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Terça -feira, 25 de Julho de 2000 I SÉRIE - Número 29

BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

o
3. SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE CONSELHO DE MINISTROS

A V I S O Decreto n.o 20/2000


de 25 d e J u l h o
A matéria a publicar no «Boletim da República»
deve ser remetida em cópia devidamente autenticada, A Política dos Transportes, aprovada pela Resolução n.° 5/96,
uma por cada assunto, donde conste, além das de 2 de Abril, preconiza, entre outros objectivos, a participação
indicações necessárias para esse efeito, o averbamento do capitai privado na reabilitação, exploração e gestão de infra -
seguinte, assinado e autenticado: Para publicação no estruturas dos serviços portuários.
"Boletim da República" Havendo necessidade de estabelecer a base legal que permita
a concessão, a operador privado, da exploração comercial do
serviço público portuário no perímetro da Concessão Portuária,
SUMÁRIO no Porto de Nacala, e a atribuição ao mesmo operador de poderes
de autoridade portuária na Área sob Jurisdição do Porto de Nacala,
Conselho de Ministros: incluindo as baías de Fernão Veloso, Namelala, Muananculo e
Bengo, bem como do licenciamento do uso do terreno integrante
Decreto n.o 20/2000: do perímetro da Concessão Portuária, enquanto Zona de Protecção
Aprova os termos da Concessão do Porto de Nacala e derroga as disposições Parcial, nos termos da Lei n.° 19/97, de 1 de Outubro, e do seu
das Portarias n.° 18630, de 24 de Abril de 1965 e regulamento por ela regulamento aprovado pelo Decreto n.° 66/98, de 8 de Dezembro,
aprovado, e n. o 606/71, de 26 de Junho, dos Decretos n.° 34/94, de 1 de no uso das competências atribuídas pela alínea e) do n.° 1 do
Setembro, e n.o 39/94, e n ° 40/94, ambos de 13 de Setembro, do Decreto artigo 153 da Constituição da República, o Conselho de Ministros
n ° 5/98, de 24 de Fevereiro, e do Diploma Ministerial n ° 211/98, de 2 de
decreta:
Dezembro, bem como da demais legislação, no que contrariem o disposto
no p r e s e n t e d e c r e t o , e f e c t u a d a pelo G o v e r n o da R e p ú b l i c a de Artigo 1. Cessa, relativamente à exploração comercial do
Moçambique, na sua qualidade de Concedente Portuário, ao Corredor de serviço portuário no perímetro da Concessão Portuária, no Porto
Desenvolvimento do Norte, S A R. L de Nacala, cuja delimitação consta do Anexo I ao presente decreto,
o regime de exclusividade atribuído ao Estado e até agora exercido
Decreto n.o 21/2000:
pela empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, E. P.,
Aprova os termos da Concessão da Rede Ferroviária do Norte efectuada no que concerne às actividades previstas nos artigos 3 e 4 do
pelo Governo da República de Moçambique, na sua qualidade de
presente decreto.
Concedente Ferroviário, ao Corredor de Desenvolvimento do Norte,
S A R L , delega no M i n i s t r o dos T r a n s p o r t e s e C o m u n i c a ç õ e s Art. 2. São aprovados os termos da Concessão do Porto de
competência para assinar em nome e e m representação do Governo de Nacala efectuada pelo Governo da República de Moçambique,
Moçambique o respectivo contrato dc concessão e derroga as disposições na sua qualidade de Concedente Portuário, ao Corredor de
do Decreto n ° 47043, de 7 de Junho de 1966 e regulamento por ele D e s e n v o l v i m e n t o do Norte, S. A. R. L., na qualidade de
aprovado, e no Decreto n.° 39/94, e no 40/94, ambos de 13 de Setembro,
Concessionária, estabelecidos neste decreto.
bem como da demais legislação, no que contrariem o disposto no presente
decreto Art. 3 - 1. N o perímetro da Concessão Portuária, a
Concessionária está autorizada a exercer, quer em terra quer no
o
Decreto n. 22/2000: plano de água e em regime de exclusividade, os seguintes serviços
Aprova a Concessão do Porto de Maputo e revoga as disposições dai portuários:
Portarias n ° 18630, de 24 de Abril de 1965 e regulamento por ela
aprovado, e n ° 606/71, de 26 de Junho, dos Decretos n ° 34/94, de 1 de
a) Pilotagem;
Setembro, e no 39/94, e no 40/94, ambos de 13 de Setembro, do Decreto b) Reboque;
n ° 5/98, de 24 de Fevereiro, e do Diploma Ministerial n.° 211/98, de 2 de
Dezembro c) Atracação e desatracação;
d) Estiva a bordo dos navios e no cais; perímetro da Concessão Portuária, passam a constituir poderes
e) Manuseamento de cargas nos armazéns, tabuleiros de autoridade portuária atribuídos à Concessionária os
portuários e navios; concernentes a:
f) Armazenagem; a) Estabelecimento do regime tarifário a aplicar na prestação
de serviços portuários previstos no artigo 4 e
g) Abastecimento de combustíveis, água e electricidade aos
prestados, em regime, de exclusividade, pela
navios.
Concessionária na Área sob Jurisdição do Porto de
2. Os serviços auxiliares de estiva e os fornecimentos de Nacala;
géneros aos navios poderão ser exercidos pela Concessionária,
nos termos da lei. b) Estabelecimento, aplicação, cobrança e determinação do
destino de multas a aplicar em caso de incumprimento
Art. 4. Na Área sob Jurisdição do Porto de Nacala, cuja dos regulamentos aplicáveis na componente da
delimitação consta do Anexo II ao presente decreto, fora do prestação de serviços portuários referidos no artigo 4
perímetro da Concessão Portuária, a Concessionária está e prestados, em regime de exclusividade, pela
autorizada a exercer, quer em terra quer no plano de água e em Concessionária na Área sob Jurisdição do Porto de
