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Projecto de Formação de Jogadores de Futebol

Sport European Academy

Junho, 2010

Coordenador Técnico-Pedagógico
Pedro Sá

1
“A abelha surpreende, pela perfeição das suas células de cera, a habilidade é maior do
que a de um arquitecto. Mas o que constitui a superioridade do arquitecto mais
medíocre sobre a mais exímia abelha é que ele constrói a célula na sua cabeça antes
de a construir na colmeia.”

K. Marx, Le Capital
Índice
1 Objectivos ............................................................................................................................................... 1
2 Conceitos estruturantes ......................................................................................................................... 2
2.1 Coerência de princípios no MJ..................................................................................................... 2
2.2 O sistema de Jogo (SJ) ................................................................................................................. 2
2.3 O Coordenador Técnico-pedagógico (CTP) é o “treinador dos treinadores” .............................. 5
2.4 Tempo de treino previsto igual a tempo de treino útil ............................................................... 5
2.5 Conteúdos de treino significativos e adaptados a cada escalão etário ....................................... 5
2.6 O trabalho como forma de aceder à excelência .......................................................................... 6
2.7 Ambiente de aprendizagem rico e diversificado ......................................................................... 6
2.8 Focos atencionais (etapas de formação) ..................................................................................... 8
2.9 Regulamento interno orientado para a apropriação de competências sociais e individuais
adequadas ................................................................................................................................. 11
2.10 Disciplina como condição essencial para ensinar ...................................................................... 11
2.11 Respeito pelo outro como condição essencial para aprender .................................................. 11
2.12 Paciência e soluções alternativas para jogadores potencialmente talentosos em estados
maturacionais atrasados ........................................................................................................... 10
2.13 Introdução em equipas de escalões superiores (contextos de superação) os jogadores em
estados maturacionais precoces ............................................................................................... 10
2.14 Assertividade ............................................................................................................................. 11
3 Organização da estrutura..................................................................................................................... 13
3.1 Presidente.................................................................................................................................. 15
3.2 Director da Formação ................................................................................................................ 15
3.3 CTP ............................................................................................................................................. 15
3.4 Comissão Permanente de Avaliação do Projecto (CPAP) .......................................................... 16
3.5 Departamento Jurídico .............................................................................................................. 16
3.6 Departamento de Marketing e Merchandising ......................................................................... 17
3.7 Coordenador dos Directores ..................................................................................................... 17
3.8 Director Equipa .......................................................................................................................... 17
3.9 Departamento de Scouting ....................................................................................................... 18
3.10 Treinadores................................................................................................................................ 18
3.11 Coordenador do Departamento Clínico .................................................................................... 19
3.12 Fisioterapeutas .......................................................................................................................... 19
3.13 Serviços Administrativos ........................................................................................................... 19
3.14 Técnico de Equipamentos ......................................................................................................... 20
1 Objectivos

Formar jogadores para a excelência futebolística

Objectivos inerentes à qualidade do processo

1. Formar jogadores com competências técnicas e psico-sociais capazes de se integrarem


com eficácia em equipas de rendimento superior.
2. Construir um Modelo de Jogo (MJ) tendo em conta as tendências evolutivas do jogo,
perspectivando as competências requisitadas no futuro para que o jogador seja capaz
de se integrar em equipas de rendimento superior e identifique de forma inequívoca
uma “determinada forma de jogar” da SEA.
3. Construir uma metodologia de treino comum que suporte o MJ construído e que
perspective a sua constante evolução e inovação.
4. Criar condições estruturais e infra-estruturais que permitam uma prática de elevada
qualidade.
5. Estruturar um quadro técnico de qualidade que garanta um processo de
ensino/aprendizagem de qualidade.
6. Fomentar a formação contínua dos quadros técnicos, adaptando-se e, em certa
medida, antecipando-se à realidade concepto-metodológica do treino e do jogo.
7. Criar uma série de normativos que regulem o processo ao nível da disciplina, do rigor e
da exigência sócio-pedagógica do processo, visando a emergência de uma cultura
própria e identificativa da SEA.

Objectivos inerentes à eficácia do processo

1. Promoção de jogadores junto a clubes e agentes desportivos tendo em conta a sua


transacção.
2. Identificar e afectar jogadores abaixo de 14 anos com potencial que se enquadrem no
Modelo de Jogador preconizado pela SEA.
3. Integrar, pelo menos, três jogadores no plantel da equipa sénior.

1
2 Conceitos estruturantes
O enquadramento conceptual deste projecto define as suas linhas de orientação
metodológica, por um lado, e contribui para a emergência de uma cultura própria e
identificadora da SEA.

Estes são conceitos estruturantes, pois pretendem definir as linhas de actuação do projecto, a
sua filosofia técnico-pedagógica e a gestão do fluxo informativo.

2.1 Coerência de princípios no MJ


O MJ a construir será único para todas as equipas da SEA e partirá da análise das tendências
evolutivas do jogo, tendo em conta os MJ das equipas mais representativas e, sempre que
possível, a antecipação de características indicadoras do futebol que se praticará no futuro.

