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2. O termo de responsabilidade constitui prova da posse 2. As despesas mencionadas no n.º 3 do artigo 25.º da
de meios de subsistência suficientes, sem prejuízo de apre- lei referida no número anterior, incluem, as correspondentes
sentação de outros meios válidos de prova. ajudas de custo, transporte, alojamento, bem como outras
3. Sem prejuízo do disposto no número anterior, as directamente decorrentes da execução de escolta.
missões diplomáticas ou postos consulares podem fazer 3. O regime mencionado no número anterior aplica-se
depender a aceitação dos termos de responsabilidade de às situações relativamente às quais a transportadora solicite
prova da capacidade financeira do subscritor, atestada, escolta, desde que o SME conclua pela sua necessidade.
designadamente, através de extrato bancário emitido por 4. No caso de transporte por via marítima, respondem
entidade bancária, declaração de serviço com indicação do solidariamente pelos encargos os armadores e os agentes de
vencimento e de três últimos recibos dos valores auferidos navegação que os representam.
pela prestação de actividade subordinada ou independente.
ARTIGO 12º
ARTIGO 10º (Transmissão de dados)
(Entrada de menor)
O SME estabelece os procedimentos e as soluções
1. Sem prejuízo de formas de turismo ou intercâmbio tecnológicas adequadas para a transmissão pelas transporta-
juvenil, a entrada no País de menores estrangeiros desa- doras aéreas, armadores ou agentes de navegação, dos dados
companhados de quem exerce o poder paternal apenas deve previstos no artigo 26.º da Lei n.º 13/19, de 23 de Maio,
ser autorizada quando exista cidadão angolano ou cidadão
nos termos a definir por regulamento pelo responsável do
estrangeiro que permaneça regularmente em Angola que se
Departamento Ministerial do Interior.
responsabilize pela sua estadia, após confirmação de existên-
cia de autorização válida adequada emitida pelo respectivo
ARTIGO 13.º
(Saída compulsiva por notificação de abandono)
representante legal e avaliação de todos os demais elemen-
tos pertinentes. 1. A decisão de afastamento coercivo por notificação de
2. No caso de recusa de entrada e de regresso do menor abandono nos termos do artigo 31.º da Lei n.º 13/19, de 23 de
desacompanhado, a companhia transportadora deve assegu- Maio, é proferida em processo próprio, a instruir pelo SME,
rar que o menor é entregue no país de origem ou ponto onde sempre que é detectada a entrada ou permanência ilegal em
iniciou a sua viagem a quem exerce o poder paternal ou a território nacional.
pessoa ou organização a quem o mesmo possa ser confiado. 2. A decisão a que se refere on.º 1 deste artigo deve con-
3. É recusada a saída do território angolano de meno- ter a identificação do notificando, o número do documento
res estrangeiros residentes que viajem desacompanhados de viagem, as normas violadas e as consequências resultan-
de quem exerce o poder paternal quando não apresentem tes do não acatamento da decisão.
autorização subscrita pelos progenitores ou por quem seja ARTIGO 14º
responsável do mesmo, certificada por qualquer das formas (Execução da decisão de expulsão)
legalmente previstas. 1. Notificada a decisão de expulsão, o SME procede à
4. Sempre que existam dúvidas relativamente à situação sua execução, conduzindo o cidadão estrangeiro ao posto de
do menor, o SME realiza todas as diligências necessárias à
fronteira.
sua identificação, com vista a garantir a sua protecção e ade-
2.A execução da decisão de expulsão implica a inscrição
quado encaminhamento.
do cidadão no Sistema Integrado de Informação para efeitos
5. Aos menores desacompanhados que aguardam uma
de não admissão.
decisão sobre a sua admissão no território nacional ou sobre
3. Para efeitos do disposto nos n.º 4 e 5 do artigo 33.º da
o seurepatriamento deve ser concedido todo o apoio material
Lei nº 13/19, de 23 de Maio, a entidade competente deve
e a assistência necessária à satisfação das suas necessidades
comunicar ao SME, com antecedência mínima de 30 dias,
básicas de alimentação, de higiene, de alojamento e assis-
tência médica. os elementos de identificação dos cidadãos que reúnam os
6. Os menores desacompanhados só podem ser repatria- requisitos da expulsão antecipada por decurso do prazo legal
dos para o seu país de origem ou outro que esteja disposto de cumprimento da pena de prisão.