regime de exclusividade, os seguintes serviços portuários:
Nacala;
a) Pilotagem;
c) Consultas com as Autoridades Marítimas para que estas
b) Reboque; exerçam o seu poder de ordenamento coercivo e a
c) Atracação e desatracação, remoção de quaisquer embarcações, equipamentos e
Art. 5. Para efeitos do disposto nos artigos 3 e 4 anteriores, a outros que ponham em perigo a segurança física e da
Concessionária deverá, nos termos previstos da Concessão ora navegabilidade da Área sob Jurisdição do Porto de
aprovada, executar, quer em terra quer no plano de água, os Nacala.
trabalhos de reabilitação, construção e manutenção de infra- Art. 9. Para efeitos do disposto nos artigos 7 e 8 anteriores, os
estruturas portuárias. utentes e operadores dos serviços portuários deverão prestar todas
Art 6. Cessam, com efeitos a partir da data de início de as informações e facultar todos os documentos que lhes forem
operação pela Concessionária, nos termos previstos na Concessão, solicitados, bem como permitir o livre acesso dos funcionários e
os poderes de autoridade portuária, no perímetro da Concessão agentes da Concessionária identificáveis pelo uso de crachá
Portuária e na restante Área sob Jurisdição do Porto de Nacala, apropriado, a quaisquer instalações e equipamentos.
constantes dos artigos 7 e 8, até então exercidos pela empresa Art. 10 -1. O exercício dos poderes de autoridade portuária
Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, E. P. atribuídos à Concessionária, nos termos dos precedentes artigos
Art. 7. Passam a constituir poderes de autoridade portuária 7 e 8, beneficia da inimputabilidade própria do exercício do
atribuídos à Concessionária, no perímetro da Concessão Portuária, serviço público portuário como autoridade portuária em
os concernentes a: conformidade com a legislação vigente aplicável.
a) Estabelecimento do regime tarifário a aplicar na prestação 2. O disposto no número anterior não se aplica em caso de
dos serviços portuários referidos no artigo 3 anterior dolo ou culpa grave, cabendo a quem se apresente como lesado a
e prestados, em regime de exclusividade, pela prova de tais factos dolosos ou culposos.
Concessionária no perímetro da Concessão Portuária;
Art. 11. O perímetro da Concessão Portuária, no Porto de
b) Estabelecimento, aplicação e cobrança de multas a aplicar Nacala, é classificado como Zona de Protecção Parcial, sendo o
em casos de incumprimento dos regulamentos direito de o usar para o exercício dos serviços previstos no artigo
aplicáveis na componente da prestação de serviços 7 atribuído ao Concessionário Portuário, mediante a emissão da
portuários previstos no artigo 3 anterior e prestados,
Licença Especial constante do Anexo III ao presente decreto.
em regime de exclusividade, pela Concessionária no
perímetro da Concessão Portuária; Art. 12. É delegada no Ministro dos Transportes e
c) Estabelecimento das tarifas a aplicar nas relações Comunicações competência para assinar em nome e em
comerciais com os operadores dos serviços portuários representação do Governo de Moçambique o respectivo Contrato
e ferroviários; de Concessão.
d) Zelar pelo cumprimento dos regulamentos aplicáveis, Art. 13. Compete ao Ministro dos Transportes e Comunicações
previamente aprovados pela competente autoridade aprovar as seguintes matérias a serem submetidas pela
reguladora; Concessionária:
e) Segurança do perímetro da Concessão Portuária e das a) Inventário dos activos concedidos, activos da
instalações e mercadorias bem como do acesso às Concessionária e activos remanescentes dos CFM;
mesmas; b) Lista do pessoal expatriado, posições a ocupar na
f) Inspecção a embarcações, bens e equipamentos no estrutura da Concessionária e termos e condições do
perímetro da Concessão Portuária, sem prejuízo dos seu recrutamento;
poderes atribuídos a outras entidades; c) Critérios e condições de selecção do pessoal nacional;
g) Ordenamento territorial do perímetro da Concessão d) Programa do período de transição até à tomada de posse
Portuária, de acordo com planos de desenvolvimento da Concessão;
e de ocupação territorial previamente aprovados pelo
e) Indicadores de manutenção e de desempenho bem como
Concedente Portuário ou quem exerça as suas funções;
os padrões de manutenção a serem seguidos pela
h) Consultas com as Autoridades Marítimas para que estas Concessionária.
exerçam o seu poder de ordenamento coercivo e a
remoção de quaisquer embarcações, equipamentos e Art. 14. São derrogadas as disposições das Portarias
outros objectos que ponham em perigo a segurança n.° 18630, de 24 de Abril de 1965 e regulamento por ela aprovado,
física e da navegabilidade do perímetro da Concessão e n.° 606/71, de 26 de Junho, dos Decretos n.° 34/94, de 1 de
Portuária; Setembro, e n.° 39/94, e n.° 40/94, ambos de 13 de Setembro, do
Decreto n.° 5/98, de 24 de Fevereiro, e do Diploma Ministerial
n.° 211/98, de 2 de Dezembro, bem como i) da demais legislação,
de necessidade de utilização de terrenos objecto do no que contrariem o disposto no presente decreto.
direito de uso e aproveitamento da terra, de acordo
com os planos de desenvolvimento acordados com o Aprovado pelo Conselho de Ministros.
Concedente Portuário. Publique - se,
Art. 8. Na Área sob Jurisdição do Porto de Nacala, fora do O Primeiro - Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi.
ANEXO I
(Mapa do perímetro da Concessão Portuária a que alude o artigo 1)
ANEXO II
(Mapa da Área sob Jurisdição do Porto de Nacala a que alude o artigo 4)
ANEXO III

