões vigentes na região da SADC, resultaram na
aprovação de diversos diplomas extravagantes, dispersos e de Os termos utilizados no presente Código da Estrada e
difícil consulta, ditando a necessidade da revisão do Código da legislação cOll}.plementar têm o significado que consta do
Estrada. glossário que constitui Anexo I, o qual faz parte integrante do
Nesta conformidade, ao abrigo do disposto na alínea d) do mesmo.
n. o 1 do artigo 204 da Constituição da República e do artigo 1 ARTIGO 2
da Lei n.o 5/2011, de 24 de Janeiro, o Conselho de Ministros
Âmbito de aplicação
determina:
ARTIGO 1 O dispos~o no presente Código aplica-se ao trân,sito
Aprovação do Código da Estrada
rodoviário nas vias de domínio público do Estado e nas vias de
domínio privado quando abertas ao trânsito público em tudo o
É aprovado o Código da Estrada, em anexo,' que faz parte que não estiver especialmente reguladó por acordo celebrado
integrante do presente Decreto-Lei: com os respectivos proprietários.
ARTIGO 2 'ARTIGO 3
Norma revogatória Liberdade de trânsito
1. É revogado o Código da Estrada aprovado pelo Decreto- 1. Nas vias a que se refere o artigo anterior é livre a circulação,
-Lei n.o 39 672, de 20 de Maio de 1954, e os seguintes diplomas com as restrições constantes do presente Código e legislação
legais: complementar.
a) Decreto-Lei n." 45299, de 9 de Outubro de 1963; 2. As pessoas devem abster-se de actos que impeçam ou
b) Decreto n.o 33/77, de 6 de Agosto;
embaracem o trânsito ou comprometam a segurança ou a
c) Decreto n.o 7/80, de 14 de Novembro;
comodidade dos utentes das vias.
d) Decreto n.o 17/96, de 28 de Maio;
e) Decreto n.o 56/96, de 28 de Maio; 3. Quem praticar actos com o intuito de impedir ou embaraçar
f) Decreto n.o 20/98, de 12 de Maio; a circulação de veículos é punido com multa de 30PO,00MT, se
g) Decreto n.o 11/2002, de 28 de Maio; a sanção mais grave não for aplicável por força de outra
h) Decreto n.o 1312002, de 6 de Junho. disposição legal.
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192-(8) I SÉRIE NÚMERO 12

ARTIGO 4 2. Pode ainda ser condicionado por regulamento, com carácter


Colocação de obstáculos na via pública temporário ou permanente, em todas ou apenas certas vias
públicas, o trân$ito de determinadas espécies de veículos ou
1. Ê proibida a colocação de obstáculos que possam impedir
dos utilizados no transporte de certas mercadorias.
ou embaraçar o trânsito e comprometer a segurança
e comodidade dos utentes da via. 3. Aproibiçã() e o condicionamento rçferidos nos números
anteriores são precedidos de divulgação através da comunicação
2. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
multa de lOOO,OOMT. social, distribuição de folhetos nas zonas afectadas, afixação de
painéis de informação ou outro meio adequado.
ARTIGOS 4. A çontravenção do disposto nos n.OS 1 e 2 é punida com a
Uso da via pública para outros fins multa de lOOO,OOMT, sendo os veículos impedidos de prosseguir
a sua marcha até findar o período em, que vigora a proibição.
1. A utilização das vias públicas para a realização de festas,
cortejos, provas desportivas ou quaisquer outras actividades ARTIGOS
que possam afectar o trânsito normal carece de autorização do Regulamentação do trânsito
Governador da Província, nas estradas nacionais em que o evento
se realizar e dos administradores distritais ou chefes do posto 1. Compete ao Ministro que superintende a área dos
administrativo ou presidentes dos conselhos municipais, dentro Transportes aprovar os regulamentos necessários à boa execução
das localidades, conforme cada situação. deste código, excepto os aprovados pelo Governo.
2. Compete ao Governo da Província em que estes eventos se 2. A regulamentação do trânsito no interior das localidades
realizarem promover o necessário policiamento. compete aos corpos administrativos ou aos conselhos municipais
e é feita por meio de posturas de trânsito. que são publicadas
3. Compete ao INAV emitir parecer sobre a realização de
após a aprovação dos respectivos projectos pelo INA V.
provas desportivas nas vias públicas, nos aspectos atinentes ao
fluxo do trânsito e segurança rodoviária. 3. Pode o INAY, ouvido o Conselho Municipal interessado,
propor ao Ministro que superintende a área dos Transportes as
4. A contravenção do disposto no n.o 1 deste artigo é punida
medidas que julgar necessárias para a regulamentação do trânsito
com a multa de SOOO,OOMT, devendo ainda o contraventor
dentro de qualquer localidade. O parecer do Conselho Municipal
ressarcir o Estado por eventuais danos causados à via pública.
pode ser dispensado se não for dado no prazo de quarenta e
ARTIGO 6 cinco dias, a contar da data da remessa do ofício que o solicitar.'
Suspensão do trânsito
ARTIGO 9
1. A suspensão do trânsito só é ordenada por motivos de Ordenamento do trânsito
segurança, de emergência grave ou de obras, ou com o fim de 1. O ordenamento do trânsito compete:
prover a conservação dos pavimentos, instalações e obras de
a) Ao INAV, em todas as estradas;
arte e poder respeitar apenas à parte da via ou a veícúlos de certa
b) Aos corpos administrativos ou conselhos municipais,
espécie, peso ou dimensões, devendo, sempre que possível,
no interior das localidades.
estarem devidamente asseguradas as c9municações entre os
2. O INAV pode, no entanto, chamara si o ordenamento do
locais servidos pela via. trânsito no interior das localidades em caso de festividades,
2. A suspensão do trânsito, nas estradas nacionais deve ser manifestações públicas, provas desportivas ou outros
solicitada à ANE e, nas estradas locais, aos conselhos municipais. acontecimentos que obriguem a adoptar providências
3. A entidade que ordenar a suspensão deve .anunciá-Ia ao excepcionais, cumprindo à PT participar na execução dessas
público com a antecedência mínima de três dias. indicando providências, sempre que a sua colaboração for solicitada.
sempre a respectiva localização e a duração provável.
ARTIGO 10
4. Em casos determinados por motivos urgentes e imprevis~os,
pode ordenar-se a suspensão imediata. fazendo-se em seguida o Fiscalização do trânsito
anúncio ao público com a maior brevidade. 1. A fiscallzação do cumprimento das disposições deste
5. Nenhuma via pavimentada pode ser entregue após sua C6digo e demais legislação sobre o trânsito incumbe sem
construção, ou reaberta ao trânsito após a realização de obr.as ou prejuízo de outras entidades especialmente competentes:
de manutenção, enquanto não estiver devidamente sinali~ada, a) À Polícia de Trânsito;
vertical e horizontalmente, de forma a garantir as condições b) Ao Instituto Nacional de Viação;
adequadas de segurança na circulação. c) À Administração Nacional de Estradas nas estradas
nacionais; e
6. Ê proibida a utilização das ondulações transversais e de d) Aos municípios nas estradas, ruas e caminhos
sonorizadores como redutores de velocidade, salvo em casos municipais.
especiais definidos pelo órgão ou entidade competente, nos 2: Os agentes da PT devem estar identificados com o nome e
padrões e critérios estabelecidos pelo INAV. número visíveis sobre o uniforme nos termos a serem
regulamentados.
ARTIGO 7
Proibição temporária ou perman~'"te da
3. As entidades mencionadas nas alíneas b), c) e d), em missão
de serviço, devem ser portadoras de um cartão de identificação,
Circulação d~ certos veiculos segundo o modelo constante do Anexo II a este Código e têm
1. Sempre que ocorram circunstâncias anormais de trânsito, direito a uso e porte de arma de defesa.
pode proibir-se temporariamente, por regulamento, a circulação 4. As entidades referidas nas alíneas aJ, b), c) e d), quando em
de certas espécies de veículos ou de veículos que transportem missão de serviço, têm direito a transitar, sem qualquer
certas mercadorias. pagamento nos transportes públicos.
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23 DE MARÇO DE 2011 192-(9)

5. As condições de utilização dos transportes privados pelas prejudicar. a .sua visibilidade ou reconhecimento ou a
entidades referidas no número anterior serão fixadas em visibilidade das curvas, cruzamentos ou entroncamentos.
regulamento.
ARTIGO 14
6. Cabe ao CNV uniformizar e coordenar o exercício desta
competência pelas entidades acima enumeradas, expedindo, para Hierarquia entre as prescrições
o efeito, as necessárias instruções. 1. As prescrições resultantes dos sinais .prevalecem sobre as
regras gerais de trânsito.
ARTIGO 11
. 2. A hierarquia entre as prescrições resultantes da sinalização
Obediência aos agentes de fiscalização
é a seguinte:
l ..Todos os condutores de veículos ou animais são obrigados a) Prescrições resultantes de si~alização temporária que
a parar, sempre que uma autoridade policial ou seus agentes, modifique o regime normal de utilização da via;
devidamente uniformizados e identificados nos termos do n. o 2,
b) Prescrições resultantes dos sinais luminosos;
do artigo anterior, lhes façam sinal para tal fim.
c) Prescrições resultantes dos sinais verticais;
2. Na ausência das autoridades ou agentes policiais, são d). Prescrições resultantes das marcas rodoviárias.
competentes, para fazer o sinal de paragem, referido no número 3. As ordens dos agentes reguladores do trânsito prevalecem
anterior, as autoridades que comandem forças militares na via sobre as prescrições resultantes dos sinais e sobre as regras de
pública, quando se desloquem em coluna militar, na medida do trânsito.
necessário para que essas forças transitem sem interrupção.
4. A violação das prescrições de cumprimento obrigatório e
3. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
proibitivo é punida com a multa de IOOO,OOMT.
multa de IOOO,OOMT. Exceptua-se o caso de o contrave~tor
cumprir tardiamente o sinal de paragem, em que a multa será de
500,OOMT. ARTIGO 15
Veículos prioritários
ARTIGO 12
Sinalização das vias públicas 1. Os condutores de veículos prioritários podem. se
necessário, não observar as regras e os sinais de trânsito, com a
1. As vias públicas devem ser convenientemente sinalizadas
excepção dos sinais dos agentes reguladores de trânsito.
nos pontos em que o tr,insito ou o estacionamento estejam
vedados ou sujeitos à restrições e, bem como, onde existem 2. No entanto, os condutores dos veículos- prioritários não
obstáculos, curvas encobertas, cruzamentos, entroncamentos e podem, em circunstância alguma, pôr em perigo os outros
passagens de nível ou outras circunstâncias que imponham aos utentes da via, sendo, designadamente, obrigados a suspender a
condutores precauções e!;peciais. sua marcha perante o sinal luminoso vermelho de regulação do
2. A sinalização de carácter permanente compete à ANE nas trânsito ou O sinal de paragem obrigatória no cruzamento ou
estradas nacionais e aos conselhos municipais nas estradas, ruas entroncamento, embora possam prosseguir, depois de tomadas
e caminhos municipais do domínio privado, quando abertos ao as dev.idas precauções, sem esperar que a sinalização mude.
trânsito público, em qualquer dos casos, mediante aprovação 3. Consideram-se veículos prioritários os que transitam em
dos respectivos projectos pelo INAV.
missão urgente de socorro e comitivas governamentais,
3. Os obstáculos eventuais devem ser sinalizados por aquele assinalando adequadamente a sua marcha.
que lhes der causa, por fOlma a tomarem-se bem vizÍveis e a uma
distância que permita evitar qualquer acidente. A contravenção 4. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
do disposto neste número é punida com a multa de 10 OOO,OOMT. multa de lOOO,OOMT.
4. Nenhuma via pública poderá ser aberta ou reaberta sem TÍTULO II
que a respectiva sinalização tenha sido aprovada pelo INAV,
podendo este ordenar a retirada ou alteração da sinalização que Trânsito de Veículos e Animais
atente contra a segurança do trânsito. .
5. Quando por moti~o urgente tiver sido interrompido ou CAPíTULO I
condicionado o trânsito em qualquer. via pública, deve a
autoridade que causou a interrupção ou o condicionamento Disposições comuns
participá-lo à ANE ou aos cortselhos municipais, consoante os SECÇÃO I
casos.
Regras gerais
6. A contravenção do disposto no número anterior é punida
com a multa de 5000,OOMT. ARTIGO 16
Circulação de veículos e animais
ARTIGO 13
Sinais de trânsito 1. Todo o veículo ou animal, circulando na via pública, deve
ter um condutor, 'salvo as excepções previstas neste Código
1. As cores e formas dos sinais reguladores de trânsito são
para comboios, reboques e animais em grupo.
indicadas em regulamt:nto, de harmonia com os protocolos
regionais e as convençôes internacionais em vigor. 2. Os condutores devem, durante a condução, abster-se da
prática de quaisquer actos que sejam susceptíveis de prejudicar
2. Não podem conceder-se licenças para a colocação ou
o exercício da condução com segurança.
inscrição nas vias públicas e suas vizinhanças de quaisquer
quadros, anúncios, cartazes ou outros meios de publicidade, 3. Os condutores. não devem circular com uma parte do corpo
que possam confundir-se com os sinais reguladores do trânsito, fora do veículo.
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192-( 10) ISÉRIE-NÚMERO 12

4. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a placas, postes, ilhéus direccíonais ou dispositivos semelhantes
multa de IOOO,OOMT. ' existentes, desde que se encontrem no eixo da faixa de rodagem
de que procedem os veículos.
ARTIGO 17
Sentido de marcha 2. Quando na faixa de rodagem exista algum dos dispositivos
referidos no n." I, o trânsito, sem prejuízo do' disposto nos
1. O trânsito de veículos ou de animais é feito pela esquerda artigos 17 ~ 18, faz-se'por forma a dar-lhes a direita, salvo se, se
das faixas de rodagem e o mais próximo possível das bermas ou encontrarem numa via de sentido único ou na parte da faixa de
passeios, mas a uma distância destes que permita evitar qualquer rodagem afecta a um só sentido, casos em que o trânsito se pode
acidente.
fazer pela direita ou pela esquerda, conforme o destino a seguir.
2. Em caso de manifesta necessidade, e salvo o disposto em
3. Ao aproximar-se de qualquer tipo de intersecção, o condutor
regulamentos locais, pode, no entanto, utilizar-se o lado direito
do veículo deve demonstrar prudência especial, transitando em
da faixa de rodagem para ultrapassar ou mudar de direcção.
velucidade moderada, de forma que possa deter o seu veículo
3. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a com segurança, para dar passageql ao peão e a veículos que
multa de lOOO,OOMT. tenham o direito de preferência.
ARTIGO 18 4. Nos cruzamentos e entroncamentos é proibido ao condutor
Filas de trânsito múltiplas fazer ultrapassagem.
1. Sempre que no mesmo sentido sejam possíveis duas ou
5. A contravenção do disposto nos números anteriores é
mais filas de trânsito, este deve ser feito pela via de trânsito mais punida com a multa de lOOO,OOMT.
à esquerda podencio, no entanto, utilizar-se outra se não houver SECÇÃO II
lugar naquela e"bem assim, para ultrapassar ou mudar de direcção.
Sinais dos condutores
2. Dentro das localidades, o condutor deve utilizar a via de
trânsito mais conveniente ao seu destino, só lhe sendo permitida .ARfIGo23
a mudança para a outra, depois de tomadas as devidas
Sinalização da manobra
precauções, a fim de mudar de direcção, ultrapassar, parar ou
estacionar. 1. Quando um veículo iniciar a marcha, diminuir a sua
3. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a velocidade, parar, mudar de direcção ou da via de trânsito, iniciar
multa de lOOO,OOMT. uma ultrapassagem ou inverter o sentido de marcha e em todos
os casos em que seja necessário indicar a sua aproximação, o
ARTIGO 19 condutor deve utilizar o dispositivo mecânico luminoso ou
Início de marcha sonoro e, na falta deste, o braço para indicar o sinal regulamentar
1. Os condutores não podem ini,ciar ou retomar a marcha, sem correspondente, com a devida antecedência.
assinalarem com a necessária antecedência a sua intenção e sem 2. A medida deve manter-se enquanto se efectua a manobra e
adoptarem as precauções necessárias para evitár qualquer cessar lpgo que ela esteja concluída.
a"idente. 3. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
2. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a multa de 500,O()MT.
multa de lOOO,OOMT. .
ARTIGO 24
ARTIGO 20 Sinais sonoros
Distância entre veículos 1. Os sinais sonoros serão breves, usados de forma moderada
1. O condutor de um veículo em marcha deve manter entre o e em caso algum devem servir de meio de protesto contra
seu veículo e o que o anteCede a distância suficiente para evitar interrupções do trânsito ou como meios de chamamento.
acidente em caso de súbita paragem ou diminuiç~o de 2. É proibida a sua afinação ou reparação na via pública.
velocidade deste. 3. Só é permitida a utilização dos sinais sonoros nos seguintes
2. O condutor de um veículo em ma(cha deve manter distância casos:
lateral suficiente para evitar acidentes entre o seu veículo e os
a) Perigo iminente;
veículos que transitam na mesma faixa de rodagem, no, mesmo
b) Fora das localidades para prevenir um condutor da
sentido ou em sentido oposto.
intenção de o ultrapassar e, bem assim, nas curvas,
3. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a cruzamentos, entroncamentos e lombas de
multa de lOOO,OOMT. visibilidade reduzida.
AImG021 4. Dentro das localidades, os sinais sonoros só são usados em
caso de }llanifesta necessidade, podendo ser proibidos nas zonas
Bermas e passeios
em que o ordenamento do trânsito seja assegurado por agentes
1. Os veículos e animais podem atravessar bermas ou passeios, ~da autoridade ou por instrumentos de sinalização luminosa.
desde que o acesso aos prédios o exija, salvo as excepções 5. É sempre proibido dentrQ das localidades o uso de sinais
previstas em regulamepto local. constituídos por sons diferentes, simultâneos ou alternados, bem
2.A contravenção do disposto nest~ artigo é punida com a como os provenientes de sistema de vácuo, ar comprimido ou
multa de 500,OOMT. qualquer outro que origine as mesmos efeitos.
6. Exceptuam-se do disposto nos números anteriores os sinais
ARuG022 de veículos da polícia ou que transitem em prestação de socomô
Trânsito nos cruzamentos, entronclImentos e rotundas ou de serviço urgente.
1. Nos cruzamentos, entroncamentos e rotundas, o trânsito 7. As características dos dispositivos emissores dos sinais
faz-se por forma a dar a direita à parte central dos mesmos'ou às sonoros são fixadas em regulamento.
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l3 DE MA RÇO DE lO II 192-(11)

8. A contravenção do di~posto neste artigo é punida com a AlnIGo28


multa dc 500,00\1T. Visibilidade reduzida ou insuficiente

ARTIGo25 Para os efeitos deste Código e legislação complementar.


Sinais sonoros especiais entende-se por reduzida ou insuficiente a visibIlidade em
qualquer ponto de uma via sempre que o condutor não possa
1. ?\os vcículos de polícia e nos afectos à prestação de socorro avistar a faixa de rodagem em toda a sua largura numa extensão
ou de ~erviço urgente, podem ser utilizados dispositivos de. pelo menos, 50 metros.
e~peCIaIS para emissão de sinais sonoros. cujas característipls e
modos de utilização são fixados em regulamento.
Sl:CÇ,\Olll
2. ?\ão é permitida em quaisquer outros veículos, a utilização
dos (lIspo~itlVOS referidos no número anterior. nem a emissão de Velocidade
~inais ~onoros que se pos~am confundir com os emitidos por
ARTIGO 29
aqueles dispositivos.
Princípios gerais
3. A contravenção do disposto no n." 2 é punida com a multa
de 1OOO,OO\1T e com a perda dos objectos, devendo o agente 1. Os condutores devem regular a veloeidade dos veículos de
de fi~calização proceder à sua imediata remoção e apreensão modo que, atendendo às características destes, às condições da
ou. não sendo ela possível, apreender o,documento de via, ao estado fí~lco e psicológico do condutor, à intensidadc
identificação do veículo que será restituído logo que o do trânsito e a quaisquer outras circunstâncias e;,peciais, não
contraventor apresentar aqueles objectos à autoridade autuante. haja perigo para a segurança das pessoas e das coisas nem
perturbação ou entrave para o trânsito.
ARTIW26
2. Salvo em ea;,o de perigo iminente, o condutor não deve
Substituição dos sinais son01'OS
diminuir subitamente a velocidade do veículo sem previamente
1. Quando os veículos transitem com as luzes acesas por se certificar de que daí não resulta perigo, para os outros utentes
Insuficiência de luminosidade. causadas por condições da via. nomeadamente. para os condutores dos veículos que o
meteorológicas ou ambientais. nomeadamente. em caso de SIgam.
nevoeiro, chuva. queda de neve e nuvens de fumo ou pó, o~ AR1IG030
~lOél1S s()n()ro~ podem ser substItuídos por sinais lummosos dos
Velocidade excessiva
faróIs do veículo usados intermitentemente e por forma a não
cau~ar encandeamento. 1. Considera-se excessiva a velocidade. sempre que o
condutor não possa fazer parar o veÍCulo no espaço lIvre visível
2. A contravenção do disposto ne~tc artJgo é pUnIda com a
à sua frente, ou exceda os limites de velocidade fixados nos
multa de 500,00\1T.
termos legais.
ARTIGO 27 2. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
Sinais luminosos multa de lOOO,OOMT.
I. Quando os veículos transitem fora das localtdades com ARTIGO 31
as luzes acesas por m~uficiôncia de VISibilidade, os sinaIS sonoros Marcha lenta
podem ~er ~ubstituído~ por sinaiS luminosos. através
da utiltzação alternada dos máximos com os médios, mas sempre 1. Sem prejuízo dos lImites máximos fixados, os veículos
automóveis não devem transitar em marcha cuja lentidão cau~e
~em provocar encandeamento.
embaraço injustificado aos restantes utentes da via.
2. Dentro das lllcalidades, durante a noite. é obngatória
2. A contravenção do disposto neste artIgo é punida com a
a ~ubstituição dos sinaiS sonoros pelos Sinais lumInosos
multa de 500,00\1T.
utilizados nas condições previstas no número antenor.
AR1KiO 32
3. Os veículos de polLia e os veículos afectos à pre~tação
Velocidade moderada
de ~()corro ou de serviço urgente de intere~se público podem
utilizar avisadores luminoso~ especiais, cujas característic.as L A velocidade deve ser esp~eialmente moderada nos
e condições de utilização ~ão fixadas em regulamento. seguintes casos:
4. Os veículos que, em razão do serviço a que se destrnam. a) l\'as descidas de forte inclinação;
devem parar na via pública ou deslocar-se em marcha lenta b) l\'as curvas, cruzamentos. entroncamentos, rotundas,
devem uttlizar avisadores luminosos especiais, cujas lombas de estrada, pontes, túneis, passagens de nível
caracterbticas e condi';ões de utilização são fixadas em e outros locais de viSibilidade reduzida;
c) Junto de escolas, hospitais. creches e estabelecimentos
regulamento.
similares, quando devidamente sinalizados;
5. ?\ão é permitida em qUéusquer outros veículo~ a instalação d) ='ias localidades ou vias marginadas por edifIcaçõe;,;
ou uttlização dos avi~adores refendos nos números anteriore'i. e) ?\a aproximação de aglomerações de pessoas ou de
6. A contravenção do dispo~to no~ n.O' 2 e 4 é sancionada animais;
com a multa de 1000,00:\I1T. j) ?\o cruzamento com outros veículos:
g) Em todos os locais de reduzida visibilidade;
7. A contravenção dll dlspnsto no n.O 5 é sancionadiÍ com h) Nos troços de vias em mau estado de conservação.
a multa de 2000.00\1T ,~ com a perda dos objectos, devendo molhados ou enlameados ou que ofereçam precána~
() agente de fi~calização prllceder à ~ua imediata remoção condições de aderência;
c aprecn~ã() ou. não sendo ela possíyeh apreender o documento i) Na aproximação das pas~agens assinaladas nas faixas
de ideouflcaçà() do veículo até i\ efectiva remoção c apreen~ãll de rodagem para a travessia de peões;
daquele~ objcctm. j) l\O~ locais as~malado~ com ~1I1ais de pengo.
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192-(12) I SÉRIE - NÚMERO /2

2. Nas descidas de inclinação ac~ntuada, os automóveis pesados não podem transitar sem utilizarem o motor como auxiliar do travão.
3. Nas pontes, túneis e passagens de nível, os animais, atrelados ou não, devem seguir a passo.
4. A contravenção, do disposto no n.o 1 é pqnida com a multa de 1000,00MT.

