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AGRADEC IMENTOS
Temos utilizado estes exercícios e estas formas jogadas, na nossa Escola de Futebol, com muitos e
diversos tipos de grupos. Temo-los acrescentado e melhorado com o passar do tempo, e as suas fontes têm
sido várias e extensas. A sua ampliação envolveu também adaptação, integração, expansão, variação, de tal
modo que não é possível identificar todas as suas fontes, embora essa maioria seja resultante da minha
experiência de treino (quase um quarto de século) e de ensino.
Não há direitos de autor para todos estes jogos e formas jogadas e para todas estas estratégias e,
por esta razão, qualquer pessoa pode utilizar os nossos próprios jogos e os que fomos buscar a outros
manuais e a muitos colegas treinadores e professores. Muitas e muitas vezes inventámos um jogo, uma
condicionante, uma variante, uma nova estratégia e uma nova forma para uma determinada ocasião,
encontrando-o depois noutro livro e vice -versa, num e noutro treino aplicado por colegas do mesmo ofício,
outras vezes no mesmo espaço de treino mas com aplicações e desenvolvimentos diversos.
Por tudo isto quero deixar um obrigado muito especial ao Bruno Maruta e ao Prof. Paulo Lourenço
(juro que vou estar atento e obrigado pelas cautelas..) pela recolha, organização e sistematização dos
muitos conteúdos, meios, métodos, estratégias e conselhos que lhes transmiti ao longo destes últimos anos;
à Mestre Helena Costa, ao Prof. Fernando Pinto, ao Prof. Luís Moutinho, ao Prof. Nuno Maurício; ao agora
também Mestre Paulo Martins, ao Prof. José Relvas e ao Prof. João Barbosa, pois foram de uma utilidade
extrema e os que me estimularam com o melhor apoio que se pode dar. Por isso, vejo -os como co-
responsáveis pela concretização deste documento.
Quero deixar também uma palavra de apreço e de agradecimento ao Prof. Vítor Estêvão, ao Prof. Rui
Silva, ao Hugo Zagalo, ao Miguel Soares, ao Prof. Paulo Moreira, por todas as questões e dúvidas suscitadas
e que muito contribuíram para não me deixar acomodar e de fazer com que tivesse de me superar para lhes
dar a melhor formação possível, criando e descobrindo por isso novos meios, métodos e estratégias de
ensino; ao Misteres Adolfo Calisto e Arnaldo Teixeira, pela mística que continuam a transmitir e pelo co ntar
de histórias e experiências de outros tempos que muito ajudaram e ajudam no melhorar das estratégias de
treino a aplicar nas nossas crianças e jovens; um obrigado e um reconhecimento muito especial ao António
Pedro pelos ensinamentos que dele recolhi na forma como se deve gerir uma Escola de Fute bol (este foi
mais um passo a juntar aos muitos outros dados por ele no melhorar desta estrutura); ao agora também
Mestre Mário Costa, meu antecessor nesta Escola de Futebol, pelo legado, pelas bases e pelas perspectivas
de evolução e expansão que nos deixou; aos outros amigos desta vida que de uma forma ou de outra
também me incentivaram e tornaram possível a realização deste manual.
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GERAÇÃO BENFICA ESCOAL DE FUTEBOL
ÍNDICE
Agradecimentos 1
Introdução 3
Objectivos 25
Conteúdos Programáticos 30
Componentes criticas 31
Exercícios padrão 42
Simbologia 43
Exercícios de aquecimento 44
Anexos 133
Plano de treino
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GERAÇÃO BENFICA ESCOAL DE FUTEBOL
INTRODUÇÃO
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GERAÇÃO BENFICA ESCOAL DE FUTEBOL
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GERAÇÃO BENFICA ESCOAL DE FUTEBOL
É hoje claro que a formação e preparação desportiva das crianças e jovens, deve ser, e é,
substancialmente diferente da dos adultos e que o treino/competição da criança é diferente da do
jovem, assim como o treino/competição do jovem é diferente do dos adultos. Mais do que isto, é
sabido que a formação e preparação da criança e do jovem tem que ter em conta que o processo
de maturação é individualizado, com diferenças significativas entre género sexual e entre
indivíduos, o que condiciona de forma decisiva o processo de preparação, educação e formação
desportiva.
§ Bom senso
§ Formação no terreno
§ Formação académica
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GERAÇÃO BENFICA ESCOAL DE FUTEBOL
O treino de crianças e jovens deve sempre contribuir para o seu desenvolvimento global e
harmonioso nas vertentes física, intelectual, emocional e social, devendo proporcionar a todos a
oportunidade de participar de forma regular em níveis de prática compatíveis com as suas
capacidades e grau de maturação.
Os exercícios não são todos iguais, não provocam os mesmos efeitos, nem todos têm a
mesma eficácia.
Hoje o futebol não se baseia quase exclusivamente nos aspectos físicos como nas décadas
de 60 e 70, nas quais os treinadores tinham a ideia de que a melhoria da condição física era
determinante na obtenção de bons resultados em competição e na formação. Não se baseia
igualmente nos aspectos técnicos, obsessão da geração seguinte, que levou muitos seguidores a
pensar que o sucesso do jogador (formação) e da equipa estavam relacionados com o exagerado
treino da técnica em situações analíticas.
Actualmente o futebol é um jogo que não se baseia quase exclusivamente nos aspectos
físicos e técnicos, trata-se de um jogo muito rápido que requer maior inteligência, perspicácia,
reflexão, análise e rapidez de acção o que exige rápidas e acertadas decisões. Numa definição
simples, podemos dizer que este jogo é uma sucessão no tempo e no espaço de equilíbrios e
desequilíbrios momentâneos, onde estes desequilíbrios são fruto da excelência emocional,
alicerçada numa excelente tomada de decisão e numa forte capacidade de drible e velocidade.
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É por isto que na nossa Escola, os meios, métodos e estratégias mais adequadas para
ensinar o jogo “(…)passam por interessar o praticante, recorrendo a formas jogadas divertidas e
motivantes, implicando-o em situações-problema que contenham os ingredientes fundamentais
do jogo, isto é, presença da bola, oposição, cooperação, escolha e finalização. De acordo com
este entendimento, não são de adoptar situações que levem à exercitação descontextualizada e
analítica dos gestos técnicos (passe, recepção, condução, drible, remate, entre outros), dado que
a execução assim realizada assume características diferentes daquela que ocorre no contexto
aleatório do jogo.” (Garganta, 1994).
Neste sentido, os exercícios de treino não se dirigem a um único objectivo, antes pelo
contrário, consideram em cada momento que melhorias podem provocar nos domínios técnico,
táctico, físico, cognitivo e psicológico numa relação coerente entre estas variáveis (analíticos
somente o necessário, globais e integrantes tanto quanto possível), sendo desejável o uso de
estruturas em número reduzido de jogadores, utilizando uma única baliza, como por exemplo:
Num jogo de futebol, o jogador deve saber o que fazer (componente táctica, sustentada
em princípios de jogo através de regras de actuação no ataque e na defesa), para depois saber
como fazer (componente técnica), o que exige uma elevada capacidade de decisão (componente
cognitiva), que por sua vez decorre de uma ajustada leitura de jogo (capacidade de
percepção/análise e antecipação, sustentadas no desenvolvimento da atenção e concentração),
para poder agir correctamente no tempo certo em relação ao móbil do jogo (velocidade de acção
com e sem bola – alicerçada em excelentes capacidades coordenativas e condicionais).
É este o pilar sobre o qual assenta toda a nossa organização de ensino e que leva os
nossos meninos, “a par do treino das coisas do corpo”, a tratar bem a bola e a compreender
como se joga em todo o campo, sendo a criatividade individual e colectiva e a tomada de decisão,
as traves mestras desta metodologia.
Aprender a tratar bem a bola implica que se tenha um bom domínio do próprio corpo,
estar equilibrado, manter a cabeça levantada, mudar de direcção, parar de repente, arrancar de
surpresa, saber correr, acelerar ou diminuir a velocidade de corrida, parar, saltar, cabecear,
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inverter o sentido do deslocamento, saber rematar, passar, receber, apreciar trajectórias, saber
olhar e recolher informações, cooperar com os colegas, saber defender e atacar à direita, ao
centro e à esquerda, saber decidir e controlar as próprias emoções, são a base de um harmonioso
domínio corporal e psíquico, e que possibilitam ter a arte de jogar com agrado de ver.
São estas coisas simples do corpo e da mente, as mais valias e alicerces do ensino na
nossa Escola de Futebol e que fazem dela uma referência, contribuindo assim para o bem-estar
dos nossos alunos e proporcionando-lhes uma correcta formação moral, intelectual e desportiva.
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Uma das funções dos (as) nossos (as) treinadores (as) é coordenar o trabalho com os (as)
técnicos (as) estagiários (as), sempre com o objectivo de melhorar a qualidade dos treinos dos
nossos alunos, sem nunca esquecer que paralelamente estes estão também a aprender e a
evoluir.
O primeiro período funciona essencialmente para os (as) técnicos (as) estagiários (as)
conhecerem um pouco melhor o funcionamento e a organização da nossa Escola de Futebol.
Para o segundo período está destinado proporcionar aos (às) técnicos (as) estagiários (as)
um papel cada vez mais activo, para tal, é exigido um conjunto de funções mais abrangentes e
uma qualidade de intervenção no treino cada vez maior.
Durante este período, o(a) técnico(a) assistente/estagiário(a) terá mais autonomia para
interagir com os alunos. O(a) técnico(a) principal terá uma função mais orientada para a
supervisão e controlo da actividade, intervindo em casos pontuais ou de manifesta incapacidade
por parte do(a) treinador(a) estagiário (a).
As grandes tarefas que são exigidas aos técnicos encontram-se explícitas neste
documento quando abordamos os aspectos de organização e intervenção nas aulas, bem como no
processo de avaliação dos técnicos estagiários.
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1. Assiduidade
2. Pontualidade
4. Plano de treino
5. Qualidade de ensino
1. Assiduidade
2. Pontualidade
Encontra-se no local de treino com a devida antecedência para fazer a recepção aos
praticantes, dispor todo o material e meios necessários, analisar o plano de treino e iniciar o
treino à hora prevista.
deve fazer, manifestando um interesse pessoal, claro e expresso, pelo êxito deste nas tarefas
propostas.
Tem um código ético de valores, atitudes e condutas, que aplica a todos os jovens e que
cumpre e gere com justiça e sensibilidade.
Tem uma atitude mental de educador(a) que se traduz num esforço permanente de auto-
domínio necessário a uma actuação pelo exemplo. Respeita a personalidade, saúde e integridade
física dos jovens praticantes com quem trabalha.
4. Plano de treino
4.2 Especificação/Clareza
A formulação das indicações contidas no plano de treino deve ser correcta do ponto de
vista metodológico. A formulação deve apresentar coerência quanto à realização dos objectivos,
devendo também satisfazer os parâmetros definidos para a concretização correcta e adequada
dos planos de treino.
5. Qualidade de ensino
O(a) técnico(a) desportivo(a) deve orientar a actividade no espaço para o treino de tal
modo que lhe permita cumprir os objectivos do treino, detectar e prevenir situações de risco.
Para tal, tem de posicionar-se e circular no espaço de treino, intervindo sistematicamente na
execução dos alunos, ajudando-os e eliminando assim factores perturbadores da eficácia do
treino. Uma outra função do(a) técnico(a) desportivo(a) é gerir o tempo de treino, de material
utilizado e dos grupos constituídos de acordo com os objectivos de treino, adaptando-se aos
imprevistos.
O(a) técnico(a) desportivo(a) tem de utilizar uma linguagem clara, atraente e acessível à
compreensão do seu significado pelos jovens praticantes. Na sua linguagem, deve utilizar formas
de expressão que explicitem os conteúdos e os termos técnicos, facilitando assim a compreensão
da matéria pelos jovens praticantes.
O treino deve apresentar uma estrutura coordenada, coerente, continua e sem quebras. O
doseamento das diferentes tarefas e situações está de acordo com as regras metodológicas
adoptadas, com os objectivos definidos, adaptando-se às capacidades dos jovens praticantes.
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GERAÇÃO BENFICA ESCOAL DE FUTEBOL
Deve manifestar, pelo exemplo, grande respeito pelas opiniões, valores e condutas dos
outros intervenientes da actividade desportiva, pautando as suas intervenções pelo equilíbrio e
ponderação, sem deixar de defender, com firmeza e de forma inequívoca, os interesses do Clube,
da actividade que exerce e sobretudo do jovem praticante.
Uma vez que a sua conduta vai ser observada pelos jovens praticantes e que estes vão ter
a tendência para aprenderem e adquirirem as condutas e as atitudes que mais se identifiquem
com a sua forma de agir, o(a) técnico(a) desportivo(a) deve estar consciente de que é um
modelo.
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GERAÇÃO BENFICA ESCOAL DE FUTEBOL
Princípios de orientação que devem ser cumpridos em cada treino/aula e que vão contribuir
para o desenvolvimento qualitativo dos nossos alunos/jogadores:
A análise do plano de treino deve ser rigorosa para que não surjam grandes dúvidas no
decorrer do treino e para que este seja cumprido tanto quanto possível, ao nível da organização,
do desenvolvimento e da identificação dos feedbacks a usar (critério de êxito/componentes
criticas).
Após cada treino, o(a) técnico(a) principal deve realizar um balanço, levantar sugestões
sobre o que foi feito na sessão, assinalando-as no próprio plano de treino, os quais poderão ser
consultados pelos(as) outros(as) técnicos(as) sempre que desejarem.
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No início de cada aula/treino deve haver a preocupação dos(as) técnicos(as) não deixarem
as bolas ao alcance directo dos seus alunos e esclarecer que não é permitido o contacto com as
bolas sem a devida autorização dos(as) seus/suas treinadores(as), pois existe uma tendência
geral dos alunos se dirigirem às mesmas, não cumprimentando os(as) técnicos(as), o que
transmite uma imagem de desorganização, indisciplina e de falta de regras. Mesmo aqueles
alunos que por qualquer motivo cheguem atrasados devem primeiro cumprimentar todos os(as)
téc nicos(as) e só depois integrar-se na aula/treino.
Por outro lado, deve garantir-se uma organização que permita controlar todo o material.
Sendo assim, deve utilizar-se a rede para colocarmos as bolas que momentaneamente não estão
a ser utilizadas.
Apesar da divisão da turma poder ser feita em dois ou três níveis de aprendizagem
(introdutório, elementar e avançado), cumprindo o princípio da diferenciação do ensino, devemos
procurar manter a homogeneidade da mesma, seleccionando exercícios nos quais os diferentes
elementos desses grupos de nível, executem juntos os mesmos exercícios e lutem por atingir
objectivos comuns. Para tal, é necessário uma boa coordenação entre todos os(as)
treinadores(as) em relação às tarefas que se realizam. Regra geral, o(a) técnico(a) responsável
interage directamente mais vezes com o nível avançado, ficando cada um dos(as) restantes
técnicos(as) a interagir com outro nível previamente definido. No entanto, torna-se importante
que o(a) treinador(a) principal interaja e controle os diferentes grupos com alguma regularidade,
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cumprindo outros objectivos. Os alunos com mais dificuldades são os que mais necessitam das
mais valias do(a) treinador(a) mais experiente e, em princípio, mais sabedor.
Devemos evitar que os alunos coloquem os coletes no chão (há um cesto próprio para o
fazerem). Nos dias de chuva é importante proteger os coletes que não estão a ser utilizados para
que não se molhem. Ainda nos dias de chuva, sempre que distribuímos alguma informação em
papel aos nossos alunos, estes devem abrigá-los por baixo do equipamento para que não
cheguem deteriorados aos Encarregados de Educação.
Para facilitar a organização, o aluno que demonstra os alongamentos deve ser o mesmo
que distribui os cartões pelos seus colegas em cada aula/treino, sendo escolhido pelo treinador
num sistema de rotatividade. Assim, após o final dos alongamentos os alunos devem sentar-se
no chão (se não chover) e esperar que o seu colega lhe entregue o cartão. O aluno que distribui
só deve entregar o cartão aos colegas que estiverem sentados.
Uma das tarefas dos(as) técnicos(as) é recomendar aos seus alunos que se façam
acompanhar da sua própria garrafa de água, devidamente identificada, bem como de um boné
nos dias de sol. Não é permitido o uso de relógio no decorrer do treino.
É necessário indicar e controlar as entradas e saídas dos nossos alunos pelo campo de
treinos, garantir que se realizam pelo local apropriado, sem excepções. Devemos ainda relembrar
os nossos alunos que apenas devem entrar no campo de treinos após a devida autorização do
funcionário, que se encontra junto da porta de entrada, e que é responsável por esta tarefa.
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É necessário utilizar estratégias para lidar com as situações de organização do treino e dos
alunos em questão, de modo a diminuir, tanto quanto possível, o tempo disponibilizado para esta
tarefa no decorrer da sessão. Como tal, torna-se importante, por vezes, pensar e reflectir sobre
as tarefas que se seguem àquelas que estamos a realizar num determinado momento e
consequentemente instruir os nossos alunos nesse sentido. Por exemplo, quando estamos a
trabalhar em circuito de áreas de trabalho, os alunos têm uma pausa para beber água. É
importante que antes de finalizar um exercício, os alunos sejam informados que, após a pausa,
devem dirigir-se a determinada área de trabalho onde irão encontrar o mesmo ou outro(a)
técnico(a).
O(a) técnico(a) deve ainda aproveitar as pausas do treino para a organização do material
de apoio às actividades de modo a garantir o cumprimento dos objectivos. Caso seja possível,
estas pausas podem também ser aproveitadas para o fortalecimento das relações interpessoais
entre técnicos(as) e alunos, através do convívio e de práticas lúdicas.
Outra forma de fazer cumprir este objectivo, é realizar uma contagem decrescente sempre
que pretendemos que os alunos se aproximem de nós. Para a instrução aos alunos, estes devem
colocar-se fazendo uma meia-lua à frente dos(as) técnicos(as), colocando-se de costas para o
sol.
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Devem evitar-se situações de possível conflito com e entre os alunos. Sempre que existir
um comportamento de desvio considerado grave ou muito grave, os(as) técnicos(as) devem
recorrer primeiro a um diálogo individual de carácter pedagógico. Se posteriormente o
comportamento se verific ar, devem colocar o aluno num espaço de prática, isolado dos restantes
colegas, e com uma bola de forma a melhorar a técnica individual, reintegrando-o quando
acharem mais conveniente. Se mesmo assim o comportamento desadequado se verificar devem
chamar imediatamente o coordenador.
a) Colocamos uma desigualdade numérica, tentando mesmo assim que as duas equipas
fiquem equilibradas em nível de aptidão, ou seja, a equipa com inferioridade numérica
fica com alunos mais aptos (ex: g.r.+2x3+g.r.).
b) Colocamos um dos alunos (dos mais aptos) no papel de Joker, ou seja, joga sempre
pela equipa que tem a posse bola (ex: g.r.+2(+1)x(+1)2+g.r.).
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O(a) técnico(a) deve permanentemente intervir, parar e/ou corrigir os alunos, nunca
deixando de os elogiar. As intervenções dos treinadores em relação a atitudes julgadas
incorrectas, devem ser centradas no comportamento resultante da acção e não na pessoa em si.
Existe uma ficha informativa e descritiva com as componentes criticas das acções técnicas
e princípios de jogo, à qual se torna importante recorrer no decorrer do treino. Será
recomendável o treinador fazer-se acompanhar dessa mesma folha para que a teoria seja posta
em prática e para que seja adequada aos exercícios de treino.
Devem fomentar-se o mais possível alguns comportamentos dos nossos alunos, tais como:
o Quando um jogador obtém golo, deve agradecer esse facto ao colega e/ou aos
colegas que lhe possibilitaram essa felicidade e alegria.
O(a) treinador(a) deve recriminar seriamente o aluno quando este comete uma falta
intencional, especialmente quando esta coloca em causa a integridade física do
colega/adversário. O aluno que cuspir para o chão deve ser seriamente repreendido.
Se as bolas saírem do campo ou forem projectadas para fora do recinto, o(a) treinador(a)
tem que ser imediatamente avisado(a) pelo aluno que enviou a bola. O aluno deve ter
conhecimento de que, em nenhuma situação, pode abandonar o espaço de treino sem a devida
autorização do seu treinador.
O(a) treinador(a) deve dar especial atenção às situações de possível risco de segurança
para os praticantes. Sempre que um dos nossos alunos cair e/ou se lesionar os técnicos devem
aproximar-se imediatamente, inteirar-se da situação e se necessário encaminhar o aluno para o/a
fisioterapeuta presente no treino.
O(a) treinador(a) não se deve esquecer de corrigir e valorizar as acções dos guarda-redes
e de quem actua em posições mais defensivas, através de feedbacks altamente elogiosos. Nas
diversas tarefas de treino, o(a) treinador(a) não se deve esquecer de fazer a rotação dos alunos
pelas diferentes posições, inclusivamente o guarda-redes. Não devemos permitir que o mesmo
aluno fique durante muito tempo nessas funções, impossibilitando que os seus colegas também
as desempenhem, limitando inclusivamente o seu desenvolvimento. Torna-se igualmente
importante estimular e valorizar as acções realizadas com o pé não dominante.
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GERAÇÃO BENFICA ESCOAL DE FUTEBOL
Solicita-se também uma análise individual detalhada aos alunos visto que no final de cada
período o aluno será avaliado através de uma ficha a preencher pelos seus treinadores.
Outra preocupação é a da adequação das tarefas ao nível dos alunos, ou seja, um aluno
com grandes limitações técnicas, tácticas, físicas e outras, que se encontra no nível introdutório,
não pode realizar um exercício de 1x1+Gr com um colega que se encontra no nível avançado pois
as suas possibilidades de sucesso serão quase nulas ou nulas. O sucesso deverá assim ser
garantido a todos e naturalmente que os alunos com ma is capacidades terão mais sucesso.
§ Realizar uma rotatividade dos alunos pelas diferentes posições da equipa, permitindo
que cumpram diferentes tarefas e funções;
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OBJECTIVOS
O Sport Lisboa e Benfica visa três objectivos de carácter geral ao promover a Escola de Futebol:
a) Que os jovens adquiram valores sociais e humanos que lhes possibilite o equilíbrio,
a responsabilidade e a capacidade de participarem de uma forma activa na
sociedade, promovendo assim condições para uma maior identificação entre os
jovens e os valores que o S.L.B. não abdica;
b) A criação das condições necessários, no seio do clube, para que os jovens tenham
a possibilidade de ter acesso a uma correcta iniciação à prática desportiva,
mediante o pagamento de uma mensalidade;
c) Aos jovens que não tiveram possibilidade ingressar nas equipas de competição do
SLB (por critérios que sustentam uma escolha rigorosa no domínio das capacidades
para a prática do futebol), garantir uma oportunidade de se valorizarem e de
adquirirem mais conhecimentos que lhes permitam uma eventual selecção para
essas equipas.
Técnicos:
· Remate
· Condução de bola
· Passe
· Recepção
· Protecção da bola
· Jogo de cabeça
· Técnica G.R.