Licença Especial N.o


(A que alude o artigo 11)

Termos e condições

Licenciado: [identificação completa da Concessionária]


Validade: Durante todo o período de vigência do Contrato de Concessão do Porto de Nacala celebrado aos [ ] de 2000 entre o
Governo da República de Moçambique e a Concessionária, e prorrogável nos termos previstos nesse mesmo Contrato.
Finalidade: Licenciamento do exercício da actividade de prestação do serviço público portuário nos termos previstos no relevante
Contrato de Concessão e da prossecução, por sua conta e risco, das actividades de reabilitação, operação, gestão, manutenção,
desenvolvimento, construção e optimização da Área da Concessão Portuária nos termos acordados no Contrato de Concessão.
Objecto: Concessão da necessária autorização e direitos ao licenciado de:
1. Ter acesso à Área da Concessão Portuária.
2. Executar os seguintes serviços, quer em terra quer em água:
a) Pilotagem;
b) Reboque;
c) Atracação e desatracação;
d) Estiva a bordo dos navios e no cais;
e) Manuseamento de cargas nos armazéns, tabuleiros portuários e nos navios;
f ) Armazenagem;
g) Abastecimento de combustíveis, água e electricidade aos navios.
3. Garantir a execução dos seguintes trabalhos, quer em terra quer em água:
a) De reabilitação;
b) De construção;
c) De manutenção;
d) De operação.
4. Executar todos os demais serviços, actividades e trabalhos para os quais haja sido devidamente autorizado de acordo com as
finalidades aqui enunciadas.
Registo da Licença: A efectuar junto dos Serviços Nacionais de Cadastro e devendo qualquer alteração ou transmissão da mesma
ser devidamente averbada junto dos referidos Serviços.
Condições especiais:
1. A presente licença observará o mesmo regime de duração, alteração, renovação e extinção dos direitos e deveres estipulados
no Contrato de Concessão;
2. Com a transmissão do Contrato de Concessão, transmitir- se- á, também, a presente licença para o novo beneficiário da
Concessão;
3. Constitui parte integrante da presente licença o mapa detalhado de descrição do Perímetro de Concessão Portuária e Área
de Jurisdição Portuária.