a acolhê-los se existirem garantias de que à chegada lhes ARTIGO 15.º
sejam assegurados o acolhimento e a assistência adequados. (Comunicação da expulsão)
2. As autoridades competentes devem notificar o SME 1. Sem prejuízo dos documentos específicos exigíveis
das decisões de interdição que tomem, visando a tomada de para cada tipo de visto, os pedidos são instruídos com os
providências necessárias a execução da decisão. seguintes documentos:
CAPÍTULO IV a) Duas fotografias iguais, tipo passe, a cores e fundo
Vistos de Entrada liso, actualizadas e com boas condições de iden-
tificação do requerente;
SECÇÃO I
Disposições Comuns Aplicáveis aos Vistos Consulares b) Passaporte ou outro documento de viagem válido;
c) Certificado de registo criminal emitido pela auto-
ARTIGO 17º
(Pedido de visto) ridade competente do país da nacionalidade do
requerente ou do país em que resida há mais
1. O pedido de visto de entrada que deva ser solicitado
de um ano, quando sejam requeridos visto para
numa Missão Diplomática ou num Posto Consular é for-
mulado em impresso próprio, assinado pelo requerente e fixação de residência, visto de trabalho, visto
instruído com toda a documentação necessária em função de permanência temporária, visto de estudo, ou
do tipo de visto. visto para tratamento médico;
2. Tratando-se de menor de idade ou incapaz, o pedido d) Comprovativo da existência de meios de subsis-
deve ser assinado pelo respectivo representante legal. tência;
3. Em casos excepcionais, devidamente justificados, o e) Fotocópia do título de transporte de regresso, salvo
responsável pela Missão Diplomática ou Posto Consular quando seja solicitado visto de longa duração.
pode dispensar a presença do requerente, devendo os moti- 2. Tratando-se de pedido de visto respeitante a menor
vos da dispensa constar do formulário do pedido. sujeito ao exercício da autoridade paternal ou incapaz sujeito
4. Salvo por razões atendíveis, o pedido deve ser apre- a tutela, deve ser apresentada a respectiva autorização.
sentado pelo requerente no país da sua residência habitual 3. Os cidadãos menores de 16 anos estão isentos de jun-
ou no país da área de jurisdição consular do Estado da sua ção ao processo de informação sobre registo criminal.
residência. ARTIGO 20.º
5. A dispensa da presença do requerente pode ainda ter (Meios de subsistência)
lugar quando se trate de pessoa conhecida dos serviços pela 1. Para os efeitos previstos na alínea d) don.º 1 do artigo 19.º
sua integridade e idoneidade, nomeadamente entidades ou do presente Diploma, devem ser tidos em consideração os
empresários nacionais do país de acreditação ou de jurisdi- meios provenientes de subvenções, bolsas de estudo, con-
ção da Missão Diplomática ou Posto Consular, que tenham trato ou contrato promessa de trabalho.
beneficiado de visto para Angola em viagens anteriores. 2. A prova de meios de subsistência pode ser efec-
6. O pedido de visto pode dar lugar à recolha de identifi- tuada através da apresentação de termo de responsabilidade
cadores biométricos, quando aplicável. subscrita pela entidade de acolhimento de estagiários ou tra-
ARTIGO 18.º balhadores, bem como pela organização responsável por
(Elementos do pedido)
programas de intercâmbio de estudantes ou de voluntariado.
Do pedido de visto, apresentado em formulário próprio, 3. A prova da posse de meios de subsistência pode
devem constar os seguintes elementos: igualmente efectuar-se mediante apresentação de termo de
a) A identificação completa do requerente e, caso seja responsabilidade, subscrito por cidadão angolano ou cida-
titular de passaporte familiar ou de passaporte dão estrangeiro habilitado, com documento de residência
colectivo, do cônjuge, dos dependentes ou dos ou visto que permita exercício de actividade remunerada
elementos do grupo que neles se encontram em Angola, que garanta a alimentação e alojamento ao
mencionados que pretendam beneficiar do visto; requerente do visto, bem como a reposição dos custos de
b) O objectivo da viagem; afastamento, em caso de permanência irregular.