O MJ é a trave mestra do processo de formação dos jogadores da SEA e a sua coerência


vertical (durante o processo de formação) e horizontal (quando comparamos equipas de
diferentes escalões) constitui-se como identificador de uma “determinada forma de jogar”.

O MJ, pela complexidade da sua estruturação, será apresentado num mapa conceptual através
de uma aplicação informática e poderá ser consultado e analisado pelos intervenientes no
processo (login na aplicação) através da internet.

2.2 O sistema de Jogo (SJ)


O SJ principal a adoptar por todas as equipas da SEA será o 1:4:4:2 com disposição em três
linhas. A variante a este SJ será o 1:4:4:2 em losango e, como recurso, poder-se-á adoptar o
1:4:3:3.

Em princípio, nos escalões de Infantis e Iniciados a opção pelo SJ variante e, muito mais, pelo
SJ de recurso só se fará em casos extremos de adaptação a circunstâncias particulares e
sempre com fundamentação técnico-pedagógica em acordo com o Coordenador Técnico-
pedagógico (CTP).

A exploração estratégica da variante do SJ principal e do seu recurso acontecerá no escalão de


Juvenis. Prevê-se aí uma adaptação efectiva às características dos jogadores e aos contextos
competitivos.

O SJ principal para o escalão de Escolas será o 1:3:1:2 e terá como variante o 1:3:2:1.

2.3 A metodologia de treino


A metodologia de treino preconizada privilegia a não desintegração em factores de
rendimento.

Procura-se assim, elevar a capacidade jogo dos jogadores através de exercícios situacionais
que recriem contextos de adversidade de modo a provocar comportamentos congruentes com
o MJ recorrendo à manipulação, e o consequente constrangimento táctico-técnico, das suas

2
variáveis espaço, tempo, número de jogadores, número permitido de toques na bola, regras,
etc – exercícios táctico-técnicos em regime físico-psico-cognitivo.

Com excepção dos exercícios complementares de força, velocidade, coordenação e princípios


de jogo, todos os exercícios devem ser orientados para a organização do jogo, tendo em conta
o SJ e a sua crescente complexidade ao longo do processo de formação (Focos Atencionais).

Não está colocada de lado a hipótese de, em condições especiais e devidamente justificadas,
se recorrer a situações mais analíticas para o refinamento de uma técnica específica nos
escalões etários mais baixos. Contudo, logo que possível deve ser integrada em situações mais
complexas e solicitada sob formas jogadas. Por exemplo, a técnica do passe pode ser
exercitada analiticamente durante curtos períodos de tempo, após os quais deve ser
exercitada em contexto mais complexo e, sempre que possível, sob formas jogadas.

2.4 Periodização Táctica


Em alternativa aos métodos de periodização mais convencionais, que privilegiam uma
orientação fisiológica da periodização, a periodização táctica pretende dar a primazia aos
aspectos táctico-estratégicos como focos orientadores da preparação com vista à elevação do
rendimento1. Assim, o planeamento e a concepção dos exercícios, das unidades de treino, dos
planos semanais, de período e da época orientam-se para a elevação da capacidade de jogo e
do rendimento colectivo de acordo com o quadro de referências definido no MJ.

O modelo de treino assenta neste modo de entendimento da periodização. Não são


contemplados os conceitos convencionais de forma desportiva baseados sobretudo nos
índices fisiológicos. Estes serão subjacentes àqueles e terão que ser tomados em linha de
conta aquando da escolha dos exercícios, assim como da sua duração e complexidade, ou seja,
correspondem a um esforço específico a ser adequadamente doseado.

Os exercícios de treino a conceber terão que estar subordinadas aos problemas do jogo e à
forma que o MJ aponta para a sua resolução. A sua periodização, que corresponde ao
incremento da complexidade de resolução dos problemas do jogo, terá em linha de conta uma
progressiva evolução ao longo dos escalões etários e as possibilidades das equipas e dos
jogadores em resolve-los.

Ao CTP, em colaboração com os restantes treinadores, cabe a responsabilidade de conceber e


apresentar um complexo de exercícios congruente com o MJ.

Como orientação geral é sugerido que o planeamento deva ter em linha de conta os seguintes
aspectos:

▪ O escalão etário e desenvolvimento maturacional dos jogadores;

▪ Capacidade de jogo actual e possibilidades de desenvolvimento;

▪ As deficiências individuais e colectivas (por exemplo: deficiente interpretação do bloco


defensivo);

1
Exercícios tácticos em regime técnico-físico-psico-cognitivo…

3
▪ A complexificação crescente dos comportamentos futebolísticos de acordo com o MJ, de
forma a reflectir-se positivamente no aumento da qualidade do jogo;

▪ O apelo constante à rápida resolução das situações de jogo através de estratégias como a
aplicação de regras especiais nos exercícios de treino (por exemplo: redução do número de
toques permitido na bola/jogador, “a bola não pode parar”, tempo limite para
cumprimento de determinadas acções de jogo, etc) – “velocidade mental” e “velocidade
colectiva”;

▪ Competitividade nos treinos – criar adaptabilidade para os jogos…e para os treinos!