Autoridade Emitente

Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural Ministro dos Transportes e Comunicações


Decreto n.o 21/2000 f ) Coordenar com as autoridades relevantes com vista a
de 25 de Julho assegurar que o ordenamento territorial na área sob
sua concessão bem como o ordenamento coercivo de
A Política dos Transportes, aprovada pela Resolução n.° 5/96, quaisquer obstáculos ou bens que ponham em perigo
de 2 de Abril, preconiza, entre outros objectivos, a participação a segurança das circulações ferroviárias, seja
do capital privado na reabilitação, exploração e gestão de infra- observado;
estruturas dos serviços ferroviários.
g) Constituir servidões de interesse público por motivo de
Tornando - se necessário criar o enquadramento legal que necessidade de utilização de terrenos objecto do
permita a concessão, a operador privado, da exploração comercial direito de uso e aproveitamento da terra, de acordo
do serviço público de transporte ferroviário de carga e de com os planos de desenvolvimento acordados com o
passageiros e da atribuição ao mesmo operador do direito Concedente Ferroviário.
exclusivo de usar, operar e gerir a Rede Ferroviária do Norte e o Art. 5. Para efeitos do disposto nos artigos 3 e 4 anteriores, os
Serviço Ferroviário, ao abrigo da alínea e) do n.° 1 do artigo 153 utentes e operadores dos serviços ferroviários deverão prestar
da Constituição da República, o Conselho de Ministros decreta: todas as informações e facultar todos os documentos que lhes
Artigo 1. Cessa, relativamente à exploração comercial, forem solicitados, bem como permitir o livre acesso dos
operação e gestão do Serviço Ferroviário, na Rede Ferroviária funcionários e agentes da Concessionária identificáveis pelo uso
do Norte cuja delimitação consta do Anexo I ao presente decreto, de crachá apropriado, a quaisquer instalações e equipamentos e a
o regime de exclusividadeatribuídoao Estado e até agora exercido qualquer momento.
pela empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, E. P., Art. 6 - 1. O exercício dos poderes de autoridade ferroviária
no que concerne às actividades referidas nos artigos 3 e 4 do atribuídos à Concessionária, nos termos do precedente artigo 4,
presente decreto. beneficia da inimputabilidade própria do exercício do serviço
Art. 2. São aprovados os termos da Concessão da Rede público ferroviário como autoridade ferroviária em conformidade
Ferroviária do Norte efectuada pelo Governo da República de com a legislação vigente aplicável.
Moçambique, na sua qualidade de Concedente Ferroviário, ao 2. O disposto no número anterior não se aplica em caso de
Corrector de Desenvolvimento do Norte, S. A. R. L., na qualidade dolo ou culpa grave, cabendo a quem se apresente como lesado a
de Concessionária, estabelecidos neste decreto. prova de tais factos dolosos ou culposos.
Art. 3. A Concessionária, na qualidade de operador ferroviário, Art. 7. A área das linhas férreas na Rede Ferroviária do Norte,
e na Rede Ferroviária do Norte, cuja delimitação consta do é classificada como Zona de Protecção Parcial, sendo o direito
Anexo I, está autorizada a, em regime de exclusividade: de a usar para o exercício dos serviços previstos no artigo 3, e
a) Gerir e operar a Rede Ferroviária do Norte; nos termos da Concessão, atribuído ao Concessionário Portuário
mediante a emissão da Licença Especial constante do Anexo II
b) Prestar o serviço público de transporte de carga e de ao presente decreto.
passageiros;
Art. 8. É delegada no Ministro dos Transportes e Comunicações
c) Negociar e celebrar contratos necessários à gestão e competência para assinar em nome e em representação do
operação da referida Rede; Governo de Moçambique o respectivo contrato de concessão.
d) Negociar e celebrar contratos necessários ao Art. 9. Compete ao Ministro dos Transportes e Comunicações
fornecimento de energia e água e outros serviços aprovar as seguintes matérias a serem submetidas pela
indispensáveis à população nas regiões carentes; Concessionária:
e) Estabelecer pontos de paragem e horários de circulação a) Inventário dos activos concedidos, activos da
de comboios na Rede Ferroviária, tendo em conta o Concessionária e activos remanescentes dos CFM;
interesse público e necessidades dos utentes.
b) Lista do pessoal expatriado, posições a ocupar na
Art. 4. À Concessionária, entanto que autoridade ferroviária estrutura da Concessionária è termos e condições do
compete- lhe exercer os seguintes poderes: seu recrutamento;
a)Estabelecer o regime tarifário a aplicar na prestação dos c) Critérios e condições de selecção do pessoal nacional;
serviços ferroviários de transporte de carga e de
d) Programa do período de transição até à tomada de posse
passageiros em conformidade com os princípios
da Concessão;
definidos pela autoridade reguladora competente;
e)Indicadores de manutenção e de desempenho bem como
b) Estabelecer as tarifas a aplicar nas relações comerciais
os padrões de manutenção a serem seguidos pela
com os operadores dos serviços portuários e Concessionária,
ferroviários referidos no artigo anterior;
f ) Nível de serviços ferroviários de transporte de passageiros
c) Estabelecer, aplicar e cobrar multas em casos de a ser realizado pela Concessionária.
incumprimento dos regulamentos aplicáveis na
componente de prestação de serviços ferroviários Art. 10. São derrogadas as disposições do Decreto n.° 47043,
de 7 de Junho de 1966 e regulamento por ele aprovado, e no
referidos no artigo precedente;
Decreto n.° 39/94, e n.° 40/94, ambos de 13 de Setembro, bem
d) Zelar pelo cumprimento dos regulamentos aplicáveis, como da demais legislação, no que contrariem o disposto no
previamente aprovados pela competente autoridade presente decreto.
reguladora, sem prejuízo dos poderes atribuídos a
Aprovado pelo Conselho de Ministros.
outras entidades;
Publique- se.
e) Garantir a segurança das circulações ferroviárias na Rede
sob sua concessão; O Primeiro -Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi.
ANEXO I
(Mapa da Rede Ferroviária do Norte a que alude o artigo 1)
CFM NORTE - LINHAS FERREAS