ISÉRIE —N.º 79 — DE 8 DE JUNHO DE 2020 3297
artigo 17.º do presente Diploma, verificar os num prazo não superior a 8 (oito) dias.
motivos que o requerente invoca para apresentar 3. Anão observância do prazo previsto no número ante-
o pedido em país diferente daquele onde tem rior implica a detenção do cidadão estrangeiro e colocação
a residência habitual e se aí se encontra regu- do mesmo em Centro de Instalação Temporária ou espaço
larmente, efectuando, sempre que necessário, equiparado para efeito de expulsão, nos termos da alínea e)
consulta prévia ao SME; do n.º 3 do artigo 34.º da Lein.º 13/19, de 23 de Maio.
d) Verificar a regularidade, autenticidade e validade ARTIGO 25.º
do documento de viagem apresentado pelo (Cancelamento dos vistos)
requerente, tendo em conta, neste último caso, 1. Os vistos podem ser cancelados nas seguintes
que a mesma deve ultrapassar, em pelo menos situações:
seis meses, a data limite da permanência reque- a) Quando tenham sido concedidos com base em
rida; falsas declarações, meios fraudulentos ou
e) Comprovar se o documento de viagem permite o invocação de motivos diferentes daqueles que
regresso do requerente ao país de origem ou da
motivaram a entrada do seu titular no País;
sua entrada num país terceiro;
b) Quando o respectivo titular tenha sido objecto de
) Confirmar se a situação económica do requerente
uma medida de expulsão do território nacional;
e a duração da estadia são adequados ao custo e
c) Quando cessem os motivos para que foi concedido
objectivos da viagem, podendo ser apresentado
o visto de entrada.
termo de responsabilidade;
2. O disposto no número anterior é também aplicável
g) Verificar se o requerente se deslocou a Angola em
ocasiões anteriores e se nestas não excedeu o durante a validade das prorrogações de permanência conce-
período de permanência autorizada. didas nos termos previstos na Lei n.º 13/19, de 23 de Maio.
2. Em qualquer fase do processo, a presença do reque- 3. O cancelamento dos vistos a que se refere os núme-
rente pode ser solicitada junto da Missão Diplomática ou ros anteriores, no território nacional, é da competência do
Posto Consular, tendo em vista a necessidade de recolha de Director Geral do SME.
elementos complementares à instrução e decisão do pedido. 4. As Missões Diplomáticas ou Postos Consulares
ARTIGO 22º podem proceder ao cancelamento de vistos, quando surgi-
(Indeferimento do pedido) rem elementos supervenientes no período imediatamente a
A Missão Diplomática ou Posto Consular deve recusar seguir a concessão do visto, devendo neste caso, comunicar
liminarmente o pedido de visto, sempre que não estiverem o facto ao SME.
reunidas as condições exigidas ou não se encontre devida-
SECÇÃO II
mente fundamentado. Aspectos Específicos
ARTIGO 23.º
(Contagem do tempo de permanência) ARTIGO 26.º
(Visto diplomático, oficial e de cortesia)
1. A contagem do tempo de permanência do visto inicia
1. A concessão dos vistos diplomáticos, oficial e de cor-
de forma ininterrupta a partir da data da primeira entrada no
território nacional, até ao seu termo. tesia devem ser comunicados ao SME no prazo de 24 horas,
1. O pedido de Visto de Trânsito deve ser acompanhado 1. O pedido de Visto de Estudo ao abrigo do artigo 53.º
dos elementos previstos nas alíneas a), b), c) e f) do artigo 61.º da Lei n.º 13/19, de 23 de Maio, é feito em impresso devi-
e do artigo 63.º da Lei n.º 13/19, de 23 Maio. damente preenchido e acompanhado dos documentos que
2. Instruído o processo, e não havendo factos que obstem atestem o cumprimento dos requisitos previstos nas alí-
a sua concessão, o Visto de Trânsito deve ser concedido no neas a), b), c) e f) do artigo 61.º eno artigo 66.º do referido
prazo de dois dias úteis a contar da data do pedido. diploma legal.
3. Nas situações excepcionais previstas no n.º 4 do 2. O prazo para a concessão do Visto de Estudo é de
artigo 50.º da Lein.º 13/19, de 23 de Maio, o Visto de Trânsito 30 dias úteis, a contar da data da recepção do pedido.