ARTIGO 33
Limites de velocidade

1. Sem prejuízo do disposto nos artigos 29 e 32 e de limites inferiores q~e lhes sejam impostos, os condutores não podem exceder
as seguintes velocidades instantâneas (em quilómetroslhora):

Velocidade em Kmlh
Classes e tipos de veículos automóveis Dentro das ,Fora das
Localidades Localidades

Ciclomotores e quadriciclos ........................................ 40 45


Motociclos:
Simples .................................................................. 50 90
Com carro ............................................................. 50 70
Automóveis ligeiros:
Passageiros e mistos:
Sem reboq~e .......................................................... 60 120
Com reboque ......................................................... 60 100
Mercadorias:
Sem reboque ......................................................... 60 100
Com reboque ......................................................... 60 100
Automóveis pesados:
Passageiros ............................................ ,............ ". 60 100
Mercadorias e misto .......................: ...................... 60 100
Tractor agrícola com ou sem reboque ................... 30 40

2. Quem exceder os limites máximos de velocidade é punido com pena de multa, sem prejuízo do disposto nos artigos 146 e 147,
segundo os quadros seguintes:

Automóvel ligeiro ou motociclo


Velocidade Valor da multa Contravenção
Dentro das Se exceder até 20 kmlh 1000,00MT leve
localidades De 20 km/h até 40 km/h 2000,00MT média
De 40 km/h até 60 kmlh 4000,00MT grave
Mais de 60 kmlh 8000,00MT grave

Se exceder até 30 kmlh 1000,OOMT leve


Fora das De 30 km/h até 60 kmlh 2000,OOMT média
Localidades De 60 km/h áté 80 kmlh 4000,OOMT grave
Mais de 80 kmlh 8000,00MT grave

Outros Veículos
Velocidade Valor da multa Contravenção
Dentro das Se exceder até 10 kmlh 10OO,00MT leve
localidades De 10 km/h até 20 kmlh 2000,00MT média,
De 20 km/h até 40 km/h 4000,00MT grave
Mais de 40 kmlh 8000,00MT grave

Se exceder até 20 kmlh leve


I
1000,OOMT
Fora das De 20 km/h até 40 kmlh I 2000,00MT I média
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23 DE MARÇO DE 2011 192-(13)

Localidades De 40 km/h até 60 km/h 4.000,OOMT grave

I Mais de 60 kmlh 8.000,OOMT grave

3. Sem prejuízo do disposto no artigo 31, nas auto-estradas, SECÇÃO IV


os condutores não podem '[ransitar a velocidade inferior a 40 Cedência de passagem, cruzamentos, entroncamentos e rotundas
km/h.
ARTIGO 38
4. Os condutores não profissionais que estejam habilitados a
Prioridade de passagem
conduzir veículos de determinada classe, há menos de u~ ano,
não podem exceder a velocidade de 90'Km/h, quando conduzam 1. Considera-se prioridade de passagem o direito que o
esses veículos, sem prejuízo de limites inferiores fixados nos condutor tem de passar em primeiro lugar.
termos legais. 2. A prioridade de passagem permite aos condutores que dela
gozem, uma vez tomadas as necessárias precauções, não
5. O controlo de velocidade é efectuado por equipamento modificar a sua velocidade ou direcção e obriga todos os outros
apropriado, nos termos estabelecidos em Diploma conjunto dos a abrandar ou a parar e, se necessário, recuar o seu veícu.1o de
Ministros que superintendem as áreas dos Transportes e do forma a facultar-lhes a passagem.
Interior. 3. Têm prioridade de passagem:
ARTIGO 34 a) Nas intersecções não sinalizadas, os condutores que se
apresentem pela direita, devendo, porém, respeitar as
Limites de velocidade regionais
prioridades previstas nas alíneas seguintes;
1. Por despacho do Ministro que superintende a área dos b) Os condutores que transitem pelas auto-estradas, em
relação a todos os veículos que se apresentem nos
Transportes, podem ser fixados limites máximos de velocidade,
respectivos ramais de acej)so, incluindo os veículos e
para vigorar em regiões ou nas vias de comunicação que forem colunas indicados nas alíneas c) e d);
designadas, durante os períodos em que a intensidade e c) Os condutores de veículos prioritários e da polícia
características do trânsito o imponham como medida de assinalando devidamente 'a marcha;
segurança. d) As colunas militares e militarizadas, que devem, no
entanto adoptar as medidas necessárias para não
2. Estas determinaçõe, são ainda anunciadas ao público embaraçar o trânsito e para prevenir acidentes.
através dos meios usuais de informação. 4. Estas regras de prioridade são aplicáveis sempre que não
exista sinalização especial que defina outro modo de proceder.
ARTIGO 35
5. Os condutores não devem"' entrar num cruzamento ou
Limites de velocidadE! para determinados transportes entroncamento, mesmo que o direito de prioridade ou sinalização
áutomática os autorizem a avançar, se for previsível que a
1. Sempre que o julgue conveniente, o Ministério que intensidade do tráfego os obrigará a imobilizar-se dentro desse
superintende a área dos Transportes pode diminuir ou aumentar cruzamento ou entroncamento, dificultando ou impedindo a
os limites de velocidade dos veículos automóveis empregados passagem.
em determinados transportes, bem como estabelecer, para cada 6. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
caso, o tempo mínimo que deve ser gasto num dado trajecto. multa de lOÇ)O,OOMT.
2. Nestes casos, a autoridade Iicenciadora da actividade ARTIGO 39
transportadora deve mencionar na respectiva licença os limites Cedência de passagem
de velocidade definidos nos termos do número anterior. 1. Devem ceder passagem:
ARTIGO 36 a) Os condutores qae saiam de qualquer parque de
estacionamento, de Llma zona de, abastecimento de
Limites e!;peciais de velocidade combustível ou de qualquer prédio ou caminho
O Ministro que superintende a área dos Transportes pode particular;
b) Os condutores que entrem numa auto-estrada ou numa
ainda, por sua iniciativa ou proposta da ANE ou das entidades
via reservada a automóveis e motociclos, desde que
responsáveis pela administração dos centros urbanos, fixar devidamente sinalizada pelos respectivos ramais de
limites de velocidade máximos ou mínimos diferentes dos acesso;
previstos nos artigos precedentes, nas vias em que as condições c) Os condutores que numa intersecção pretendam mudar
do trânsito o aconselhem, devendo tais limites ser de direcção para a direita, em relação aos que 'na
mesma yia se apresentem em sentido contrário e sigam
convenientemente sinalizados.
em frente ou mudem de direcção para esquerda;
d) Os condutores que entrem numa rotunda;
ARTIGO 37
e) Os condutores de velocípedes sem motor, de veículos
Inobservância dos limites especiais de velocidade de tracção animal e de animais, salvo perante os
condutores na situação da alínea a);
A inobservância dos limites máximos de velocidade para . f) Os condutores que em relação aos peões que tenham
determinados transportes, regiões ou zonas urbanas é punida iniciado a travessia sobre a passagem para peões e
nos termos do artigo 33. quando aqueles mudam de direc~ão em relação aos
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192-- ( 14) I SÉRIE - NÚ/l,IERO /2

peões que estejam a atravessar a faixa de rodagem ou feridos, desde que assinalem adequadamente a ~ua
da via em que aqueles pretendam seguir; marcha;
g) Os condutores perante um portador de deficiéncla b) As colunas militares ou militanzadas, que devem. no
visual. entanto, adoptar as medidas neces~árias para não
2. Para permitir a circulação de um veículo prioritário ou da embaraçar o trânsito e para prevelllf aCIdentes.
polícia, assinalando devidamente a marcha e tranSitando numa 6. Os veículos, ou conjunt()~ articulados de veículo~, cuja
via congestionada, devem os condutores deixar livre uma largura total exceda 2 m. ou cujo comprimento totaL incluindo
passagem do lado direito da parte da faixa de rodagem afecta ao a carga, exceda 8 m. devem dlmmuir a velocidade ou parar. a
seu sentido de circulação, chegando-se o mais possível para a fim de facilitarem () cruzamento com outros veícu.los. sempre
esquerda e podendo, se necessário, utiliiar as bermas, excepto que a largum livre da f~\IX,1 de rodagem. o perfil transver~al ou o
se for numa auto-estrada. estado de conservação da via não permitam o cruzamento com
3. Nos cruzamentos ou entroncamentos, onde estejam a necessária segurança.
implantados em todas as direcções das vias. sinai~ de paragem 7. A contravenção do dIsposto neste artigo é pUnida com a
obrigatória, a prioridade de passagem procede-se de acordo com multa de lOOO,OOY1T.
a ordem sucessiva de chegada dos veículos.
s[:C(;Ao v
4. A contravenção do disposto neste artigo é punida com
a multa de lOOO,OOY1T. Manobras em especial

ARTlGo40 ARTIGO 42

Cedência de passagem a certos veículos Principio geral

1. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, os condutores O condutor só pode efectuar alguma manobra em local e por
devem ceder passagem às colunas militares ou militarizadas. forma que da ~ua realização não resulte perigo ou embaraço
para o trânsito. Mesmo tendo-a iniciado. deverá ~uspendê-Ia
2. O condutor de um velocípede, de um veículo de tracçãq
para prevenir a ocorrência de um perigo maior.
humana ou animal ou de animais deve ceder passagem aos
veículos a motor, a não ser que estes saiam dos locais referidos ARTIGO 43
na alínea a) do n.o 1 do artigo anterior. Ultrapassagem
3. Nos cruzamentos, entroncamentos e rotundas, os
1. Considera-se haver ultrapassagem quando dois veículos,
condutores devem ceqer passagem aos veículos que se
circulando na mesma fda. o que se encontra atrás passa para
desloquem sobre carris. .
diante do outro.
4. As colunas a que se refere o n.o I, bem como os condutores
2. Á ultrapas:-.agcm de veículos ou de ammais. faz-se pela
dos veículos que se desloquem sobre carris, devem tomar as
direita.
precauções necessárias para não embaraçar o trânsito e para evitar
acidentes. 3. Pode, no entanto, fazer-se pela esquerda:
5. A contravenção do disposto no n.o 1 deste artigo é pumda a) A ultrapassagem dos veículos que transitem sobre
com a multa de lOOO,OOMT. carris, de~de que (JS mesmos não utilizem este lado da
6. A contravenção do disposto no iI.o 2 deste artigo é punida faixa de rodagem e não estejam parados para receber
com a multa de 50o,doMT. ou largar passageiros:
b) .A ultrapassagem dos veículos ou animais cujo condutor
ARTIGo41 haja as~inalado a manobra de mudança de dir<:cção
Cruzamento de veículos para a dIreita. desde que. nos termos do artigo seguinte,
tenha deIxado livre a parte mais à esquerda da faixa
1. Verifica-se o cruzamento de veículos quando os condutores de rodagem.
de dois veículos que transitem na mesma via e em sentidos 4. O condutár de veículo ou de animais não deve iniciar uma
opostos passem um pelo outro em simultâneo.
ultrapassagem, sem certificar de que o condutor que o antecede
2. Quando, na mesma via, se encontrem dois veículos, na mesma viajiÍ,sinalizou a intenção de ultrapassar um terceiro
transitando em sentidos opostos, cada um dos condutores deve veículo ou de contornar um obstáculo, bem como certificar-se
deixar livre uma distância lateral suficiente, entre o seu veículo de que a pode fazer sem perigo de colidir com um veículo ou
e aquele crím qué vai cruzar, de modo a que a manobra se faça animal que transite no mesmo sentido ou em ~entido contrário.
com segurança.
5. Nenhum condutor deve tomar a direita dos veículos ou
3. Se não for possível efectuar o cruzamento nas condições animais que pretenda ultrapassar, sem avisar da sua intenção
indicadas. por a via se encontrar parcialmente obstruída, o aos respectivos condutores, nem retomar à esquerda. sem se ter
condutor que tiver de contornar o obstáculo deve reduzir a assegurado de que daí não resulta perigo para os veículos ou
velocidade ou parár, de modo a dar a passagem ao outro. animais ultrapassados, as:-.inalando o retorno à esquerda.
4. Se o impedimento não puder ser resolvido por aplicação
6. Todo o condutor de veículos ou de animais é obrigado,
do disposto no númerp anterior, recua o veículo que se encontre
sempre que não haja obstáculo que o impeça. a fm:ultar
mais próximo do local em que o cruzamento seja possível: nas
imediatamente a ultrapassagem. desviando-se o maIs pos~ível
vias de inclinação acentuada, recua o que for a subir, excepto se
essa manobra for manifestamente mais fácil para o veículo que para a esquerda e não aumentando a sua velOCIdade enquimto
não for ultrapussado.
desce.
5. Exceptuam-se das limitações impostas nos n.'''2 e 3: 7. o~ veículos de largura superior a 2 m, devem alllda. reduzir
li velOCidade ou parar, sempre que a largura livre da faIxa de
a) As ambulâncias e os veículos de bombeiros. da polícia
e outros agentes fiscalizadores e, de uma maneira rodagem. o seu perftl ou o estado de conservação da vIa não
geral, O~ que rran~portem, em serviço urgente, doente~ permitam a ultrapa~sagem com a nece~~ána ~egurança.
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}] Df ,\nRçO DE 20ll 192--(15)


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AR11Go46

S. Os automóvel':" pesados, quando tran;,item fora ~as Mudança' de direcção para a esquerda
locdlldades, devem guardar entre si um inteFvalo mínImo 1, O condutor que pretenda mudar de direcção para a esquerda
de 50 m, salvo durante o lempo necessário para Llzer uma deve aproximar-se~ com ii necessária antecedência, da margem
ultrapa~,agem.
esquerda da faixa de rodagem e efectuar a manobra no trajecto
9. ;\ contravenção do dl;,posto ne,te artigo é punIda com a maIs cmto.
multa de lOOO,OO:'v1T. 2. ;\ contravenção do disposto neste artigo é punida com a
multa de 1000,00:vIr:
AR! lGO 4.1-

Ultrapassagens proibidas ARTIGO 47

I. (: prOIbIda a ultrapas;,agem: Inversão do sentido de marcha

a) ~a, lombas de estrada; 1. A inversão do sentido de marcha deve ser feita em local e
b) ~as curvas de visibilIdade reduziqa; de modo que não prejudique o trânSito.
c) Imediatamente antes e nas passagens de nível;
2. É proibido Inverter o sentido de marcha nas curvas,
d) Imediatamente ante, e nos cruzamentos cruzamentos ou entroncamentos de visibilidade reduzida, nas
e entroncamento~;
pontes, passagens de nível e túneis e, de um modo geral. onde
e) ImedIatamente ante;, e nas passagen;, a;,smaladas para
quer que a visibIlidade ou a largura da via seja InsufICIente para
a trave",Ja de pe'Je;,; esse efeito ou ~e verifique grande intensidade de tráfego.
j) ?\a aproXImação de paragem devidamente sinalIzada,
com aglomerado de pe;,;,oa,,; 3. A contravençilo do dIsposto neste artigo é punida com a
multa de lOOO,OO:vIT.
g) Em todos os locai" de vi"ibilidade in,uflciente;
II) Quando haja perigo de colisão; e
ARTIGO 48
t} Quando alaI gura da via for in"uficIente.
Marcha atrás
2. E~ proibida a ultrapé~s,agem de um veículo que esteja
a ultrapassar um terceiro. 1. Marcha atrás é a manobra através da qual se põe () veículo
'3. Não é apllcável o dispO;,lO nas alíneas (1) a d) do n.o 1 e no a circular em sentido contrário sem alterar a pOSIção frontal do
n." 2, sempre que na LlIxa de rodagem sejam possíveIS di,ws ou veículo' em relação à marcha inicial.
mai;, filas de trân;,ito no me"mo sentido, de,de que a 2. A marcha atrás só é permItIda como manobra auxiliar ou
ultrapa;,sagem não "e faça pela parte da' faixa de rodagem de recurso e deve efectuar-~e o mais possível à esquerda, em
re;,ervada ao trân;,ito em sl~ntld() opo~t(). local de boa viSibIlidade e onde não prejudique o trânsito.
4. i\ão é, igualmente, élplicável o disposto na alínea d), do 3. Esta manobra realIza-se lentamente e no menor trajecto
n." L sempre que: possível, depois de feitos os ~inals regulamentares e tomadas as
(/) O trânsito ,e faça em sentido giratório; precauções devidas.
b) O condutor transite em via que lhe confIra prioridade 4. Sem prejuÍzo do di:,posto ~obre o cruzamento de veículos,
nos cruzamentos e entroncamentos e tal e,teja a marcha atrás é proibida:
deVIdamente a,.~m,dado:
a) Nas lomba~:
c) 1\ ultrapa~~agem se faça pela esquerda nos termos da
b) i\as curvas, cruzamentos ou entroncamento, de
alínea b) do n." 3 do artigo 43.
5. ;\ contravenção do dispo;,!O neste artIgo é punida eom a VIsibilidade reduzida;
multa de 1000,oo:'vn. ,c) i\as pontes, passagens de nível e túnel;':
d) ?\as auto-estradas;
I\lnl(;045 e) Onde quer a visibilidade sep msuflciente ou a via, pela
Mud::mça de direcção sua largura ou outra" característIcas, seja mapropriada
à realização .da manobra;
I. :vIudança de l!Jrecçã l) é uma manobra que con,l,te cm um
condutor tomar outra via que se inter,ecta com aquela em que
f) Sempre que'se venfique grande intenSIdade de trânsito.
Vinha circulando,
5. A contravenção do di;,posto neste artigo é punida com a
multa de lOOO,OO:vIT.
2. O;, condutorc;, de veículos ou animais que pretendam
ARTlCi049
mudar de dIrecção para ,I direita, devem aproximar-,e com ii
Paragem e estacionamento
deVIda antecedênCIa do eixo da VIa e efectuar a manobra de
modo a dar e'quel d,1 ii parte central do cruza'mento ou 1. Con;,idera-;,e paragem a imobIlização de um veículo pelo
entnmcament(). tempo e:-.tritamente nece"sário, para a entrada ou saída de
3. 1'\as vias de ,entldl" únicll, os condutores que pretendam pas;,ageiros ou par,l breves operações de carga ou descarga, de"de '
mudar de direcção, devem aproximar-se, com a nece"ária que o condutor e;,teja pronto a retomar a marcha e II faça sem
antecedênCia e quando pll~SÍVel, do hmite dlreitlJ ou e,querdo impedir ou dIficultar a pa~sagem de outros veículos.
da faixa de rodagem, con~oante a direcção que queIram tomar e 2. Considera-se e~tacionamento a Imobilização de um veículo
efectuar a manobl a no tr.IJecto mal~ curto. que não C(lOStltua paragem e que não ~eja motIvada por
4. Em ca~o algum deH:m, porém, 1l1iClá-la ~em previamente clrcun"tâncias própnas dd cin,:ulação.
~e asseguléllern de qUi.: da SUei realização não re'lIlta perigo ou 3. Fora das localidade;" a paragem e o e,ta<.:ionamento devem
i.:rnbaraço pelra () restante tráfego. fazer-se forada~ faixas de rodagem ou, não sendo is;,o po""ÍveL
S. 1\ c()ntra\en~'ãl' ek l!J;,posto neste artigo é punida com a () mais próximo po,sível da respectiva margem e,querda,
multa de 1000,00:vrr paralelamento a e,ta e no senudo da mar<.:ha.
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192-( 16) 1 SÉRIE --- NÚMERO J2

4. Dentro das localidades, a paragem e o estacionamento e) A menos de 5 m para um e outro lado dos postos de
devem fazer-se nos locais especialmente destinados p.ara esse abastecimento de combustíveis;
efeito e pela forma indicada ou na faixa de rodagem, o mais j) Nos locais reservados ao estacionamento de certos
próximo possível do respectivo limite esquerdo, paralelamente veículos, quando devidamente sinalizados;
a este e no sentido de marcha. g) De máquinas, reboques ou semi-reboques, quando não
5. Ao estacionar o veículo, o condutor deve deixar os atrelados ao veículo tractor, salvo nos parques de
Íhtervalos indispensáveis à saída de outros veículos, à ocupação estacionamento especialmente destinados a esse
dos espaços vagos e ao fácil acesso aos prédios, bem como tomar efeito;
as precauções indispensáveis para evitar que aquele se ponha h) Nas zonas de estacionamento de duração limitada,
em movimento. quando não for cumprido o respectivo regulamento;
6. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a i) Nos passeios.
multa de 1500,00MT. 2. Fóra das localidades, é ainda proibido o estacionamento:
ARTIGO 50 a) De noite, nas faixas de rodagem;
Lugares onde é proibido parar ou estacionar b) Nas faixas de rodagem assinaladas com o sinal «via
com prioridade».
1. É proibido parar ou estacionar:
3. A proibição de estacionar não abrange a imobilização do
a) Nas pontes, túneis, passagens de nível, passagens veículo pelo tempo estritamente necessário para a entrada ou
inferiores ou superiores e em todos os lugares de saída de passageiros ou para breves operações de carga e
,insuficiente vis'ibilidade; descarga, desde que o condutor esteja presente, pronto a retomar
b) A menos de 5 m para um e outro .la.do dos cruzamentos
a marcha e o faça sempre que estiver a impedir a pas~agem de
ou entroncamentos ou rotundas, sem prejuízo do
outros cond~tores.
disposto na alínea a) do n° 2;
c) A menos de 3 m para a frente e 15 m para um e outro 4. A contravenção do disposto no n.o 1 é punida com a muita
lado dos sinais indicativos da paragem dos veículos de 750,00MT,
de transporte colectivo de passageiros, consoante 5. A contravenção do disposto no n.o 2 é punida com a multa
transitam ou não sobre carris; de 500,00MT.
d) A menos de 5 m das passagens assinaladas para a
travessia de peões e velocípedes; ARTIGO 52
e) A menos de 20 m antes dos sinais luminosos colocados Contagem das distâncias
à entrada dos cruzamentos e entroncamentos e junto
As distâncias a que se referem as alíneas b) do n.O 1 e a)
dos sinais verticais ou luminosos, se a altura dos
do n.o 2 do artigo 50 e d) e e) do n.o 1 do artigo 51 contam-se:
veículos, incluindo a respectiva carga, os encoQrir;
a) Do início da curva, lomba ou passagem de nível;
j) Nas pistas de velocípedes, nos ilhéus direccionais, nas
b) Do prolongamento do limite mais próximo da faixa de
placas centrais das rotundas com trâ.nsito giratório,
rodagem transversal, nos restantes casos.
nos passeios e demais locais destinados ao trânsito
de peões; ARTIGO 53
g) Na faixa de rodagem, sempre que esteja sinalizada com
Paragem de Vlilículos de transporte colectivo
linha longitudinal contíÍlUa e a distância entre esta e
o veículo seja inferior a 3' m; 1. Nas faixas de rodagem, o condutor de veículo utilizado no
h) A 10 m das passagens de nível,os Neículos que transporte colectivo de passageiros, só pode parar, para a entrada
transportem substâncias explosivas. e saída de passageiros nos locais especialmente destinados a
2. Fora das localidades, é ainda proibido parar ou estacionar: esse fim.
a) A menos de 50 m dos cruzamentos, entroncamentos, 2. Caso se verifique a inexistência dos locais referidos no
curvas ou lombas de visibilidade reduzida; número anterior; a paragem deve ser feita o mais próximo
b) Nas faixas de rodagem, sendo possível a paragem ou o
possível da margem da faixa de rodagem.
estacionamento fora delas.
3. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a 3. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
multa de 1000,00MT. multa de 1000,00MT.