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Tácticos:
Progressão
Cobertura ofensiva
Mobilidade
Espaço
Contenção
Cobertura defensiva
Equilíbrio
Concentração
Estratégicos:
· Evitar a aglomeração
· Descentração do jogo
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Físicos:
· Capacidades Condicionais
Resistência especifica de jogo
Velocidade:
Reacção:
Simples
Complexa
Execução
Deslocamento
Força rápida (acelerar e travar; alternar distâncias curtas; mudanças de direcção e
sentido)
Flexibilidade
Agilidade
Destreza
· Capacidades Coordenativas.
Desenvolver e aperfeiçoar:
Capacidade de observação
Apreciação de trajectórias
Orientação espacial
Coordenação óculo – manual
Coordenação óculo – pedal
Coordenação espaço-temporal
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Ritmo
Técnica de corrida
Sensibilidade proprioceptiva do pé
As relações interpessoais
Atitudes
Valores
Normas
Regras
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Solidariedade
Altruísmo
Coesão de turma/equipa
Espírito turma/equipa
Atenção
Concentração
Auto-controle
Educar a coragem e dominar o medo
Auto-estima
Auto-confiança
Humildade
Combatividade
Determinação
Carácter
Postura
Vontade vencer
Estabilidade
Mentalidade forte
Atitude positiva
Persistência
Competitividade
Capacidade sofrimento e Resistência psicológica à fadiga
Tenacidade
Fair – play
Formar a estabilidade psicológica
A confiança e respeito mútuos entre elementos da turma/equipa
A integridade (honestidade nas palavras e coerência nas acções)
A preocupação com o próximo (acredita-se mais naqueles que se preocupam
connosco).
Cognitivos:
Conteúdos Programáticos
a) O Objectivo do jogo
b) Noção ataque/defesa
c) Os princípios da desmarcação. Desmarcação de apoio, de rotura e com trajectória circular (nas
costas).
d) Ensino da marcação, desarme e intercepção
e) O relacionamento com a bola e o desenvolvimento das capacidades coordenativas e
condicionais associadas às capacidades cognitivas e psicológicas próprias de cada idade/escalão,
como forma estratégica para atingir a excelência na velocidade de execução dos movimentos
básicos do futebol: o remate, o passe, a recepção, a condução, o jogo de cabeça, o drible, a finta,
a simulação.... as desmarcações, marcações e antecipações…a capacidade de reacção, orientação
espacial, a lateralidade, o equilíbrio, o controlo motor, o ritmo, a noção de tempo...a flexibilidade,
a agilidade, a destreza, a força, a velocidade de aceleração com e sem mudança de direcção e
sentido, a técnica de corrida....a capacidade de observação e antecipação, a capacidade,
velocidade e qualidade da tomada de decisão…a atenção, a concentração..etc, etc)
f) Os princípios do ataque: a penetração, a cobertura ofensiva, a mobilidade e o espaço.
g) Os princípios da defesa: a contenção, a cobertura defensiva, o equilíbrio e a concentração.
h) A ocupação racional do espaço de jogo (a dispersão em relação à bola e a descentração do
jogo)
i) Os corredores (amplitude e profundidade no ataque; equilíbrio e concentração na defesa)
j) Os sectores
k) As regras do jogo
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GERAÇÃO BENFICA ESCOAL DE FUTEBOL
COMPONENTES CRÍTICAS
Estas componentes críticas devem constar no plano de treino como critérios de êxito,
sendo que em cada exe rcício são explícitos quais os critérios de êxito que estão incluídos na
tarefa. Os(as) técnicos(as) devem ter um conhecimento profundo das componentes críticas que
compõem cada um dos critérios, que na prática funcionarão como meios de instrução e feedback
aos alunos. Através deste processo conseguimos uma uniformização do comportamento entre
os(as) treinadores(as) que irão potenciar o processo ensino-aprendizagem.
Progressão
· Se não tem oposição deve avançar o mais rápido possível até à baliza e tentar
marcar golo;
· Caso tenha um defesa pela frente deve passar a bola a um companheiro melhor
posicionado para progredir ele próprio para a baliza ou passar para marcar golo se
tiver próximo da baliza; caso não seja possível deve arriscar o drible tentando
ultrapassar esse mesmo defesa e progredir na direcção da baliza tentando depois
concretizar.
Contenção
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· Deslocamento dos apoios por deslizame nto, mantendo o contacto com o solo;
· Olhar só a bola;
· Evitar ir ao chão em “carrinho”. Informar os riscos que uma acção destas acarreta,
educando o jogador sobre os locais e “timings” adequados para a realização desta
acção.
· Colocar-se de maneira a evitar que o atacante mude de direcção para o lado do seu
pé dominante, procurar encaminhar o avançado para o lado do seu pé não
dominante;
Exemplos de forma jogadas para educar estas acções: 2x1+G.R; 3x1+Gr. 2x1 (+1) + GR;
3x1 (+1) +GR. (defesa que tenta recuperar defensivamente, iniciando a acção só após o inicio da
acção por parte dos atacantes. Este defesa é colocado entre 4 a 7m atrás dos atacantes.
Cobertura ofensiva
Cobertura defensiva
Marcação
Desmarcação
· Apoio - deslocamento no sentido do portador da bola para criar uma linha passe;
· Ruptura – deslocamento no sentido da baliza contrária para criar uma linha passe;
Condução de bola
· Manter a bola perto do pé (muitos toques, toques curtos, com pouca força);
· Pé pouco tenso.
· Dar um pequeno toque na bola com a parte externa do pé com o qual vamos
rematar (para facilitar a execução).
Drible
Tipos de fintas:
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GERAÇÃO BENFICA ESCOAL DE FUTEBOL
a) Simples: O aluno conduzindo a bola faz uma simulação com corpo fingindo que vai
mudar direcção e velocidade para um lado, saindo rapidamente para lado contrário
usando a parte externa do pé.
b) Tesoura: O aluno simula que vai para um lado (passando pé por cima bola, de dentro
para fora), depois muda de direcção com a parte de externa do pé contrário.
c) Dupla Tesoura: O aluno simula que vai para um lado (passando pé por cima bola, de
dentro para fora), simula que vai para outro lado (passando outro pé por cima bola) e
muda de direcção com parte externa pé contrário.
d) Finta com recuo: O aluno finge que vai aumentar de velocidade e seguir uma dada
direcção. No entanto, “pisa” a bola (utilizando a planta do pé), puxa-a para trás e
segue outra direcção. O aluno tem de utilizar o pé contrário ao lado onde se encontra
(lado esquerdo/pé direito e vice-versa).
e) Finta com mudança de pé: O aluno conduz a bola com um pé e num movimento
explosivo toca a bola com a parte interna do pé fazendo-a passar por trás da outra
perna. Progride e muda de direcção para o lado contrário e para a frente, com a parte
externa pé.
f) Roleta: O aluno pisa a bola com a planta do pé puxando-a ligeiramente para trás.
Simultaneamente roda o corpo recuando um dos ombros e tenta colocar outro pé por
cima da bola quando esta já se encontra em deslocamento, mudando para uma outra
direcção.
Simulação
b) Exemplo de forma jogada para educar a simulação: 2x1+G.R. O atacante finge que faz
o passe puxando a perna atrás, podendo comunicar com o seu colega (ou não).
Depois, num movimento explosivo, muda de direcção com um pequeno toque na bola
com a parte fora pé e remata.
d) Exemplo de forma jogada para educar a simulação: 3x1+G.R. O portador da bola tem
que ter sempre uma linha passe em cada lado. Deve fingir que passa a bola a um
colega, dirigindo o olhar para este e acaba por passar a bola para o colega do lado
contrário. Pode simultaneamente comunicar (chamar pelo nome) do colega a quem irá
fingir passar a bola.
Recepção
· Assim que se dá o contacto entre a bola e a superfície de contacto esta deve recuar
acompanhando a trajectória final de modo a amortece-la;
Recepção orientada
Passe
Remate
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GERAÇÃO BENFICA ESCOAL DE FUTEBOL
· Quando o aluno remata com a biqueira, deve ser aconselhado a não o fazer, explicando
porquê e em que condições excepcionais o poderá fazer.
Desarme
a) Exemplo de forma jogada para educar esta acção: 2x1+G.R. O defesa coloca-se entre o
portador da bola e a sua baliza, obrigando o atacante a fazer passe para o seu colega.
Reage rapidamente e aproxima-se do segundo atacante (que já não pode combinar com
seu colega). Apenas tem possibilidade de progredir no sentido baliza. O defesa passa a
estar numa situação 1x1 com o segundo atacante.
b) Exemplo de forma jogada para educar esta acção: 2x1+G.R. O defesa coloca-se entre o
portador da bola e o segundo atacante, cortando linha passe e “obrigando-o” a progredir.
Reage rapidamente e aproxima-se do portador da bola (que já não pode combinar com
seu colega). Apenas tem possibilidade de progredir no sentido baliza. O defesa passa a
estar numa situação 1x1 com o portador da bola.
c) Exemplo de forma jogada para educar esta acção: 2x1+G.R. O defesa coloca-se numa
zona intermédia, entre o atacante que conduz a bola e o segundo atacante (mas o mais
próximo possível da bola) de forma a criar indecisão por parte do portador da bola. Se
essa indecisão surgir, o defesa deve agir com determinação tentando o desarme.
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GERAÇÃO BENFICA ESCOAL DE FUTEBOL
Intercepção
· O G.R. deve colocar a bola em jogo no colega que estiver mais próximo da baliza
adversária e em condições óptimas para receber o passe ou finalizar;
· Quando tal não possa acontecer, o G.R. deve observar o posicionamento dos
colegas e adversários e escolher o melhor “corredor” para “sair a jogar”;
· O G.R. coloca a bola em jogo preferencialmente com as mãos, com a bola rasteira
para um dos colegas de equipa que se deve encontrar nos corredores laterais;
· Se os adversários cortarem linhas passe nos corredores laterais o G.R. deve jogar
com pé, passe comprido para o atacante mais próximo da baliza;
· Deve colocar-se mais adiantado quando a bola está longe da sua baliza e mais
perto da linha de baliza quando a bola está mais perto da mesma.
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GERAÇÃO BENFICA ESCOAL DE FUTEBOL
· Quem executa tem de colocar as mãos atrás da cabeça e não pode levantar os pés
do chão;
a) Pés juntos;
· Quando forem mal executados devem ser corrigidos e repetidos pelo mesmo aluno;
· Quem se desmarca para receber a bola não pode fazê-lo nem muito longe, nem
muito perto de quem executa o lançamento;
· O executante pode simular que lança para um colega e passar a bola para outro colega.
· Quando a equipa tem a bola os jogadores que desempenham tarefas nas faixas
laterais, devem “abrir” ocupando essas zonas (corredores laterais), cumprindo
alguns dos objectivos específicos do ataque (mobilidade e espaço);
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GERAÇÃO BENFICA ESCOAL DE FUTEBOL
· Quando a equipa não tem posse bola os jogadores que ocupam os corredores
laterais, devem “fechar”, ou seja, devem concentrar-se preferencialmente no
corredor central, cumprindo um dos objectivos específicos da defesa, denominado
de concentração.
· Quem joga nos corredores laterais deve dar linha passe quando G.R. tem bola,
colocando-se ao lado e ou ligeiramente à frente da linha da bola;
· Quando a bola está no corredor lateral deve haver uma desmarcação de apoio por
parte de um colega de equipa, fazendo cobertura ofensiva. Os restantes colegas
desmarcam-se para a frente da linha da bola (mobilidade e espaço);
· Jogador que joga no corredor lateral deve fazer recepção orientada, observar a
posição de companheiros e adversários e decidir o que fazer o mais rapidamente
possível;
ou
· Jogador que joga no corredor lateral antes de receber a bola, observa a colocação
de companheiros e adversários e decide o que fazer, executando rapidamente;
ou
· Jogador que joga no corredor lateral faz recepção orientada, levanta a cabeça e se
não tiver nenhum colega desmarcado à frente da linha da bola e não tem nenhum
defesa à sua frente, conduz a bola na direcção da baliza;
· Se o jogador que tem a bola no corredor lateral, não pode progredir e não tiver
linhas passe à frente, joga para trás com o colega que faz cobertura ofensiva e
desmarca-se ele próprio oferecendo novas e variadas linhas de passe, de forma a
desequilibrar a estrutura defensiva adversária e ou apoiando o colega com bola;
· Quando a bola está a ser jogada num dos corredores, o jogador que actua no
corredor do lado contrário da bola, “entra” na diagonal no sector ofensivo, na
direcção da baliza, para poder finalizar (combinações ofensivas entre 2, 3,
4…jogadores na zona de finalização);
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GERAÇÃO BENFICA ESCOAL DE FUTEBOL
· Perguntar ao aluno do corredor lateral: Qual é a primeira coisa que tens de fazer
depois (ou antes) de receber a bola? R: levantar a cabeça olhando para a baliza e
observar a colocação dos colegas
· Quem joga nos corredores laterais contacta a bola com o pé de “fora”, isto é, se
está a atacar pela direita contacta preferencialmente a bola com o pé direito, se
está a atacar pela esquerda joga preferencialmente com o pé esquerdo
(desenvolvimento da lateralidade educando também a imprevisibilidade, pois no
transfere para o jogo, o jogador que consiga driblar e sair do drible para os dois
lados, é um melhor jogador e um jogador mais difícil de marcar por parte dos
adversários directos).
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GERAÇÃO BENFICA ESCOAL DE FUTEBOL
Joga-se como se treina. Por isso o treino necessita de ser, se possível, mais exigente que
o jogo. Quem não treina sujeito a índices de exigência semelhantes ou superiores aos contidos
num jogo, é óbvio que não consegue corresponder àquilo que esse mesmo jogo hoje lhe solicita,
ou seja, transpiração, empenho, paixão, emoção, racionalidade, criatividade e decisão.
Companheiros e adversários, merecem-nos assim tanto mais respeito, quanto não nos
deixam acomodar. E o facto de respeitarmos adversários e companheiros de equipa não nos
retira capacidade competitiva, nem nos faz perder de vista a tentativa constante de procurarmos
vencer. Pelo contrário! Cada um dos membros de uma equipa necessita de dar sempre o seu
máximo na procura da vitória e da superação. Os adversários respectivos devem-lhes o melhor
da sua capacidade de resposta, perseguindo o mesmo objectivo. Sem adversários não haverá
jogo; sem companheiros de equipa não haverá equipa. Respeito pelo adversário não significa
perda de espírito competitivo, tal como respeito pelos companheiros de equipa significa mais que
cooperar. Exige reconhecer a importância destes nos forçarem permanentemente a treinar no
limite das nossas possibilidades. Sem amuos e birrinhas, pontapés ou encontrões e globalmente
envolvidos pelo desejo comum de caminharmos neste longo trajecto da formação de forma
atingirmos a excelência.
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GERAÇÃO BENFICA ESCOAL DE FUTEBOL
EXERCÍCIOS PADRÃO
Organizamos estes exercícios por temas esperando que esta forma seja a mais fácil para a
sua sistematização.
Atribuímos um número a cada um dos exercícios, para melhor identificação, sendo que no
plano de treino de cada aula, os exercíc ios vêm identificados com o seu respectivo número, não
sendo portanto necessário colocar toda a sua descrição. Isto significa que os técnicos devem
fazer-se acompanhar do documento orientador, funcionando este como um meio auxiliar
precioso.
1. Exercícios de aquecimento
2. Exercícios de Fase I (jogos de finalização sobre uma baliza só com oposição do guarda-
redes; ou seja, ataque x 0 defesas + Gr)
3. Exercícios de Fase II (jogos de finalização sobre uma baliza com oposição de defensores e
guarda-redes; ou seja, ataque x defesa +Gr)
4. Exercícios de Fase III (jogos de finalização sobre 2 balizas com oposição de defensores e
guarda-redes; ou seja, Gr + ataque x defesa +Gr)
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GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
SIMBOLOGIA
Simbologia utilizada nos exercícios padrão e nos planos de treino:
Passe/trajectória da bola
Remate
Atacante
Defesa
Joker
? Bola
? Ripa/Bastão
Pino
“Chapéu”
Vara
Baliza
T
Treinador
GR Guarda-redes
Barreira
Mini-baliza
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GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Exercícios de
Aquecimento
ATENÇÃO: EM TODOS OS EXERCÍCIOS QUE SÃO EFECTUADOS PARA UMA ÚNICA BALIZA. PODEM E DEVEM SER
INSERIDAS TAREFAS (INCLUÍDAS NO EXERCÍCIO OU EM ESTAÇÃO PARALELA) QUE PERMITAM O DESENVOLVIMENTO
DAS CAPACIDADES CONDICIONAIS E COORDENATIVAS DOS JOGADORES (TÉCNICA DE CORRIDA, SKIPING BAIXO,
MÉDIO E ALTO, CONTROLO MOTOR, EQUILIBRIO, LATERALIDADE, COORDENAÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES,
COORDERNAÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES COM OS SUPERIORES, ORIENTAÇÃO ESPACIAL, FORÇA RÁPIDA,
DESTREZA, AGILIDADE, VELOCIDADE DE ACELERAÇÃO, DE EXECUÇÃO E DO DESLOCAMENTO COM E SEM MUDANÇAS DE
DIRECÇÃO E SENTIDO, ETC.ETC.).
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GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Organização:
Quem está a apanhar tem um colete na mão para ser
identificado.
Colocar 2, 3 ou 4 espaços em função do número de alunos na aula.
Para alunos dos escalões etá rios mais baixos (5,6,7,8 anos), na aprendizagem do jogo e na condicionante para
salvar o colega, dever-se à utilizar o passe com a mão
Variáveis de Evolução:
Aumento/redução do espaço disponível para facilitar/dificultar a execução.
Relação nº bolas/local circulação bola/nº alunos a apanhar
a) 1 bola
b) 2 bolas
c) 3 bolas
d) Dizer o nome do colega a quem se passa a bola. Se não disser fica a apanhar.
O portador da bola tem um tempo limite (2 a 5 Seg.) para passar a bola ao colega perseguido. Se exceder o
tempo fica a apanhar.
Utilizar o pé não dominante
Estratégias/comportamentos:
Quem tem a bola deve ajudar os colegas que estão a ser perseguidos.
Quem está a ser perseguido deve olhar para o perseguidor e para o colega com bola de forma a poder receber.
Quem tem a bola tem de "marcar" quem está a apanhar.
Quem foge tem de estar atento e concentrado nos 2 que estão a apanhar.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Desenvolvimento e aperfeiçoamento do passe e recepção sob forma jogada
Capacidades Condicionais:
Velocidade reacção
Velocidade de execução
Velocidade de aceleração
Extensão do deslocamento
Capacidades Coordenativas:
? Desenvolver a capacidade de observação
w Coordenação espaço-temporal (o passe para o jogador perseguido será realizado tendo em conta a sua
direcção, velocidade e o movimento do jogador perseguidor, ou seja, um passe no “timing” certo para
que o colega perseguido receba a bola sem alterar significativamente o seu deslocamento)
Controlo motor, lateralidade e equilíbrio (através de fintas e simulações, rápida reacção, travagens,
acelerações, mudanças de direcção e sentido, etc.)
Psicológicos:
w Desenvolver e aperfeiçoar a atenção, concentração, cooperação e solidariedade, através das acções do
perseguido em relação ao caçador e ao portador da bola e do portador da bola em relação ao colega que
esteja a ser perseguido, de forma a poder salvá-lo no timing certo
Cognitivo:
Desenvolver a capacidade de análise/percepção de antecipação e decisão.
Educar a imprevisibilidade das acções do caçador em relação aos alvos (e vice-versa), tornando os seus
movimentos imprevisíveis de forma a ter êxito (simulações de trajectórias).
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GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Condicionantes:
· Não há limite de passos com a bola na mão.
· Quem tiver a bola na mão e for tocado pelo adversário tem de libertá-la imediatamente, para um colega.
· O passe é feito com as mãos ou com o pé directamente e sem tocar com a bola no chão.
· Golo de cabeça ou com o pé.
· Golo “de primeira” sem deixar cair a bola no chão pode ter bonificação (valer por 2 por exemplo)
· Golo deixando apenas a bola tocar o solo 1 vez.
· Golo recebendo um passe rasteiro do colega na zona intermédia.
· Proibida a intercepção dos defesas na área com as mãos, isto é, quando a equipa atacante se prepara para
finalizar, os defesas só poderão fazer a intercepção utilizando a cabeça ou o pé). Só G.R. pode agarrar bola
com mão dentro área. Se tal acontecer é penalty.
· Na zona média pode-se marcar golo recebendo um passe rasteiro colega.
· Golo com pé menos bom vale 2.
· Golo de pontapé de bicicleta vale 10.
· Remate moinho vale 5.
· Não se pode agarrar o colega da outra equipa, basta tocar. Se isto acontecer é penalty.
· O penalty é marcado a 6/7 metros da baliza. O jogador que vai marcar (ora utilizando a cabeça ora o
remate com o pé sem deixar cair a bola no solo – o treinador deve decidir qual a forma antes do jogo se
iniciar) recebe a bola vinda de um colega finalizando depois de acordo com a regra (passe do colega
realizado com as mãos e colocado na linha de fundo, junto de um dos postes da baliza)
Variáveis de Evolução: A passa para B, logo B não pode passar para A, deve enviá-la a C; limitar o nº de passos que
se pode dar com a bola na mão (aqui um dos objectivos pode passar pelo educar do colectivismo e consequente
cooperação e de um ataque mais apoiado)
Componentes Críticas:
· Estimular a desmarcação de apoio e a cobertura ofensiva principalmente em situações de ataque rápido em
que os alunos ficam para trás e não acompanham o ataque e o portador da bola.
· Estimular a desmarcação de ruptura dos alunos do corredor do lado contrário à bola, em situações de
ataque rápido.
· Estimular a iniciativa individual e o princípio da progressão ao portador da bola. Quando uma equipa inicia
o ataque a bola deve ir no corredor central para o portador da bola ter no mínimo duas linhas de passe,
uma de cada lado.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
· Criação de situações de finalização
· Finalização
· Combinações entre 2,3,4 elementos
· Desmarcações de apoio e rotura
· Aperfeiçoar o jogo cabeça e as acções técnicas de todas as formas de remate
· Princípios gerais e específicos do jogo
· Ocupação racional do espaço de jogo
· Excelente treino para o Gr dadas as variadíssimas formas de defesa da baliza que terá de
empregar
Capacidades Condicionais:
· Velocidade reacção
· Velocidade de execução
· Velocidade de deslocamento com e sem bola
· Força rápida (rápidas travagens e acelerações com e sem mudanças de direcção e sentido)
Capacidades Coordenativas:
· Desenvolvimento da coordenação óculo-manual e óculo-pedal
· Desenvolvimento da orientação espacial
· Desenvolver a capacidade de observaçã0
· Equilíbrio
· Controlo motor
· Lateralidade
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GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Cognitivos:
· Educar a capacidade de percepção, de antecipação e decisão, e executá-las em relação com as
condicionantes técnicas e tácticas (princípios gerais e específicos do jogo) para agir correctamente,
no tempo certo
· Educar a criatividade e a inteligência emocional táctica
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GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Descrição: Condução de bola, quem não tem bola tenta tirar bola aos
colegas.
