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FACULDADE DE BELAS-ARTES
2013
UNIVERSIDADE DE LISBOA
FACULDADE DE BELAS-ARTES
2013
RESUMO
ABSTRACT
Issues regarding the project communication for interior spaces are dealt and discussed
through the analysis of real cases, comprised by the study of four different Ateliers
during project context. The goal which is pursued through the involvement of a large
diverseness of project problems, with different standards, comes from the capacity of
absorbing a complex sphere of means and methods that assist the resolution and
transmission of the project contents.
The approach to the several project stages allowed recognizing the variability of the
representational characteristics, by revealing a fair suitability to the project’s course
conditions. The reading and analysis of the charts is directed in order to highlight the
actions which are transversal to all the case studies, as well as those associated with
the project or obstacles particularities. By going into the communication system, it is
intended to suggest some issues of project practice of interior spaces.
À memória do meu avô António Duarte.
AGRADECIMENTOS
Este trabalho é um resultado do esforço de todos os que, nas mais diversas formas,
contribuíram para que fosse possível levar em frente este projecto. Expresso aqui, a
todos eles, o meu agradecimento.
Em primeiro lugar agradeço aos Ateliers Data, Pedra Silva Arquitectos, João Tiago
Aguiar Arquitectos, P-06, particularmente à Marta Frazão, Emmanuel Novo, Luís
Pedra Silva, João Tiago Aguiar, Pedro Anjos e Nuno Gusmão, pelos momentos que
me disponibilizaram, pela aprendizagem, e, em especial, por me terem facultado os
elementos que constituem o Estudo de Casos. Espero, francamente, ter correspondido
à confiança em mim depositada.
A todos meus amigos, particularmente ao Pedro Fróis Meneses e à Susana Nunes que,
pelas próprias circunstâncias, observaram de perto este meu projecto, e em especial ao
João Amaro, que em razão alguma deixou de me acompanhar.
À minha família, pelo apoio incondicional que sempre revelaram, os mais profundos
agradecimentos. À minha mãe, pela confiança que sempre demonstrou ter em mim. À
minha irmã, pelo interesse que manifestou em acompanhar passo a passo este
percurso, e pela referência que é para mim. Às duas, pela ímpar amizade.
ÍNDICE
Resumo___________________________________________________________
3
Abstract___________________________________________________________
4
Dedicatórias_______________________________________________________
5
Agradecimentos___________________________________________________
6
Índice de Imagens___________________________________________________
11
Introdução_________________________________________________________
15
2.3.5. Representações Normalizadas________________________________ 63
4. Conclusões______________________________________________ 117
Bibliografia_______________________________________________________ 121
Anexos
Anexo A - Matriz das representações como visualização apresentadas por Paul
Laseau _________________________________________________ 126
Anexo B - Matriz das representações como pensamento apresentadas por Paul
Laseau _________________________________________________
127
Anexo J - Representações do processo projectual do VIP-GRAND Lisboa
Hotel & Spa:
Atelier João Tiago Aguiar Arquitectos_________________________ 62
10
ÍNDICE DE IMAGENS
Imagem 5 - PILE, John - A history of interior design. 2ª ed. London: Laurence King
Publishing, 2005, p. 268.
Imagens 6, 7 - PILE, John - A history of interior design. 2ª ed. London: Laurence King
Publishing, 2005, p. 269.
Imagem 10 - FIELL, Peter - Design do século XX: Charlotte e Peter Fiell. Köln [etc]:
Tachen, cop. 2001, p. 305.
Imagem 18 - ZIJL, Ida van - Gerrit Rietveld. London: Phaison, 2010, p. 56.
Imagem 19 - ZIJL, Ida van - Gerrit Rietveld. London: Phaison, 2010, p. 50.
Imagem 20 - ZIJL, Ida van - Gerrit Rietveld. London: Phaison, 2010, p. 65.
Imagem 21 - ZIJL, Ida van - Gerrit Rietveld. London: Phaison, 2010, p. 66.
Imagem 24 - WINGLER, Hans M. - The Bauhaus: Weimar, Dessau, Berlin,
Chicago. Berlin: The MIT Press, 1969, p. 536.
Imagem 26 - PILE, John - A history of interior design. 2ª ed. London: Laurence King
Publishing, 2005, p. 336.
Imagem 27 - MASSEY, Anne - Interior design of the 20th century. London: Thames
and Hudson, 1990, p. 80.
Imagem 28 - MASSEY, Anne - Interior design of the 20th century. London: Thames
and Hudson, 1990, p. 110.
Imagens 31, 32 - MASSEY, Anne - Interior design of the 20th century. London: Thames
and Hudson, 1990, p. 164.
Imagem 33 - MASSEY, Anne - Interior design of the 20th century. London: Thames
and Hudson, 1990, p. 189.
Imagem 34 - MASSEY, Anne - Interior design of the 20th century. London: Thames
and Hudson, 1990, p. 191.
Imagens 35, 36, 37 - CUNCA, Raul - Territórios Híbridos. Lisboa: Universidade de Lisboa,
2006. (Biblioteca d’ Artes), p. 281.
Imagem 38 - MASSEY, Anne - Interior design of the 20th century. London: Thames
and Hudson, 1990, p. 191.
12
13
14
INTRODUÇÃO
A convicção que permitiu levar a cabo o presente trabalho foi o reconhecimento das
relações entre o comportamento representacional e o pensamento de projecto, ainda
que por vezes abstracto, ou pouco evidente. Com efeito, acreditamos que explorar a
comunicação dos projectos de espaços interiores pode conduzir a uma reflexão com
limites mais amplos do que o próprio acto de representação. Ao debruçarmo-nos
sobre este problema, procuramos uma aproximação aos factores que conduzem as
acções representacionais inseridas num contexto de projecto, e que se associam,
particularmente, com as questões em torno da visualidade.
15
na concentração de considerações que transcendam os casos particulares para
constituir uma expressividade partilhada.
projecto, não remetendo como foco as representações de licenciamento, que
comprometem normas formalizadas e remetem para critérios mais específicos.
1
A tema de introdução, T. Maldonado escreve que o propósito do ensaio não se prende em constituir uma história
do Design Industrial. MALDONADO, Tomás - Design Industrial, p. 9.
2
R. Cunca esclarece o termo ao definir o objecto de investigação: “a fluência do espaço habitado prevalece como
patamar da existência cultural.” CUNCA, Raul - Territórios Híbridos, pp. 19-20.
3
National Council of Interior Design Qualification.
17
18
Parte 1: Os parâmetros do Design de Interiores
Sobre os critérios que defendem as decisões dos casos observados no seu livro A
History of Interior Design, John Pile destaca uma questão importante: o Design de
Interiores não pode ser definido como um elemento autónomo. Não só pela integração
de um vasto leque de objectos, mas também pelo próprio envolvimento na estrutura
arquitectónica.4
4
PILE, John - A history of interior design, pp. 10-11.
5
O autor começa por referir os abrigos e as cavernas como os primeiros espaços interiores. Mais à frente, escreve
sobre o aparecimento dos assentamentos permanentes, e da consequente organização de vilas e cidades. A esse
respeito, salienta não só a importância da aplicação de materiais e técnicas que introduziram uma maior
durabilidade nas construções, como outros factores - entre eles, a origem da linguagem, o domínio do fogo, o
desenvolvimento da agricultura e a introdução dos sistemas de troca de comércio. O discurso prossegue pelas
civilizações antigas e clássicas até à época Renascentista. É nesta ordem que arranca com os conteúdos referentes à
Revolução Industrial. Ibid, p. 13.
6
Ibid, p. 229.
7
Período compreendido entre 1760 e 1830.
19
espaços interiores, foram assinaladas transformações importantes, numa adequação
aos novos modelos de vida.8
Com toda uma panóplia de alterações, torna-se previsível que as distribuições das
habitações começassem a apresentar diferenças nas divisões. R. Cunca destaca sobre
este conteúdo, que a racionalização das operacionalidades e das circulações
subjacentes a estas garantia o planeamento das estruturas, distribuídas segundo zonas
de serviço, de estar e de repouso.11
8
Ibid, p. 229.
9
Ibid, p. 241.
10
CUNCA, Raul - op. cit., p. 36.
11
Ibid, pp. 23-24.
12
Ibid, pp. 128, 130.
20
Figura 1. Planta do piso térreo e da cave da casa suburbana,
Catherine Beecher, 1869.
13
Ibid, p. 138.
14
Ibid, p. 136.
21
A progressão dos aparelhos domésticos acompanha estas organizações funcionalistas
nos espaços habitacionais. Mecanicamente, os aparelhos apresentavam características
básicas, mas apontavam efeitos favoráveis nas práticas domésticas regulares. Ainda
assim, o apoio era claramente relativo. No caso específico da classe média, as
habitações não eram electrificadas e, por isso, no uso do quotidiano, eram processados
através de manivelas.15
Sobre as construções do Arts and Crafts, é descrito no livro Great Drawings from the
collection of the Royal Institute of British Architects, a presença de características
comuns. No plano formal, as configurações exteriores representavam as organizações
funcionalistas da áreas interiores. O equipamento dos espaços ficou reservado ao
15
Ibid, pp. 128,136.
16
Ibid, pp. 138-139.
17
FIELL, Peter - Design do século XX, p. 65.
22
artesanato e aos objectos artísticos. E quanto aos materiais, as opções recaiam nas
matérias locais, que são apontadas como menor valor de custo e pela harmonia com a
envolvência. 18
A empresa Morris, Marshall, Faulkner & Co. surge em 1861, impulsionada pelo
sucesso deste projecto, e dedicou-se à produção de mobiliário, vitrais, papéis de
18
HARRIS, J. ; JILL, L. ; RICHARDON, M. - Great Drawings from the collection of the Royal Institute of British
Architects, p. 117.
19
MASSEY, Anne - Interior design of the 20th century, p. 12.
23
parede e têxteis projectados à mão. 20 As produções apresentavam um carácter
naturalista, ao serem inspiradas nos animais e nos motivos vegetais. No ano de 1874,
W. Morris assume a representação, com a designação de Morris&Co.21
Prosseguindo pela Art Nouveau, a receptividade das novas técnicas e dos novos
materiais como o ferro e o vidro, e o alcance da iluminação eléctrica, exerceram uma
20
Ibid, p. 12.
21
CUNCA, Raul - op. cit., p. 45.
22
LIVINGSTONE, Karen - Essential Arts and Crafts, p. 7.
23
MASSEY, Anne - op. cit., p. 19.
24
influente expressividade.24 No campo dos novos formalismos, seguiu uma inspiração
nas linhas curvilíneas, nas formas naturalistas das plantas e nos motivos geométricos.
24
PILE, John - op. cit., p. 283.
25
MASSEY, Anne - op. cit., p. 63.
26
MALDONADO, Tomás - op. cit., p. 37.
27
“A Importância da Arte Aplicada”, em 1907.
28
A. Loos (1808). Cit. por Ibid, pp. 38-39.
25
1.2.4. Deutscher Werkbund
O desígnio de “fundir arte e técnica numa única realidade”32 proposto por Peter
Behrens salienta a importância das especificidades técnicas e construtivas, os
processos e organização da produção e a racionalização dos meios, serem conciliados
com a concepção formal e as expressões estéticas. Em modo de citação, T.
Maldonado assinala a proposta de P. Berhens, para o qual a arte é entendida como
uma manifestação da cultura.33
1.2.5. Bauhaus
Apontado por H. Van de Velde para ocupar o cargo de director, W. Gropius integra a
Bauhaus estabilizada na Alemanha no ano de 1919. O intuito de demonstrar as
práticas desenvolvidas pelos alunos e posicionar os processos de ensino, serve de
estimulo à primeira grande exposição da Bauhaus em 1923. É nesta conjuntura que
W. Gropius propõe uma exposição na qual se explora a temática da Arquitectura
29
refere-se P. Behrens, R. Riemerschmid, J. Olbrich, J. Hoffmann, Th. Fischer, F. Schumacher e W. Kreis. Ibid, p.
39.
30
MASSEY, Anne - op. cit., p. 65.
31
Ibid, p. 66.
32
MALDONADO, Tomás - op. cit., p. 43.
33
Ibid, p. 43.
26
internacional, com a mostra de projectos e maquetes inovadores.34 Este momento, é
referenciado por A. Massey, como um grande acontecimento na concepção de uma
nova estética.35
34
CUNCA, Raul - op. cit., pp. 202-203.
35
MASSEY, Anne - op. cit., p. 74.
36
Através de R. Cunca. CUNCA, Raul - op. cit., pp. 203-207.
27
Muche estabelece novos paradigmas de planeamento, adequado às necessidades dos
novos comportamentos habitacionais.
Figura 11. Planta da casa Haus am Horn – Projecto de George Much, 1923.
Figura 12. Casa Haus am Horn – Projecto de George Much, 1923.
Figura 13. Cozinha da casa Haus am Horn.
Figura 14. Quarto principal da casa Haus am Horn.
Figura 15. Quarto das crianças da casa Haus am Horn.
