A posiçãã o ãqui ãdotãdã quãnto ão temã eé ã fãvor dã extinçãã o dã
punibilidãde tributãé rios pelo pãrcelãmento e/ou pãgãmento dã díévidã nos delitos tributãé rios (ãrtigo 9º dã lei 10.684/03).
A extinção da punibilidade nesses casos diz respeito à uma questão de
política criminal do Estado. O objetivo a que visa é a satisfação do débito tributário mesmo que o Poder Público tenha que se abster de punir o cometimento da infração penal.
O interesse público sobreleva à necessidade de punição do agente, haja
vista que nesse caso o que se busca é a satisfação da dívida tributária.
A tipificação do crime teve apenas a função de prevenção geral, com o
intuito de intimidar o possível infrator, fazendo com que o mesmo sinta-se compelido a promover o pagamento regular dos tributos.
Destarte, satisfazendo o interesse do Estado, qual seja o cumprimento
das obrigações tributárias, não cabe perquirir-se a respeito das reais intenções do contribuinte no que respeita à sonegação fiscal, de maneira que havendo o pagamento a conduta delitiva perde o seu valor, assim como o interesse punitivo.
O Estado, na atualidade, visa com muito mais apreço ao incentivo à
realização dos seus interesses em detrimento do papel de mero juiz ditador de sentenças, como forma de promover a integração do seu povo, não necessariamente punindo, mas gerando em cada cidadão a consciência de que cumprindo suas obrigações todos saem ganhando. No caso da Lei 10.684/03 essa nova visão de Estado ganha corpo, demonstrando que o importante é prevenir e satisfazer os interesses públicos e não punir pura e simplesmente, deixando às condutas efetivamente gravosas aos bens jurídicos mais caros à sociedade as sanções penais dotadas de maior severidade. Realiza, assim o Direito penal mínimo (princípios da intervenção mínimas, fragmentariedade, adequação social, insignificância, entre outros), tendência cada vez mais presente no ordenamento jurídico pátrio, acompanhando, diga-se as evoluções mundiais dentro do direito penal. BIBLIOGRAFIA
SCHMIDT, Andrei Zenkner. Exclusãã o dã punibilidãde em crimes de sonegãçãã o
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STOCO, Rui. Leis penãis e suã interpretãçãã o jurisprudenciãl. 7 ed. Sãã o Pãulo: Revistã dos Tribunãis, 2001. v. 2.
MASSON, Cleber Rogério. Direito penal esquematizado – parte especial, vol. 2. 2ª