Organização: Metade dos alunos com bola e a outra metade sem bola;
13/14 alunos com bola e 5/6 sem bola; outra de acordo com objectivos do treinador
Condicionantes:
· Ninguém pode estar parado.
· Quem sair do espaço fica sem bola.
· Os Gr. tentam tirar as bolas com as mãos aos portadores da bola fazendo a "mancha".
Variáveis de Evolução:
· Aumentar ou diminuir o espaço.
· Os treinadores podem colocar-se por fora do espaço de jogo com uma bola e tentam acertar nas bolas dos
seus alunos.
· Condução de bola com o pé menos bom.
Componentes Críticas:
· Levantar a cabeça para não chocar com os colegas.
· Quem tem bola deve driblar os colegas sem bola.
· Quem tem bola deve protegê-la com o pé mais afastado do adversário.
· Quem não tem bola deve realizar contenção esperando o melhor momento para o desarme.
· Tentar tirar bola aparecendo por trás dos colegas.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
· Relação com a bola/Condução da bola/protecção da bola
· Múltiplos e variados contactos com a bola
· Drible/Finta/Simulação
· Contenção
Capacidades Condicionais:
· Velocidade reacção
· Velocidade de execução
· Velocidade de deslocamento com e sem bola
· Força rápida (rápidas travagens e acelerações com e sem mudanças de direcção e sentido)
Capacidades Coordenativas:
· Desenvolvimento da coordenação óculo-manual e óculo-pedal
· Desenvolvimento da capacidade de observação
· Desenvolvimento da orientação espacial
· Equilíbrio
· Controlo motor
· Lateralidade
Psicológicos:
· Atenção e concentração
· Cooperação
· Desenvolver capacidade de observação e percepção de movimentos
Cognitivo:
· Educar a Criatividade
· Educar a Improvisação
· Educar e desenvolver a imprevisibilidade das acções com bola
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GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Descrição:
Metade dos alunos a apanhar com a bola nos pés. A outra metade
deambula pelo espaço evitando ser tocada pelos colegas. Quem
for tocado troca de funções com o colega.
Organização:
N.º bolas = metade nº alunos.
Quem está a apanhar leva um colete na mão para ser identificado. Não colocar coletes no chão, entregar colete
na mão colega. Quem deixar cair colete no chão fica a apanhar.
Condicionantes:
· Quem tem bola não pode parar nem andar, sempre em movimento.
· Quem sair do espaço de jogo fica a apanhar.
Variáveis de Evolução:
· Mais espaço por aluno - mais difícil.
· Menos espaço por aluno - mais fácil.
· Condução de bola com o pé menos bom.
Variante :
1. Todos os alunos têm uma bola, quem apanha e quem foge.
2. Quem está a apanhar não tem bola. Quem foge tem uma bola para conduzir.
(o espaço de jogo deve aumentar consideravelmente).
Componentes Críticas:
· Condução de bola, levantando a cabeça para ver quem vai tentar apanhar.
· Quem apanha fá-lo por trás tentando encontrar os colegas distraídos.
· Quem está a fugir tem de estar atento aos seus colegas para não ser apanhado.
· Quem está a apanhar finge que apanha um colega e muda rapidamente de direcção tentando apanhar outro
colega.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
· Relação com a bola/Condução da bola
· Retirar a atenção da bola
· Múltiplos e variados contactos com a bola
· Drible/Finta/Simulação
Coordenativos:
· Equilíbrio motor
· Lateralidade
· Coordenação óculo-pedal
· Orientação espacial
Físicos:
· Velocidade de reacção
· Velocidade de execução
· Velocidade do deslocamento com e sem bola
· Força rápida (rápidas acelerações e travagens com e sem mudanças de direcção e sentido)
Psicológicos:
· Desenvolver a atenção e concentração
Cognitivo:
· Educar a criatividade e a improvisação
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GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Descrição:
Grupos de 2. Um à frente e outro atrás. Quem vai à frente tenta
fugir do seu colega e quem vai atrás tenta persegui-lo, não podendo
apanhá-lo.
1) O aluno da frente com bola e o aluno de trás sem bola.
1.1) Troca de funções.
2) O aluno da frente sem bola e o aluno de trás com bola.
2.1) Troca de funções.
3) Um aluno tenta manter posse bola individualmente, o outro tenta recuperá-la.
Variáveis de Evolução:
· Condução de bola com o pé menos bom.
· Quando conduz, o aluno deve fazer diversas fintas.
Componentes Críticas:
1) Condução de bola provocando mudanças de direcção e sentido, dificultando a acção da sua "sombra"
1 e 2) Condução de bola, levantando a cabeça para ver o colega ou o percurso.
3) Quem tem bola deve protegê-la com o pé mais afastado do adversário.
4) Quem não tem bola deve realizar contenção.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
· Desenvolv imento e aperfeiçoamento da técnica de condução de bola com e sem oposição
· Desenvolvimento da técnica de drible e de protecção da bola
Capacidades Condicionais:
· Desenvolver velocidade de movimento sem bola
· Velocidade de aceleração, execução e de deslocamento
Capacidades Coordenativas:
· Aperfeiçoar o equilíbrio e controlo motor
· Desenvolver a lateralidade
Psicológicos:
· Desenvolver a atenção e concentração para adaptação às acções imprevisíveis do portador da bola.
Cognitivo:
· Desenvolver a capacidade de imprevisibilidade das acções com bola
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GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
1.7 - "Rabia"
Fase: Ex: Complementar
Forma: 3x1;4x1;5x1; 6x1;7x1;4x2;5x2;6x2;7x2;8x2.
Nº alunos: 5 a 10 alunos por grupo.
Espaço: 10x10m até 15x15m; 15x10m; 20x15m
Descrição: Vários alunos formam uma roda tentando manter a posse bola; 1, 2 ou mais alunos ficam no meio tentando
recuperar a bola.
Condicionantes: Se os alunos conseguirem realizar um determinado número de passes seguidos, quem está no meio
executa uma tarefa a designar pelo Treinador. Quem perder a posse bola ou não cumprir a variável aplicada, vai para o
meio e quem estava no meio ocupa o lugar do colega.
Organização: Quem está no meio agarra no colete para ser bem identificado.
Variáveis de Evolução:
Relação do n.º alunos que tentam manter posse bola e n.º alunos que tentam recuperar a bola.
O. N.º passes seguidos impostos para a realização da tarefa.
1. Obrigatório passe rasteiro e com parte “dentro” do pé.
2. O aluno pode tocar 1 ou 2 vezes na bola, antes de a passar ao colega.
3. Obrigatório tocar 2 vezes na bola, antes de a passar ao colega (recepção e passe).
4. Limite de 1 toque na bola, antes de a passar ao colega.
5. Dizer o nome do colega a quem passa a bola.
6. A circulação da bola deve ser realizada alternando o nº de toques na bola. Se um aluno efectua um toque na
bola, o colega precedente deverá realizar dois e assim sucessivamente.
7. A circulação da bola deve ser realizada alternando a utilização do pé esquerdo com pé direito. Se um aluno
efectua um toque na bola com o pé esquerdo, o colega precedente deverá utilizar o pé direito e assim
sucessivamente.
8. O aluno deve contactar a bola apenas com pé não dominante.
9. Na situação em que se encontram dois alunos no meio, a bola não pode passar entre eles.
10. Utilização de duas bolas em jogo, com limite máximo de dois toques por aluno.
11. O aluno antes de passar a bola tem de dizer um número (1 ou 2), que vai ser o nº de toques que o colega
que recebe bola pode dar.
12. O aluno antes de passar a bola tem de dizer "direito" ou "esquerdo", que vai ser o pé com que o colega
precedente pode tocar na bola.
13. A circulação deve ser realizada através de passe aéreo
Nota : No mesmo exercício, é possível acumular mais do que uma variável de evolução (aconselhável).
Componentes Críticas:
Recepção.
Passe.
Dar linha de passe mais definida, aproximar ligeiramente do portador da bola.
O aluno que tem bola deve decidir a quem passa bola em função do posicionamento dos colegas que estão no
meio e das linhas passe mais seguras (mais próximas).
4 e 5) Ver antes de receber.
2 e 3) Recepção, levanta a cabeça e faz o passe.
6 e 7) O aluno deve estar atento para analisar a acção do colega, antes da bola chegar a si para poder agir
correctamente.
9) O 1º defesa realiza contenção e 2º realiza cobertura defensiva.
10) Chamar pelo nome colega a quem passa bola. Colocar nossa bola do lado contrário à outra bola.
Objectivos:
Técnico/Tácticos :
· Passe
· Recepção
· Recepção orientada
· Pressão defensiva
· Evitar aglomeração
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GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Capacidades condicionais:
·Força rápida por parte dos jogadores que estão no “meio”, através de rápidas acelerações, travagens,
mudanças de sentido e direcção
Capacidades Coordenativas:
· Lateralidade
· Coordenação espaço-temporal
· Coordenação óculo-pedal
Psicológicos:
· Atenção
· Concentração
· Cooperação com os companheiros
· Persistência
· Resistência psicológica ao esforço por parte dos alunos que estão no “rabia”.
Cognitivo:
· Capacidade de decisão
· Capacidade de análise e percepção
· Memória médio prazo
· Criatividade
· Improvisação
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GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Desenvolvimento:
1. O aluno tenta conservar a sua bola e ao mesmo tempo tirar a bola dos colegas para fora do espaço de jogo.
2. Condução de bola tentando conservar a sua bola e tentando tirar a bola dos colegas para fora do espaço de
jogo. Ao sinal parar a sua bola e ir á procura de outra bola. Ver quem fica sem bola.
3. Condução de bola, ao sinal parar a sua bola e ir à procura de outra bola. Ver quem fica sem bola.
4. Toques de sustentação.
Componentes criticas:
1 e 2) Quem tem bola deve protegê-la com o pé mais afastado do adversário.
1 e 2) Condução de bola, levantando a cabeça para ver quem vai tentar tirar-nos a bola e para tentar tirar bola
aos colegas.
1 e 2) Quem tenta tirar bola fá-lo por trás tentando encontrar os colegas distraídos.
1 e 2) Quem não tem bola deve realizar contenção.
3) Procurar rapidamente uma bola.
4) Utilizar os dois pés alternadamente.
4) Começar com a bola a partir da mão. Com ressalto e sem ressalto. Toques com pouca força.
4) Ver qual o número de toques que o aluno consegue realizar sem deixar a bola cair no chão.
Nota : O exercício número 1.10 será aplicado preferencialmente quando o número de alunos presente
no treino permitir que cada um desses alunos tenha uma bola para si.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Condução da bola
Finta /Drible
Simulação
Desarme
Capacidades Condicionais:
Controlo motor
Velocidade de reacção complexa
Velocidade de execução
Resistência
Força rápida
Capacidades Coordenativas:
Equilíbrio
Lateralidade
Controlo motor
Coordenação óculo-pedal
Orientação espacial
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Auto-controlo
Auto-confiança
Persistência
Cognitivo:
Tomada de decisão
Imprevisibilidade
Capacidade e velocidade de percepção
Criatividade
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GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Descrição: Os alunos ficam num espaço pré-definido cada um com sua bola e realizam várias tarefas que o treinador
transmite.
a) Passar a bola por trás da perna de apoio.
b) Saltitar alternando um pé por cima da bola e outro no chão.
c) Saltitar passando a bola com a parte interna do pé, de um pé para o outro.
d) Recuar trazendo a bola com a planta do pé.
e) Avançar levando bola com planta do pé.
f) Passar um pé por cima bola (de dentro para fora) e tocar parte dentro do outro pé progredindo.
Variáveis de evolução:
a) Só com pé direito; só com pé esquerdo; 1 repetição com cada pé.
c) Inicialmente parado, depois em deslocamento para frente.
d, e) Só com pé direito; só com pé esquerdo; 1 toque com cada pé; 3 toques com cada pé.
f) Inicialmente parado, depois em deslocamento para frente.
f) Fazer só para um lado; só para outro lado.
Critérios êxito:
a) Pôr o pé por cima da bola na parte do calcanhar; puxar bola para trás com planta pé e para lado com
parte dentro pé (passando por trás perna apoio), fazer avançar a bola com peito/parte externa pé (pelo
lado fora perna apoio).
b) A bola não se pode mexer. Ficar no mesmo local.
c) A bola fica por baixo do corpo. A bola não pode recuar nem avançar só mexe para o lado.
d) O pé contacta a bola com a parte média. A bola fica quase por baixo do corpo.
O aluno tem de ir levantando cabeça para observar espaço envolvente.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Condução da bola
Simulação
Capacidades Condicionais:
Força rápida
Capacidades Coordenativas:
Orientação espacial
Lateralidade
Equilíbrio
Coordenação óculo-pedal
Sensibilidade propriocéptiva do pé
Óculo-temporal
Controlo motor
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Auto-controlo
Auto-confiança
Persistência
Criatividade
Imprevisibilidade
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GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
1.10 - Bitoque
Nº alunos: 4x4 ou 5x5
Espaço: 30x15 (zonas de ensaio têm 15x5m)
Tempo: até 15m
Condicionantes:
· Não há limite de passos com a bola na mão.
· Quem tiver a bola na mão e for tocado pelo adversário tem de
libertá-la imediatamente, para um colega.
· O passe terá de ser efectuado com as mãos e sempre para
trás ou para lado tendo como referência a linha da bola.
· A equipa que defende não pode ter nenhum elemento à frente
da linha da bola.
· Não se pode agarrar colega da outra equipa, basta tocar. Se isto acontecer é penalty.
· Lançamentos linha lateral executados da mesma forma que no futebol, mas sempre para trás ou para lado
tendo como referência a linha da bola.
Variáveis de evolução:
· O passe pode ser efectuado para frente da linha da bola.
· Os alunos que defendem podem estar à frente da linha da bola.
· O passe pode ser realizado com o pé directamente e sem deixar bola cair no chão.
· Possibilidade de "placagem" desde que seja efectuada ao nível da cintura. O defensor ao efectuar a
"placagem" não a poderá fazer em voo.
Nota : No mesmo exercício, é possível acumular mais do que uma variável de evolução.
Critérios êxito:
· Estimular a iniciativa individual e o princípio da progressão ao portador da bola.
· Estimular a desmarcação de apoio e a cobertura ofensiva principalmente em situações de
ataque rápido em que os alunos ficam para trás e não acompanham o ataque e o portador da bola.
· Os defesas que auxiliam o colega que procura impedir a progressão do portador da bola, devem realizar
cobertura defensiva.
· Os atacantes devem evitar a aglomeração na zona da bola.
· Os defesas devem concentrar-se no espaço envolvente à bola procurando recuperá-la o mais rapidamente
possível, sem no entanto ignorarem outras linhas de passe que podem ser utilizadas pelos atacantes.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Progressão para o portador da bola; Contenção; Cobertura ofensiva e defensiva
Mobilidade; Espaço
Desmarcações de apoio
Combinações directas
Técnica de lançamento de linha lateral
Finta/drible
Simulação
Concentração e equilíbrio quando a equipa defende
Ocupação racional de espaço
Capacidades Condicionais:
Resistência específica
Força rápida
Velocidade de execução
Capacidade de aceleração
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Coordenação espaço-temporal
Ritmo
Coordenação óculo-manual
Psicológicos:
Altruísmo
Cooperação
Atenção
Concentração
Imprevisibilidade
Combatividade
Persistência
Determinação
Cognitivo:
Desenvolver a capacidade e velocidade da tomada de decisão
Desenvolver a inteligência emocional táctica
55
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Variáveis de Evolução:
· Relação entre nº de pares que está a apanhar e o nº pares que foge.
· Aumento /redução do espaço disponível para dificultar/facilitar a apanhada.
· Cada par controla duas bolas.
· Condução de bola com pé menos bom.
Componentes Críticas:
· Condução de bola, levantando a cabeça para ver quem vai tentar apanhar.
· Quem apanha fá-lo por trás tentando encontrar os colegas distraídos.
· Condução de bola estando atento aos seus colegas para não ser apanhado.
· Quem está a apanhar finge que apanha um colega e muda rapidamente de direcção tentando apanhar outro
colega.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Condução de bola
Simulação
Capacidades Condicionais:
Resistência aeróbia
Força rápida na aceleração
Travagem e mudanças de direcção
Destreza
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Coordenação espaço-temporal
Desenvolvimento visão periférica
Controlo motor
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Cooperação
Desenvolvimento das relações interpessoais através de forma jogada divertida
Cognitivo:
Desenvolver a imprevisibilidade
Desenvolver a improvisação
56
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Descrição: Todos os alunos conduzem a sua bola e não podem sair espaço pré-definido. Não podem
tocar uns nos outros e não podem tocar/tirar bola do colega. Seguem as indicações do
treinador e realizam diversas fintas:
a) Simulação simples.
b) Tesoura.
c) Dupla tesoura.
d) Finta com recuo.
e) Finta com mudança de pé.
f) Roleta.
Variáveis de Evolução:
· Execução da finta só para lado direito.
· Execução da finta só para lado esquerdo.
· Execução da finta para lado direito e para lado esquerdo alternadamente.
· Os alunos realizam as fintas quando a bola se encontra parada.
· Os alunos realizam as fintas no momento em que conduzem a bola.
· Os alunos realizam as fintas no momento em que conduzem a bola, mas aumentam a velocidade de
execução da finta.
Componentes Críticas:
· Mudança de direcção com parte de fora do pé.
· Mudar de direcção e velocidade (movimento explosivo).
· O aluno tem de ir levantando cabeça para observar espaço envolvente.
Nota : O exercício número 1.14 será aplicado preferencialmente quando o número de alunos presente no treino permitir
que cada um desses alunos tenha uma bola para si. Sempre que tal se verificar o exercício de aquecimento que consta no
plano de treino, deve ser ignorado.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Finta
Simulação
Estimular a aceleração após o drible
Capacidades Condicionais:
Força rápida
Agilidade e destreza
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Coordenação Óculo-temporal
Orientação espacial
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Ritmo
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Auto-controlo
Auto-confiança
Persistência
Cognitivo:
Educar a Criatividade
Imprevisibilidade
57
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Aumentar a complexidade:
Aumento da velocidade de execução, por parte dos jogadores;
Diminuir o espaço entre os obstáculos;
Ir variando o posicionamento das “minas” no decorrer do exercício.
Variante : colocar um aluno perseguindo o portador da bola 2 ou 3m atrás do local de inicio do exercício, sendo o sinal de
partida o momento que o jogador toca na bola (1x1+Gr)
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Desenvolver e aperfeiçoar a condução e o remate
Desenvolver e aperfeiçoar a técnica de guarda-redes através da defesa de remates de todos os tipos,
formas e distâncias;
Desenvolver a técnica e o “timing” de saída da baliza, especialmente em dois aspectos fundamentais:
quando o atacante após ultrapassar o último pino adianta demais a bola, ficando esta fora do seu raio de
acção (este é um bom momento para sair da baliza e fazer a “mancha”); quando o atacante centrar os
olhos na bola para sua condução, pois se olha para a bola, não pode estar ao mesmo tempo ver o
momento da saída do Gr da baliza, sendo este também um bom momento para fazer a mancha)
Capacidades Condicionais:
Velocidade de execução e aceleração
Força rápida
Agilidade
Destreza
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Coordenação espaço-temporal
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Ritmo
Sensibilidade propriocéptiva do pé
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Auto-controlo
Auto-confiança
Determinação
Persistência
Capacidade de improvisação
Cognitivo:
Desenvolvimento da capacidade de observação
Desenvolvimento da capacidade de prever o comportamento do adversário (guarda-redes e atacante)
58
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
2
Exercícios
da Fase I
ATENÇÃO: EM TODOS OS EXERCÍCIOS QUE SÃO EFECTUADOS PARA UMA ÚNICA BALIZA. PODEM E DEVEM SER
INSERIDAS TAREFAS (INCLUÍDAS NO EXERCÍCIO OU EM ESTAÇÃO PARALELA) QUE PERMITAM O DESENVOLVIMENTO
DAS CAPACIDADES CONDICIONAIS E COORDENATIVAS DOS JOGADORES (TÉCNICA DE CORRIDA, SKIPING BAIXO,
MÉDIO E ALTO, CONTROLO MOTOR, EQUILIBRIO, LATERALIDADE, COORDENAÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES,
COORDERNAÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES COM OS SUPERIORES, ORIENTAÇÃO ESPACIAL, FORÇA RÁPIDA,
DESTREZA, AGILIDADE, VELOCIDADE DE ACELERAÇÃO, DE EXECUÇÃO E DO DESLOCAMENTO COM E SEM MUDANÇAS DE
DIRECÇÃO E SENTIDO, ETC.ETC.).
59
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
2.1 - 2 X 0 + GR
Nº alunos: Toda a turma
Espaço: 40 x 3o m
Tempo: até 20/25 minutos
Descrição:
O jogador (de branco) efectua um passe para o corredor lateral contrário, o
colega (de branco) desmarca-se e vai ao encontro da bola realizando depois
um cruzamento para que o colega que lhe passou a bola, possa finalizar
através de remate sem prévia recepção “de (primeira”). Executar dos dois
lados em simultâneo.
Organização:
Dividir a turma em dois grupos. Definir um dos grupos com colete. Dentro de cada grupo, efectuar subgrupos de dois
elementos. Uma bola para cada grupo de dois elementos.
Quando os jogadores finalizam a tarefa, colocam-se na fila onde iniciaram a mesma.
No corredor central, só passam as bolas, os jogadores movimentam-se pelos corredores laterais.
Todos os jogadores vão experimentar as quatro funções, e efectuando cruzamentos com o pé esquerdo, com o pé direito
e remates com o pé direito e com o pé esquerdo de forma a desenvolver e aperfeiçoar a lateralidade. O treinador é que
indica o momento para que haja trocas de funções por parte dos jogadores.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Passe
Recepção
Desmarcação
Remate
Técnica de guarda-redes
Técnica de cruzamento
Capacidades Condicionais:
Velocidade de deslocamento
Velocidade execução e força rápida
Coordenação óculo-pedal
Orientação espacial
Lateralidade
Psicológicos:
Educar e desenvolver a atenção, concentração
Educar a coragem dominando o medo (para o Gr)
Desenvolver a auto-confiança
Alimentar a auto-estima
Cognitivo:
Educar o “timing” do remate de forma a evitar que o atacante fique estático junto ao Gr, facilitando
assim a sua tarefa.
Desenvolver a capacidade e velocidade de decisão do Gr, através da selecção das técnicas a empregar
na defesa da baliza (técnicas de defesa de variadíssimas formas e tipos de remates e técnicas de saída
da baliza)
Previsão do comportamento adversário pelo guarda-redes
60
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
2.2 - 2 X 0 + GR – Variante 2
Nº alunos: até 10
Forma: 2x0+Gr
Espaço: 25 x 20 m; 30x20m; 35x25m
Tempo: até 25 minutos
Descrição:
O jogador efectua um passe de precisão na diagonal para o colega (a bola
tem que passar pelo meio dos chapéus). Este conduz a bola até a um outro
chapéu. Entretanto, o primeiro jogador tem que realizar um slalom sobre
as varas e correr em direcção à baliza. O portador da bola efectua um
cruzamento para trás, para que o colega remate, sem prévia recepção. O
passe de precisão vale um ponto, o golo vale dois pontos, o jogador que
efectuar primeiro vinte pontos, ganha.