28
A influência do De Stijl37 faz-se sentir nas práticas da Bauhaus. O estimulo foi
avançado por Theo van Doesburg através dos seus ensinamentos fora das estruturas
da escola, ao reunir aprendizes comuns às duas unidades.38 Num período onde a
máquina é exaltada, parece ser o conteúdo adequado ao processo artístico deste
movimento, que encontra em Piet Mondrian e em T. van Doesburg os seus principais
mentores.39
37
Designação atribuída ao movimento neoplasticista, em referência ao nome da revista lançada pelos fundadores
do movimento.
38
MALDONADO, Tomás - op. cit., p. 62.
39
CUNCA, Raul - op. cit., p. 209.
40
Termo utilizado por T. Maldonado. MALDONADO, Tomás - op. cit., p. 63.
41
Ibid, p. 63.
42
CUNCA, Raul - op. cit., p. 210.
43
MALDONADO, Tomás - op. cit., p. 63.
44
através de R. Cunca. CUNCA, Raul - op. cit., pp. 217-222.
29
Figura 16. Cadeira Red Blue, Gerrit Rietveld, 1918.
Figura 17. Planta da casa Schroder, 1924.
Figura 18. Perspectiva Isométrica da casa Schroder – Projecto de Gerrit Rietveld, 1924.
Figura 19. Casa Schroder – Projecto de Gerrit Rietveld, 1924.
Figuras 20 e 21. Divisões da Casa Schroder – Projecto de Gerrit Rietveld, 1924.
30
puramente estéticas. 45 Em referência à sua expulsão do instituto, para um
entendimento dos conceitos, H. Meyer descreve:
Figuras 22, 23 e 24. German pavilion at the World’s, Fair Mies van der Rohe, 1929.
45
“Construir é um processo técnico, não estético e a ideia de funcionalidade de uma casa está em contraste com a
composição artística”. H. Meyer (1965, p. 92). Cit. por MALDONADO, Tomás - op. cit., p. 67.
46
H. Meyer (1965, p. 102). Cit. por Ibid, p. 69.
31
1.2.6. Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes
47
Ocorrida no ano de 1925.
48
MASSEY, Anne - op. cit., p. 80.
49
Le Corbusier, L’Art Decoratif D’Aujourd’hui, Paris, Flammarion,1996. Cit. por CUNCA, Raul - op. cit., p. 210.
32
Foi com base nestas coordenadas que propôs uma série de modelos com
características padronizadas.50
1.2.7. O Styling
50
Ibid, p. 225.
51
Ibid, p. 230.
52
No seu discurso sobre a estratégia competitiva, T. Maldonado refere a alteração “de uma estratégia que apontava
para a redução dos preços, para outra que se baseia na promoção do produto.” MALDONADO, Tomás - op. cit., p.
47.
53
Ibid, pp. 46-47.
54
Ibid, p. 47.
55
PILE, John - op. cit., pp. 357-358.
33
Formalmente, os objectos caracterizavam-se pela combinação da estética da Art Déco
com as formas lisas e racionais. Estes apontamentos eram também visíveis nos
espaços interiores, definidos pelo acabamento em metal curvado, espelhos e assentos
coloridos. Nas habitações da classe média, estas referências foram aplicadas
essencialmente nos espaços da cozinha e casas de banho.56
Figura 28. Projecto de escritório, Raymond Loewy, Metropolitan Museum of Art, New
York, 1934.
Figura 29. Super Six para a Sears Roebuck, Raymond Loewy, 1935.
1.2.8. O Pós-Guerra
56
Ibid, p. 359.
57
MASSEY, Anne - op. cit., pp. 145-146.
34
superfícies, e os plásticos reforçados com fibras de vidro, tal como os painéis de
aglomerado de madeira, começaram a ser empregues.58
No que diz respeito aos espaços laborais, os tectos integravam com frequência
estruturas para a colocação de painéis acústicos e iluminação. Outras fontes de luz e
de ventilação do ar foram adoptadas para além das janelas. Os sistemas de ar
condicionado trouxeram um novo conforto aos espaços, e a iluminação fluorescente
de baixo custo constituiu norma no espaços comerciais e institucionais. Quanto aos
espaços habitacionais, as alterações não foram tão evidentes.59
O término da guerra coincide com a saída da classe feminina das estruturas fabris, que
ao serem admitidas em substituição dos homens durante esse período, retomam agora
os seus postos de trabalho. Deste modo, o género feminino posiciona-se novamente
sobre os conteúdos habitacionais, e exerce um incentivo nas novas dinamizações.61
A ambição da redução das acções por intermédio dos aparelhos domésticos atinge
neste período o progresso e democratização necessários à sua imposição gradual nos
hábitos quotidianos. 62 De facto, o florescimento da economia e o aumento do
consumo contribuíram para o crescimento do mercado dos electrodomésticos. Os
espaços – caracterizados por plásticos e estampados coloridos – aparecem agora
equipados com torradeira, chaleira, fogão duplo, máquina de lavar e frigorífico.63
58
PILE, John - op. cit., p. 388.
59
Ibid, p. 388.
60
MASSEY, Anne - op. cit., p. 162.
61
Ibid, pp. 164-165.
62
CUNCA, Raul - op. cit., p. 156.
63
MASSEY, Anne - op. cit., p. 165.
35
Figura 30. Anúncio publicitário da Sunbeam,1938.
Figuras 31 e 32. Exemplares de cozinha com plásticos laminados brilhantes e
coloridos, equipados com eletrodomésticos.
64
CUNCA, Raul - op. cit., p. 139.
36
antecedentes, os formalismos da arquitectura eram agora ignorados, ao elevar a
cultura popular.65
65
Ibid, p. 262.
66
Ibid, p. 262.
67
Alain Guiheux, Fast Histoire - AAVV, Archigram, Paris, Georges Pompidou, 1997, p. 9. Cit. por Ibid, pp. 262-
263.
68
Alain Guiheux, Fast Histoire - AAVV, Archigram, Paris, Georges Pompidou, 1997, p. 9. Cit. por Ibid, p. 263.
69
Ibid, p. 263.
70
Ibid, p. 263.
37
Contudo, nem todos as propostas foram uma oposição ao modernismo.71 As opções
projectuais iniciadas na década de setenta, representadas pelo movimento Hi-Tech,
apresentam um elogio ao avanço da tecnologia. Este movimento apropria-se dos
processos tecnológicos enquanto fundamento da sua estética, tirando partido dos
sistemas eléctricos – tais como tubagens, ar-condicionados e telefones –, numa
frequente adesão a acessos mecânicos, como escadas rolantes e elevadores.72
71
MASSEY, Anne - op. cit., p. 189.
72
PILE, John - op. cit., p. 410.
73
MASSEY, Anne - op. cit., pp. 190-191.
38
Superstudio, Gruppo UFO, 9999, Zziggurat, Gruppo Strum, entre outros, que vieram
a formar o design radical.74
74
CUNCA, Raul - op. cit., p. 272.
75
Integrou o grupo Archizoom com Gilberto Correti, Paolo Deganelo e Massimo Morozzi, fundado em Florença,
em 1966.
76
BRANZI, Andrea - Introduzione al Design Italiano – Una Modernitá Incompleta. Milano: Baldini & Castoldi,
cop. 1999. ISBN: 88-8089-623-7. P. 69. Cit. por Ibid, p. 272.
77
O autor faz a distinção entre os dois tipos de design: “o “design frio”, endereçado à produção industrial e
destinado ao consumo de massa; por outro, o “design quente”, feito por poucos, com poucos meios destinado à
fruição artístico-cultural de alguns poucos sujeitos sociais.” MALDONADO, Tomás - op. cit., p. 83.
78
Em nota de rodapé T. Maldonado cita Pietra para esclarecer o termo “objectos decorativos”: “Estamos
conscientes de que a noção de “objectos decorativos” não é plenamente satisfatória e rigorosa. Na prática, porém,
pelo menos na linguagem quotidiana, dá, com boa aproximação, uma ideia de área mercadológica a que fazemos
referência. Recordemos, porém, que, no panorama do italian design, se verifica uma hesitação, em sentido
artístico, da ideia de decoração, ao ponto de se ver em todos os objectos decorativos uma autêntica “obra de arte”.
Cfr. U. La Pietra (1990) Cit. por Ibid, p. 89.
79
Ibid, p. 89.
80
CUNCA, Raul - op. cit., p. 278.
39
Figuras 35, 36 e 37. Total Furnishing Unit, Joe Colombo, Italy: The New Domestic
Landscape, 1972.
Figura 38. Automóvel Kar-A-Sutra, Mario Bellini, Italy: The New Domestic
Landscape, 1972.
Com este novo curso de propostas foram introduzidas reflexões importantes sobre a
organização habitacional. E mais do que isso, apontaram uma formulação da própria
noção de habitabilidade. Estas soluções deram entrada a novas direcções nos
projectos habitacionais, nomeadamente, pela aprovação unânime de conteúdos com
propriedades efémeras.
81
Ibid, pp. 278-283.
40
Em razão, a observação dos conteúdos em discussão permitiu o reconhecimento das
alterações e desenvolvimentos que acompanharam os espaços interiores. No período
Moderno as questões concentram-se nos parâmetros funcionalistas dos objectos e dos
espaços interiores. De facto, é na sequência dos processos industriais que se assiste à
racionalização das produções, e é neste enquadramento que os objectos avançam com
sistemas tipificados.
Este sumário de condições, não só apresenta os avanços dos espaços interiores – que
em todo o caso, se associam às situações económicas e sociais –, como constituem
uma referência na prática projectual do Design de Interiores.
Sobre esta matéria, Bryan Lawson reflecte no livro How Designers Think: The design
process demystified sobre os diversos sentidos atribuídos ao Design no uso
quotidiano, e afirma que o problema se inicia na própria palavra: “We might begin by
noting that «design» is both a noun and a verb and can refer either to the end product
or to the process. Relatively recently the word «designer» has even become an
adjective rather than a noun.”82
A definição de designer dada por Herbert Simon permite-nos situar face à dimensão
do tema que nos propomos tratar. “É designer todo aquele que inventa sequências de
acção com o objectivo de modificar situações dadas em situações preferenciais [...] o
82
BRYAN, Lawson - How designers think, p. 3.
41
design ocupa-se de como as coisas devem ser, de idealizar os instrumentos para
atingir objectivos pré-estabelecidos.”83
Outras referências são introduzidas por Victor Papanek: “All men are designers. All
that we do, almost all the time, is design, for design is basic to all human activity. The
planning and patterning of any act toward a desired, foreseeable end constitutes the
design process”86. E esclarece: “Design is the conscious and intuitive effort to impose
meaningful order.”87
83
Simon, H. A., The siences of the artificial, MT Press, Cambrigde, 1969, pp. 53 e 59. Cit. por BONSIEPE, Gui -
Teoria e prática do design industrial, p. 205.
84
“[...] se é que existem fundamentações de design.” - Gui Bonsiepe na sequência do discurso sobre as
fundamentações do Design nas ciências. Ibid, p. xvii.
85
Ibid, p. xx.
86
PAPANEK, Victor - Design for the real world, p. 3.
87
Ibid, p. 4.
88
National Council of Interior Design Qualification.
89
IIDA - International Interior Design Association [Em linha]. [Consult. 12 Set. 2012]. Disponível em
WWW:<URL:http://iida.org/content.cfm/what-is-interior-design>.
42
Parte 2: O Projecto e a Representação no Design de Interiores
2.1 Projecto
90
BONSIEPE, Gui - op. cit., p.. 207.
91
VIEIRA, Joaquim - O desenho e o projecto são o mesmo?, p. 21.
92
VIEIRA, Joaquim - O que os separa ou une. In: O desenho e o projecto são o mesmo?, p. 44.
43
Nesta ordem, é também estabelecida a relação entre “projecto” e “intervenção”. Nessa
qualidade, J. Vieira escreve sobre o compromisso das acções interventivas, e destaca
que uma atitude metodológica é favorável pela capacidade de previsão dos resultados.
Este facto sucede das qualidades racionais e sistemáticas que os métodos
apresentam.93 Do mesmo modo, o autor aponta que o exercício de projecto relaciona-
se profundamente com uma atitude antecipativa.94
No seu argumento, faz ainda referência ao projecto enquanto técnica. Isto significa
que as acções projectuais actuam no funcionamento das substâncias em análise. E que
a sua aplicação serve de elemento controlador, no qual a acção passa pela verificação
entre os meios e os resultados.95
No que diz respeito ao processo de projecto, foi entendido por H. Rittel “como a
sequência de dois processos elementares, interrompidos por período de rotina, ou seja,
a criação e a redução da variedade.”96
93
Ibid, p. 48.
94
Ibid, p. 50.
95
Ibid, p. 58.
96
Rittel, H., Der Planungsprozess als iterativer Vorgang von Varietatseinschrankung, em Entwurfsmethoden in der
Bauplanung, Kramer Verlag, Stuttgart / Berlim, 1970, p. 19. Cit. por BONSIEPE, Gui - op. cit., p. 210.
97
Ibid, p. 207.