é concedido mediante o pagamento de uma taxa regulada
ARTIGO 33.º
em diploma aprovado pelos titulares dos Departamentos (Prorrogação do Visto de Estudo)
Ministeriais responsáveis pelo Interior e pelas Finanças.
1. Compete ao SME e aos respectivos órgãos pro-
ARTIGO 28º
vinciais, a prorrogação do Visto de Estudo, cujo pedido é
(Visto de Turismo)
formulado em impresso próprio assinado pelo requerente
1. O pedido de Visto de Turismo é acompanhado dos ele-
ou pelo seu representante legal, acompanhado dos seguin-
mentos previstos nas alíneas a), b), c) e f) do artigo 61.º e
tes documentos:
no artigo 64.º da Lei n.º 13/19, de 23 de Maio, cuja conces-
a) Documentos emitidos pelo estabelecimento de
são deve ser feita no prazo de 5 dias úteis a contar da data
ensino ou de formação profissional oficialmente
do pedido.
2. O Visto de Turismo deve ser concedido no prazo de 5 dias reconhecidos que comprove a continuidade dos
úteis a contar da data do pedido. estudos;
1. O pedido de Visto de Trabalho ao abrigo do artigo 55.º 1. A caução de repatriamento referida na alínea e) do n.º
da Lei n.º 13/19, de 23 de Maio, é feito em impresso devi- 1 do artigo 68.º da Lei n.º 13/19, de 23 de Maio, é efec-
damente preenchido e acompanhado dos documentos que tuada por depósito bancário, no valor monetário equivalente
atestem o cumprimento dos requisitos previstos nas alí- ao preço do bilhete de passagem de regresso ao país de ori-
-neas a), b), c) ef do artigo 61.º eno n.º 1 do artigo 68.º do
gem ou de residência habitual do trabalhador estrangeiro
referido diploma legal.
não residente e do seu agregado familiar, se for o caso.
2. Nas situações excepcionais previstas no n.º 5 do
2. A caução é depositada num banco comercial à ordem
artigo 55.º da Lei n.º 13/19, de 23 de Maio, o Visto de
do SME.
Trabalho instruído com os elementos previstos no n.º 1 do
3. Todas as despesas resultantes do depósito da caução
artigo 68.º da referida Lei, só pode ser concedido mediante
autorização expressa do Departamento Ministerial respon- de repatriamento são da responsabilidade da entidade solici-
sável pelo Interior, após parecer do SME. tante do visto de trabalho.
3. O Departamento Ministerial responsável pelo Interior 4. O repatriamento de cidadão estrangeiro que corra às
pode delegar a competência prevista no número anterior ao expensas do SME, confere ao mesmo direito de regresso
Director Geral do SME. sobre o valor despendido, devendo este ser ressarcido antes
4. O Visto de Trabalho é concedido no prazo de 30 dias de eventual reentrada em território nacional.
úteis a contar da data do pedido. 5. Estão isentos de depósito da caução de repatriamento,
5. O certificado de habilitações literárias ou profissio- os Órgãos da Administração Directa do Estado, as Empresas
nais a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 68.º da Lei Públicas e os Institutos Públicos.
n.º 13/19, de 23 de Maio, deve ser autenticado na Missão 6. A caução de repatriamento deve ser satisfeita após
Diplomática ou no Posto Consular em que é formulado o
a concessão do visto de trabalho e entrada do cidadão
pedido de visto de trabalho.
estrangeiro em território nacional, porém nunca antes da
6. Nos casos em que o pedido é formulado ao abrigo da
prorrogação do referido visto.
excepção prevista no n.º 5 do artigo 55.º da referida Lei,
o certificado de habilitações literárias ou profissionais pode ARTIGO 40º
(Devolução da caução)
ser autenticado e reconhecido pelas autoridades comp eten-
tes em território nacional. 1. A caução de repatriamento é devolvida sempre que
7. Aos sectores prioritários para o desenvolvimento da ocorrer uma das circunstâncias seguintes:
economia nacional, em particular do sector produtivo, o a) Ser consumada a saída do território nacional do
Visto de Trabalho para os domínios de especialidade sem cidadão estrangeiro, como resultado da comu-
oferta comprovada de mão-de-obra nacional, é concedido nicação da entidade empregadora ao SME, em
em território nacional, ao abrigo don.º 5 do artigo 55.º da Lei virtude da extinção do vínculo laboral com o
n.º 13/19, de 23 de Maio, mediante parecer do Departamento
mesmo;
Ministerial que superintende a área de actividade.
b) Cancelamento do visto de trabalho antes do termo
ARTIGO 37º
(Parecer da entidade de superintendência)
do contrato de trabalho.