▪ O apelo constante à concentração, ao rigor, ao esforço; à criatividade; à coesão na tarefa, à


agressividade e à construção de uma atitude positiva perante os desafios.

▪ A intensidade táctica, relacionada com a concentração requisitada na tomada de decisão.

2.5 A Força, a Coordenação e a Flexibilidade


As propostas de conteúdos baseadas na não desintegração de factores (físico, técnico, táctico
e psicológico) não parecem expressar níveis de solicitação de força e flexibilidade óptimos que
conduzam às melhorias desejadas para uma melhor adaptabilidade ao jogo.

Assim, o treino destas capacidades ocorrerá de forma analítica e com tempos e intensidades
de exercitação específicos para cada escalão etário.

Os programas de treino destas capacidades serão concebidos de acordo com as indicações do


CTP .

Os exercícios de força adoptados correspondem àqueles que se designam por pliométricos2 e


força estática para desenvolver a força inferior, força média (abdominais e dorso-lombares) e
força superior (bíceps e tríciptes braquiais, peitorais e dorsais).

A pliometria, pelas suas características, tem como objectivo desenvolver a força explosiva com
repercussão nas acções do jogo que solicitam rápidas acelerações/travagens, saltos, etc. Os
exercícios a utilizar serão: saltos em profundidade, multi-saltos, acelerações/travagens com
mudança de direcção e sentido da corrida.

A força estática pretende incrementar a capacidade de “choque” na disputa e protecção da


bola. Os exercícios a utilizar serão: jogos de empurrar/puxar, manutenção da bola controlada
contra um adversário.

A força média e superior tem como objectivo o constante equilíbrio de força dos membros
inferiores com o tronco e com os membros superiores. Pretende-se que os jovens jogadores
tenham um desenvolvimento estrutural o mais harmonioso possível e actuar de forma
preventiva em relação a algumas lesões crónicas, nomeadamente a pubalgia. Os exercícios a
utilizar serão os “habituais” abdominais, dorso-lombares e flexões-extensões de braços com
recurso ou não a máquinas de musculação.

2
Os exercícios pliométricos são aqueles que potencializam a capacidade elástica do músculo através do
ciclo excêntrico-concêntrico-excêntrico (Moura et al, 1998).

4
A coordenação tem uma repercussão positiva na aprendizagem das habilidades motoras.
Assim, sobretudo nas idades mais baixas, onde a aprendizagem das habilidades motoras
específicas do futebol e da motricidade em geral se revela mais significativa, os exercícios de
coordenação, nomeadamente os de aquisição de uma boa técnica de corrida, devem fazer
parte de todas as sessões de treino.

O desenvolvimento da flexibilidade tem como objectivo assegurar movimentos de grande


amplitude com evidentes repercussões no desenvolvimento de força3. Os exercícios a utilizar
serão: flexibilidade estática passiva, flexibilidade estática activa, PNF e movimentos balísticos
(sempre após os exercícios anteriores). Exercícios de flexibilidade estática passiva devem ser
executados durante os períodos de repouso entre repetições e na transição entre exercícios.

Apresenta-se abaixo um quadro que pretende orientar o planeamento da flexibilidade e da


força de acordo os escalões etários.

Flexibilidade Coordenação Pliometria Força Média Força Superior


Escolas     
Infantis     
Iniciados   …  
Juvenis     
Juniores     

2.6 O Coordenador Técnico-pedagógico (CTP) é o “treinador dos


treinadores”
O “treinador principal” de todas as equipas da SEA é o seu CTP.

Embora a responsabilidade directa de orientação dos treino e jogos das equipas sejam da
responsabilidade dos seus respectivos treinadores, a supervisão de todos processos didáctico-
pedagógicos cabe ao CTP.

Entre as estratégias de supervisão, destacam-se as seguintes: observação de treinos e jogos;


análise conjunta com os treinadores dos problemas da equipa/departamento de formação;
tutoria a treinadores em casos específicos; reuniões com os treinadores, etc.

2.7 Tempo de treino previsto igual a tempo de treino útil


O tempo de prática tem que ser rentabilizado ao máximo, por isso, é fundamental que se
aproxime o tempo útil ao previsto.

Os treinadores devem cumprir e fazer cumprir o horário dos treinos, preparando com a
antecedência necessária a sessão de treino e implementar rotinas de gestão do grupo de
trabalho (colocar/arrumar material e agrupar para transmitir informação, por exemplo).

3
Se o músculo está estirado no seu comprimento óptimo, existe uma sobreposição óptima dos
miofilamentos de actina e miosina. Quando o músculo é estimulado, a formação de pontes leva a uma
contracção máxima.

5
2.8 Conteúdos de treino significativos e adaptados a cada escalão etário
A qualidade da prática deve assumir preponderante importância na planificação das sessões
de treino. Os conteúdos de treino devem ser significativos para a evolução dos jogadores e do
crescimento da equipa, nomeadamente, na consolidação do MJ, no acrescentar de detalhes a
esse mesmo MJ, estabelecer critérios de sucesso orientados para a qualidade táctica e técnica
dos jogadores, assegurar um tempo de prática adequado para a consolidação de
comportamentos desejáveis, etc.