Organização/Variantes:
Efectuar grupos de dois elementos, uma bola para cada grupo.
Quando os jogadores finalizam a tarefa, trocam de funções.
Realizar o exercício dos dois lados de forma a desenvolver e aperfeiçoar a lateralidade (passe, drible com saída pelo lado
esquerdo, remate e cruzamento com o pé esquerdo)
Substituir as varas colocando 3 bastões de forma a desenvolver outras capacidades coordenativas (aqui o jogador terá de
realizar a seguinte sequência antes de partir em direcção à baliza: 3 skipings em frente e 1 atrás seguido de forte
aceleração)
Aumento da complexidade:
Os jogadores têm X tempo para realizar a tarefa.
O guarda-redes pode sair da sua área.
O jogador que vai efectuar o cruzamento tem de driblar o “chapéu” utilizando uma das formas de drible que são
desenvolvidas ao longo do ano (tocar a bola pela frente na direcção da baliza e ir buscá-la pelo outro, realizando de
seguida o cruzamento, tesoura, dupla tesoura, roleta, etc., etc)
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Passe
Recepção
Desmarcação
Condução de bola
Drible/Finta
Remate
Técnica de guarda-redes
Capacidades Condicionais:
Velocidade de deslocamento
Velocidade execução
Agilidade
Destreza
Força rápida
Coordenação óculo-pedal
Ritmo
Equilíbrio
Controlo motor
Lateralidade
Psicológicos:
Educar e desenvolver a atenção, concentração
Educar a coragem dominando o medo (para o Gr)
Educar a persistência, especialmente nas acções a desenvolver com o pé não dominante, devido há
maior probabilidade insucesso dessas acções
Desenvolver a auto-confiança
Alimentar a auto-estima
Cognitivo:
Educar o momento de execução do cruzamento (“timing”), ou seja, olhar para o colega no momento em
que se sai do drible em aceleração e enquanto a bola percorre a distância entre o “chapéu” e a linha de
fundo, executar o cruzamento.
Educar o momento de aparecimento do jogador na zona de finalização, isto é, evitar que o jogador
esteja parado junto da baliza, chegando com bastante antecedência ao cruzamento, facilitando a tarefa
do Gr.
61
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Organização:
Uma bola para cada jogador. Quando o jogador passa pelo cone com vara, tem que rematar imediatamente. Quando o
jogador termina a tarefa e quando regressa à fila, efectua uma tarefa que permita o desenvolvimento das capacidades
condicionais e coordenativas (a designar pelo treinador).
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Condução
Simulação
Finta/drible
Aperfeiçoar as técnicas de remate
Técnica de guarda-redes
Capacidades Condicionais:
Velocidade execução
Força rápida
Agilidade
Destreza
Velocidade de deslocamento com bola
Capacidade de aceleração
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Orientação espacial
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Ritmo
Proprioceptividade do pé
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Determinação e persistência na busca da perfeição
Capacidade de improvisação
Desenvolver a imprevisibilidade utilizando diversas formas de drible com saída para os dois lados
Cognitivo:
Previsão do comportamento adversário pelo guarda-redes na escolha da melhor solução para cada acção
62
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Organização:
Uma bola para cada jogador. Quando o jogador passa pelo cone com vara, tem que rematar imediatamente. Quando o
jogador termina a tarefa e quando regressa à fila, efectua uma tarefa que permita o desenvolvimento coordenativo (a
designar pelo treinador).
Variar o lado da colocação da vara (colocar do lado esquerdo)
Objectivos:
Técnico/Táctico:
Condução
Simulação
Finta/drible
Remate
Técnica de guarda-redes
Capacidades Condicionais:
Velocidade execução
Força rápida
Agilidade
Destreza
Velocidade de deslocamento com bola
Capacidade de aceleração
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Orientação espacial
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Ritmo
Proprioceptividade do pé
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Determinação
Capacidade de improvisação
Imprevisibilidade
Improvisação
Cognitivo:
Previsão do comportamento adversário pelo guarda-redes na escolha da melhor solução para cada acção
63
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Descrição:
O jogador conduz a bola até ao primeiro cone com vara, finge que vai
aumentar de velocidade para a esquerda. No entanto, “pisa” a bola
(utilizando a planta do pé direito), puxa-a para trás e segue outra direcção
(direita). Chegando ao outro obstáculo, efectua um movimento contrário
ao executado anteriormente. O terceiro cone com vara, o movimento é
idêntico ao primeiro. Conclusão, o jogador tem que utilizar o pé contrário
ao lado onde se encontra (lado esquerdo, pé direito e vice-versa). Para
finalizar a tarefa, efectua um remate.
Organização:
Uma bola para cada jogador. Quando o jogador passa pelo cone com vara, tem que rematar imediatamente. Quando o
jogador termina a tarefa e quando regressa à fila, efectua uma tarefa que permita o desenvolvimento dalgumas
capacidades coordenativas e ou condicionais.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Desenvolver a aperfeiçoar a condução de bola, simulação, finta/drible, remate
Técnica de guarda-redes
Capacidades Condicionais:
Velocidade execução
Força rápida
Agilidade
Destreza
Velocidade de deslocamento com bola
Capacidade de aceleração
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Orientação espacial
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Ritmo
Proprioceptividade do pé
Psicológicos:
Desenvolver a atenção e concentração
Determinação
Capacidade de improvisação
Imprevisibilidade
Improvisação
Cognitivo:
Previsão do comportamento adversário pelo guarda-redes na escolha da melhor solução para cada acção
64
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Variantes/condicionantes:
No momento da aproximação, os jogadores podem efectuar as seguintes acções técnicas:
?Tesoura simples passando com o pé esquerdo por cima da bola e saindo pela direita;
?Tesoura dupla, iniciando o movimento de simulação com o pé direito, seguido do pé esquerdo e saindo pela
direita;
?Dupla inversão do sentido de deslocamento, isto é, quando se aproxima do colega pisa a bola seguindo na
direcção contrária e ao fim de 3/4m inverte novamente o deslocamento, ficando novamente frente a frente com o
colega. Quando se encontram podem efectuar qualquer das acções atrás descritas finalizando de seguida;
?Efectuar outras fintas/dribles entretanto aprendidas;
?Mudar as balizas e efectuar o exercício para que os jogadores realizem o drible/finta com saída para o seu lado
esquerdo, seguido de aceleração e remate, de forma a desenvolver a lateralidade;
?Após a realização da acção técnica de drible/finta/simulação e antes do remate, colocar o exercício nº 3.5
(guarda da linha/jogo dos matraquilhos - vide desenvolvimento desta forma jogada na página 74-)
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Condução de bola
Simulação
Finta/drible
Remate
Técnica de guarda-redes
Capacidades Condicionais:
Velocidade execução
Força rápida
Agilidade
Destreza
Velocidade de deslocamento com bola
Capacidade de aceleração
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Orientação espacial
Coordenação espaço-temporal
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Ritmo
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Persistência
Auto-confiança
Determinação
Capacidade de improvisação
Imprevisibilidade
Cognitivo:
Previsão do comportamento adversário pelo guarda-redes na escolha da melhor solução para cada acção
65
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 2.7
Jogo do remata e defende
N.º de Alunos: 8 a 10
Forma: 1x0+Gr + 1x1+Gr
Espaço: 35x20m;30x20m;25x15; outras de acordo com sensibilidade e objectivos do treinador
Tempo: até 25min
Descrição/Organização:
Os jogadores da coluna 1, conduzem a bola por fora do pino que se encontra à sua direita, rematando de pé direito,
efectuado logo que ultrapassem esse mesmo pino. Depois ocupam a posição de guarda da linha, defendendo a linha
assinalada pelos 2 cones. Então, os atletas da coluna 3 conduzem a bola, tentando driblar o colega que defende a linha
imaginária que une os referidos cones, de forma a poder finalizar na baliza defendida pelo guarda-redes (2). Após a
realização da acção os jogadores trocam de colunas (da 1 para a 3 e vice-versa). Ir trocando de Gr caso não haja um
jogador específico para essa posição. Nos escalões etários mais novos fomentar mesmo a troca por todas as posições.
Não esquecer de valorizar bastante as acções de quem passa pela posição de Gr…às vezes descobrem-se grandes talentos
para essa posição devido aos elogios do treinador e à forma como esses elogios são valorizados perante todo o grupo:
Variante dificuldade/facilidade:
?O aumento ou a diminuição do espaço compreendido entre os cones (a linha), condicionará o nível de complexidade do
exercício – Maior distância, maior dificuldade para o jogador que defende essa linha. Menor distância, menor dificuldade;
?Variar o início do exercício de forma a desenvolver a lateralidade, isto é, o exercício inicia-se com o jogador da coluna 1
dirigindo-se para o pino colocado à sua esquerda e rematando de seguida com o pé esquerdo;
?Variar a distância da baliza aumentando ou diminuindo a dificuldade na concretização para o atacante e para o Gr;
?Efectuar um drible ao pino seguido de aceleração antes do remate à baliza (tesoura; dupla tesoura; simulação com
tesoura; roleta; finta em recuo, entre outras)
?Após ultrapassar o pino tentar a finalização com um drible ao Gr
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Desenvolver e aperfeiçoar as técnicas de remate
Desenvolver e aperfeiçoar as diversas formas de drible/finta
Desenvolver e aperfeiçoar as técnicas de defesa da baliza tanto nos remates de curta e ½ distância, ora
à direita ora à esquerda, e as saídas em “mancha” quando o objectivo for o de ultrapassar o Gr com bola
controlada.
Capacidades Condicionais:
Velocidade de reacção, de execução e de deslocamento
Destreza
Agilidade
Força rápida
Capacidades Coordenativas:
Orientação espacial
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Psicológicos:
Desenvolver a atenção e concentração
Desenvolver a auto-confiança alimentando a auto-estima
Desenvolver e aperfeiçoar o auto-controlo, a improvisação e a imprevisibilidade
Educar a persistência e determinação
Cognitivos:
Desenvolver a capacidade e velocidade da tomada de decisão na escolha da melhor solução para as
acções técnicas a empregar, tanto na defesa da baliza como no remate ou no drible
66
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Exercícios
de Fase II
ATENÇÃO: EM TODOS OS EXERCÍCIOS QUE SÃO EFECTUADOS PARA UMA ÚNICA BALIZA. PODEM E DEVEM SER
INSERIDAS TAREFAS (INCLUÍDAS NO EXERCÍCIO OU EM ESTAÇÃO PARALELA) QUE PERMITAM O DESENVOLVIMENTO
DAS CAPACIDADES CONDICIONAIS E COORDENATIVAS DOS JOGADORES (TÉCNICA DE CORRIDA, SKIPING BAIXO,
MÉDIO E ALTO, CONTROLO MOTOR, EQUILIBRIO, LATERALIDADE, COORDENAÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES,
COORDERNAÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES COM OS SUPERIORES, ORIENTAÇÃO ESPACIAL, FORÇA RÁPIDA,
DESTREZA, AGILIDADE, VELOCIDADE DE ACELERAÇÃO, DE EXECUÇÃO E DO DESLOCAMENTO COM E SEM MUDANÇAS DE
DIRECÇÃO E SENTIDO, ETC.ETC.).
67
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número. 3.1
Forma:
a) 3x1+GR
b)3x1(+1)+GR
Nº Alunos:
Espaço: 30x15m; 40x20m ou outros de acordo com objectivos do treinador
Tempo: 15’ a 25’
a) b)
Descrição: 3 atacantes tentam marcar golo. O defesa tenta defender a sua baliza e recuperar a bola para poder marcar
golo nas duas balizas pequenas.
Iniciar o exercício com a bola no jogador da fila do meio;
Iniciar o exercício com passe do jogador da fila do meio para o jogador da fila da direita ou da esquerda, seguido de
desmarcação pelas costa s do portador da bola para que este tenha 2 linhas de passe antes de surgir a oposição do
defesa.
Organização:
Depois de cada repetição, o aluno regressa à mesma fila. A troca de posições é feita quando treinador der indicação.
Alternativa na rotação: “rodar”, trocando de fila, no sentido dos ponteiros do relógio
Podemos colocar uma tarefa (coordenação), diferente ou não, antes da acção técnico-táctica, em cada fila, desde que não
se torne perturbadora. Outra possibilidade é colocação de duas tarefas (iguais ou não), nas partes laterais do espaço
disponível, aproximado da baliza, onde o aluno deve cumprir, depois de realizar acção técnico-táctica e antes de regressar
à sua fila (tarefas de desenvolvimento e aperfeiçoamento das capacidades coordenativas e condicionais)
Variante : existe um defesa que persegue os atacantes, tentando ajudar o colega a recuperar a bola e a defender a sua
baliza, se conseguirem a sua recuperação tentam marcar golo nas duas balizas reduzidas. Esta forma é utilizada para os
alunos mais novos perceberem na prática o que significa contenção (retardar o desenvolvimento do ataque até chegar a
ajuda do (s) colega (s)); forma também utilizada para aumentar a velocidade de execução e progressão dos atacantes)
Componentes Críticas:
· Progressão.
· Condução da bola.
· O portador da bola deve analisar o posicionamento do defesa e decidir-se pela melhor linha de passe.
· Os três atacantes, no caso de perda da posse de bola, devem tentar recupera-la rapidamente, passando a
defender duas balizas pequenas.
· Os defesas se conseguirem recuperar bola, devem tentar marcar golo rapidamente numa das 2 balizas
pequenas.
· Simulações em situação 3x1.
· Contenção.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Progressão (a); Contenção (a);
Cobertura ofensiva e Cobertura defensiva
Mobilidade
Simulações
Rápida recuperação da posse de bola (pressão defensiva imediata por parte dos atacantes caso percam
a posse de bola)
Condução de bola
Físicos:
Velocidade de aceleração
Velocidade de execução
Velocidade de deslocamento
Capacidades coordenativas:
Desenvolver a capacidade de observação
Outros objectivos a atingir ficam dependentes do tipo de tarefa que colocamos após o desenrolar da
acção, no retorno à fila por parte do grupo de atacantes
Cognitivo:
Educar, desenvolver e aperfeiçoar a capacidade e velocidade de análise/percepção.
Educar, desenvolver e aperfeiçoar a capacidade e velocidade da tomada de decisão
Educar a criatividade e capacidade de imprevisibilidade
68
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número. 3.2
Forma:
a) 3x1x1+GR
b)3x2+GR
Espaço: 40 x 20 m; 30x20; ou outras de acordo com objectivos do treinador
Tempo: 15 a 25 minutos
a) b)
Descrição:
Três atacantes tentam marcar golo. Dois defesas tentam defender a sua baliza e recuperar a bola para poder marcar golo
nas duas balizas pequenas. Cada defesa tem uma zona limitada para realizar a sua acção e não pode sair da mesma (isto
numa 1ª fase de aprendizagem e para os alunos em idades mais tenras, de forma a dar mais probabilidades de sucesso
ao ataque).
Iniciar o exercício com a bola no jogador da fila do meio;
Iniciar o exercício com passe do jogador da fila do meio para o jogador da fila da direita ou da esquerda, seguido de
desmarcação pelas costas do portador da bola para que este tenha 2 linhas de passe antes de surgir a oposição do
defesa.
Organização:
Depois de cada repetição, o aluno regressa à mesma fila. A troca de posições é feita quando treinador der indicação.
Podemos colocar uma tarefa, diferente ou não, antes da acção técnico-táctica, em cada fila, desde que não se torne
perturbadora. Outra possibilidade é colocação de duas tarefas (iguais ou não), nas partes laterais do espaço disponível,
aproximado da baliza, onde o aluno deve cumprir, depois de realizar acção técnico-táctica e antes de regressar à sua fila.
A fila de X2 também pode estar colocada ao lado da baliza.
Variante : não existe zona delimitada para os defesas realizarem a sua acção.
Componentes Críticas:
· Progressão.
· Condução da bola.
· O portador da bola deve analisar o posicionamento do defesa e decidir-se pela melhor linha de passe (fazer
passe para lado contrário à cobertura defensiva).
· Os três atacantes, no caso de perderem a posse de bola, devem tentar recupera-la rapidamente, passando a
defender duas balizas pequenas.
· Os defesas se conseguirem recuperar bola, devem tentar marcar golo rapidamente.
· Simulações em situação 3x1.
· Contenção.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Progressão
Contenção
Cobertura ofensiva
Cobertura defensiva
Mobilidade
Simulações
Rápida recuperação da posse de bola (pressão defensiva imediata se os atacantes perderem a bola)
Condução de bola
Capacidades Condicionais:
Velocidade de aceleração
Velocidade de execução
Velocidade de deslocamento
69
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Capacidades coordenativas:
Desenvolver a capacidade de observação
Os objectivos a atingir ficam dependentes do tipo de tarefa que colocamos após o desenrolar da acção,
no retorno à fila por parte do grupo de atacantes
Cognitivos:
Educar, desenvolver e aperfeiçoar a capacidade e velocidade de análise/percepção.
Educar, desenvolver e aperfeiçoar a capacidade e velocidade de decisão
Educar a criatividade e capacidade de imprevisibilidade que as acções com bola conferem
70
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 3.3
Nº alunos: até 13/14
Forma: 2x1+Gr
Tempo: 15 a 25 minutos
Espaço: 30x20m;40x25m; outras
Descrição: 2 atacantes tentam marcar golo. O defesa tenta defender a sua baliza e recuperar a bola para poder marcar
golo nas duas balizas pequenas.
Organização:
Depois de cada repetição, o aluno regressa à mesma fila ou troca de funções com o colega (o treinador deve decidir qual
a regra na rotação)
Podemos colocar uma tarefa, diferente ou não, antes da acção técnico-táctica, em cada fila, desde que não se torne
perturbadora. Outra possibilidade é colocação de duas tarefas (iguais ou não), nas partes laterais do espaço disponível,
aproximado da baliza, onde o aluno deve cumprir, depois de realizar a acção técnico-táctica e antes de regressar à sua
fila.
A fila da defesa, pode ser colocada de qualquer um dos lados. No entanto, a fila que inicia com bola, deve ficar sempre do
lado contrário à fila do defesa.
Devemos fazer o exercício dos dois lados.
Variante : existe um defesa que persegue os atacantes (parte 3 ou 4 metros atrás e no momento que os atacantes
iniciam a acção) tentando ajudar o colega a recuperar a bola e a defender a sua baliza. Se conseguirem recuperar a posse
de bola tentam marcar golo nas duas balizas reduzidas. Esta forma é utilizada para os alunos mais novos perceberem na
prática o que significa contenção (retardar o desenvolvimento do ataque até chegar a ajuda do (s) colega (s)); forma
também utilizada para aumentar a velocidade de execução e progressão dos atacantes)
Variável evolução: o aluno que finaliza, só poderá faze-lo dando no máximo 2 toques na bola
Componentes Críticas:
· Progressão.
· Condução da bola.
· O portador da bola deve analisar o posicionamento do defesa e decidir-se pelo passe, pelo drible, ou pela
simulação de passe seguido de aceleração com drible e progressão para finalizar.
· Os dois atacantes, no caso de perderem a posse de bola, devem tentar recupera-la rapidamente, passando a
defender duas balizas pequenas.
· Os defesas se conseguirem recuperar bola, devem tentar marcar golo rapidamente.
· Contenção.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Progressão
Contenção
Cobertura ofensiva
Cobertura defensiva (na variante, caso o defesa chegue a tempo de impedir a finalização)
Mobilidade
Simulações
Rápida recuperação da posse de bola (pressão imediata sobre o portador da bola, caso os atacantes
percam a sua posse)
Condução de bola
Físicos:
Velocidade de aceleração
Velocidade de execução
Velocidade de deslocamento
Capacidades coordenativas:
Os objectivos a atingir ficam dependentes do tipo de tarefa que colocamos após o desenrolar da acção,
no retorno à fila por parte do grupo de atacantes
71
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Cognitivos:
Educar, desenvolver e aperfeiçoar a capacidade e velocidade de análise/percepção.
Educar, desenvolver e aperfeiçoar a capacidade e velocidade de decisão
Educar a criativ idade e capacidade de imprevisibilidade que as acções com bola conferem ao seu
portador
72
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
3.4
Forma: 1 X 2 + GR
Nº alunos: 8 a 11
Espaço: 20 x 20 m; 30x15m; ou outras
Tempo: até 20 minutos
Descrição:
O jogador que tem a bola realiza condução e tenta finalizar. O primeiro
defesa efectua contenção, o segundo defesa apoia o colega e fica atento às
movimentações do atacante. Se os dois defensores ficarem com a posse de
bola, podem ir finalizar na baliza pequena. Neste caso, o atacante passa a ser
defesa e tenta impedir a concretização.
Organização:
O exercício começa quando o atacante coloca o pé em cima da bola.
Quando acaba o exercício, os jogadores vão para o local onde iniciaram a tarefa.
Podemos colocar uma tarefa, diferente ou não, antes da acção té cnico-táctica, em cada fila, desde que não se torne
perturbadora. Outra possibilidade é colocação de duas tarefas (iguais ou não), nas partes laterais do espaço disponível,
aproximado da baliza, onde o aluno deve cumprir, depois de realizar acção técnico-táctica e antes de regressar à sua fila.
Variante dificuldade: colocar mais um defesa e um Gr para defender a baliza do jogador em inferioridade numérica
(Gr+1x3+Gr). Os 3 defesas devem ser do nível introdutório/ elementar. O atacante deve ser do nível avançado ou muito
avançado
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Condução
Simulação
Ênfase no desenvolvimento da capacidade de Finta/drible
Remate
Princípios específicos do jogo (penetração para o atacante com bola, contenção para o primeiro defesa e
cobertura defensiva para o segundo defesa)
Técnica de guarda-redes
Capacidades Condicionais:
Velocidade de deslocamento com bola
Velocidade execução
Capacidade de aceleração
Força rápida
Velocidade de reacção simples (ao sinal de inicio do exercício) e complexa (às constantes mudanças no
jogo)
Destreza
Agilidade
Capacidades Condicionais:
Coordenação óculo-pedal
Orientação espacial
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Ritmo
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Desenvolver auto -confiança e auto-estima através de elevadas percentagens de sucesso por parte do
jogador em inferioridade numérica
Combatividade
Imprevisibilidade e capacidade de improvisação nas acções do jogador em inferioridade numérica
Educar o espírito de sacrifício, a determinação, a persistência e capacidade de sofrimento por parte do
jogador em inferioridade numérica, caso não consiga boas percentagens de sucesso
Desenvolver o espírito de entreajuda dos jogadores em superioridade numérica, especialmente se o seu
nível for muito desajustado em relação ao opositor (2 jogadores de nível introdutório ou 1 de nível
introdutório e outro de nível elementar contra 1 jogador de nível avançado ou muito avançado)
Cognitivo:
Desenvolver a capacidade e velocidade da tomada de decisão
Desenvolver a capacidade de prever e antecipar o comportamento adversário
Desenvolver e aperfeiçoar a imprevisibilidade e a improvisação do jogador em inferioridade numérica de
forma a ter maiores probabilidades de sucesso
73
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Descrição: O jogador corre em direcção aos dois pinos, levando uma bola
na mão. Tenta ultrapassar o defensor, sem ser tocado. Se efectuar com
êxito esta tarefa, ou seja, passar entre os pinos sem ser tocado, larga a
bola e finaliza. Se o atacante passar pela direita do defensor, tem que
efectuar remate com o pé esquerdo, se passar pela esquerda efectua com o
pé direito. Se for tocado, passa a ser o guarda da linha.