ARTIGO 51 SECÇÃO VI

Proibição de estacionamento Transporte de passageiros e de carga


1. É proibido o estacionamento:
ARTIGO 54
a) Nas vias em que impeça a formação de uma ou mais
Regras gerais
filas de trânsito, conforme este se faça num só ou nos
dois sentidos; 1. É proibido entrar ou sair, carregar, descarregar ou abrir as
b) Nas faixas de rodagem, em segunda fila, e em todos 0S portas dos veículos sem que estejam completamente parados.
lugares em que impeça· o acesso 'a veículos
2. A entrada ou saída de passageiros e as operações de carga
d!!vidamente estacionados, a saída destes ou a
ou descarga devem fazer-se o mais rapidamente possível, salvo
ocupação de lugares vagos;
c) N.os lugares por onde se faça o acesso de pessoas ou se o veículo estiver devidamente estacionado e os passageiros
veículos a propriedades, a parques ou a lugares de não saírem para a faixa de rodagem.
estacionamento; 3. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
d) A menos de 10 m das passagens de nível; muita de 500,00MT.
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23 DE MARÇO DE 20// 192-(17)

ARTIGO 55 5. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a


Transporte de passageiros multa de 1000.OOMT.
SECÇÃO VII
1. Os passageiros devem entrar e sair pelo lado esquerdo ou
direito do veículo, consoante este esteja parado ou estacionado Limites de peso e dimensão dos veículos
à esquerda ou à direita da faixa de rodagem.
ARTIGO 57
2. Exceptuam-se:
Proibição do trânsito
a) A entrada e saída do condutor, nos automóveis com
volante de direc(;ão à direita; Salvo autorização especial. não podem transitar nas vias
b) A entrada e saída cios passageiros que ocupem 'O banco públicas os veículos cujos pesos e dimensões excedam os limites
da frente, nos automóveis com o volante de direcção fixados em regulamento.
à esquerda; ARTIGO 58
c) Os casos especialmente previstos em regulamentos Autorização especial
locais, para os veículos de transportes colectivos de
1. Nas condições fixadas em regulamento. pode ser permitido
passageiros.
pelo INA V, o trânsito de veículos de peso ou dimensões
3. É proibido o transporte de passageiros em número que
superiores aos legalmente fixados ou que transportem objectos
exceda a lotação do veículo ou de modo a comprometer a sua
indivisíveis que excedam os limites da respectiva caixa.
segurança ou a segurança da condução.
, 2. As autorizações referidas no número anterior carecem do
4. É igualmente proibido o transporte de passageiros fora dos
, parecer favorável da ANE e dos conselhos municipais, consoante
assentos, salvo em condições excepcionais a definir em
os casos, sobre a natureza do pavimento. resistência das obra's
regulamento.
de arte dos percursos autorizados ou sobre as características
5. O condutor e os passageiros não devem abrir a porta do técnicas das vias públicas. condicionando a utilização dos
veículo, deixá-Ia aberta ou descer do veículo sem antes se veículos às vias públicas cujas características técnicas o
certificarem de que isso não constitui perigo para eles e para permitam.
outros
, utentes da via. 3. Do regulamento referido no n.o 1 deste artigo devem constar
6. A contravenção do disposto no n.o I deste artigo é punida as situações em que o trânsito daqueles veículos depende de
com a multa de 500,00 MT. autorização especial.
ARTIGO 56
4. Considera-se objecto indivisível aquele que não pode ser
Tram.porte de carga
cindido sem perda do seu valor económico ou da sua função.
5. Pode ser exigida aos proprietários dos veículos a prestação
1. A carga e descarga devem ser feitas pela retaguarda ou
de caução ou seguro destinados a garantir a efectivação da
pelo lado da margem da fai)(a de rodagem junto da qual o veículo
responsabilidade civil pelos danos que lhes sejam imputáveis,
esteja parado ou estacionado.
assim como outras garantias necessárias ou convenientes à
2. É proibido o trânsito de veículos ou animais carregados segurança do trânsito.
por tal forma que possam constituir perigo ou embaraço para os 6. A autorização pode definir os termos em que é permitido o
outros utentes da via ou danificar os pavimentos, instalações, trânsito dos referidos veíoulos,e, nomeadamente, limitá-lo às
obras de arte e imóveis marginais.
vias cujas características técnicas o permitam.
3. Na disposição da carga, deve prover-se a que:
7. A não apresentação da autorização. quando solicitada pelos
a) Fique devidamente assegurado o equilíbrio do veículo, agentes de fiscalização, Ou a não observância dos termos da
parado ou em marcha; mesma, constitui contravenção punida com a multa
b) Não possa vir a cair sobre a via ou a oscilar por forma de lOOOO.OOMT.
que torne perigoso ou incómodo o seu transporte ou SECÇÃO VIII
provoque a projecção de detritos na via pública;
c) Não reduza a v,isibilidade do condutor; Iluminação
d) Não arraste pelo pavimento;
ARTIGO 59
e) Não seja excedida a capacidade dos animais;
Regras gerais
j) Não seja excedida a altura de 4,3 m a contar do solo;
g) Tratando~se de veículos destinados ao transporte de 1. Os dispositivos de iluminação e de sinalização luminosa e
passageiros ou mistos, aquela não ultrapasse os os reflectores que devem equipar os veículos. bem como as
contornos envolventes do veículo, salvaguardando respectivas características, são fixados em regulamento.
a correcta indicação dos dispositivos de sinalização 2. É proibida a utilização tie luz ou reflector vermelho
e de iluminação bem como da matrícula; dirigidos pará a frente 09 de luz ou reflector branco dirigidos
11) Tratando-se de veículos destinados ao transporte de para a retaguarda, salvo: .
mercadorias, aquela se contenha, em comprimento e
a) Luz de marcha atrás e da chapa de màtrícula;
largura. nos limites da caixa, salvo em condições
b) Avisadores luminosos especiais previstos no artigo 27;
excepcionais fIxados em regulamento;
i) Tratando-se de mercadorias a granel, aquela não exceda
c) Dispositivos de iluminação e de sinalização utilizados
a altura definida pelo bordo superior dos taipais ou nos veículos que circulam ao abrigo do disposto no
dispositivos análogos. artigo 58.
4. Nas paragens, operações de carga ou descarga e nos 3. É sancionada com a multa de 2000,OOMT:
estacionamentos. o veículo deve ser posicionado no sentido do a) A circulação de veículo que não disponha de algum ou
fluxo, paralelo ao bordo da faixa de rodagem e junto ao lancil, alguns dos dispositivos previstos no regulamento
admitidas as excepções devidamente sinalizadas. referido no n.o 1;
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I SÉRfE-- NÚMERO 12
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b) A circulação de veículo, utilizando dispositivos não b) De cruzamento. em locais cuja Iluminação permita ao
previstos no mesmo regulamento ou que, estando condutor uma vi~lbIlidade não mfenor a 100 m. no
previstos, não obedeçam às características ou modos cruzamento com outros veículos, pes~oa~ ou animai~.
de instalação nele fixado~; quando o veículo transite a menos de 100 m daquele
c) A contravenção ao disposto no n,O 2. que o .precede. na aproximação de pa~sagem de nível
4. É sancionada com a multa de 1000,00MT: fechada ou durante a paragem ou detenção da marcha,
- do veículo e não cause. directa ou lIldlrectamente
a) A circulação de veículo que não disponha de algum ou
incómodo ao condutor. através do~ espelhos
alguns dos reflectores prevlsto~ no regulamento
retrovi~ore~ e ou outras superfícies reflectoras do
referido no n,o 1;
veículo;
b) A circulação de veículo utIlizando reflectores não
,e) De estrada, nos restantes casos;
previstos no mesmo regulamentô ou que, e~tando
d), De nevoeiro à retaguarda. sempre que as condições
previstos, não obedeçal)l às características ou modos
meteorológicas ou' ambientaiS o imponham. nos
de instalação nele fixados;
veículos que com elas devam estar equipados.
c) Sem prejuízo do disposto no n,o 2 do artigo 62. a
2. É proibido o uso das luzes de nevoeiro. sempre que as
circulação de veículo com avaria em algum ou alguns
condições metere()lógica~ ou ambientai~ o não justifiquem.
dos dispositivos previstos no n.o 1.
3. Sem prejuíLll do dISpo~to no n.o 1. os condutores de veículos
ARTIGO 60 afectos ao transporte de mercadorias pengosas devem transitar
Espécies de luzes com a luz de cruzamento acesa.
1. As espécies de luzes a utilizar pelos condutores são as 4. A contravenção do disposto nos números anteriores é
seguintes: sancionada com a multa de 500.00MT, salvo o disposto no
número seguinte.
a) Luz de estrada (máximos). destinada a iluminar a via
par:l a frente do veículo numa distância não inferior a 5. O uso dos máximos no cruzamento com outros veículos ou
100m. quando o veículo transite a menos de 100 m daquele que o
b) Luz de cruzamento (médios). destinada a iluminanl precede ou ainda durante a paragem ou detenção da marcha do
via para a frente do veículo numa distância até 30 m; veículo é sancionado çom a multa de 1000,00MT.
c) Luzes de presença, destinadas a assinalar a pre5ença e
ARTIGO 62
a largura do veículo, quando visto de frente e da
Avaria
retaguarda, tomando as da frente a designação de
«mínimos»; I. É proIbido o trünslto de veículo com avaria dos dispositivos
d) Luz de mudança de direcção, destinada a indicar aos referidos no n.O I do artigo 60.
outros utentes a intenção de mudar de direcção; 2. Sem prejuízo do dI~po~to no número anterior, o trünsIto de
e) Luzes de-perigo, destinadas a assinalarem que o veículo veículos com avaria das lu'zes é permitido quando os mesmos
representa um perigo especial para ~s outros utentes disponham de, pelo menos:
e constituídas pelo funCionamento simultâneo de a) Dois médios, ou um médio do lado direito e dois
todos os indicadores de mudança de direcção; mínimos para a frente, um indicador de presença no
f) Luz de travagem, destinada a indicar aos outros utentes lado direito e uma das luzes de travagem, quando
o accionamento do travão de serviço; obrigatória. à retaguarda; ou
g) Luz de marcha atnis, destinada a iluminar a estrada b) Luzes de perigo, caso em que apenas podem transitar
para a retaguarda do veículo e avisar os out,ro~ utente~ pelo tempo e~tritamente necessário à sua circulação
que o veículo faz ou vai fazer marcha atrás;~ até um lugar de paragem ou estacionamento.
II) Luz da chapa de matrícula, destinada a iluminar a 3. A avaria nas luzes, quando ocorre em auto-e~trada ou VIa
chapa de matrícula da retaguarda; rcservada à automóveis e motoCIclos, Impõe a Imediata
i) Luz de nevoeiro, destinada a tornar mais visível o imobilização do veículo fora da faixa de rodagem.
veículo em caso de nevoeiro lIltenso ou de outras 4. A contravenção do disposto' no número anterior é
situações de redução significativa de viSibilidade. sancionada com a multa de 750.00MT.
2. As características das espécies de luzes referidas no número
ARTIGO 63
anterior são t'ixadas em regulamento.
Sinalização de perigo
3. A contravenção do di'sposto no n.o 1 é sancionada çom a
multa de 1000,00MT. 1. Quando o veículo transite nos termo~ da alínea b) do n." 1
dO' artigo anterior ou repre~ente um perigo especial para o~ outros
AR'l!IGo61 utentes da via devem ser utilizadas as luzes de pengo.
Condições de utilização das luzes •
2. Os condutores devem também utilizar as luzes referidas no
1. Desde o anoitecer ao amahhecer e, ainda, durante o dia número anterior em caso de súbita reduçãll da velOCidade
sempre que existam condições meteorológicas ou ambientais provocada por obstáculo Imprevisto ou por condiçõe~
que tornem a visibIlidade insuficiente, nomeadamente cm caso meteorológicas ou ambientaiS espeCiaiS.
de nevoeiro, chuva Intensa, queda de neve, nuvens de fumo ou 3. Os condutores devem, ainda. usar as luzes referidas
no n," I. desde que -estas se encontrem em condiçõe~ de
pó. os condutores devem utiltzar as seguintes luzes:
funcionamento:
a) De presença. enquanto aguardam a abertura de passagem
a) Em caso de imobilização forçada do veículo por
de nível e ainda durante a paragem ou estacionamento. aCidente ou avaria. sempre que () me~mo repre~ente
em locais cuja ilumlllação não permita o fácil um perigo para os demaI~ utente~ da via:
reconheCimento do veículo à dl~tüncia de 100 m: b) Quando () veículo e~teJa a ser rebocado.
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23 DE MARÇO DE 2011 192-(19)

4. Nos casos previstos no número anterior, devem ser usadas SECÇÃO x


luzes de presença, se não ':or possível a utilização das luzes de Trânsito em certas vias ou troços
perigo.
ARTIGO 67
5. A contravenção do dJsposto nos n.os 2,3 e 4 é punida com
Trânsito nas passagens de nível
a multa de 750,OOMT.
1. O condutor só pode iniciar o atravessamento de uma
SECÇÃO IX passagem de nível, ainda que a sinalização lho permita, depois
Trânsito de veículos que efectuem transportes especiais de se certificar de que a intensidade do tráfego não o obriga a
e de veículO!; em serviço de urgência imobilizar o veículo' sobre ela.
2. Sem prejuízo da obediência devida à sinaliiação existente
ARTIGO 64
e às instruções dos agentes ferroviários, o condutor não deve
Trânsito de veículos que efectuem transportes especiais
entrar na passagem de nível ,enquanto os meios de protecção
1. O trânsito, paragem e estacionamento nas vias públicas de estejam atravessados na via pública ou em movimento.
veículos que transportem cargas que pela sua natureza, dimensão 3. Se a passagem de nível não dispuser de protecção ou
ou outras características o justifiquem pode ser condicionado sinalização, o condutor só pode iniciar a travessia depois de se
por regulamento. certificar de que se não aproxima qualquer veículo ferroviário.
2. Os veículos que efectuam o transporte de materiais 4. Durante o atravessamento na passagem de nível, não se
pulverulentos e inertes; devem transitar de forma a evitar que deve engrenar uma outra velocidade.
estas se espalhem pelo ar ou no solo, para o que serão cobertos 5. A contravenção do disposto nos números anteriores é
com oleados ou lonas de dimensões adequadas. punida com a multa de 750,OOMT.
3. A contravenção do c.isposto no n.°:2 é punida com a multa
ARTIGO 68
de 2000,OOMT.
Imobilização forçada do v,eículo ou animal
ARTIGO 65 1. Em caso de imobilização forçada de veículo ou animal ou
Trânsito de veículos em serviço de urgência de queda da respectiva carga numa passagem de nível, o
1. Os condutores de veículos que transitem em missão urgente respectivo condutor deve' promover a sua imediata remoção ou,
não sendo esta possível, tomar as medidas necessárias para que
de socorro ou de polícia, assinalando adequadamente a sua
os condutores dos veículos ferroviários que se aproximem
marcha, podem, quando a sua missão o exigir, deixar de observar
possam aperceber-se da presença do obstáculo.
as regras e os sinais de trânsito, mas devem respeitar as ordens
dos agentes reguladores do trânsito. 2. A contravenção, do disposto no número anterior é punida
com a multa de 750,00 MT.
2. Os referidos condutores não podem, porém, em circunstância
alguma, pôr em perigo os demais utentes da via, sendo, ARTIGO 69
designadamente, obrigados a suspender a sua marcha: Tr~nsito nos cruzamentos e entroncamentos
a) Perante o sinal luminoso vermelho de regulação do 1. O condutor só pode iniciar a travessia de um cruzamento
trânsito, embora possam prosseguir, depois de ou ,entroncamento, ainda que tenha prioridade ou que
tomadas as devidas precauções, sem esperar que a a sinalização lho permita, depois de se certificar de que
sinalização mude; , 'a intensidade do tráfego não obriga a imobilizar aí o veículo.
b) Perante o sinal de paragem obrigatória em cruzamento 2. O condutor que tenha ficado imobilizado em cruzamento
ou entroncamento. ou entroncamento, regulado por sinalização luminosa, pode sair
3. É proibida a utilização dos sinais que identificam a marcha dele, mesmo que não autorizado a avançar, desde que não
de um ve'ículo prioritário, quando este não transite em missão embarace o trânsito de outros utentes que circulem no sentido
urgente. em que o trânsito está aberto.
4. A contravenção do disposto nos números anteriores é 3. Nos cruzamentos ou entroncamentos com maior densidade
punida com a multa de 1000,00MT. de trânsito, podem ser implantadas vias de acesso, que permitam
a conversão de veículos para a esquerda; devendo o condutor
ARTIGO 66 que pretender entrar noutra via, regular a sua velocidade de
Cedência de passágern a veículos em serviço de urgência forma a tomar a via de trânsito adjacente, sem perigo ou embaraço
1. Sem prejuízo do disposto na alínea b) do n.o 3 do artigo 38, para os veículos que nela transitem.
qualquer condutor deve ceder a passagem aos condutores dos 4. A contravenção do disposto nos n.os 1 e 3 será pu~ida com
veículos referidos no arligo anterior. a multa de 1000,OOMT.
2. Sempre que as vias em que tais veículos circulem, de que ARTIGO 70
vão sair ou em que vão entrar se encontrem congestionadas, Parques e zonas de estacionamento
devem os demais condutores encostar-se o mais possível à
1. Nos locais da via pública especialmente destinados ao
esquerda, ocupando, se necessário, a berma.
estacionamento, quando devidamente assinalados, os
3. Exceptuam-se do disposto no núm,?ro anterior as auto- condutores não p'0dem transitar ou atravessar as linhas de
-estradas, nas quais os condutores devem deixar livre a berma e, demarcação neles existentes para fins diversos do
ainda, nas vias públicas onde existam corredores de circulação. estacionamento.
4. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a 2. A afectação exclusiva de parques e zonas de estacionamento
multa de 1000,OOMT. a veículos de certa classe ou tipo e a limitação do tempo de
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192-(20) / SÉRIE - NÚMERO 12

estacionamento, bem como a fixação de uma taxa a cobrar através 4. A contravenção do disposto nos números anteriores é
de agentes ou de meios mecânicos adequados, são feitas por punida com a multa de 1000,OOMT.
regulamento.
3. A contravenção do disposto no n.o 1 é-punida com a multa ARTlG074
de 500,aOMT. Trânsito de veículos pesados de mercadorias ou conjunto de
veículos
ARTIGO 71 1. Nas auto-estradas ou troços de auto-estradas com três ou
Estacionamento proibido mais vias de trânsito afectas ao mesmo sentido, os condutores
I. Nos parques e zo,nas de estacionamento é proibido de veículos pesados de mercadorias ou conjuntos de veículos
estacionar: 'cujo comprimento exceda 7 m só podem utilizar as duas vias de
trânsito mais à esquerda.
a) Veículos destinados à venda de quaisquer artigos ou a
publicidade de qualquer natureza; . 2. A contravenção do disposto no púmero anterior é punida
b) Veículos utilizados para transportes públicos, quando com a multa de lOOO,OOMT.
não alugados, salvas as excepções previstas em
regulamentos locais; ARTlGo75
c) Veículos de classes ou tipo diferentes .daqueles a que o Vias reservadas
parque ou zona tenha sido exc.1usivamente afectado 1. As faixas de rodagem das vií1s públicas podem, mediante
nos termos do artigo anterior; sinalização, ser reservadas ao trânsito de veículos de certas
d) Por tempo superior ao estabelecido ou sem o
espécies ou a veículos destinados a determinados transportes,
pagamento da taxa fixada nos termos do artigo
sendo proibida a sua utilização pelos condutores de quaisquer
anterior.
2. A contravenção do disposto no número anterior é punida outros.
com a multa de 750,00MT. '2.A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
multa de lOOO,OOMT.
ARTIGO 72
Auto-estradas ARTIGO 76
Corredores de circulação
1. Nas auto-estradas e respectivos acessos, quando
devidamente sinalizados, é proibido o trânsito de peões, animais, 1. Devem ser criados nas vias públicas corredores de
veículos de tracção animal, velocípedes, ciclomotores, circulação destinados ao trânsito de veículos de certas espécies
motociclos de cilindrada superior a 50 cm3 , tractores agrícolas, ou a veículos afectos a determinados transportes, sendo proibida
bem como de veículos ou conjunto de veículos insusceptíveis a sua utilização pelos condutores de quaisquer outros.
de atingir em patamar a velocidade de 40 km/hora.
2. É, porém, permitida a utilização das vias referidas no número
2. Nas auto-estradas e respectivos acessos, quando
anterior para acesso a garagens, a propriedades e a locais de
devidamente sinalizados, é proibido:
estacionamento ou, quando a sinalização o permita, para efec'tuar
a) Circular sem as luzes regulamentares;
a manobra de mudança de direcção no cruzamento ou
b) Parar ou estacionar, ainda que fora das faixas
entroncamento mais próximo.
de rodagem, salvo nos locais especialmente
destinados a esse fim; 3. A contravenção do disposto no n.o 1 é punida com a multa
c) Inverter o sentido de marcha; de 750,OOMT.
d) Fazer marcha atrás;
ARTIGO 77
e) Transpor'os separadores de tráfego ou as aberturas neles
Pistas especiais
existentes;
J) Ensino da condução. 1. Qu~ndo existam pistas especialmente destinadas a animais
3. A contravenção do disposto no 'n.o 1 e nas alíneas a) e b) ou a veículos de certas espécies, o trânsito destes deve fazer-se
do n.o 2 é punida com a multa de 750,OOMT, salvo tratando-se por aquelas pistas.
de peão, caso em que a multa é de lOO,OOMT. 2. É proibida a utilização das pistas referidas no número
4. A contravenção do disposto nas alíneas c), d), e) e f) anterior a quaisquer outros veículos, sal vo para acesso a garagens,
do n.o 2 é punida com a multa de 1000,OOMT. a propriedades e a locais de estacionamento ou, quando a
sinalização o permita, para efectuar a manobra de mudança de
ARTlGo73
direcção no cruzamento ou entroncamento mais próximo.
Entrada e saída das auto-estradas
3. Nas pistas destinadas aos velocípedes é proibido o trânsito
1. A entrada e saída nas auto-estradas faz-se unicamente pelos
daqueles que tiverem mais de duas rodas não dispostas em linha
acessos a tal fim destinados.
ou que atrelem reboque.
2. Se existir uma via de aceleração, o condutor que prC!tender
4. Os peões só podem utilizar as pistas referidas no número
entrar na auto-estrada deve utilizá-la, regulando a sua velocidade
anterior, quando não existam locais que lhes sejam
de forma a tomar a via de tránsito adjacente sem perigo ou
embaraço para os veículos que nela tfansits:m. especialmente destinados.
3. O condutor que pretender sair de uma auto-estrada deve 5. A contravenção do disposto nos n.O, 1,2 e 3 é punida com
ocupar com a necessária antecedência a via de trânsito mais à a multa de 500,OOMT:
esquerda e, se existir via de desaceleração, entrar nela logo que 6. A contravenção do disposto no n.o 4 é punida com a multa
possível. de 300,00MT.
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23 DE MARÇO DE 2011 192-(21)

SECÇÃO XI 3. O médico ou paramédico que, sem justa causa, se recusar a


Poluição
proceder as diligências previstas na lei para diagnosticar o estado
de influenciado pelo álcool ou por substâncias legalmente
ARTIGO 78 consideradas como estupefacientes ou psicotrópicas, é punido
Poluição do solo e do ,ar por desobediência.

1. É proibido o trânsito de veículos com motor, que emitam ARTIGO 81


fumos ou gases em quantidade superior à fixada em regulamento Condução sob o efeito do álcool, estupefacientes ou de
ou que derramem óleo ou quaisquer outras substâncias. substâncias psicotrópicas
2. A contravenção do disposto no número anterior é punida 1. É proibido o porte e transporte de bebidas alcoólicas ou de
com a multa de 750,00MT. substâncias psicotrópicas na parte reservada aos passageiros em
veículos automóveis.
3. É proibido ao condutor e passageiros atirar quaisquer
objectos para o exterior CiO veículo. 2. É proibido conduzir sob influência de álcool ou de
substâncias psicotrópicas. .
4. A contravenção do disposto no número anterior é punida
3. Considera-se sob influência de álcool o condutor que
com a multa de 500,00MT.
apresente uma taxa de álcool igualou superior a 0,3 mgll, nq
ARTlG079 teste de ar expirado, ou de 0,6 mg/l, em teste sanguíneo.
Poluição sonora 4. Para o .condutor de transporte de/serviço público ou de
transporte de carga perigosa, quando em exercício, a taxa de
1. A condução de veículos e as operações de carga e descarga álcool quer no teste de ar expirado, quer nO teste sanguíneo é de
devem fazer-se de modo a evitar ruídos incómodos. 0,0 mgll.
2. É proibido o trânsito de véículos que emitam ruídos 5. Considera-se sob influência de substâncias psicotrópicas
superiores aos limites máximos fixados em regulamento. o condutor que, após exame realizado nos termos do presente
Código e legislação complementar, seja como tal considerado
3. No uso de aparelhos radiofónicos ou de reprodução sonora
em relatório médico ou pericial.
instalados no veículo é proibido superar os limites sonoros
6. Quem infringir o disposto no n. ° 1 é punido com a multa de
máximos fixados em regulamento.
500,00MT.
4. As condições de utilização de dispositivos de alarme 7. Quem infringir o disposto no n.o 2, parte inicial, é punido
sonoro antifurto em veíCulos são fixadas em regulamento. com multa de:
5. A contravenção do disposto no presente artigo é punida
Taxa de álcool Valor da multa
com multa conforme se ~,egue:
Superior a 0,0 mgll até 0,3 mgll 1500,00MT
a) Excesso de O a :5 decibéis, a multa é de 750,00MT;
b) Excesso de 6 a 10 decibéis, a multa é de 1500,00MT; De 0,31 mgll até 0,40 mgll 2500,00MT
c) Excesso de 11 a 20 decibéis, a multa é de 3000,00MT; De 0,41 mg/l até 0,70 mg/l 3500,00MT
d) Excesso em mais de 20 decibéis a pena é de apreensão Mais de 0,71 mg/l 5000,00MT
do veículo e prisão do condutor até 3 meses.
6. O equipamento e as condições do controlo da poluição 8. Os condutores que forem encontrados a conduzir sob
sonora são estabelecidos em Diploma conjunto dos Ministros influência de álcool acima de 1,2 mg/l, tratando-se de
que superintendem as 'Íreas dos Transportes, Interior e da profissionais, serão punidos com multa de 10 OOO,OOMT, sem
Indú~tria ..
prejuízo da sanção acessória.
9. Aos condutores que infringirem o disposto no n.o 4 do
CAPÍTULO II presente artigo serão punidos com multa no valor de
Disposições especiais para a fiscalização da 15 OOO,OOMT, sem prejuízo da sanção acessória.
condução sob influência de álcool ou de substâncias 10. Multa de 20 OOO,OOMT, para qualquer condutor
psicotrópicas encontrado a conduzir sob efeito de substâncias legalmente
consideradas estupefacientes ou psicotrópicas.
SECÇÃO I
ARTIGO 82
Procedimento para a fiscalização da condução sob influência de
álcool ou dl3 substâncias psicotrópicas Fiscalização da condução sob influência de álcool