98
SKINNER, B. F., Science and Human Behavior, McMillan, Nova Iorque, 1953, p. 246. Cit. por Ibid, p. 207.
99
NEWELL, A. et. AL., Reporto n a General Problemsolving Program, Prot. Int. Conf. on Information Processing,
UNESCO, Paris, 1960, pp. 256-364. Cit. por Ibid, p. 207.
44
Ao escrever sobre o acto de projecto, Bruno Munari pronuncia-se sobre a infinidade
de problemas. O autor destaca que existem “problemas simples que parecem difíceis
porque não se conhecem os problemas que se mostram impossíveis de resolver.”100
100
MUNARI, Bruno - Das coisas nascem coisas, p. 2.
101
Ibid, p. 48.
102
BONSIEPE, Gui - op. cit., p. 208.
103
REITMAN, W., pp. 133-142. Cit. por Ibid, p. 208.
104
Ibid, p. 203.
45
procurámos esclarecer algumas noções referentes às metodologias de projecto,
apontar as suas capacidades e evidenciar algumas propostas metodológicas que
consideramos úteis para o decurso do presente trabalho.
E escreve ainda:
“Esperam-se duas coisas da metodologia106 : oferecer uma série de directivas e
clarificar a estrutura do processo projectual. Tem, portanto, em si uma
componente praxiológica e uma componente hermenêutica. A metodologia do
design baseia-se na hipótese de que, subjacente ao processo projectual, mesmo
na variedade das situações problemáticas, existe uma estrutura comum, isto é,
constantes que formam, por assim dizer, a armação, fazendo uma abstracção do
conteúdo particular de cada um dos problemas projectuais.”107
1
–
Problema;
2
–
Definição
do
problema;
105
Ibid, p. 203.
106
Mais à frente o autor acrescenta: “Entende-se, aqui, por «metodologia» as modalidades de acção num
determinado campo da solução de problemas. Esperamos a ajuda de uma metodologia para determinar sequências
das acções (quando fazer alguma coisa) e o conteúdo da acção (que fazer) e para definir os processos específicos a
aplicar (como fazer, que técnicas usar). A metodologia não tem um fim em si mesma. A sua justificação é dada
pelo seu carácter instrumental.”. Ibid, pp. 207-208.
107
Ibid, p. 205.
108
MUNARI, Bruno - op. cit., p. 64.
109
Ibid, p. 20.
46
3
–
Componentes
do
problema;
4
–
Análise
dos
dados;
5
–
Criatividade;
6
–
Materiais
e
tecnologias;
7
–
Experimentação;
8
–
Verificação;
9
–
Desenho
construtivo;
10
–
Solução.
“Analysis is the ordering and structuring of the problem. Synthesis on the other
hand is characterised by an attempt to move forward and create a response to the
problem – the generation of solutions. Appraisal involves the critical evaluation
of suggested solutions against the objectives identified in the analysis phase.”113
Numa crítica aos modelos apresentados, o autor alude para o perigo destas
metodologias. A afirmação aponta o carácter redutor e literal de qualquer diagrama
sequencial, sobre um sistema complexo como é o processo projectual. Nesta ordem de
110
LAWSON, Bryan - op. cit., p. 38.
111
O autor utiliza o termo “macro-estrutura” como “a subdivisão do processo projectual em diversas etapas ou
fases”, e “micro-estrutura” quanto à “descrição das técnicas específicas utilizadas nas diferentes fases”.
BONSIEPE, Gui - op. cit., p. 210.
112
LAWSON, Bryan - op. cit., pp. 36-37.
113
Ibid, p. 37.
47
ideias, B. Lawson avança uma nova proposta que permite libertar da atribuição de
uma sucessão de operações.114
No livro
Graphic
thinking
for
architects
and
designers,
Paul
Laseau
reconhece
um
modelo
de
processo
projectual
definido
por
cinco
etapas
gerais:
114
Ibid, pp. 48-49.
115
Ibid, pp. 48-49.
116
LASEAU, Paul - Graphic thinking for architects and designers, p. 164.
48
Considerando o modelo, o primeiro contacto com o projecto é assinalado pela
definição do problema. Nesta fase inicial, o designer procura compreender o problema
e estruturá-lo de acordo com as necessidades, restrições e recursos.117 O objectivo
destas primeiras acções é a obtenção de uma definição clara das intencionalidades do
projecto.
117
Ibid, p. 164.
118
GOLDSCHMIDT, G. ; PORTER, W. L. (Eds.) - Design Representation, p. xi.
49
entre o próprio designer ou exteriormente a este – e avançam que as interpretações e o
desencadeamento de ideias são condicionadas pelas próprias estratégias de
representação. G. Goldschmidt sublinha ainda que o processo de registo gráfico pode
ocorrer antes, durante e depois da própria concepção, e pode até coincidir ou suceder
à execução do projecto.119
119
Ibid, p. 203.
120
VIEIRA, Joaquim - O Desenho e o Projecto são o mesmo?. In: O desenho e o projecto são o mesmo?, p. 39.
121
MICKLEWRIGHT, Keith - Drawing, p. 28.
122
Ibid.
123
LASEAU, Paul - Architectural representation handbook, p. 23.
124
SMITH, Kendra - Architect’s sketches, pp. 2-3.
50
das ideias. Essa representação permite trabalhar sobre uma ideia, analisá-la,
verificá-la, transformá-la e comunicá-la.”125
Nesta sequência, Penny Yates reflecte sobre o potencial dos meios representativos na
verificação das hipóteses de projecto. Esta testabilidade associa-se, não só ao próprio
designer e equipa de projecto, como também à escala do público. As representações
são apontadas como processos confiáveis quer na capacidade de gerar um
entendimento das concepções, como na expressividade da narrativa que sustém o
processo de projecto.126
Os conteúdos da percepção visual têm sido estudado por diversos campos. Quanto ao
das ciências cognitivas e da psicologia, são analisados sob o ponto de vista dos
sentidos. Sobre este assunto, Paulo Simões refere num discurso dedicado à teoria da
percepção: “Sendo que a percepção visual é o resultado da visão, consubstancia-se na
capacidade de captar a interação da luz com o mundo visível em redor.”127 No mesmo
texto o autor descreve as quatro fases evolutivas das teorias da percepção visual: os
pioneiros, os estudos comportamentais, as teorias cognitivistas, e as teorias da
psicologia ecológica.128
As teorias cognitivistas têm sido recebidas por parte de alguns investigadores da visão
recentes. Uma referência importante é lançada por Rudolf Arnheim ao escrever no seu
livro Design Thinking que: “By congnitive, I mean all mental operations involved in
125
RODRIGUES, Isabel - Estratégias de desenho no projecto de design, p. 26.
126
GOLDSCHMIDT, G. ; PORTER, W. L. (Eds.) - op. cit., p. 4.
127
SIMÕES, Paulo - Didáctica de metodologias para a facilidade de uso, pp. 48-49.
128
Ibid, pp. 49-54.
51
receiving, storing, and processing of information: sensory perception, memory,
thinking, learning.”129
- interna vs. externa; transitória vs. durável; auto-gerada vs. “ready-made”; e abstracta
vs. concreta.
129
Arnheim, Rudolf. Visual Thinking. Berkeley, Calif.: University of California Press, 1969, p.13 Cit. por
LASEAU, Paul - Graphic thinking…, p. 8.
52
2.3.1. Contextos da Representação
Os conteúdos representacionais têm sido discutidos por P. Laseau com uma análise
centrada nas disciplinas da Arquitectura e do Design. O autor distingue dois tipos de
representação, nomeadamente:
Quando Fraser e Henmi propõem que uma representação é definida por duas vidas,
referem-se a estes dois contextos: pensamento e comunicação. O que os autores
sublinham é que o primeiro momento acontece no imediato da execução – associado
130
O autor utiliza os termos “representation as thinking” e “representation as communication”.
131
LASEAU, Paul - Architectural representation…, p. 8.
132
Ibid, p. 8.
133
“(…) graphic representation supports problem analysis and definition, generation of alternative responses,
design evaluation, design development, and design implementation.” Ibid, p. 10.
53
ao diálogo entre o próprio sujeito -, o segundo ocorre após a sua materialização, ao ser
percepcionada e interagida pelos receptores.134
- a individual;
- a equipa;
- e o público.136
134
SMITH, Kendra - op. cit., p. 5.
135
No decurso deste trabalho aplicamos o termo “escala” em duas qualidades distintas: a “escala” da
representação: individual, equipa e público; e a “escala” das representações.
136
LASEAU, Paul - Graphic thinking…, p.163.
137
GOLDSCHMIDT, G. ; PORTER, W. L. (Eds.) - op. cit., p. 207.
54
O processo consiste na adaptação dessa linguagem, a um código de entendimento
geral. G. Goldschmidt esclarece que na representação para o público existe uma
ausência acentuada dos aspectos cognitivos, ao concentrar a sua acção na percepção
do espectador.138
- Privada;
- Pública;
- Abstracta;
138
Ibid, p. 207.
55
- Concreta;
- Perceptual;
- Simbólica;
- Conceptual;
- Apresentação.
139
LASEAU, Paul - Graphic thinking…, p.12.
140
LASEAU, Paul - Architectural representation…, p. 20.
141
Ibid, p. 21.
56
A dimensão abstracta142 relaciona-se, em grande facto, com o estágio embrionário
do processo. Não quer por isso dizer que não seja aplicada em fases mais maduras,
mas ainda assim, a principal qualidade da abstracção é manter em aberto uma série de
substâncias a serem analisadas mais tarde.
145
Relativamente às representações simbólicas , o raciocínio prende-se na
objectividade e esquematização do problema, ao abandonar qualquer noção de
percepção ou experiência. P. Lauseau escreve, que existe uma grande afinidade na
tradução de objectos físicos ou processos por intermédio de símbolos. E que a eficácia
se associa às substâncias que o designer extrai neste processo. Através destes registos,
constrói-se uma síntese de informações necessárias ao desenvolvimento do projecto,
que permite, acima de tudo, economizar os meios de acção.
destes registos, são com frequência aplicados em processos de análise,
experimentação, verificação ou até mesmo de avaliação, uma vez que permitem
estudar rapidamente um conceito. Com estas articulações constroem-se fluxos
elevados de ideias, que tendem a ser combinados com um método simultâneo de
síntese.
A dimensão interna é aqui entendida como uma representação que pertence apenas
ao próprio sujeito e que não pode ser acedida por um domínio externo. Refere-se,
nesse caso, às imagens mentais. As representações externas são a transposição do
estágio mental para um meio de visualização, permitindo ao próprio designer e equipa
de projecto analisar uma determinada substância. Em razão de exemplo, estas
representações podem ser expressões de comunicação verbal, listas, desenhos,
protótipos.149
comunicação verbal ou gestual. Ou mesmo, o estágio de concepção numa aplicação
computacional, no qual o momento no imediato do desenvolvimento não fica
registado. Quanto às representações duráveis, são registos que subsistem e
fundamentam o processo de projecto - como esboços, renders, protótipos.150
150
Ibid, p. 85.
151
Ibid, p. 85.
152
Ibid, pp. 85-87.
153
O autor utiliza o termo “representation as seeing”.
59
A. Representação como visualização
Convenções:
Selecção de vistas:
- linha do horizonte; vista aérea; vista rasteira; distorção; vista parcial; vinhetas; vistas
combinadas; composição e vistas simultâneas.160
154
“Orthographic projections documental space by presenting a series of two-dimensional views that, taken as a
group, give an accurate, to-scale representation of the total building.” LASEAU, Paul - Architectural
representation…, p. 25.
155
O autor utiliza os termos “elevation”, “vertical section”, plan elevation”, “plan section”, scale” e “deph”.
156
“Paraline projection begin to capture the three-dimensionality of the space while retaining a consistente,
uniform scale.” Ibid, p. 25.
157
O autor utiliza os termos “plan projection”, elevation projection”e “isometric”.
158
“Perspective projection deal more with the actual experience of three-dimensionality, they do not concern
themselves with a constant scale, but rather reveal relative scale as seen in space.” Ibid, p. 25.
159
O autor utiliza os termos “one-point perspective”, “deph”, “modified one-point perspective”, “two-point
perspective”, “tree-point perspective”.
160
O autor utiliza os termos “eye-level view”, “aerial view”, worm’s-eye view”, “distortion”, “view framing”,
“vignettes”, “view combinations” e “composite and simultaneous views”.
161
Ibid, p. 25.
162
Ibid, p. 25.
60
meio de linguagem comum, como as opções de representação convencionadas,163
permitem simplificar todo o processo de compreensão e transmissão.
Edição:
Diagramas:
168
Ao discutimos as representações como pensamento , entendemos que
comportamento de projecto é caracterizado por uma combinação de diversas
dimensões representacionais. Relativamente à modelação, apresenta qualidades
perceptivas e de articulação espaciais.169 Sobre a edição, permite não só constituir
163
“Conventions have evolved from historically practical needs within the design process, such as the ability to
establish scale, proportion, dimension; the need to identify parts, or portray the views one might see when moving
through an environment; and the need to evaluate a building design qualitatively and quantitatively.” Ibid, p. 27.
