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Introdução do caso

O Caso Villas Boas está entre os mais famosos casos ufológicos brasileiros: é a mais antiga
alegação de abdução conhecida no mundo; é o relato inaugurador dos contatos imediatos
de quinto grau (ou de sétimo grau em uma outra tabela que aqui no Frequência X a gente
não segue ela) e é o primeiro caso de abdução a ser publicado, apesar de tardiamente (o
episódio ocorreu em 1957, mas a história só foi dada a conhecer na edição de janeiro de
1965 do periódico estadunidense Flying Saucer Review). O segundo relato de abdução
publicado foi o do casal Hill, na edição de 25 outubro de 1965 do jornal Boston Traveler e
também teve contato sexual com seres intergaláticos.

Antônio Villas Boas (1934-1991 - 23 anos na época) era de uma família rica e dona de
terras no triângulo mineiro. Filho de Jerônimo Pedro Villas Boas e Enésia Cândida de
Oliveira, fazendeiros em São Francisco de Sales (MG). O casal teve ao todo dez crianças,
sendo quatro meninos e seis meninas.

Para lavrar a terra, a família Villas Boas usava um trator com o qual trabalhavam em dois
turnos, um diurno e outro noturno. De dia trabalhavam os empregados da fazenda e, à
noite, por sua vez, o próprio Antônio, sozinho ou acompanhado dos seus irmãos e
cunhados.

Dias antes do relato de abdução, Antônio e um irmão já começaram a ver movimentos de


luzes estranhas no céu.

Segundo seu relato, no dia 5 de outubro de 1957 Antonio e um dos irmão se preparavam
pra dormir depois de uma festa na cidade quando quando viram uma luz de procedencia
indefinida entrando pela janela bem mais clara que a do luar. Antônio chamou pelo irmão,
que não se interessou pelo fenômeno, então ele logo fechou a janela e ambos foram dormir.
Pouco depois, sem resistir à curiosidade, Antônio tornou a levantar-se e a abrir a janela. A
luz continuava inalterada, mas, subitamente, a mesma se deslocou para junto da janela.
Assustado, Antônio fechou a janela com tanta força que acordou o irmão e, dentro do
quarto escuro, ambos passaram a acompanhar a luminescência que entrava pelas
venezianas. A luz se deslocou para o alto do telhado da casa, onde penetrou pelas frestas
entre as telhas. Finalmente, depois de alguns minutos, o brilho desapareceu e não retornou
mais.

Em 14 de outubro, houve um segundo incidente que ocorreu por volta de 21h30-22h.


Naquela ocasião, Antônio trabalhava com o trator em companhia de outro irmão.
Subitamente eles avistaram, na ponta norte do campo, uma luz muito clara e vermelha,
penetrante a ponto de fazer doer as vistas. Ao observarem melhor, distinguiram alguma
coisa dentro da luz, mas não conseguiram precisar o que era, pois as suas vistas ficavam
totalmente ofuscadas. Curioso, Antônio começou a correr atrás da luz, que por sua vez
começou a fugir dele. Finalmente, desistiu da empreitada e voltou para junto do irmão. Por
uns poucos minutos, a luz ficou imóvel, à distância; ela parecia emitir raios intermitentes, em
todas as direções. Em seguida, desapareceu tão repentinamente que deu a impressão de
haver simplesmente se apagado.
A abdução

Na madrugada de 16 de outubro de 1957, Antônio arava a terra sozinho com o trator


quando foi novamente surpreendido por uma luz vermelha. A luz se aproximou,
aumentando progressivamente de tamanho. Tratava-se de um objeto oval e brilhante que
ficou pairando a uns 50 m da cabeça do agricultor. Após uns dois minutos, o objeto desceu
e pousou a cerca de 15 m de distância da testemunha. Em cima da nave algo girava a alta
velocidade e emitia uma luz vermelha fluorescente.

De repente, a parte debaixo do objeto se abriu e deixou sair três suportes metálicos.
Antônio concluiu tratar-se do trem de pouso da nave. Percebendo que algo iminente iria
acontecer com ele, pulou do trator e começou a correr, porém um humanoide, trajado dos
pés à cabeça, agarrou-o pelo braço. Desesperado, Antônio aplicou-lhe um golpe que o fez
soltá-lo e cair para trás. Novamente tentou correr, quando três outros seres
instantaneamente o agarraram pelos braços e pernas e o ergueram do solo ou o arrastaram
(as versões são contraditórias nesse ponto). Embora dominado, Antônio ofereceu
resistência, mas os alienígenas conseguiram por fim fazê-lo subir por uma escada flexível e
bambeante para o interior da nave.