ARTIGO 80
1. O exame de pesquisa de álcool no ar expirado é realizado
pelas entidades referidas no n.o 1 do artigo 10, mediante a
Princípios gerais
utilização de aparelho aprovado para o efeito.
1. Podem ser submetidos às provas estabelecidas para a 2. Se o resultado do exame previsto no número anterior for
detecção dos estados de influenciado pelo álcool ou por positivo, o agente de autoridade deve notificar o examinando,
substâncias legalll1ente consideradas como estupefaçientes ou por escrito, ou, se tal não for possível, verbalmente, daquele
psicotrópicas: resultado, das sanções legais dele decorrentes, de que pode, de
a) Os condutores; imediato, requerer a realização de contraprova e de que deve
b) Os peões, semp re, que sejam intervenientes em acidentes suportar todas as despesas originadas por esta contraprova no
ge trânsito. caso de resultado positivo.
2. As pessoas referidas nas alíneas a) e b) do n.O I , que recusem 3. A contraprova referida no número anterior deve ser
submeter-se às provas estabelecidas, para a detecção do estado realizada por um dos seguintes meios, de acordo com a vontade
de influenciado pelo ([lcool ou por substâncias legalmente do examinando:
consideradas como estupefacientes ou psicotrópicas, são a) Novo exame, a efectuar através de aparelho aprovado:
punidas por desobediência. b) Análise de sangue.
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192-(22) /SÉR/E-NÚMERO 12

4: No caso de opção pelo novo exame previsto na alínea a) 2. Quando não tiver sido possível a realização do exame
do número anterior, o exahlinando deve ser, de imediato, a ele . referido no número anterior, o médico do estabelecimento oficial
sujeito e, se necess~rio, conduzido ao local onde o referido exame de saúde a que os intervenientes no acidente sejam conduzidos
possa ser efectuado. deve proceder à colheita da amostra de sangue para posterior
5. Se o examinando preferir a realização de uma análise de exame de diagnóstico do estado de influenciado pelo álcool.
sangue, deve ser conduzido, de imediato, ao estabelecimento 3. Se o exame de pesquisa de álcool no sangue não puder ser
oficial de saúde, a fim de ser colhida a quantidadt: de sangue feito, deve proceder-se ao exame médico pata diagnosticar o
necessária para o efeito. estado de influenciado pelo álcool.
6. O resultado da contraprova prevalece sobre o result2.do do
4. Os condutores e' peões mortos devem também ser
exame inicial.
submetidos ao exame previsto no n.o 2.
7. Quando se suspeite da utilização de meios susceptíveis de
alterar momentaneamente o resultado do exame, pode o agente ARTIGO 86
de autoridade mandar submeter o suspeito ao exame médico. Outras disposições
8. Se não for possível a realização de prova por pesquisa de 1. São fixados em regulamento:
álcool no ar expirado, o examinando deve ser submt:tido a
colheita de sangue para análise ou, se se recusar, de,ve ser
a) O tipo de material a utilizar na fiscalização e nos
exames laboratoriais para determinação dos estados
realizado exame médico, em estabelecimento oficial de saúde,
de influenciado pelo álcool ou por substâncias
para diagnosticar o estado de influenciado pelo álcool.
psicotrópicas;
ARTIGO 83 h) Os métodos a utilizar para a determinação do
Impedimento de conduzir doseamento de álcool ou de substâncias psicotrópicas
no sangue;
1. Quem apresentar resultado positivo no exame pre'/isto no 1;) Os exames médicos para determinação dos estados de
n. o 1 do artigo anterior ou recusar ou não puder submeteI-se a tal
influenciado pelo álcool .ou por substâncias
exame, fica impedido de conduzir pelo período de doze horas, a
psicotrópicas;
menos que comprove, antes de decorrido essé período, que não
d) Os laboratórios onde devem ser feitas as análises de
está influenciado pelo álcool, através de exame por si requerido.
urina e de sangue;
2. Quem conduzir com inobservância do 'impedimento e) As tabelas dos preços dos exames realizados e das taxas
referido no número anterior é punido por crime de desobediência de transporte dos examinandos e de imobilização e
qualificada. de remoção de veículos.
3. O agente de aut9ridade notifica o condutor ou a pessoa 2. O pagamento das despesas originadas pelos exames
que se propuser inic. Jl condução nas circunstâncias nrevistas previstos na lei, para determinação do estado de influenciado
no n.o 1 de que ficam rinpedidos de conduzir durante (I período pelo álcool ou por substâncias psicótrópicas, bem como pela
estabelecido no meSrnD número, sob pena de crime de imobilização e remoção de veículo a que se refere o artigo 84, é
desobediência qualificaclt. efectuado pela entidade a quem competir a coordenação da
4. As despesas originadas pelo exame a que se ref.e:e a parte fiscalização do trânsito.
final do n. O 1 são suportadas pelo examinando, salvo se 3. Quando os exames referidos tiverem resultado positivo, as
resultarem de contraprova com resultado negativo requerida ao despesas são da responsabilidade do examinado, devendo ser
abrigo do n.O 2 do artigo anterior. levadas à conta de custas nos processos- crime ou de
contravenção a que houver lugar, as quais revertem a favor da
ARl1G084 entidade referida no n. o 2.
Imobilização e remoção do veículo
ARTIGo8?
1. Para garantir o cumprimento do disposto no n.o 1 do artigo
Utilização de acessórios de segurança
anterior deve o veículo ser imobilizado ou mmovido para o
parque ou local apropriado, providenciando-se, sempre que tal 1. O condutor e passageiros transportados em automóveis
se mostre indispensável, o encaminhamento dos ocupantes do são obrigados a usar os cintos e demais acessórios de segurança
veículo. nos termos fixados em regulamento.
2. Todas as despesas originadas pelos procedimentc'$ previstos 2. Os condutores e passageiros de motociclos, com ou sem
no número anterior são suportadas pelo condutor. carro lateral, e de ciclomotores devem proteger a cabeça, usando
3. Não há lugar à imobilização ou remoçíio do veículo se capacete de m,odelo oficialmente aprovado, aevidamente
outro condutor, com consentimento do que fi~ar impedido, ou ajustado e apertado.
do proprietário do veículo, se propuser conduzí-lo e apresentar 3. Exceptuam-se do disposto no número anterior os
resultado negativo em teste de pesquisa de álcool. condutores e passageiros de veículos providos de caixa rígida
4. No caso previsto no número anterior, o condute r substituto ou de veículos que possuam, simultaneamente, estrutura de
deve ser notificado de que fica responsável pela obs,ervância do protecção rígida e cintos de segurança.
impedim~nto referido no artigo ,anterior, sob pena de crime de 4. As crianças com menos de 12 anos de idade, transportadas
desobediência qualificada. em automóveis equipados com cintos de segurança, devem ser
seguras por sistema de retenção homologado e adaptado ao seu
ARTIGO 85 tamanho e peso.
Exames em caso de acident.! 5. O transporte das crianças referidas no número anterior deve
1. Os condutores e os peões que intervenham em acidente de ser efectuado no banco da retaguarda, salvo nas seguintes
trânsito devem, sempre que o seu estado de saúde o permitir, ser situações:
submetidos a exame de pesquisa de álcool no ar expirado, nos a) Se a criança tiver idade inferior a 3 anos e o transporte
termos do artigo 80. se fizer utilizando sistema de retenção virado para a
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.: 3 DE 1/.·1 R('() DE lO II 192~(23)

retaguarda. não podendo. neste caso. estar activada a imediatamente ao ;,eu regular e"tacionamento ou. não "endo
almofada de ar frontal do pas~ageiro: isso viável. retirar (l veículo da faixa de rodagem ou aproximá-
/II Se a cnança tiver Idade igualou superior a :l anos e o lo o mais possível do limite e~querdo de"ta e promover a "ua
automl')\'C1 não dispuser de Cintos de segurança no rápida remoção da via pública.
banco da retaguarda. ou não dispuser de!>te banco. :2. Enquanto o veículo nào for devidamente estacillllado ou
6. \'ll~ automlívels que não estejam equipados com Cintos removido. o condutor deve adoptar as medida" necessárias para
de ~egurança é proibido o transporte de crianças de idade inferior que os outros 5e apercebam da sua pre~ença. usando para tanto
a :l ano~. os dispo"itivos de ~inalização prevJstos no presente Código e
7. 0:o~ automlíveis destinados ao tr,lnsporte público legislação complementar.
de pas~agelros podem ~er tr,',nsportadas cnançãs sem observância 3: É proibida a reparaçüo de veículos na via pública. salvll ~e
do di~po~to no:- números anteriores. desde que não () ~ejam nos for indispensável ii re~pectiva remoçào ou. tratando-se de avanas
banco~ da frente. de fácd reparação. ao prosseguimento da marcha.
8. A contravenção do dl~po~t() nos n.''> 4 a 7 é punida com a 4. :\as circunstüncias referidas nos números anteriore;,. as
multa dt: 300.00\1T por t:ada criança tran~portada pessoas que' não estiverem envolvidas na~ operaçõe~ de
indevidamente. sinalização. remoção ou reparação do veículo não devem
permanecer na faixa de rodagem.
9, A contravenção do dl~,po~to no n.o 1 é punida com a multa
de 500.00\1T. 5. A contravenção do di;,pmto no~ números anteriore;, é
punida com a multa de 1000.00\1T. ~e outra não for
10. A contra\'enção do disposto no n.O 2 é punida com .l
especialmente aplicável.
multa de :lOO.OO\1'r.
ARTIGo91
L\RTI(,O 88
Sinal de pré-sinalização de perigo
Condução profissional de veículos de transporte
I. Todos os veículos a motor em circulação. salvo os dotados
1. A pre~t,lçãode servÍl;os remunerados só é' permitida aos apenas de duas ou três rodas. motocultivadores e os tratocarro~.
tltulare~ da carta de condutor profi:,sional. devem e;,tar equipados com dois sinais de pré-sinalização de
2. Pm razCie~ de segurança. podem ~er defInidtls. para o~ pengo retrorretlectores e um colete retlectivo.
condutlll e~ profI~~íonaI:- de veículos de tran~porte. os tempos 2. É obrigatóno o u'o do ~inal de pré-sinalização de pengo:
de condução e descínso e. bem aS~Im, pode ser exigida a' (/) Dur,lnte o dia. sempre que o veículo ImobilIzado. total
rre~ença de maIS de uma pe~:-oa habilItada para a condução de
ou parcialmente. na faixa de rodagem ou a carga que
um me~mo veículo. tenha caído sobre o pavimento não for visível a uma
:l, A contraven,,'ão do dispmto ne~te artigo é punida com a di~tância de. pelo me no;,. 100 m;
multa de 10 OOO.OO\1T. pela qual respondem solIdanamente o b) Do anoitecer ao amanhecer. em quaisquer
contra ventor e a entidade patronal cUJO serviço se encontra circun"tüncias de imobilização do veículo ou de carga
ad,tnto. qída na faixa de rodagem ou na berma. sdlvo nos
locaiS onde a~ condições de iluminação permitam
Alnl(;o89 um fácil reconhecimento a uma distânCia de 100 m.
Proibição de utilização de certos aparelhos sem prejuÍzo do dlspo,to no pre~ente Código ljuanto
ii ilumIllação dos veículo~:
I. f: prOIbido ao condutor utilIzar. durante a marcha do
c) :\0 Illterior das localIdades e nas sltuaçõe~ em que a
veículo. qualquer tIpo de ~llIscultadores sonoros. de aparelhos colocação do trIângulo de pré-~Illalização não seja
radlotcleflínit:os e teleVisores. viúve!. o veículo avarIado deve ser sinalizado com o
2. Exceptuam-~e do número anterior os aparelhos &ltados de u~o em simultâneo de toda~ as luzes indIcadoras de
um auriculal ou de microfone com ,Istema alta voz. cuja mudança de direcção.
utdll:ação não Implique manu~eamento continuado e televi~ores :lo O ~inal deve ser colocado verticalmente em relação ao
em \'eículo~ de~tIllados ao transporte de pas~agelro~. pavimento e ao eixo da faixa de rodagem. a uma d"tânCIa nunca
3. Í~ proibida a lll~talaçãlJ e utilIzação de qu,mquer aparelho~. IllferIor a :l0'11. à frente e à retaguarda do veículo. comblllação de
dI~pll~ltIVOS ou produtos ~u~ceptívels de revelar a pre;,ença ou vekulos ou da carga a sIllalizar. de modo a ficar nem vI:-ível a
perturbar o funcionamelto de in~trumento~ de"unados ii uma distüncia de. pelo menos. 100 m.
detecção ou regI~to da~ tr~1 n~gre~~ões. 4. Os veículos automlí"eis pesados e reboque~. cUJO peso
4. A t:ontravenção do di~po~to no n." I é pumda com a multa bruto exceda 10000 kg ou tenham mal~ de 6 m de comprImento.
de 2000.00\1'1'. devem estar equipados de marca~ retlectiva:-. de cor amarela.
5. A contravenção do dI;,po"to nll n.":l é pum da com a multa para a ~u,\ fácil identificação na via pública.
de 2750.00\1T e com perda dos objectos. devendo o agente de 5, l\'as circunstâncias refendas no n." 2. quem proceder ii
fIsc,alIzaçãll proceder ii ;,ua imediata remoção e apreen;,ão ou. colocação do ;,mal de pré-~malização de perIgo. à reparação do
não ;,endo ela po~~ível. apIeender o documento de Identificação veículo ou ii remoção da carga deve utIlIzar o colete retlectlvo.
do veículo at~ ii efectiva remoção e apreensão daqueles objecto~. 6. Os veículo~ de tracção manual.e (l~ velocípecle~ devem
e,tar eqUipados com as marcas reflectlva~ ~empre que tran~item
na~ vias públIca;,.
Comportamento em caso de avana ou aCidente 7. As caracterbtica~ do ~lllal de pré-'lllalização de perIgo. do
colete retlectivo e marca~ retlectIv,t, ,ão fIxada~ em regulamento
i\ IHll ,() 90
8. A contravenção do dI~P()~to ne,te artigo é pUllIda com a
Imobilização forç:ada por avaria ou acidente
multa, de 1000.00\1T. excepto o U~ll de materiai, que não
I Em ca~o de ImohIl i'açJo forçada de um veículo em obedeçam às caracterbtica, e,taneleuda,_ em que a multa serú
cOll,equéncl:l clt: a \ .111.1. lJ L"lndutor deve proceder ck 500.00\1T e \1 referido no n." 7. cup multa é de :WO. OO\1T
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192--(24) I S/~RIE- SÚAfI:RO I:}

ARTIGO 92
Identificação em caso de acidente
Iluminação e sanções
I. O condutor interveniente em acidente deve forn~cer aos
ARTIGO 96
restantes intervenientes a sua identIficação. a do propr"iet.irio
Utilização das luzes nos motociclos e ciclomotores
do veíCUlll e a da ~eguradllra. bem como o número da apólice.
exibindo, quando solicitado, os docu,mento:, comprovativus. l. l\os motociclos, triciclo~, quadriciclos e ciclomotores, n
uso de dispositivos de ~inalização luminosa e de iluminação é
2. Se do acidente resultarem mortos ou feridos. o condutor obrigatório em qualquer circunstância.
deve aguardar. no local. a chegada de agente de autoridade.
:~. Sem prej uízo do di~posto no n.o 1 do artigo 61. os
3. A contravenção do disposto no n,o I é punida com a m lha condutores de motociclos e ciclomotores devem transitar com a
de 500.00Y'IT. I.uz de cruzam,ento acesa.
4. A contravenção do disposto no n.o 2 é punida com a m lha J. Sempre que, nos termos do artigo 61. seja obrigatório o
de 750,00 Y'IT, se a sanção mais grave não for aplidvel por uso de dispositivo de iluminação. os velocípedes só podem
circular com utilização dos di~positivo~ que, para o efeito, forem
força de outra disposição legal.
fixi!,dos em regulamento.
CAPÍTULO [II 4. A contravenção do dispo~to neste artigo é punida com a
multa de 500,00 MT.
Disposições especiais para motociclos, ciclomotores
e velocípedes ARTlc;o97
Avaria nas luzes
SEcçAoI
Regras especiais I. Em caso de avaria nas luzes de motociclos ou CIclomotores
é aplicável. com as necessárias adaptações. o dispmto
ARTIGO 93 no artigo 62.
Regras de condução 1. Em caso de avaria 'nas luzes, os velocípedes devem ser
conduzldo~ à mão.
I. Os condutores de motociclos. ciclomotores ou velocípdes
3. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
não podem:
multa de 250.00 MT.
a) Conduzir com as mãos fora do guiador, salvo para
assinalar qualquer manobra: ARTIGO 98

b) Seguir com os pés fora dos pedais ou apoios: Sinalização de perigo


c) Fazer-se rebocar: É: aplicável aos motociclos e ciclomotores, quando estejam
d) Levantar a roda da frente ou de trás no arranque ou em munido~ de' luzes de mudança de direção, o dispo~to
circulação: no urtigo 63. com as nece~siírias adap.taçõés.
e) Seguir a par, salvo se transitarem em pista especi<11 e
ARTJ(jo99
não causarem perigo ou embaraço ao trânsito.
Sanções aplicáveis a condutores de velocípedes
2. Os condutores de velocípedes devem transitar o mais
próximo pos~ível das bermas ou passeios, mesmo nos casos em As multas previstas no presente Código :"ão reduzidas para
que. no mesmo sentido de trânsito. sejam possíveis duas ou metlde nos seus limites múximo e mínimo, quando aplicáveis
aos condutores de velocípedes, excepto as previstas neste
mais filas.
capl'nilo.
3. A contravenção do disposto nos números anteriore, é CAPÍTCLO IV
punida com a multa de 300.00Y'IT.
Disposições especiais para veículos de tracção
ARTIGO 94 animal e animais
Transporte de passageiros
ARTI(j() 100
1. l\OS motociclos, triciclos, quadriciclos e ciclornütore, é Regras especiais
proibido o transporte de passageiros de idade inferior a sõ!te
I. O~ condutores de veículos de tracção ammal ou de animai~
anos. salvo. tratando-se de veículos providos de caixa ríg da devem conduzí-Ios de modo a manter ~empre o domínio sobre a
não destinada apenas ao transporte de carga. ~ua marcha e a evitar impedimento ou perigo para o trânsito.
2. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a 2, l\a~ pontes. túneis e pa~sagen~ de nível. os condutnres de
multa de 300.00Y'IT. animais. atrelados ou não, devem fazê-los ~eguir a pa~~o.
3 A entrada de gado na via pública deve ser devidamente
ARTIGO 95
as~inalada pelo re~pectivo condutor e fazer-~e por caminho~ ou
Transporte de carga
~erventia~ a e~~e fim de~tinados.
1. O tran~p(ll·te de carga em motociclo:", ciclomotores ou 4 Sempre que, n(l~ termo~ do artigo 59. ~eJa obrigatlÍria a
velocípedes slÍ pode fazer-:"e cm atrelado ~)U caixa de carga. uttllzaçúo de dl~po~itiv()~ de sinalização IUll1lnosa. o~
2. f~ proibido ao~ condutores e p,l~sageiro~ dos m(ltocid.l~, condutores de veículo~ de tracção ~lnill1al ou de anlmal~ em
ciclomotore~ ou velocípedes tran~portar ohJectps ~usceptív ~i~ grupo devem utilIzar urna lanterna de lu/. branca. VI~ível em
de prejudicar a condução ou con~tituir pengo para a ~eguran;a. amb(l~ ()~ ~entldo~ de trânsito.

3. A contra ven~'ão do dl~p()~to ne~te artigo é punida com 5 O propnet,írio de animal~ é proibido de delxú-I(l~ vaguear
,a multa de 250.00WL na VIii pública por forma a impedir ou fazer pellgar (l ti Ún~It(l.
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23 DE MARÇO DE 2011 192-(25)

6. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a que os separa dos veículos que nela transitam e a respectiva
multa de 300,00MT. velocidade, o podem fazer sem perigo de acidente.
ARTIGO 101 2. O atravessamento da faixa de rodagem deve fazer-se o
Regulamentação local mais rapidamente possível.
Em tudo o que não estiver previsto neste Código, o trânsito 3. Os peões só podem atravessar a faixa de rodagem, nas
de veículos de tracção animal e de animais é objecto de posturas passagens especialmente sinalizadas para esse efeito ou, quando
municipais. nenhuma exista a uma distância inferior a 50 m,
TÍTULO III perpendicularmente ao eixo da via.
Trânsito de Peões 4. Os peões não podem parar na faixa de rodagem ou utilizar
ARnGo 102 o passeio de modq a prejudicar ou perturbar o trânsito~
Lugares ern que podem transitar 5. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
1. Os peões devem transitar pelos passeios, pistas ou passagens multa de 250,00MT.
a eles destinados ou, na sua falta, pelas bermas.
ARTIGO 105
2. Os peões podem, no entanto, transifar pela faixa de rodagem, Iluminação de cortejo e formações organizadas
com prudência e de modo :1 não prejudicar o trânsito de veículos,
1. Sempre que transitem na faixa de rodagem' desde o
nos seguintes casos:
anoitecer até ao amanhecer e sempre que as condições de
a) Quando efectuem o seu atravessamento; visibilidade o aconselhem, os cortejos e formações organizadas
b) Na falta dos Jocais referidos no n.o 1 ou na devem assinalar a sua presença com, pelo menos, uma luz branca
impossibilidade de os utilizar; dirigida para a frente e uma luz vermelha dirigida para a
c) Quando transportem objectos que, pelas suas retaguarda, ambas do lado direito do cortejo ou formação.
dimensões ou natureza, possam constituir perigo para
2. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
o trânsito dos outros peões;
multa de 500,00MT.
d) Nas vias públicas em que esteja proibido o trânsito de
ARTIGO 106
veículos;
Cuidados a observar pelos condutóres
e) Quando sigam em forma organizada sob a orientação
de um monitor ou em cortejo. 1. Sempre que o condutor aviste na faixa de rodagem um
3. Nos casos previstos nas alíneasb), c)e e) do número anterior peão portador de deficiência visual sinalizando a sua marcha
os peões podem transitar pelas pistas a que se refere o artigo 77, com bengala; deve ct;der-lhe prioridade e, se necessário parar a
desde que a intensidade do trânsito o permita e não prejudiquem fim de deixá-lo passar. .
a circulação dos veículos :>u animais a que aquelas estão afectas. 2. Ao aproximar-se de uma passagem de peões assinalada, o
4. Sempre que trans:tem na fÍlixa de rodagem, desde o condutor, mesmo que a sinalização lhe permita avançar, deve
anoitecer ao amanhecer e sempre que as condições de deixar passar os peões que já tenham iniciado a travessia da
visibilidade ou a intensidade do trânsito o aconselhem, os peões faixa de rodagem.
devem transitar numa única fila, salvo quando seguirem em 3. Ao aproximar-se de uma passagem para peões, junto da
cortejo ou formação organizada nos termos previsto no artigo qual a circulação de veículos não está regulada, nem por
105. sinalização luminosa nem por agente, o condutor deve reduzir a
5. A contravenção do disposto no número anterior é punida velocidade e parár para deixar passar os peões que já tenham
com a multa de 250,OOMT. iniciado a travessia da faixa de rodagem.
4. Ao mudar de direcção, o condutor, mesmo não existindo
ARTIGO 103
passagem assinalada para a travessia de peões, deve reduzir a
Sentido de trânsito
sua velocidade e, se necessário, parar a fim de deixar passar os
1. Os peões devem transitar pela direita da faixa de rodagem, peões que estejam a atravessar a faixa de rodagem da via em que
em relação ao seu sentido de marcha, nos locais que lhes são vai entrar.
destinados, salvo nos casos previstos na alínea d) do n.O 2 do
artigo anterior. 5. A contravenção do disposto neste artigo é punida com a
multa de 1000,00MT:
2. Nos casos previstos nas alíneas b), c) e e) do n.o 2 do artigo
anterior, as peões devem transitar o mais próximo possível do ARTIGO 107
limite da faixa de rodagem. Equiparação
3. Nos casos previstos nas alíneas b) e c) do n.O 2 do artigo É equiparado ao trânsito de peões:
anterior, os peões devem transitar pelo lado direito da faixa de a) A condução de carros de mão;
rodagem, a não ser que tal comprometa a sua segurança. b) A condução de veículos de tracção humana;
4. A contravenção do disposto nos números anteriores é c) A condução à mão de velocípedes de duas rodas sem
punida com a multa de 250,OOMT. carro atrelado e de carros de crianças ou de portadores
de deficiência;
ARTIGO 104 d) O trânsito de pessoas utilizando patins ou outros meios
Atravessamento da faixa de rodagem de circulação análogos;
1. Os peões não podem atravessar a faixa de rodagem sem e) O trânsito de cadeiras de rodas equipadas com ou sem
previamente se certificarem de que, tendo em conta a distância motor.
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192--(26) I SÉRIE - NÚMERO 12