164
Ibid, p. 63.
165
O autor utiliza os termos “massing”, “context”, “light”, “reflections”, “artificial light”, atmosphere” e
“constrast”.
166
O autor utiliza os termos “negative space”, “selection”, “transparency”, “skeleton”, “disassemblies”,
“explodametrics”.
167
O autor utiliza os termos “abstraction”, “symbols”, “relationships”, “classification”, “hierarchy”, “dynamics”,
“movement”, “change”, “tranformation” e “process”.
168
Ibid, p. 85.
169
Ibid, p. 87.
61
alterações ou supressões nos conteúdos, como originar vistas que não possíveis de ser
captadas através de uma câmara.170
Media:
Vocabulário:
- escala; formato; definição; identidade; atitude; humor; estilo; cor; renders com cor;
cores simbólicas.172
Técnicas e explorações:
170
Ibid, p. 107.
171
O autor utiliza os termos “mounted presentations”, “slide presentation”, “computer graphics”, “video",
“instruments” e “electronic instruments”.
172
O autor utiliza os termos “scale”, “format”, “definition”, “identity”, “attitude", “mood”, “style”, “color”,
“computer-aided color renderings”e “symbolic color”.
173
O autor utiliza os termos “arrangments”, “glide perspective”, “split perspective”, “curved and panoramic
projections”, “reverse perspective” e “montage and other combinations”.
62
Relativamente às representações como comunicação 174 , já formaram discussão
anteriormente e foram compreendidas as qualidades deste registos. P. Laseau destaca
três dimensões da comunicação: os media, que enquanto transmissores da informação
aparecem associados aos meios instrumentais – tradicionais ou avançados
(electrónicos) -; o vocabulário visual, por estabelecer propriedades diversas em cada
registo; e as técnicas e explorações no que diz respeito às características particulares
da representação de cada designer.
174
Ibid, pp. 141,143, 163, 187.
175
CUNHA, Luis Veiga da - Desenho Técnico, p. 38.
176
Ibid, p. 39.
177
Ibid, p. 290.
63
E acrescenta:
178
Ibid, p. 290.
179
Ibid, p. 610.
180
Ibid, p. 609.
181
Ibid, p. 691.
182
Ibid, p. 296.
64
Relativamente às legendas dos desenhos, devem constar os seguintes elementos:
183
Ibid, pp. 96, 97.
65
66
Parte 3: Estudo de Casos
Neste sentido, esta multiplicidade tem aqui dois valores fundamentais: observar
diferentes problemas de projecto e estabelecer uma variedade de métodos e meios que
67
procedem à sua resolução; e conduzir uma abertura para as múltiplas caracterizações
da prática de projecto ao invés de as restringir.
representações que estabeleceu a abertura do que viria a formar o processo de análise.
De facto, a abordagem foi inteiramente definida no confronto com as representações,
que até então não eram conhecidas.
Como foi visto anteriormente, têm sido sugeridas uma diversidade de metodologias
referentes ao processo projecto (Cf. 2.1.2). O que concluímos, ao concentrarmo-nos
na análise das representações, é a complexidade que uma metodologia composta por
demasiadas etapas apresenta. Isto porque, quanto maior a pormenorização, mais
complexo se torna a avaliação segundo a mesma. E maior é a hipótese de se constituir
uma análise errática.
69
Contudo, o modelo evidenciado por B. Lawson (Cf. 2.1.2) – caracterizado por um
sistema de relações sem qualquer imposição sequencial – compromete excessivas
indefinições e abstracções. Esta configuração de metodologia, ao colocar contornos
pouco precisos, exprime intensas fragilidades no processo de análise.
3.1.3. Metodologia
70
representações resulta da correspondência entre diversas etapas (de cariz genérico), e
as representações que constituem a nossa amostra.
71
Grupos de representações
Constituídos através:
a. do modelo de processo de projecto
apresentado por Paul Laseau
b. dos tipos de representação apresentados por
Paul Laseau
Matriz 1
relativa aos tipos de representação apresentados
por Paul Laseau
Análise
Matriz 2
a. descrição dos resultados da matriz 1
b. associação dos resultados da matriz 1 com as variação das representações
etapas do processo de projecto apresentadas por durante o processo de projecto
Paul Laseau
Discussão dos Resultados de cada Caso de Estudo - Matriz 2
como pensamento; e media nas representações como comunicação. Estas divisões
comportam ainda as subdivisões atrás descritas (Cf. 2.3.4). Por fim, e para simplificar
o processo de trabalho, atribuiu-se códigos numéricos para cada um dos grupos.
De facto, o processo de análise das representações foi autónomo para cada Atelier,
ainda que com críticas comparáveis entre eles. Para que o método de constituição dos
grupos fique esclarecido, destacamos que a sequência numérica corresponde à ordem
em que as representações foram atribuídas durante o percurso de projecto; ou à
ordenação das representações no próprio suporte.
Ou seja, ainda que se tenha procurado uma correspondência entre os quatro casos em
análise relativamente às designações (como por exemplo: plantas; desenhos técnicos
com medidas; renders; etc.), estas não apresentam a mesma numeração.
73
Como durante este processo reconhecemos que as escalas das representações podem,
em determinadas situações, apresentar correspondências com o momento do processo
de projecto, aplicámos um plano no topo de cada grupo para destacar estas
referências.
Relativamente à análise, importa ainda certificar de que não nos propusemos explorar
aprofundadamente as diversas escalas que participaram nos casos analisados.
Compreendemos que os resultados de projecto são um somatório de uma série de
percepções, acções e avaliações tomadas pelo designer ou equipa de projecto, e que
na generalidade, promove-se a abertura deste sistema para incluir várias categorias do
público – utilizador, cliente, engenheiro, etc.
Compromete-nos ainda referir que a opção de matrizes, como método de análise dos
casos de estudo, resulta de três condições: antes de mais, apresenta uma metodologia
de acção pragmática e eficaz, com capacidade de eliminar essências vagas. Por
consequência, os resultados extraídos são igualmente objectivos e concretos. Para
além disso, confia-nos um método geral, apto a superar os casos aqui tratados.
74
3.2. Discussão dos resultados: Matrizes relativas aos tipos de representação
apresentados por Paul Laseau
Uma interpretação mais profunda sugere outras observações. Com foi notado, o autor
acedeu à distribuição das características entre representação como visualização,
pensamento e comunicação. O que o compreendemos com o nosso estudo, é que pode
existir de facto um cruzamento no que diz respeito às representações como
pensamento e como comunicação.
184
LASEAU, Paul – Architectural representation handbook, pp. 25-84.
185
Ibid, pp. 85-140.
186
Ibid, pp. 141-187.
75
Como tal, o recurso a representações no contexto pensamento – para se inserirem no
de comunicação – sucede, com frequência, da capacidade de apresentar explicações
referentes ao pensamento de projecto. Ou seja, as representações não deixam por isso
de ser consideradas como comunicação, no entanto, as suas características
relacionam-se com as de pensamento.
Os registos gráficos que reunimos para a análise da comunicação no Atelier Data são
referentes ao projecto de recuperação de umas cavalariças e reconversão num espaço
habitacional. A envolvência do Atelier acompanhou desde o projecto arquitectónico
até ao intervencionamento interior. Em termos de durabilidade somou cerca de três
meses entre a recepção do trabalho no Atelier até à finalização da execução.
A constituição dos grupos partiu, como já foi referido, da visualização total das
representações e da sua organização consoante o que se depreendeu do processo de
projecto. Seguidamente, foram assinalados os diversos tipos de representação e
procedeu-se a um reagrupamento. Por fim, fez-se a distinção entre os grupos com
representações como pensamento e como comunicação (Cf. 3.1.3). Esta metodologia
de análise revelou a seguinte organização:
76
Grupo 1 - Diagramas do espaço interior
Grupo 2 - Diagramas do espaço e elementos interiores
Grupo 3 - Diagramas
Grupo 4 - Elevação de projecção
Grupo 5 - Alçado
Grupo 6 - Planta
Grupo 7 - Símbolos; indicações descritivas
Grupo 8 - Planta (vista parcial)
Grupo 9 - Representações de objectos, materiais e sistemas existentes
Grupo 10 - Secção vertical
Grupo 11 - Maquete
Grupo 12 - Secção vertical com medidas (vista parcial)
Grupo 13 - Desenhos técnicos com medidas (vista parcial)
Grupo 14 - Secção vertical: esqueleto (vista parcial)
Legenda:
Representações como pensamento
Representações como comunicação
Representações como pensamento e comunicação
Neste caso, havia uma forte clarificação dos registos de pensamento, e uma
diferenciação evidente entre os registos de comunicação ao cliente e de execução à
obra – ainda que estes últimos possam não consistir os modelos definitivos. No que
diz respeito à maquete, foi aqui considerada como objecto físico e não pelos registos
fotográficos, uma vez que foi remetida ao cliente.
77
A. Matriz de representação como visualização do Atelier Data:
- Escala 2, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14
- Profundidade
3URMHFo}HVSDUDOHODV
- Plano de projecção 4
- Elevação de projecção
- Isométrica
3URMHFo}HVGHSHUVSHFWLYD
- Um ponto de fuga
- Profundidade
0RGL¿FDomRGHXPSRQWRGHIXJD
- Dois pontos de fuga
- Três pontos de fuga
- Vinhetas
- Combinações de vistas 2, 4, 8, 10, 12-13, 14
78
B. Matriz de representação como pensamento do Atelier Data:
- Contexto
- Luz
5HÀH[}HV
/X]DUWL¿FLDO
- Atmosfera 11
- Contraste
EDIÇÃO
- Espaço negativo
6HOHFomR 8, 12, 13, 14
7UDQVSDUrQFLD
- Esqueleto 10, 14
- Desmontagem
3HUVSHFWLYDVH[SORGLGDV
DIAGRAMAS
$EVWUDFomR 1, 2, 3
- Símbolos 3, 7
5HODo}HV 1, 2, 3
&ODVVL¿FDomR 3
- Hierarquia
'LQkPLFDV 1, 2, 3
- Movimento 3
0XGDQoD
7UDQVIRUPDomR
3URFHVVR
/HJHQGD
5HSUHVHQWDo}HVFRPRSHQVDPHQWR 5HSUHVHQWDo}HVFRPRSHQVDPHQWRRXFRPXQLFDomR
79
C. Matriz de representação como comunicação do Atelier Data:
- Vídeo
- Instrumentos 7pFQLFD0LVWD$XWR&DG'6WXGLR0D[
,QVWUXPHQWRVHOHFWUyQLFRV
VOCABULÁRIO
(VFDOD
- Formato
'H¿QLomR
- Identidade
- Atitude
- Humor
- Estilo
- Cor
5HQGHUVFRPFRU
&RUHVVLPEyOLFDV 3, 7
TÉCNICAS E EXPLORAÇÕES
Legenda:
5HSUHVHQWDo}HVFRPRFRPXQLFDomR 5HSUHVHQWDo}HVFRPRSHQVDPHQWRRXFRPXQLFDomR
Os três primeiros grupos estão intimamente relacionados, ainda que entre os dois
primeiros e o último se verifique uma diferença substancial. Com efeito, os Grupos 1
e 2 inserem-se no contexto de pensamento, e o Grupo 3 no de comunicação. Em todo
o caso, as três vertentes dizem respeito ao tratamento interior do espaço,
nomeadamente à sua organização (e dos elementos, no Grupo 2), e apresentam
qualidades diagramáticas.
abstracção e sintetização. Através destes registos determinaram-se relações,
classificações, dinâmicas e movimento do espaço interior.
Para além dos diagramas, a informação é transmitida através de alçados (Grupo 5),
plantas (Grupos 6, 8), secções verticais (Grupos 10, 12, 14) e elevação de projecção
(grupo 4). À excepção das últimas – que são descritas na tridimensão – os registos
gráficos que acompanham o processo de projecto são lançados na bidimensionalidade.
Quanto aos estudos tridimensionais, são executados através de elevação de projecção
e da maquete (Grupo 11). Mas enquanto os primeiros se dedicam apenas às
volumetrias, a maquete introduz os valores atmosféricos do espaço.
81
3.3.1. Discussão dos resultados: Atelier Data
A avaliação dos grupos iniciais, referentes aos diagramas, foi conduzida através das
referências ditadas quanto ao contexto de pensamento e das dimensões da
representação – no discurso das abstractas e simbólicas (Cf. 2.3.3; 2.3.4). De facto,
com a análise destes registos, confirmamos as associações entre a linguagem
diagramática e a abstracção.
e evidenciar uma definição dos parâmetros de relações, classificações, dinâmicas e
movimento do espaço, sem que para tal se esclareça o projecto na totalidade.
Sobre as estruturas das construções, como estão cobertas pelos materiais envolventes,
recorreu-se a representações de esqueleto para formar o seu esclarecimento. Neste
caso, são revelados através de secções verticais, as quais nos registos de execução à
obra integram a descrição dos materiais.