No óvni, Antônio foi, contra a vontade, completamente despido. Um líquido oleoso, mas que
não deixava a pele engordurada, foi passado no corpo dele com uma espécie de esponja.
Em outra sala, dois seres se aproximaram com um tipo de cálice, do qual saíam dois tubos
flexíveis. Eles colocaram a extremidade de um dos tubos no “cálice”; a outra ponta possuía
uma peça de embocadura parecida com uma ventosa, que eles enfiaram no queixo de
Villas Boas. O agricultor não sentiu dor, apenas uma sucção na pele. Seu sangue escorreu
pelo tubo e se depositou no cálice, que encheu até a metade. O tubo foi então retirado. O
outro tubo, que ainda não havia sido usado, foi colocado do outro lado do queixo, de onde
se coletou mais sangue, até completar o vasilhame. A pele de Antônio ficou ardendo e
coçando no lugar da sangria.

Deixado sozinho numa sala que exalava uma fumaça de cheiro desagradável e sufocante,
que lhe provocou vômitos, Antônio esperou por um longo tempo até que, para seu espanto,
surgiu uma mulher de pequena estatura, inteiramente nua. Seus cabelos eram macios e
louros, quase cor de platina - como que esbranquiçados - e lhe caíam na nuca, com as
pontas viradas para dentro. Usava o cabelo repartido ao meio e tinha grandes olhos azuis,
amendoados e puxados para os lados. O que mais lhe chamou a atenção foi o fato dela ter
os pelos das axilas e do púbis vermelhos.

A humanoide se aproximou de Antônio em silêncio, abraçou-o e começou a esfregar seu


rosto e corpo contra os dele. A porta se fechou e Antônio ficou a sós com a fêmea, com
quem acabou tendo relações sexuais.

Por fim, aparentando estar cansada, a mulher passou a rejeitar Antônio. Antes de sair da
sala, ela virou-se para ele e apontou, primeiro, para a própria barriga, depois, com um
sorriso, para Antônio e, por último, para o alto - como se quisesse dizer que ele iria ser pai
de um ser que nasceria entre as estrelas.
Logo em seguida, um dos seres voltou com a roupa de Antônio, que se vestiu
imediatamente. Segundo Antônio, os sequestradores usavam macacões colantes, de um
tecido bem grosso, cinzento, muito macio e, em alguns pontos, colado com tiras pretas. Um
capacete da mesma cor cobria a cabeça toda, deixando à mostra somente os olhos,
protegidos por um par de óculos redondos.

Antônio foi então levado para fora da nave. Antes, tentou ainda pegar um objeto para provar
a história, mas os raptores perceberam e tomaram o objeto de volta. Por fim, a nave
decolou verticalmente e sumiu em poucos minutos. Antônio calculou haver ficado no interior
do óvni de 1h15 às 5h30 da madrugada – portanto, mais de quatro horas.
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O que ainda temos além do relato:

- Já em terra firme o rapaz notou que tinha queimaduras no corpo e as marcas da


coleta de sangue ainda estavam lá.
- Ao procurar ajuda médica, descobriu que as queimaduras foram causadas por
radiação.
- A experiência foi compartilhada com amigos e familiares, mas não foi bem recebida.
Antonio Villas Boas ganhou fama de mentiroso e tudo virou um grande incômodo
para a família ao ponto de ninguém falar sobre o assunto
- Depoimento a revista O Cruzeiro. Antonio procurou João Martins, famoso jornalista
na época que publicava relatos de contatos com ovnis. Foi recebido por João e o Dr.
Olavo Fontes, que era médico e ufólogo e o examinou.
- Repercussão em publicações grandes nos EUA
- Ida ao programa de Flávio Cavalcanti em 78, já não querendo mais falar sobre
- Há 2 quadrinhos sobre o incidente que, segundo o próprio Antônio, retrataram muito
bem o ocorrido.

PLOT TWIST

Em 1978 (seria coincidência ter sido logo após Antônio ir a TV?), o ex-agente da CIA Bosco
Nedelcovic, nascido na Sérvia, revelou ao ufologista Rich Reynolds que foi um dos
integrantes da equipe da Operação Miragem, da CIA, que borrifou drogas alucinógenas em
Antônio Villas Boas e o induziu a pensar que estivesse sendo abduzido por alienígenas. O
óvni, na verdade, não passava de um helicóptero, possivelmente camuflado; os agentes
usavam macacões herméticos, capacetes e sistemas de respiração para se protegerem dos
efeitos das drogas borrifadas; e a garota das estrelas era uma prostituta asiática contratada
para copular com Villas Boas. Como garantiu Nedelcovic, era tudo um ardil, parte do projeto
de controle mental MKULTRA da CIA para simular uma abdução – aliás, a primeira, e ainda
com conotações sexuais, da chamada Era Moderna dos Discos Voadores. Richard Doty,
um ex-oficial de investigações da Força Aérea dos Estados Unidos, confirmou a versão de
Nedelcovic a Mark Pilkington e John Lundberg, autores de Mirage Men: A Journey in
Disinformation, Paranoia and UFOs (2010). Seria esta a verdade final sobre o Caso Villas
Boas ou só mais uma história de desinformação entre tantas que já foram lançadas sobre o
fenômeno óvni para confundir e manipular os ovniologistas e a sociedade?

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