TÍTULO IV 5. Os veículos dotados de quatro rodas e cuja tara não exceda


550 kg são englobados na categoria de motociclos ou
Veículos
c iclomotores de acordo com as Suas características,
CAPÍTULO I nomeadamente cilindrada e velocidade máxima em patamar e
por construção, nos termos fixados em regulamento,
Classificação dos veículos
ARTIGO 111
ARTIGO 108 Veículos agrícolas
Automóveis 1. Tractor agrícola ou florestal é o veículo com motor de
Automóvel é o veículo com motor de propulsão, dotado de propulsão, de dois ou mais eixos, construído para desenvolver
pelo menos quatro rodas, com tara superior a 550 kg. cuja esforços de tracção, eventualmente equipado com alfaias ou
velocidade máxima é, por construção, superior a 25 km/h, e que outras máquinas e destinado predominantemente a trabalhos
se destina, pela sua função, a tI ansitar na via pública, sem agrícolas.
sujeição a carris, 2. Máquina agrícola ou florestal é o veículo com motor de
ARTIGO 109 propulsão, de dois ou mais eixos, destinado à execução de
Classes e tipos de automóveis trabalhos agrír;;olas ou florestais, sendo considerado pesado ou
ligeiro consoante a sua tara ou peso bruto exceda ou não
1. Os automóveis classificam-se em: 3500 kg.
a) Ligeiros: veículos com peso bruto até 3500 kg e com 3. Motocultivador é o veículo com motor de propulsão, de
lotação não superior a nove lugares, inc:luind,) o do um só eixo, destinado à execução de trabalhos agrícolas ligeiros,
condutor; que pode ser dirigido por um condutor apé ou em sem i-reboque
b) Pesados: veículos com peso bruto superior a 3S00 kg ou retrotrem atrélado a'o referido veículo.
ou com lotação superÍ'or a nove lugares, incluindo o 4. Tractocarro é o veículo com motor de propulsão, de dois
do condutor, e veículos tractores. ou mais eixos, provido de uma caixa de carga destinada ao
2. Os automóveis ligeiros ou pesados inclllem-s1e, seg'mdo a transporte de produtos agrícolas ou florestais e cujo peso bruto
sua utilização, nos seguintes tipos: não ultrapassa 3500 kg.
a) De passageiros: os veículos que se destin 1m ao
transporte de pessoas; ARTIGO 112
b) De mercadorias: os veículos que se destinam ao Outros veículos a motor
transporte de carga; 1. Ve(culo sobre carris é aquele, que independentemente do
c) Mistos: os veículos que se destinam ao tran;porte, :;istema de propulsão, se desloca sobre carris.
alternado ou simultâneo, de pessoas e carga;
2. Máquina industrial é o veículo com motor de propulsão,
d) Tractores: os' veículos construídos para de ser volver de dois ou mais eixos, destinado à execução de obras ou trabalhos
um esforço de tracção, sem comportar car'ga útil; industriais e que' só eventualmente transita na via pública, sendo
e) Especiais: os veículos destinados ao desempeaho de pesado ou ligeiro consoante a sua tara exceda ou não 3500 kg.
uma função específica, diferente do transporte normal
de passageiros ou carga. . ARTIGO 113
3. As categorias de veículos para efeitos de aprovação de Reboques
modelo são fixadas em regulamento.
1. Reboque é o veículo destinado a transitar atrelado a outro
ARTIGO 110 veículo.
Motociclos, ciclomotores, triciclos e quadriciclos 2. Semi-reboque é o veículo destinado a transitar atrelado a
um veíéulo a motor, assentando a parte da frehte e distribuindo
1. Motociclo é o veículo dotado de duas, três ou quatro rodas,
o peso sobre este.
com motor de propulsão com cilindrada superior a 50 em 3, ou
que, por construção; exceda em patamar a velocidade 3. Os veículos referidos nos números anteriores tomam a
designação de reboque ou semi-reboque agrícola ou florestal,
de 45 km/h.
quando se destinam a ser atrelados a um tractor agrícola ou a um
2. Ciclomotor é o veículo dotado de duas ou tri!s rodls, com motocultivador.
uma velocidade máxima, em patamar e por construç io, não
4. Máquina agrícola ou florestal rebocável é a máquina
superior a 45 km/h, e cujo motor: ,
destinada a trabalhos agrícolas ou florestais que só transita na
a) No caso de ciclomotores de duas rodas, tenha cilindrada via pública quando rebocada.
não superior a 50 cm3, tratando-se de ffi<)tor de
5. Máquina industrial rebocável é a máquina destinada a
combustão interna ou cuja potência máxi na não
tràbalhos industriais que só transita na via pública quando
exceda 4 kW, tratando-se de motor eléctrico;
rebocada.
b) No caso de ciclomotores de três rodas, tenha ciJ indrada
não superior a 50 cm3, tratando-se de motor de ignição 6. A cada veículo a motor não pode ser atrelado mais de um
comandada ou cuja potência máxima não exceda reboque, excepto veículos denominados "interlinks" que podem
4 kW, no caso de outros motores de combustão interna atrelar dois semi-reboques.
ou de motores eléctricos. 7. Exceptua-se do disposto no n.o 6 a utilização de reboque
3. Triciclo é o veículo dotado de três ,rodas dispostas em comboios turísticos, bem como, nos termos a fixar em
simetricamente, com motor de propulsão com cilindrada superior regulamento local, de reboques em tractores agrícolas ou
a 50 cm 3 , no caso de motor de combustão intern.a, ou 'lue, por florestajs.
construção, exceda em patamar a velocidade de 45 km/h. 8. Sem prejuízo do disposto no n.O 6, o uso de reboques em
4. Quadriciclo é o veículo dotado de quatro rodas e euja tara transporte público de passageiros é autorizado em regulamento
não exceda 550 kg. próprio.
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.73 DE MARÇO DE .70/1 192 - (27)

9 A contravenção do dbposto nos n.'" 6 e 7 é punida com a 7. [: proibido o trún~ltu de veículo~ que não dl~ponham d(l~
multa de 10 OOO.OOMT. sístemas. componentes ou accs~{)rim com que foram aprovado~
ou que utIlizem ~i~temas. componentes ou ace~~{)r.lo~ nãu
ARTIGO 114 aprovados nos lermo~ do n." 3 de~tl: preceito.
Veículos únicos e conjuntos de veículos S. A contravençüo Jo dl~rosto no n." 7 é punida com a multa
1. Consideram-se l"eíclIlos únicos: de 500.00MT.
a) O automóvel pesado compo~to por dOl~ segmento~ ARrlCó() 118
rígido~ permanentemente ligados por uma secção Transformação de veículos
articulada que permite a comunicação entre ambos:
b) O comboio turÍ!>tico con~tltuído por um tractor e um
1. Considera-se tran~formaçã(J de veículo qualquer altera<,;ão
ou mais reboque~ destinados ao transporte de das suas oaracterísticas c()n~trutlvas ou funcionais.
passageiros em pequeno~ percursos e com fIns 2. A transformação de veículos a motor e seus reboques é
turístico~ ou de diver~ã(h autorizada nos termos fixados em regulamento.
2. COlljllllto de I'delllos é o grupo constituído por um veículo 3. A contravenção do di~posto neste artigo é punida com a
tractor e seus reboques ou ~emi-reboques. multa de 1000.OOMT.
3. Para efeitos de circulação. o conjunto de veículos é
equipürado a veículo único. CAPÍTCLO II
Inspecções e matrículas
ARTIGO 1/5
V.!locípedes ARTIGO 1/9
1. Velocípede é o veículo com duas ou mais rodas. accionado Inspecções
pelo esforç~) do próprio condutor por meio de pedais ou 1. Os veículos a motor e os seus reboque~ devem ~er ~ujeltos.
dispOSllivos análogos. nos termos fixados em regulamento. à inspecção para:
2. Velocípede e01/1 /IIotor é () velocípede equipado com motor a) Aprovação do respectivo modelo ou marca:
auxiliar eléctrico com potência máxima contínua de 0.25 kW. b) Atribuição de matrícula:
cuja alimentação é reduzida progressivamente com o aumento c) Aprovação de alteração de características construtivas
da velocidade e interrompida sç atingir a velocidade ou funcionais:
de 25 km/h. ou antes. se o cicli~ta deixar de pedalar. d) Verificação periódica das suas característica~ e
3. Para efeitos do presente Código. os velocípedes com motor condições de ~egurariça.
são equiparados a velocípedes. 2. Pode. ainda. determinar-se a sujeição dos veículos refendos
no número anterior a inspecção. quando. em con~equência de
ARTIGO 116 alteração das características construti vas ou funci()mm do
Reboque de veículos de duas rodas e carro lateral veículo. de acidente ou de outrás causas. haja fundada~ suspelta~
sobre as suus condições de segurança ou dúvidas sobre a sua
1. Os motociclos. ciclomotores e velocípedes podem atrelar. identificação.
á retaguarda, um reboque de um eixo destinado ao transporte de 3. A contravenção do dispo:-,to neste artigo é punida com a
carga. multa de 2000.00MT.
2. Os motociclos de cilindrada superior a 125cm~ podem 4. Ressalvadas as situações de utilização abusiva. a realização
acoplar carro lateral destinado ao transporte de um passageiro. das inspecções depende do prévio cumprimento das sanções
pecuniárias aplicadas por contravenções praticadas com
ARTIGO 117
utilização desse veículo.
Características dos veículos
ARTIGO 120
1. As características do:; veículos e dos respectivos sistemas.
componentes e acessórios são fixadas em regulamento. Obrigatoriedade de matrícula

2. Todos os sistemas. componentes e acessórios de um veículo 1. Os veículos a motor e os sell~ reboques slÍ são admitidos
são considerado~ suas partes integrantes e. salvo avarias em circulação desde que SUjeitos a matrícula de onde constem
oca~iLlnais e imprevisívei~ devidamente justificadas. o seu nãq as características C:Jue permitam identlfid-Ios.
funcionamento é equiparado ~I sua falta. 2. Exceptuam-se do di~posto no número anterior os veículos
3. O~ modelos de automóveis. motociclos, ciclomotores. que se desloquem sobre carris e os rebqques cujo peso bruto não
tractores agrícolas. tractocarros. reboques e semi-r'eboques. bem exceda 300 kg.
como os respectivos sistemas. componentes e aces~(írios. estão 3. Os ca~os em que a~ máquinas agrícolas e indllstriais. os
~ujeito~ ,I aprovação de acordo com as regra~ fixadas em motocultivadores e os tractocarros e:-.tão sujeitos a matrícula
regulamento. são fixados em regulamento.
-lo O fabricante ou vendedor que coloque no mercado veículos. 4. A matrícula do ve-ículo deve ser tequerida à autoridade
si~temas. componentes ou acessórios ~cm a aprovação. do competente pela pessoa. singular o,u colectiva. que proceder à
referido no número anterior ou infringindo as normas que sua admiss~o. importação ou Introdu~'ão no território nacional.
cllscipllllam o seu fabrico e comercialização. é punido com multa 5. Os veículos a motor c 0'\ reboques que devam ser
de 5000.00MT se for pessoa singular ou de 10 OOO.OO\1T se for apresentados a de~pach() nas alfündegas. pelas entidades que ~e
PC~~\HI colectiva e com perda do~. objectos. o~ quais devem ~er dediquem à ~ua admls~ão. importação. montagem ou fabrico
apreendldo~ no momento da verificação da contravenção. podem delas sair com ciI~pen~a de matrícula. nas condiçC)e~
5. A contravenção do Cii~po~to no n." 3 é pUnIda com a multa fixadas em regulamento prl1prio.
de 500.00Wr. 6. O proc~sso de atflbUlção c a composição do número de
Ô. (: prOibida ,i importa\;ão de veículo~ com vo!.inte à e~qllerda matrícula. bem como a~ caractcrbti.:as da re~pectiva chapa. ~ã()
para flll~ comerclal~. fixados em regulamento.
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192 - ( 28)

7. Quem pu~er em' circulação veír.:ulo não matr culad(\ AWrJ(;() 123
nos tcrm()~ d()~ números antcriores é punIdo com lY ulta de Cancelamento da matrícula
5DDO.OOMT. ~alv(J quando se tratar de ciclomotor. tractocarru. 1. O proprietário deve requerer o cancelamento da matrÍCula.
tractor ou reboque agrícola ou tlore~tal. em que li multa é dc no prazo de 30 dia~. quando o veÍCulo fIque inutIlIzado ou hap
2500.00:vrr. de~,\p'lI"ecldo. ~em prejuízo de cancelamento oficio~o nos
me~mos ca~o,s.
ART1(;() 121
2. Con~ldera·~e lIlutilizado O veículo que tenha sofridu dan()~
Matrícula temporária que impos~ibJlltem deflllitívamente a sua circulação ou afectem
l. O~ veículo~ que forem objecto de importação tcmporária
gravemen.te as suas condiç0e!> de segurança.
bem como o~ con~truídos em :v1oçambique e desti lados à 3. ConSIdera-se de~aparecido o veículo cuja localtzação é
de~cllnhecidahá mais de 3 anos.
exportação deflmtiva devem !:->er ,.Itribuídas matrícula terr porária.
.+. O proprietário que pretender deixar de utIlizar o veículo
2. O~ Mini:.tros que ~uperintendem as árp\~ dos Tran!,porte~ e
na via pública pode requerer o cancelamento da matrícula dc~de
das Finanças f'txarão os procedimcntos e caracterbtlcas das
que sobre o mesmo não recaiam quaisquer ónus llU encargo~
matrículas releridas neste artigo.
não cancelados ou caducados. a verificar ofiCIosamente.
ARTIGO 122 5. Se o proprIetárIO não for titular do documento de
IdentificaçãCl do veículel identificação do veículo. o cancelamento deve ~er requend'l.
conjuntamente. pelo proprietüflo e pelo titular daqucle
I. Por cada veÍl.:ulo matl'lculado deve ~er emi ido um
documento.
documento de~tinado a certificar a re~pectiva m"llrícu a.
6. Sempre que tenham qualquer Intervenção em acto
2. O modelo e a~ caracterbticas do documento a que sc referc decorrente da Irtutlltzação ou dc~aparecimento de um veículo.
o n.o 1. bem como a entidadc responsável pela SU~I emi ;~ão. são as companhias de seguros são obngada~ a comunicar tal facto e
dcflnldos em regulamento próprio. a remeter o documento de identifICação do veículo e () título de
3. É tItular do documento dc idcnti ficação do v6culo a pessoa. regIsto de propriedade às autoridades competentes.
singular ou colectiva. que seja proprictária. adqulfí:ntc com 7. Sem prcjuízo do dl~pmto no n." 1, os tribunaIS. a~ entidade~
reserva de propricdade. usufrutuária. locaUna em rf gime de fi~calizadoras do trân~ito ou outra~ entidade~ pública!> devem
locação financçira. locatária p.or prazo ~uperior a um ano ou comunicar às autondades competentes os casos de Irtutiltzação
que. em virtude de facto ~ujeito a regi~lll. tenha a )o~~e do de veÍCulos de que tcnham conheCImento no exercício da!> ~ua~
veículo. sendo responsável pela sua circulação. funç0e~ .

.+. O adquIrente ou a pessoa :.l favor de quem seja ccn~tItuído 8. A entidade competente pode autonzar que ~ejam repo~tas
dIreIto que confIra a titularidade do documento de ider tificação matrículas canceladas ou. em casos eXGepci()nai~ fixado~ em
do veículo deve. no prazo de 30 dias. a contar ela aqUl~ição. ou regulamento. que ~eJilm atri~uídas novas matrÍCula~ a veículo~
constituição do direito. comunicar tal facto à autorIdade já anteriormente matnculados em território nacIOnal.
competente para a matrícula. 9. A contravenção do disposto no n." 1 é punida com multa
5. O vendedor ou a pes~oa que. a qualquer título jurídico. de SOO,OOMT. ~e a \anção mais grave não for aplicüvel por força
tran~fira para outrem a titularidade de direito ~'.lbre (, vefculo. de outra disposição legal.
deve comunicar tal facto à autoridade competenle para a
matrícula. nos termos e no prazo referido;. no númerc anterior. Awl'l(;() 12.+
IdentifIcando o adqll1rente ou a pessoa a favo:' de (uem ~eJa Regime especial

constituído o direito. O disposto no presente título não é apltcüvel ao~ veículm


6. No ca~ll de mudança de residênCIa ou sede. dev ~ o titular pertel}centes ao equipamento das força~ mtlltare~ ou de
do documento de identifica~ão do veículo comunicar e~sa \cgurança.
altera~'ã() no prazo de 30 dIaS à autoridade competente.
requerendo o respectivo averbamento. TÍTCLO V

7. Quando o documento de identificação do veículo ~e . Habilitação Legal Para Conduzir


extraVIar ou sc encontrar em estado de conservação que torne ARTl(;(J 125
ininteligível qualquer indicaçiío ou averbamçl1to: o lc~pectlvo Princípios gerais
titular deve requerer. consoante os casos. o ~eu dupltcado ou a
sua ~Ub~tltll1çãll. 1. Só pode condUZir um veículo a motor na via públtca quem
e~ti~er legalmente habllttado para o efeIto.
8. Só a autondade complltente para a embsãll do documento
de identificação do veículo podc nele efe,:tuar qualqucr 2. É permilIda. ao;, in;,truendos e examinandos a condução
averbamento ou apor ca1'1mbe.. de veículos a motor. no~ termos da~ dispo;,lçõe~ legal~ apltcüvels.
9. Cada veículo matriculado deve e~t,lI' pruvido de chapa~ 3. A condução na~ Vta~ públtca~. de veÍCulos pcrtencente~ it~
com o respectivo número de matrícula. 11m, termo~ f,xado~ em força~ mIlItares ou de segurança rege-;,e por Icgl~lação e~peClal.
regulamentn.
ARTI(;() 126
10. Quem fnfnngir o dl~po~to nm n.'" :; a :'i. 7 e 8 e qucm
Títu~os de condução
colocar em Circulação veículo. cujas caractcrísticas nã, 1 confIram
com as mencionadas no documento que o identifica é ~ancionado 1. O documento que tItula a habIlItação para condul.\r
com multa de 750,OOMT. ~e a ~anção mai~. gra\e não for automóveb. motOCIclos. tricIclo~ e quadl'lclclo;, de . . lgna-sc por
apltcável por fon;a de outla dl~po~ição legal. «carta de condução».
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23 DE MARÇO DE 201/ 192-(29)

2. Designam-se por «licenl;as de condução» os documentos C 1 - Automóveis pesados de mercadorias ou de


que titulam a habilitação para conduzir: passageiros"com peso bruto inferior a 16 000 kg,
a) Ciclomótores; ainda que com reboque, desde que o peso bruto desses
b) Outros veíéulos a motor não referidos no número reboques ou semi-reboques não exceda 750 kg ou
anterior, com excepção dos velocípedes com motor. excedendo, não seja superior à tara do automóvel e
3. Os documentos previ5.tos nos números anteriores são ao peso bruto do veículo tractor;
emitidos pelas entidades competentes e válidos para as C - automóveis pesados de mercadorias ou de passageiros,
categorias de veículos e períodos de tempo neles averbados, com peso bruto superior a 16000 kg, ainda que com
sem prejuízo do disposto nm. números seguintes. reboque, desde que o peso bruto desses reboques ou
4. O título de condução emitido a favor de quem não se semi-reboques não exceda 750 kg ou excedendo, não
encontra já legalmente habilitado para conduzir qualquer das seja superior à tara do automóvel e ao peso bruto do
categorias de veículos nele previstas tem carácter provisório e vekulo tractor;
só se converte em definitivo se, durante o primeiro ano do seu BE, CIE e CE - veículos articulados ou conjuntos de
período de validade, não for instaurado ao respectivo titular veículos;
procedimento pela prática de crime ou contravenção á que P - Serviço público de passageiros;
corresponda proibição ou inibição de conduzir. D - Transporte de cargas perigosas;
5. Se, durante o período referido no número anterior, for G - Mercadorias.
instaurado procedimento pela prática de crime ou contravenção 2. Os titulares de carta de condução válida para veículos da
a que corresponda proibição ou inibição de conduzir, o título categoria A consideram-se também habilitados para a condução
de condução mantém o carácter provisório até que a respectiva de veículos da subcategoria AI e ciclomotores.
decisão transite em julgado ou se torne definitiva.
3. Os titulares de carta de condução válida para veículos da
6. O disposto nos n.o, 4 e 5 não se aplica às licenças de categoria B consideram-se também habilitados para
condução de veículos agrícolas. a condução de:
7. Nos títulos de condução só pode ser feito qualquer a) Tractores agrícolas ou florestais simples ou com
averbamento ou aposto carimbo pela entidade competente para equipamentos montados desde que o peso bruto não
a sua emissão. exceda 6000 kg;
b) Máquinas agrícolas ou florestais ligeiras,
8. As entidades competentes para a emissão de títulos de motocultivadores, tractocarros e máquinas industriais
condução devem organizar, nos termos fixados em regulamento, ligeiras.
registos dos títulos emitidos, de que constem a identidade e o 4. Os titulares de carta de condução válida para veículos da
domicílio dos respectivos titulares. categoria C I consideram-se também habilitados para
9. Sempre que mudarem de domicílio, os condutores devem a condução de:
comunicá-lo, no prazo de 30 dias, à entidade competente para a a) Veículos da categoria B;
emissão dos títulos de condução. b) Veículos referidos no número anterior;
c) Outros tractores agrícolas ou florestais com ou sem
10. Os ti~ulares de título de condução emitido por outro
reboque, máquinas agrícolas ou florestais e
Estado membro da SADC que fixem residência em Moçambique industriais.
devem, no praz,o de 180 dias, comunicar ao serviço competente 5. Os titulares de carta de condução válida para veículos da
para a emissão das cartas de condução a sua residência em categoria C consideram-se também habilitados para
território nacional, para efeitos de actualização do registo de a condução de:
condutor. a) Veículos da subcategoria.c 1;
11. A revalidação, troca, substituição e a emissão de duplicado b) Veículos referidos nos n.o, 3 e A do presente artigo;
do título de condução dependem do prévio cumprimento das c) Outros tractores agrícolas ou florestais com ou sem
sanções aplicadas ao condutor, desde que não esteja fora do reboque, máquinas agrícolas ou florestais e
prazo referido no artigo 186. industriais.
6. Os titulares de carta de condução válida para veículos da
12. A contravenção do disposto nos n.'" 9 e 10 é punida com categoria BE consideram-se também habilitados para a condução
ãmulta de 500,00MT, se a sanção mais grave não for aplicável de tractores agrícolas ou florestais com reboque ou com máquina
por força de outra disposi<;ão legal. agrícola ou florestal rebocada, desde que o peso bruto do
conjunto não exceda 6000 kg.
MnG0127
Carta de condução
7. Os titulares de carta de condução válida para conjuntos de
veículos das subcategorias ClE ou CE consideram-se também
1. A carta de condução habilita a conduzir uma ou mais das habilitados para a condução de conjuntos de veículos da
seguintes categorias de veículos: subcategoria BE.
AI - Motociclos com ou sem carro ou motociclos com 4 8. Quem conduzir veículo de qualquer das categorias referidas
rodas, e cilindrada inferior a 125 cm\ no n.o 1 para a qual a respectiva carta de condução não confira
A - Motociclos com ou sem carro ou motociclos com 4 habilitação é punido com multa de lOOO,OOMT.
rodas, e cilindr,lda superior a 125 cm3; 9. Quem, sendo titular de carta de condução válida para as
B - Automóveis ligeiros, ainda que com reboque, desde categorias B ou BE, conduZir veículo agrícola ou florestal ou
que o peso bruto desse reboque não exceda 750 kg máquina para o qual a categorià averbada não confira habilitação
ou, excedendo. o'peso bruto desse reboque, não seja é punido com multa de 1000,00MT.
superior à tara do automóvel e a soma do peso bruto 10. As cartas de condutor passadas a indivíduos que, por
do conjunto automóvel e reboque não exceda virtude de aleijão O'u deformidade, careçam de veículos
3500 kg; adaptados, indicarão também o número de matrícula do veículo
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192-(30) I SÉRIE-NÚMERO 12

que o seu titular está autorizado a conduzir. A condução por c) Máquinas agrícolas ou florestais ligeiras e tractocarros
estes indivíduos de qualquer outro veículo automóvel é Junida de peso bruto superior a 2.500 kg;
com a multa de 150Q,00M'I. III: Tractores agrícolas ou florestais, com ou sem reboque,
11. Não podem ser condutores profissionais, salvo tendo , e máquinas agrícolas pesadas.
havido reabilitação, os indivíduos condenados por ql alquer Jl.. Quem, sendo titular de licença válida apenas para a
dos crimes seguintes: ~ondução de ciclomotores, conduzir motociclo ou, sendo titular
de licença de condução de veículos agrícolas, conduzir veículo
a) Furto doméstico, abuso de confiança e burla;
da categoria B, Cl e C é punido com a multa de 750,00MT.
b), Associações de malfeitores;
c) Estupro, violação e corrupção. ARTIGO 129
12. A carta de condutor de se.rviço público de passageiro é Outros títulos
passada ao condutor profissional com mais de 21 e menc,s de 65 1. Além dos títulos referidos nos artigos 127 e 128, habilitam
anos de idade, aprovados em exame específico e que tenham, também à condução de veículos a motor:
pelo menos, um ano de prática intensiva na conduç1io de \ eículos
a) Licenças especiais de condução emitidas para o corpo
automóveis e as necessárias condições psicofísicas, comp 'ovadas
diplomático e cônsules de carreira acreditados no
por atestado médico.
país;
13. A carta de condutor de carga-perigosa é pas:;ada ao b) Cartas de condução emitidas por outros Estados
condutor' profissional com mais de 25 e menos de 65 mos de membros da SADC;
idade. c) Cartas de condução emitidas por Estado estrangeiro,
14. O conleúdo dos c.ursos para a oblenção da c arta de que o Estado Moçambicano se tenha obrigado a
condutor de serviço público e de carga perigosa, bem ("omo os reconhecer, por convenção ou tratado internacional;
respectivos exames, são definidos por diploma do Minisúo que d) Cartas de condução emitidas por Es~ado estrangeiro,
superintende a área dos Transportes. ' desde que este reconheça idêntica validade aos títulos
15. A carta de condução para as categorias AI, A, B, CI e C, nacionais;
com ou sem a subcategoria E tem a validade de cinco anos e e) Licenças internacionais de condução;
dois anos para as subcategorias P, D e G. f) Boletins de condução militares.
2. As licenças especiais de condução previstas na alínea a)
16. Os condutores que, embora titulares de qualc,uer dos
do n.o 1 são emitidas a favor de:
documentos referidos no n.o 1 do presente artige, forem
encontrados a conduzir sem o trazerem consigo são punidos a) Membros do corpo diplomático e cônsules de carreira
com a multa de 200,00MT. acreditados junto do Governo Moçambicano e
membros do pessoal administrativo e técnico de
17. Os indivíduos encontrados a conduzir sem estarem
missão estrangeira que não sejam moçambicanos nem
habilitados sâo punidos com a pena de prisão de três dias a seis
tenham residência permanente em Moçambique;
meses e multa de 5000,OOMT, graduada de acorde com as
b) Membros de missões militares estrangeiras acreditadas
seguintes circunstâncias:
em Moçambique;
a) Não possuir carta de condução; ç) Cônjuges e descendentes em 1.° grau na linha recta dos
b) Possuir título de condução cassada ou com s,lspensão membros a que se referem as alíneas anteriores, desde
do direito de conduzir;. que sejam est~angeiros, com eles residam e tal esteja
c) Possuir título de condução caduc,ada hií mais de trinta previsto nos acordos ou convenções aplicáveis.
dias. 3. As licenças referidas no número anterior são requeridas
18. Nos casos previstos nas alíneas b) e c) a pena dI: prisão é pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.
substituída por multa. 4. As licenças especiais de condução apenas são emitidas
ARTIGO 128 para a condução de veículos das categorias AI, A, BeBE, devem
Licença de condução, referir o título de condução estrangeiro que justificou a sua
emissão e ser com ele exibidas sempre que para talo seu titular
1. As licenças de condução a que se refere o n.o 2
seja solicitado pelo Instituto Nacional de Viação e autoridades
do artigo 126 são as seguintes:
de fiscalização do trânsito.
a) De ciclomotores;
5. Os titulares das licenças referidas nas alíneas d) e e) do
b) De veículos agrícola5,. n.o 1 apenas estão autorizados a conduzir veículos a motor se
2. A licença de condução referida na alínea a) dJ número não tiverem residência habitual em M9çambique.
anterior habilita a conduzir uma ou ambas as categorias de
6. Os titulares das licenças referidas no n.o 1 apenas estão·
veículos nela averbadas.
autorizados ao exercício da condução se possuírem a idade
3. A licença de condução de veículos agrícolas habilita a mínima exigida para a respectiva habilitação, nos termos deste
conduzir uma ou mais das seguintes categorias de veículos: Código.
I: Motocultivadores com semi-reboque e tractocarros de 7! A condução de veículos afectos a determinados transportes
peso bruto não superior a 2500 kg; ou serviços pode ainda depender, nos termos fixados em
II: le~islação própria, da tit!llaridade do correspondente documento
a) Tractores agrícolas ou florestais simples ou com de aptidão ou licenciamento profissional.
equipamentos montados, desde que o pe50 máximo 8. A contravenção do disposto nos n.O, 5 e 6 é pumda com
não exceda 3500 kg; multa de 1000,00MT.
b) Tractores agrícolas ou f10resxais com rt.boque ou 9. Os titulares de boletins emitidos pelas Forças Armadas,
máquina agrícola ou florestal rebocada, desde que o válidas para a condução de veículos de categorias idênticas às
peso bruto do conjunto n~oex:ceda 6000 kg; referidas no n.o I do artigo 127 do presenre Código pertencentes
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23 DE MARÇO DE 201/ 192-(31)