84
Para as representações de objectos, materiais e sistemas existentes, centrámo-nos no
discurso de Margot Brereton no tocante aos “ready-made” (Cf. 2.3.3). A introdução
de imagens exteriores às representações constituídas pela equipa de projecto, resulta
da sua capacidade de resposta a problemas específicos. Nesta situação são
referenciados exemplares correspondentes ao ambiente e materiais já existentes e,
portanto, não comprometem o desenvolvimento desses modelos por parte da equipa
de projecto.
particularmente o Photoshop, o Illustrator e o InDesign. Numa fase inicial foram
ainda desenvolvidos esquissos e maquetes que não foram possíveis envolver neste
estudo.
A constituição dos grupos neste ‘Caso’ dispôs de uma forte clarificação. Ainda que o
processo projectual não se mostre tão evidente nas representações como noutras
análises, as apresentações referentes às duas fases do concurso constituíram
demarcações importantes na sequência dos grupos.
Legenda:
Representações como pensamento
Representações como comunicação
86
sentido de esclarecer as apresentações, a constituição dos grupos acompanhou a
disposição das representações nos suportes.
CONVENÇÕES
3URMHFo}HVRUWRJUi¿FDV
- Alçados
- Secções verticais 10, 22
- Vista parcial 1, 2, 6, 7, 15, 16, 17, 19, 20, 22, 23
- Vinhetas
1, 2, 3, 6, 7, 8, 9, 10, 13, 15, 16, 17, 18, 19,
- Combinações de vistas 20, 21, 22
- Composição e vistas simultâneas 8
Legenda:
Representações como visualização
87
B. Matriz de representação como pensamento do Atelier Pedra Silva Arquitectos:
MODELAÇÃO
- Volumes 1,2, 7, 11, 12, 13, 15, 17, 19
- Contexto 19
- Contraste
EDIÇÃO
- Espaço negativo
6HOHFomR 13, 20
7UDQVSDUrQFLD 13
- Esqueleto 12
3HUVSHFWLYDVH[SORGLGDV 13
DIAGRAMAS
$EVWUDFomR 5, 16
- Símbolos 5, 23
5HODo}HV 3, 16
&ODVVL¿FDomR 3, 16
- Hierarquia
'LQkPLFDV 3, 16
- Movimento 3, 16
0XGDQoD
7UDQVIRUPDomR
3URFHVVR
/HJHQGD
5HSUHVHQWDo}HVFRPRSHQVDPHQWR 5HSUHVHQWDo}HVFRPRYLVXDOL]DomRRXFRPXQLFDomR
88
C. Matriz de representação como comunicação do Atelier Pedra Silva Arquitectos:
MEDIA
3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 16, 17,
- Apresentações organizadas 18, 19, 20, 21, 22, 23
- Apresentações de slides 1, 2, 7, 15, 17, 19
&RPSXWDomR*Ui¿FD todas
- Vídeo
$XWR&DG'6WXGLR0D[$UFKLFDG9UD\
- Instrumentos ,Q'HVLJQ3KRWRVKRS
,QVWUXPHQWRVHOHFWUyQLFRV 1, 2, 7, 15, 17, 19
VOCABULÁRIO
(VFDOD
- Formato
'H¿QLomR
- Identidade
- Atitude
- Humor
- Estilo
- Cor
5HQGHUVFRPFRU 1, 2, 7, 15, 17, 19
TÉCNICAS E EXPLORAÇÕES
Legenda:
5HSUHVHQWDo}HVFRPRFRPXQLFDomR 5HSUHVHQWDo}HVFRPRYLVXDOL]DomRRXSHQVDPHQWR
89
volumétrica do espaço, com noções de luz, e sem qualquer intervenção de materiais, e
elementos.
Uma maneira de contornar esta condição passa por copiar e experimentar diferentes
resultados em cada uma das reproduções. Ou, tal como se observa no caso exposto, da
captura dessas alterações através de renders. Esta segunda escolha é aceitável quando
se pretende avaliar os resultados continuamente, na medida em fica registado num
ficheiro independente. É em razão desta condição que se verifica a resistência destes
registos, após o desfecho do processo de projecto.
90
As plantas com indicação da representação parcial (Grupo 9) são introduzidas para
referenciar as plantas em vista parcial que focam uma extensão menor (Grupo 6) –
ambas colocadas no mesmo suporte. Deste modo, podemos percepcionar facilmente
onde se insere a parte representada com menor escala, na totalidade do espaço.
Nesta sequência aparecem as secções verticais (Grupo 10), também em vista parcial.
Os Grupos 11 e 12 são definidos por planos de projecção e o Grupo 13 por
representação em perspectiva e, como tal, apontam os volumes. Em relação aos dois
últimos apresentam os sistemas construtivos: o primeiro através da representação do
esqueleto e o segundo mediante transparências. O conjunto seguinte (Grupo 14) é
constituído por objectos, materiais e sistemas existentes.
Os restantes grupos fazem parte dos registos de execução à obra. Nesta ordem, o
projecto é esclarecido através de plantas com medidas métricas e escala 1/50 e 1/100
(Grupo 21); e por secções verticais com medidas métricas e escala 1/5, 1/20, 1/50 e
1/100 (Grupo 22). Ambos aparecem, ocasionalmente, descritos através de vistas
parciais. Quanto ao vocabulário, estes suportes apresentam características similares,
quer no formato, quer na extensão preenchida pelas representações. Por último,
aparecem os desenhos técnicos com medidas (Grupo 23) referentes aos gráficos das
paredes.
91
Os diagramas descritos nas apresentações encontram-se em proximidade com as
características diagramáticas discutidas no caso de estudo antecedente (Cf. 3.2.1).
Como tal, as qualidades destes registos gráficos relacionam-se com as características
de pensamento e são, por isso, favoráveis à explicação do pensamento de projecto.
Os volumes sem definição de materiais aparecem nos dois primeiros grupos, os quais
ao descreverem um estágio embrionário do processo de projecto não revelam uma
definição total dos conteúdos. Especificamente nos sistemas divisórios e acústica
(representações como comunicação), a indefinição de materiais em alguns volumes
permitiu destacar os elementos que aparecem com definição, que devido à cor
transparente e texturas, perdiam destaque na envolvência do espaço. É também nessa
qualidade que são apresentados fora do seu contexto.
Quer as vistas parciais, quer as combinações de vistas, têm uma intensa aplicação no
decurso das representações como pensamento e comunicação. E estas noções são
válidas tanto para os desenhos bidimensionais em AutoCad como nos tridimensionais
92
em 3D Studio Max. De facto, ao considerarmos que as acções de renderização sobre o
cenário construído se concentra em determinadas partes, podemos falar de vistas
parciais. E inserem-se, frequentemente, num conjunto de imagens combinadas.
93
3.5. Análise das representações no contexto de projecto do Atelier João Tiago Aguiar
Arquitectos
Legenda:
Representações como pensamento
Representações como comunicação
Representações como pensamento e comunicação
94
A complexidade de definir a organização dos grupos e a sua sequência resulta de dois
aspectos principais: da multiplicidade de acções levadas para resolver o problema de
projecto sem a presença de uma ordem; e pelo facto das representações não
restituírem o processo na totalidade, ainda que possam ser ilustrativas da maioria dos
passos cumpridos desde o problema inicial até à solução de projecto. Em relação à
envolvência das técnicas manuais, dificultam em certos casos a percepção das
representações e, como consequência, a revelação do momento do processo
projectual.
95
A. Matriz de representação como visualização do Atelier João Tiago Aguiar
Arquitectos:
CONVENÇÕES
3URMHFo}HVRUWRJUi¿FDV
- Alçados 15
- Secções verticais 4, 5, 7, 8, 14
- Planta de cobertura 12
- Planta 1, 2, 4, 9, 13
- Escala 1, 2, 6, 7, 9, 11, 13, 14, 15
- Profundidade
3URMHFo}HVSDUDOHODV
- Plano de projecção
- Elevação de projecção
- Isométrica
3URMHFo}HVGHSHUVSHFWLYD
- Um ponto de fuga 4, 5, 6
- Profundidade
0RGL¿FDomRGHXPSRQWRGHIXJD
- Dois pontos de fuga
- Três pontos de fuga
96
B. Matriz de representação como pensamento do Atelier João Tiago Aguiar
Arquitectos:
MODELAÇÃO
- Volumes 4, 5, 6, 11
- Contexto 12
- Luz 11
5HÀH[}HV 11
/X]DUWL¿FLDO 11
- Contraste
EDIÇÃO
- Espaço negativo
6HOHFomR 4, 5
7UDQVSDUrQFLD 5
- Esqueleto
- Desmontagem
3HUVSHFWLYDVH[SORGLGDV
DIAGRAMAS
$EVWUDFomR 2, 12
- Símbolos 2, 12
5HODo}HV 2
&ODVVL¿FDomR
- Hierarquia
'LQkPLFDV
- Movimento
0XGDQoD
7UDQVIRUPDomR
3URFHVVR
/HJHQGD
5HSUHVHQWDo}HVFRPRSHQVDPHQWR 5HSUHVHQWDo}HVFRPRYLVXDOL]DomRRXFRPXQLFDomR
97
C. Matriz de representação como comunicação do Atelier João Tiago Aguiar
Arquitectos:
MEDIA
- Apresentações organizadas 1, 2, 3, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15
- Vídeo
7pFQLFDPDQXDO$XWR&DG'6WXGLR0D[
- Instrumentos Cinema 4D, Photoshop
,QVWUXPHQWRVHOHFWUyQLFRV 11
VOCABULÁRIO
(VFDOD
- Formato
'H¿QLomR
- Identidade
- Atitude
- Humor
- Estilo
- Cor
5HQGHUVFRPFRU 11
&RUHVVLPEyOLFDV 2, 12
TÉCNICAS E EXPLORAÇÕES
Legenda:
5HSUHVHQWDo}HVFRPRFRPXQLFDomR 5HSUHVHQWDo}HVFRPRYLVXDOL]DomRRXSHQVDPHQWR
linguagens simbólicas. Com a repetição dos modelos, as alterações sobre estes,
apresentam noções cada vez menos gerais, para comprometer definições mais
particulares.
Estes registos gráficos expõem, de facto, uma continuidade de acções, definidas pela
impressão de ficheiros computacionais e pela intervenção em técnicas manuais. Estas
últimas apresentam alterações sobre as impressões, e são expressivas do pensamento
de projecto. É possível que este sistema de impressões e alterações tenha disposto da
intervenção de escalas externa à equipa de projecto – tais como cliente, engenheiro,
entre outros.
Quanto ao vocabulário, existe uma correspondência entre estes dois primeiros grupos
no que respeita ao formato e à extensão preenchidas pelas representações no suporte,
nomeadamente pela ocupação total com a descrição de um piso. Contudo, os
primeiros registos de desenvolvimento de conceitos apresentam menores definições, e
são aplicadas cores simbólicas (Grupo 3).
Em razão, a saturação dos conteúdos no mesmo suporte só pode ser explicada pelo
desenvolvimento e verificação de hipóteses inserido num contexto particular.
Considerando que as representações parecem não reunir motivações em evidenciar a
leitura dos conteúdos. Contudo, ainda que se mostre difícil estabelecer interpretações,
podem-se identificar estudos de volumes, definidos pela linha do horizonte e secções
verticais. Os modelos aparecem inseridos num conjunto de combinações de vistas
parciais e selecções.
Os estudos dos pormenores (Grupo 5) já expressam uma descrição mais evidente dos
dados representados. Ainda que se reconheça o pensamento de projecto, a
intencionalidade destes registos é gerar uma explicação das soluções. Na tradução da
informação são aplicadas secções verticais, perspectivas, linha do horizonte e
transparências através de vistas parciais e selecções – inseridas num complexo de
99
combinações. A cor tem aqui uma componente fundamental pela capacidade de
evidenciar a atmosfera espacial.
Nos estudos dos materiais interiores (Grupo 6) identificámos duas acções que
comprometem diferentes qualidades. As impressões dos ficheiros em AutoCad
apresentam representações concretas, definitivas e rigorosas. Em contradição, a
acumulação de noções em técnicas manuais é definida por características
experimentais. Como os volumes assistem, exactamente, o estudo dos materiais das
superfícies, em determinadas condições não apresentam definições. Quanto ao
vocabulário, verifica-se uma uniformidade na maioria dos modelos, particularmente
pela ocupação centrada no suporte, e os mesmos meios e métodos de execução.
O suporte onde estes grupos se enquadram são de comunicação ao cliente mas podem
não constituir a proposta final, uma vez que apresentam alterações com características
de pensamento. Em relação ao vocabulário apresentam correspondências tanto no
formato, como na extenção que as descrições e as representações dos diversos grupos
ocupam no suporte e a informação que disponibilizam.
100
essencialmente de comunicação, ainda que possa ter acolhido observações e
adequações. O grande potencial é que para além do estudo de volumes e atmosfera,
permite trabalhar a iluminação e reflexões.
101
mantém-se as definições rigorosas e precisas necessárias ao estudo do problema de
projecto e, sobre estas, procedeu-se à exploração de conteúdos através de processos
de execução mais imediatos.
Sem nos prendermos demasiado à avaliação dos meios manuais, importa compreender
que o processo de execução é, por norma, mais rápido do que as técnicas avançadas.