2. A devolução da caução de repatriamento é feita desde
Para efeitos de parecer a que se refere a alínea g) don.º 1
que solicitada no prazo de 30 dias, contados a partir da data
do artigo 68.º da Lei n.º 13/19, de 23 de Maio, o Departamento
de saída do cidadão estrangeiro do território nacional.
Ministerial que superintende a área de actividade deve com-
3. O pedido de devolução da caução de repatriamento
provar que a empresa contratante respeitou o limite de
deve ser apresentado pela entidade empregadora ou pelo seu
contratação de cidadãos estrangeiros, previsto no regime jurí-
dico de contratação de trabalhador estrangeiro não residente. representante legal, depois de confirmada a saída do cidadão
estrangeiro do território nacional.
ARTIGO 38.º
(Publicitação de vagas de emprego) 4. Todas as despesas resultantes da devolução da caução
1. Cada vaga de emprego que se enquadre nos limites são da responsabilidade da entidade depositante.
da contratação de trabalhador estrangeiro não residente deve 5. São considerados perdidos a favor do SME, todos os
ser publicada no jornal de maior tiragem, visando a candida- valores cuja devolução não for solicitada após o decurso do
tura de cidadãos angolanos. prazo referido no n.º 2 do presente artigo.
2. As entidades empregadoras devem, no pedido de pare- 6. O SME deve efectuar a devolução da caução de repa-
cer favorável à concessão de Visto de Trabalho, informar triamento no prazo de 10 dias úteis, contados da data do
ao Departamento Ministerial que superintende o sector da pedido de devolução.
actividade, que a vaga de emprego não foi preenchida por 7. Compete ao Director Geral do SME autorizar a devo-
cidadão angolano. lução da caução de repatriamento.
3300 DIÁRIO DA REPÚBLICA
ou que exerçam profissionalmente actividade religiosa, 1. Compete ao SME e aos respectivos órgãos provin-
bem como os cidadãos estrangeiros que exerçam actividade ciais, a prorrogação do visto de permanência temporária,
numa organização não- governamental, devem, para além cujo pedido é formulado em impresso próprio assinado pelo
dos requisitos previstos no n.º 1 do presente artigo, apre- requerente ou pelo seu representante legal, acompanhado
sentar parecer positivo dos Departamentos Ministeriais que dos seguintes documentos:
superintendem as respectivas actividades, designadamente a) Solicitação de entidade religiosa ou de organização
Cultura, Turismo e Ambiente e Acção Social, Família e não-governamental referidos no n.º 2 do artigo
Promoção da Mulher. 42.º deste Regulamento;
3. Para efeitos de concessão de Visto de Permanência b) Comprovativo da entidade competente sobre a
Temporária ao abrigo da alínea b) do n.º 1 do artigo 56.º manutenção das condições referidas no n.º 3 do
da Lei n.º 13/19, de 23 de Maio, para além dos requisitos artigo 42.º do presente Diploma;
referidos no n.º 1 do presente artigo, o cidadão estrangeiro c) Comprovativo passado pela autoridade judiciária,
deve apresentar documentos comprovativos da sua admis- órgão de polícia criminal, autoridade policial
são em centro de investigação, instituição de ensino superior ou pela Inspecção Geral do Trabalho, sobre a
ou entidade para o efeito habilitado. manutenção das condições previstas no n.º 5 do
4. Os pedidos de Visto de Permanência Temporária artigo 42.º deste Diploma legal;
efectuados por cidadãos estrangeiros para efeitos de acompa- d) Comprovativo do tribunal sobre a manutenção da
nhamento familiar ao abrigo das alíneas c), d) ee) don.º 1 do situação referida n.º 7 do artigo 42.º do presente
artigo 56.º da Lei n.º 13/19, de 23 de Maio, para além dos Diploma;
requisitos definidos no n.º 1 do presente artigo, são acom- e) Comprovativo de pagamento de taxa.
panhados de comprovativo de laços de parentesco que 2. O Visto de Permanência Temporária deve ser proiro-
justificam o acompanhamento. gado no prazo de 5 dias úteis a contar da data do pedido.