àquelas forças, podem, desde a sua obtenção e até dois anos ARTIGO 131
depois de licenciados, depois ter baixa de serviço ou de passar Troca de títulos de condução
à reserva ou à reforma, requerer, nas Delegações,Provinciais de 1. Podem ainda obter título de condução com dispensa do
Viação, carta de condução válida para as, correspondentes respectivo exame e mediante entrega de título válido que
categorias, mediante apresentação do boletim, bilhete de possuam e comprovação dos requisitos fixados das alíneas a) a
identidad~ ou documento que o substitua e três fotografias. d) do n.o 1 do artigo 130:
a) Os titulares de licenças de condução referidas nas
ARTIGO 130 alíneas b), c) e d) do n.O 1 do artigo 129;
Requisitos para a obtenção de títulos de condução b) Os titulares de licenças de condução emitidas por
outros Estados com os quais Moçambique possui
1. Pode obter título de condução quem satisfaça acordo de reconhecimento recíproco de títulos de
cumulativamente os seguintes requisitos: condução;
a) Possuir documento que o identifique nos termos da c) Os titulares de licenças de condução emitidas por
outros Estados, desde que comprovem que aquelas
lei;
foram obtidas mediante aprovação em exame com
b) Possuir idade mínima de acordo com a categoria a que
grau de exigência pelo menos idêntico ao previsto
pretenda habilitar ·se; na legislação moçambicana;
c) Ter a necessária aptidão física, mental e psicológica; d) Os titulares dos boletins militares referidos na alínea.!)
d) Ter residência em território nacional, tratando-se de do n.O 1 do artigo 129.
estrangeiro; 2. É trocada por idêntico título nacional a licença de
e) Saber ler e escrever; condução emitida por outro Estado membro da SADC que tenha
j) Ter sido aprovado no respectivo exame de condução. sido apreéndida para cumprimento de proibição ou inibição de
2. Para obtenção de carta de condução são necessárias as conduzir ou em que seja necessário proceder a qualquer
seguintes idades mínimas, de acordo com a habilitação averbamento. .
pretendida: 3. As licenças de condução referidas nas alíneas c) e d) do
n.~ 1 do artigo 129 não são trocadas quando delas constar que
a) Subcategoria AI - 16 anos;
foram já obtidas por troca por idêntico título emitido pelas
b) Categorias A, B, C 1, C, BE, C lE e CE - 18 anos; autoridades de Estado não membro da SADC.
c) Categoria P e G - 21 anos;
4. A fotocópia, certidão e a pública-forma da carta de condução
d) Categoria D - 25 anos. estrangeira, não a substitui, para o efeito de comprovar o direito
3. Para obtenção de licença de condução são necessárias as do seu titular conduzir, assim como para a troca por carta de
seguintes idades mínimas, de acordo com a habilitação condução moçambicana.
pretendida: S. Os titulares de cartas de condução referidas na alínea d) do
a} Ciclomotores - 16 anos; a!tigo 129, que tenham fixado residência no território nacional,
b) Motociclos -: 16 anos;
devem requerer a sua troca por carta de condução moçambicana
para as categorias a que se encontram habilitados no prazo de
c) Tractor agrícola - 18 anos.
180 dias, a contar da data da fixação da residência.
4. Só pode ser habilitado para a condução de veículos da
6. Para efeitos de troca ~ que se refere o número anterior, o
subcategoria BE quem possuir habilitação para conduzir requerente deve apresentar o original do título de condução e
veículos da categoria B. documento legal de identificação pessoal válidos, bem como o
5. Só pode ser habilitado para a condução de veículos das correspondente atestado médico.
categorias C quem possuir habilitação para conduzir veículos 7. O título trocado deve ser remetido à autoridade emissora
da categoria C 1. e
com a indicação do número data de emissão da carta
moçambicana pelo qual foi trocada.
6. Só pode ser habilitado para a condução de veículos das
subcategorias C lE e CE quem possuir habilitação para conduzir
.ARTIGO 132
veículos da categoria C 1 e C, respectivamente.
Novos exames
7. Só pode ser habilitado. para a condução de veículos da
1. Surgindo fundadas dúvidas sobre a aptidão física, mental
subcategoria P quem possuir habilitação para conduzir veículos ou psicológica ou sobre a capacidade de um condutor ou
com a subcategoria G. candidato a condutor, para exercer a condução com segurança,
8. São fixados por regulamento: a autoridade competente determina que aquele seja submetido,
singular ou cumulativamente, a inspecção médica, a exame
a) As provas constilutivas dos exames de condução; psicológico e a novo exame de condução ou a qualquer das
b) Os prazos de validade dos títulos de condução de suas provas.
acordo com a idade dos seus titulares e a forma da sua 2. Constitui, nomeadamente, motivo para dúvidas sobre a
revalidação; aptidão psicológica ou capacidade de um condutor, para exercer
. c) Os programas de cursos de formação de condutores; a condução com segurança a circulação em sentido oposto ao
'Iegalmente estabelecido, bem como a dependência ou a
d) Cursos periódicos de reciclagem de condutores
tendência para abusar de bebidas alcoólicas ou de substâncias
profissionais. psicotrópicas.
9. Para obtenção de tít'Jlo para condutor de serviço público, 3. O estado de dependência de álcool ou de substâncias
os candidatos, para além dos requisitos previstos nas alíneas a) psicotrópicas é determinado por exame médico, que pode ser
a e) do n.o 1 do pres!,!nte artigo, devem também apresentar o ordenado em caso de condução sQb influência de quaisquer
certificado do exame psieológico. daquelas bebidas ou substâncias.
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192-(32) I SÉRIE ---NÚMERO /2

4. Revela a tendência para abusar de bebidas alcoólicas f)U 6. Salvo o disposto no número seguinte, os titulares de título
de substâncias psicotrópicas a pnítica, num período de tfl~S anos, de condução caducado nos termos da alínea a) do n. ° 2
de duas infracções criminais, de condução sob i.nfluêllcia do consideram-se, para todos os efelltos legais, não habilitados a
álcool ou de substâncias psicotrópicas. conduzir os veículos para que aquele título foi emitido, apenas
5. Quando o tribunal conheça de infracçãó a qU(! corrfsponda no que se refere às categorias ou subcategorias abrangidas pela
proibição ou inibição de conduzir e haja fundadas razêes para necessidade de rev:;tlidação.
presumir que (:Ia tenha resultado de inaptidão ou incap,lcidade 7. Quem conduzir veículo com título caducado é punido com
perigosas para a segurança de pessoas e bem" deve: determinar a a multa de lOOO,OOMT.
submissão do condutor a inspecção médica e a.os I,!xames
ARTIGO 134
referidos no n.o 1.
6. Não sendo p6ssível comprovar o requisito previsto na Exames médicos

alínea c) do n.O 1 do artigo 131, ou quando a aut,)ridade 1. Para o apuramento da acuidade visual, os testes de vista
competente para proceder à troca de título tiver fundadas dúvidas podem ser feitos antes do início de exame, nas Delegações
sobre a sua autenticidade, pode aquela troca ser condicionada à Provinciais de Viação através do equipamento óptico aprovado
aprovação em novo exame de condução, ou a qualquer Jlma das pelos Ministros que superintendem as áreas da Saúde e dos
suas provas. Transportes.
2. O candidato que discordar do resultado do exame de vista,
ARTIGO 133
pode solicitar um exame na especialidade, junto do Ministério
Caducidade do título de condução
da Saúde, devendo, anexar-se ao pedido o laudo efectuado na
1. O título de condução caduca quando: Delegação Provincial de Viação.
a) Sendo provis'ório, nos termos dos n.o, 4 t! 5, do 3. Sempre que em inspecção se verifique outros tipos de
artigo 126, o seu titular tenha sido condenado a uma deficiência, a Delegação Provincial de Viação deve remeter o
pena de prisão por violação das disposiçõ,.!s deste candidato ao Centro de Profilaxia e Exames Médicos, para
Código ou praticado uma contraven\;ão média ou exames especiais.
grave, previsto neste Código; 4. Quando, na inspecção referida no número anterior, se
b) For cassado, nos termos do artigo 149. verifique deficiência que não implique reprovação, mas
2. O título de condução éaduca .ainda quando: imponha observância de determinadas condições, a fixar para
a) Não for revalidado nos termos fixados em regulamento; cada caso pela entidade que procedeu a inspecção, essas
b) O seu titular reprovar na inspecção médica exig ida para condições são expressamente registadas no atestado e averbadas
a fI~validação do título ou em exame psicológico na própria carta de éondução.
determinado por autoridade de saúde; 5. Compete aos Ministros qU1e superintendem as áreas da
c) O seu titular não se submeter ou reprovar em qualquer Saúde e dos Transportes regulamentarem as inspecções médiéo-
dos exames a que se referem os n.o, 1 e 3 cio artigo sanitárias.
anteri0r. ARTIGO 135
3. A revalidação do título de condução ou a obtenção de
Restrições ao exercício da condução
novo título depende da frequência de um curso sobre se'gurança
rodoviária, cujo conteúdo e característic:as são fixtldos em 1. Podem ser impostas aos cond utores, em resultado de exame
regulamento quando: médico ou psicológico, restriçõ(!s ao exercício da condução,
a) Nos termos do n.o 1; prazos especiais para revalidaçiío dos títulos ou adaptações
b) Nos termos da alínea a) do.n.o 2, quando a caducidade específicas ao veículo que conduzam, as quais devem ser sempre
se tiver verificado há" pelo menos, dois anos, salvo se mencionadas no respectivo título, bem como adequada
os respectivos titulares demonstrarem Wr sido titulares simbologia no veículo, a definir em regulamento.
de documento idêntico e válido durantl~ esse período; 2. Quem conduzir veículo sem observar o disposto no n°. 1 é
c) Nos termos da alínea b) do n.O 2; punido com a muIta de 2000,OOMT, se a sanção mais grave não
d) Nos termos da alínea c) do n.O 2, por m01ivo de falta ou for aplicável.
reprovação a exame médico ou psicológicü quando
ARTIGO 136
tenham decorrido mais de dois anos sobre a
de1erminação de submissão àqueles exame~,. Examinadores .~ instrutores
4. Ao novo título emitido nos termos da alínea a) de, número 1. Poderão ser designados como examinadores de condução
anterior é aplicável o regime previsto nos n." 4 e 5 automóvel, os condutores que tenham frequentado e aprovado
do artigo 126. em curso de examinadores.
5. Os titulares de título de condução caducado, nes termos 2. A licença de instrutor só poderá ser concedida, depois de
do n.o 1 e das alíneas b) e c) do n.o 2 consideram-se, par" todos os aprovação em exame específico, a condutores que tenham, pelo
efeitos legais, não habilitados a conduzir os veículos para que menos, três anos de prática na condução de veículos automóveis
aquele título foi emitido. da categoria ou ~ubcategoria em que pretendam ministrar o
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J3 IH' MARÇO DE ]O!! 192·-(33)

enSino. demonstrem pela apresentação de certificado de regi~to h) TItular do documento de IdentifIcação do veículo
crimlllal e de atestado médlco. que não Ndecem de qualquer relativamente Ú~ contravençõe~ que re,"peitem Ú~
dllença contagiosa. condições de admi~são do veículo ao trfln~lto na~
3. :\ão podem ser examinadores e in~trutores, salvo tendo vias públicas. bem corno pela~ contravençõe,
havIdo reabilitação. os condutore~ condenado? por qualquer referidas na alínea anterior. quando não for po~sívc!
do~ crime~ seguinte~: Identificar o condutor; , .
c) Peão. relatIvamente às contra vellçüe~ que re~peitem
(/) Furto doméstiCO, abuso de confIança e burla;
ao trânSIto de peõe~;
b) As~ociações de m.dfeitores;
d) Ao passageiro no que lhe for aplicável.
c) E,tupro, violação e corrupção.
4. Se o titular do documento de identificação do veículo
4. O, lll,trutores podem obter, mediante ,imples requerimento. provar que o condutor o utilizou abu~ivamente ou mfnngIu a'\
a carta de condutor profl~,ional da categoria ou subcategoria de ordens. as· instruções ou os termos da autonzação concedida
veículo~ em que ministrem p ensino. cessa a sua responsabilIdade. ~endo re~ponsável. ne!>te caso. ()
5. Os programas de cur~.os de formação de examinadores e condutor.
demais requisltm. sãl) aprovados pelo Ministro que superintende 5. Os Instrutore!> silo responsáveis pelas contravençiles
a área dos Transportes. cometidas pelos instruendos. desde que não resultem de
6. Os programas de cursos de formação de instrutores e demais desobediência às indicaçile'\ da instrução ..
requisito~são aprovados pelo Ministro que superintende a área 6. Os examinando!> re!>pondem pelas contravençües cometIdas
dos Tran'portes. durante o exame.
7. São também re!>ponsáveis pelas contravenções prevI~ta~
TÍTlJLO VI
no Código da Estrada e legIslaçãll complementar:
Responsabilidade
(I) Os comi tentes que exijam dos condutores um e~forço
CAPÍTCLO I inadequado à prática segura da condução ou os
sujeitem a horáno incompatível com a neceSSidade
Disposições gerais de repouso, quando as infracções sejam consequência
do est'ldo de fadiga do condutor;
ARTIGO 137
b) Os pais ou tutores que conheçam a inabilidade ou a
Contravenç;ão rodoviária imprudência elos ~eus fIlhos menor:es ou dos seus
Comtitui cllntravençãt) rodoviária todo o facto ilícito e tutelados e não obstem, podendo, a que eles
censurável. para o qual se çomine uma multa, que preencha um pratiquem a conduçãll;
tipo legal corre,pondente à VIOlação de norma do CÓdIgO da c) Os condutores de veículo!> que transportem pas~ageiros
E,trada ou de legislação complementar, bem corno de legislação menores ou immputáveis e permitam que estes não
especzal cUJa aplicação esteja cometida ao INA V. façam uso elllS acessónos de segurança obngatórios;
d) Os que facultem a utIlização de veículos a pessoas que
ARTIGO 138 não estejam devidamente habIlitadas para conduzir.
Regime que estejam sob influência de álcool ou de
substflncias pSicotrópicas', ou que se encontrem
As contravenções rodoviárias são reguladas pelo disposto
sujeitos a Çjualquer outra forma de redução das
no presente diploma. pela legislação rodoviária complementar
faculdades físicas ou psíquicas necessária:" ao
ou especial que as preveja e, subsldiariamente, pelo regime geral
exercício ela condução.
das infracções.
8. O titular do documento de identificação do veículo
ARTIGO 139 responde subsidtariamente pelo pagamento das multas e das
custas que forem deVIda!> pelo autor da contravenção. ~em
Concurso de infracções
prejuízo do direito de regresso contra este, salvo quando haJa
1. Se o me~mo facto constituir simultaneamente crime e utilização abusiva do veículo.
contravenção, o agente é punido sempre a título de crime, sem
ARTll;O 141
prejuÍzo da aplicação da ,anção prevista para a contravenção.
Classificação das contravenções
1. A apllcação da sanç ão péla contravenção, nos termos do
número anterior. cabe ao tribunal competente para o julgamen,to 1. As contravenções previstas neste Código e legi~laçã()
do crime. complementar c\as~ifIcam-~e em leves, médias e graves.
3. As sançõe~ aplicad,ls às contravenções em concurso são 2. São contravenções leves as que não forem classlficael,ls
sempre cumuladas materialmente. como médzas ou graves e sancíomíveis apenas com multa.
3. Sãó contravenções médias ou graves a!> que forem
ARTIGO 140 sancionáveis com multa e com sanção acessôna.
Responsabilidade pelas contravenções
ARTIGO 141
I. São rcspl)flsávei~ pelas contravenções rodoviárias os
Multa
agentes que pratiquem (JS factos constltutivos das mesmas,
designados em cada diploma legal. sem prejuÍzo das excepções 1. As contravenções ao di!>po!>to no presente. Código a que
c presunçôe~ expressamente previstas naqueles diplomas. não corre!>ponder pena especial !>ão punidas com a multa de
2. A~ pe~soas cole\.,tivas ou equiparadas são responsáveis 500.00MT.
no~termo, da lei geral. 1. O destino do produto das multa!> aplicadns nos tcrmm
deste Código e legislação complementar é defInIdo cm
3. A Ie~ponsabtlidade pelas contravenções previstas no
regulamento específiCO.
Código da Estrada e leglslação complementar recai no:
3. Compete aI) MinIstro que superintende a área d(l~
ii) Condutor do veículo. relativamente à~ contravenções Transporte, actualilélr o!> val(lre~ das multas preVIstas nc~tc
que respeitem ao ext:;rcíclo da condução; Código.
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192-(34) ISÉRIE-NÚMERO 12

e) Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de presença,


quando o veículo estiver parado, para fins de
ARTlGo·143 embarque ou desembarque de passageiros e carga ou
Sanção acessória descarga de mercadorias;
1. As co'ntravenções médias e graves são puníveis com multa f) Conduzir o veículo com uma parte d9 corpo fora do
e com sanção acessória. veículo;
g) Conduzir motociclo e ciclomotor sem usar capacete de
2. Quem praticar qualquer acto estando inibido ou plOibido
protecção;
de o fazer por sentença transitada em julgado ou decisão h) Transitar com o veículo que possa danificar a via, suas
administrativa definitiva que aplique uma sanção aces~ória, é instalações e equipamentos;
punido por crime de desobediência qualificada. . i) Excesso de velocidade em conformidade com a
3. A duração mínima e máxima das sanções acessórias classificação constante do n. o 2 do artigo 33;
aplicáveis a outras contravenções rodoviárias é fixada nos j) Não usar ou deixar o passageiro não usar o cinto de
diplomas que as prevêm. . segurança ou capacete de protecção;
4. As sanções acessórias são cumpridas em dias segllidos. k) Transportar crianças em veículo automóvel sem
observância das normas de segurança especiais
ARTIGO 144
estabelecidas neste Código.
Reincidência

1. É sancionado como reincidente o transgressor que cometa ARTIGO 147


contravenção cominada com sanção acessória, depois de ter ContravençÕf~s graves
sido condenado por outra contravenção ao mesmo diploma legal
1. No exercício da condução, consideram-se graves as
ou seus regulamentos, praticada há menos de cinco anos e
também sanclonada com sanção acessória. seguintes contravenções:
2. No prazo previsto no número antenor .não é contado o a) Conduzir sob influência de álcool, sob efeitos de
tempo durante o qual o transgressor cumprtu a sanção acessória substâncias legalmente consideradas como
ou a proibição de conduzir, ou foi sujeito à interdição de estupefacientes ou psicotrópicas;
concessão de título de condução. b) Promover, na via pública, competição desportiva,
eventos organizados, exibição e demonstração de
ARTIGO 145 perícia em manobra d.e veículo, ou deles participar,
Registo de contravenções como condutor, sem permissão da autoridade
1. O registo de contravenções é efectuado e organizado nos competente;
termos e para os efeitos estabelecidos nos diplomas legais onde c) Utilizar veículo para, em via· pública, demonstrar ou
se prevêm as respectivas infracções. exibir manobra de atranque brusco, derrapagem ou
travagem com deslizamento ou arrastamento de
2. Do registo referido no número anterior devem constar as
pneus;
contravenções médias e graves praticadas e respectivas sanções.
d) Em acidente de viação com vítima, deixar:
3. O transgressor tem acesso ao 'seu registo, sempre que o
i) de prestar ou providenciar socorro à vítima,
solicite, nos termos legais.
podendo fazê-lo;
4. Aos processos em que deva ser apreciada a responsabilidade
ii) de adoptar providências, podendo fazê-lo, no
de qualquer transgressor é sempre junta uma cópia dos registos
sentido de evitar perigo para o trânsito no local;
~ue lhe dizem respeito.
iii) de preservar o local, de forma a facilitar os
CAPÍTULO II trabalhos da polícia e da perícia;
Disposições especiais iv) de adoptar providências para remover o veículo
do local, quando determinadas pela polícia ou
ARTIGO 146 agente da autoridade de trânsito;
Contravenções médias
v) de identificar-se ao polícia e de lhe prestar
No exercício da condução, consideram-se médias :lS seguintes informações necessárias à elaboração do boletim
)ntravenções: de ocorrência quando solicitado pela autoridade
a) Atirar do veículo ou abandonar na via objectos ou e seus agentes.
substâncias; e) Fazer ou deixar que se faça reparação do veículo na via
b) Deixar de indicar com antecedência, mediante gesto pública, salvo nos casos de impedimento absoluto
" regulamentar de braço ou luz. indicadora de direcçãc de sua remoção e em que o veículo esteja
do veículo, o início da marcha, a realização d~ devidamente sinalizado;
manobra de parar o veículo, a mudança de direcção j) Transitar em sentido oposto ao estabelecido;
ou de faixa de circulação; g) Deixar de dar passagem aos veículos antecedidos de
c) Transitar com o veículo em velocidade inferior a batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de
metade da velocidade máxima estabelecida parai polícia, de operação e fiscalização de trânsito e às
via, retardando ou obstruindo o trânsito, a menos que ambulâncias, quando em serviço de urgência e
as condições de tráfego e meteorológicas não ) devidamente identificados por dispositivos
permitam; regulamentados de alarme sonoro e iluminação azul
d) Circular com o veículo ostentando chapas de ou vermelha rotativas ou intermitentes;
identificação em desacordo com as especificações e h) Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal
modelos estabelecidos pelo INAV; entre o seu veículo e os demais;
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23 DE MARÇO DE 2011 192-(35)