E que ainda que se recorra às convenções como método de transmissão de ideias,
como os meios de acção têm uma maior liberdade para acompanhar o ritmo do
pensamento, por vezes, as representações tornam-se imperceptíveis. É por este motivo
que o reconhecimento destes registos envolve essencialmente os participantes na
acção.
102
relevante, é a capacidade de originar uma diversidade de vistas sem ser necessário
constituir novas representações.
Os elementos que reunimos para análise são relativos às duas fases de apresentação
das soluções projectuais. Quanto aos meios representacionais recorreu-se ao software
Adobe, particularmente ao Photoshop, Illustrator e InDesign, e ao Vectorworks para
os modelos tridimensionais.
103
*UXSR0RQWDJHQVHPUHJLVWRVIRWRJUi¿FRVHUHQGHUV
Grupo 2 - Símbolos;; indicações descritivas
Grupo 3 - Desenhos técnicos sem medidas
Grupo 4 - Secção vertical
Grupo 5 - Alçado
Grupo 6 -Representações de referência
Grupo 7 - Secção vertical (vista parcial)
Grupo 8 - Desenhos técnicos com medida
Grupo 9 - Plano de projecção
Grupo 10 - Plantas
Grupo 11 - Explosão
Legenda:
Representações como comunicação
- Vinhetas
- Combinações de vistas 1, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10
104
B. Matriz de representação como pensamento do Atelier P-06:
MODELAÇÃO
- Volumes 4, 5, 6, 11
- Contexto 12
- Luz 11
5HÀH[}HV 11
/X]DUWL¿FLDO 11
- Contraste
EDIÇÃO
- Espaço negativo
6HOHFomR 4, 5
7UDQVSDUrQFLD 5
- Esqueleto
- Desmontagem
3HUVSHFWLYDVH[SORGLGDV
DIAGRAMAS
$EVWUDFomR 2, 12
- Símbolos 2, 12
5HODo}HV 2
&ODVVL¿FDomR
- Hierarquia
'LQkPLFDV
- Movimento
0XGDQoD
7UDQVIRUPDomR
3URFHVVR
/HJHQGD
5HSUHVHQWDo}HVFRPRSHQVDPHQWR 5HSUHVHQWDo}HVFRPRYLVXDOL]DomRRXFRPXQLFDomR
105
C. Matriz de representação como comunicação do Atelier P-06:
REPRESENTAÇÃO COMO
ATELIER P-06
COMUNICAÇÃO
MEDIA
- Apresentações organizadas todas
- Vídeo
9HFWRUZRUNV,Q'HVLJQ,OOXVWUDWRU
- Instrumentos Photoshop
,QVWUXPHQWRVHOHFWUyQLFRV 1
VOCABULÁRIO
(VFDOD
- Formato
'H¿QLomR
- Identidade
- Atitude
- Humor
- Estilo
- Cor
5HQGHUVFRPFRU 1
&RUHVVLPEyOLFDV
TÉCNICAS E EXPLORAÇÕES
Legenda:
5HSUHVHQWDo}HVFRPRFRPXQLFDomR 5HSUHVHQWDo}HVFRPRYLVXDOL]DomRRXSHQVDPHQWR
106
Deste modo, apresentam qualidades de contexto, luz, luz artificial, atmosfera e
contraste. E são apresentadas através de vistas parciais, inseridas em combinação com
as várias representações. Nestes modelos verifica-se a presença da figura humana, que
reforça a atmosfera espacial ao evidenciar as mesmas cores nas indumentárias.
107
3.6.1. Discussão dos resultados: Atelier P-06
apresentar maiores definições; quanto às vistas combinadas, fornecem uma explicação
total dos conteúdos através da associação de diversas representações.
3.7. Discussão dos resultados das representações no contexto de projecto dos quatro
Ateliers
109
Na verdade, não se verifica um padrão constante quanto às referências de escala,
medidas métricas e da presença da figura humana, nas representações de comunicação
ao cliente e de execução nos quatro casos de estudo. Ainda assim, as representações
de execução apresentam quer registos de escala, quer de medidas métricas, por forma
a colocar todas as indicações necessárias à execução.
Estas noções são avançadas pelos conteúdos em análise. No caso do Atelier Data as
representações ao cliente só apontam escala e, em determinadas situações, figura
humana, enquanto que as medidas métricas só são indicadas nos registos gráficos de
execução. Já no caso do Atelier Pedra Silva Arquitectos, as relações dimensionais nas
apresentações ao cliente são estabelecidas pelas escalas dos próprios elementos que
constituem os espaços interiores, ficando a definição de escala e medidas métricas
exclusivas às representações em condição de execução.
No projecto lançado pelo Atelier João Tiago Aguiar Arquitectos não se verifica um
modelo tão linear, mas em todo o caso as medidas métricas aparecem nas
representações de execução e em determinados estudos de pormenores, enquanto que
a escala só aparece assinalada no painel final de comunicação ao cliente. Por último, a
primeira apresentação do Atelier P-06 não descreve nem escala nem medidas
métricas, contrariamente à segunda que especifica escala e medidas métricas, e
apresenta figura humana, em combinação e intercaladas, de modo a esclarecer todos
os dados de execução.
110
mas são relativas aos planos exteriores. De facto, é através das duas primeiras
representações convencionadas que se acede aos conteúdos dos espaços interiores.
111
Estas qualidades abstractas são também visíveis nos estudos tridimensionais, e
acompanham tanto os meios manuais como os avançados. Em particular, os volumes
sem definição dos materiais são expressivos de um estágio embrionário do processo
de projecto, no qual em primeiro lugar se acede à definição das formas, para de
seguida se resolver problemas mais específicos – onde se enquadram os materiais.
Esta qualidade é observável nos estudos em meios manuais, na maquete e nos registos
renderizados. Com efeito, para se obter diferentes vistas através dos meios manuais é
necessário a produção de novas representações, contrariamente aos dois últimos – ou
outro formato que comprometa a construção de um cenário para se originarem várias
vistas. Como os renders são concebidos através de meios computacionais, possuem
uma grande flexibilidade para se constituírem alterações e supressões, e avançam
vantagens no estudo das iluminações e reflexões.
As qualidades das técnicas manuais são aqui discutidas através dos registos do Atelier
João Tiago Aguiar Arquitectos. Em todo o caso, é possível que outros Ateliers tenham
recolhido estes meios na resolução dos projectos, e que após a sua conclusão tenham
sido destruídos.
Estes métodos são aplicados quer em representações como pensamento, quer como
comunicação, as quais vêm confirmar a enorme flexibilidade dos meios manuais:
podem ser bidimensionais ou tridimensionais; rápidas ou pormenorizadas e, por
consequência, comprometer abstracções ou definições; ser descritas através de
convenções ou livremente; corresponder ou não às medidas métricas.
do fluxo de ideias geradas no pensamento. E colocam-se em oposição aos registos de
apresentação, ao revelarem explicações claras dos conteúdos.
113
Como as representações parciais podem tornar complexo o reconhecimento da sua
posição na extensão total do espaço, distinguimos um método utilizado em dois
momentos do Estudo de Casos. Ao apresentarem duas escalas de vistas parciais
permitem que, a extensão com uma escala menor apareça identificado na extensão
que representa uma maior extensão do espaço. É através deste último que a sua
localização é esclarecida.
Ainda relativo à escala, ao concentrarmo-nos nas diversas condições em que foi aqui
referida, reconhecemos a relação que estabelecem com as representações abstractas e
concretas. De facto, quanto menor é a escala, maior é a definição dos conteúdos (Cf.
2.3.3). O que concluimos é que durante o percurso de projecto a escala admite uma
diminuição gradual.
Estes conteúdos já tinham recebido destaque quando Luis Veiga da Cunha apresenta
os três tipos de desenho arquitectónico, e as suas variações de escala. Como os
desenhos de execução apresentam uma especificação maior do que os de
comunicação ao cliente, e nomeadamente, do que os registos gráficos nos estágios
embrionários de projecto, torna-se evidente a adequação a escalas mais reduzidas
114
durante este percurso. Em todo o caso, verifica-se que a opção pelas várias escalas
cumpre os parâmetros normalizados.
115
116
4. Conclusões
Este percurso foi delineado por diversas aproximações que garantiram uma estrutura
de considerações sobre a prática projectual de espaços interiores. Em primeiro lugar,
avançámos com uma reflexão em torno dos parâmetros do Design de Interiores. A
complexidade de sugerir uma definição inteiramente esclarecedora conduziu a
abertura a dois discursos: aos conteúdos históricos do núcleo onde actua – os espaços
interiores –, e às questões terminológicas do Design, até à particularidade do Design
de Interiores.
projecto. Com efeito, este passo conduziu-nos à descoberta da variabilidade dos meios
e dos métodos de representação, numa adequação às condicionantes do percurso de
projecto.
Um dos principais resultados das análises dos quatro casos de estudo é-nos descrito
quando assistimos à revelação dos meios e dos métodos partilhados pelas equipas na
resolução de problemas projectuais de espaços interiores. Compreender a
transversalidade destas afinidades, promove a abertura a considerações mais amplas
do que a particularidade dos quatro casos aqui presentes.
118
É provável que a pergunta lançada como núcleo da dissertação encontre outras
identidades, e como tal, esperamos que os conteúdos aqui propostos representem um
suporte de trabalho, de carácter essencialmente crítico e explorativo. Ao
compreendermos a amplitude deste assunto, confiamos que o olhar sobre os conceitos
aqui tratados, possa superar a peculiaridade deste estudo.
119
120
BIBLIOGRAFIA
Geral
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Gulbenkian. Serviço de Educação e Bolsas, 2008. ISBN: 978-972-
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2001. ISBN 3-8228-0981-0.
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Hudson, 1990. ISBN: 0-500-20247-8.
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ISBN 978-84-92463-42-8.
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972-44-1363-1.
PAPANEK, Victor - Design for de real world: human ecology and social change.
2ª ed. London: Thames and Hudson, reimp. 1992. ISBN: 0-500-
27358-8.
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PILE, John - A history of interior design. 2ª ed. London: Laurence King Publishing,
2005. ISBN: 1-85669-418-6.
SMITH, Kendra Schank - Architect’s sketches: dialogue and design. 1st ed.
Amsterdam: Elsevier, 2008. ISBN: 978-0-7506-8226-8.
ZIJL, Ida van - Gerrit Rietveld. London: Phaison, 2010. ISBN 978-0-7148-5748-0.
Catálogos
Períodicos
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Linha do Horizonte. Lisboa: Centro Editorial da FAUTL, 2010.
ISBN: 978-972-9346-13-2. Nº1 (2010) 24-33.
123
FARIA, Maria Eduarda Lobato de - Ser humano / Desenho: a massa cinzenta da
concepção em arquitectura. In: Linha do Horizonte. Lisboa: Centro
Editorial da FAUTL, 2010. ISBN: 978-972-9346-13-2. Nº1 (2010)
50-63.
Documentos electrónicos
IIDA - International Interior Design Association [Em linha]. [Consult. 12 Set. 2012].
Disponível em WWW:<URL:http://iida.org/content.cfm/what-is-
interior-design>.
124
125
Anexo A - Matriz das representações como visualização apresentadas por Paul Laseau.