A planificação das sessões de treino e, por sua vez a escolha dos seus conteúdos, terão que
estar em concordância com o escalão etário a que diz respeito. Além dos aspectos da gestão
do tempo de exercício, pausas e número de séries, os treinadores terão que adaptar os
conteúdos ao processo de crescimento quer dos jogadores quer da equipa, não
desconsiderando que, normalmente, só se consegue aprender o objectivo do exercício, após
“aprender o exercício”, ou seja, a sua organização, gestão e desenvolvimento.

2.9 Ambiente de aprendizagem rico e diversificado


Os conteúdos propostos nos treinos e outros momentos pedagógicos devem ser construídos
na perspectiva do enriquecimento do reportório futebolístico dos jogadores. A sua riqueza
deriva também de propostas adequadas à apropriação de multi-competências que conduzam à
formação integral do jogador.

A diversificação das propostas de conteúdos de treino deve ser tão ampla quanto possível,
garantindo, por essa via também, que o jogador poderá explorar, experimentar e consolidar
um número alargado de habilidades e competências.

Claro que apesar da diversificação acima referida, não se deve esquecer o princípio da
repetição sistemática do treino, pois só repetindo (…sem repetir!) se podem consolidar as
habilidades. Por isso, deve recorrer-se a situações jogadas, com constrangimentos de tempo,
espaço, relação entre o número de jogadores, etc. em que o ponto de partida para a
construção dessas propostas de conteúdos de treino seja o MJ.

A riqueza e diversificação das propostas dos conteúdos de treino deve ser entendida também
pelo acrescentar de detalhes à organização do jogo – dinâmica do SJ -, aumentando a sua
complexidade.

2.10 Atitude competitiva orientada para a vitória


O conceito “ganhar” deve ser mais lato que a simples vitória do jogo.

Os treinadores devem orientar os seus jogadores para a obtenção de vitórias parciais e não
necessariamente somente orientadas para o jogo. Antes de “ganhar um jogo” devemos ganhar
competências para o ganhar, porque se assim não for, corremos o risco de, ao perder ou
empatar um jogo, TUDO perder, inclusive os jogadores.

Abaixo seguem algumas pequenas vitórias que somadas, talvez multiplicadas, nos fazem
ganhar com mais segurança.

6
...ganhar todos os treinos!

...ganhar fora dos treinos (repouso)!

...ganhar capacidade para jogar, treinando mais e melhor!

...ganhar capacidade para sofrer!

...ganhar vontade de jogar e ganhar!

...ganhar a bola (quando não a temos)!

...ganhar espaço para jogar!

...ganhar cada duelo 1 contra 1!

...ganhar cada combinação ofensiva!

...ganhar cada situação de finalização!

...ganhar uma equipa!

...

Assim, a consequência será ganhar mais jogos, mais campeonatos e, mais importante, mais
jogadores!

2.11 O trabalho como forma de aceder à excelência


A regra das 10.000 horas (Ericsson, 2000) sugere que somente uma prática deliberada e
constante pode conduzir à excelência.

Os jogadores da SEA devem acreditar que só trabalhando intensamente poderão atingir o


sucesso e esta atitude terá que ser fomentada pelos treinadores e directores.

2.12 Jogador Modelo4


▪ Que não se acomoda, supera-se quando necessário

▪ Ajuda a criar um clima colectivo de superação

▪ Não teme competir sob pressão

▪ Capacidade de decisão/acredita em si próprio

▪ Autodisciplinado, responsável

▪ Não se sobrepõe individualmente ao colectivo

▪ Disponível para aprender e melhorar

4
Adaptado de Jorge Araújo, Revista Horizonte, Vol. XVII, nº 100, 2001

7
▪ Saber adquirido + Transpiração + Inspiração

▪ Reage de modo persistente à fadiga, ao erro e ao sucesso

2.13 Etapas de Formação


2.13.1 Fundamentos - até aos 12 anos
 Proporcionar vivências no âmbito dos fundamentos do jogo de futebol em
complemento com outras modalidades - esquema corporal.

 Desenvolver os fundamentos da capacidade de jogo de acordo com as seguintes fases


(Garganta, 2002):

▪ construção da relação com a bola;

▪ consciencialização dos alvos;

▪ construção da noção de oposição;

▪ construção da noção de cooperação

 Construir os fundamentos do MJ para competição e para o treino

2.13.2 Especialização - 13 aos 15 anos


 Orientar os jogadores para o rendimento colectivo através da constante superação do
rendimento individual no cumprimento da especificidade do MJ

 Dominar os princípios do MJ

2.13.3 Rendimento - 16 aos 18 anos


 Potenciar e maximizar o rendimento individual através do aumento da capacidade de
jogo como contributo para o rendimento colectivo:

▪ o MJ deve assumir a sua máxima expressão

▪ o treino e a competição como desafios à maximização e superação da


capacidade de jogo

2.14 Focos atencionais


Em cada escalão etário, a proposta dos conteúdos de treino e a sua avaliação em jogo deve
centrar-se em determinados temas, que serão os focos atencionais para esse escalão - …ou o
exacerbar da frequência de solicitação de determinados comportamentos pela colocação
sistemática de determinado tipo de problemas.