Organização:
Uma bola para cada jogador. O defensor só se pode deslocar sobre a linha imaginária que une os dois pinos. Não pode
avançar nem recuar. O atacante não pode parar à frente do defensor, se o fizer passa a ser o guarda da linha.
Aumentar a complexidade:
Os jogadores efectuam remate sem deixar cair a bola no chão.
Remate depois da bola tocar uma vez no chão.
O atacante efectua condução de bola e tenta passar em drible pelo defesa. O defensor tenta agarrar a bola.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Técnica de Guarda-Redes
Condução
Simulação
Finta/drible
Técnica de remate
Técnica de desarme
Principio especifico do jogo ofensivo (penetração)
Capacidades Condicionais:
Velocidade execução
Força rápida
Agilidade
Destreza
Velocidade reacção complexa
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Coordenação óculo-manual
Coordenação espaço-temporal
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Auto-controlo
Auto-confiança
Determinação
Cognitivo:
Educar, desenvolver e aperfeiçoar a capacidade e velocidade da tomada de decisão
Estimular iniciativa individual
Educar, desenvolver e aperfeiçoar a criatividade, a improvisação e a capacidade de imprevisibilidade que
as acções com bola conferem ao seu portador
74
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Descrição: O jogador corre em direcção aos dois pinos, levando uma bola
na mão. Tenta passar por dois guardas da linha, sem ser tocado. Se
efectuar com êxito esta tarefa, ou seja, passar entre os pinos sem ser
tocado, larga a bola e finaliza.
Organização:
Uma bola para cada jogador. O defensor só se pode deslocar sobre a linha
imaginária que une os dois pinos. Não pode avançar nem recuar. O atacante não pode parar à frente do defensor, se o
fizer passa a ser o guarda da linha.
Aumentar a complexidade:
Os jogadores efectuam remate sem deixar cair a bola no chão.
Remate depois da bola tocar uma vez no chão.
O atacante efectua condução de bola e tenta passar em drible pelos 2 defesas. Os defensores tentam agarrar a bola.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Técnica de Guarda-Redes
Simulação
Finta/drible
Remate
Desarme
Principio especifico ofensivo de jogo (penetração)
Capacidades Condicionais:
Velocidade reacção, execução, aceleração e do deslocamento
Força rápida
Agilidade
Destreza
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Coordenação Óculo-manual
Coordenação espaço-temporal
Orientação espacial
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Auto-controlo
Auto-confiança
Determinação
Capacidade de improvisação
Imprevisibilidade
Cognitivo:
Capacidade e velocidade da tomada de decisão
Estimular iniciativa individual
75
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Descrição: O jogador corre em direcção aos dois pinos, levando uma bola
na mão. Tenta passar pelo primeiro guarda da linha. Se efectuar com êxito
esta tarefa, coloca a bola no chão e tenta passar em drible pelo segundo
guarda da linha, com posterior finalização.
Organização:
Uma bola para cada jogador. O defensor só se pode deslocar sobre a linha imaginária que une os dois pinos. Não pode
avançar nem recuar. O atacante não pode parar à frente do defensor, se o fizer passa a ser o guarda da linha.
Aumentar a complexidade:
Os jogadores efectuam remate sem deixar cair a bola no chão.
Remate depois da bola tocar uma vez no chão.
O atacante efectua condução de bola e tenta passar em drible pelo defesa. O defensor tenta agarrar a bola.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Técnica de Guarda-Redes
Simulação
Finta/drible
Remate
Desarme
Condução de bola
Principio especifico jogo ofensivo (progressão/penetração)
Principio especifico da defesa – cobertura defensiva (posicionamento do 2º defesa, relativamente à
posição do 1º defesa
Capacidades Condicionais:
Velocidade execução
Força rápida
Agilidade
Destreza
Velocidade reacção complexa
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Coordenação Óculo-temporal
Coordenação Óculo-espacial
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Coordenação Óculo-manual
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Auto-controlo
Auto-confiança
Determinação
Capacidade de improvisação
Imprevisibilidade
Cognitivo:
Desenvolver a capacidade e velocidade da tomada de decisão
Estimular iniciativa individual
76
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Organização:
Uma bola para cada jogador. O defensor só se pode deslocar sobre a linha
imaginária que une os dois pinos. Não pode avançar nem recuar. O
atacante não pode parar à frente do defensor, se o fizer passa a ser o guarda da linha.
Aumentar a complexidade:
Os jogadores efectuam remate sem deixar cair a bola no chão.
Remate depois da bola tocar uma vez no chão.
O atacante efectua condução de bola e tenta passar em drible pelo defesa. O defensor tenta agarrar a bola.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Técnica de Guarda-Redes
Simulação
Ênfase na Finta/drible
Remate
Desarme
Condução de bola
Principio especifico jogo ofensivo (penetração/progressão)
Principio especifico da defesa – cobertura defensiva (posicionamento do 2º defesa, relativamente à
posição do 1º defesa
Capacidades Condicionais:
Velocidade execução
Força rápida
Agilidade
Destreza
Velocidade reacção complexa (o guarda da linha não sabe qual a simulação/finta/drible que o atacante
vai utilizar)
Velocidade do deslocamento do atacante
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Coordenação Óculo-temporal
Coordenação Óculo-espacial
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Coordenação Óculo-manual
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Auto-controlo
Auto-confiança
Determinação
Capacidade de improvisação
Imprevisibilidade
Cognitivo:
Desenvolver a capacidade e velocidade da tomada de decisão
Estimular iniciativa individual
77
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Organização:
Uma bola para cada jogador. O defensor só se pode deslocar sobre a linha
imaginária que une os dois pinos. Não pode avançar nem recuar. O atacante não pode parar à frente do defensor, se o
fizer passa a ser o guarda da linha.
Aumentar a complexidade:
Os jogadores efectuam remate após cruzamento pelo ar realizado pelo jogador 2.
O atacante efectua condução de bola e tenta passar em drible pelo defesa ou por tabela com o jogador 2.
O defensor tenta agarrar a bola com as mãos.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Técnica de Guarda-Redes
Simulação
Finta/drible
Remate
Desarme
Condução de bola
Principio especifico jogo ofensivo (progressão/penetração)
Combinações directas
Técnica de cruzamento
Desmarcações de ruptura
Cabeceamento
Capacidades Condicionais:
Velocidade execução
Força rápida
Agilidade
Destreza
Velocidade reacção complexa (o guarda da linha não sabe qual a simulação/finta/drible que o atacante
vai utilizar)
Velocidade do deslocamento
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Coordenação espaço-temporal
Orientação espacial
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Coordenação Óculo-manual
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Auto-controlo
Auto-confiança
Determinação
Capacidade de improvisação
Imprevisibilidade
Cognitivo:
Desenvolver a capacidade e velocidade da tomada de decisão
Desenvolver a visão periférica
Estimular iniciativa individual
78
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Descrição: o jogador 1 em drible tenta passar pelo primeiro guarda da linha, sem que este tire a bola. De seguida, faz
um passe ao jogador 2 e tenta passar pelo segundo guarda da linha, sem ser tocado. O jogador 2 conduz a bola e efectua
um cruzamento. O jogador 1 realiza uma desmarcação de ruptura e tenta finalizar, de preferência, sem prévia recepção
(de primeira).
Organização:
Uma bola para cada jogador. O defensor só se pode deslocar sobre a linha imaginária que une os dois pinos. Não pode
avançar nem recuar. O atacante não pode parar à frente do defensor, se o fizer passa a ser o guarda da linha.
Aumentar a complexidade:
Os jogadores efectuam remate após cruzamento pelo ar realizado pelo jogador 2.
O atacante efectua condução de bola e tenta passar em drible ou por tabela (com o jogador2) pelo 1º defesa.
O defensor tenta agarrar a bola com as mãos.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Técnica de Guarda-Redes
Simulação
Finta/drible
Remate
Desarme
Condução de bola
Principio especifico jogo ofensivo (penetração/progressão)
Principio especifico da defesa – cobertura defensiva (posicionamento do 2º defesa, relativamente à
posição do 1º defesa
Combinações ofensivas directas
Técnica de cruzamento
Desmarcações de ruptura
Cabeceamento
Capacidades Condicionais:
Velocidade execução
Força rápida
Agilidade
Destreza
Velocidade reacção complexa (o guarda da linha não sabe qual a simulação/finta/drible que o atacante
vai utilizar)
Velocidade do deslocamento
Capacidades Coordenativas:
Coordenação Óculo-pedal
Orientação espacial
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Auto-controlo
Auto-confiança
Determinação
Capacidade de improvisação
Imprevisibilidade
Cognitivo:
Desenvolver a capacidade e velocidade da tomada de decisão
Desenvolver a visão periférica (capacidade de observação)
Estimular iniciativa individual
79
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Organização:
Uma bola para cada jogador. O defensor só se pode deslocar sobre a linha
imaginária que une os dois pinos. Não pode avançar nem recuar. O atacante não pode parar à frente do defensor, se o
fizer passa a ser o guarda da linha.
Aumentar a complexidade:
Colocar um 2º defesa 9/10m atrás do guarda da linha de forma a dificultar a acção dos dois atacantes (2x1+Gr)
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Técnica de Guarda-Redes
Simulação
Finta/drible
Remate
Desarme
Condução de bola
Principio especifico jogo ofensivo (progressão/penetração)
Cobertura defensiva (na variante aumento da complexidade)
Combinações ofensivas directas
Técnica de cruzamento
Desmarcações de ruptura
Cabeceamento
Capacidades Condicionais:
Velocidade execução
Força rápida
Agilidade
Destreza
Velocidade reacção complexa (o guarda da linha não sabe qual a simulação/finta/drible que o atacante
vai utilizar)
Velocidade do deslocamento
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Coordenação espaço-temporal
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Auto-controlo
Auto-confiança
Determinação
Capacidade de improvisação
Imprevisibilidade
Cognitivo:
Desenvolver capacidade e velocidade da tomada de decisão
Desenvolver a visão periférica
80
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Organização:
Uma bola para cada jogador. O defensor só se pode deslocar sobre a linha
imaginária que une os dois pinos. Não pode avançar nem recuar. O atacante não pode parar à frente do defensor, se o
fizer passa a ser o guarda da linha.
Aumentar a complexidade:
O guarda da linha quando for ultrapassado pode tentar recuperar ajudando na defesa da sua baliza
Colocação de um defensor que efectua contenção após o 1º atacante ter passado pelo guarda da linha (2x1+GR). Se o
defesa ficar na posse da bola vai tentar finalizar na outra baliza.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Técnica de Guarda-Redes
Simulação
Finta/drible
Remate
Desarme
Condução de bola
Principio especifico jogo ofensivo (progressão/finalização)
Combinações ofensivas directas
Técnica de cruzamento
Desmarcações de ruptura
Cabeceamento
Princípio especifico da defesa - contenção
Capacidades Condicionais:
Velocidade execução
Força rápida
Agilidade
Destreza
Velocidade reacção complexa (o guarda da linha não sabe qual a simulação/finta/drible que o atacante
vai utilizar)
Velocidade do deslocamento
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Coordenação espaço-temporal
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Auto-controlo
Auto-confiança
Determinação
Capacidade de improvisação
Imprevisibilidade
Cognitivo:
Desenvolver a capacidade e velocidade da tomada de decisão
Inteligência emocional táctica
Desenvolver a visão periférica
81
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Organização/condicionantes
Uma bola para cada jogador. O defensor só se pode deslocar sobre a linha imaginária que une os dois pinos. Não pode
avançar nem recuar. O atacante não pode parar à frente do defensor, se o fizer passa a ser o guarda da linha.
Aumentar a complexidade:
Colocar um 2º defesa para realizar a cobertura defensiva (2x2+GR ou 1x2+Gr)
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Técnica de Guarda-Redes
Simulação
Finta/drible
Remate
Desarme
Condução de bola
Principio especifico ofensivo de jogo (penetração)
Combinações directas
Desmarcações de ruptura
Princípio especifico da defesa - contenção e cobertura defensiva
Capacidades Condicionais:
Velocidade execução
Força rápida
Agilidade
Destreza
Velocidade reacção complexa (o guarda da linha não sabe qual a simulação/finta/drible que o atacante
vai utilizar)
Velocidade de aceleração com e sem mudança de direcção
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Coordenação espaço-temporal
Orientação espacial
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Auto-controlo
Auto-confiança
Determinação
Capacidade de improvisação
Imprevisibilidade
Cognitivo:
Desenvolvimento da capacidade e velocidade da tomada de decisão
Inteligência emocional táctica
Desenvolvimento da visão periférica
82
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
4
Exercícios
da fase III
83
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
4.1
Fase: III
Forma:
a) G.r.+2x2+G.r. até G.r.+3x3+G.r.
b) G.r.+3x2+G.r. ou G.r.+2x1+G.r…
c) G.r.+2(+1)x(+1)2+G.r. ou G.r.+3(+1)x(+1)3+G.r.
Espaço: 20x15m (dimensões mínimas); 20x20m ou outras de
acordo com objectivos do treinador
Descrição:
Situação de jogo reduzido com regras especificas da modalidade.
Condicionantes:
Golo marcado com o pé menos bom vale 2 pontos. Golo marcado de “primeira” vale 2 pontos.
Organização:
Rotação G.rs. em cada equipa. Organização de 2 ou 3 espaços conforme número de alunos presentes no treino.
a) Igualdade númerica.
b) 1x desigualdade númerica. Procurando que as equipas fiquem "equilibradas".
c) 1x superioridade numérica ofensiva e 1x inferioridade numérica defensiva, através da colocação de joker.
Quando houver uma equipa só com 2 elementos, esta joga com G.R. "avançado"
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Ocupação racional espaço jogo
4 princípios específicos do ataque e da defesa
A colocação das balizas a 20m de distância permite o desenvolvimento, aperfeiçoamento e
espontaneidade de todas as formas de remate, sustentadas na criação de situações de finalização,
através de combinações directas e indirectas e de iniciativas individuais.
Físicos:
Velocidade de reacção simples e complexa
Velocidade de execução
Velocidade do deslocamento
Força rápida (desenvolvida através de remates constantes, acelerar e travar em distâncias curtas com e
sem mudanças de direcção e sentido)
Resistência especifica do jogo
Capacidades coordenativas:
Capacidade de observação
Apreciação de trajectórias
Coordenação espaço-temporal
Controlo motor
Lateralidade
Equilíbrio
Cognitivos:
Educar, desenvolver e aperfeiçoar a capacidade e velocidade da tomada de decisão na sua relação com
as condicionantes técnicas/tácticas/físicas e psicológicas
Estimular iniciativa individual
Educar, desenvolver e aperfeiçoar a criatividade, a improvisação e a capacidade de imprevisibilidade que
as acções com bola conferem ao seu portador
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Cooperação
Determinação
84
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
4.2
Fase: III
Nº alunos: de acordo com a forma
Forma:
· G.r.+4x2+G.r. ou
· G.r.+2x1+G.r. ou
· G.r.+3x1+G.r. ou
· G.r.+4x3+G.r.
Espaço:
· 30x20m (dimensões mínimas);
· 25x20m;
· 30x20m;
· Outras
Tempo: até 25m
Descrição: Situação de jogo com regras especificas da modalidade. As equipas em inferioridade numérica ficam com os
alunos mais aptos.
Condicionantes: Golo marcado com o pé menos bom vale 2 pontos.
Organização:
· Organização de 2 ou 3 espaços conforme número de alunos presentes no treino.
· Rotação GR. em cada equipa.
· Quanto maior a diferença entre nível de alunos, maior a desigualdade numérica.
· Quando houver uma equipa só com dois elementos, a equipa joga com G.R. “avançado” e reduzir o tamanho
da baliza.
Estratégias:
· A equipa em inferioridade numérica quando tem a bola, deve procurar desequilibrar a estrutura defensiva
adversária, através de acções individuais, elevado número dribles, usando a sua criatividade.
· A equipa em inferioridade quando não tem a posse de bola, deve fechar rapidamente a zona central.
· A equipa em superioridade numérica, quando tem a posse de bola, deve procurar atacar a baliza, através de
ataque apoiado, dando amplitude e profundidade ao jogo.
Objectivos Especificos:
Técnico/Tácticos:
Estimular acções individuais/dribles na equipa em inferioridade numérica
Racionalizar o espaço de jogo na equipa em superioridade numérica através da aplicação de princípios
específicos do jogo ofensivo (progressão, mobilidade, espaço, cobertura ofensiva); racionalizar o espaço
de jogo da equipa em inferioridade numérica através da aplicação de princípios específicos de jogo
defensivo (contenção, cobertura defensiva, concentração)
Físicos:
Velocidade de reacção, do deslocamento e da execução
Resistência especifica do jogo
Força rápida
Coordenativos:
Apreciação de trajectórias
Coordenação espaço-temporal
Controlo motor
Lateralidade
Psicológicos:
Atenção/concentração
Cooperação
Determinação
Capacidade sofrimento/resistência psicológica ao esforço por parte da equipa em inferioridade numérica
Cognitivo:
Educar, desenvolver e aperfeiçoar a capacidade e velocidade de análise e decisão dos jogadores;
Educar a criatividade, a improvisação e a imprevisibilidade, especialmente dos jogadores da equipa em
inferioridade numérica, pois as acções destes jogadores serão sustentadas maioritariamente através do
drible/finta, das simulações, rápidas acelerações e travagens, ou seja, sustentada na imprevisibilidade
que as acções com bola conferem ao seu portador.
85
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
4.3
Fase: III
Forma:
· G.r.+4x4+G.r. ou
· G.r.+5x5+G.r. ou
· G.r.+6x6+G.r.
Espaço:
· 30x25m até 50x30m
Tempo: de acordo com os objectivos do treinador
Organização:
Constituição de 2 espaços (G.r.+4x4+G.r. em 30x25m) ou 1 espaço
(G.r.+5x5+G.r. ou G.r.+6x6+G.r. em maior dimensão)
Os alunos são distribuídos pelos diferentes espaços pelo critério do nivel de aptidão.
Rotação dos alunos pelas diferentes posições dentro da mesma equipa.
Componentes Críticas:
Princípios gerais e específicos de jogo.
Princípios do "jogo de corredores".
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Regras de actuação no ataque à baliza contrária e nas diferentes posições
Regras de actuação na defesa e nas diferentes posições
4 princípios específicos do ataque e da defesa
Físicos:
Resistência especifica do jogo
Cognitivos:
Educar a criatividade táctica
Educar, desenvolver e aperfeiçoar a capacidade e velocidade da tomada de decisão na sua relação com
as condicionantes técnicas/tácticas/físicas e psicológicas
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Cooperação
Determinação
Educar o colectivismo
86
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Condicionantes: Os alunos que estão no c. lateral jogam na equipa que tem posse bola. Os outros colegas de equipa e
adversários não podem entrar no c. lateral. Esta condicionante deverá ser aplicada apenas numa fase inicial de
aprendizagem e para os alunos mais novos, de forma a dar-lhes mais espaço e tempo para decidir o que fazer, permitindo
assim maior continuidade das acções
Organização:
· Constituição de 2 ou 3 espaços.
· Os alunos são distribuídos pelos diferentes espaços pelo critério do nível de aptidão.
· Os alunos dos corredores laterais são um de cada equipa.
· Rotação dos alunos pelos G.rs., C. laterais e C. centrais.
· No caso de termos 2x2 no C. central dividimos o tempo do exercício por 4 e rodamos os alunos:
o 1/4 tempo a) troca G.rs. com C. laterais.
o 1/2 tempo b) troca G.rs., C. laterais com C. centrais.
o 3/4 tempo c) troca G.rs. com C. laterais.
· Tentar agrupar os alunos de maneira a que sejam "equilibrados" quando se confrontem no corredor central
(c.c.).
· Em cada espaço deve haver um número par de alunos se quisermos colocar igualdade númerica.
· Em caso de o número de alunos presente no treino ser impar, o espaço com o número de alunos impar é
aquele que contém o nível introdutório.
Variáveis de Evolução:
a) igualdade numérica no C. central.
b) 2x superioridade numérica ofensiva e 2x inferioridade númerica defensiva no C.central através da
colocação de 2 jockers.
c) 1x superioridade numérica ofensiva e 1x inferioridade númerica defensiva no C. Central através da
colocação de 1 joker.
d) 1x desigualdade numérica no C. central. Equipa em inferioridade númerica fica com os alunos mais
aptos.
e) Quanto menor for o nível de aptidão dos alunos, maior deve ser a desigualdade númerica.
Variante : Realizamos mesmo exercício, mas sem marcações a definirem os corredores laterais.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Aperfeiçoar o passe
Recepção
Condução e remate sob forma jogada
Combinações (directas e indirectas) entre 2, 3 e 4 jogadores, através de desmarcações de apoio e
rotura
Princípios específicos do jogo ofensivo
Progressão – quando dribla ou simula ou quando o defesa não está entre o portador da bola e a baliza.
Aí progride na direcção da baliza para finalizar
Cobertura ofensiva – quando jogo para um dos corredores e fico a apoiar o meu colega ligeiramente
atrás e ao lado
Mobilidade – quando o jogador do corredor central passa para um dos jogadores do corredor lateral e o
outro se desmarca para a zona da baliza para finalizar, abandonando o corredor onde estava
Espaço – porque o desenvolvimento do exercício implica uma ocupação racional do espaço através do
desenvolvimento da noção de amplitude e profundidade.
Capacidades Condicionais:
Resistência especifica do jogo
Velocidade execução com e sem bola
Velocidade reacção complexa de deslocamentos
Psicológicos:
Desenvolver a atenção, concentração
Determinação
Cooperação
87
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Cognitivo:
Desenvolver a capacidade de análise/percepção de antecipação e decisão e executá -las em relação com
as condicionantes técnicas, tácticas, físicas e psicológicas, de forma a agir correctamente no tempo
certo (velocidade de decisão).
Educar, desenvolver e aperfeiçoar a criatividade táctica
Educar o colectivismo
88
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Condicionantes: Os alunos que estão no corredor lateral jogam na equipa que tem posse bola.
Os outros colegas não podem entrar no corredor lateral (nume fase inicial de aprendizagem do jogo de
forma a permitir uma maior continuidade das acções e maior probabilidade de sucesso; Depois um
defesa, e apenas um, pode entrar para oposição).
Variáveis de Evolução:
a) 2x superioridade numérica no sector ofensivo. Avançados só podem jogar no sector ofensivo e defesas só
podem jogar no sector defensivo.
b) 1x superioridade numérica no sector ofensivo. Avançados só podem jogar no sector ofensivo e defesas só
podem jogar no sector defensivo.
c) 1x superioridade numérica no sector ofensivo. Defesas só podem jogar no sector defensivo e um dos
avançados pode recuar ao sector defensivo para defender.
d) Igualdade numérica nos dois sectores. Avançados só podem jogar no sector ofensivo e um defesa pode
avançar para o sector ofensivo para atacar.
e) Igualdade numérica nos dois sectores. Avançados só podem jogar no sector ofensivo e defesas só podem
jogar no sector defensivo.