ISÉRIE -N.º 79 — DE 8 DE JUNHO DE 2020 3301
SECÇÃO HI
SECÇÃO IV
Autorização de Residência Permanente Reagrupamento Familiar
1. O pedido de concessão de Autorização de Residência 1. O cidadão residente em território nacional que pre-
apresentado por titular de Autorização de Residência tenda beneficiar do direito ao reagrupamento familiar
Temporária há pelo menos 10 anos é formulado em impresso apresenta o respectivo pedido junto da Missão Diplomática
próprio assinado pelo requerente ou pelo seu representante ou Posto Consular no país de origem ou ainda junto do SME,
legal e é acompanhado dos seguintes documentos: contando que o beneficiário ao reagrupamento tenha entrado
a) Original e fotocópia do título de residência; legalmente em território nacional, o qual deve conter a iden-
b) Fotocópia do passaporte; tificação do requerente e dos membros da família a que o
c) Comprovativo da posse de meios de subsistência; pedido respeita.
d) Comprovativo do pagamento da taxa; 2. O pedido pode também ser apresentado pelo mem-
e) Duas fotografias iguais, tipo passe, a cores e fundo bro da família que tenha entrado legalmente em território
liso, actualizadas e com boas condições de iden- nacional e que dependa ou coabite com o titular de uma
tificação do beneficiário. autorização de residência válida.
ISÉRIE —N.º 79 — DE 8 DE JUNHO DE 2020 3305
3. O pedido de reagrupamento familiar é instruído com 2. A faculdade prevista no número anterior é também
os seguintes documentos: aplicável aos cidadãos que tenham perdido o estatuto de
a) Comprovativos devidamente autenticados dos vín- residente, em virtude de exercício de funções de que resulte
culos familiares invocados; incompatibilidade com a qualidade de estrangeiro residente,
b) Fotocópias autenticadas dos documentos de identi- designadamente o exercício de funções de diplomata.
ficação dos familiares do requerente; SECÇÃO V
Título de Residência
c) Comprovativos de que dispõem de meios de sub-
sistências suficientes para suprir as necessidades ARTIGO 67º
(Natureza e condições de validade)
da sua família;
d) Certificado de registo criminal emitido pelas auto- 1. O Título de Residência é individual e é o único documento
ridades do país de origem do membro da família; de identificação apto a comprovar a qualidade de residente
legal em território nacional.
e) Comprovativo da incapacidade do filho maior, no
2. Ao Título de Residência são aplicáveis, com as neces-
caso de filhos maiores incapazes a cargo;
sárias adaptações, as normas relativas à identificação civil.
f) Certidão da decisão que decretou a adopção,
3. O Título de Residência só é válido se nele constar a
quando aplicável;
assinatura do seu titular, salvo se no local indicado a enti-
g) Fotocópia do assento de nascimento, comprova-
dade emitente fizer menção de que o mesmo não sabe ou
tiva da situação de dependência económica e
não pode assinar.
documento de matrícula em estabelecimento de
4. É conferida competência ao responsável do Departa-
ensino em Angola, no caso dos filhos maiores a mento Ministerial responsável pelo Interior para aprovar os
cargo; modelos de títulos de autorização de residência, ao abrigo do
h) Comprovativo da situação de dependência econó- n.º 2 do artigo 83.º da Lein.º 13/19, de 23 de Maio.
mica, no caso dos ascendentes em primeiro grau; ARTIGO 68º
i) Certidão da decisão que decretou a tutela, no caso (Reclamações)
acompanhado do documento de viagem e dos seguintes 1. O registo de hóspedes a que se refere o artigo 92.º da
documentos: Lein.º 13/19, de 23 de Maio, pode ser feito electronicamente
a) Comprovativo da posse de meios de subsistência; ou através do boletim de alojamento, o qual é remetido
b) Comprovativo de que dispõe de alojamento. diariamente ao SME pelos empreendimentos turísticos e
3306 DIÁRIO DA REPÚBLICA