Escolinhas

▪ Princípios básicos do jogo (centro do jogo)


▪ Relação com bola
▪ Coordenação

8
Infantis

▪ Organização dos momentos do jogo


▪ Coordenação/velocidade

Iniciados

▪ Sistemas de jogo (principal e variante)


▪ Defesa à zona
▪ Força (iniciação)

Juvenis

▪ Sistemas de jogo (principal, variante e recurso)


▪ Pressing como corolário da defesa à zona
▪ Sistematização do MJ do ponto de vista estratégico
▪ Força

2.15 Projecção do número de jogadores inscritos/referenciados


Trata-se de uma estimativa razoável dentro do conceito de pirâmide desportiva e da
localização de implementação do projecto.

A implementação da totalidade das equipas será faseada e em função das condições


estruturais e infra-estruturais existentes e a criar.

Número de Jogadores por Equipa/Escalão


Escalão Inscritos Referenciados
Juvenis Sub 16 23 a 25
6a7
Juvenis Sub 15 23 a 25
Iniciados Sub 14 23 a 25
10 a 11
Iniciados Sub 13 23 a 25
Infantis Sub 12 23 a 25
Infantis Sub 11 25 a 27 13 a 16
Infantis Sub 11 (1xF7) 15 a 20
Escolas Sub 10 (2xF7) mais de 30
Escolas Sub 9 (2xF7) mais de 30 19 a 20
Pré-escolas Sub 8 (4xF7) mais de 30

O conceito de jogador referenciado corresponde àquele que decorre da capacidade jogo


evidenciada durante a época desportiva, tendo em conta o MJ e a respectiva avaliação dos
treinadores e CTP em níveis de excelência.

9
2.16 Paciência e soluções alternativas para jogadores potencialmente
talentosos em estados maturacionais atrasados
Os jovens que nascem mais perto do limite das divisões dos escalões etários, normalmente
coincidentes com o final do ano civil (Dezembro), parecem ficar desfavorecidos no acesso a
altos níveis de rendimento no desporto relativamente àqueles que nascem no início do ano
(Musch, Jochen, 2001). Por exemplo, a diferença entre um indivíduo que nasça em 31 de
Dezembro e outro que nasça em 1 de Janeiro do ano seguinte é de apenas um dia. Mas, no
panorama desportivo e, particularmente em Portugal e no futebol, na sua inscrição ficarão
distanciados por um ano e, no caso de o primeiro estar no limite do escalão, por dois.

A tendência geral é que os jogadores que chegam a mais altos rendimentos tenham nascido
nos primeiros meses do ano. No caso dos 30 pré-convocados para a selecção nacional de
futebol para o Mundial 2010, na Africa do Sul, 40% deles nasceram entre Janeiro e Março e só
17% nasceram entre Outubro e Dezembro.

A idade relativa não é considerada na divisão dos escalões etários (escolas, infantis, iniciados,
juvenis e juniores no futebol), ainda com a agravante de estes escalões compreenderem dois
anos.

Além deste factor, sobretudo na idade do “salto pubertário” (entre os 11 e os 15 anos), as


diferenças maturacionais podem acentuar-se, levando a perfis físicos e de aptidão muito
díspares.

É importante que se atenuem e relativizem estas diferenças no momento da detecção e


selecção de potenciais talentos, pois, em idades precoces, podem estar a ser niglenciados
potenciais talentos “encobertos” pelo seu estado maturacional relativamente atrasado.

A existência de duas equipas por escalão é fundamental para desagravar esta tendência, mas
outras estratégias devem ainda ser consideradas, pois o compromisso entre o “ganhar os
jogos” e “ganhar os jogadores” deve ser efectivo e não retórico.

Estratégias a serem adoptadas, após análise de cada caso:

▪ Encorajamento efectivo, por parte do treinador e outros agentes responsáveis no


processo de formação, como por exemplo pais e directores, relativamente à
assiduidade aos treinos e persistência do empenho nas tarefas;
▪ Consulta de técnicos especializados em dietética para despiste de alguma insuficiência
alimentar e respectivo aconselhamento dietético;
▪ Programas de força específica;
▪ Empréstimo do jogador a outras equipas por uma ou duas épocas, permitindo uma
maior hipótese de competição (esta hipótese deve ser considerada em último caso).

2.17 Introdução em equipas de escalões superiores (contextos de superação)


os jogadores em estados maturacionais/capacidade de jogo precoces
No processo de formação os jogadores devem ser colocados em permanentes contextos de
superação. Assim, quando o estado maturacional e a capacidade de jogo dos jogadores é

10
relativamente superior à verificada no seu escalão de competição devem ser inseridos, pelo
menos, no escalão superior.

Esta transição deve ser mais efectiva entre a equipa de primeiro e segundo ano, quando
existirem.