1. Um dos avançados pode defender no corredor lateral ofensivo.
2. Um dos defesas pode defender no corredor lateral defensivo.
3. Um dos avançados pode defender no corredor lateral ofensivo e um dos defesas pode
4. Defender no corredor lateral defensivo.
Componentes Críticas:
· Princípios básicos de jogo.
· Princípios do "jogo de corredores".
· Quando a bola está no corredor lateral, um dos avançados deve dar linha de passe na frente e um dos
defesas deve dar cobertura defensiva. O corredor lateral fica assim com pelo menos duas linhas de passe.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Aperfeiçoar o passe
Recepção
Condução e remate sob forma jogada
Combinações (directas e indirectas) entre 2 e 3 jogadores, através de desmarcações de apoio e rotura
Princípios específicos do jogo ofensivo
Progressão – quando dribla ou simula ou quando o defesa não está entre o portador da bola e a baliza.
Aí progride na direcção da baliza para finalizar
Cobertura ofensiva – quando jogo para um dos corredores e fico a apoiar o meu colega ligeiramente
atrás e ao lado
Mobilidade – quando o jogador do corredor central passa para um dos jogadores do corredor lateral e o
outro se desmarca para a zona da baliza para finalizar, abandonando o corredor onde estava
Espaço – porque o desenvolvimento do exercício implica uma ocupação racional do espaço através do
desenvolvimento da noção de amplitude e profundidade.
Capacidades Condicionais:
Resistência especifica do jogo
Velocidade execução com e sem bola
Velocidade reacção complexa de deslocamentos
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Determinação
Cooperação
89
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Cognitivo:
Desenvolver a capacidade de análise/percepção de antecipação e decisão e executá -las em relação com
as condicionantes técnicas e tácticas, de forma a agir correctamente no tempo certo (velocidade de
decisão).
Educar a criatividade táctica
Conhecer as respostas do oponente
90
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Condicionantes:
· Os alunos que estão no corredor lateral jogam na equipa que tem posse bola.
· Corredor lateral pode passar ao corredor lateral do lado oposto.
· Quando a bola está num corredor, o jogador do corredor do lado oposto pode entrar no corredor central e
finalizar.
Organização:
· Constituição de 3 ou 4 espaços.
· Os alunos são distribuídos pelos diferentes espaços pelo critério do nível de aptidão.
· Os alunos dos corredores laterais são um de cada equipa.
· Rotação dos alunos pela seguinte ordem: corredor central; guarda-redes; corredor lateral
· Rotação de funções de acordo com a intensidade do exercício: 1/2 minutos.
Componentes Críticas:
· Princípios básicos de jogo e princípios do "jogo de corredores".
· O aluno do c.central e o c.late ral do lado contrário à bola devem dar linhas de passe diferentes. Se um deles
faz cobertura ofensiva, o outro desmarca-se na frente da linha da bola e vice-versa. Corredor lateral com
bola tem de observar as duas linhas de passe e agir em função das demarcações dos colegas.
· O c.central quando tem a bola e ainda está longe da baliza deve progredir, fixando o defesa, fazer o passe
para corredor lateral, desmarcar-se no sentido da baliza para receber a bola e ficar isolado (combinação
directa). Neste caso o corredor lateral deve jogar a um contacto.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Aperfeiçoar o passe, recepção, condução e remate sob forma jogada
Combinações (directas e indirectas) entre 2 e 3 jogadores, através de desmarcações de apoio e rotura
Educar a noção de amplitude e profundidade dos jogadores em idades mais tenras.
Princípios específicos do jogo ofensivo
Progressão – quando dribla ou simula ou quando o defesa não está entre o portador da bola e a baliza.
Aí progride na direcção da baliza para finalizar
Cobertura ofensiva – quando jogo para um dos corredores e fico a apoiar o meu colega ligeiramente
atrás e ao lado
Mobilidade – quando o jogador do corredor central passa para um dos jogadores do corredor lateral e o
outro se desmarca para a zona da baliza para finalizar, abandonando o corredor onde estava
Espaço – porque o desenvolvimento do exercício implica uma ocupação racional do espaço através do
desenvolvimento da noção de amplitude e profundidade.
Capacidades Condicionais:
Resistência especifica do jogo
Velocidade execução com e sem bola
Velocidade reacção complexa de deslocamentos
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Determinação
Cooperação
Cognitivo:
Desenvolver a capacidade de análise/percepção de antecipação e decisão e executá -las em relação com
as condicionantes técnicas e tácticas, de forma a agir correctamente no tempo certo (velocidade de
decisão).
Educar a criatividade táctica
Conhecer as respostas do oponente
91
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Condicionantes:
· Os alunos que estão no c. lateral jogam na equipa que tem posse bola.
· Quando a bola for para um dos corredores laterais, um defesa pode entrar nesse corredor e tentar recuperar
a bola.
· Quando a bola está no corredor lateral um colega de equipa pode entrar desmarcando-se pelas costas
criando uma situação de 2x1 no corredor lateral.
· A excepção é quando o passe para corredor lateral é feito pelo G.R.
Organização:
· Constituição de 2 ou 3 espaços.
· Os alunos são distribuídos pelos diferentes espaços pelo critério do nível de aptidão.
· Os alunos dos corredores laterais são um de cada equipa.
· Rotação dos alunos pelos G.rs., C.laterais e C.centrais.
· No caso de termos 2x2 no C.central dividimos o tempo do exercício por 4 e rodamos os alunos:
· 1/4 tempo a) troca G.rs. com C.laterais.
· 1/2 tempo b) troca G.rs., C.laterais. com C.centrais.
· 3/4 tempo c) troca G.rs. com C.laterais.
· Tentar agrupar os alunos de forma que no corredor central o nível de aptidão seja semelhante.
· Em cada espaço deve haver um número par de alunos
· No caso de o número de alunos presente no treino ser impar, o espaço com o número de alunos impar
deverá ser o do nível introdutório.
Variante : A entrada do 2º atacante no corredor lateral pode ser feita pelas costas do portador da bola ou pela frente.
Variáveis de Evolução:
a) Igualdade numérica no C. central
b) 2x superioridade numérica ofensiva e 2x inferioridade númerica defensiva no C.central através da colocação
de 2 jockers.
c) 1x superioridade numérica ofensiva e 1x inferioridade númerica defensiva no C. Central através da colocação
de 1 joker.
d) 1x desigualdade numérica no C. central. Equipa em inferioridade númerica fica com os alunos mais aptos.
Quanto menor for o nível de aptidão dos alunos, maior deve ser a desigualdade númerica.
Componentes Críticas:
· Princípios básicos de jogo e princípios do "jogo de corredores".
· Quem joga no corredor lateral deve decidir e executar em função da posição de colegas e adversários,
atendendo às seguintes prioridades:
1. Olhar para frente antes de receber a bola e se possível jogar o mais rapidamente possível, caso um
colega se encontre numa zona o mais próxima da baliza adversária e sem marcação.
2. Assim que faz recepção observa posição de colegas e adversários.
3. Se tiver linha passe à sua frente mais próximo da baliza e o colega se encontrar sem marcação,
deverá fazer o passe o mais rapidamente possível.
4. Se não tiver linha de passe à frente da linha da bola e não tiver nenhum defesa à sua frente,
progride na direcção da baliza adversária.
5. Se tiver um defesa à sua frente, temporiza (espera) até colega se desmarcar pelas suas costas.
6. Se não conseguir jogar com colega que se desmarcou nas costas, joga com colega que o deverá
estar a apoiar atrás e ao lado (cobertura ofensiva)
7. Variar de corredor de jogo, tentando provocar desequilíbrios na estrutura defensiva adversária
(mobilidade e espaço)
8. Driblar/fintar e progredir no terreno, caso não coloque em perigo a sua estrutura defensiva,
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Aperfeiçoar o passe, recepção, drible, condução e remate sob forma jogada
Combinações (directas e indirectas) entre 2 e 3 jogadores, através de desmarcações de apoio, rotura e
com trajectória circular
Princípios específicos do jogo ofensivo:
92
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Progressão – quando dribla ou simula ou quando o defesa não está entre o portador da bola e a baliza.
Aí progride na direcção da baliza para finalizar
Cobertura ofensiva – quando jogo para um dos corredores e fico a apoiar o meu colega ligeiramente
atrás e ao lado
Mobilidade – quando o jogador do corredor central passa para um dos jogadores do corredor lateral e o
outro se desmarca para a zona da baliza para finalizar, abandonando o corredor onde estava
Espaço – porque o desenvolvimento do exercício implica uma ocupação racional do espaço através do
desenvolvimento da noção de amplitude e profundidade.
Princípios específicos do jogo defensivo:
Contenção, cobertura defensiva, concentração.
Capacidades Condicionais:
Resistência especifica do jogo
Velocidade execução com e sem bola
Velocidade reacção complexa de deslocamentos
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Determinação
Cooperação
Cognitivo:
Desenvolver a capacidade de análise/percepção de antecipação e decisão e executá -las em relação com
as condicionantes técnicas e tácticas, de forma a agir correctamente no tempo certo (velocidade de
decisão).
Educar a criatividade táctica
Conhecer as respostas do oponente
93
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Descrição: Em cada sector jogam 3x2, o jogo inicia-se no sector defensivo. O objectivo dos defesas é fazer chegar a bola
aos seus colegas no sector intermediário. Os atacantes se recuperarem a bola devem atacar rapidamente a baliza.
Condicionantes variantes
· O jocker joga sempre da equipa de posse da bola e não pode mudar sector.
· O jocker joga sempre da equipa de posse da bola e pode mudar sector.
· É permitida a entrada de 1 jogador da equipa em posse bola, no sector seguinte, podendo ou não ser o
portador da bola (deverá ser o aluno que consiga provocar um maior desequilíbrio na estrutura defensiva
adversária).
· Em situação de perda de posse de bola, as estruturas dos sectores deverão ser mantidas de acordo com a
estrutura inicial, isto é, o aluno que transitou de sector deve voltar ao sector inicial ou deverá haver
compensação por parte de um colega de equipa.
· Colocar 2 jockers no sector intermédio.
· Colocar 2 corredores (esquerdo e direito) e 1 jocker em cada um (jogam pela equipa em posse de bola)
podendo sofrer oposição dos defesas desse sector.
Organização: Rotação dos alunos pelas diferentes posições dentro da mesma equipa.
Componentes Críticas:
· Princípios gerais e específicos de jogo.
· Princípios do "jogo de corredores".
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Aperfeiçoar o passe, recepção, condução, drible e remate sob forma jogada
Combinações (directas e indirectas) entre 2 e 3 jogadores, através de desmarcações de apoio e rotura
Marcação e desmarcação
Princípios específicos do jogo ofensivo
Princípios específicos do jogo defensivo
Capacidades Condicionais:
Resistência especifica do jogo
Velocidade execução com e sem bola
Velocidade reacção complexa de deslocamentos
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Determinação
Cooperação
Cognitivo:
Desenvolver a capacidade de análise/percepção de antecipação e decisão e executá -las em relação com
as condicionantes técnicas e tácticas, de forma a agir correctamente no tempo certo (velocidade de
decisão).
Educar criatividade e a inteligência emocional táctica
Racionalização do espaço de jogo
Educar, desenvolver e aperfeiçoar o modelo de jogo
94
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Condicionantes:
? Os alunos que estão no c. lateral jogam na equipa que tem posse bola.
? Quando a bola for para um dos corredores laterais, um jogador adversário desse sector pode
entrar nesse corredor e tentar recuperar a bola.
? Quando a bola está no corredor lateral um colega de equipa pode entrar nesse corredor, desmarcando-se pelas
costas, criando uma situação de 2x1 no corredor lateral.
? É permitida a entrada de 1 jogador da equipa em posse bola, no sector seguinte, podendo ou não ser o portador
da bola (deverá ser o aluno que consiga provocar um maior desequilíbrio na estrutura defensiva adversária).
? Em situação de perda de posse de bola, as estruturas dos sectores deverão ser mantidas de acordo com a
estrutura inicial, isto é, o aluno que transitou de sector deve voltar ao sector inicial ou deverá haver
compensação por parte de um colega de equipa.
Organização: Rotação dos alunos pelas diferentes posições dentro da mesma equipa de forma a desempenharem
diferentes funções
Componentes Críticas: Princípios gerais e específicos de jogo de jogo ofensivo e defensivo. Princípios do "jogo de
corredores".
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Aperfeiçoar o passe, recepção, condução, drible e remate sob forma jogada
Combinações (directas e indirectas) entre 2, 3 e 4 jogadores, através de desmarcações de apoio e
rotura
Marcação e desmarcação
Princípios específicos do jogo ofensivo e defensivo
Capacidades Condicionais:
Resistência especifica do jogo
Velocidade execução com e sem bola
Velocidade reacção complexa de deslocamentos
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Determinação
Cooperação
Cognitivos:
Desenvolver a capacidade de análise/percepção de antecipação e decisão e executá -las em relação com
as condicionantes técnicas e tácticas, de forma a agir correctamente no tempo certo.
Educar criatividade e a inteligência emocional táctica
Racionalização do espaço de jogo
Educar, desenvolver e aperfeiçoar o sistema de jogo
95
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Organização: Jogo “formal”, disputado normalmente na zona (b), de forma a desenvolver e aperfeiçoar o remate de
média/longa distância. A área desta zona deve ser adaptada ao nível etário do grupo que o realiza, por exemplo, para
alunos com 8/9 anos a distância entre a baliza e o limite da zona (b), não deve ultrapassar os 10m.
Condicionantes: Nas zonas delimitadas (a) os atacantes só poderão marcar golo após cruzamento dessa mesma zona (1
ponto). Os golos obtidos da zona ( b) valem a dobrar. Os golos obtidos da zona (b) e após cruzamento realizado da zona
(a), valem por 3. Os lançamentos de linha lateral e pontapés de canto são realizados segundo as leis de jogo.
Variáveis de Evolução: Condicionar o nº de contactos na bola por jogador (3 no mínimo por exemplo)
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Desenvolver e aperfeiçoar o passe, recepção, drible, remate, cruzamento sob forma jogada
Combinações directas
Combinações indirectas (nos jogos a 3 e 4 elementos)
Progressão
Contenção
Cobertura ofensiva
Pressão defensiva sobre o portador da bola
Marcação/desmarcação
Noção de amplitude e profundidade de jogo
Capacidades Condicionais:
Resistência específica
Força rápida desenvolvida através de rápidas acelerações e travagens, mudanças de direcção e sentido,
e de elevadas percentagens de remates de média, longa e curta distâncias
Potência no remate
Velocidade de execução
Capacidade de aceleração
Velocidade de reacção complexa
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Coordenação espaço-temporal
Orientação espacial
Lateralidade
Controlo motor
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Cooperação
Altruísmo (prazer por proporcionar aos colegas de equipa elevadas percentagens de sucesso, sabendo
que essas acções serão reconhecidas pelo grupo, através do reforço muito positivo do treinador e dos
colegas, através de agradecimentos efusivos, palmas, vénias, etc, etc, o que por sua vez fará aumentar
os níveis de auto-confiança, reforçando a auto -estima)
Auto-confiança
Auto-estima
Combatividade
Determinação
Competitividade
Cognitivo:
Desenvolver a capacidade de análise/percepção de antecipação e decisão e executá -las em relação com
as condicionantes técnicas e tácticas, de forma a agir correctamente no tempo certo
Desenvolver a inteligência emocional táctica
Educar a criatividade
Conhecer as respostas do oponente
Estimular a iniciativa individual e a espontaneidade do remate
96
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 4.11
Nome: Jogo das seis balizas
Fase: III
Forma: Gr + 4 x 4 + Gr; Gr +3 x 3 + Gr; Gr + 5 x 5 +Gr
N.º de Alunos: 10
Espaço: 35 x 30 m; 30x20m;40 x 30m
Tempo: até 25 min
Descrição:
Cada equipa possui três balizas (uma grande e duas pequenas). O jogador pode marcar golo na baliza grande, quando um
colega lhe passa a bola e este remata sem recepção prévia. Se efectuar recepção da bola, poderá marcar golo numa das
duas balizas pequenas. Um golo na baliza grande, vale dois pontos e, um golo nas balizas pequenas, vale um ponto. O
guarda-redes de cada equipa tem que defender as três balizas.
Condicionantes: Nas zonas delimitadas (a) os atacantes têm que centrar/cruzar para marcar golo. Os lançamentos de
linha lateral e pontapés de canto são realizados segundo as leis de jogo.
Variáveis de Evolução:
Componentes Críticas: Ênfase no “timing” da decisão pelo tipo de remate a efectuar e na técnica de todas as formas de
remate
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Passe, recepção, condução, drible e remate sob forma jogada
Princípios específicos do jogo (do ataque e da defesa)
Técnica de defesa da baliza a utilizar pelos Gr
Combinações tácticas ofensivas directas e indirectas
Ocupação racional do espaço
Finta/drible
Descentração do jogo (evitar a aglomeração)
Capacidades Condicionais:
Velocidade de reacção, de execução e do deslocamento
Resistência específica do jogo
Força rápida
Agilidade
Destreza
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Coordenação óculo-temporal
Orientação espacial
Lateralidade
Ritmo
Controlo motor
Psicológicos:
Cooperação
Altruísmo (prazer por proporcionar aos colegas de equipa elevadas percentagens de sucesso, sabendo
que essa acção será reconhecida pelo grupo através do reforço muito positivo do treinador e dos colegas
– agradecimentos efusivos, palmas, vénias etc, etc)
Atenção
Concentração
Desenvolver a auto-confiança alimentando a auto-estima através de elevadas percentagens de sucesso
(golos, assistências para golos, excelentes desmarcações, bons desarmes, marcações ajustadas, etc.
etc)
97
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Combatividade
Capacidade de improvisação
Desenvolver a imprevisibilidade e a improvisação
Cognitivo:
Educar, desenvolver e aperfeiçoar a capacidade e velocidade da tomada de decisão
Desenvolver a inteligência emocional táctica
Desenvolver a capacidade de antecipar e prever o comportamento adversário
98
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 4.12
Forma: “GR+1x1+GR”
Fase: III
N.º de Alunos: 4
Espaço: 20x10m
Tempo: até
Descrição:
O jogador parte com bola, com o objectivo de marcar golo na baliza adversária. Para tal, terá de ultrapassar inicialmente
a oposição de X e posteriormente a oposição do GR. O exercício representa assim uma situação de jogo reduzido, tendo
como base as regras específicas da modalidade. Os jogadores têm um minuto para ver quem marca mais golos.
Variantes:
Realizar o jogo por tempo (1 ou 2 minutos)
Realizar jogo por vagas, trocando de funções no final de cada execução
Realizar tarefas para desenvolver as capacidades coordenativas antes e/ou depois do exercício.
Objectivos:
Técnico/Tácticos :
Progressão
Condução de bola
Contenção
Desenvolver e aperfeiçoar as técnicas de desarme, simulação/finta/drible/remate
Técnica de guarda-redes
Capacidades Condicionais:
Velocidade de execução
Velocidade de deslocamento
Agilidade
Força rápida
Destreza
Velocidade de reacção
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Coragem
Auto-controlo
Auto-confiança
Combatividade
Cognitivo:
Desenvolver e aperfeiçoar a capacidade e velocidade de antecipação
Condicionar a acção do adversário através da sua própria acção
Educar e desenvolver a imprevisibilidade e a criatividade
Desenvolver e aperfeiçoar a capacidade e velocidade de decisão
99
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 4.13
Nome: “Baliza a Baliza”
Fase: III
N.º de Alunos: 2
Espaço: de 10x10m a 30x10m
Tempo: até 15m
Descrição:
O jogo é iniciado por um remate a partir do solo (dentro da pequena área). O jogador contrário pode dar 2 toques (um
para defender o remate adversário e o outro para rematar à baliza). O remate deverá ser feito até metade do campo.
Variantes:
Não condicionar o pé de remate
Condicionar o remate (uma vez a cada pé)
Condicionar o remate, consoante o pé utilizado pelo adversário (exigir remate com pé contrário ao utilizado pelo
adversário ou exigir utilização do mesmo pé).
Não utilizar as mãos na defesa da baliza
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Desenvolver/aperfeiçoar as técnicas de remate, de recepção e técnica de GR.
Capacidades Condicionais:
Velocidade de execução
Velocidade de reacção simples
Potência de remate
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-manual
Coordenação óculo-pedal
Coordenação óculo-temporal
Orientação espaço-temporal
Lateralidade
Controlo motor
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Coragem
Determinação
Auto-controlo
Auto-confiança
Persistência
Cognitivo:
Antecipação do comportamento do adversário
Educar a criatividade e a imprevisibilidade através da utilização de diferentes tipos e formas de remate
100
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 4.14
Nome: “Jogo dos Remates”
Fase: III
N.º de Alunos: 6 a 8
Espaço: 15x20m / 20x20m / 25x25m
Forma: G.r. +2x2+G.r. ou G.r.+3x3+G.r.
Descrição:
O objectivo do jogo é marcar golo. Os guarda-redes não podem marcar golo a partir do pontapé de baliza.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Desenvolver/aperfeiçoar a finta/drible
Simulação
Muito ênfase nas técnicas de remate e de defesa da baliza
Cabeceamento
Princípios de jogo (penetração, cobertura ofensiva, mobilidade e espaço, contenção, cobertura
defensiva, equilíbrio e concentração)
Pressing e pressão defensiva
Marcação/desmarcação
Ocupação racional do espaço
Capacidades Condicionais:
Resistência específica do jogo
Velocidade de reacção complexa
Velocidade de execução
Força rápida
Agilidade
Destreza
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-pedal
Coordenação óculo-temporal
Orientação espacial
Lateralidade
Controlo motor
Ritmo
Visão periférica
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Coragem
Auto-confiança
Auto-estima
Persistência
Altruísmo
Solidariedade
Desejo de sucesso
Desenvolver capacidade de imprevisibilidade e improvisação
Desenvolver a criatividade
Cognitivo:
Desenvolvimento da inteligência emocional táctica
Velocidade e qualidade da tomada de decisão
Capacidade de antecipação do comportamento adversário
101
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
5
Exercícios
de Manutenção,Circulação
e Recuperação de Posse de Bola
102
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 5.1
Nome: "Jogo do quadrado"
Fase: Ex. Complementar
Espaço: 25/25; 20/20; 30/30 ou outra forma
Nº alunos: 2x2;3x3;4x4;3x2 ou 4x3 no interior do quadrado.
Tempo: até 25/30m
Descrição:
No interior do quadrado jogam 2 equipas tentando manter a posse de bola com a ajuda dos jockers.
Condicionantes:
Os jockers jogam na equipa que tem posse bola.
Os jockers jogam livremente no seu lado do quadrado não podendo abandoná-lo.
Organização:
Troca de funções. Os jogadores que estão fora do quadrado trocam com uma equipa que está dentro, no final do
tempo determinado pelo treinador.