NACALA- ENTRELAGOS CUAMBA- LICHINGA


Rni
ESTACÕES/APEADEIROS Km ESTACOESIAPSADEIROS Kin ESTACÕES/APEADEIROS
0,000 NACALA 315.397 RIBAUE 533.432 CUAMBA - MEPICA
12237 MUCHIUPO 335.100 OUTTIRO 570.000 PEDREIRA
20.153 SERRA DA MESA 351.600 583.000 MISSIAS
42.563 NAMARRAL 374.020 MUSSA 593.000 MICOVA
66.400 RIO MOMAPO - LUMBO 390.310 RIANE 601.000 LOPES
66.690 NOVA RIO MONAPO 400.077 NAMECUNA 610.000 MUNHAMAR
01.600 EVATE 413.354 NATALEIA 633 000 LUGENDA
92.237 METOCHEIRA 429.230 MALE MA 643 000 MITANDE
107.133 NAMIALO 450.072 TUI 649.000 NAMICOIO
123.500 MECONTA 450.072 NACATA 654.000 IMPONE
143.632 NACAVALA 479.609 MUATUALI 674.000 NAMISSENGE
162.200 MUZIA 490.520 LURIO 664.000 LUCOMUE
173.526 ANCHILO 516.947 MURRISA 691.000 MICAVA
192.039 NAMPULA 533.432 CUAMBA 717,000 CATUR (ITEPELA)
RAPALE
211.764 552.750 CAMELA 730.000 LUAMBALAX LUIZE
232.381 MUTIVAZE 750 500 CARONGA 730000 LUIZE X LUAMBALA
249.100 CARAMAJA 591.250 TOBUE 749.000 CHOULUE
269.200 NAMINA 000.950 ENTRELAGOS 766 000 UTE
202.200 MURRULA FRONTEIRA 787.000 LOCUME
300.100 CAIAIA NAYUCHI LICHINGA

Legenda;

Linhas a concessionar

Outras linhas existentes

ANEXO I
CFM - N
ANEXO II

Licença especial n.o


(a que alude o artigo 7)

Termos e condições

Licenciado: [identificação completa da Concessionária]