Cada situação deve ser analisada individualmente, ponderar as vantagens e desvantagens,


perspectivar as estratégias de inserção na nova equipa e ser alvo de avaliações periódicas no
sentido de aferir o estado de evolução do jogador.

No entanto, este conceito tem uma regra a ser cumprida. O jogador que está inserido num
escalão acima do seu, sempre que não jogar em dois jogos consecutivos, deve ser convocado
para o jogo seguinte da sua equipa de origem. O jogador deverá ser considerado como parte
totalmente integrante da estratégia do treinador para esse jogo, desde que o jogador não
tenha infringido o regulamento interno e se encontre em condições de forma desportiva para
a competição.

2.18 Regulamento interno orientado para a apropriação de competências


sociais e individuais adequadas
O regulamento a criar deverá reflectir, através do seu articulado, uma filosofia formativa,
apontando para elevados valores morais e cívicos, que sejam transversais nos vários contextos
da vida dos jogadores.

Por exemplo, não deve ser permitido aos jogadores e treinadores utilizar palavrões, assim
como, demonstrar atitudes de civismo.

2.19 Disciplina como condição essencial para ensinar


Cabe ao treinador estabelecer rotinas de gestão do treino e dos jogos, com base no
Regulamento Interno, para gerar ambientes propícios a uma aprendizagem de qualidade.

Cumprir e fazer cumprir o Regulamento Interno é condição essencial a ser adoptada pelos
treinadores e funciona como primeira estratégia para estabelecer a disciplina.

Todas as estratégias adoptadas com o objectivo de manter a disciplina nos treinos e jogos
devem ser partilhadas com o CTP e em reuniões de treinadores.

2.20 Politica de contratações de treinadores


A política de contratações de treinadores é baseada em critérios de qualidade da formação e
no comprometimento dos mesmos com as linhas orientadoras do projecto.

2.21 Assertividade
O comportamento assertivo pode ser definido como aquele que envolve a expressão directa,
pela pessoa, das suas necessidades ou preferências, emoções e opiniões sem que, ao fazê-lo,
ela experiencie ansiedade indevida ou excessiva, e sem ser hostil para o interlocutor. É, por

11
outras palavras, aquele que permite defender os próprios direitos sem violar os direitos dos
outros5.

A comunicação entre elementos de uma organização tende a gerar, por vezes, entropia, ou
seja, informação inútil, quer pela forma como foi produzida, quer pelo seu conteúdo.

Assim, os elementos da SEA devem ser assertivos na sua comunicação, diminuindo a


frequência de equívocos, utilizando uma linguagem clara e precisa com recurso a conceitos
comuns e estabelecidos pela dinâmica da sua própria auto-organização.

Os fluxos de informação devem ser o mais directos possível, evitando a intermediação. Neste
aspecto, existe uma excepção por se achar que pode existir um conflito de interesses que, por
sua vez, pode inviabilizar a assertividade. Trata-se da comunicação entre treinadores e
encarregados de educação. Aqui, o CTP servirá sempre de intermediário.

2.22 Partilha de problemas e sucessos entre os intervenientes no projecto


A procura de cumplicidade na implementação e desenvolvimento do projecto entre os seus
vários intervenientes deve ser uma constante.

Por exemplo, a cooperação entre os treinadores para o processo de formação dos jogadores é
de primordial importância, permitindo que aquele se faça com o mínimo de atropelos e
descontinuidades. Assim, quer nas reuniões marcadas para o efeito, quer em momentos
informais, deve haver entre os treinadores um forte espírito crítico e a respectiva aceitação,
fomentando o crescimento de um corpo comum de ideias.

5
Assert yourself, M.D. Galassi e J.P. Galassi, Human Sciences Press, traduzido e adaptado por Catarina
Dias e Guiomar Gabriel, GAPsi- Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
(https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/158363/1/Assertividade.pdf)

12
3 Organização da estrutura
Apesar de se entender uma estrutura organizativa como um sistema complexo em plena
(re)construção com múltiplas sinergias, importa orientar os canais preferenciais de
comunicação da informação, bem como da responsabilidade hierárquica da tomada de
decisões. Nesse sentido, é fundamental que cada elemento da estrutura conheça e cumpra as
suas funções de forma que os seus contributos não se sobreponham aos demais e, por outro
lado, contribuam decisivamente para o sucesso da mesma.

Abaixo explicitam-se de forma exaustiva, embora não permanente e absoluta, as funções


inerentes à organização estrutural do projecto.

13
Organograma
3.1 Presidente
a) Exercer funções de direcção sobre as sub-estruturas hierarquicamente
dependentes, usufruindo de voto de qualidade em decisões sobre matérias que
forem alvo de votação nessas mesmas sub-estruturas;
b) Assegurar as condições de implementação e operacionalização do presente
projecto;
c) Nomear os elementos para os restantes cargos directivos;
d) Contratar, em colaboração com o Director da Formação e o CTP e segundo os
critérios a definir, os quadros técnico, administrativo, clínico e de apoio logístico.