Condicionantes/Variáveis de Evolução:
· Aumento/redução do espaço disponível para facilitar/dificultar a execução.
· Limitar o nº de toques na bola por jogador no interior do quadrado (2 ou 3 toques na bola)
· Limitar o nº toques na bola pelos jockers (1,2 ou 3)
· O joker pode passar a outro jocker, mas só o pode fazer uma vez, o segundo tem de jogar a bola para o
interior do quadrado quando tal acontecer.
· Um dos jogadores da equipa sem posse de bola pode pressionar o jogador que actua do lado de fora do
quadrado (nas fases iniciais de aprendizagem deste jogo e com alunos em idades mais tenras, deverá ser
interdita
Componentes Críticas:
Recepção. Passe. Marcação. Desmarcação. Imprevisibilidade
Jogar a 1 contacto: o aluno deve ver a posição de colegas e adversários antes de receber a bola.
2 Contactos: recepção, levanta a cabeça e faz o passe.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Recepção e passe
Marcação ao portador da bola e às linhas de passe oferecidas pelos colegas
Desmarcação e procura de linhas de passe ao portador da bola
Recuperação rápida da posse de bola
Aumento da capacidade de visão periférica
Coordenativos e Condicionais:
Resistência específica do jogo
Apreciação de trajectórias
Psicológicos:
Determinação
Capacidade sofrimento
Mentalidade forte na vontade de recuperar bola, especialmente quando os elementos de uma equipa
estão em inferioridade numérica
Cognitivo:
Desenvolver a capacidade e velocidade de análise/percepção, antecipação e decisão
Desenvolver capacidade de improvisação e imprevisibilidade devido às inúmeras soluções à disposição
do portador de posse de bola (linhas passe internas dos colegas de equipa e linhas passe externas
proporcionadas pelos jockers)
Educar a Criatividade
103
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 5.2
Fase: Ex. Complementar
Nome: Múltiplas balizas
Espaço: 25x20m ou 30x25m
N.º alunos: a) 3x3 ou 4x4 b) 2x3;3x4 ou 5x4
c) 3(+1)x(+1)3 ; 3(+2)x(+2)3 ; 4(+1)x(+1)4 ou 4(+2)x(+2)4
Descrição:
Duas equipas jogam uma contra a outra tentando marcar golo em qualquer uma das balizas. Obtém-se golo
quando se consegue passar a bola entre os 2 "chapéus" e esta seja recebida por um colega de equipa.
Condicionantes:
Quando se marca um golo a bola continua na posse da mesma equipa.
Não se pode marcar golo duas vezes seguidas na mesma baliza.
Na figura acima, colocar mais uma baliza na zona central
Variáveis de evolução:
a) Igualdade númerica.
b) Desigualdade númerica (alunos + aptos na equipa em inferioridade númerica).
c) Superioridade numérica ofensiva e inferioridade númerica defensiva através da colocação de jockers.
d) Golo marcado com o pé menos bom vale por 2
e) Golo
Nota: Inicialmente devemos colocar equipas em desigualdade numérica com a introdução de jockers, de forma a permitir
uma maior continuidade das acções e maior probabilidade de sucesso. Quanto menor o nível dos alunos, maior deve ser a
desigualdade.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Recepção e passe
Marcação ao portador da bola e às linhas de passe oferecidas pelos colegas
Desmarcação e procura de linhas de passe ao portador da bola
Recuperação rápida da posse de bola
Aumento da capacidade de visão periférica
Físicos:
Desenvolvimento da resistência específica do jogo
Coordenativos:
Desenvolver e aperfeiçoar a capacidade de observação
Psicológicos:
Determinação
Capacidade sofrimento
Mentalidade forte na vontade de recuperar bola, especialmente quando os elementos de uma equipa
estão em inferioridade numérica
Cognitivo:
Desenvolver a capacidade e velocidade de análise/percepção, antecipação e decisão
Desenvolver capacidade de improvisação e imprevisibilidade devido às inúmeras soluções à disposição
do portador de posse de bola (linhas passe internas dos colegas de equipa e linhas passe externas
proporcionadas pelos jockers)
Educar a Criatividade
104
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 5.3
Fase: III
Espaço: 30x17; 30x20; 25x20 ou outra forma de acordo com objectivos do treinador
Forma: a) Gr+4x2+Gr; ou Gr 5x2+Gr ou Gr+5x3+Gr; ou Gr+6x3+Gr
Tempo: até 30m
Descrição:
A equipa em superioridade numérica terá de realizar um determinado nº de passes consecutivos entre os seus
elementos (5/6/7/8 ou outros) e só depois poderá atacar a baliza e tentar a finalização; a equipa em
inferioridade numérica logo que recupere a posse de bola pode finalizar.
Organização: Rotação G.rs. em cada equipa; Rotação dos jogadores em inferioridade numérica.
Variáveis de Evolução:
Desigualdade numérica (alunos + aptos na equipa em inferioridade númerica)
Superioridade númerica ofensiva e inferioridade númerica defensiva através da colocação de jockers.
Criar e identificar uma zona delimitada para execução dos passes obrigatórios da equipa em superioridade
numérica.
Limitar o nº toques na bola por aluno da equipa em superioridade numérica: 2 ou 3
A equipa em inferioridade numérica logo que recupere a posse de bola pode finalizar em qualquer das balizas
A baliza para onde se devem dirigir os ataques não está previamente definida; ou seja, os jogadores terão de
olhar para o treinador e esperar pela indicação deste sobre qual das balizas devem atacar.
Colocar 2 balizas com 4/5/6 metros de distância entre elas, de forma a equipa em inferioridade numérica finalizar
e assim desenvolver ainda mais a imprevisibilidade das suas acções e retirar ainda alguma vantagem para
compensar a desvantagem numérica que o exercício lhe impõe.
Nota: A condicionante da obrigatoriedade de realizar um determinado número de passes consecutivos por parte da
equipa em superioridade numérica, serve essencialmente para desenvolver e aperfeiçoar o passe e a recepção. Assim,
conseguimos através de formas jogadas, cumprir este objectivo, evitando os exercícios meramente analíticos. Deste
modo, e ao mesmo tempo, criamos condições para o desenvolvimento da segurança na manutenção e circulação da posse
de bola. Cumprimos ainda objectivos de dispersão em relação à bola e descentração do jogo, especialmente para os
alunos menos aptos, cujas acções gravitam em torno da bola, não se desmarcando em função da baliza adversária e do
espaço livre, mas em função da bola.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Recepção e passe
Drible
Recuperação rápida da posse de bola
Aumento da capacidade de visão periférica
Dispersão dos colegas em relação ao portador da bola, proporcionando-lhe múltiplas e diversas linhas de
passe (dispersão em relação à bola)
Estimular iniciativas individuais através da utilização de grande frequência de dribles/fintas por parte dos
jogadores da equipa em inferioridade numérica
Princípios específicos do jogo defensivo a utilizar pelos jogadores da equipa em inferioridade numérica
(contenção, cobertura defensiva e concentração)
Todos os princípios específicos do ataque e da defesa por parte dos jogadores da equipa em
superioridade numérica
Pressão incessante na recuperação da posse de bola por parte dos jogadores em superioridade numérica
Pressão muito forte por parte dos jogadores em inferioridade numérica de forma a evitar que o objectivo
da equipa adversária seja atingido antes de poderem atacar a baliza (a pressão depois da equipa
adversária concluir o nº passes consecutivos definidos pelo treinador, terá de ser efectuada duma forma
mais racional e inteligente, sustentada nos princípios específicos do jogo defensivo).
A pressão deverá ser feita ao portador da bola e nas linhas de passe mais próximas
105
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Psicológicos:
Atenção e concentração
Cooperação
Determinação
Capacidade sofrimento/resistência psicológica ao esforço por parte da equipa em inferioridade numérica
Educar o colectivismo dos jogadores em superioridade numérica, levando-os a perceber que através da
união de esforços terão maior probabilidade de vencer os adversários mais dotados.
Aumentar a auto -confiança e auto -estima dos jogadores, especialmente os que jogam em inferioridade
numérica, pois elevadas percentagens de sucesso contra adversários em maior número, é gerador de
sentimentos de satisfação e motivação, traduzindo-se em aumentos dos níveis atrás referidos.
Cognitivo:
Desenvolver e aperfeiçoar a velocidade e capacidade de análise, antecipação e decisão na sua relação
com as condicionantes técnicas, tácticas, físicas e psicológicas presentes no jogo.
Desenvolver capacidade de improvisação e imprevisibilidade por parte dos jogadores em
inferioridade numérica
Educar a criatividade e a inteligência emocional táctica.
106
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 5.4
Fase: III
Nº alunos: 9
Espaço: 30x20m (com divisão em 2 zonas iguais); 35x25m; outras de acordo com sensibilidade e objectivos do treinador
Forma: G.r.+5x2+G.r ; G.r.+4x2+G.r. ou G.r.+5x3+G.r. ou Gr+6x3+Gr
Tempo: até 25/30m
A B
Descrição:
A equipa em superioridade númerica inicia o jogo no espaço A, tentando realizar x passes consecutivos (5/6/7/8 ou
outros) entre os seus elementos. Após a conclusão dessa tarefa e sem perder a posse de bola, os jogadores terão de
passar para o espaço B e ai continuar com o mesmo objectivo. Quando terminarem a realização da tarefa, e quando assim
o entenderem, podem atacar a baliza no espaço A. A equipa em inferioridade numérica quando recuperar a posse de bola
pode finalizar na baliza desse espaço.
Organização:
Rotação GR. em cada equipa.
Rotação dos alunos na equipa em inferioridade númerica.
Variáveis de Evolução:
Grau de desigualdade númerica (alunos + aptos na equipa em inferioridade númerica)
Reduzir o nº toques na bola em cada acção, por aluno da equipa em superioridade numérica (2 ou 3)
Aumento/redução nº de passes a realizar por parte dos jogadores da equipa em superioridade numérica para
poder finalizar, dificultando/facilitando a tarefa.
A equipa em inferioridade numérica quando conquistar a posse de bola, pode finalizar em qualquer uma das
balizas (desenvolver a imprevisibilidade e a capacidade e velocidade de decisão no contra-ataque)
Componentes Críticas:
Recepção. Passe. Marcação. Desmarcação. Drible. Remate.
Dar linhas de passe bem definidas (não “esconder” atrás do adversário) e em função do espaço livre. Evitar a
aglomeração em torno da bola
Nota: A condicionante da obrigatoriedade de realizar um determinado número de passes consecutivos por parte da
equipa em superioridade numérica, serve essencialmente para desenvolver e aperfeiçoar o passe e a recepção. Assim,
conseguimos através de formas jogadas, cumprir este objectivo, evitando os exercícios meramente analíticos. Deste
modo, e ao mesmo tempo, criamos condições para o desenvolvimento da segurança na manutenção e circulação da posse
de bola. Cumprimos ainda objectivos de dispersão em relação à bola e descentração do jogo, especialmente para os
alunos menos aptos, cujas acções gravitam em torno da bola, não se desmarcando em função da baliza adversária e do
espaço livre, mas em função da aproximação da bola.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Recepção e passe
Drible
Recuperação rápida da posse de bola
Aumento da capacidade de visão periférica
Dispersão dos colegas em relação ao portador da bola, proporcionando-lhe múltiplas e diversas linhas de
passe (dispersão em relação à bola)
Estimular iniciativas individuais através da utilização de grande frequência de dribles/fintas por parte dos
jogadores da equipa em inferioridade numérica
Princípios específicos do jogo defensivo a utilizar pelos jogadores da equipa em inferioridade numérica
(contenção, cobertura defensiva e concentração)
Todos os princípios específicos do ataque e da defesa por parte dos jogadores da equipa em
superioridade numérica
Pressão incessante na recuperação da posse de bola por parte dos jogadores em superioridade numérica
Pressão muito forte por parte dos jogadores em inferioridade numérica de forma a evitar que o objectivo
da equipa adversária seja atingido antes de poderem atacar a baliza (a pressão depois da equipa
107
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
adversária concluir o nº passes consecutivos definidos pelo treinador, terá de ser efectuada duma forma
mais racional e inteligente, sustentada nos princípios específicos do jogo defensivo).
A pressão deverá ser feita ao portador da bola e nas linhas de passe mais próximas
Físicos:
Resistência especifica do jogo
Psicológicos:
Atenção e concentração
Cooperação
Determinação
Capacidade sofrimento/resistência psicológica ao esforço por parte da equipa em inferioridade numérica
Educar o colectivismo dos jogadores em superioridade numérica, levando-os a perceber que através da
união de esforços terão maior probabilidade de vencer os adversários mais dotados.
Aumentar a auto -confiança e auto -estima dos jogadores, especialmente os que jogam em inferioridade
numérica, pois elevadas percentagens de sucesso contra adversários em maior número, é gerador de
sentimentos de satisfação e motivação, traduzindo-se em aumentos dos níveis atrás referidos.
Cognitivo:
Desenvolver e aperfeiçoar a velocidade e capacidade de análise, antecipação e decisão na sua relação
com as condicionantes técnicas, tácticas, físicas e psicológicas presentes no jogo.
Desenvolver capacidade de improvisação e imprevisibilidade por parte dos jogadores em
inferioridade numérica
Educar a criatividade e a inteligência emocional táctica.
108
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 5.6
Fase: III
Espaço: 40x30m (com divisão em 3 zonas, sendo a zona intermédia maior)
Forma: G.r.+5(+1)x(+1)5+G.r. ou G.r.+5(+2)x(+2)5+G.r.
G.r.+4(+1)x(+1)4+G.r. ou G.r.+4(+2)x(+2)4+G.r.
G.r.+3(+1)x(+1)3+G.r. ou G.r.+3(+2)x(+2)3+G.r.
Tempo: até 30m
Descrição:
Na zona média 2 equipas tentam manter a posse da bola, quando uma delas conseguir realizar X passes consecutivos
entre os seus elementos (4/5/6/7/8 ou outros), tenta finalizar na baliza da equipa contrária, abandonando a zona média.
Os jockers jogam na equipa de posse de bola.
Condicionantes:
Obrigatório a colocação de um jogador na zona defensiva para ficar a dar apoio, isto é, dá cobertura ofensiva ao
portador da bola e à equipa;
Quando o jogador que se encontra na zona defensiva se incorpora na zona média para dar uma linha de passe ou
progredir para provocar desequilíbrios na estrutura adversária, é obrigatório um companheiro de equipa ocupar o
seu lugar (compensação). Quando tal não acontecer a equipa sofre uma penalização (ou perde a posse de bola
ou é marcado um penalty).
Quando a bola é passada para o jogador em apoio na zona defensiva, (cobertura ofensiva) só um jogador da
equipa adversária pode sair da zona média e ir pressioná-lo.
Variáveis de Evolução:
Grau de desigualdade númerica (através da colocação de 1 ou 2 jockers)
Aumento/redução nº de passes para poder finalizar, dificultando/facilitando a tarefa.
Limitar o nº contactos por jogador (3/4)
Componentes Críticas:
Recepção. Passe. Marcação. Desmarcação.
Dar linhas de passe bem definidas ao portador da bola (ver e ser visto) e amplitude ao ataque;
Nota: A condicionante da obrigatoriedade de realizar um determinado número de passes consecutivos por parte da
equipa em superioridade numérica, serve essencialmente para desenvolver e aperfeiçoar o passe e a recepção. Assim,
conseguimos através de formas jogadas, cumprir este objectivo, evitando os exercícios meramente analíticos. Deste
modo, e ao mesmo tempo, criamos condições para o desenvolvimento da segurança na manutenção e circulação da posse
de bola. Cumprimos ainda objectivos de dispersão em relação à bola e descentração do jogo, especialmente para os
alunos menos aptos, cujas acções gravitam em torno da bola, não se desmarcando em função da baliza adversária e do
espaço livre, mas em função da aproximação da bola.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Recepção e passe
Drible
Recuperação rápida da posse de bola
Aumento da capacidade de visão periférica
Dispersão dos colegas em relação ao portador da bola, proporcionando-lhe múltiplas e diversas linhas de
passe (dispersão em relação à bola)
Princípios específicos do jogo defensivo a utilizar pelos jogadores da equipa em inferioridade numérica
(contenção, cobertura defensiva e concentração)
Todos os princípios específicos do ataque e da defesa por parte dos jogadores da equipa em
superioridade numérica
Pressão muito forte por parte dos jogadores em inferioridade numérica de forma a evitar que o objectivo
da equipa adversária seja atingido antes de poderem atacar a baliza (a pressão depois da equipa
109
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
adversária concluir o nº passes consecutivos definidos pelo treinador, terá de ser efectuada duma forma
mais racional e inteligente, sustentada nos princípios específicos do jogo defensivo).
A pressão deverá ser feita ao portador da bola e nas linhas de passe mais próximas
Desenvolver o contra-ataque e o ataque rápido após conclusão da tarefa inicial ou quando estiverem
reunidas as condições necessárias para o desenvolvimento do mesmo
Físicos:
Resistência especifica do jogo
Psicológicos:
Atenção e concentração
Cooperação
Determinação
Capacidade sofrimento/resistência psicológica ao esforço por parte da equipa em inferioridade numérica
Cognitivo:
Desenvolver e aperfeiçoar a velocidade e capacidade de análise, antecipação e decisão na sua relação
com as condicionantes técnicas, tácticas, físicas e psicológicas presentes no jogo.
Educar a criatividade e a inteligência emocional táctica.
110
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 5.7
Fase: III
Espaço: 30x20m; outras de acordo com sensibilidade e objectivos do treinador
Forma: 2Gr+2x5+Gr ou 2Gr+3x5+Gr ou outras de acordo com esta estrutura
Tempo: até 25/30m
Descrição:
A equipa em superioridade númerica tenta realizar X passes consecutivos (5,6,7,8, ou outros) entre os seus elementos,
como condicionante de forma a poder finalizar.
A equipa em inferioridade númerica quando recuperar a bola tenta marcar golo, ultrapassando a linha de baliza defendida
por um guarda-redes que poderá ser um jogador específico ou um dos jogadores da equipa em superioridade numérica
(desempenhando o papel de guarda redes avançado).
Condicionantes:
A equipa em superioridade númerica tenta finalizar nas duas balizas (ou em apenas uma, de acordo com outros objectivos
a considerar pelo treinador)
A equipa em inferioridade númerica tenta marcar golo ultrapassando a linha de baliza (toda a largura do espaço
considerado) com a bola controlada que poderá ou não ser defendida por um guarda-redes
Variáveis de Evolução:
Grau de desigualdade númerica (alunos + aptos na equipa em inferioridade númerica)
Aumento/redução nº de passes para poder finalizar, dificultando/facilitando a tarefa.
Limitar o nº de toques na bola por jogador da equipa em superioridade numérica (2,3,4)
Colocar 3 balizas de 5x2 defendidas por 3 guarda-redes para os jogadores da equipa em inferioridade numérica
poderem finalizar
Componentes Críticas:
· Recepção
· Passe
· Marcação
· Desmarcação
· Ênfase na condução de bola em condições dificultadas (se o objectivo para os jogadores em inferioridade for
a marcação de golo ultrapassando a linha final)
· Ênfase no drible, na espontaneidade do remate e na imprevisibilidade das suas acções, se o objectivo para
os jogadores em inferioridade numérica for a marcação de golo em qualquer das 3 balizas (vide varáveis de
evolução)
Nota:
A condicionante da obrigatoriedade de realizar um determinado número de passes consecutivos por parte da
equipa em superioridade numérica, serve essencialmente para desenvolver e aperfeiçoar o passe e a recepção.
Assim, conseguimos através de formas jogadas mais próximas da realidade do jogo (cooperação, oposição e
finalização) cumprir este objectivo, evitando os exercícios meramente analíticos. Deste modo, e ao mesmo
tempo, criamos condições para o desenvolvimento da segurança na manutenção e circulação da posse de bola.
Cumprimos ainda objectivos de dispersão e de descentração do centro do jogo, especialmente para os alunos
menos aptos, cujas acções gravitam em torno da bola, não se desmarcando em função da baliza adversária, do
espaço livre e do afastamento em relação ao adversário, mas em função da aproximação da bola.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
? Recepção e passe
? Desmarcação e procura de linhas de passe ao portador da bola (através de acções de dispersão e
descentração em relação ao centro de jogo), proporcionando-lhe múltiplas e diversas linhas de passe
(atrás, ao lado, à esquerda, à direita, à frente)
111
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
? Marcaçã o e recuperação rápida da posse de bola, especialmente por parte dos jogadores em
superioridade numérica, educando e cumprindo os seguintes princípios: marcação rápida com muita
pressão ao portador da bola e às linhas de passe mais próximas.
? Aumento da capacidade de visão periférica, desenvolvendo a capacidade de observação
? Estimular iniciativas individuais / dribles dos jogadores em inferioridade numérica
? Educar e desenvolver os princípios específicos jogo ofensivo, especialmente a cobertura ofensiva a
mobilidade e o espaço por parte dos jogadores em superioridade numérica, especialmente na fase inicial
do exercício (realização de um nº determinado de passes consecutivos), seguido da progressão para
finalização, mantendo e cumprindo os outros princípios.
? Estimular a pressão muito forte ao portador da bola e às linhas de passe mais próximas, por parte dos
jogadores em inferioridade numérica, de forma a evitar que o pré-objectivo da equipa adversária seja
atingido (realização de um determinado nº de passes consecutivos entre os elementos da equipa em
superioridade numérica) antes de poderem atacar a baliza (a pressão depois da equipa adversária
concluir o nº passes consecutivos definidos pelo treinador, terá de ser efectuada duma forma mais
racional e inteligente, sustentada nos princípios específicos do jogo defensivo).
? Para o Gr:
Atenção e concentração
Escolha da melhor solução para cada acção com ênfase na técnica de saída aos pés dos avançados, pois
na variante de defesa de toda a linha de fundo os avançados só terão êxito se o conseguirem ultrapassar
utilizando o drible; ênfase nas técnicas de defesa da baliza a todo o tipo, forma, espontaneidade e
imprevisibilidade de remates pois os avançados ao disporem de 3 balizas para finalizar (vide variáveis de
evolução) relativamente próximas, poderão optar por olhar para uma e rematar para outra ou simular o
remate para uma e passar ao colega e este rematar para outra.
Psicológicos:
Atenção e concentração
Cooperação
Determinação
Paciência e resistência psicológica ao esforço por parte dos jogadores em inferioridade numérica,
espreitando e aguardando o momento oportuno para recuperar a bola e partir rapidamente para a
finalização (acções individuais de contra-ataque)
Proporcionar elevadas percentagens de sucesso a todos os jogadores, independentemente do nível de
aptidão, desenvolvendo a autoconfiança de forma a aumentar a auto -estima.
Cognitivo:
Desenvolver a capacidade e velocidade de análise, antecipação e decisão na sua relação com o móbil do
jogo
Desenvolver capacidade de improvisação e imprevisibilidade
Educar a criatividade e a inteligência emocional táctica
112
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 5.8
Fase: III
Forma: Gr+2 (+2) x (+2) 2+Gr; ou Gr +3 (+3) x (+3) 3+Gr ou outra de acordo com esta estrutura
Espaço: 30x25m; 30X20m; 20x25m; outro de acordo com o nº jogadores (corredor lateral:3 a 5m).