Validade: Durante todo o período de vigência do Contrato de Concessão da Rede Ferroviária do Norte, celebrado aos [ ] de 2000
entre o Governo da República de Moçambique e a Concessionária, e prorrogável nos termos previstos nesse mesmo Contrato.
Finalidade: Licenciamento do exercício da actividade de prestação do serviço público de transporte ferroviário de carga e de
passageiros nos termos previstos no relevante Contrato de Concessão e da prossecução, por sua conta e risco, das actividades de
reabilitação, operação, gestão, manutenção, desenvolvimento, construção e optimização da Rede Ferroviária do Norte nos termos
acordados no Contrato de Concessão.
Objecto: Concessão da necessária autorização e direitos ao licenciado de:
1. Ter acesso à Rede Ferroviária do Norte.
2. Execução dos seguintes serviços:
a) Gerir e operar a Rede Ferroviária do Norte;
b) Prestar o serviço público de transporte de carga e de passageiros;
c) Negociar e celebrar contratos necessários a gestão e operação da referida Rede;
d) Negociar e celebrar contratos necessários ao fornecimento de energia e água e outros serviços indispensáveis à
população nas regiões carentes;
e) Estabelecer pontos de paragem e horário de circulação de comboios na Rede Ferroviária tendo em conta o interesse
público e necessidades dos utentes.
3. Garantir a execução dos seguintes trabalhos, na Rede Ferroviária:
a) de reabilitação;
b) de construção,
c) de manutenção;
d) de operação.
4. Executar todos os demais serviços, actividades e trabalhos para os quais haja sido devidamente autorizado de acordo com as
finalidades aqui enunciadas.
Registo da Licença: A efectuar junto dos Serviços Nacionais de Cadastro e devendo qualquer alteração ou transmissão da mesma
ser devidamente averbada junto dos referidos serviços.
Condições especiais:
1. A presente licença observará o mesmo regime de duração, alteração, renovação e extinção dos direitos e deveres estipulados
no Contrato de Concessão.
2. Com a transmissão do Contrato de Concessão, transmitir- se- á, também, a presente licença para o novo beneficiário da
Concessão.
3. Constitui parte integrante da presente licença o mapa detalhado de descrição da Rede Ferroviária do Norte.

Autoridade Emitente

Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural Ministro dos Transportes e Comunicações