3.2 Director da Formação


a) Assessorar directamente o Presidente, substituindo-o nas suas funções na
impossibilidade daquele;
b) Assegurar a aplicação das orientações do projecto;
c) Exercer funções de direcção, nomeadamente sobre o Coordenador
Técnico/Pedagógico, os directores de cada equipa e do departamento clínico.

3.3 CTP
a) Exercer funções de coordenação técnica e didáctico-pedagógica junto do quadro de
treinadores assegurando o cumprimento das orientações metodológicas propostas
no MJ, de treino e de jogador do projecto;
b) Exercer funções de coordenação entre o quadro de treinadores, Departamento de
Psicologia, Departamento Clínico e Coordenador dos Directores;
c) Programar e planear a época desportiva;
d) Reunir mensalmente com o quadro de treinadores do departamento (no início da
época desportiva deve reunir com maior assiduidade);
e) Avaliar o processo e os resultados do projecto, suportados num relatório anual;
f) Sugerir à CPAP, em colaboração com os treinadores, a subida de escalão dos
jogadores referenciados, garantindo sempre a adequação e o propósito pedagógico
dessa decisão;
g) Cooperar com as equipas técnicas no acompanhamento e controlo do rendimento
escolar dos jogadores;
h) Afixar semanalmente a programação semanal do departamento;
i) Elaborar as fichas de trabalho do departamento;

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j) Colaborar na actualização da base de dados clínico-desportiva dos jogadores;
k) Planear e organizar eventos promocionais e/ou de formação;
l) Planear e organizar eventos para selecção de talentos;
m) Sugerir alterações ao Regulamento Interno;
n) Zelar pela aplicação rigorosa do Regulamento Interno em colaboração com os
treinadores e directores;
o) Dar parecer sobre os jogadores indicados pelo Departamento de Scouting que
apresentam potencial para integrar o projecto.
p) Supervisionar os treinos e os jogos das equipas.

3.4 Comissão Permanente de Avaliação do Projecto (CPAP)


A CPAP é constituída pelos seguintes elementos: Presidente, Director da Formação e CTP;

a) A CPAP reunirá, pelo menos, bimensalmente;


b) Avaliar a implementação do Projecto;
c) Deliberar alterações ao presente projecto;
d) Referenciar, atendendo à análise dos relatórios elaborados para o efeito pelos
treinadores em colaboração com o CTP, os jogadores de excelência desportiva com
base nos seguintes critérios:
i. Persistência nos comportamentos futebolísticos de excelência;
ii. Atitude empenhada na superação das suas capacidades;
iii. Demonstração continuada de atitudes de civismo e de urbanidade;
e) Decidir sobre a subida de escalão dos jogadores anteriormente referenciados por
sugestão do CTP, garantindo sempre a adequação e o propósito pedagógico dessa
decisão;
f) Avaliar os relatórios oriundos do Departamento de Scouting informando o
Departamento Jurídico daqueles que se apresentam;
g) Definir critérios para a constituição dos quadros técnico (treinadores e scouting) e
clínico do projecto;

3.5 Departamento Jurídico


a) Dar parecer e prestar demais assessoria sobre assuntos de natureza jurídica;
b) Zelar pelo cumprimento e observância da legislação aplicável ao projecto,
nomeadamente nas relações contratuais com os jogadores, quadros técnicos e
administrativos;
c) Avaliar, as propostas contratuais;

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d) Participar na resolução de contenciosos que envolvam o projecto.

3.6 Departamento de Marketing e Merchandising


a) Elaborar estratégias de marketing e merchandising, formulando os planos e os
orçamentos correspondentes;
b) Realizar estudos de mercado;
c) Derigir, animar e controlar os vendedores, adistribuição física dos produtos,
oserviço de pós-venda, as actividades técnico-comerciais, o estabelecimento de
projectos e orçamentos, facturação e cobranças.
d) Promover os produtos e serviços através de vários meios, nomeadamente
publicidade;
e) Desenvolvimento de novos produtos/serviços

3.7 Coordenador dos Directores


a) Gerir, planear e assegurar a operacionalidade logística na participação condigna nos
jogos, treinos e outros eventos;
b) Coordenar os transportes para os jogos, treinos e outros eventos de acordo com o
planeamento em reunião semanal com os directores de cada equipa;
c) Distribuição do serviço de fisioterapeuta aos treinos e jogos em reunião semanal
(deve ser assegurada a assistência de pelo menos um fisioterapeuta por cada
período de treino).

3.8 Director Equipa


a) Assegurar as condições para a realização condigna das actividades da equipa
para a qual foi designado:
i. transporte para os jogos realizados fora e para os treinos;
ii. zelar pelos equipamentos para os jogos;
iii. providenciar um lanche para os jogadores no final dos jogos;
iv. nos jogos a realizar em casa, assegurar um ambiente acolhedor na
recepção aos árbitros e zelar pelo seu bem-estar nas instalações do clube
v. nos jogos a realizar em casa, providenciar um lanche para os árbitros;
b) Reunir semanalmente com o Coordenador dos Directores para planeamento e
gestão dos recursos e respectiva logística para os jogos e treinos;
c) Permanecer nas instalações durante a realização dos treinos da equipa para a
qual foi designado;

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d) Elaborar a ficha oficial para cada jogo;
e) Registar em ficha própria os cartões atribuídos, o tempo de jogo e os golos
marcados e sofridos por cada jogador em cada jogo;
f) Comunicar ao Coordenador dos Directores e ao treinador factos anómalos de
conteúdo disciplinar;
g) O Director de Equipa pode ser coadjuvado por um Director Adjunto.