i) Transitar em marcha atrás, salvo na distância necessária ARTIGO 149


a pequenas manobras e de forma a não causar riscos à Cassação do título de condução
segurança;
1. É aplicável a cassação do título de condução quando o
j) Desobedecer às ordens legais emanadas da autoridade transgressor praticar contravenção média ou grave tendo, no
competente de triinsito ou de seus agentes; período de cincq anos imediatamente anterior, sido sancionado
k) Executar operação de inversão do sentido de marcha pela prática de três contravenções graves ou cinco contravenções
em locais proibidos pela sinalização; entre graves e médias.
l) Avançar com o sinal vermelho do semáforo, de paragem 2. A cassação do título de condução é determinada na decisão
obrigatória ou o desrespeito da obrigação de parar que conheça da prática da contravenção mais recente a que se
imposta por sinal regulamentar dos agentes refere o no'o 1.
fiscalizadores; , 3. Quando for determinada a cassação de título de condução,
m) A não cedência de passagem aos peões pelo condutor não pode ser c:oncedido ao seu titular novo título de condução
que muda de direcção dentro das localidades; de veículos a 'motor, de qualquer categoria, pelo período de
n) A paragem e o estacionamento nas passagens cinco anos.
assinaladas para a travessia de peões; 4. O Director do INA V tem competência exclusiva sem poder
o) Deixar de dar prioridade de passagem nos cruzamentos de delegação, para determinar a cassação de título de condução,
ou entroncamentos não sinalizados a veículo que vier' nos termos previstos no presente diploma.
da direita; 5. Das decisões do Director do INA V referidas neste artigo
p) Excesso de velocidade em conformidade com a cabem recurso ao Ministro que superintende a área dos
classificação constante do n. o 2 do artigo 33; Transportes, a contar da data da notificação.
q) Transitar com o farol desregulado ou com o facho de
luz alta de forma a perturbar a visão de outro condutor; ARTIGO 150
r) Recusar -se a entregar à autoridade de trânsito ou a seus Registo de contravenções do condutor
agentes, mediante recibo, os documentos de
1. Do registo de contravenções relativas ao exercício da
habilitação, de registo de veículo e outros exigidos
condução, organizado nos termos de diploma próprio, devem
por lei, para averiguação de sua autenticidade;
constar:
s) Deixar de sinalIzar qualquer obstáculo à livre
circulação, à segurança de veículo e peões, por ele a) Os crimes praticados no exercício da condução de
causado, ou obstaculizar a via indevidamente; veículos a motor e respectivas penas e medidas de
t) Ultrapassar veículos em.fila, parados em razão de sinal segurança;
luminoso, cancela, bloqueio rodoviário parcial ou b) As contravenções leves, médias e graves, praticadas e
qualquer outro obstáculo; respectivas sanções.
u) A transposição ou a circulação em desrespeito de uma 2. Todos os autos de transgressões e acidentes de viação,
linha contínua adjacente delimitadora de sentidos devem ser enviados ao INA V, para registo e controlo de cadastro
de trânsito; dos mesmos.
v) A transposição ou circulação em desrespeito de uma ou CAPÍTULO III
duas linhas longitudinais contínuas delimitadores de
sentidos de trânsito ou de linha mista com o mesmo Acidentes de viação
significado.
ARTIGO 151
w) A não utilização do sinal de pré-sinalização de perigo
Noção de acidente e morte em acidente
e das luzes avisadoras de perigo.
1. Acidente de viação é toda a lesão externa ou' interna e toda
ARTIGO 148 a perturbação nervosa ou psíquica ou dano patrimonial e moral
Inibição de conduzir que resulta da acção de uma violência exterior súbita produzida
1. A sanção acessória aplicável aos condutores pela prática por qualquer veículo ou meio de transporte em circulação na
de contravenções médias ou graves previstas no Código da via pública,
Estrada e legislação complementar consiste na inibição de 2. Considera-se morte em acidente de viação, aquela que
condúzir. ocorre até trinta dias após o registo do sinistro.
2. A inibição de conduzir pela prática de contravenções
ARTIGO 152
médias é de três, seis meses, um ano e dois anos, conforme se
Conteúdo dos autos por acidente
trate de primeira, segunda, terceira e quarta vez, respectivamente.
3. A inibição de conduzir pela prática de contravenções graves Sempre que ocorra qualquer acidente de viação de que a
é de um ano e dois anos, quando a contravenção é praticada autoridade com competência para a fiscalização ou segurança
pela primeira e segunda vez, respectivamente. das vias públicas tome conhecimento, deve levantar um auto de
4. A restituição das licenças apreendidas aos condutores que conste, além da identificação dos condutores, as vítimas, os
inibidos da faculdade de, conduzir nos termos previstos nos veículos e seus proprietários:
artigos 146 e 147 dependerá da aprovação em exame
psicotécnico e da frequência com assiduidade e pontualidade a) Descrição pormenorizada da forma como se deu o
do curso sobre a seguranç;a rodoviária. acidente, suas prováveis causas e consequências, data,
5. O conteúdo· do exame psicotécnico é aprovado pelo hora e local em que se verificou;
Ministro que superintende a área da Saúde. b) Identificação das vítimas;
c) Nome legível do agente autuante;
6. O conteúdo sobre a segurança rodoviária é aprovado pelo
d) Identificação do veículo e do proprietário;
Ministro que superintende a área dos Transportes.
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192 ~-- (36) f SÉRf f,- -1\Ú'vlERO /2

c) P()~ição em quê foram encontrados o~ veículo, e as 6. Se da omissão resultar cl morte. a pena "erü de prt~ã() e
vítima~. com exacta medida em relação a qu,dquer multa até um anl).
ponto malterüvel;
7. As me"mas penas "ão aplicada~ aos peões que não pre~tem
.I) Sentido de marcha dos veículos. localwlção e descrição o 1 não colaborem na prestaçüo do" necessünos socorro~. na
do;, "mal;' de pneum<Íttcos ou outro;, que devam
rr.edida em que lhes ;,eja pos"ível.
indicar o trajecto "eguido. o ponto onde lenha
co~eçadll a trava.gem ou mudança de direcção o e AR I I(;() 155
loc'.!l do acidente: Arbitragem, mediação, conciliação e processo de acidente
g) ["tado de funcionamento dos órgüo;, de trav.lgem. de viação
direcção e ~inalização acústica de cada veículo:
1. Os aCidentes de ),fiação de que resultem apenas em danos
fi) Referência ao facto de o autuante ter ou não pre;,enciado
materiaIS e/ou ofensa;, corporai" lnvoluntürias de que não resulte
o acidente e. em caso negativo, indicação e
nais de .dez diaS de doença podem ser dirimidos pela via de
identificação das pe"soas que o infurmaram sobre os
nrbitragem, medJação ou con'cíhaçào, se as"im o manifestarem,
pormenores con;,tantes do auto.
~{)f escri to as partes.
ARTIGO 153 2. Independentemente do referido no n.o·l deve ser levantado
Acidente de viação de que resulte morte IIauto de notícia e remetido ao INA V no prazo referido no n.o 4
I. Í: punida com pena de pri"ão ele um a três anos e multa do presente artIgo. para registo no cadastro do condutor.O
corre;,pondente () condutor que. com culpa grave. cau:-,e a morte pros~egUlmento dos auto~ depende de queixa do ofendIdo ou
de alguém. da companhia de seguros. conforme o caso.
2. A culpa grave. para efeItos do disposto ne"te artigo. supõe
3. A opção por um dos mecani"mos extrajudlciais de-resoluç,10
sempre a vIOlação das regras estabeleCidas nos artigos -~9. 30.
de conlll\os não anula a punição que é deVida por qualquer
38. 39.41.43.44.45.47.48 e 8 L deste Cócllgo.
contravenção que tenha sido cometida.
3. Quando não se trate de condutor habitualmente
Imprudente. a pena serü a de pri~ão de seis meses a dois anos e 4. Tratando- se de aCidente de vlação q'ue resulte na morte de
multa correspondente. llguém. o auto de acidente levantado é remetido à entIdade
4. Sempre que o condutor. no acto do aCIdente, apr0sentar :ompetente para instrução ou tnbunal, conforme o caso. no prazo
documentos do "eguro. fica Isento de qualquer detenção. salvo :le vinte quatro horas.
no ca~o de aCIdente de viação de que resulte morte, com culpa 5. Sempre que o condutor, no acto do acidente, apresentar
grave. documentos nm termos do artigo 157 do pre~ente Códlgll. e;,tá
ARW;O 154 isento de qualquer detenção, salvo no caw de aCidente de viação
Abandono de sinistrados de que resulte morte, com culpa grave. nos termos do n.o :2 do
1. O~ condutores que abandonem voluntariamente as pessoas artigo 153, circunstância em que o transgres~or dev~ ~er
vítImas dos acidentes que tenham causado. total ou parcialmente, submetido ao juiz de in~trução cnmmal imediatamentc ou no
~erão punidos· prazo máximo de vmte e quatro horas.
a) Com pri~ão e multa até dois anos, graduada em função 6. Se"mpre que seja possível e a graVIdade do acidente o
do perigo sofrido pela vítima, perante a gr"lvidade Justifique, o autuante deve elahorar um esquema, donde comtem
das Iesiles e ii dificuldade de obter socorros. quando as particularidades ob;,ervada;, ou fotografar os objectos ou sm,ll;,
da omissão não re~lIltar agravamento do mal ou reveladores dessa~ parl1culílrlclades. Os elemento~ aS;,lm
re~ultar agravamento que não tenha como efeito a elaborados "ão Juntos ao~ autos oportunamente.
morte do sil1lstrado. Havendo agravamento, é este
7. l\"enhuma autondade. agente da autOrIdade ou funclOnül'lo
tomado em conta na graduação da pena;
público pode anular ou declarar ~em efeito qualquer auto de
b) Com pri;,ão maior de dois ano~ a oito anos quando da
notícia. levantado no~ termos do artigo 166.° do Código de
omissão resultar a morte do sinistrado:
Processo, Penal. deixar de fazer ou obstar a que se faça a ;,ua
c) Com a pena do correspondente crime dolo~o de
comis~ão por omi"süo quando o abandono ocorrer já
remessa para juizo nos prazo" legais.
depois de o condutor se haver certifIcado dos ~eu~ CAPÍTULO IV
provüveb re"ultados, aceitando-os ou considerando-
os indiferente. Garantia da responsabilidade civil
2. Se, da aplicação da alínea c) resultar lima pena inferior ao
AR11(;O 156
da alínea a), devc o tribunal aplicar e~ta última quando o perigo
Acções destinadas à responsabilidade civil
da omi~são seja mais grave que o re~ultad() efectIVO desta.
3; São punidos como encobndores as p'~ssoa~ tran~portadas A:-, acçõe" de~tll1adas a eXigir a responsabilidade civil
no~ veículo;, nu anImais que tenham conhecimento do aCIdente quando não devam ~er exerCidas em processo penaL serão da
e não se oponham ao abandono pelo modo que lhes seja possível. competência do trIbunal Judiciai em que o acidente ocorreu e
4. A falta de pre~tação de socorros, por negligência, é punida seguirão proce~Stl ~umüno.
com prisão até um ano de acordo com o grau de culpa do agente 2. Para efelt(,)~ de determmação da cau~a lI1dicar-,e-,Í, na
e os resultados da omi"são. petição inicial. por exten"o. a quantia certa pedida como
5. Todo~ os condutores dos Veíelll()~ ou anim~l1s que indemOlzação.
encontrem nas vias públicas qll;lI~quer fendo;,. que careçam de
3. l\'ão é adm",dvc/ reconvenção.
"ocorros e não po'ssam obtê-Io~ pelos seus próprios meios. sem
grave perigo. e não prestem ou não colaborem na pre,tação do 4. O julgamento da matéria de facto ~erá da competênCia do
auxílio necess<Írio, são punIdo;, com prIsão e multa até seI;, mese". tnbunal da provínCia. quando o valor da acção exceda a alçada
conforme a graVIdade do perigo em que fique (} sini"trado. do Inhunal judiCial do dl;,tnto.
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23 DE MARÇO DE ]Ol! 192-~(37)


._----------------------~--------- ._-----'-~

ARTIGO 157 5. Independentemente da apreen~ão do título nm termo~ do


Obrigação de seguro di~posto no número anterior. o auto lavrado ~obre a maténa é
enVIado ao tribunal competente. acompanhado de infO! mação
O~ veículos a motor e seus reboques, nos termos a serem
St)bre o incumprImento do dl~po~t() no n." 3 de:-.te artigo.
regulamentados, só podem transitar na via pública desde que
~eja efectuado, seguro de re~ponsabilidade civil, nos termos de Af<'nc;o 161
legislação específIca. Apreensão do doculT,lento de identificação do veículo

AIUI(;() 158 I. O documento d~ identificação do veículo deve ser


Seguro de provas desportivas apreendido pela;; autoridades de fi~calIzaçã(l ou ~eus agente~.
quando:
A autorização para realização, na via pública, de prova~
desportivas de veículos a motor e dos respectivos treinos ofIciais a) Suspeitem da sua contrafacção ou VIciação
depende da efectivação, pelo organizador, de um seguro que fraudulenta;
cubra a sua re~ponsabilidade civil. bem como a dos propriet:írios bj Se encontre em e~tado de, conservação que torne
ou detentores dos veículos c dos participantes. decorrente dos ininteligível qualquer indicação ou averbamento;
danos resultanics de acidentes provocados por esses veÍCulos. c) O veículo. em comequência de acidente. se mo~tre
lI1utiliz(\do;
TÍTULO VII
d) O veículo for apreendIdo;
Procedimentos de Fiscalização c) O veículo for encontrado a Circular não oferecendo
condições de segurança;
CAPÍTULO I
j) Se verifique. em lI1~pecção. que II veículo não oferece
Apreensões condições de ~egurança ou amda. estando afecto a
transporte's públicos. não tenha a suficiente
ARTI(;(J 159
comodidade;
Apreensão preventiva de títulos de condução
g) A~ chapas de matrícula não obedeçam às condições
I. Os títulos de condução devem ser preventivamente regulamentares relativas á caracterbticas técnicas e
apreendidos pelas autoridades de fiscalização ou seus agentes, modos de colocação;
quando: II) O veículo Circule desl);;~peitando as regras relativa~ à
a) Suspeitem da sua contrafacção ou viciação poluição sonora. do solo e do ar;
fraudulenta; i) As características do veículo a que respeitam não
b) Tiver expirado o seu prazo de validade; confIram com a~ nele substItuídas. salvo tratando-se
c) Se encontrem em estado de conservação que torne de motores de substituição deVIdamente registado~
ininteligível qualquer indicação ou àverbamento. ou de pneus de medidol superior à mdlcada adaptáveIS
2. Nos casos previstos nas alíneas b) e c) do número anterior, às rodas.
deve, em substItuição do título, ser fornecida uma guia de 2. Com a apreen~ão do documento de identificação do veículo
condução válida pelo tempo julgado necessário e renovável procede-se também à de todos os outros documento;, que à
quando ocorra motivo justificado. Circulação do veículo digam re~pelto, os quais são restituídos
em Simultâneo ct)m aquele documento.
ARTIW 160
Oútros casos de apreensão de títulos de condução 3.1'\05 casos previ~tos nas alíneas a), c) e g) do n.O 1. deve ser
passada. em substituição do documento de identificação do
1. Os títulos de condução devem ser apreendidos para
veículo, uma guia válida pelo prazo e nas condiçõe~ na mesma
cumprimento da cassação dü título, prOIbição ou inibição de
indicados.
conduzir.
4. 1'\os ca~os previstos nas alíneas b) e c) do n.o I, deve ser
2. O INAV deve ainda determinar a apreensão dos títulos de
passada guia válida apenas para o percurso até ao local de destino
condução quando:
do veículo.
a) Qualquer dos exames realizados nos termos dos
n.o; I e 3 do artigo 132 revelar incapacidade técnica 5. Deve aindá ~er passada gUla de substituição do documento
ou Inaptidão [bica, mental ou psicológica do de identificação do veículo, vúlida para os percur;,os necessáflo~
examinando para conduzir eom segurança; às reparações a efectuar para regularização da situação do
b) O condutor não se apresentar a qualquer dos exames veículo, bem como para a sua apresentação a inspecção.
referidos na alínea anterior ou no n.O 3 do artigo 132.
6. 1'\as situações previ~tas nas alínea~f) e 11) do n." l. quando
salvo se ju~tiflcar a falta no prazo de 5 dws;
se trate de avanas de fácil reparação na;, luzes. pneumático~ ou
c) Tenha caducado nos termos do n.o 1 do artigo 133.
chapa de matrícula, pode ser emitida gUIa váI!da para
3. 1'\os casos previstos nos números anteriores. o condutor é
apresentação do veículo com a avaria reparada. em pmto
notificado no momento da autuação para. no prazo de 15 dias,
entregar o título de condução à Delegação Provincial de Viação poliCiaI, no prazo máximo de 8 diaS. sendo. neste CaS(l, as multa~
da respectiva área, s(,b pen'a de Incorrer em crime de aplicáveis reduzidas p;lra metade nos ~eus bmnes míl1lmos e
de~obediência. máximos.
4. Sem prejuízo da punição por crime de desobediênCIa 7. Sem prejuízo do dispo~to nos n.'" :I a 5. quem condUZir
qualificada. se o condutor nãll procedcr à entrega do título de veículo cujo documento de Identificação tenha ~ído apreendido
condução nos termo~ do número anterior, pode a entidade é sancionado com a multa de 1500.00Y1T quando se trate de
competente determinar a ~ua apreen~ão. através da autoridade motociclo, automóvel com ou ~em reboque. e de 750.00MT.
de fiscalização e ~eus 'agentes. quando ~e trate de outro veículo ii mptor.
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192-(38) I SÉRIE -- NÚMERO 12

ARTIGO 162 c) O de veículo, em zona de estacionamento condicionado


Apreensão de veículos ao pagamento de taxa, quando esta não tiver sido
paga ou tiverem decorrido duas horas para além do
1. O veículo deve ser apreendido pelas autoridades, quandp:
período de tempo pago;
a) Transite com números de matrícula que não lhe d) O de veículo que permanecer em local de
correspondam ou não tenham sido legalmente estacionamento limitado mais de duas horas para
atribuídos; além do período de tempo permitido;
b) Transite sem chapas de matrícula ou não se encontre e) O de veículos agrícolas, máquinas industriais, reboques
matriculado, salvo nos casos permitidos por lei; e semi-reboques não atrelados ao veículo tractor e o
c) Transite com números de matrícula que não sejam de veículos publicitários que permaneçam no mesmo
válidos para o trânsito em território nacional; local por tempo superior a quarenta e oito horas, ou a
d) Transite estando o respectivo documento de 30 dias, se estacionarem em parques ,a esse fim
identificação apreendido, salvo se este tiver sido destinados;
substituído por guia passada nos termos do artigo f) O que se verifique por tempo superior a quarenta e oito
anterior; horas, quando se tratar de veículos que apresentem
sinais exteriores evidentes de abandono ou de
e) O respectivo registo de propriedade ou a titularidade
impóssibilidade de se deslocarem co'm segurança
do documento de identificação não tenham sido
pelos seus próprios meios;
regularizados no prazo legal;
g) O de veículos sem chapa de matrícula ou com chapa
f) Tenha dado causa a um acidente sem o seguro de
que não permita a correcta leitura da matrícula.
responsabilidade civil nos termos da lei;
2. Os prazos previstos nas alíneas a) e e) do número anterior
g) As características do veículo a que respeitam não
não se interrompem, desde que os veículos sejam apenas
confiram com as do documento de identificação do
d:!slocados de um para outro lugar de estacionamento, ou se
mesmo, salvo tratando-se de motores de substituição
mantenham no mesmo parque ou zona de estacionamento.
devidamente registados ou de pneus de medida
superior à indicada adaptáveis às rodas; ARTIGO 164
h) Transite sem ter sido submetido a inspecção para Bloqueamento, remoção e depósito de veículos
confÍlmar a correcção de anomalias verificadas em
anterior inspecção, em que reprovou, no prazo que 1. Podem ser removidos os veículos que se encontrem:
lhe .for fixado; a) Esta~ionados indevida ou abusivamente, nos termos
i) A apreensão seja determinada ao abri,go do disposto do artigo anterior;
no artigo 149. b) Estacionados ou imobilizados na berma de auto-estrada,
2. Nos casos previstos no número anterior, o veículo não ou via equiparada;
pode manter-se apreendido por mais de 90 dias, devido, a c) Estacionados ou imobilizados de modo a constituírem
negligência do proprietário em promover a regularização da evidente perigo ou grave perturbação para o trânsito;
sua situação, sob pena de perda do mesmo a favor do Estado. d) Com sinais exteriores de manifesta inutilização do
3. Nos casos previstos nas alíneas a) e b), do n.o 1, o veículo é veículo, nos termos fixados em regulamento;
colocado à disposição da autoridade judicial competente, sempre e) Estacionados ou imobilizados em locais que, por razões
que tiver sido instaurado procedimento criminal. de segurança, de ordem pública, de emergência, de
socorro ou outros motivos análogos, justifiquem a
4. Nos casos previstos nas alíneas c) a f), do n.O 1, pode o
remoção.
proprietário ser designado fiel depositário do veículo.
2. Para os efeitos do disposto na alínea c), do número anterior,
5. No caso de acidente, a apreensão referida na alíneaf), do considera-se que constituem evidente perigo ou grave
n.o 1, mantém-se até que se mostrem satisfeitas as indemnIzações perturbação para o trânsito, entre outros, os seguintes,casos de
dele derivadas ou, se o respectivo montante não tiver sido estacionamento ou imobilização:
determinado, até que seja prestada caução p<,>r quantia a) Em via ou corredor de circulação reservados a
equivalente ao valor mínimo do seguro obrigatório. transportes públicos;
6. Quem for titular do documento de identificação do veículo b) Em local de paragem de veículos de transporte
responde pelo pagamento das despesas causadas pela sua colectivo de passageiros;
apreensão. c) Em passagem de peões sinalizada;
d) Em cima,. dos passeios ou em zona reservada
CAPÍTULO II exclusivamente ao trânsito de peões;
Abandono, bloqueamento e remoção de veículos e) Na faixa de rodagem, sem ser junto da berma ou passeio;
f) Em local destinado ao acesso de veículos ou peões a
ARTIGO 163 propriedades, garagens ou locais de estacionamento;
Estacionamento indevido ou abusivo g) Em local destinado ao estacionamento de veículos de
certas categorias ou afecto ao estacionamento de
1. Çonsidera-se estacionamento indevido ou abusivo:
veículos ao serviço de determinadas entidades, ou,
a) O de veículo, durante 30 dias ininterruptos, em local ainda, afecto à paragem de veículos para operações
da via pública ou em parque ou zona de de carga e déscarga ou tomada e largada de
estacionamento públicos isentos do pagamento de passageiros;
qualquer taxa; Ir) Impedindo a formação de uma ou de duas filas de
b) O de veículo, em parque, quando as taxas trânsito, conforme este se faça num ou em dois
correspondentes a 5 dias de utilização não tiverem sentidos;
sido pagas; i) Na faixa de rodagem, em segunda fila;
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23 DE MARÇO DE 20ll 192-(39)

j) Em local em que impeça o acesso a outros veículos 3. Não sendo possível proceder à notificação pessoal por se
devidamente estacionados ou a saída destes; ignorar a identidade ou a residência do proprietário do veículo,
k) De noite, na faixa de rodagem, fora das localidades, a notificação deve ser afixada no conselho municipal da área
salvo em caso de imobilização por avaria onde o veículo tiver sido encontrado ou junto da última
devidamente sinalizada; residência conhecida do proprietário, respectivamente.
I) Na faixa de rodagem de auto-estrada ou via equiparada.
4. A entrega do veículo ao reclamante depende da prestação
3. Verificada qualquer das situações previstas nas alíneas a),
de caução de valor equivalente às despesas de remoção e
b) e c) do n.o 1, as autoridades competentes para a fiscalização
depósito.
podem bloquear o veículo através de dispositivo adequado,
impedindo a sua deslocação até que se possa proceder à remoção. ARTIGO 167
4. Na situação prevista na alínea c) do n.o 1, no caso de não Hipoteca
ser possível a remoção imediata, as autoridades competentes
para a fiscalização devem, também, proceder à deslocação 1. Quando o veículo seja objecto de hipoteca, a remoção
provisória do veículo para outro local, a fim de aí ser bloqueado deve também ser notificada ao credor, para a residência constante
até à remoção. do respectivo registo ou nos termos do n.O 3 do artigo anterior.
5. O desbloqueamento do veículo só pode ser feito pelas 2. Da notificação ao credor deve constar a indicação dos
autoridades competentes, sl~ndo qualquer outra. pessoa que o termos em que a notificação foi feita ao proprietário e a data em
fizer sancionada com multa de 2000,OOMT. que termina o prazo a que o ~rtigo anterior se refere.
6. Quem for proprietário, adquirente com reserva de 3. O credor ~ipotecário pode requerer a entrega do veículo
propriedade, usufrutuárío, locatário em regime de locação como fiel depositário, para o caso de, findo o prazo, o proprietário
financeira, locatário por prazo superior a um ano ou quem, em o não levantar.
virtude de facto sujeito a registo, tiver a posse do veículo, é 4. O requerimento pode ser apresentado no prazo de 20 dias
responsável por todas as despesas ocasionadas pela remoção, após a notificação ou até ao termo do prazo para levantamento
sem prejuízo das sanções legais aplicáveis, ressalvando-se o do veículo pelo proprietário, se terminar depois daquele.
direito de regresso contra o condutor.
5. O veículo deve ser entregue ao credor hipotecário logo
7. As condições e as taxas devidas pelo bloqueamento, que se mostrem pagas todas as despesas ocasionadas pela
remoção e depósito de veículos, são fixadas em regulamento. remoção e depósito, devendo o pagamento ser feito dentro dos
8. As taxas não são devidas quando se verificar que houve 8 dias seguintes ao termo do último dos prazos a que se refere o
errada aplicação das disposições legais. . artigo anterior.
6. O credor hipotecário tem direito de exigir do proprietário
ARTIGO 165
as despesas referidas no número anterior e as que efectuar na
Presunção de abandono
qualidade de fiel depositário.
1. Removido o veículo, nos termos do artigo anterior, deve
ser notificado o proprietário, par-a a résidência constante do ARTIGO 168
respectivo registo, para o levantar no prazo de 30 dias. Penhora

2. Tendo em vista o estado geral do veículo, se for previsível 1. Quando o veículo tenha sido objecto de penhora ou acto
um risco de deterioração que possa fazer recear que o preço equivalente, a autoridade que procedeu à remoção deve informar
obtido. em venda em hasta pública não cubra as despesas o tribunal das circunstâncias que a justificaram.
decorrentes da remoção e depósito, o prazo previsto no número 2. No caso previsto no número anterior, o veículo deve ser
anterior é reduzido a 15 dias. entregue à pessoa que para o efeito o tribunal designar como
3. Os prazos referidos 1I0S números anteriores contam-se a fiel depositário, sendo dispensado o pagamento prévio das
partir da recepção da notificação ou da sua afixação nos termos despesas ,de remoção e depósito.
do artigo seguinte. 3. Na execução, os créditos pelas despesas de remoção e
4. Se o veículo não for reclamado dentro do prazo previsto depósito gozam de privilégio mobiliário especial.
nos números anteriores é c onsiderado abandonado e adquirido
por ocupaçãó pelo Estado ou das autarquias locais. TÍTULO VIII
5. O veículo é considerado imediatamente abandonado Processo
quando essa for a vontade mamfestada expressamente pelo seu CAPÍTULO I
proprietário. Competência
ARTIGO 166
ARTIGO 169
Notificação do proprietário
Instrução do processo
1. Da notificação deve constar a indicação do local para onde
1. Compete às Delegações Provinciais de Viação, a instrução
o veículo foi removido e, bem assim, que o proprietário o deve
dos processos de contravenções, devendo solicitar, quando
retirar dentro dos prazos referidos no artigo anterior e após .0
necessário, a colaboração das autoridades policiais, bem como
pagamento das despesas de remoção e depósito, sob pena de o
veículo se considerar abandonado. de outras autoridades ou serviços públicos.
·2. No caso previsto na alínea.!) do n.o 1 do artigo 162, se o 2. Têm competência para decidir sobre as reclamações de
veículo apresentar sinais evidentes de acidente, a notificação multas corresp.ondentes às contravenções, os Delegados
deve fazer-se pessoalmente, salvo se o proprietárÍo não estiver Provinciais de Viação.
em condições de a receber, sendo então feita em qualquer pessoa 3. Das decisões do Delegado Provincial de Viação cabem
da sua residência, preferindo os parentes. recurso ao tribunal competente.
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192--(40) I SÉRIE - NLJMERO I J


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ARIIC,O 170 ploceder à Idenrificaçüo do condutor. no prazo de 15 dias úteis.