Decreto n.o 22/2000 aprovada, executar, quer em terra quer no plano de água, os
de 25 de Julho trabalhos de reabilitação, construção e manutenção de infra-
estruturas portuárias.
A Política dos Transportes, aprovada pela Resolução n.° 5/96, Art. 6. Cessam, com efeitos a partir da data de início de
de 2 de Abril, preconiza, entre outros objectivos, a participação operação pela Concessionária, nos termos previstos na Concessão,
do capital privado na reabilitação, exploração e gestão de infra- os poderes de autoridade portuária, na Área da Concessão
estruturas dos serviços portuários. Portuária e na restante Área sob Jurisdição do Porto de Maputo,
Havendo necessidade de estabelecer a base legal que permita constantes dos artigos 7 e 8, até então exercidos pela empresa
a concessão, a operador privado, da exploração comercial do Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, E. P.
serviço público portuário na Área da Concessão Portuária, no Art. 7. Passam a constituir poderes de autoridade portuária
Porto de Maputo, e a atribuição ao mesmo operador de poderes atribuídos à Concessionária, na Área da Concessão Portuária, os
de autoridade portuária na Área sob Jurisdição do Porto de concernentes a:
Maputo, bem como do licenciamento do uso do terreno integrante
a) Estabelecimento do regime tarifário a aplicar na prestação
do perímetro da Concessão Portuária, enquanto Zona de Protecção
dos serviços portuários referidos no artigo 3 anterior
Parcial, nos termos da Lei n.° 19/97, de 1 de Outubro, e do seu
e prestados, em regime de exclusividade, pela
regulamento aprovado pelo Decreto n.° 66/98, de 8 de Dezembro,
Concessionária na Área da Concessão Portuária;
no uso das competências atribuídas pela alínea e) do n.° 1 do
artigo 153 da Constituição da República, o Conselho de Ministros b)Estabelecimento, aplicação e cobrança de multas a aplicar
decreta. em casos de incumprimento dos regulamentos
aplicáveis na componente da prestação de serviços
Artigo 1. Cessa, relativamente à exploração comercial do
portuários previstos no artigo 3 anterior e prestados,
serviço portuário na Área da Concessão Portuária, no Porto de
em regime de exclusividade, pela Concessionária na
Maputo, cuja delimitação consta do Anexo I ao presente decreto,
Área da Concessão Portuária;
o regime de exclusividade atribuído ao Estado e até agora exercido
pela empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, E. P., c) Estabelecimento das tarifas a aplicar nas relações
no que concerne às actividades previstas nos artigos 3 e 4 do comerciais com os operadores dos serviços portuários
presente decreto. e ferroviários;
Art. 2. É aprovada a Concessão do Porto de Maputo efectuada d) Zelar pelo cumprimento dos regulamentos aplicáveis,
pelo Governo da República de Moçambique, na sua qualidade previamente aprovados pela competente autoridade
de Concedente Portuário, à Sociedade de Desenvolvimento do reguladora;
Porto de Maputo, S. A. R. L., na qualidade de Concessionária, nos e) Segurança da Área da Concessão Portuária e das
termos estabelecidos neste decreto. instalações e mercadorias bem como do acesso às
Art. 3 - 1. Na Área da Concessão Portuária, a Concessionária mesmas;
está autorizada a exercer, quer em terra quer no plano de água e Inspecção a embarcações, bens e equipamentos na Área
em regime de exclusividade os seguintes serviços portuários: da Concessão Portuária, sem prejuízo dos poderes
a) Pilotagem; atribuídos a outras entidades;
b) Reboque; g) Ordenamento territorial do perímetro da Concessão
Portuária, de acordo com planos de desenvolvimento
c) Atracação e desatracação;
e de ocupação territorial previamente aprovados pelo
d) Estiva a bordo dos navios e no cais; Concedente Portuário ou quem exerça as suas funções;
e) Manuseamento de cargas nos armazéns, tabuleiros h) Consultas com as Autoridades Marítimas para que estas
portuários e navios; exerçam o seu poder de ordenamento coercivo e a
f) Armazenagem; remoção de quaisquer embarcações, equipamentos e
outros objectos que ponham em perigo a segurança
g) Abastecimento de combustíveis, água e electricidade aos física e da navegabilidade da Área da Concessão
navios. Portuária;
2. Os serviços auxiliares de estiva e os fornecimentos de i) Constituição de servidões de interesse público por motivo
géneros aos navios poderão ser exercidos pela Concessionária, de necessidade de utilização de terrenos objecto do
nos termos da lei. direito de uso e aproveitamento da terra, de acordo
Art. 4. Na Área sob Jurisdição do Porto de Maputo, cuja com os planos de desenvolvimento acordados com o
delimitação consta do Anexo II ao presente decreto, fora da Área Concedente Portuário.
da Concessão Portuária, a Concessionária está autorizada a Art. 8. Na Área sob Jurisdição do Porto de Maputo, fora
exercer, quer em terra quer no plano de água e em regime de da Área da Concessão Portuária, passam a constituir poderes
exclusividade, os seguintes serviços portuários: de autoridade portuária atribuídos à Concessionária os
a) Pilotagem; concernentes a:
b) Reboque; a) Estabelecimento do regime tarifário a aplicar na prestação
de serviços portuários previstos no artigo 4 e
c) Atracação e desatracação.
prestados, em regime de exclusividade, pela
Art. 5. Para efeitos do disposto nos artigos 3 e 4 anteriores, a Concessionária da Área sob Jurisdição do Porto de
Concessionária deverá, nos termos previstos na Concessão ora Maputo,
b) Estabelecimento, aplicação, cobrança e determinação do Art. 12. É delegada no Ministro dos Transportes e
destino de multas a aplicar em caso de incumprimento Comunicações competência para assinar em nome e em
dos regulamentos aplicáveis na componente da representação do Governo de Moçambique o respectivo Contrato
prestação de serviços portuários referidos no artigo 4 de Concessão.
e prestados, em regime de exclusividade, pela
Concessionária na Área sob Jurisdição do Porto de Art. 13. É delegado, ainda, no Ministro dos Transportes e
Maputo; Comunicações poder legal necessário à aprovação das seguintes
c) Consultas com as Autoridades Marítimas para que estas matérias a serem submetidas pela Concessionária:
exerçam o seu poder de ordenamento coercivo e a a) Inventário dos activos concedidos, activos da
remoção de quaisquer embarcações, equipamentos e Concessionária e activos remanescentes dos CFM;
outros que ponham em perigo a segurança física e da
navegabilidade da Área sob Jurisdição do Porto de b) Lista do pessoal expatriado, posições a ocupar na
Maputo. estrutura da Concessionária e termos e condições do
seu recrutamento;
Art. 9 Para efeitos do disposto nos artigos 7 e 8 anteriores, os
utentes e operadores dos serviços portuários deverão prestar todas c) Critérios e condições de selecção do pessoal nacional;
as informações e facultar todos os documentos que lhes forem d) Programa do período de transição até à tomada de posse
solicitados, bem como permitir o livre acesso dos funcionários e
da Concessão;
agentes da Concessionária identificáveis pelo uso de crachá
apropriado, a quaisquer instalações e equipamentos. e) Indicadores de manutenção e de desempenho bem como
Art. 10 - 1. O exercício dos poderes de autoridade portuária os padrões de manutenção a serem seguidos pela
atribuídos à Concessionária, nos termos dos precedentes Concessionária.
artigos 7 e 8, beneficia da inimputabilidade própria do exercício Art. 14. São derrogadas as disposições das Portuárias n.° 18630,
do serviço público portuário como autoridade portuária em de 24 de Abril de 1965 e regulamento por ela aprovado, e
conformidade com a legislação vigente aplicável. n.° 606/71, de 26 de Junho, dos Decretos n.° 34/94, de 1 de
2. O disposto no número anterior não se aplica em caso de Setembro, e n.° 39/94, e n.° 40/94, ambos de 13 de Setembro, do
dolo ou culpa grave, cabendo a quem se apresente como lesado a Decreto n.° 5/98, de 24 de Fevereiro, e do Diploma Ministerial
prova de tais factos dolosos ou culposos. n.° 211/98, de 2 de Dezembro, bem como das demais legislação,
Art. 11. A Área da Concessão Portuária, no Porto de Maputo, no que contrariem o disposto no presente decreto.
é classificada como Zona de Protecção Parcial, sendo o direito
Aprovado pelo Conselho de Ministros.
de a usar para o exercício dos serviços previstos no artigo 7
atribuído ao Concessionário Portuário, mediante a emissão da Publique- se.
Licença Especial constante do Anexo III ao presente decreto. O Primeiro -Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi
ANEXO I
(Mapa do perímetro da Concessão Portuária a que alude o artigo 1)
ANEXO II
(Mapa da Área sob Jurisdição do Porto de Maputo a que alude o artigo 4)
ANEXO III