REPRESENTAÇÃO COMO ATELIER DATA ATELIER PEDRA SILVA ATELIER JOÃO TIAGO ATELIER P-06
ARQUITECTOS AGUIAR ARQUITECTOS
VISUALIZAÇÃO
CONVENÇÕES
3URMHFo}HVRUWRJUi¿FDV
- Alçados 5 15 5
- Secções verticais 10, 12, 14 10, 22 4, 5, 7, 8, 14 4, 7
- Planta de cobertura 12
- Planta 6, 8 6, 9, 16, 18, 21 10
1, 2, 4, 9, 13
2, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14 2, 3, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17,
- Escala 18, 19, 20, 21, 22, 23
1, 2, 6, 7, 9, 11, 13, 14, 15 1, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11
- Profundidade
3URMHFo}HVSDUDOHODV
- Plano de projecção 11, 12 9
- Elevação de projecção 4
- Isométrica
3URMHFo}HVGHSHUVSHFWLYD
126
- Um ponto de fuga 4, 5, 6
- Profundidade
0RGL¿FDomRGHXPSRQWRGHIXJD
- Dois pontos de fuga 13
- Vista parcial 8, 12, 13, 14 1, 2, 6, 7, 15, 16, 17, 19, 20, 22, 23 4, 5, 6, 7, 8, 9, 11, 12, 14 1, 3, 7, 8, 9, 10
- Vinhetas
2, 4, 8, 10, 12-13, 14 1, 2, 3, 6, 7, 8, 9, 10, 13, 15, 16, 17, 18, 19,
- Combinações de vistas 20, 21, 22 1, 2, 4, 5, 6, 7, 9, 11, 13, 14, 15 1, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10
Legenda:
Representações como visualização Representações como pensamento ou comunicação
$QH[R%0DWUL]GDVUHSUHVHQWDo}HVFRPRSHQVDPHQWRDSUHVHQWDGDVSRU3DXO/DVHDX
REPRESENTAÇÃO COMO ATELIER PEDRA SILVA ATELIER JOÃO TIAGO
ATELIER DATA ATELIER P-06
MODELAÇÃO
- Volumes 4, 11 1,2, 7, 11, 12, 13, 15, 17, 19 4, 5, 6, 11 1, 9
- Contexto 19 12 1
- Contraste 1
EDIÇÃO
- Espaço negativo
6HOHFomR 8, 12, 13, 14 13, 20 4, 5
7UDQVSDUrQFLD 13 5
127
- Esqueleto 10, 14 12 7
3HUVSHFWLYDVH[SORGLGDV 13 11
DIAGRAMAS
$EVWUDFomR 1, 2, 3 5, 16 2, 12
&ODVVL¿FDomR 3 3, 16
- Hierarquia
'LQkPLFDV 1, 2, 3 3, 16
- Movimento 3 3, 16
0XGDQoD
7UDQVIRUPDomR
3URFHVVR
/HJHQGD
5HSUHVHQWDo}HVFRPRSHQVDPHQWR 5HSUHVHQWDo}HVFRPRYLVXDOL]DomRRXFRPXQLFDomR
$QH[R&0DWUL]GDVUHSUHVHQWDo}HVFRPRFRPXQLFDomRDSUHVHQWDGDVSRU3DXO/DVHDX
MEDIA
- Apresentações organizadas 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 12, 13, 14 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 16, 17, 1, 2, 3, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 todas
18, 19, 20, 21, 22, 23
- Apresentações de slides 1, 2, 7, 15, 17, 19 11 1
&RPSXWDomR*Ui¿FD 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 12, 13, 14 todas 1, 2, 3, 6, 7, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 todas
- Vídeo
$XWR&DG'6WXGLR0D[$UFKLFDG9UD\ 7pFQLFDPDQXDO$XWR&DG'6WXGLR0D[ 9HFWRUZRUNV,Q'HVLJQ,OOXVWUDWRU
- Instrumentos 7pFQLFD0LVWD$XWR&DG
,Q'HVLJQ3KRWRVKRS &LQHPD'3KRWRVKRS 3KRWRVKRS
,QVWUXPHQWRVHOHFWUyQLFRV 1, 2, 7, 15, 17, 19 11 1
VOCABULÁRIO
(VFDOD
- Formato
128
'H¿QLomR
- Identidade
- Atitude
- Humor
- Estilo
- Cor
5HQGHUVFRPFRU 1, 2, 7, 15, 17, 19 11 1
TÉCNICAS E EXPLORAÇÕES
Legenda:
5HSUHVHQWDo}HVFRPRFRPXQLFDomR 5HSUHVHQWDo}HVFRPRYLVXDOL]DomRRXSHQVDPHQWR
129
Anexo D - Matriz de análise das representações do processo projectual da recuperação de umas cavalariças e
reconversão num espaço habitacional em Alcácer do Sal: Atelier Data.
Sem escala Escala 1/200 Sem escala
Grupo 1 - Diagramas do espaço interior Grupo 2 - Diagramas do espaço e elementos interiores Grupo 3 - Diagramas Grupo 4 - Elevação de projecção
Diagramas: abstracção;; relações;; dinâmicas Combinações de vistas 'LDJUDPDVDEVWUDFomRVtPERORVUHODo}HVFODVVL¿FDomR Combinação de vistas
Sem escala Diagramas: abstracção;; relações;; dinâmicas dinâmicas;; movimento Visualização dos três eixos de representação
Desenvolvimento de alternativas Noções de escala: elementos Cores simbólicas Elevação de projecção
Representação pictórica Desenvolvimento de alternativas Escala: 1/200 Distorção
Representação bidimensional Representação pictórica Representação pictórica e descritiva Representação pictórica
Representação
- Menor abstracção do que os diagramas do Grupo 1 - Representações como comunicação mas são várias vistas
- Representações sem referências de profundidade GH¿QLGDVSHODVFDUDFWHUtVWLFDVGDFRPXQLFDomRFRPR
Representação e Processo
130
Alçado Planta Símbolos Vista parcial
Escala: 1/100 Escala: 1/100 Cor simbólica Combinação de vistas
Noções de escala: elementos Noções de escala: elementos Representações concretas Plano de secção
Representação pictórica e descritiva Representação pictórica e descritiva Sem escala Escala: 1/100
Apresentação organizada Apresentação organizada Representação pictórica e descritiva Noções de escala: elementos
Representação bidimensional Representação bidimensional Apresentação organizada Representação pictórica
Instrumento: AutoCad Instrumento: AutoCad Representação bidimensional Apresentação organizada
Instrumento: AutoCad Representação bidimensional
Representação
- Visualização bidimensional do espaço exterior - Visualização bidimensional do espaço interior: Instrumento: AutoCad
- Representações sem referências de profundidade percepção geral da distribuição dos objectos no - Apresenta informação simbólica e descritiva
- Transmite noções de escala espaço - Simbolizam através do uso da cor - Visualização bidimensional do espaço interior:
- Representações sem referências de profundidade percepção geral da distribuição dos objectos no
- Transmite noções de escala espaço
- Percepção do sistema através da combinação de
Projectual
várias vistas
- Selecciona e acrescenta informação: dirige a atenção
Representação e Processo
SDUDXPFRQWH~GRHVSHFt¿FRHGHVYLDGDVUHVWDQWHV
partes;; aproximar o conteúdo representado - mais
GHWDOKDGRHGH¿QLGR
- Representações sem referências de profundidade
- Transmite noções de escala
Sem escala Escala 1/100 QmRHVSHFL¿FDGR Escala 1/20
Grupo 9 - Representações de objectos, materiais e Grupo 10 - Secção vertical Grupo 11 - Maquete Grupo 12 - Secção vertical com medidas (vista
sistemas existentes parcial)
Combinações de vista Maquete
Representação pictórica Secção vertical Volumes;; atmosfera Vista parcial
Apresentação organizada Esqueleto Noções de escala: elementos Combinação de vistas
Representação bidimensional Escala: 1/100 Representação pictórica Secção vertical
,QVWUXPHQWRIRWRJUD¿DHFRPSXWDomRJUi¿FD 1Ro}HVGHHVFDODHOHPHQWRVH¿JXUDKXPDQD Representação tridimensional Escala: 1/20
Representação pictórica e descritiva Instrumento: técnica mista Medidas métricas
- Apresentação de objectos, materiais e sistemas Apresentação organizada 1Ro}HVGHHVFDODHOHPHQWRVH¿JXUDKXPDQD
existentes a integrar o espaço Representação bidimensional - Relações de espaço, dimensões, volumes e atmosfera Representação pictórica e descritiva
Instrumento: AutoCad GH¿QLGDV Apresentação organizada
- Simulação de uma realidade Representação bidimensional
Representação
Escala 1/20
Grupo 13 - Desenhos técnicos com medidas (vista Grupo 14 - Secção vertical: esqueleto (vista parcial)
parcial)
Vista parcial
131
Combinação de vistas
Vista parcial Secção Vertical
Combinação de vistas Esqueleto
Desenhos técnicos Visualização dos três eixos de representação
Escala: 1/20 Escala: 1/20
Medidas métricas Medidas métricas
Noções de escala: elementos Noções de escala: elementos
Representação pictórica e descritiva Representação pictórica e descritiva
Apresentação organizada Apresentação organizada
Representação bidimensional Representação bidimensional
Instrumento: AutoCad Instrumento: AutoCad
- Representações sem referências de profundidade - Visualização bidimensional: vista vertical Representação
- Percepção do sistema através da combinação de - Esqueleto: visualização da estrutura construtiva
várias vistas - Visualização dos materiais constituintes;; espessuras
- Selecciona e acrescenta informação: dirige a atenção - Selecciona e acrescenta informação: dirige a atenção
SDUDXPFRQWH~GRHVSHFt¿FRHGHVYLDGDVUHVWDQWHV SDUDXPFRQWH~GRHVSHFt¿FRHGHVYLDGDVUHVWDQWHV
Projectual
partes;; aproximar o conteúdo representado - mais partes;; aproximar o conteúdo representado - mais
GHWDOKDGRHGH¿QLGR GHWDOKDGRHGH¿QLGR
- Apresenta todas as informações para a execução: - Medidas métricas
Representação e Processo
Grupo 1 - Renders inicias Grupo 2 - Renders: desenvolvimento de alternativas Grupo 3 - Representações de referência Grupo 4 - Símbolos;; indicações descritivas
(1ª Fase)
132
- Menor abstracção
Sem escala
Grupo 5 - Diagramas abstractos Grupo 6 - Planta (vista parcial) Grupo 7 - Renders de comunicação (1ª Fase) Grupo 8 - Composição e vistas simultâneas
- Não transmite noções de escala - Selecciona e acrescenta informação: dirige a atenção várias vistas
SDUDXPFRQWH~GRHVSHFt¿FRHGHVYLDGDVUHVWDQWHV - Selecciona e acrescenta informação: dirige a atenção
partes;; aproximar o conteúdo representado - mais SDUDXPFRQWH~GRHVSHFt¿FRHGHVYLDGDVUHVWDQWHV
Representação e Processo
parcial
Vista parcial Plano de projecção Plano de projecção
Combinação de vistas Combinação de vistas Volumes Volumes
Planta Secção vertical Noções de escala: elementos Esqueleto
Noções de escala: elementos Noções de escala: elementos Representação pictórica Visualização dos três eixos de representação
Representação pictórica e descritiva Representação pictórica Apresentação organizada Medidas métricas
Apresentação organizada Apresentação organizada Representação tridimensional Representação pictórica
Representação bidimensional Representação bidimensional Instrumento: AutoCad Apresentação organizada
Instrumento: AutoCad Instrumento: AutoCad Representação tridimensional
- Visualização do objecto seleccionado: três eixos sem Instrumento: AutoCad
Representação
- Planta (Grupo 5) a fazer referência a uma parte - Selecciona e acrescenta informação: dirige a atenção distorção
dessa planta (Grupo 9) SDUDXPFRQWH~GRHVSHFt¿FRHGHVYLDGDVUHVWDQWHV - Visualização dos materiais constituintes;; espessuras - Esqueleto: visualização da estrutura construtiva:
- Situar a parte do espaço (grupo 9) no espaço total partes;; aproximar o conteúdo representado - mais - Transmite noções de escala três eixos
- Representações sem referências de profundidade GHWDOKDGRHGH¿QLGR - Visualização dos materiais constituintes;; espessuras
- Transmite noções de escala - Visualização bidimensional do espaço interior: - Medidas métricas
percepção geral da distribuição dos objectos no
Projectual
espaço:
- Visualização dos materiais constituintes;; espessuras:
Representação e Processo
vista vertical
- Representações sem referências de profundidade
- Transmite noções de escala
Sem escala
grupo 13 - Perspectiva (transparência) grupo 14 - Representações de objectos, materiais e Grupo 15 - Renders: desenvolvimento de alternativas Grupo 16 - Diagramas
sistemas existentes (2ª Fase)
Combinação de vistas Vista parcial
133
Perspectiva Representação pictórica Vista parcial Combinação de vistas
Volumes Apresentação organizada Combinação de vistas Planta
Transparência Representação bidimensional 9ROXPHVOX]UHÀH[}HVOX]DUWL¿FLDODWPRVIHUD 'LDJUDPDVDEVWUDFomRVtPERORVUHODo}HVFODVVL¿FDomR
Selecção ,QVWUXPHQWRIRWRJUD¿DHFRPSXWDomRJUi¿FD Noções de escala: elementos dinâmicas;; movimento
Visualização dos três eixos de representação Desenvolvimento de alternativas Noções de escala: elementos
Noções de escala: elementos - Apresentação de objectos e sistemas existentes a Representação pictórica Representação pictórica e descritiva
Representação pictórica integrar o espaço Representação tridimensional Apresentação organizada
Apresentação organizada - Transmite noções de escala Instrumento: 3D Studio Max Representação bidimensional
Representação tridimensional ,QVWUXPHQWR$XWR&DGHRXWUDVFRPSXWDo}HVJUi¿FDV
Representação