Auto de notícia e de denúncia ~(lb pena de.o proce~sn correr contra ela. no~ termos do n." 2.

I. Qu,mdo qualquer autondade ou agente de autoridade. no 6. O titular do documento de identificação do veículo. ~empre
l:xercício da~ ~uas funçõe~ de fi~calizaçã(). pl'e~enciar qlIe tal lhe seja ~olicitado. deve. no prazo de 15 dias úteI~.
contravençõe~ rodoVlána~. levanta ou manda levantar auto de proceder à Identificação do condutor. no momento da prática
notícia. que deve mencionar os factos q~e constituem a d,1 infracção.
contravenção. o dia. a hora. () local e as cirqlll~tância~ em que 7 A contravençüo do disposto no número anterior é punida
fOi cometida, \) nome e a qualidade da autoridade ou agente de com a multa de lOOO.OOMT.
autoridade que a presenciou. a identificação dos agentes da
cOlltravençãll t:. quando pO~~Ível. de. pelo meno~. uma AR-I!(;() 172
testemunha que po~\a depor ~obre os factos. Cumprimento voluntário

2. O auto de notícia é aS~lIlado pela autoridade ou agente de 1. É admitido o pagamento voluntário da multa. ou
autondade que () levantou ou mandou levantar e, quando for reclamação, nos termos e com os efeitos e~tabeleCldos nos
possível. pelas testemunhas. n jmerns seguintes.
3. O auto de notícia levantado e assinado nos termo~ do;. 2. A opção de pagamento voluntiÍno e ~em acré~cimo de cu~tas
d,~ve verificar-se no prazo de 15 dias útei;. a contar da notificação
números anteriures faz fé ;,obre os factos pre~enciado;. pelo
p .Ira o ,;!feito, podendo. II infractor pagar a multa em qualquer
autuante. até prova em contráno. ['epartamento Provincial de Trânsito da Polícia da República
4. O disposto no número anterior aplica-se aos elemento;. de d~ Moç'atnbique ou Delegaçüo Provincial de Viação.
prova obtidos através de aparelho;. ou lIl~trumento~ aprovado;, 3. l\ü prazo de 7 dias a contar da d,lta de emIssão do aVIso de
nos termo;. legai;. e regulamentares. multa. a entidade que lavrou o auto de contravenção deve enviá-
5. A aut\mdade ou agente de autoridade que tiver notícia. lo à Delegação de Viação da rc~pectlva área. com a informaçüo
por denúncia ou conhecimento próprio. de contravenção que ~()bre a situação de pagamento da multa aplicada.
deva conhecer levanta auto, a que é correspondentemente 4. A dispem,a de custas prevista no número anterior não
aplicável o dl;.po;.to nos n.o> 1 e 2. com as necessárias adaptações. aJrange as despe~as decorrentes dos exames médicos e anúli~es
6. Os modelos de auto de notícia e de recolha de dados sobre toxicológicas legalmente previ~to~ para a determinação dos
os acidentes de viação, bem como outro~ a;.pectos inerentes e,tados de influenciado pelo álcool ou por substância;.
serão aprovados por Diploma conjunto do;. Ministros que pSicotrópicas, as decorrentes das Inspecções impo:'.tas aos
supenntendem as áIeas dos Transportes. do Interior e da Saúde. veículos, bem como as re:'.ultantes de qualquer diligência de
prova solicitada pelo arguido.
ARTIGO 171 5. Em qualquer altura do processo. mas sempre antes da
Identificação do arguido deci&ão, pode ainda o transgres~or optar pelo pagamento
1. A identifIcação do arguIdo deve ser efectuada através da voluntürio da multa. a qual. ne~te caso. é !Jquidada. sem preJuízo
indicação de: das custas que forem devidas.
a) Nome completo ou. quando se trate de pe;.soa colectiva, 6. O pagamento voluntário da multa nos termos dos números'
denominação social; anteriores determina' () arquivamento do processo. salvo se à
b) Residência ou, quando se trate de pessoa colectiva, contravenção ror aplIcável sanção acessória, caso 'em que
sede; prossegue restrito à aplicação da mesma.
c) Número do documento legal de identifIcação pessoal, 7. Decorrido o prazo refendo no n.o 2. a multa pode ser amda
data e re~pectIvo serv·iço emi5.sQr ou. quando se trate voluntariamente paga com o agravamento de vinte por cento.
de pessoa colectiva, do número de pessoa colectiva; 8. Se no prazo de IS dia~ o contraventor não pagar a multa.
ti) Número do título de condução e respectIvo serVIço não deduzir reclamação ou se e~ta for considerad,l improcedente,
emIssor; s~ní o auto remetido pela Delegaçüo Provincial de Viação ao
e) Identiflca~'ão do representante legal, quando se trate' Tnbunal competente para julgall)ento.
de pessoa colectiva;
j) Número e identifIca\;'ão do doeumento que titula o ARTIGO 173
exercícIo da actividade, no âmbito da qual a Transgressores com sanções por cumprir
contravenção foi praticada.
2. Quando se trate de contravenção' praticada no exercício da 1. Se em qualquer acto de fiscalização () condutor ou o tItular
condução e o agente de autoridade não puder identificar o autor c o documento de identificação dt' veículo não tiverem cumprido
da contravenção. deve ser levantado o auto de contravenção ao as ~anç'ões pecuniária~ que anteriormente lhes foram aplicada~
titular do documento de identificação do veículo, correnao a título definitivo. o condutor deve proceder, de Imediato. ao
contra ele o eorrespondente processo. seu pagamento.
3. Se, no prazo concedido paI a a defe;.a, o titular do documento 2. Se o pagamento não for efectuado de Imediato, deve
prbceder-se rios seguinte~ termos:
de identificação do veículo IdentifIcar. com todOs os elementos
constantes do n.o 1, pessoa distinta como autora da contravenção, a) Se a sanção respeitar ao condutor. é apreendido o título
o processo é su&penso, ~endo in~taurado novo processo contra a de Cllndução;
pessoa identificada como tran~gressora. b) Se a sanção re;.peltar ao proprietário do veículo, é
apreendido ° documento ele identIfica\;'ão de veículo.
4. O processo referido no n.o 2 é arquivado quando se 3. Nos casm, previstos no número anterIor. a apreen~ã() d()~
comprove que outra pessoa praticou a contravenção ou houve documentos tem carácter provi~lÍrio. sendo emltida~ gllla~ de
utIlIzação abusl va do veículo. .'ubstituição dos mesmos, viÍlidas por 15 dras.·
5. Quando o agente da autondade não puder identificar o 4. Os documento~ apreendidos nos termos dp número antenor
autor da contravenção e verificar que o tItular do documento de ~ão devolVIdos pela entidade autuante se as quantias em díVIda
Identificação é pe~soa colectiva. deve esta ~er notificada para torem pagas naquele prazo.
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23 DE MARÇO DE 2011 192-(41)

5. Se o pagamento não for efectuado no prazo referido 6. Para as restantes infracções e para os mesmos efeitos,
no n.o 3, procede-se à apreensão do veículo, devendo a entidade considera-se domicílio do notificando:
autuante remeter os documentos apreendidos para Delegação
a) O que conste no registo organizado pela entidade
Provincial de Viação da área onde foi realizada a acção de
competente para concessão de autorização, alvará,
fiscalização.
licença de actividade ou credencial; ou,
6. Se não tiverem sido cumpridas fiS sanções acessórias de b) O correspondente ao seu local de trabalho.
inibição de conduzir ou de apreensão do veículo, procede-se à 7. A notificação por carta registada considera-se efectuada
apreensão efectiva do título de condução ou do veículo, na data em que for a~sinado o aviso de recepção ou no terceiro
conforme o caso, para cumprimento d~respectiva sanção. dia útil após essa data, quando o aviso for assinado por pessoa
7. O veículo apreendido responde pelo pagamento diversa do arguido.
das quantias devidas. 8. Na notificação por carta simples, o funcionário da entidade
ARTIGO 174 competente lavra uma cota no processo com a indicação da data
Comunicação da transgressão da expedição da carta e do domicílio para o qual foi enviada,
considerando-se a notificação efectuada no 5.° dia posterior à
1. Após o levantamento do auto, o arguido deve ser data indicada, cominação esta que deve constar do acto de
notificado: notificação. .
a) Dos factos constitutivos d~ contravenção; 9. Quando a contravenção for da responsabilidade do titular
b) Da legislação infringida e da que sanciona os factos; do documento de identificação do veículo, a notificaç,ão, no
c) Das sanções aplíeiíveis; acto de autuação, pode fazer-se na pe5soa do condutor.
d) Do prazo concedido e do local para a apresentação da
defesa; , 10: Sempre que o notificando se recusar a receber,ou a assinar
e) Da possibilidade de pagamento voluntário da coima a notificação, o agente certifica a recusa, considerando-se
pelo mínimo, do prazo e do modo de o efectuar, bem efectuada a notificação.
como das consequências do não pagamento;
j) Do prazo para identificação do autor da contravenção, ARTIGO 176
nos termos e com os efeitos previstos nos n.OS 3 e 5 Testemunhas
do artigo 170. 1. As testemunhas, peritos ou consultores técnicos indicados
2. O arguido pode, no prazo de 15 dias úteis a contar da pelo arguido na defesa devem por ele ser apresentados na data,
notificação, apresentar a sua defesa, pOI escrito, com a indicação hora e local indicados pela entidade instrutora do processo.
de testemunhas, até ao limite de três, e de outros meios de prova,
2. Exceptuam-se do disposto no número anterior os peritos
ou prbceder ao pagamento voluntário, nos termos e com os
dos estabeleçimentos, laboratórios ou serviços oficiais, bem
efeitos éstabelecidos no artigo 171.
como os agentes de autoridade, ainda que arrolados pelo arguido,
3. O pagamento voluntário da milita não impede o arguido que devem ser notificados pela autoridade administrativa.
de apresentar a sua defesa, restrita à gravidade da contravenção
e à sanção acessória aplicável. ARTIGO 177
Adiamento da diligência de inquirição de testemunhas
ÀRTIGo175
Notificações 1. A diligência de inquirição de testemunhas, de peritos ou
de consultores téçnicos apenas pode ser adiada um,a única vez,
1. As notificações efectuam-se: se a falta à primeira marcação tiver sido considerada justifIcada.
a) Por contacto pessoal com o notificando no lugar em 2. Considera-se justificada a falta motivada por facto não
que for encontrado; imputável ao faltoso que o impeça de comparecer no acto
b) Mediante carta registada expedida para o domicílio ou processual.
sede do notificando;
c) Mediante carta simples expedida para o domicílio ou 3. A impossibilidade de comparecimento deve ser
sede do notifiçando. comunicada com 5 dias de antecedência, se for previsível, e até
2. A notificação por contacto péssoal deve ser efectuada, ao 3.° dia posterior ao dia designado para a prática do acto, se
sempre que possível, no acto de autuação, podendo ainda ser for imprevisível, constando da comunicação a indicação do
utilizada quando o notificando for encontrado, pela entidade respectivo motivo e da duração previsível do impedimento, sob
competente: pena de não justificação da falta.
3. Se não for possível, no acto de autuação, proceder nos 4. Os elementos de prova da impossibilidade de
termos do número anterior ou se estiver em causa qualquer outro comparecimento devem ser apresentados com a comunicação
acto a notificação pode ser efectuada através de carta registada referida no número anterior.
expedida para o domicílio ou sede do notificando.
ARTIGO 178
4. Se, por qualquer motivo, a carta prevista no número anterior
for devolvida à entidade remetente, a notificação é reenviada Ausência do arguido
ao notificando, para o S(:u domicílio ou sede, através de carta
A falta de comparência do arguido à diligência de inquirição
simples.
que lhe tenha sido comunicada não obsta ao prosseguimento
5. Nas contravenções relativas ao exercício da condução ou do processo, salvo se a falta tiver sido considerada justificada
às disposições que condicionem a admissão do veículo ao nos termos do artigo anterior, caso em que é aplicável o regime
trânsito nas vias públicas, considera-se domicílio do notificando, nele estabeleçido.
para efeitos do disposto nos n.OS 3 e 4:
a) O que consta do registo dos títulos de condução ARTIGO 179
organizado pelas entidades competentes para a sua Medidas cautelares
emissão, nos termos do presente diploma; Podem ser impostas medidas cautelares, nos termos previstos
b) O do titular do documento de identificação do veículo,
em cada diploma legal, quando se revele necessário para a
nos casos previstos na alínea b) do n.o 3 do artigo 139
instrução do processo, ou para a defesa da segurança rodoviária,
e nos n.OS 2 e 5 do artigo 170.
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192-( 42) I SÉRIE - NÚMERO 12

e ainda quando o arguido exerça actividade profissional ARTIGO 183


autorizada, titulada por alvará ou licenciada pelo INA V, e tenha Pagamento da multa em prestações
praticado a contravenção no exercício dessa actividade. '
1. Sempre que o valpr mínimo da multa aplicável seja superior
CAPÍTULO II a 10 ODO,OOMT pode a autoridade administrativa, a n;querimento
do arguido, autorizar o seu pagamento em prestações mensais,
Decisão
não inferiores a 1OOO,OOMT, pelo período máximo de 12 meses.
ARTIGO 180 2. O pagamento da multa em prestações pode ser requerida
Decisão condenatória até ao envio do processo a tribunal para execução.
3. A falta de pagamento de alguma das prestações implica o
1. A decisão que aplica a multa ou a sanção acessória deve
imediato vencimento das demais.
conter:
a) A identificação do transgressor; CAPÍTULO III
b) A descrição sumária dos factos, das provas e das Recurso
circunstâncias relevantes para a decisão;
c) A indicação das normas violadas; ARTIGO 184
d) A multa e' a sanção acessória; Recursos
e) A condenação em custas.
As decisões administrativas admitem recurso para o tribunal
2. D,a decisão deve ainda constar que:
competente nos termos da lei geral.
a) A condenação se torna definitiva e exequível se não
for judicialmente impugnada por escrito, constando ARTIGO 185
de alegações e conclusões, no prazo de 15 dias úteis Efeitos do recurso
após o seu conhecimento e junto da autoridade
administrativa que aplicou a multa; A impugnação judicial interposta da decisão de cassação do
b) Em caso de impugnação judicial, o tribunal pode título de condução tem efeito suspensivo.
, decidir mediante audiência ou, caso o transgressor e CAPÍTULO IV
o Ministério Público não se oponham, mediante
simples despacho. Disposições finais
3. A decisão deve conter ainda a ordem de pagamento da ARTIGO 186
multa e das custas no prazo máximo de 15 dias úteis após a
Prescrição do procedimento
decisão se tornar definitiva.
O procedimento por contravenção rodoviária extingue-se por
4. Não tendo o arguido exercido o direito de defesa, a
efeito da prescrição logo que, sobre a prática da contravenção
fundamentação a que se refere a alínea b) do n.o 1 pode ser feita
tenha decorrido um ano.
por simples remissão para o auto de notícia.

ARTIGO 181 ANEXO I


Cumprimento da decisão
Glossário
1. A multa e aS.custas são pagas no prazo de 15 dias úteis a a) ANE - Administração Nacional de Estradas;
contar da data em que a decisão se torna definitiva, devendo o b) Auto estrada - via pública destinada a trânsito rápido,
pagamento efectuar-se nas modalidades fixadas em regulamento. com separação física de faixas de rodagem, sem
2. Sendo aplicada sanção acessória, o seu cumprimento deve cruzamentos de nível nem acesso a propriedades
ser iniciado no prazo previsto no número anterior, do seguinte marginais, com acessos condicionados e sinalizados
modo: como tal;
a) Tratando-se de inibição de conduzir efectiva, pela c) Berma - superfície de via pública não especialmente
entrega do título de condução à entidade competente; destinada ao trânsito de veículos e que ladeia a faixa
b) Tratando-se da apreensão do veículo, pela sua entrega de rodagem;
efectiva, bem como do documento que o identifica e d) Caminho - via pública especialmente destinada ao
do título de registo de propriedade, no local indicado trânsito local em zonas rurais;
na decisão, ou só pela entrega dos referidos e) Carta de condução - documento que habilita, o seu
documentos quando o titular do documento de titular a conduzir veículos automóveis das 'categorias
identificação for nomeado seu fiel deposit~rio;
ou subcategorias nele indicados;
c) Tratando-se de outra sanção acessória, de.ve proceder-
f) Comboio - conjunto de veículos que efectuem um
-se nos termos indicados na decisão condenatória.
determinado transporte;
ARTIGO 182 g) CNV - Conselho Nacional de Viação;
Competência da entidade administrativa após decisão h) Cruzamento - zona de intersecção de vias públicas ao
mesmo nível;
O poder de apreciação da entidade administrativa esgota-se
i) Eixo da faixa de rodagem - linha longitudinal,
com a decisão, excepto:
materializada ou não, que divide uma faixa de
a) Quando é apresentado recurso da decisão condenatória,
rodagem em duas partes, uma para cada sentido de
caso em que a entidade administrativa,a pode revogar
trânsito;
até a0 envio dos autos para o Ministério Público;
b) Quando é apresentado requerimento que, não pondo j) Entroncamento - zona de junção ou bifurcação de
em causa o mérito da decisão, se restrinja à suspensão vias públicas;
da execução da sanção acessória aplicada, caso em k) Estacionamento - imobilização de um veículo que
que a entidade administrativa pode alterar o modo de não constitua paragem e que não seja motivada por
cumprimento daquela sanção. circunstâncias próprias da circulação;
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23 DE MARÇO DE 20 II 192-(43)

I) Estrada - via de comunicação terrestre especialmente cc) Ruá - via de comunicação terrestre destinada ao
destinada ao trânsito de veículos; trânsito dentro de aglomerado urbano; ,
m) Faixa de rodagem - parte da via pública dd) SADC - Comunidade de Desenvolvimento da Africa
especialmente destinada ao trânsito de veículos; Austral;
n) Inversão do sentido da marcha - manobra através da ee) Sentido de marcha ~ posição de trânsito seguida por
qual o condutor coloca o veículo em sentido oposto um veículo· numa via pública;
da mesma direcção; fi) Serviço público - actividade de transporte prestada a
o) INA V - Instituto Nacional de Viação; terceiros em troca de remuneração;
p) Localidade - zona com edificações cujos limites são gg) Tara - peso do veículo em vazio;
devidamente sinalizados; hh) Tractor - veículo automóvel exclusivamente
p) Lotação - número de passageiros que o veículo pode construído para desenvolver esforço de tracção, sem
transportar, incluindo o condutor; comportar carga útil;
r) Matrícula temporária..,. número de identificação ii) Tractor agrícola - veículo automóvel exclusivamente
atribuído a veículos que forem objecto de importação empregado em serviços agrícolas;
bem como os construídos em Moçambique e jj) Trânsito - movimentação e imobilização de veículos,
destinados a expoltação definitiva; pessoas é animais nas vias de comunicação
s) Multa - sanção pecuniária destinada a punir a prática rodoviária;
de uma contravenção ao Código da Estrada; kk) Veículo articulado - conjunto de um tractor e de um
t) Paragem - imobilização de um veículo pelo tempo semi-reboque;
estritamente necessário para a entrada ou saída de ll) Via pública - via de comunicação terrestre destinada
passageiros ou para breves operações de carga ou ao trânsito público;
descarga. desde que o condutor esteja pronto a retomar mm) Velocidade - espaço percorrido numa unidade de
a marcha e o faça sempre que estiver a impedir a tempo;
passagem de outros veículos; nn) yia equiparada a via ·pública - via de comunicação
u) Parque de estacionamento - local exclusivamente terrestre do domínio privado aberta ao trânsito
destinado ao estaeionamento de veículos; público;
v) Passagem de nível -local de intersecção ao mesmo 00) Via de trânsito - zona longitudinal da faixa de
nível de uma via pública ou equiparada com linhas rodagem, destinada à circulação de uma única fila de
ou ramais ferroviários; veículos;
w) Passeio - parte que ladeia a faixa de rodagem, destinada pp) Via de aceleração - via de trânsito resultante do
exclusivamente ao trânsito de peões; alargamento da faixa de rodagem e destinada a
x) Peso bruto - conjunto da tara e da carga que o veículo permitir que os veículos que entram numa via pública
pode transportar; adquiram a velocidadé conveniente para se
y) Plataforma - parte das arestas internas das valetas incorporarem na corrente de trânsito principal;
laterais da estrada; qq) Via de abrandamento - via de trânsito resultante do
z) Pista especial - via pública especialmente destinada, I alargamento da faixa de rodagem e destinada a
de acordo com sinalização, ao trânsito de peões, de permitir que os veículos que v.ão sair de uma via
animais ou de cérta espécie de veículos; . pública dim)nuam a velocidade já fora da corrente de
aa) PT - polícia de trânsito; trânsito anterior;
bb) Rotunda - praça formada por cruzamento ou rr) Via de trânsito rápido - via equivalente a auto-estrada;
entroncamento, onde o trânsito se processa em sentido ss) Via reservada a automóveis e motociclos - são vias
giratório e sinalizada como tal; equiparadas às auto-estradas.

ANEXOU
Cartão de Identificação de Fiscais de Trânsito, a que se refere o n.o 3 do artigo 10 do Código da Estrada

~
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

Fotografia
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
E COMUNICAÇÕES
n.:rsTITUTO NACION.AL DE VIAÇÃO

FISCALIZAÇÃO

Nome ...........................,................................. :........................................... .

Categori a ................:.................................................................................
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192-( 44) I SÉRIE - NÚMERO 12

Ao portador deste cartão compete fiscalizar em todas as vias de comunicação, o cumprimento


do Código da Estrada e demais legislação sobre o trânsito.

Tem direito a uso e porte de arina de defesa e viajar nos transportes colectivos sem qualquer
pagamento quando'em comissão de serviço (n.o, 3 c: 4 do art.lO do C.E).

o portador é titular da carta de condução n. D


. : ••••••••••••••••• , válida para a condução de veículos na
categoria.......................................................... .

Maput.o, ............. .!.......... 20 ...... .

o Director ............................................................................ ,............................................................ .

o Titular ................................ > . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .

Preço - 4~,65 MT

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