Tempo: até 30m
Descrição:
"Jogo de corredores" com todas as suas condicionantes.
Condicionantes:
Os jockers que estão no corredor lateral e no corredor central (quando a forma a utilizar preveja a colocação
jogam na equipa que tem posse bola. Obrigatório a bola circular pelos dois corredores laterais para se poder
finalizar.
Organização:
Rotação dos alunos por todas as posições de forma a desempenhar todas as funções: Gr, corredores laterais e
corredor central
Variáveis de Evolução:
· 2x superioridade numérica ofensiva e 2x inferioridade númerica defensiva no C. central através da colocação
de 2 jockers.
· 1x superioridade numérica ofensiva e 1x inferioridade númerica defensiva no C. central através da colocação
de 1 joker.
· Quanto menor for o nível de aptidão dos alunos, maior deve ser a desigualdade numérica.
Componentes Críticas:
· Princípios básicos de jogo.
· Princípios do "jogo de corredores".
Nota:
A condicionante da obrigatoriedade de realizar um determinado número de passes consecutivos por parte da
equipa em superioridade numérica, serve essencialmente para desenvolver e aperfeiçoar o passe e a recepção.
Assim, conseguimos através de formas jogadas mais próximas da realidade do jogo (cooperação, oposição e
finalização) cumprir este objectivo, evitando os exercícios meramente analíticos. Deste modo, e ao mesmo
tempo, criamos condições para o desenvolvimento da segurança na manutenção e circulação da posse de bola.
Cumprimos ainda objectivos de dispersão e de descentração do centro do jogo, especialmente para os alunos
menos aptos, cujas acções gravitam em torno da bola, não se desmarcando em função da baliza adversária, do
espaço livre e do afastamento em relação ao adversário, mas em função da aproximação da bola.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
? Recepção e passe
? Desmarcação e procura de linhas de passe ao portador da bola (através de acções de dispersão e
descentração em relação ao centro de jogo), proporcionando-lhe múltiplas e diversas linhas de passe
(atrás, ao lado, à esquerda, à direita, à frente)
? Marcaçã o e recuperação rápida da posse de bola, especialmente por parte dos jogadores em
superioridade numérica, educando e cumprindo os seguintes princípios: marcação rápida com muita
pressão ao portador da bola e às linhas de passe mais próximas.
? Aumento da capacidade de visão periférica, desenvolvendo a capacidade de observação
? Educar e desenvolver os princípios específicos jogo ofensivo, nomeadamente a cobertura ofensiva a
mobilidade e o espaço por parte dos jogadores em superioridade numérica, especialmente na fase inicial
do exercício (os jogadores terão de fazer circular a bola pelo dois corredores antes de poderem atacar a
baliza contrária), seguido da progressão para finalização, mantendo e cumprindo os outros princípios.
? Estimular a pressão muito forte ao portador da bola e às linhas de passe mais próximas, por parte dos
jogadores em inferioridade numérica, de forma a evitar que o pré-objectivo da equipa adversária seja
atingido (circulação da bola pelos dois corredores de jogo) antes de poderem atacar a baliza (a pressão
113
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
a efectuar depois da equipa adversária concluir esta condicionante, terá de ser efectuada duma forma
mais racional e inteligente, sustentada nos princípios específicos do jogo defensivo).
Psicológicos:
Atenção e concentração
Cooperação
Determinação
Paciência e resistência psicológica ao esforço por parte dos jogadores em inferioridade numérica,
espreitando e aguardando o momento oportuno para recuperar a bola
Cognitivo:
Desenvolver a capacidade e velocidade de análise, antecipação e decisão na sua relação com o móbil do
jogo
Desenvolver capacidade de improvisação e imprevisibilidade
Educar a criatividade e a inteligência emocional táctica
114
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
6
EXEMPLOS DE ALGUNS EXERCÍCIOS
PARA O TREINO DE
GUARDA-REDES
115
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Legenda:
T Técnico
A B Estação/Jogador por Estação
Jogador Atacante
Guarda- Redes
Bola
Vareta com Base
Vareta sem Base
Base sem Vareta
Escada de Skiping
Passe/Remate ou
Deslocamento sem bola
Deslocamento com bola
Pinos médios/Pequenos
116
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 1
N.º de Alunos: 6 a 8
Espaço: 50x30m
Tempo: 10 a 15min
Descrição:
Percurso no qual os atletas deverão realizar as seguintes tarefas:
A. Defende 3 remates (2 laterais e 1 frontal), efectuando voos laterais e frontais, não tocando nas varetas.
B. Lança a bola rasteira, procurando fazê-la passar por entre os cones. De seguida, efectua os skipings,
indicados na figura, e tenta captar a bola antes desta passar a linha assinalada.
C. Capta no ar (e sem derrubar as varetas) a bola lançada pelo colega (que acabou de terminar a estação
B. De seguida, passa a bola rasteira ao colega da estação D (o atacante), indo depois ocupar a sua
posição.
D. Terá de impedir que o atacante passe com a bola controlada por entre os cones. Posteriormente
desloca-se para a estação E, enquanto que o atacante irá ocupar a sua posição.
E. Lança a bola rasteira por entre as varetas. De seguida, efectua o “slalom” e tenta capta -la dentro da
zona demarcada pelas 2 linhas. Depois passa a bola ao técnico e vai para a estação A.
Variante facilidade:
Estação B – Distância maior entre os cones.
Estação C – Distâ ncia do cruzamento mais reduzida. Varetas substituídas por cones.
Estação D e E – Menor distância entre os cones.
Variante dificuldade:
Estação A – existência de barreiras, substituindo as simples varetas.
Nota: No caso de haver só um técnico, a função deste será substituir no exercício pelo atleta que vier da estação D. O
guarda-redes será aquele que estiver a fazer a tarefa do técnico, ocupando essa posição após o exercício terminar.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Voo lateral e frontal
Precisão de lançamento
Saída a cruzamentos
Saída em “mancha”
Capacidades Condicionais:
Velocidade de reacção e de deslocamento
Força rápida
Agilidade
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-manual
Coordenação óculo-temporal
Orientação espacial
Técnica de corrida
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Determinação
Tenacidade
117
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 2
N.º de Alunos: 8 a 10
Forma: 1x0+Gr + 1x1+Gr
Espaço: 35x30m;20x20m; outras de acordo com sensibilidade e objectivos do treinador
Tempo: 10 a 20min
Descrição:
Os atletas da coluna 1, conduzem a bola por fora do pino que se encontra à sua esquerda, tentando marcar golo a 2
utilizando o remate de pé esquerdo, efectuado logo que ultrapassem esse mesmo pino. Depois ocupam a posição de
guarda-redes, defendendo a linha assinalada pelos 2 cones. Então, os atletas da coluna 3 conduzem a bola, tentando
driblar o guarda redes que defende a linha imaginária que une os referidos cones, de forma a poder finalizar na baliza
defendida pelo guarda-redes 2
Variante dificuldade:
O aumento ou a diminuição do espaço compreendido entre os cones (a linha), condicionará o nível de complexidade do
exercício – Maior distância, maior dificuldade para o guarda-redes. Menor distância, menor dificuldade para o guarda-
redes.
Variar o início do exercício de forma a desenvolver a lateralidade (remates e defesas do lado direito e do lado esquerdo)
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Defesa de remates de ½ distância
Saída em “mancha”
Desenvolver as técnicas de remate
Capacidades Condicionais:
Velocidade de reacção, de execução e de deslocamento
Destreza
Agilidade
Capacidades Coordenativas:
Orientação espacial
Lateralidade
Equilíbrio
Controlo motor
Psicológicos:
Concentração
Auto-controlo
Improvisação
Estabilidade
Cognitivos:
Escolha da melhor solução para as acções técnicas a empregar, tanto na defesa da baliza como na
defesa da linha
118
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 3
N.º de Alunos: 4 a 6
Espaço: 20x15m
Tempo: 10 a 15min
Descrição:
O aluno executa corrida lateral sobre a escada de skipings, efectua a “mancha”, agarrando a bola e sem derrubar a
vareta. Depois coloca-se na baliza e procura defender 3 remates efectuados pelo técnico. Os remates terão de ser
rasteiros de forma a baterem nas bases que estão estrategicamente colocados à frente da baliza de forma a provocarem
ressaltos aleatórios. Depois dos 3 remates, efectuará nova “mancha” à outra vareta e deslocar-se-á para perto da outra
escada de skipings, efectuando nova corrida lateral.
Após todos os atletas terem realizado os exercícios, troca-se o lado de ínicio do exercício.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Saída em “mancha”
Defesa de remates após ressalto
Capacidades Condicionais:
Velocidade de reacção complexa
Flexibilidade
Agilidade
Destreza
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-manual
Coordenação óculo-temporal
Equilíbrio
Controlo motor
Técnica de corrida (deslocamento lateral)
Psicológicos:
Atenção
Concentração
Persistência
Determinação
119
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 4
N.º de Alunos: 7 a 10
Espaço: 30x30m
Tempo: 20/25m
Descrição:
1 Guarda-redes contra 2 equipas que por sua vez são adversárias. Cada equipa procurará colocar a bola por cima do
guarda-redes para que esta caia dentro do quadrado por ele defendido. O guarda-redes só pode entrar dentro do
quadrado após a bola ter sido lançada pelos atacantes.
As duas equipas só podem jogar com as mãos e cada jogador pode dar os passos que quiser, mas quando for tocado, terá
de parar e passar a bola ou tentar fazer ponto. Só se pode lançar a bola à baliza após esta passar por todos os atletas e
não ser interceptada pelos adversários. Não são permitido desarmes (apenas intercepções). O guarda-redes trocará com
outro jogador ao fim de aproximadamente 4 minutos.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Defesa de remates em balão
Capacidades Condicionais:
Resistência específica de jogo
Velocidade execução
Flexibilidade
Agilidade
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-manual
Coordenação óculo-temporal
Orientação espacial
Psicológicos:
Atenção
Solidariedade
Cooperação
Concentração
120
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 5
N.º de Alunos: 4 a 6
Espaço: 30x30m
Tempo: 10 a 15 min
Descrição:
Os jogadores 1 e 2 efectuam os deslocamentos frontais e à retaguarda, percorrendo o percurso indicado no esquema,
procurando no final captar a bola rematada ou lançada (“balão”) pelo técnico. Quem captar a bola, efectua uma tabelinha
com o técnico e procura marcar golo a 3, através de um remate de meia distância.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Defesa de remates de meia distância
Captação de bolas altas
Capacidades Condicionais:
Velocidade de deslocamento
Força rápida
Capacidades Coordenativas:
Controlo motor
Ritmo
Orientação espacial
Psicológicos:
Coragem
Combatividade
Determinação
Vontade de vencer
Competitividade
Tenacidade
121
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 6
N.º de Alunos: 8 a 16
Espaço: 50x30 m
Tempo: 15/20m
Descrição:
Percurso no qual os atletas deverão realizar as seguintes tarefas:
Variante Facilidade:
A – reduzir o espaço entre A e B.
K – reduzir a distância entre K e L.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Defesa de remates de meia distância
Reposição da bola em jogo (com o pé e com a mão)
Saída em “mancha”
Saída a cruzamento
Capacidades Condicionais:
Velocidade de deslocamento
Força rápida
Agilidade
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-manual
Coordenação óculo-pedal
Coordenação óculo-temporal
Orientação espacial
Controlo-motor
Ritmo
Técnica de corrida
Psicológicos:
Cooperação
Solidariedade
Concentração
122
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 7
N.º de Alunos: 4 a 6
Espaço: 30x15 m
Tempo: 15 a 20m
Descrição:
O jogador A efectuam o slalom à velocidade máxima, depois realiza os skipings à frente e à retaguarda, coloca-se na
baliza e defende um remate de mais distância efectuado pelo técnico. Depois desloca-se para a frente da vareta colocada
no chão e procura defender o remate efectuado em “balão” pelo técnico (só pode recuar depois da bola partir). A seguir
ao remate em balão, terá de defender o remate efectuado para o canto inferior do lado contrário de onde começou o
exercício (o exercício será efectuado primeiro de um lado e depois do outro).
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Defesa de remate em balão
Defesa de remate de meia distância
Voo lateral
Capacidades Condicionais:
Velocidade de deslocamento
Força rápida
Agilidade
Capacidades Coordenativas:
Equilíbrio
Controlo-motor
Ritmo
Psicológicos:
Atenção
Concentração
123
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Número: 8
N.º de Alunos: 8 a 12
Espaço: 50x30m
Tempo: 15 a 20min
Descrição:
Jogo baseado no andebol. Os passes são efectuados com as mãos (utilizando as várias técnicas de reposição de bola em
jogo) e os remates com o pé (reposição da bola em jogo sem deixar cair esta no chão). Os atletas poderão efectuar os
passos que quiserem mas se forem tocados não podem deslocar-se mais tendo que passar a bola ou rematar. Só o
guarda-redes (que troca de 3’ em 3’ aproximadamente) pode esta r dentro da área. Não são permitidos dribles.
Variável de evolução:
Permitida a entrada na área defendida pelo Gr para finalizar de cabeça ou com os pés; Permitido o remate quando a bola
ressalte uma vez no solo.
Objectivos:
Técnico/Tácticos:
Defesa de remates de longa, média e curta distância
Reposição da bola em jogo (com a mão e com o pé)
Captação de bolas altas, de média altura e rasteiras
Capacidades Condicionais:
Resistência específica de jogo
Velocidade de reacção simples e complexa
Velocidade de execução e de deslocamento
Força rápida
Capacidades Coordenativas:
Coordenação óculo-manual
Coordenação óculo-pedal
Coordenação espaço-temporal
Orientação espacial
Psicológicos:
Cooperação
Solidariedade
Coesão/espírito de equipa
Determinação
Competitividade
Tenacidade
Improvisação
Imprevisibilidade
Fair-play
Desenvolver capacidade e velocidade de decisão
124
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
EXEMPLOS DE TAREFAS DE
DESENVOLVIMENTO DAS
CAPACIDADES CONDICIONAIS E
COORDENATIVAS
125
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
Neste capítulo iremos apresentar um conjunto de tarefas que permitem o desenvolvimento das capacidades
coordenativas e condicionais dos alunos.
Não devem aparecer desintegradas dos restantes exercícios ou descontextualizada para não corrermos o risco de
se tratar monótono e desinteressante. São tarefas que podem ser integradas nos exercícios de fase I e II.
As tarefas devem ser executadas com especial relevo na sua execução técnica, mas apenas nas fases iniciais de
aprendizagem. Assim que esta fase esteja apreendida, colocar a ênfase na velocidade de execução; colocar tarefa depois
da execução técnico-táctica.
6.2 ( 6 ripas + espaço livre + 6 ripas) (variar distancias 40,50 e 60 cm, ou aumento gradual distâncias)
a) corrida, faz uma rotação 360 graus sobre si próprio recuando ombro direito e continua corrida no mesmo sentido.
b) corrida, faz uma rotação 360 graus sobre si próprio recuando ombro esquerdo e continua corrida no mesmo sentido.
6.4 ( 10 chapeus)
o aluno alterna a colocação pés juntos entre espaços livres e pés separados ao lado dos “chapéus”, um de cada lado.
a) skipping baixo
a.1) frente
a.2) lateral de um lado
a.3) lateral do outro lado
a.4) de costas
b) skipping médio
a.1) frente
a.2) lateral de um lado
126
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
a) coloca 1 apoio entre cada chapéu, pé direito na coluna direita e pé esquerdo na coluna da esquerda. 1 vez cada pé,
lado a lado.
a.1) inicia com pé direito
a.2) inicia com pé esquerdo
b) coloca 1 apoio entre cada chapéu, pé direito na coluna direita e pé esquerdo na coluna da esquerda. 1 vez cada pé, na
diagonal.
b.1) inicia com pé direito
b.2) inicia com pé esquerdo
d) Avança skipping lateral com 2 apoios entre cada ripa+ recua skipping lateral com 2 apoios entre cada ripa+ avança
skipping lateral com 2 apoios entre cada ripa (virado para o outro lado).
6.13 (4 ripas na horizontal + 4 ripas lado a lado vertical sobre lado esquerdo +4 ripas lado a lado vertical sobre lado
direito + 4 ripas na horizontal)
a.1) skipping de frente com 1 apoio entre cada ripa + skipping lateral com 2 apoios entre cada vara ( ir e vir) para um
lado + skipping de frente com 1 apoio entre cada ripa.
a.2) skipping de frente com 1 apoio entre cada ripa + skipping lateral com 2 apoios entre cada vara ( ir e vir) para o outro
lado + skipping de frente com 1 apoio entre cada ripa.
b.1) skipping de frente com 2 apoios entre cada ripa + skipping lateral com 2 apoios entre cada vara ( ir e vir) para um
lado + skipping de frente com 2 apoios entre cada ripa.
b.2) skipping de frente com 2 apoios entre cada ripa + skipping lateral com 2 apoios entre cada vara ( ir e vir) para o
outro lado + skipping de frente com 2 apoios entre cada ripa.
Devem ser executadas com especial relevo na sua velocidade, os alunos devem realizá-las na maior velocidade possível.
Logo, de preferência colocar as tarefas depois dos alunos reagirem rapidamente, seguindo-se a execução técnico-táctica.
Desta forma é função do treinador estimular os seus alunos.
7.1
O aluno realiza um salto e acelera passando entre dois chapéus.
a.1) muda de direcção para direita.
a.2) muda de direcção para esquerda.
7.2
O aluno inicia a acção entre as suas ripas e realiza 4 saltos laterais a pés juntos:
a.1) direita, esquerda(volta posição inicial), esquerda, direita(acaba na posição inicial).
a.2) esquerda, direita(volta posição inicial), direita, esquerda(acaba na posição inicial).
7.3
O aluno realiza saltos a pé juntos:
128
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
7.4
O aluno realiza saltos a pé juntos:
1 salto para frente+ 1 salto para trás + 1 salto para frente
7.5
O aluno realiza saltos a pés juntos para a frente e em ziguezague uma vez de cada lado das ripas.
7.6
O aluno inicia a acção no espaço da frente sobre o lado direito e realiza saltos a pés juntos: 1 salto esquerda + 1 salto
para trás + 1 salto para direita + 1 salto para frente.
7.7
a)O aluno inicia a acção no meio das ripas e realiza saltos laterais a pés juntos para a frente e para trás alternadamente:
a.1) sobre a ripa que se encontra à sua direita ( movimento da esquerda para a direita).
a.2) sobre a ripa que se encontra à sua esquerda ( movimento da direita para a esquerda).
7.8
O aluno realiza saltos laterais a pés juntos: 1 salto para direita+1 salto para esquerda+ 1 salto para direita + 1 salto para
esquerda.
7.9
O aluno realiza dois saltos laterais a pés juntos num sentido + dois saltos laterais a pés juntos no sentido contrário.
a.1) O aluno inicia acção do lado esquerda das ripas e faz 2 saltos laterais para direita + 2 saltos laterais para esquerda.
a.2) O aluno inicia acção do lado direito das ripas e faz 2 saltos laterais para esquerda + 2 saltos laterais para direita.
7.10
O aluno realiza saltos para frente a pés juntos até segundo chapéu.
7.11
a) O aluno salta fazendo uma rotação sobre si mesmo de 180 graus e fica virado de costas para direcção inicial + 1 salto
fazendo uma rotação sobre si mesmo de 180 graus e fica virado para direcção inicial.
a.1) 2 rotações recuando ombro direito.
a.2) 2 rotações recuando ombro esquerdo
a.3) 1ª rotação recuando ombro direito e 2ª rotação recuando ombro esquerdo.
a.4) 1ª rotação recuando ombro esquerdo e 2ª rotação recuando ombro direito.
b) O aluno salta fazendo uma rotação sobre si mesmo de 360 graus e fica na posição inicial.
b.1) rotação recuando ombro direito.
b.2) rotação recuando ombro esquerdo.
7.12
129
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
O aluno inicia entre as varas e faz saltos laterais pés juntos e em progressão, direita, meio, esquerda, meio.
7.13
a) O aluno realiza 1 salto frente pés juntos+ 1 salto para trás pés juntos + 1 salto frente pés juntos.
b) O aluno realiza 2 saltos frente pés juntos+ 2 saltos para trás pés juntos + 2 saltos frente pés juntos.
7.14
a)O aluno realiza 1 salto pés juntos em cada espaço.
a.1) saltos frente pés juntos.
a.2) saltos para trás pés juntos.
a.3) saltos laterais pés juntos virados para um lado.
a.4) saltos laterais pés juntos virados para o outro lado.
b) o aluno realiza 2 saltos pés juntos no primeiro espaço + 1 salto pés juntos no segundo espaço +2 saltos pés juntos no
terceiro espaço +1 salto pés juntos no quarto espaço.
b.1) saltos frente pés juntos.
b.2) saltos laterais pés juntos virados para um lado.
b.3) saltos laterais pés juntos virados para o outro lado.
7.15
a)O aluno realiza 1 salto pés juntos em cada espaço.
a.1) avança com 1 salto para frente nos chapéus + recua 1 salto para trás na ripa.
a.2) avança com 1 salto lateral nos chapéus + recua 1 salto lateral para trás na ripa (virado para um lado).
a.3) avança com 1 salto lateral nos chapéus + recua 1 salto lateral para trás na ripa (virado para outro lado).
7.16
O aluno realiza saltos com troca de apoios.
Inicia com apoios ligeiramente afastados, apoio direito lado direito ripa e apoio esquerdo do lado esquerdo ripa. Salta e
troca apoios: apoio direito do lado esquerdo ripa e apoio esquerdo do lado direito ripa (apoio direito à frente apoio
esquerdo fica atrás) + 1 salto e volta posição inicial + 1 salto e troca apoios: apoio direito do lado esquerdo ripa e apoio
esquerdo do lado direito ripa (apoio direito fica atrás apoio esquerdo à frente) + 1 salto e volta posição inicial.
7.17
O aluno coloca-se de pernas afastadas, uma perna de cada lado do pino, levanta duas pernas ao mesmo tempo e contacta
a parte interna dos pés no ar.
7.18
Saltos para frente a pés juntos e aceleração em ziguezague entre as varas.
7.19
Skipping entre chapéus e saltos para a frente de pés juntos entre as ripas.
130
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
7.20
Corrida de frente entre as ripas.
7.21
Corrida de frente e de costas entre as ripas.
7.22
Corrida lateral entre as ripas.
a) De frente
b) De costas
7.23
Corrida de frente entre as varas.
7.24
Acelera de frente, recua de costas e volta a acelerar de frente.
7.25
Recua de costas e acelera de frente.
7.26
Skipping num sentido e aceleração no sentido contrário
131
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
a) Skipping de frente
b) Skipping de costas
c) Skipping lateral direito
d) Skipping lateral esquerdo
7.27
Aceleração entre varas.
7.28
Skipping, aceleração, skipping e aceleração.
132
GERAÇÃO BENFICA ESCOLA DE FUTEBOL
ANEXOS
133
FICHA DE AVALIAÇÃO 05-06 FORMATIVA
SECTOR DE FORMAÇÃO
ESCOLA DE FUTEBOL – ÉPOCA 2005\2006