- Transmite noções de escala - Percepção do espaço através da combinação de - Representações como comunicação mas são
várias vistas GH¿QLGDVSHODVFDUDFWHUtVWLFDVGDFRPXQLFDomRFRPR
- Selecciona e acrescenta informação: dirige a atenção pensamento
Representação e Processo
projecção
Vista parcial Combinação de vistas Vista parcial
Combinação de vistas Planta Combinação de vistas Vista parcial
9ROXPHVOX]UHÀH[}HVOX]DUWL¿FLDODWPRVIHUD 1Ro}HVGHHVFDODHOHPHQWRV 9ROXPHVFRQWH[WR Combinação de vistas
1Ro}HVGHHVFDODHOHPHQWRV Representação pictórica e descritiva 1Ro}HVGHHVFDODHOHPHQWRV 5HEDWLPHQWRGRSODQRH[SORVmRSURMHFomR
Representação pictórica Apresentação organizada Representação pictórica 'LVWRUomR
Apresentação organizada Representação bidimensional Apresentação organizada 6HOHFomR
Apresentação de slides ,QVWUXPHQWR$XWR&DG Apresentação de slides 1Ro}HVGHHVFDODHOHPHQWRV
Representação tridimensional Representação tridimensional Representação pictórica
,QVWUXPHQWR'6WXGLR0D[ - Visualização bidimensional do espaço interior: ,QVWUXPHQWR'6WXGLR0D[ Apresentação organizada
percepção geral da distribuição dos objectos no Representação tridimensional
espaço - Insere os painéis fora do contexto: apresenta as ,QVWUXPHQWRFRPSXWDomRJUi¿FD
Representação
134
Escala 1/50;; 1/100 Escala 1/5;; 1/20;; 1/50;; 1/100 Sem escala
Grupo 21 - Plantas com medidas métricas (inclui Grupo 22 - Secção vertical com medidas (inclui vista Grupo 23 - Desenhos técnicos com medidas
vista parcial) parcial)
Desenhos técnicos
Vista parcial Vista parcial Medidas métricas
Combinação de vistas Combinação de vistas Noções de escala: elementos
Plantas Secção vertical Representação pictórica e descritiva
Cores simbólicas Cores simbólicas Apresentação organizada
Escala: 1/50;; 1/100 Escala: 1/5;; 1/20;; 1/50;; 1/100 Representação bidimensional
Medidas métricas Representação pictórica e descritiva ,QVWUXPHQWRFRPSXWDomRJUi¿FD
Representação
Representação pictórica e descritiva Apresentação organizada
Apresentação organizada Representação bidimensiona - Representações sem referências de profundidade
Representação bidimensional Instrumento: AutoCad - Apresenta todas as informações para a execução
Instrumento: AutoCad - Medidas métricas
- Visualização bidimensional do espaço interior: vista
- Visualização bidimensional do espaço interior: vertical
Projectual
percepção geral da distribuição dos objectos no - Percepção do sistema através da combinação de
espaço várias vistas
- Representações sem referências de profundidade - Selecciona e acrescenta informação: dirige a atenção
Representação e Processo
- Selecciona e acrescenta informação: dirige a atenção SDUDXPFRQWH~GRHVSHFt¿FRHGHVYLDGDVUHVWDQWHV
SDUDXPFRQWH~GRHVSHFt¿FRHGHVYLDGDVUHVWDQWHV partes;; aproximar o conteúdo representado - mais
partes;; aproximar o conteúdo representado - mais GHWDOKDGRHGH¿QLGR
GHWDOKDGRHGH¿QLGR - Visualização dos materiais constituintes;; espessuras
- Apresenta todas as informações para a execução - Representações sem referências de profundidade
- Escala e medidas métricas - Apresenta todas as informações para a execução
- Escala e medidas métricas
135
Anexo F - Matriz de análise das representações do processo projectual do VIP-GRAND Lisboa Hotel & Spa:
Atelier João Tiago Aguiar Arquitectos
QmRHVSHFL¿FDGR
Grupo 1 - Planta: representação do problema de Grupo 2 - Planta: desenvolvimento de alternativas Grupo 3 - Símbolos;; indicações descritivas Grupo 4 - Estudo rápidos e abstractos: técnica
projecto manual
Combinação de vistas Símbolos
Combinação de vistas Planta Cores simbólicas Vista parcial
Planta Diagrama: abstracção, símbolos e relações Sem escala Combinação de vistas
Noções de escala: elementos Cor simbólica Representação pictórica e descritiva Secção vertical
Representação pictórica e descritiva Medidas métricas Apresentação organizada Perspectiva com um ponto de fuga
Apresentação organizada Noções de escala: elementos Representação bidimensional Linha do horizonte
Representação bidimensional Desenvolvimento de alternativas ,QVWUXPHQWRFRPSXWDomRJUi¿FD Volumes
,QVWUXPHQWRFRPSXWDomRJUi¿FD Apresentação organizada Selecção
Representação pictórica - Apresenta informação simbólica e descritiva Desenvolvimento de alternativas
- Visualização bidimensional do espaço Representação bidimensional Representação pictórica
- Representações sem referências de profundidade ,QVWUXPHQWRFRPSXWDomRJUi¿FDFDQHWDHPDUFDGRUV Representação tridimensional
- Representação do problema de projecto papel ,QVWUXPHQWRFDQHWDHPDUFDGRUVSDSHO
Representação
136
- Apresentam o pensamento de projecto FRQWH~GRHVSHFt¿FRHGHVYLDGDVUHVWDQWHVSDUWHV
Representação e Processo
Vista parcial Vista parcial Vista parcial Vista parcial
Combinação de vistas Combinação de vistas Combinação de vistas Secção vertical
Secção vertical Um ponto de perspectiva Secção vertical Representação pictórica e descritiva
Um ponto de perspectiva Linha do horizonte Medidas métricas Apresentação organizada
Linha do horizonte Volumes;; atmosfera Noções de escala: elementos Representação bidimensional
Volumes;; atmosfera Noções de escala: elementos Representação pictórica e descritiva Instrumento: caneta s/ papel
Representação
- Exploração através de modelos tridimensionais: de representações rigorosas: AutoCad - Percepção do sistema através da combinação de PDLVGHWDOKDGRHGH¿QLGR
volumes e atmosfera - Exploração através de modelos tridimensionais: várias vistas
- Percepção dos conteúdos através da combinação de volumes e atmosfera - Selecciona e acrescenta informação: dirige a atenção
Representação e Processo
137
- Estudar conteúdos rapidamente: com mais detalhe e - Desenvolvimento de alternativas
GH¿QLomRGRTXHR*UXSR - Transmite noções de escala
- Desenvolvimento de alternativas
Sem escala
Grupo 9 - Planta (vista parcial) Grupo 10 - Representações de objectos existentes Grupo 11 - Renders Grupo 12 - Planta de cobertura
Vista parcial Representação pictórica Vista parcial Vista parcial
Combinação de vistas Apresentação organizada Combinação de vistas Planta de cobertura
Plano de secção Representação bidimensional 9ROXPHVOX]UHÀH[}HVOX]DUWL¿FLDODWPRVIHUD &RQWH[WR
1Ro}HVGHHVFDODHOHPHQWRV ,QVWUXPHQWRIRWRJUD¿D 1Ro}HVGHHVFDODHOHPHQWRV Diagrama: abstracção e símbolos
Representação pictórica Representação pictórica Cor simbólica
Apresentação organizada - Apresentação de objectos existentes a integrar o Apresentação organizada Representação pictórica
Representação bidimensional espaço Apresentação de slides Apresentação organizada
Instrumento: AutoCad Representação tridimensional Representação bidimensional
Representação
,QVWUXPHQWR'6WXGLR0D[H&LQHPD' ,QVWUXPHQWRFRPSXWDomRJUi¿FD
- Visualização bidimensional do espaço interior:
percepção geral da distribuição dos objectos no - Relações de espaço, dimensões, volumes e atmosfera - Visualização do contexto físico do projecto
espaço GH¿QLGDV - Simbolizam através do uso da cor
- Percepção do espaço através da combinação de - Simulação de uma realidade - Representações sem referências de profundidade
várias vistas - Percepção do espaço através da combinação de
Projectual
(VFDODJUi¿FD
Grupo 13 - Planta Grupo 14 - Secção vertical (vista parcial) Grupo 15 - Alçado
138
&RPELQDo}HVGHYLVWD Vista parcial &RPELQDo}HVGHYLVWD
Planta &RPELQDo}HVGHYLVWD Alçado
(VFDODJUi¿FD Secção vertical (VFDODJUi¿FD
1Ro}HVGHHVFDODHOHPHQWRV (VFDODJUi¿FD 1Ro}HVGHHVFDODHOHPHQWRV
Representação pictórica e descritiva 1Ro}HVGHHVFDODHOHPHQWRV Representação pictórica e descritiva
Apresentação organizada Representação pictórica e descritiva Apresentação organizada
Representação bidimensional Apresentação organizada Representação bidimensional
Representação
- Percepção do sistema através da combinação de várias vistas - Transmite noções de escala
várias vistas - Seleciona e acrescenta informação: dirige a atenção
- Transmite noções de escala SDUDXPFRQWH~GRHVSHFt¿FRHGHVYLDGDVUHVWDQWHV
Representação e Processo
$QH[R*0DWUL]GHDQiOLVHGDVUHSUHVHQWDo}HVGRSURFHVVRSURMHFWXDOGR7KpkWUHHW$XGLWRULXPGH3RLWLHUV
HP)UDQoD$WHOLHU3
Sem escala Sem escala;; escala 1/5;; 1/10 ;; 1/20;; 1/40;; 1/200 Sem escala
*UXSR0RQWDJHQVHPUHJLVWRVIRWRJUi¿FRVH Grupo 3 - Símbolos;; indicações descritivas Grupo 3 - Desenhos técnicos sem medidas Grupo 4 - Secção vertical
renders
Símbolos Vista parcial Combinação de vistas
Vista parcial Sem escala Combinação de vistas Secção vertical
Combinação de vistas Representação pictórica e descritiva Escala: sem escala;; 1/5;; 1/10;; 1/40;; 1/200 Medidas métricas
9ROXPHVFRQWH[WROX]UHÀH[}HVOX]DUWL¿FLDO $SUHVHQWDomRRUJDQL]DGD 1Ro}HVGHHVFDOD¿JXUDKXPDQD 1Ro}HVGHHVFDOD¿JXUDKXPDQD
atmosfera;; contraste Representação bidimensional Representação pictórica e descritiva Representação pictórica e descritiva
1Ro}HVGHHVFDODHOHPHQWRVH¿JXUDKXPDQD ,QVWUXPHQWRFRPSXWDomRJUi¿FD $SUHVHQWDomRRUJDQL]DGD $SUHVHQWDomRRUJDQL]DGD
Representação pictórica Representação bidimensional Representação bidimensional
$SUHVHQWDomRRUJDQL]DGD - Apresenta informação simbólica e descritiva ,QVWUXPHQWR9HFWRU:RUNVHRXWUDVFRPSXWDo}HVJUi¿FDV ,QVWUXPHQWRFRPSXWDomRJUi¿FD
Representação
SDUDXPFRQWH~GRHVSHFt¿FRHGHVYLDGDVUHVWDQWHV
várias vistas partes;; aproximar o conteúdo representado - mais
- Selecciona e acrescenta informação: dirige a atenção GHWDOKDGRHGH¿QLGR
Representação e Processo
140
cores são correspondentes ao espaço
- Figura humana reforça a atmosfera espacial: as - Escala
cores são correspondentes ao espaço
- Transmite noções de escala
Sem escala Sem escala;; escala1/10 Sem escala;; escala 1/2;; 1/4 ;; 1/5;; 1/10;; 1/500
Grupo 5 - Alçado grupo 6 - Representações de referência Grupo 7 - Secção vertical (vista parcial) Grupo 8 - Desenhos técnicos com medidas
várias vistas
- Representações sem referências de profundidade - Visualização bidimensional: vista vertical - Visualização bidimensional
- Transmite noções de escala - Visualização dos materiais constituintes;; espessuras - Representações sem referências de profundidade
- Percepção do sistema através da combinação de - Percepção do espaço através da combinação de
várias vistas várias vistas
- Selecciona e acrescenta informação: dirige a atenção - Selecciona e acrescenta informação: dirige a atenção
SDUDXPFRQWH~GRHVSHFt¿FRHGHVYLDGDVUHVWDQWHV SDUDXPFRQWH~GRHVSHFt¿FRHGHVYLDGDVUHVWDQWHV
Projectual
partes;; aproximar o conteúdo representado - mais partes;; aproximar o conteúdo representado - mais
GHWDOKDGRHGH¿QLGR GHWDOKDGRHGH¿QLGR
Representação e Processo
- Transmite noções de escala - Apresenta todas as informações para a execução:
escala e medidas métricas
Sem escala;; escala 1/10 Escala 1/200 Sem escala
Grupo 9 - Plano de projecção Grupo 10 - Planta Grupo 11 - Explosão
Representação
Representação tridimensional - Representação explodida
,QVWUXPHQWR9HFWRU:RUNVHRXWUDVFRPSXWDo}HVJUi¿FDV - Visualização bidimensional do espaço interior: - Visualizar tridimensionalmente cada uma das partes
UHJLVWRVIRWRJUi¿FRV percepção geral da distribuição dos objectos no constituintes
espaço - Representação do sistema construtivo
- Visualização do objecto seleccionado: três eixos sem - Percepção do espaço através da combinação de - Percepção total dos elementos
distorção várias vistas - Transmite noções de escala
- Percepção do espaço através da combinação de - Selecciona e acrescenta informação: dirige a atenção
Projectual
SDUDXPFRQWH~GRHVSHFt¿FRHGHVYLDGDVUHVWDQWHV GHWDOKDGRHGH¿QLGR
partes;; aproximar o conteúdo representado - mais - Escala
GHWDOKDGRHGH¿QLGR
- Escala e medidas métricas
141