3.9 Departamento de Scouting


a) Detectar, observar e avaliar jogadores com potencial futebolístico para
integração no projecto, quer a nível nacional, quer em mercados emergentes;
b) Elaborar relatórios dos jogadores supra referidos;
c) Elaborar estratégias comunicativas de largo espectro geográfico de forma a
construir um sistema de informação fiável e contínuo que permita a detecção
de potenciais valores futebolísticos;
d) Construir uma base de dados dos jogadores referenciados;
e) Sob condições especiais, realizarem observações de equipas adversárias,
elaborando respectivo relatório que será remetido ao treinador da equipa do
respectivo quadro competitivo.

3.10 Treinadores
a) Planear, orientar e avaliar os treinos previstos no plano semanal de acordo
com a metodologia de treino adoptada e tendo como finalidade o
desenvolvimento da capacidade de jogo dos jovens jogadores em
conformidade com o MJ;
b) Orientar os jogos da sua equipa de acordo com MJ, mantendo uma atitude
pedagógica e de rigor disciplinar para com os jogadores;
c) Reunir mensalmente com o CTP;
d) Sob o ponto de vista desportivo, manter actualizada a base de dados
respeitante aos jogadores da sua equipa;
e) Por sugestão do CTP e em colaboração com o Departamento de Scouting,
observar jogadores de outras equipas e de outros quadros competitivos que
apresentem potencial futebolístico capaz de integrar o projecto, elaborando o
respectivo relatório;
f) Enriquecer o seu currículo através da frequência de cursos de Treinadores e
acções de formação.

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3.11 Coordenador do Departamento Clínico
a) Coordenar o Departamento Clínico, assegurando a correcção e oportunidade
dos diagnósticos e tratamentos proferidos pelos fisioterapeutas do
departamento;
b) Observar os jogadores que apresentem lesões e registar os respectivos
diagnósticos e tratamentos;
c) Manter actualizada a base de dados respeitante aos jogadores que contraem
lesões ou são afectados por doenças;
d) Assegurar a prevenção de doenças e a promoção da higiene através de acções
de sensibilização junto dos jogadores e dos fisioterapeutas;

3.12 Fisioterapeutas
a) Planear e coordenar em colaboração com o Coordenador do Departamento
Clínico os tratamentos dos jogadores lesionados;
b) Assegurar a presença nos treinos de acordo com o plano semanal;
c) Registar em ficha individual própria a origem e o tratamento proposto para
cada jogador lesionado;
d) Consultar o Coordenador do Departamento Clínico em caso de dúvida ou lesão
considerada grave;
e) Realizar os tratamentos planeados aos jogadores;
f) Assegurar, em colaboração com o CTP e os treinadores, a recuperação
completa dos jogadores pós-lesão;
g) Acompanhar as equipas durante os jogos para os quais for designado;
h) Colaborar com o Coordenador Clínico na actualização da base de dados
respeitante aos jogadores que contraem lesões ou são afectados por doenças;
i) Enriquecer o currículo através da frequência de cursos e acções de formação
na sua área de intervenção.

3.13 Serviços Administrativos


a) Executar toda a escrituração respeitante à contabilidade geral;
b) Executar os pagamentos decorrentes dos contratos em vigor e arquivar os
respectivos comprovativos;
c) Executar as quotas dos jogadores da Escola Aberta, passar os recibos e
arquivar os respectivos duplicados;
d) Elaborar as relações de documentos de receitas, despesas e pagamentos a
submeter à apreciação e aprovação do Presidente;

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e) Elaborar guias e relações, a enviar ao Estado ou outras entidades, das
importâncias de retenção na fonte, de impostos do IVA e de quaisquer outras
que lhes pertençam e lhes sejam devidas;
f) Preparar os processos relativos à inscrição dos jogadores junto dos organismos
responsáveis pela organização dos quadros competitivos;
g) Proceder à recepção, abertura, classificação e registo de toda a
correspondência entrada;
h) Manter em depósito o material de uso corrente indispensável ao regular
funcionamento dos serviços administrativos da academia;
i) Exercer funções de atendimento ao público.

3.14 Técnico de Equipamentos


a) Garantir o número e qualidade dos equipamentos dos jogadores e quadro
técnico para os treinos e jogos;
b) Distribuir, após requisição dos treinadores e/ou directores, dos equipamentos
para os treinos e jogos;
c) Zelar pelo bom estado e manutenção de todos os equipamentos,
nomeadamente bolas, sinalizadores e coletes;
d) Prestar apoio logístico, na área de equipamentos, nos jogos realizados nas
instalações da academia.

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