Licença Especial N.o

(a que alude o artigo 11)

Termos e condições

Licenciado: [identificação completa da Concessionária]


Validade: Durante todo o período de vigência do Contrato de Concessão do Porto de Maputo celebrado aos [ ] de 2000 entre o
Governo da República de Moçambique e a Concessionária, e prorrogável nos termos previstos nesse mesmo Contrato.
Finalidade: Licenciamento do exercício da actividade de prestação do serviço público portuário nos termos previstos no relevante
Contrato de Concessão e da prossecução, por sua conta e risco, das actividades de reabiltação, operação, gestão, manutenção,
desenvolvimento, construção
Objecto: Concessão e optimização
da necessária da Áreae da
autorização Concessão
direitos Portuáriade:
ao licenciado nos termos acordados no Contrato de Concessão,
1. Ter acesso à Área da Concessão Portuária.
2 Executar os seguintes serviços, quer em terra quer em água:
a) Pilotagem;
b) Reboque;
c) Atracação e desatracação;
d) Estiva a bordo dos navios e no cais;
e) Manuseamento de cargas nos armazéns, tabuleiros portuários e nos navios;
f ) Armazenagem;
g) Abastecimento de combustíveis, água e electricidade aos navios.
3. Garantir a execução dos seguintes trabalhos, quer em terra quer em água:
a) De reabilitação;
b) De construção;
c) De manutenção;
d) De operação.
4. Executar todos os demais serviços, actividades e trabalhos para os quais haja sido devidamente autorizado de acordo com as
finalidades aqui enunciadas.
Registo da Licença: A efectuar junto dos Serviços Nacionais de Cadastro e devendo qualquer alteração ou transmissão da
mesma ser devidamente averbada junto dos referidos Serviços.
Condições especiais:
1. Apresente licença observará o mesmo regime de duração, alteração, renovação e extinção dos direitos e deveres estipulados
no Contrato de Concessão.
2. Com a transmissão do Contrato de Concessão, transmitir- se- á, também, a presente licença para o novo beneficiário da
Concessão.
3. Constitui parte integrante da presente licença o mapa detalhado de descrição do Perímetro de Concessão Portuário e Área
de Jurisdição Portuária.

Autoridade Emitente

Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural Ministro dos Transportes e Comunicações

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